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Obra estará em cartaz na exposição

O Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão vai abrir nesta terça-feira (17/5), às 16h30, a exposição “Flores de Obaluaiê”, do artista plástico Miguel Veiga. As 19 obras (pinturas e esculturas) debatem a rejeição por causa da orientação sexual, gênero e etnia. O trabalho fica em cartaz até o dia 1º de julho, no Espaço de Artes Ilzé Cordeiro.

A concepção artística da mostra, com a curadoria do analista ministerial Francisco Colombo, dividida em dois ambientes, é motivada pela questão social da violência sofrida pela população LGBTQIA+ e outras minorias discriminadas por não corresponderem ao padrão social majoritário.

A exposição retrata como as minorias sexuais, muitas vezes, carregam angústias e transtornos que são resultados de agressões e discriminações ao longo da vida. Miguel Veiga usa esses bordões em títulos das suas obras como uma estratégia para dar um tom de libertação à abordagem do tema.

Artista plástico Miguel Veiga

Um exemplo é a escultura “Armário da Eterna Purpurina”, que é a representação de um caixão com recortes de notícias dos assassinatos de pessoas LGBTQIA+. “Todas as obras foram criadas como uma metáfora da figura humana sendo dilacerada. É uma representação dessa população que vem sendo maltratada e discriminada. O sofrimento é visto como uma espetacularização em forma de notícia”, explica o artista.

17 de maio

O Dia Internacional Contra a Homofobia, comemorado em 17 de maio, faz referência à data em que o termo “homossexualismo” deixou de ser aceito e utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sinônimo de doença. A terminologia discriminatória foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) em 17 de maio de 1990.

“Essa luta abrange várias populações discriminadas. Quando eu montei essa exposição, tive que fazer uma espécie de âncora, que são bordões pejorativos como ‘fulano está dentro do armário’, ‘fulano é aquele gay dentro do armário’. Então, fiz essa instalação remetendo ao universo de repressão, de clausura, autoaprisionamento. Eu tive um viés mais abstrato, que vai fundamentar todo o pensamento, que é o mito de Obaluaiê, pois abarca vários aspectos do sofrimento humano como rejeição e acolhimento”, detalhou Miguel Veiga. 

Obaluaiê

Nascido com o corpo coberto de feridas, segundo o mito iorubá, Obaluaiê (também conhecido como Omolu) é filho de Nanã e Oxalá. As chagas foram um castigo por sua mãe ter seduzido Oxalá, mesmo sabendo que ele era comprometido com Iemanjá.

Quando viu o filho recém-nascido coberto de marcas e deformações, a mãe o abandonou em uma praia. Porém, Iemanjá ouviu o choro da criança que estava sendo devorada por crustáceos e,  comovida,  acolheu-o como filho, cuidando da saúde dele.

Obaluaiê sobreviveu, mas com o corpo marcado por feridas e cicatrizes, causando constrangimentos e isolando-o do convívio com outros orixás. Ogum, penalizado com a situação, cobriu o corpo e o rosto dele com palhas para esconder as deformações.

Em uma festa dos orixás, Iansã notou o isolamento de Obaluaiê e fez soprar ventos fortes para saber quem se escondia por baixo das palhas, revelando as cicatrizes que tanto o entristeciam. Ela tirou o jovem para dançar e, em cada rodopio cortando o ar, as cicatrizes e feridas caíam do corpo dele, transformadas em pipocas.

Assim, Obaluaiê ficou reluzente de tanta luz e encantamento por tanta beleza. O chão ficou coberto de pipocas parecidas com flores brancas, as “Flores de Obaluaiê”.

Abertura

A cerimônia de abertura da exposição terá a apresentação das drag queens Adriane Bombom e Raphaella Kennya, que vão homenagear a cultura brasileira e maranhense. O evento terá, ainda, as exposições de bonecas “Vestidas com Elegância”, de Beto Silva, “Acolher”, de Paulo Ribeiro, da Casa Acolher.

Serviço

O quê: 

Exposição “Flores de Obaluaiê”

Quando: 

17 de maio, às 16h30, (abertura) até 1º de julho

Onde: 

Espaço de Artes Ilzé Cordeiro, Centro Cultural do MP-MA (Rua Oswaldo Cruz, 1.396 – Centro, São Luís/MA)

(Fonte: MP-MA)

Já está publicado no Diário Oficial da União (D.O.U) desta segunda-feira(16), o edital do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2022. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, desde de 2002 o Encceja afere competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada.

