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A baixa presença de mulheres no curso de física foi o que motivou as professoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Elis Sinnecker, Tatiana Rappaport e Thereza Paiva a criarem o projeto Tem Menina no Circuito, em 2013. Com quase dez anos de existência, a iniciativa foi vencedora da edição de 2022 do Prêmio Nature Mulheres Inspiradoras na Ciência, na categoria Divulgação Científica.

A revista Nature, publicada desde 1869 é, atualmente, uma das principais publicações científicas no mundo. O prêmio foi entregue às pesquisadoras do Instituto de Física em cerimônia realizada em Londres, no último dia 11. “Esse prêmio é muito importante para a gente, é um reconhecimento internacional, é um prêmio de muito prestígio”, diz Thereza.

O Tem Menina no Circuito foi fundado como uma iniciativa para incentivar meninas a gostarem e a se engajarem em ciências exatas. O projeto ocorre em cinco escolas de regiões de baixa renda do Rio de Janeiro e, desde 2019, também em Uberlândia, em Minas Gerais.

O projeto promove várias atividades voltadas para as meninas. “A gente não chama nossas atividades de aula, fazemos questão de não ir para o quadro. As atividades são mão na massa”, explica Thereza. Elas reúnem materiais usualmente usados em circuitos elétricos, como baterias, fitas condutoras e leds com objetos lúdicos de artesanato e trabalho manual, como papel, tecido e massa de modelar e colocam em prática o que aprendem.  

Além das atividades nas escolas regulares, o projeto promove atividades extras levando as meninas para espaços de ciência, como os laboratórios da própria UFRJ e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O projeto também realiza ações nas escolas voltadas para os estudantes em geral, como palestras, oficinas de robótica e feiras de ciências, que incluem os meninos.

Mulheres na ciência

Neste ano, relatório do British Council, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostrou que a América Latina e o Caribe atingiram a paridade de gênero na ciência, com as mulheres representando 46% do total de pesquisadores da região.

No entanto, quando se tratam das áreas de exatas, a porcentagem de pesquisadoras cai. Considerados apenas os estudos em Stem, sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática, o estudo mostra que a porcentagem de mulheres investigadoras que trabalham em engenharia e tecnologia na região é muito mais baixa do que a dos homens. Em alguns países, como Bolívia e Peru, esta porcentagem é inferior a 20%.

O projeto surge para incentivar e dar oportunidade para as meninas seguirem carreira em exatas. “A ciência precisa de diversidade. Para a ciência, é melhor que haja pessoas diversas trabalhando, isso aumenta a chance de resolver problemas”, diz Thereza.  

Outro impacto observado no projeto é uma maior busca pelo ensino superior. A partir do momento que as estudantes se aproximam das universidades, elas percebem esse espaço como um lugar que pode ser ocupado por elas. “A gente está fazendo inclusão pela ciência. Motiva as meninas e o entorno delas, fomenta feira de ciência, motiva a busca pelo ensino superior” afirma a pesquisadora.  

No início deste ano, em conjunto com outros pesquisadores, Thereza publicou um artigo com um levantamento das professoras nas áreas de matemática, física e química das principais universidades e centros de pesquisas sediados no Estado do Rio de Janeiro.  Os dados mostram que há mais professores homens nessas áreas do que mulheres.

Na área de matemática, são 104 mulheres e 275 homens e na de química, 167 mulheres e 219 homens. No caso da física, o estudo identifica um abismo ainda maior: 66 mulheres e 258 homens. Considerada a raça, a diferença aumenta. Segundo a publicação, entre os 324 docentes e pesquisadores em física nas instituições consideradas, foi encontrada apenas uma mulher não branca.

De estudante a orofessora

A então estudante Gabriella Galdino foi uma das primeiras participantes do projeto, em 2014, quando estava no 2º ano do ensino médio, no colégio estadual Alfredo Neves, em Nova Iguaçu. Ela conta que sempre se interessou pela área de exatas, mas foi com o projeto que pode conhecer melhor os campos de atuação.

