Skip to content

Autores do Nordeste com idades entre 18 e 25 anos e não tiveram livros publicados podem se inscrever até o dia 14 de fevereiro, no Concurso Literário Novos Escritores, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco. Os jovens autores podem inscrever contos inéditos de sua autoria.

Os 25 melhores contos farão parte de uma coletânea que será publicada pela Editora Massangana, e os três primeiros colocados receberão prêmios que variam entre R$ 2 mil e R$ 6 mil. As obras possuem temáticas livres, e cada autor só pode inscrever um conto.

O resultado do concurso será publicado no Diário Oficial da União, no dia 30 de março, e o evento de entrega dos prêmios será no dia 29 de abril.

As inscrições devem ser feitas de forma exclusivamente eletrônica por meio do portal da Fundação Joaquim Nabuco.

O edital pode ser consultado aqui.

(Fonte: Agência Brasil)

A mostra Espelho Labirinto está em cartaz para o público brasiliense, abrindo o calendário de 2022 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). São 180 obras de 86 artistas que têm por objetivo inspirar o visitante a se perder num labirinto de texturas, materiais, perspectivas e cores.

As obras ocupam as Galerias 1 e 2 e o Pavilhão de Vidro, até o dia 13 de março de 2022, com curadoria de Vicente de Mello e de Aldones Nino. Eles contam que a escritora Clarice Lispector, autora de textos intimistas, foi a grande inspiração para o formato da exposição.

A mostra sugere ao visitante, de maneira lúdica, um passeio pelos autores e suas conexões, em uma rara oportunidade para conhecer 180 obras em um único lugar.

O acervo faz parte da Coleção Sérgio Carvalho e, entre os artistas, constam nomes premiados como Christus Nóbrega, Luiza Baldan, Flávio Cerqueira, Sandra Cinto, Regina Silveira, Coletivo Três Pe, Sofia Borges, Nazareno, Laerte Ramos, André Severo e Paula Krause. A maioria dos artistas expostos ganhou ou foi indicada ao Prêmio PIPA, que reconhece artistas brasileiros contemporâneos.

Os artistas de Espelho Labirinto têm em comum a inovação e a provocação e desafiam as certezas do espectador. Suas obras e abordagens artísticas refletem a ideia de reflexos e metamorfoses na Galeria 1; de contenção e paisagem na Galeria 2; e de transparências no Pavilhão de Vidro.

Veja a lista completa dos artistas no site da exposição. Os ingressos são gratuitos, mas devem ser retirados no site.

Os curadores e o colecionador

O fotógrafo, ensaísta e curador Vicente de Mello é formado em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e especializou-se em História da Arte e Arquitetura no Brasil, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Aldones Nino é curador adjunto de Collegium (Arévalo, Espanha) e assessor de Educação e Formação do Instituto Inclusartiz (Rio de Janeiro, Brasil). Doutorando em Historia y Arte pela Universidade de Granada em cotutela com o programa de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sérgio Carvalho, advogado, vive em Brasília, desde 1969, e se considera candango de coração. Ele é o guardião de mais de 2,3 mil obras de 180 artistas brasileiros contemporâneos. O conjunto é considerado um dos maiores de obras contemporâneas do Brasil.

Serviço

Exposição Espelho Labirinto

CCBB Brasília, até 13 de março

De terça-feira a domingo das 9h às 20h30

Localização: SCES, Trecho 2, Lote 22, Brasília (DF)
Fone: (61) 3108-7600

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo, falamos sobre...

Uso dos Pronomes Pessoais e Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos

1. Pronomes Pessoais

Caso 1

Uso dos pronomes pessoais retos e oblíquos

EU e TU = pronomes pessoais retos (= sujeito):

“Ela trouxe o livro para eu ler”.

“Ela trouxe o livro para tu leres”.

MIM e TI = pronomes pessoais oblíquos tônicos (= complementos e com preposição):

“Ela trouxe o livro para mim”.

“Ela trouxe o livro para ti”.