Quem pode participar?

A participação no Encceja Nacional 2022 é voluntária, gratuita e destinada a jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade apropriada para cada etapa de ensino, desde que tenham, no mínimo, 15 anos completos para o ensino fundamental e, no mínimo, 18 anos completos no caso do ensino médio, na data de realização do exame.

Prazos

Segundo o edital, as inscrições começam em 24 de maio e vão até o dia 4 de junho. Durante o mesmo período, os atendimentos especializados deverão ser solicitados. As cidades de aplicação do Encceja 2022 serão disponibilizadas no sistema do exame e no portal do Inep.

Provas

A aplicação para o ensino fundamental e médio será no dia 28 de agosto e ocorrerá em todos os estados e no Distrito Federal.

Ausências

Este ano, não haverá necessidade de justificativa de ausência para quem se inscreveu e faltou ao Encceja 2020. Também não será necessário o pagamento da taxa de ressarcimento para os ausentes no ano passado que vão fazer as provas novamente. Segundo o Inep, a medida foi tomada tendo em vista o contexto da pandemia de covid-19 que envolveu a realização da última edição. Apesar disso, se quiser fazer nova inscrição na próxima edição do exame, o participante que não comparecer à aplicação de todas as áreas do conhecimento em que se inscrever para o Encceja 2022 deverá justificar a ausência.

(Fonte: Agência Brasil)

O governo japonês abriu inscrições para os programas de bolsas de estudos de 2023 do Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do país. Os candidatos selecionados terão a oportunidade de estudar em universidades japonesas como alunos de graduação, escola técnica ou curso profissionalizante, ou, ainda, de serem admitidos como alunos de pesquisa e conduzirem um projeto de mestrado ou doutorado no país.

A bolsa é integral e inclui o pagamento de passagem aérea, isenção de taxas escolares e ajuda de custo mensal. O programa prevê, ainda, um curso de língua japonesa durante o primeiro ano. Para residentes no Distrito Federal, em Goiás e no Tocantins, as inscrições devem ser entregues para a embaixada do Japão, presencialmente ou pelos Correios. Residentes em outras localidades deverão procurar o consulado do Japão na região.

Neste mês está aberta a inscrição para o programa de pós-graduação. Os estudos no Japão terão início em abril de 2023, com duração de dois anos.

Os candidatos devem cumprir vários requisitos, como escolaridade, proficiência em língua inglesa ou japonesa e idade máxima de 34 anos em abril de 2023. A seleção é composta de análise documental, provas escritas e entrevista. Em uma fase posterior, a documentação é enviada ao Japão para análise do ministério japonês.

No caso das bolsas de graduação, escola técnica e curso profissionalizante, serão aceitos candidatos com ensino médio concluído até março de 2023 e com até 24 anos de idade em abril de 2023. As inscrições se iniciam no dia 1º de junho e se encerram no dia 24 do mesmo mês. Todas as bolsas possuem requisitos para inscrição.

Informações adicionais estão disponíveis no site da embaixada, e dúvidas podem ser esclarecidas no e-mail oferecido pela embaixada: [email protected].

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) disponibilizou a programação da 20ª Semana Nacional dos Museus. O evento ocorre entre os dias 16 e 22 de maio de 2022. Entre as atividades previstas, estão shows, teatro, seminários, cinema, visitas mediadas, lançamentos de livro, workshops, entre outras.

O tema desde ano é “O Poder dos Museus”. “O Poder dos Museus está presente em suas ações de pesquisa, preservação, conservação, educação, comunicação, ação cultural, gestão, inovação tecnológica, cumprimento de suas funções sociais e criação de repertórios para o futuro. Os museus são construtores de futuro e, por isso, são poderosos”, informou, em nota, o Ibram.

Para a programação deste ano, há 877 museus participantes e 2.587 eventos cadastrados. Ao todo, estão inscritas 379 cidades de 26 Estados. O guia de programação, separado por município, pode ser acessado aqui.