“O diferencial para mim, além das atividades de física, foram as visitas às universidades. Com o projeto, consegui ter acesso, visualizar como era a rotina de aluno na universidade e perceber que é acessível”, diz.

Gabriella, por influência do projeto, escolheu a carreira de física e hoje é professora em três escolas. Na turma, na UFRJ, ela era uma das poucas meninas e também uma das únicas a se formar em física. Outras acabaram mudando de curso ao longo da formação.

“Acho que as meninas acabam não indo para a área de exatas pela falta de modelos, pela falta de exemplos do que seria trabalhar em uma área dessas e por uma questão cultural. Desde pequena a gente é criada para cuidar das pessoas, por isso vão para as áreas de cuidado, educação infantil, saúde”, diz.

O projeto tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Instituto Reditus e ampliou suas atividades em 2019, passando a atuar também na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais.

Com o prêmio, a iniciativa irá receber US50 mil para investir em atividades relacionadas à divulgação científica e ensino de tecnologia.

(Fonte: Agência Brasil)

O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, inaugura neste sábado (22), às 14h, a mostra Stella do Patrocínio – Me mostrar que eu não sou sozinha. Que tem outras iguais, semelhantes a mim e diferentes. A exposição, inédita, apresenta O Falatório, de Stella do Patrocínio, nascida no Rio de Janeiro, em 1941. Empregada doméstica, negra, assim como sucedeu com Arthur Bispo do Rosário, Stella foi conduzida, arbitrariamente, pela polícia e internada no Centro Psiquiátrico Pedro II, aos 21 anos de idade. Em 1966, foi transferida para a Colônia Juliano Moreira, onde permaneceu até a sua morte, aos 51 anos.

Ao contrário de outros internos da colônia, que traduziam sua arte em pinturas e esculturas na grande maioria, Stella do Patrocínio tinha uma produção em prosa e poesia, que, depois, foi registrada em gravações. “Ela tinha toda uma produção que foi depois registrada e chamada pela própria Stella de O Falatório. Ela tinha um jeito próprio de expressar a revolta do manicômio, a relação com a sociedade. E ela pôde expressar isso falando”, disse à Agência Brasil a diretora do Museu, Raquel Fernandes.

O Falatório é composto por um conjunto de conversas com Carla Guagliardi, gravadas em fita cassete, que fizeram parte, em 1986, do movimento de humanização das práticas em ambientes psiquiátricos, realizado na Colônia Juliano Moreira.

Nesse contexto, foi criado o projeto Oficina de Livre Criação Artística, em parceria com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), idealizado pelas psicólogas Denise Correa e Marlene Sá Freire, com a orientação da artista Nelly Gutmacher e participação de estudantes da EAV.

O projeto promoveu oficinas de arte para internas do extinto Núcleo Teixeira Brandão, e formou um grupo feminino de interação com as mulheres internadas, entre as quais se encontrava Stella. “Ela era sempre altiva e se colocava de uma forma muito interessante, diferente das demais internas”, disse Raquel.

O grupo do Parque Lage gravou as falas de Stella, que acabaram fazendo parte de uma exposição no Paço Imperial, nos anos de 1990, onde se viam recortadas as frases desse Falatório que Stella colocava.

Depois, em 2001, após a morte de Stella, suas falas viraram um livro, organizado pela filósofa Viviane Mosé. Desde então, o Falatório de Stella do Patrocínio tornou-se publicamente conhecido, inspirando diversas produções artísticas e pesquisas acadêmicas.

“Com isso, Stella acabou sendo apresentada como uma potência da poesia falada. Daí, ela começa a ser reconhecida. As pessoas começam a estudar Stella, os áudios começam a circular, a partir do recorte do livro, e ela passa a ser objeto de interesse para pesquisas de mestrado e doutorado”, disse a diretora do museu.