Exercício 1

Complete com EU ou MIM, TU ou TI:

1. Vão entregar o contrato para _____ ou para _____.

2. O contrato é para _____ assinar.

3. O contrato é para _____ assinares ainda hoje.

4. Ele chegou antes de _____.

5. Ele chegou antes de _____ viajar para Brasília.

6. Ele chegou antes de _____ viajares para Brasília.

7. Ele fez tudo isso por _____.

8. Ele só fez isso por _____ não estar disponível.

9. Para _____ aceitar a proposta, é preciso outras concessões.

10. Para _____, aceitar esta proposta é uma loucura.

11. Não há nada entre ______ e você.

12. Não há nada entre _____ e_____.

13. Não há nada entre _____ sair e você ficar em casa.

14. O chefe teve de escolher entre _____ e o filho dele.

15. Eu fiquei um pouco fora de_____.

16. Ela só chegou depois de _____.

17. Ela chegou após _____ ter feito todo o trabalho.

18. Por _____, ficar nervoso é a causa principal de tantas reprovações.

19. Por _____ sempre ficar nervoso nas decisões, fui substituído.

20. Para ______ viver no Rio de Janeiro é questão de coragem.

Exercício 2

Complete com CONOSCO, COM NÓS ou COM A GENTE:

CONOSCO = uso normal:

“Ele se reuniu conosco”.

COM NÓS = antes de numerais e pronomes:

“Ele se reuniu com nós dois”.

“Ele se reuniu com nós todos”.

COM A GENTE = só em textos informais (língua coloquial).