Semana Nacional de Museus

A Semana Nacional de Museus é uma das ações da Política Nacional de Museus do Ibram, construída e proposta de forma articulada com o setor de museus brasileiro e que tem como propósito mobilizar os museus de todo o país a partir de um esforço de convergência de suas programações em torno de um mesmo tema.

Há 45 anos, a escolha do tema é proposta, anualmente, pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), para o Dia Internacional dos Museus, celebrado no dia 18 de maio. Nesta data, convidam os museus, profissionais e comunidades museais a criar, imaginar e compartilhar ações voltadas para o diálogo com os seus públicos e territórios, fortalecendo o reconhecimento e a visibilidade dos museus.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo, continuamos com...

Ortografia – Uso das Letras (8ª parte)

Dúvidas sobre o uso de C e Ç, S e SS, SC e SÇ, XC e XS

1ª) Devemos escrever com C ou Ç:

À beça, absorção, açaí, acepção, acessório, asserção, baço, boçal, camurça, cansaço, castiço, cerração (nevoeiro), cessação (ato de cessar), cessão (ato de ceder), cingalês, Cingapura, chumaço, concertar (harmonizar), convalescença, dança, deserção, disfarce, docente, erupção, exceção, excepcional, extinção, facínora, Iguaçu, incenso, inserção, isenção, Juçara, linhaça, maçarico, maciço, miçanga, mormaço, muçulmano, paçoca, Pajuçara, Paraguaçu, prevenção, presunção, resplandecer, ressurreição, seção (= secção), soçobrar, Suíça, terçol, torção, traça, umedecer, vicissitude, viço…

2ª) Devemos escrever com S:

Ânsia, ansioso, arsênico, ascensão, ascensor, aspersão, cansado, cansar, cansaço, compreensão, compulsória, consecução, consenso, contrassenso, conversível, descansar, descenso, despensa, dispensa, dispersão, distensão, diversão, estender, extorsão, farsa, ganso, hortênsia, incenso, insípido, intrínseco, manso, obsessão, obsoleto, pretensão, propensão, propulsão, repreensão, reverso, sinagoga, sinusite, siso, sisudo, submersão, subsidiar, subsídio, suspensão, tensão (estado do que é tenso)…

3ª) Devemos escrever com SS:

Acessível, admissível, antisséptico, assear, assediar, asseio, asserção, assessor, assolar, aterrissar, avassalar, carrossel, classicismo, cassino, comissão, compasso, compressa, concessão, confissão, dissensão, dissídio, dissimulação, dissipar, dossiê, endossar, escassear, escassez, fossa, girassol, impressão, insosso, presságio, procissão, repercussão, ressarcir, ressentir, ressurreição, sanguessuga, sobressalente, sossego, tessitura, vicissitude…
4ª) Devemos escrever com SC ou SÇ:

Abscesso, abscissa, acrescentar, adolescente, aquiescer, ascendência, ascensão, asceta, consciência, cônscio, convalescência, crescer, cresço, cresça, descendência, descerebrado, discente, discernimento, discernir, disciplina, discípulo, efervescência, enrubescer, fascículo, fascinante, fascínio, fascismo, florescência, florescente, fluorescência, imprescindível, incandescência, incandescente, inflorescência, intumescer, irascível, isósceles, lascívia, luminescência, miscelânea, miscigenação, nascer, nasça, nasço, nascituro, néscio, obsceno, onisciência, oscilar, piscicultura, piscina, prescindir, recrudescer, remanescer, reminiscência, renascença, ressuscitar, rescindir, rescisão, seiscentos, suscetível, transcendental, víscera…

5ª) Devemos escrever com XC ou XS:

Exceção, exceder, excelência, excelso, excentricidade, excêntrico, excepcional, excesso, exceto, excitação, excitante, excitar, exsudar (transpirar)…

6ª) Devemos escrever com X:

Aproximar, auxiliar, contexto, expectador (que tem esperança), expiar (pagar, penar), expirar (acabar, morrer), explícito, explorar, êxtase, extensão, extenso, inexplicável, máxima, próximo, sexteto, sintaxe, textura…

Exercícios
Assinale, em cada questão, a única palavra cuja grafia NÃO é oficial:

Teste 1 – Com C ou Ç ou S ou SS?

