O projeto Orquestras Sociais – Cultura e Cidadania se encerra hoje (15), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A sessão deste sábado, que começa às 16h, terá apresentações da Orquestras de Câmara do Palácio Itaboraí (da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz), da Orquestra e Banda da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), além de quatro projetos musicais de comunidades cariocas.
Os projetos de favelas do Rio são: Solar meninos de luz (do Cantagalo), Além do morro (do Chapéu Mangueira), Casa amarela (da Providência) e Escola de música da Rocinha.
O projeto Orquestras Sociais é uma parceria da Fiocruz com a Unirio e o Instituto Villa Lobos, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do município do Rio de Janeiro. Antes do concerto deste sábado, foram feitas várias etapas, como a de oficinas ministradas por oito professores dos cursos de música da Unirio, cinco visitas ao Instituto Villa Lobos, além de um festival nas dependências da universidade federal.
Desde o primeiro dia que entrou em sala de aula, há 33 anos, o professor de geografia Paulo Roberto Magalhães, 57 anos, sonha em contribuir para melhorar a sociedade e fazê-la acreditar que o caminho da mudança está atrelado à educação.
Professor de uma escola pública na região central de São Paulo, ele conta que a violência urbana é a tônica local e que as famílias dos alunos fogem à estrutura nuclear tradicional e muitas vivem em situação de vulnerabilidade.
Mestre em arquitetura e urbanismo, o professor desenvolveu um projeto, em 2016, para levar os estudantes a visitações em vários pontos da capital paulista, para mostrar, a partir de fotografias antigas, como se deu a ocupação do espaço e como isso influencia a vida na região, em especial no Glicério, onde está inserida a escola em que ele trabalha: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias. Surgiu, assim, o projeto Aula Pública: Além dos muros da escola.
“Através da Aula Pública, tornou-se possível contribuir, de forma mais eficaz, para a formação intelectual e cidadã dos alunos, incentivando a compreensão e o entendimento de questões políticas da sociedade brasileira a partir de dados da sua região. Este projeto, na medida do possível, tem contribuído para formar líderes, desdobrando-se na vertente do objetivo inicial: compreender e fortalecer o processo de transformação do espaço e sua real ocupação, além de melhorar os índices de aproveitamento escolar”, afirma o docente.
O início da empreitada, entretanto, contou com desafios: a própria comunidade não via com bons olhos os alunos saindo para campo, fotografando o bairro ou tentando entrevistar os moradores. “Às vezes, ouvíamos, na rua, pessoas em rodinha perguntando: ‘quem é esse cara?’, ou ‘lugar de aluno é na sala de aula!’. Mas, a relevância de sair da sala e a minha persistência fez com que nossos alunos reconhecessem a importância de preservar o espaço público e de reconhecer, através dele, o seu papel na sociedade”.
Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, outro desafio veio à tona: com o isolamento social, o educador não podia levar os estudantes às experiências presenciais. Surgiu a ideia de ir sozinho aos locais para fotografar e criar conteúdos virtuais que proporcionassem aos alunos a sensação de ter estado naquele lugar. “Como eu não podia levar meus alunos para as ruas, eu trouxe as ruas para as telas deles”, destaca Paulo.
A iniciativa levou o professor a ganhar o Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, uma iniciativa que reconhece o trabalho das instituições de ensino e da sociedade civil na defesa e promoção dos direitos humanos por meio da educação, promovido pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Paulo conta que, durante o isolamento imposto pelo surto sanitário, as atividades tinham de ser lúdicas e envolventes. “Utilizamos jogos para prendermos a atenção dos alunos, e eles, felizmente, não se afastaram da escola”, comemora.
Quanto ao prêmio, ele diz que se sentiu fortalecido. “E corajoso a enfrentar todos os desafios que virão pela frente a partir do prêmio, pois defender um projeto que representa o nosso país em educação em direitos humanos, nos dá uma responsabilidade enorme, que o educador ele pode sim, transformar a nossa sociedade e lutar pelos seus direitos e deveres. Sempre olhando de forma positiva que um dia todos serão respeitados dentro da lei”.