1. Deixaram o problema __________.

2. Deixaram o problema __________ três.

3. Toda atividade só é importante __________ todos.

4. A atenção maior é __________ que fomos os primeiros.

5. Isto só acontece __________.

6. Tudo de bom aconteceu __________ que nos dedicamos mais.

7. Trouxemos os resultados __________ ontem à tarde.

8. Estão muito satisfeitos __________.

9. Estamos muitos satisfeitos __________ mesmos.

10. Os diretores querem uma reunião __________ todos ainda hoje.

Respostas

Exercício 1

1. Vão entregar o contrato para MIM ou para TI.

2. O contrato é para EU assinar.

3. O contrato é para TU assinares ainda hoje.

4. Ele chegou antes de MIM (ou TI).

5. Ele chegou antes de EU viajar para Brasília.

6. Ele chegou antes de TU viajares para Brasília.

7. Ele fez tudo isso por MIM (ou TI).

8. Ele só fez isso por EU não estar disponível.

9. Para EU aceitar a proposta, é preciso outras concessões.

10. Para MIM, aceitar esta proposta é uma loucura.

11. Não há nada entre MIM e você.

12. Não há nada entre MIM e TI.

13. Não há nada entre EU sair e você ficar em casa.

14. O chefe teve de escolher entre MIM (ou TI) e o filho dele.

15. Eu fiquei um pouco fora de MIM.

16. Ela só chegou depois de MIM (ou TI).

17. Ela chegou após EU ter feito todo o trabalho.

18. Por MIM, ficar nervoso é a causa principal de tantas reprovações.

19. Por EU sempre ficar nervoso nas decisões, fui substituído.

20. Para EU (ou MIM,) viver no Rio de Janeiro é questão de coragem.

Exercício 2

1. Deixaram o problema CONOSCO.

2. Deixaram o problema COM NÓS três.

3. Toda atividade só é importante COM NÓS todos.

4. A atenção maior é COM NÓS que fomos os primeiros.

5. Isto só acontece CONOSCO.

6. Tudo de bom aconteceu COM NÓS que nos dedicamos mais.

7. Trouxemos os resultados CONOSCO ontem à tarde.
8. Estão muito satisfeitos CONOSCO.

9. Estamos muitos satisfeitos COM NÓS mesmos.

10. Os diretores querem uma reunião COM NÓS todos ainda hoje.

Estamos, mais uma vez, olhando a nossa cidade de São Luís. Olhando a sua paisagem geográfica – a ILHA. Olhando a sua paisagem humana – o povo. E, de maneira geral, tudo é encantador. A Natureza aqui encanta e deslumbra. Tem suavidade dos crepúsculos, do Sol no simbolismo da “tarde que morre”, que entra em agonia de um Sol-Posto. De um Sol em declínio. Tem também a faiscação dominante do Rei Astral no aparecimento sanguíneo do Levante. Porção de luz clareando a TERRA. Aquecendo-a. Dando-lhe luz e calor, dando-lhe energias criadoras e benéficas. E, do alto, olhando a ILHA, para alguns, a paisagem é diferente, tem algo de fantástico, tem a força duma ascensão maravilhosa! Para outros, há a presença de um Presépio plantado no meio do Oceano, do Atlântico raivoso e manso que a cerca, que a aprisiona, que a acaricia e que a açoita com as suas ondas bravias, revoltas, em fúria se precipitando para diante, para as praias, ou se batendo sobre as pedras, os recifes. Mas em tudo é a ILHA. E já temos dito: a enamorada eterna do Atlântico, sua posse absoluta!

Cá em baixo, a ILHA tem outros encantos, outros aspectos. E tudo relembra, para nós, um pouco de ONTEM, do ONTEM que já é PASSADO. E nós ficamos presos nestas recordações íntimas, olhando a sua gente, seu povo. O todo. A luta, as batalhas travadas, a conquista doutras realizações e doutros melhoramentos. E quanta coisa já foi feita com a valentia das resoluções dos poucos homens independentes e evoluídos, idealistas, unidades vivas da nacionalidade. Quantas liberdades conquistadas. Quantos sacrifícios. Quantas glórias. E tudo isto passa pelas nossas lembranças. São fatos e ocorrências que marcaram épocas e que identificaram homens, homens livres, homens dignos, homens valorosos. Homens pobres que morreram na miséria, mas glorificados na alma e nos sentimentos cívicos do povo. Quantas coisas escritas. Quantos poetas e prosadores. Quantos magistrados honestos, homens do DIREITO, da LEI. Respeitados que, ainda hoje, vivem na memória dos que ficaram. Quanta coisa bonita neste quadro de recordar, de reviver, de sentir mais pelo pensamento que mesmo pelo coração. Quanta beleza humana. Quantos sacrifícios com a gente humilde, a gente pobre, a gente-povo! Quantas renúncias e quantas resignações. E tudo passando, passando por nós neste domingo de Sol, de luz, de poesia que há nas copadas das árvores, no balanço dos ninhos, na fulguração intelectual da mocidade, dos moços que estudam, que se emanciparam, que se fizeram homens, que pensam por si, que realizam por aí, que lutam desesperadamente por um futuro melhor.

Tudo assim para nós nesta manhã de Sol, de luz clareando tudo, refletindo-se em tudo e, nas praias distantes, tomando o seu “banho de mar”. Quanta poesia em tudo isto. Quanto Amor. Quanto heroísmo. Quanto fortalecimento moral em tudo isto que é Vida, em tudo isto que um dia também é Morte. Tudo isto que se imortaliza no TEMPO. Quantas coisas lindas nos tempos que se foram, nos anos que se foram. Neste realismo que estamos vivendo, neste Presente que está em nós, vibrante, iluminado de sonhos e de pensamentos bons. Quanta beleza na ILHA, na cidade-capital do Estado do Maranhão. E nós vamos olhando a ILHA, a sua paisagem humana.

Mas também há, como nunca, a presença da Dor, do dilaceramento. Há o lado profundamente humano sentimental. O lado real, angustiante embora, mas uma continuidade da própria vida, da própria razão de viver, de sentir a VIDA.

E estamos vendo aquelas três crianças que em companhia do pai nos veio visitar. Crianças, filhos, agora, do desespero, da tormenta desta outra coisa que se chama injustiça social. Estamos nos lembrando do pai das crianças, homem pobre, sem recursos, jogado na cerca da miséria. De homem que, como muitos outros, estão “desempregados”. Que ficaram sem meios para ganhar, com “lágrima, suor e sangue”, a alimentação para seus filhos, para a esposa que está doente em casa. TODA uma vida estragada! Toda uma vida no exercício do tal “jogo de bicho”, toda uma vida na contravenção! E, agora, ele e muitos outros, chefes de família, na tormenta do desconforto, no açoite da FOME. E a gente sem nada poder fazer. A gente ficando olhando o desenrolar do drama social que é pungente, que é dilacerante. E contra eles a DUREZA DA LEI. A flexibilidade das autoridades no cumprimento do DEVER!