1.

a) assessório

b) alicerce

c) alvorecer

d) apetecer

e) célere

2.

a) celibato

b) cercear

c) cessar

d) chacina

e) sílio

3.

a) circuncisão

b) coercitivo

c) concílio

d) disfarse

e) docente

4.

a) ensurdecer

b) excepcional

c) intercessão

d) obsecado

e) vacina

5.

a) absorção

b) abstensão

c) açude

d) adereço

e) adoção

6.

a) alçapão

b) apreço

c) cassarola

d) cerração

e) caniço

7.

a) cansaço

b) carcaça

c) carniça

d) camursa

e) cessação

8.

a) chouriço

b) coação

c) contorsão

d) dança

e) deserção

9.

a) desfaçatez

b) disfarsar

c) distorção

d) dobradiça

e) ereção

10.

a) erupção

b) exceção

c) extinsão

d) hortaliça

e) inserção

11.

a) massante

b) maçarico

c) maciço

d) menção

e) miçanga

12.

a) muçulmano

b) orçar

c) paçoca

d) pinsa

e) presunção

13.

a) quiçá

b) rebuliço

c) roliço

d) saçaricar

e) soçobrar

14.

a) sanção

b) rechaçar

c) mormasso

d) mordaça

e) noviço

Teste 2 – Com S ou SS ou C ou Ç?

1.

a) ânsia

b) apreensão

c) arsênico

d) ascenção

e) cansaço

2.

a) compreenção

b) compulsão

c) consenso

d) descenso

e) despensa

3.

a) compulsório

b) condensar

c) conversão

d) convulsão

e) descançar

4.

a) dimenção

b) dispensa

c) dispersão

d) distensão

e) diversão

5.

a) emersão

b) extender

c) excursão

d) expulsão

e) extensão

6.

a) extorsão

b) farsa

c) ganso

d) hortência

e) impulsionar

7.

a) incurção

b) insinuar

c) intrínseco

d) inversão

e) justapor

8.

a) misto

b) obcessão

c) obsidiar

d) obsoleto

e) percurso

9.

a) persiana

b) perversão

c) pretenção

d) propensão

e) propulsão

10.

a) recenseamento

b) remorso

c) repreensão

d) repulça

e) reverso

11.

a) salsicha

b) sinusite

c) sisudo

d) submersão

e) subscidiar

12.

a) subsídio

b) subsistência

c) suspensão

d) versátil

e) imerção

13.

a) acessível

b) admição

c) agressão

d) assédio

e) asserção

14.

a) acessoria

b) assíduo

c) bissetriz

d) bússola

e) cassino

15.

a) classicismo

b) compasso

c) compassivo

d) compressa

e) conceção

16.

a) demissionário

b) depressivo

c) discussão

d) discídio

e) dissipar

17.

a) dissuadir

b) emissão

c) endoçar

d) escassez

e) excesso

18.

a) excecivo

b) girassol

c) idiossincrasia

d) opressão

e) permissivo

19.

a) pêcego

b) pintassilgo

c) presságio

d) procissão

e) progressão

20.

a) promissor

b) remessa

c) repercução

d) repressão

e) ressaca

Respostas dos exercícios:

Teste 1

1. a – acessório

2. e – cílio

3. d – disfarce

4. d – obcecado

5. b – abstenção

6. c – caçarola

7. d – camurça

8. c – contorção

9. b – disfarçar

10. c – extinção

11. a – maçante

12. d – pinça

13. e – soçobrar

14. c – mormaço

Teste 2

1. d – ascensão

2. a – compreensão

3. e – descansar

4. a – dimensão

5. b – estender

6. d – hortênsia

7. a – incursão

8. b – obsessão

9.c  – pretensão

10. d – repulsa

11. e – subsidiar

12. e – imersão

13. b – admissão

14. a – assessoria

15. e – concessão

16. d – dissídio

17. c – endossar

18. a – excessivo

19. a – pêssego

20. c – repercussão

Constantemente, Sarney afirma: “A maior obra do meu governo é uma obra sem placa, que não se vê, mas se sente em todos os recantos e em todas as atitudes do Novo Maranhão: a mudança de mentalidade”.

Aí está um pronunciamento corajoso e válido. Aí está uma afirmativa que vale um autêntico programa de governo, governo sério, honesto, construtivo.