Exposição

Na exposição, o Falatório de Stella é apresentado na íntegra. “É uma exposição que convoca as pessoas a escutar o Falatório sem nenhum recorte, como ela de fato apresentou, e fazendo com que as pessoas possam ser atravessadas por esse Falatório. Foi isso que a gente propôs também para as artistas que fazem parte da exposição”, disse Raquel.

“A partir daí, surgiram trabalhos que são inspirados nesse Falatório, que ressalta a condição da mulher negra, o seu papel de fala, a violência sofrida em relação a isso e, como não há uma reparação possível, como proceder diante disso e, de alguma maneira, não silenciar”, comentou Raquel Fernandes.

“Essa é a provocação que a gente trouxe para as artistas”, acrescenta Raquel.

O projeto coloca em foco a palavra falada, escrita, desenhada, costurada, bordada, dançada, performada, cantada, mobilizada pela escuta do Falatório de Stella do Patrocínio, afirmando sua relevância na produção intelectual e artística brasileira e afrodiaspórica.

A mostra reúne trabalhos das artistas Annaline Curado, Morena, Natasha Felix, Panmela Castro, Patricia Ruth, Priscila Rezende, Rogéria Barbosa, Val Souza, Vanessa Alves, Zahy e Rosana Palazyan junto à Ana Letícia Silva de Souza, Mac Laine Faria, Cláudia Coura, Luzia Cavalcanti e Fatinha da Rocinha.

A exposição também conta com a participação do Núcleo de Atenção Psicossocial a Afetados pela Violência de Estado (Napave). A curadoria coletiva é de Patrícia Ruth, Rogéria Barbosa, Diana Kolker, Raquel Fernandes e Ricardo Resende.

Racismo

O racismo é outro aspecto muito presente em artistas como Stella do Patrocínio, que eram internadas arbitrariamente em manicômios, no século passado. A diretora do Museu Bispo do Rosário disse que um grande contingente de mulheres era internado pelas famílias nos manicômios. Eram mulheres que se rebelavam contra os pais, maridos ou companheiros, que tinham uma postura mais questionadora ou não aceitavam a violência imposta às mulheres. “Essas eram taxadas como loucas, histéricas, psicóticas. Um grande quantitativo acabou ficando aqui”, disse Raquel Fernandes.

A diretora do museu salientou ainda que, ao contrário dos homens internados, que eram mais visitados pelas famílias, muito poucas mulheres recebiam visitas. “Ficavam abandonadas por serem consideradas improdutivas, à margem. Havia, também, muito de racismo, porque um grande contingente de mulheres internadas como loucas era negra, pobre. Acabavam vindo para cá e silenciadas”.

A diretora Raquel Fernandes lembra que a exposição está sendo realizada no mesmo ano em que o Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira encerra os últimos núcleos ativos de internação, por meio da implementação de políticas de cuidado e reinserção psicossocial.

“Nosso projeto marca e reafirma a luta por uma sociedade sem manicômios, e soma forças às ações de justiça e reparação às vítimas da violência do Estado que atinge, principalmente, mulheres historicamente afetadas pelo racismo. A exposição é um convite à escuta”, disse.

O Museu Bispo do Rosário promove também, neste sábado, o lançamento do livro Uma trajetória, uma vida, uma escolha, produzido por Rogéria Barbosa, usuária também do serviço mental. A artista integra o Atelier Gaia, apoiado pelo museu, é militante da luta antimanicomial e uma das curadoras da exposição.

O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea fica na Estrada Rodrigues Caldas, 3.400, Taquara, em Jacarepaguá.

Os agendamentos de visitas podem ser feitos no endereço virtual do museu.

A mostra gratuita ficará aberta ao público até 24 de abril de 2023, no horário das 10h às 17h, diariamente, exceto segunda-feira.

(Fonte: Agência Brasil)

Fachada do Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

O Orquidário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebe, neste fim de semana, a exposição “Orquídeas na Primavera”, uma variadíssima e colorida mostra com mais de 100 espécies.