E aquelas outras crianças, filhos de pais pobres, da gente torturada, sem profissões definidas, jogadas no flagelamento de todas as misérias. Aquelas crianças nuas, sem roupa, dormindo nas pocilgasm nos casebres de lata velha, suspensas à beira das marés! Aquelas crianças doentes atacadas de verminose ou com os pulmões “arados pela tuberculose”, atiradas ali no abandono, no sofrimento de todos os sofrimentos. Mas é o todo em si, é a cidade. É a ILHA dentro desta paisagem humana, profundamente humana. Dentro da própria VIDA. Da vida que se encaminha invariavelmente para a MORTE. Mas, em tudo, há VIDA. Vida que é DOR, que é TRISTEZA, que é TORMENTA e que é o que Bilac chamou “alegria de viver” e de sentir a própria vida.

Mas, mais uma vez, estamos olhando a cidade. Há nisto um muito de nós. Da nossa vida na cidade. Criança que fomos da cidade, moleque de suas ruas, estudante de suas escolas, professor de seus colégios, jornalista que somos da imprensa. Moço que fomos, velho que estamos sendo, cabelos brancos, grisalhos, anunciando a grande caminhada, a longa caminhada que um dia nos levará para Deus e, lá encima, na noite iluminada, conversar baixinho com o inesquecível Pai e Amigo e Mestre que nos foi Nascimento Moraes.

E, mais uma vez, estamos olhando a cidade – a ILHA!

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”,18 de agosto de 1964 (terça-feira).

O 1º Festival de Verão de Campos do Jordão começa hoje (22) e continua até o dia 13 de fevereiro com 54 apresentações musicais divididas em dois eixos, Música Popular e Música  Erudita. 

De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, a proposta é ampliar o alcance do festival e explorar novas linguagens e formatos musicais. O evento terá 26 concertos gratuitos e 22 apresentações on-line, exibidos no YouTube do evento e também na plataforma #CulturaEmCasa. 

O festival vai contar também com a inauguração do auditório do Parque Capivari, com capacidade para 700 pessoas e 110 músicos, palco com 250m², além de backstage de 50m² e um camarim com 35m². O novo espaço irá abrigar a abertura e o encerramento do evento.

O eixo de Música Popular contará com os seguintes artistas: Paula Lima (que abre o evento ao lado da SP Big Band, no dia 22), João Bosco, Sujeito a Guincho, Mestrinho, Guinga, João Camarero, Cristóvão Bastos, Thiago Amud, Dori Caymmi e André Mehmari. 

Pelo eixo de Música Contemporânea do Festival, as atrações são a cantora indiana Varijashree Venugopal; o norte-americano Derek Bermel com o Trio Arquè; os conjuntos Percorso Ensemble, Desvio, Martelo e São Paulo Chamber Soloists; o violonista Fabio Zanon e Arrigo Barnabé, e ainda a cantora, compositora e instrumentista carioca Clarice Assad. A programação completa pode ser acessada em   http://www.festivalcamposdojordao.org.br/

(Fonte: Agência Brasil)

“O que vai ser do cinema? O que vai ser desse cinema que a gente concebe de forma tradicional que é a ida pra uma sala, com ingresso pago?”, questiona Lila Foster, uma das curadoras da 25ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes. São perguntas que estarão em evidência em meio aos debates do evento que teve início na noite de ontem (21) e se encerra no próximo sábado (29).

O tema dessa edição é “cinema em transição”. A proposta é promover uma reflexão sobre as mudanças que vêm acontecendo no setor, diante das transformações econômicas e em meio à pandemia de covid-19 iniciada em março de 2020. Os próprios festivais foram duramente impactados e precisaram recorrer à programação on-line nos últimos dois anos. Nessa edição, a Mostra de Tiradentes anunciou um modelo híbrido, mas precisou recuar frente ao avanço da onda causada pela Ômicron, a nova variante do novo coronavírus que se alastrou pelo mundo: restando apenas uma semana para o início do evento, os organizadores comunicaram a mudança pactuada em comum acordo com parceiros, com patrocinadores e com o município.