Em dois anos, Sarney mudou a fisionomia do Estado, deu-lhe o vigor dum amplo trabalho de realizações admiráveis. E ninguém poderá desmentir isto. Estradas, escolas, ambulatórios, linhas de transmissão, novas faculdades e, dentro deste quadro impressionante de empreendimentos, de iniciativas, desponta, é esta a verdade, uma nova mentalidade que é de trabalho, de ordem, de progresso, de administração organizada. E de todos e até de seus adversários, há o testemunho eloquente desta capacidade, deste esforço, desta coragem cívica e patriótica do jovem governador maranhense.

Não há exagero no que afirmamos. Não. É o retrato real do Maranhão de hoje, de nossos dias. O Maranhão na batalha de soerguimento e de produtividade. O Maranhão nesta fase de rejuvenescimento. O Maranhão na caminhada para o desenvolvimento.

Não se pode negar isto. Não interessa, aqui, outro pensamento, o que parte da área minada por prevenções isoladas, que se concentram no “festim” dos grupos políticos que ficaram fora da órbita destas realizações. O que prevalece é a tomada de conta deste realismo empolgante. E aí o saldo benéfico está com Sarney.

Os depoimentos das maiores e expressivas figuras da política e da administração do país reconhecem, no nosso governador, a grandiosidade duma energia que não se abate, duma vontade que não se quebra, duma resistência que não se afasta de seus objetivos: mais progresso para o Estado, esse Estado que ele, em dois anos, arrancou do aprisionamento, arrancou dum estado de estagnação, este Maranhão que, por demorados anos, estava esquecido, jogado fora do mapa geográfico do país como uma unidade de participação na conjuntura das suas energias criadoras. Um Estado que estava no ostracismo, sem vida própria, sem identificação própria. Um Estado no torvelinho duma politicalha de grupos, politicalha de interesses inconfessáveis.

Era isto. Hoje, o Maranhão ressurge como uma das vivas esperanças do Brasil. Reintegrou-se na vida administrativa do país, está em todas as atenções. É este e não outro o quadro governamental, administrativo que aí está. E junto de Sarney, participação valorosa, o povo, a mocidade, todas as forças positivas que atuam em todos os setores da vida administrativa do grande Estado. Com Sarney, esta preocupação constante: soerguer o Estado.

E disse o governador duma feita: “O povo não é um instrumento passivo do progresso. Ele precisa ser despertado para o desenvolvimento. Sua participação é tão importante quanto os índices de investimento. Ele precisa estar ao lado do governo. Um governo só é de povo, quando o povo se sente no governo”.

E a verdade é que Sarney tem este apoio, tem esta participação. É um governo de povo. Integrado na luta do povo, nas suas reivindicações. Está na alma popular por meio de todo este trabalho de progressividade, de realizações que aí estão diante de todos marcando este presente de reformas, de novas estruturas e assegurando a grandiosidade do Maranhão do futuro.

E ninguém poderá desmentir isto. Ninguém poderá contestar este quadro administrativo que aí defrontamos. O Maranhão de hoje é trabalho. É recuperação. É crescimento.

Carlos Castelo Branco, o colunista do “Jornal do Brasil”, referindo-se ao nosso governador, disse: “O sr. Sarney não é engenheiro nem técnico de coisa alguma. É um político, com experiência política e um exemplo estimulante de que a ação política é a dominante e a principal no exercício do governo desde que se ajuste aos interesses da coletividade. O governo não é uma ação técnica, é uma ação política, que se socorre dos técnicos para formulação e execução das tarefas que estão na linha do interesse geral. É isso o que se vê um pouco por todo o Nordeste e, especialmente, no Maranhão”. E antes, afirmou: “A consequência é que todo o aparelho do Estado está motivado para a obra que ali se realiza sob o comando esclarecido de um jovem político que vai dando demonstração de inteligência e poder de adaptação do homem público a realidades emergentes”.

E é isto. Sarney tem, sempre a seu favor, pronunciamentos válidos como este. É uma força no exercício de suas tarefas governamentais. Uma ação que se precipita para a integração do Estado na vida construtiva do país.

E o Maranhão progride e assume a liderança que os maus governos tinham jogado à margem dum estado de desesperanças. Exato. Hoje, o Maranhão é um Estado rejuvenescido. E, no governo, há um jovem que representa a luta do povo, a luta dos que sentem esta imperiosa necessidade: ver crescer mais o Maranhão.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”,  6 de junho de 1968 (quinta-feira).