Cruzando Fronteiras
Um dos eixos de atuação da OEI envolve a promoção do bilinguismo. Os idiomas das nações ibero-americanas pautaram iniciativas pelo Brasil, como o Programa Ibero-americano de Difusão da Língua Portuguesa, criado para valorizar as duas línguas oficiais – espanhol e português – e potencializar o uso das línguas em um modelo bilíngue na região ibero-americana.
Para estimular estudos relevantes sobre o bilinguismo, que mostrem a importância geopolítica dos dois idiomas, o programa busca identificar, promover e reconhecer experiências educativas realizadas por escolas da rede pública de ensino que se destacam no ensino bilíngue e intercultural.
Assim, surgiu o Prêmio Cruzando Fronteiras, que reconhece as experiências educacionais de interculturalidade e bilinguismo nas escolas da rede pública de educação básica formal, englobando a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, e instituições de educação profissional técnica de nível médio.
Uma das instituições premiadas este ano foi a Escola Intercultural Brasil-México (Ciep 413), de ensino bilíngue, localizada no Bairro de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que venceu na categoria Região Sudeste.
A instituição atua nas comunidades carentes da região com atividades culturais e, na crise sanitária, em que muitos alunos abandonaram os estudos ou ficaram desmotivados, desenvolveu ações voltadas à música, dança e teatro, colocando o aluno como protagonista em todos os projetos.
O sucesso das atividades culturais se refletiu no aumento de matrículas e na criação de turmas bilíngues de 6º ano e resultou ainda no projeto Clube de Leitores, que envolve crianças dessa série em aulas de espanhol, por meio de atividades lúdicas. O trabalho premiado – o “Club de Lectores” – foi organizado pela professora Sarah Corrêa Carneiro, de 46 anos.
A professora conta que o projeto surgiu da ideia de estimular a leitura, aprimorar o vocabulário e a pronúncia na língua espanhola. O recurso utilizado foram revistas em quadrinhos da Turma da Mônica, na versão em espanhol.
Há 22 anos lecionando espanhol, Sarah conta que o reconhecimento do prêmio a motivou como professora. “Nossa, nem acreditei quando soube do prêmio. Isso me deu um gás para continuar e não desistir. Ter a certeza que estou no caminho certo”.
Para outros educadores, ela deixa uma mensagem de incentivo: “Não desista! Ame o que faz. É difícil, é cansativo, às vezes não temos ajuda e ninguém acredita. Mas se você acredita, faça, realize e lute por ele. O importante é ver o resultado maravilhoso por algo que você idealizou e acreditou. E mais do que isso, colocando sempre o aluno como protagonista da atividade”.
Tríplice fronteira
Na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, mais um caso em que professores inovaram e conquistaram a atenção dos estudantes.
Em Foz do Iguaçu (PR), a arte de disseminar o bilinguismo e fortalecer os idiomas espanhol e português rendeu à Escola Municipal Professor Pedro V. Parigot de Souza, a conquista do Prêmio Cruzando Fronteiras, na categoria nacional, que reconheceu as práticas para fomentar o bilinguismo entre o público infantil, que já convive com essa realidade.
A unidade recebe crianças das cidades vizinhas que têm o espanhol como idioma materno.
“Por causa dessa característica, funcionamos de forma bilíngue, recebendo alunos da Argentina e do Paraguai, e, mais recentemente, da Venezuela. Por isso, pensamos em ações onde o aluno falante de espanhol é inserido em uma troca de linguagem com os estudantes que falam português. A gente quer que o aluno nos ensine o idioma dele”, explica a coordenadora pedagógica da instituição, Viviane Marques.
“Uma experiência muito rica foi com os alimentos. A professora trouxe vários tipos de milho, comparamos com o nosso, trabalhamos a pipoca, a polenta, a lenda do milho nas duas línguas. Foi uma experiência muito rica para as crianças”, destaca Viviane.