O evento que se realiza duas vezes ao ano durante quase duas décadas volta ao calendário da cidade, com esta segunda edição anual. A exposição organizada pela OrquidaRio – Orquidófilos Associados, além de exibir orquídeas em flor na estufa, oferece venda de plantas, workshop de cultivo e oficina de ilustração botânica.

A primeira Exposição de Orquídeas deste ano ocorreu em junho, marcando a reabertura do Orquidário à visitação pública após uma grande reforma. De acordo com a presidente da OrquidaRio, Rita Sena, “retomamos nossas exposições no Jardim Botânico duas vezes ao ano e estamos muito animados. Queremos que o público siga se encantando e buscando informações sobre cultivo para que possamos ter uma cidade mais florida e humanizada. Esta época do ano é especialmente rica em floração e esperamos que nossos associados tragam suas mais lindas plantas”, avaliou. .

Interesse

No início do século XIX, crescia, na Europa, o interesse pelas orquídeas tropicais. Vários relatos e gravuras comprovam o fascínio que a natureza exuberante da paisagem do país exercia sobre os que chegavam aqui. E o Brasil, considerado como o país com maior biodiversidade no mundo, é também especialmente rico em orquídeas. Não só o número de espécies é elevado como a quantidade de plantas de cada uma delas é também elevada. Encyclia é um gênero de orquídeas originário da América Tropical e as 48 espécies, ao todo, ocorrem praticamente no país inteiro, inclusive nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Esta orquídea encontra seu habitat desde o nível do mar até 2000 metros de altitude e são plantas sempre agradavelmente perfumadas no horário em que seu polinizador está ativo. Algumas florescem em qualquer época do ano, a maioria na primavera.

(Fonte: Agência Brasil)

O quadrinhista Maurício de Sousa recebeu, nesta sexta feira (21), uma homenagem da cátedra Unesco de Leitura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em reconhecimento ao estímulo à leitura de várias gerações no país.

Para a coordenadora de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Rebeca Otero, os personagens e as histórias que Maurício de Sousa criou ao longo de sua carreira contribuíram para a formação de leitores de muitas gerações.

É o caso do ilustrador Rafael Feitosa. Ele inclusive escolheu a profissão inspirado nas histórias em quadrinhos do Maurício de Sousa que lia quando criança e hoje lê as revistinhas para sua filha Sofia.

Segurando o icônico coelho azul de pelúcia, a filha de Rafael, Sofia, de 5 anos, contou qual o personagem favorito da Turma da Mônica.

Nascido em 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel, interior de São Paulo, Maurício de Sousa começou cedo a carreira de ilustrador. Aos 19 anos, já fazia quadrinhos para jornais locais de Mogi das Cruzes, cidade da Grande São Paulo. Em 1959, publicou uma tirinha vertical, trazendo – pela primeira vez – como personagem o cão azul Bidu. Em 1962, criou a personagem Mônica. E, nos anos 1970, publicou a primeira revista em quadrinhos da Turma da Mônica.

(Fonte: Agência Brasil)

O fim de semana será de competição e de muita diversão em Bacabal (MA). E tudo graças ao Projeto Recrear: Esporte e Lazer para Todos, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Friobom, que promoverá gincanas esportivas, recreação e atividades culturais e de lazer para a população da cidade. As ações do projeto são gratuitas e vão ocorrer, tanto no sábado quanto no domingo (22 e 23), no Estádio do Merecão, a partir das 8h.

De acordo com o projeto, o Recrear: Esporte e Lazer para Todos consiste na realização de quatro eventos. Os dois primeiros serão realizados já neste fim de semana com o objetivo de oferecer gincanas de caráter esportivo, recreativo e social.

“A ideia da realização do Recrear é levar mais lazer e diversão para comunidades carentes da cidade. Queremos utilizar essas gincanas e atividades recreativas como ferramenta de inclusão social. Só temos a agradecer ao governo do Estado e à Friobom por acreditarem e incentivarem essa iniciativa que, sem dúvida nenhuma, vai trazer inúmeros benefícios para toda Bacabal”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do projeto.