“Um dia eu simplesmente apareci!”. Esta era a frase dita por Arthur Bispo do Rosário a quem perguntava sobre seu nascimento. A data em que ele nasceu é cercada de mistérios: não se sabe se foi em 1909 ou em 1911. Mas foi na cidade de Japaratuba, interior do Sergipe, que ele “apareceu” para seus pais e para a vida.

Em 1936, já vivendo no Rio de Janeiro, Bispo do Rosário sofreu um acidente de trabalho. Dois anos depois, apresentou-se em uma igreja no centro da cidade dizendo que estava ali por ser um enviado de Deus que iria “julgar os vivos e os mortos”. Daquela igreja, foi levado para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, onde recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide e ficou internado pela primeira vez. Entre idas e voltas, Bispo do Rosário permaneceu em casas psiquiátricas durante cerca de 50 anos. Ele morreu na Colônia Juliano Moreira em 1989.

Foi nessa colônia que Bispo concebeu vasta obra artística, usando o material encontrado no local: canecas, pentes, garrafas, calçados, papelão. Durante sua vida, produziu mais de mil peças que só ficaram conhecidas quando uma reportagem para a televisão foi feita em uma clínica de tratamento de problemas mentais, e ele foi apresentado com seu trabalho. Além de miniaturas e justaposição de objetos, Bispo do Rosário encontrou um jeito de fazer arte com bordados que, mais tarde, inspirou artistas como Leonilson, por exemplo.

Seu trabalho único, todo interligado, é uma espécie de inventário para o Juízo Final e será exposto, a partir desta quarta-feira (18), Dia da Luta Antimanicomial, no Itaú Cultural, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo.

A mostra Bispo do Rosário – Eu vim: Aparição, Impregnação e Impacto é uma parceria com o Museu Arthur Bispo do Rosário – Arte Contemporânea (mBRAC) e tem curadoria de Ricardo Resende e cocuradoria de Diana Kolker, respectivamente, curador e curadora-pedagoga do museu.

Toda a obra de Bispo é relacionada às memórias que ele traz da infância, de seu trabalho na Marinha e na Light, da vida na cidade e da vida no manicômio. “É como se fosse um registro de passagem pela Terra. Ele foi diagnosticado como esquizofrênico e ouvia vozes. Essas vozes o conduziram a criar sua obra. Em uma entrevista, ele diz que as vozes o obrigavam a criar a obra para apresentá-la a Deus no Juízo Final. Este era o objetivo de sua criação: ele juntava, guardava e acondicionava objetos da vida terrena”, disse Ricardo Resende à Agência Brasil.

“A exposição faz uma amostragem dessa obra, do que é possível apresentar, já que parte dela está hoje em condições bastante precárias. Estamos ainda no processo de restauração”, ressaltou Resende. Segundo o curador, as peças foram dispostas no local da exposição sem hierarquia ou distinções. “Não existia isso para Bispo do Rosário. Ele não dava títulos ou datas [para suas obras]”, acrescentou.

Exposição

A exposição, que ocupará três andares da casa cultural, apresentará mais de 400 obras de Bispo do Rosário, além de trabalhos de artistas que se inspiraram nele ou passaram por ateliês de instituições psiquiátricas brasileiras.

As criações de Bispo do Rosário reverberam na produção cultural brasileira até hoje e estão em diálogo com 49 artistas. “Foi um desafio para a curadoria fazer esse diálogo”, disse o coordenador de Artes Visuais do Itaú Cultural, Juliano Ferreira. “Para Bispo, toda sua produção era uma coisa só. Então, a exposição traz essa expografia com o Bispo no centro. Você vai observar, na expografia, que a produção do Bispo é algo central dentro dos pisos”, explicou.

No primeiro andar do Itaú Cultural, a referência será uma cela onde o artista viveu. “Foi uma escolha curatorial e expográfica trazer a ambiência dp lugar em que Bispo viveu a maior parte de sua vida. O visitante entra e pode observar os cobogós [uma espécie de item decorativo que serve para separar ambientes], que é uma analogia direta à estrutura e ao prédio onde Bispo viveu. Eles trocavam bilhetinhos pelos buraquinhos dos cobogós. Era uma forma de ligação com o mundo exterior. A expografia tem essa proposta labiríntica e é proposital para que o visitante tenha um pouco dessa vivência”, disse Ferreira.