“As altas taxas de transmissibilidade inesperadamente altas da variante Ômicron estão exigindo um cuidado ainda maior. Salvar vidas é o mais importante”, anunciaram. Transferida integralmente para o ambiente virtual, a programação deste ano foi mantida com pouquíssimas alterações e pode ser acessada pelo site oficial do evento. Todas as atrações são gratuitas.

Serão apresentados 169 filmes brasileiros de 21 Estados brasileiros, sendo 100 curtas e o restante médias e longas-metragens. O público deve ficar atento porque haverá uma janela de exibição para cada um deles, geralmente de 24 horas. A programação preparada pela Universo Produção, responsável pelo evento, conta ainda com oficinas, mesas de debate, performances audiovisuais, lançamentos de livros e exposição virtual.

Segundo Lila Foster, os dados da mostra fornecem subsídios para se discutir como o cinema brasileiro reagiu frente à rarefação das políticas públicas que garantiam a produção constante do cinema brasileiro nos últimos anos. Um volume alto de editais públicos foi cancelado como resultado de uma combinação entre as dificuldades econômicas impostas pela pandemia e as opções de governos estaduais e federal mais conservadores em relação ao investimento na cultura.

“Pensávamos que teríamos menos inscrições de longas este ano. Mas tivemos o mesmo volume. Mesmo em meio à pandemia e com todas essas mudanças, a chama do cinema brasileiro se manteve. Diante de uma certa crise, houve uma movimentação em busca de novas possibilidades”, observa a curadora.

Dois fatores são apontados pela curadoria e pela organização da Mostra de Tiradentes como decisivos para a manutenção de um número de inscrições similar ao dos anos anteriores. O primeiro deles é de ordem tecnológica. “Temos essa beleza que o digital tem proporcionado já há quase uma década. Essa ideia de que você consegue, com uma estrutura mínima, com uma câmera digital e uma ilha de edição caseira, produzir filmes”, diz Lila.

O segundo fator tem relação com a Lei Aldir Blanc, aprovada em 2020 e nomeada em homenagem ao compositor que morreu devido a complicações da covid-19 logo no início da pandemia. Trata-se de uma ação emergencial específica para apoiar o setor cultural em meio à pandemia.

Demandada pelos artistas, ela foi aprovada no Congresso Nacional com apoio de parlamentares da base do governo e da oposição. A União ficou responsável por repassar aos Estados e municípios R$ 3 bilhões, que poderiam ser empregados de diferentes formas: renda emergencial aos artistas, subsídios para manutenção de espaços, empresas e instituições culturais, editais para realização de eventos ou para produção cultural, entre outros.

Segundo um levantamento da Mostra de Tiradentes, um total de 179 dos mais de 900 curtas-metragens inscritos foram financiados com recursos da Lei Aldir Blanc, representando algo em torno de 20%. Para Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora-geral do evento, a ação emergencial supriu parcialmente a suspensão de editais tradicionais e contribuiu para oxigenar o mercado, financiando inclusive filmes que não foram produzidos por processos tradicionais do cinema. Ela conta que a programação reúne trabalhos com propostas bem originais.

“A Mostra de Tiradentes é um reflexo do cinema contemporâneo e revela quem está fazendo cinema, que imagens são essas que chegam até nós. Então, quando falamos de cinema em transição, tratamos de um retrato do audiovisual na passagem de 2021 para 2022. Nesse contexto, tivemos tanto uma desarticulação das políticas públicas como os efeitos da pandemia, que paralisou o setor. Foi preciso se reinventar e acompanhamos toda uma mudança. Então, nosso objetivo é apresentar esse cinema, que dialoga com outras artes e explora novas linguagens e estéticas”, acrescenta Hallak.