Segundo a organização do Recrear, o projeto deve atender, por evento, cerca de 300 pessoas no total, entre crianças e adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência. Todas as informações sobre o Recrear: Esporte e Lazer para Todos estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetorecrearbacabal). 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Neste domingo (23), serão realizadas as semifinais do torneio de Fut7 Beach Adulto Feminino da terceira edição do Esporte na Minha Cidade, competição que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A partir das 9h, a Praia do Calhau, em São Luís, será palco dos duelos que definirão os times classificados para a final do torneio.

Nesta edição do torneio de Fut7 Beach Adulto Feminino, as semifinais do Esporte na Mina Cidade serão as seguintes: CT Sports x AFA e IJC x RB Sports. Os quatro times semifinalistas chegam a esta fase com campanhas invictas e com desempenhos ofensivos e defensivos muito parecidos.

Nas semis, não há vantagem. Em caso de empate no tempo normal, a vaga para a final será decidida no shoot-out.

Vale ressaltar que todos os times participantes do Esporte na Minha Cidade receberam kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Todo o material entregue está sendo utilizado pelas equipes durante todo o torneio.

Premiações

Os times campeões e vice-campeões do Esporte na Minha Cidade serão premiados com troféus e medalhas. Durante a solenidade de encerramento das competições, haverá, também, a entrega dos prêmios individuais: Melhor Jogadora, Artilheira, Goleira Menos Vazada e Melhor Técnico.

Todas as informações sobre o Esporte na Minha Cidade e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@esportenaminhacidade).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Livros

Com o tema “A transformação acontece aqui”, a 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília (Bilb), começa nesta sexta-feira (21) em formato presencial, após dois anos paralisada por causa da pandemia da covid-19. Ela reunirá 100 expositores – entre livrarias, distribuidoras e editoras de todo o país –, e poderão ser vistos 400 mil títulos. A previsão é movimentar R$ 11 milhões.

A feira ocupará um espaço de 12 mil metros quadrados no Pavilhão do Parque da Cidade e será realizada até o dia 30 de outubro. O público deverá acessar o site oficial da bienal para retirar o ingresso eletrônico de acesso à área de visitação, onde poderá participar de palestras, debates, lançamento de livros e noite de autógrafos com a presença de autores internacionais e nacionais.

Durante a semana, o horário de funcionamento da bienal será das 9h às 22h e, aos sábados e domingos, das 10h às 22h. Segundo a organização, estão disponíveis ingressos gratuitos e pagos. O primeiro lote de ingressos de cada dia é gratuito, mas limitado. Após o término dos ingressos gratuitos, ficam disponíveis as entradas com valores de R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada.

Programação

A programação cultural está dividida em seis eixos temáticos: autores, mercado, música, HQs, crianças e multimeios. Nesta edição, o evento homenageará a escritora brasileira Miriam Alves, assistente social com quatro décadas de literatura, e a mexicana Laura Esquivel, roteirista e escritora do Como água para chocolate, livro traduzido em 35 línguas, adaptado ao cinema e que vendeu 3,6 milhões de exemplares.

Os cantores Hamilton de Holanda e Roberta Sá farão shows no dia 21 de outubro, no local, e a cantora e compositora Céu, no dia seguinte. Para ter acesso a essa área da bienal, o público deve acessar o site e adquirir ingresso específico para shows musicais.

A bienal também terá espaço para visitação e seminários sobre educação e serviço social. O evento oferece, ainda, atividades artísticas e culturais para 12 mil alunos das escolas públicas e privadas do Distrito Federal, que já têm visitação agendada.

A feira

Desde 2016, a bienal integra o calendário oficial de eventos do Distrito Federal. Considerada a maior feira literária do Centro-Oeste, a Bilb surgiu em 2012 como Bienal Brasil do Livro e da Leitura (BBLL) e teve sua primeira edição realizada no canteiro central da Esplanada dos Ministérios. Ao todo, já recebeu mais de 1,5 milhão de visitantes.