“Bispo recebia visitas em sua cela, e é interessante porque os relatos que temos são de que ele conduzia, de alguma maneira, a visita. A gente traz isso aqui: é um conjunto de peças, de objetos, de partes da obra, trabalhos que se sobrepunham um ao outro, e tenta recriar um pouco dessa ambiência”, explicou Resende. “A ideia é causar um deslumbramento no público quando ele se deparar com essa instalação que estamos criando.”

Bispo do Rosário

Ainda no primeiro andar, estarão retratos de Bispo feitos pelo fotógrafo Jean Manzon e publicados em ensaio na revista O Cruzeiro, de 1942. Haverá também fotografias do artista feitas em 1982 por Hugo Denizart, autor do filme Prisioneiro da Passagem, que será exibido na mostra. Ali, também, estão suas séries feitas com sapatos, pentes e canecas. “São objetos do cotidiano que ele transforma em uma instalação”, destacou Ferreira, em entrevista à Agência Brasil. O primeiro andar apresenta, ainda, uma coleção de faixas de misses.

O primeiro subsolo tratará das instituições, mostrando, além das obras de Bispo, cerca de 300 trabalhos de outros artistas influenciados por sua produção. O impacto e a impregnação na arte contemporânea permeia o segundo subsolo. É ali que se encontra uma cama criada por Bispo. “A cama é interessante porque ele se apaixonou pela terapeuta. E aí fez a cama com uma indumentária toda bordada. Acho que era um amor muito menos sexual e muito mais essa coisa da idolatria. Era algo ali para que ela [a terapeuta] se deitasse, como se fosse uma grande deusa”, disse Ferreira.

Luta Antimanicomial

A escolha pelo dia de inauguração foi proposital e pretende discutir as internações e o fim da violência contra as pessoas em sofrimento mental. “A ideia de abrir essa exposição é uma grande celebração da grande obra de Bispo do Rosário e de um dia muito importante, o da Luta Antimanicomial. [E lembra] a violência que as pessoas sofreram em situação de internação. Também é uma agradável coincidência que o dia 18 de maio seja o Dia dos Museus. Será uma grande celebração”, disse Ferreira.

Negro, pobre, “louco” e vivendo em um manicômio, Arthur Bispo do Rosario disse, certa vez, que “os doentes mentais são como beija-flores, nunca pousam, ficam a dois metros do chão”. Assim como sua obra.

(Fonte: Agência Brasil)

Um belo e raro fenômeno enfeitará o céu entre a noite deste domingo (15), a partir das 23h27, e o início da madrugada de segunda-feira (16). Será uma Lua de Sangue “triplamente especial para o Brasil”, afirmou a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional. A melhor notícia é que o evento celeste será bem visível de todas as partes do Brasil.

O evento durará pouco mais de três horas, encerrando-se às 2h55. “Mas o ponto máximo, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra será exatamente à 1h11, no horário de Brasília”, disse Josina à Agência Brasil.

“A grande vantagem desse eclipse, que chamo de triplo total, é que, além de ser um eclipse total da Lua, será totalmente visível em todo o Brasil, de Norte a Sul; de Leste a Oeste. O Brasil inteiro verá o eclipse do início ao fim, em todas suas fases, na sequência penumbral, parcial, total, e depois retornando à parcial e à penumbral”, explicou Josina.

“Outra vantagem é que a Lua estará bem alta no céu, longe do horizonte, bem fácil de ser vista. Agora é torcer para que o tempo fique bom e não atrapalhe o espetáculo”, acrescentou.

Segundo Josina, o próximo eclipse desse tipo, em que todas as etapas podem ser apreciadas de qualquer região, só ocorrerá em junho de 2029, entre os dias 25 e 26. “Até lá, teremos vários eclipses parciais”, tranquilizou a astrônoma.

Além do Brasil, terão o privilégio de observar a Lua de Sangue triplamente especial os demais países da América do Sul e da América Central. O fenômeno também será visível em parte da América do Norte, da Europa e da África.