Streamings

Atualmente, falar das transformações do cinema não apenas no Brasil, mas em nível global, é necessariamente falar das plataformas de streamings. É o que aponta Lila, que diz acreditar que, diante do poderio financeiro dos grupos envolvidos, o sucesso seria alcançado de toda forma. No entanto, sugere que o isolamento social em meio à crise sanitária facilitou a entrada dessas novas tecnologias em nossas vidas. “A gente aceita hoje assistir a um filme on-line muito mais que dois anos atrás. É um dado cultural, de hábito, de prática”, pontua.

A curadora aponta que é possível discutir o fenômeno sob diversos ângulos. “Até mesmo a televisão hoje em dia está em xeque. Essa é uma mudança tecnológica e econômica em curso. E com ela, nós também percebemos uma chegada de diretores do cinema independente nesses espaços. Vamos ter debates em torno disso: como o espaço do streaming e os canais on-line possibilitam novas oportunidades para o cinema independente?”.

O tema é de extremo interesse para a Mostra de Tiradentes uma vez que o evento sempre se pautou pelo seu papel de estímulo às produções independentes. A Mostra Aurora, ponto alto da programação, abre espaço para trabalhos inéditos de diretores que tenham até três longa-metragens no currículo. Essa categoria específica para a valorização de novos cineastas surgiu em 2008, na 10ª edição. De lá pra cá, ela se firmou como uma das mais importantes vitrines do evento.

Neste ano, concorrem, na Mostra Aurora, sete títulos produzidos em cinco Estados: Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Lila, a seleção reúne trabalhos que apostam no diálogo de formatos, explorando a diluição da fronteira entre ficção e documentário e a combinação de linguagens. Muitas das produções não são originárias estritamente do universo do cinema, mas envolve outros grupos e coletivos culturais, por exemplo, do teatro, das artes plásticas etc.

Programação

A Mostra de Tiradentes foi criada em 1998 com a proposta de colaborar com o chamado “cinema de retomada”, expressão usada na historiografia para se referir ao reaquecimento da produção nacional, que aconteceu na segunda metade da década de 1990. Rapidamente se consolidou como responsável por abrir, anualmente, o calendário audiovisual brasileiro, o que faz com que suas discussões influenciem outros festivais ao longo do ano. Com o tempo, também foi construindo sua vocação de apoio à produção independente. O evento conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Ministério do Turismo, por meio de sua Secretaria Especial da Cultura.

Além da Mostra Aurora, a edição deste ano tem outras 16 categorias. Uma novidade de 2022 será o Conexão Brasil Cinemundi, uma versão itinerante do Brasil Cinemundi, iniciativa que ocorre desde 2009, na capital mineira, durante a Mostra CineBH, também realizada pela Universo Produção. Trata-se de um encontro internacional de coprodução, que reúne representantes da indústria mundial com interesse em coproduzir com o Brasil e conhecer pessoalmente projetos que, muitas vezes, não chegam até eles.

Em Tiradentes, ocorrerá a categoria Work In Progress (WIP). Entre os dias 24 e 29 de janeiro, serão apresentados filmes que estão na reta final para serem finalizados. “Alguns estão em processo já avançado, estudando a forma de lançamento no mercado. Outros buscando sócios e recursos para finalizar”, explica Raquel Hallak. Segundo ela, essa novidade incluída na programação da Mostra de Tiradentes veio de uma demanda da própria indústria e se alinha ao esforço que o evento vem construindo mais recentemente de projetar o cinema brasileiro para o exterior.

O homenageado deste ano é Adirley Queiróz. O cineasta de Ceilândia, no Distrito Federal, assina filmes como Dias de Greve (2009), Fora de Campo (2010), A Cidade é Uma Só? (2012), Branco Sai, Preto Fica (2014) e Era Uma Vez Brasília (2017), trabalhos que serão exibidos na programação do evento.

“Adirley é uma descoberta da Mostra de Cinema de Tiradentes. Ganhou a Mostra Aurora em 2012 e, de lá pra cá, acompanhamos sua trajetória. Escolhemos o seu nome para representar esse tempo histórico do cinema brasileiro, bem como os 25 anos do evento. Um dos melhores frutos desse período é a presença do Adirley com sua filmografia e sua genialidade”, diz Raquel Hallak.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação autorizou a abertura de novas inscrições no Programa de Bolsa Permanência (PBP) para 2022. O benefício, de R$ 900, é pago para estudantes indígenas e quilombolas, matriculados em cursos de graduação presencial ofertados por instituições federais de ensino superior.