Desde que foi criada a feira, o público teve a oportunidade de assistir a palestras e a debates de mais de 470 escritores, brasileiros e estrangeiros. Foram lançados 600 livros, representantes de mais de 60 países, com cerca de 120 seminários e debates, além de apresentações artísticas de, aproximadamente, 161 artistas e grupos de todo o Brasil. De acordo com a organização, somando as quatro primeiras edições, a feira vendeu mais de 600 mil livros.

(Fonte: Agência Brasil)

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo chega à sua 46ª edição apresentando 223 títulos de 60 países. O maior e mais tradicional evento de cinema de São Paulo volta a ocorrer de forma majoritariamente presencial e brindará o cinéfilo com uma grande seleção de filmes que será apresentada por duas semanas em circuito de salas de cinema, espaços abertos e em duas plataformas on-line: o Sesc Digital e o Spcine Play.

A Mostra teve início na tarde de hoje (20) com um dos destaques desta edição, o filme As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes.

O grande vencedor da Palma de Ouro deste ano, Triângulo da Tristeza, de Ruben Östlund, também foi selecionado para o evento e terá três exibições, além da que foi apresentada ontem (19), para convidados.

Já do Festival de Berlim, compõem a Mostra o filme Alcarrás (Alcarràs), de Carla Simón, que levou o Urso de Ouro; e o coreano O Filme da Escritora, de Hong Sang-so, vencedor do Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri.

Do total de filmes que serão apresentados nestas duas semanas de evento, 67 são brasileiros. Alguns deles terão apresentações especiais, como o clássico do cinema nacional, Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, que foi restaurado a partir do negativo original em 35mm.

Homenagens

Entre os homenageados pelo festival, estão a cantora e atriz Doris Monteiro, protagonista de Agulha no Palheiro (1953), de Alex Vianny. O filme, que foi restaurado pela Cinemateca Brasileira, será projetado na instituição. Também serão homenageados a diretora Ana Carolina e o cineasta Jean-Luc Godard, morto há pouco mais de um mês. Já o jornalista, escritor e diretor Arnaldo Jabor, que morreu no início deste ano, ganha homenagem póstuma do evento com a exibição do longa Eu Te Amo.

O cartaz da Mostra deste ano é assinado pelo muralista Eduardo Kobra, que deu o título Volte a Sonhar à arte do pôster. A imagem da garota tendo a cidade de São Paulo no horizonte e em conexão com a imagem do filme A Viagem à Lua, de Georges Méliès, realizado há 120 anos, simboliza que o cinema pode abrir horizontes em lugares inimagináveis e nos levar ao universo dos sonhos.

Além da exibição de filmes, o festival promove ainda mais uma edição do Encontro de Ideias, com o lançamento de livros e debates sobre a indústria audiovisual. Também haverá a apresentação de oito títulos em realidade virtual, que serão apresentados na Cinemateca Brasileira e no Sesc 24 de Maio.

A Mostra será realizada até o dia 2 de novembro. Mais informações podem ser obtidas no site oficial do evento.

(Fonte: Agência Brasil)

A primeira edição do Projeto Viva, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, está prestes a ser concluída. Nesta sexta-feira (21), ocorrerá o evento de encerramento deste projeto que proporcionou momentos de lazer para adultos e idosos na cidade de Bacabal (MA). A atividade final está marcada para começar a partir das 16h, na Praça da Bíblia.

Ao longo dos últimos meses, o Projeto Viva proporcionou atividades físicas em diferentes modalidades para a população adulta e idosa da cidade de Bacabal, com abordagem recreativa, visando a melhora da qualidade de vida e do bem-estar físico social e emocional. Além disso, a iniciativa buscou potencializar as capacidades físicas de seus participantes, proporcionando um tempo para o cuidado ao corpo.

As aulas semanais contaram com a coordenação e suporte de profissionais de educação física, além do fornecimento de todo o material e instrumentos necessários para a prática de exercícios de diversos segmentos, como atividades físicas, motoras e aeróbicas, jogos esportivos, danças, ginástica localizada e alongamento. Essas movimentações ocorreram ao ar livre para que, além dos benefícios para a saúde, o Projeto Viva promovesse uma integração social na comunidade de Bacabal.