Funcionando em tempo integral, a escola investe na capacitação dos professores e oferece, no contraturno, aulas de espanhol. “No começo, a dificuldade foi a língua espanhola ser entendida pelos professores, mas hoje todos estão comprometidos”.
Além disso, os idiomas são trabalhados em atividades lúdicas com os alunos.
“Temos a semana do folclore, por exemplo, em que focamos em temas brasileiros e sul-americanos. Aqui, as crianças usam expressões em espanhol, e fazem essa troca, uma aprende o idioma da outra”, comemora a professora, que tem como próximo desafio montar uma biblioteca bilíngue na escola.
A companhia teatral BuZum! iniciou hoje (14), na Região dos Lagos, várias apresentações gratuitas dos espetáculos Perigo Invisível e O Grande Perigo, levando diversão, alegria e conhecimento, por meio do teatro de bonecos, para crianças de 3 a 11 anos de idade de escolas públicas da região, em especial escolas da periferia e escolas rurais. Serão visitadas, até o próximo dia 27, escolas das cidades de Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Araruama, Saquarema e Rio Bonito.
A companhia de teatro BuZum! nasceu em 2010, com a ideia de colocar rodas no teatro e levar o teatro ao encontro do público, disse à Agência Brasil a diretora da companhia, Mari Gutierrez. O objetivo é levar apresentações gratuitas às escolas públicas no Brasil inteiro. Para isso, a companhia conta com patrocínio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
“A gente transformou o ônibus em uma sala de teatro. Essa é a ideia principal do BuZum!. As crianças entram no ônibus para assistir aos espetáculos”, disse Mari. O grupo ficou parado de março de 2020 até setembro de 2021, devido à pandemia do novo coronavírus, e retornou à atividade em outubro do ano passado, em novo formato, com as apresentações fora do ônibus.
Palco no ônibus
“A gente monta uma estrutura de palco na escola, em uma praça ou no espaço que a Secretaria Municipal de Educação nos destinar e faz as apresentações no mesmo modelo do BuZum!”, informou a diretora da companhia. São feitas sete sessões diárias para 50 crianças por sessão.
As apresentações vão ocorrer fora do ônibus até o fim deste ano, mas a diretora disse que espera que, em 2023, as apresentações retornem para dentro do ônibus, “porque isso significa um diferencial. É algo a mais você entrar no ônibus e ter um teatro de animação, teatro de bonecos”. O repertório da companhia reúne 17 espetáculos, no total, dos quais dois serão mostrados nesta temporada, no Estado do Rio de Janeiro.
Desde 2021, o grupo teatral visita escolas públicas fluminenses. “O BuZum! já tem o público certo”, afirmou a diretora. Quando as apresentações são abertas e feitas em praças e parques, a programação é anunciada pela companhia teatral em suas redes sociais, onde as pessoas podem interagir com os organizadores. Nas apresentações feitas para escolas, os patrocinadores selecionam os locais onde querem que o grupo vá, e a companhia teatral entra em contato com as secretarias de Educação, que selecionam as escolas que vão receber o projeto, sempre em dias úteis, no período letivo.
Programação
Nesta sexta-feira (14), o espetáculo O Grande Perigo se apresenta na Escola Municipal Prefeito Oscar Bandeira do Carmo Magalhães, no Bairro São Miguel, em Iguaba Grande. São quatro sessões no período da manhã e três no período da tarde.
Nos dias 17 e 18, os espetáculos serão levados às escolas municipais Rubem Arruda Câmara e Jardim Primavera, em São Pedro da Aldeia. Os bonecos do BuZum! também serão levados aos municípios de Araruama (dias 19 e 20), nas escolas Praça Escola Prefeito Afrânio Valladares e Praça Escola Com. Sérgio Ribeiro de Vasconcellos; Cabo Frio, na Escola Municipal Maestro Rui Capdeville (dia 21); Saquarema (dias 24 e 25), na Escola Municipal João Machado da Cunha; Rio Bonito (dias 26 e 27), nas escolas municipais Dr. Honesto de Almeida Carvalho e Dr. Astério Alves de Mendonça.