De acordo com a portaria publicada na edição dessa sexta-feira (21) do Diário Oficial da União, as inscrições deverão ser realizadas pelo Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), no período de 24 de janeiro a 28 de fevereiro.  

A análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante e a aprovação do cadastro no SISBP deverão ser realizadas pelas instituições federais de ensino superior, no período de 24 de janeiro a 31 de março.

Até a mesma data, será feita, também, a análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante ao programa e a aprovação do respectivo cadastro no sistema pelas instituições federais de ensino superior.

Segundo o MEC, a distribuição de vagas disponíveis considerará o quantitativo de alunos matriculados e de alunos cadastrados no programa, por instituição, no término do exercício anterior.

O Programa de Bolsa Permanência foi criado em 2013 e busca enfrentar as desigualdades sociais e étnico-raciais, garantindo a permanência e diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou, nesta sexta-feira (21), a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022 nos dias 13 e 20 de novembro. Já o exame para pessoas privadas de liberdade, o Enem PPL, será realizado nos dias 13 e 14 de dezembro.

Além do Enem, o Inep também apresentou o calendário de outros exames, como o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2022 e Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), assim como de exames internacionais. 

Revalida

primeira etapa da primeira edição do Revalida será realizada no dia 6 de março e a segunda etapa nos dias 25 e 26 de junho. Já a segunda edição do Revalida está previsto para o dia 7 de agosto (primeira etapa), com a segunda etapa ocorrendo nos dias 3 e 4 de dezembro.

O Revalida é composto por uma etapa teórica e outra etapa prática que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

Aplicado desde 2011, o exame tem por objetivo subsidiar a revalidação, no Brasil, de diploma de graduação em medicina expedido no exterior. O exame avalia as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Encceja

O Encceja está marcado para o dia 28 de agosto. O exame serve para conceder o diploma de conclusão do ensino fundamental ou médio para jovens e adultos que não conseguiram obter a certificação na idade adequada. O Encceja para as pessoas privadas de liberdade ocorrerá nos dias 11 e 12 de outubro.

Para quem mora no exterior, o Encceja será aplicado no dia 18 de setembro. As pessoas privadas de liberdade no exterior poderão realizar o exame (Encceja exterior PPL) no período de 19 a 30 de setembro. 

Enade

O Enade está marcado para o dia 27 de novembro. A prova é usada como instrumento de avaliação do ensino superior brasileiro. Este ano, o Enade será composto por uma prova com 40 perguntas.

O conteúdo é dividido entre dez questões de formação geral, com temas comuns a todos os cursos, e 30 questões de componente específico, com perguntas próprias de cada área. No total, são cinco questões discursivas e 35 de múltipla escolha. Os estudantes terão quatro horas para realizar a prova.

Exames internacionais

Já a aplicação do exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) será realizada no período de 11 de abril a 31 de maio. O Pisa é referência mundial, em termos de avaliação de estudantes.

Outro exame internacional, o International Civic and Citizenship Education Study (ICCS) terá a aplicação teste no período de 17 a 30 de maio de 2022, com a aplicação principal no período de 12 a 30 de setembro de 2022.

O Inep também publicou o calendário de aplicação do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), que ocorrerá no período de 23 a 26 de maio de 2022. Aplicado em mais de 100 postos no Brasil e no exterior, o exame é voltado para permitir a comprovação oficial da proficiência em Língua Portuguesa.

(Fonte: Agência Brasil)

A Space Entertainment Enterprise (S.E.E), empresa britânica que está coproduzindo o próximo filme espacial de Tom Cruise, planeja criar um estúdio de cinema no espaço, em 2024, para produção e transmissão de conteúdos de entretenimento.

Chamado de SEE-1, módulo destina-se a hospedar filmes, televisão, música e eventos esportivos, bem como artistas e produtores criativos que desejam criar conteúdo em ambiente de microgravidade e órbita baixa.

De acordo com a revista norte-americana especializada em entretenimento Variety, as instalações permitirão desenvolvimento, produção, gravação e transmissão de conteúdos ao vivo.