“Estamos muito contentes com os resultados obtidos na primeira edição do Projeto Viva. Ao proporcionarmos atividades de lazer gratuitas às pessoas, ressaltamos a importância da saúde e do bem-estar dos mais velhos, mostrando que é possível envelhecer com dignidade e qualidade de vida. Além disso, buscamos valorizar o potencial de cada participante dessa iniciativa, com foco na manutenção da saúde, e estimular a participação da população de Bacabal. Agradecemos ao governo do Estado e às Drogarias Globo por apoiarem esse projeto e acreditarem na importância da atividade física para a comunidade”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do Projeto Viva.

Além das atividades, os participantes do Projeto Viva contaram com ações pedagógicas e palestras sobre temas relacionados à melhor idade, ministradas por profissionais da área da saúde, como geriatras, psicólogos e psiquiatras. Auxiliares da área de saúde também acompanharam o bem-estar dos integrantes da iniciativa, realizando aferição de pressão arterial e exames de diabetes.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SececRJ) está com inscrições abertas até o dia 31 para fazedores de cultura de todo o Estado que queiram participar da 20ª Feira Literária Internacional de Paraty (Flip). A Flip 2022 está programada para o período de 23 a 27 de novembro e vai homenagear a escritora negra Maria Firmina dos Reis (1822-1917), considerada a primeira romancista brasileira.

Os empreendedores culturais selecionados serão conhecidos no dia 5 de novembro, quando se comemora o Dia Nacional da Cultura, informoi, hoje (19), à Agência Brasil o superintendente de Leitura e Conhecimento da SececRJ, Ike Leon. Eles farão parte da programação da Casa da Leitura e do Conhecimento, estande da secretaria na Flip, destinado a propostas ligadas às temáticas de patrimônio, audiovisual, música e livro e leitura. As inscrições podem ser feitas no site da SececRJ.

O formulário de inscrição solicita nome, nome artístico, atividade a ser realizada na Flip, eixo temático ao qual pertence a atividade, portfólio breve sobre a experiência do proponente, data e turno de preferência para participação na programação. Informações podem ser obtidas também nas redes sociais da secretaria.

Democratização

A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, espera que o espaço, neste ano, seja o mais democrático das edições da feira, proporcionando acesso a todas as pessoas. “Nossa intenção é construir a programação de forma que promova a classe cultural e artística do Estado”, disse.

O superintendente Ike Leon destacou que a Casa da Leitura e do Conhecimento da SececRJ nasceu na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no ano passado e, desde então, vem comparecendo a feiras e festivais do Estado. “Na Flip, a casa estará presente, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Paraty, como parte da programação oficial”.

As pessoas selecionadas ganharão certificado de participação na Flip. “Vamos fazer a seleção, acolher o máximo de propostas possíveis e permitir que se democratize a oportunidade de exibir trabalhos, de participar de um evento deste porte”.

Lançamento e venda de livros, contação de histórias, palestras, apresentações teatrais são algumas das atividades previstas na Casa da Leitura e do Conhecimento.

Yke Leon disse que, na Bienal do Livro de 2021, a Secretaria recebeu cerca de 500 inscrições e conseguiu acolher pessoas vindas de 52 dos 92 municípios do Estado. “Gente que nunca tinha pisado na Bienal como público foi, como artista, como escritor. Isso é mais da metade dos municípios do Rio de Janeiro”.

Na Flip, a meta é possibilitar a maior diversidade possível de municípios, informou Leon. “Acolher o máximo possível de pessoas, de municípios, porque essa é a tônica da nossa gestão: a democratização de tudo, de acesso, de recurso, de oportunidade, de conhecimento”. Segundo o superintendente, a Casa da SececRJ na Flip vai acolher, pelo menos, uma proposta por hora. 

(Fonte: Agência Brasil)