Os eclipses lunares ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. “Quando um corpo extenso, como o Sol, ilumina outro corpo extenso – no caso, a Terra –, ocorrem duas regiões de sombra: a penumbra e a umbra. Quando totalmente escura, sem nenhuma luminosidade, essa sombra é a umbra; quando recebe luz em alguns pontos, a sombra, um pouco mais clara, é a penumbra.

“Quando a Lua entra na sombra da penumbra, começa o eclipse penumbral; quando está totalmente na penumbra, é o eclipse penumbral. Quando começa a entrar na umbra, é o eclipse parcial. Quando a lua está totalmente mergulhada na umbra, é o eclipse total, e ela toma uma cor avermelhada belíssima. Por isso é chamada de Lua de Sangue”, detalhou a astrônoma do Observatório Nacional.

(Fonte: Agência Brasil)

Museu da Imprensa Oficial. Impressora Rotativa.

O ano era 1808. Data em que a família real portuguesa decidiu se mudar para o Brasil. Foi a Nau Medusa que enfrentou os mares para trazer dois prelos e 28 caixas de tipos (as letras da impressão). O objetivo era montar um jornal para publicar todos os atos oficiais no Brasil. Assim foi criada a Imprensa Nacional (IN), diz o diretor do Museu da Imprensa, Rubens Cavalcanti Júnior.

De lá pra cá foram 214 anos, celebrados nesta sexta-feira (13). Muitos jornais foram impressos pela IN: Gazeta do Rio de Janeiro, Diário do Governo, Correio do Império, Gazeta do Império. E, a partir de 1º de outubro de 1862, começa a ser impresso o Diário Oficial do Império, que é conhecido hoje como o Diário Oficial da União (DOU). Dividido em três seções, ele dá publicidade a todos os atos do governo como atos normativos do presidente da República, nomeações e concursos públicos.

Com a era digital, o DOU deixou de ser impresso e agora só existe na versão on-line. A publicação tem mais de 18 milhões de acessos por ano. “A Imprensa Nacional está também nas redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter e YouTube, onde são divulgados os destaques diários do DOU”, disse o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Celso Farias Júnior.

Durante a celebração, 14 pessoas foram homenageadas como Amigos da Imprensa Nacional, entre eles o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário; o ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria e o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Glen Valente. “Estou representando os mais de 1.800 funcionários que a EBC tem”. Segundo ele, a EBC busca contribuir com o trabalho da instituição. Valente destacou a importância da IN para a trajetória do nosso país. “A Imprensa Nacional participa e participou do desenvolvimento do Brasil”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) fez o pré-lançamento do aplicativo SouTec, que pretende estimular estudantes brasileiros a escolherem um curso técnico de acordo com cada perfil de interesse. O anúncio foi feito na feira Bett Brasil em São Paulo (SP), nessa quinta-feira (12). A previsão de lançamento é para o primeiro semestre de 2022.

De acordo com informações da pasta, por meio da ferramenta, o estudante deverá responder questões que avaliam suas preferências relacionadas a atividades de trabalho. Quando terminar, terá acesso a um resumo e a um relatório completo explicando qual é o perfil vocacional. O foco são os quase 12 milhões de estudantes que estão nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano).

“Essa demanda surgiu da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica [Setec] do Ministério da Educação, que identificou a necessidade de os alunos brasileiros conhecerem os cursos profissionalizantes oferecidos pela rede federal de ensino. A ferramenta também pode ser utilizada por profissionais que desejam reposicionar-se na carreira profissional, contribuindo para estimular a aprendizagem ao longo da vida”, divulgou o MEC.

No evento, foi apresentado outro aplicativo Jornada do Estudante, que pretende unificar informações da trajetória dos estudantes. A ideia é que os estudantes possam consultar os seus registros educacionais e documentos pertinentes à sua trajetória, desde o primeiro ingresso em estabelecimento de ensino, público ou privado, até o nível superior e de especializações.

Segundo o MEC, o aplicativo servirá também como mecanismo de comunicação, de modo que os estudantes recebam as novidades do governo federal voltadas à educação. O lançamento deve ocorrer também neste primeiro semestre.

Os aplicativos serão disponibilizados gratuitamente na loja do gov.br para as plataformas Android e IOS.

(Fonte: Agência Brasil)