“O SEE-1 é uma oportunidade incrível para a humanidade se deslocar a um reino diferente e iniciar novo capítulo emocionante no espaço”, disseram os empresários e produtores Elena e Dmitry Lesnevsky, em comunicado.

Atualmente, a empresa planeja o recolhimento de fundos.

“De Júlio Verne a Star Trek, o entretenimento de ficção científica inspirou milhões de pessoas em todo o mundo a sonhar com o que o futuro pode trazer. Criar um local de entretenimento de última geração no espaço inspira e abre inúmeras portas para criar novos conteúdos incríveis e tornar esses sonhos realidade”, afirmou à Variety o presidente-executivo da S.E.E, Richard Johnston.

Segundo a empresa britânica, o SEE-1 vai fornecer lar único e acessível para possibilidades ilimitadas de entretenimento, em local repleto de infraestruturas inovadoras que estimularão novo ciclo de criatividade.

O SEE-1, que será construído pela empresa norte-americana Axiom Space, vai permitir expansão da indústria global de entretenimento, de US$ 2 bilhões, em órbita baixa.

“A Axiom Station, primeira estação espacial comercial do mundo, foi projetada como infraestrutura fundamental que permite economia diversificada em órbita”, disse o presidente executivo da empresa, Michael Suffredini.

E acrescentou: “adicionar um local de entretenimento dedicado às capacidades comerciais da Axiom Station, na forma do SEE-1, vai expandir a utilidade da estação como plataforma para base global de utilizadores e destacar a gama de oportunidades que a nova economia espacial oferece”.

“O SEE-1 vai mostrar e impulsionar o ambiente espacial de forma sem precedentes”, frisou o engenheiro-chefe da Axiom, Michael Baine.

(Fonte: Agência Brasil)

A música brasileira perdeu uma de suas vozes mais representativas. A cantora Elza Soares morreu hoje (20), em sua casa, de causas naturais, aos 91 anos. Ainda não há informações sobre o velório da artista.

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares de fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, destaca comunicado sobre a morte no Facebook da cantora e assinado por assessores e parentes.

Nessa mesma data, em 1983, morria o jogador de futebol Mané Garrincha, que foi marido da cantora.

Vida e obra

Nascida no dia 23 de junho de 1930, no Rio de Janeiro, na favela da Moça Bonita, atualmente Vila Vintém, no Bairro de Padre Miguel, zona norte da cidade, a menina Elza Gomes da Conceição. Veio de uma família humilde e, ainda pequena, mudou-se para um cortiço no Bairro da Água Santa, onde foi criada.

Elza Soares começou a carreia artística fazendo um teste na Rádio Tupi, no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso, e conquistou o primeiro lugar. Após o concurso, ela fez um teste com o maestro Joaquim Naegli e foi contratada como crooner (cantor de orquestra ou conjunto musical) da Orquestra Garam de Bailes, onde trabalhou até 1954, quando engravidou. No ano seguinte, voltou a cantar na noite e, em 1960, lançou seu primeiro disco, Se Acaso Você Chegasse e, em 1962, seu segundo LP, A Bossa Negra.

Em 1962, Elza fez apresentações como representante do Brasil na Copa do Mundo no Chile, onde conheceu Louis Armstrong (representante artístico dos Estados Unidos), que lhe propôs fazer carreira nos EUA. Nesse mesmo ano, ela conheceu Garrincha, com quem se casaria e teria um relacionamento conturbado.

Elsa Soares fez carreira no samba, mas também transitou do jazz ao hip hop, passando pela MPB, lançando 36 discos na carreira. Ela foi eleita, em 1999, pela Rádio BBC de Londres como a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem no projeto The Millennium Concerts, da rádio inglesa, criado para comemorar a chegada do ano 2000. Além disso, apareceu na lista das 100 maiores vozes da música brasileira elaborada pela revista Rolling Stone Brasil.

A cantora também ganhou diversos prêmios como três prêmios Grammy Latino e dois WME Awards e, em 2020, foi tema do enredo da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

(Fonte: Agência Brasil)