Arte e cultura
O objetivo do grupo teatral é percorrer o país promovendo a arte e a cultura junto às crianças que, muitas vezes, nunca assistiram a um espetáculo teatral e acabam sendo fortemente impactadas pelo lúdico e pelo conteúdo educativo relacionado a cada tema que permeia os espetáculos.
Na Região dos Lagos e em Rio Bonito, a companhia conta com patrocínio do Instituto CCR, onde atua a concessionária CCR ViaLagos, responsável pela administração da Rodovia dos Lagos, ou Via Lagos, principal ligação do Rio de Janeiro com a Costa do Sol, conhecida como Região dos Lagos.
Mari Gutierrez informou que, no espetáculo O Grande Perigo, a personagem central é a tartaruguinha Tatá. “A gente mostra a importância do uso e descarte corretos do plástico”. O público é orientado sobre a necessidade da preservação dos mares e oceanos e sobre o quanto a poluição é prejudicial à fauna marina, em especial, o plástico.
Já o espetáculo Perigo Invisível fala da importância dos bons hábitos de higiene. “Os personagens centrais são um vírus, uma bactéria e um fungo que têm um plano de infectar o maior número de crianças possível que não têm bons hábitos de higiene”, disse Mari. A peça fala da fase da infância em que as crianças não gostam de tomar banho nem de escovar os dentes e não lavam as mãos corretamente. O plano das três personagens ruins acaba fracassando e as crianças voltam a ter saúde, entendendo a importância de se cuidarem e terem hábitos saudáveis. “Acho que é um alerta para esse momento da infância. A gente fala da importância também da vacinação e do saneamento básico; da importância de ter esgoto nos municípios”.
Meta
Segundo Mari Gutierrez, a partir de 2023, a meta do BuZum! é retomar as apresentações dentro do ônibus e percorrer mais cidades fluminenses, introduzindo sempre espetáculos novos, na medida em que consiga obter outros patrocínios.
As apresentações gratuitas aliam também o espetáculo do palco com o conteúdo da sala de aula, uma vez que a companhia de teatro fornece, para as escolas, material pedagógico para que os educadores trabalhem temas transversais nas aulas. As crianças ganham um teatro de papel para brincarem e criarem as próprias histórias com seus bonecos e cenários.
Em seus 12 anos de existência, completados no último mês de setembro, o BuZum! contabiliza mais de 500 mil quilômetros percorridos para realizar 15 mil apresentações para mais de 700 mil espectadores em mais de 2.600 escolas públicas de 300 cidades de 11 Estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Ceará e Santa Catarina), além de Porto Suarez, na Bolívia. Cada trajeto do BuZum! pode ser acompanhado pelo sitewww.buzum.com.br ou pelo perfil no Instagram @ProjetoBuZum.
Uma das maiores revelações do esporte paralímpico do país, o nadador maranhense Davi Hermes, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, vai defender a Seleção Brasileira na 10ª edição do Campeonato Mundial de Natação para Síndrome de Down, que começa neste sábado (15) e será disputado até o próximo domingo (23), na cidade de Albufeira, em Portugal. No entanto, o atleta do Maranhão compete a partir de segunda-feira (17)
Determinado a ampliar sua vasta coleção de conquistas, Davi Hermes vai competir nas categorias Sênior (17 a 24 anos) e Open (todas as faixas etárias) do Mundial de Natação. O atleta da Viva Água está confirmado em seis provas do campeonato em Portugal: 50m livre, 50m costas, 50m borboleta, 100m livre, 100m borboleta e 200m borboleta.
Antes de viajar para competir no Mundial de Natação, Davi Hermes teve um grande desempenho nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que foi realizado em setembro, em Brasília (DF). Representando a Universidade Ceuma, o nadador maranhense conquistou cinco medalhas nos JUBs, sendo três ouros nos 50m livre, 50m borboleta e 200m livre, uma prata nos 100m borboleta e um bronze nos 100m livre da competição nacional.
Últimas conquistas
Em agosto, Davi Hermes fez história no Campeonato Brasileiro de Natação, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), com o apoio do Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB), e que foi realizada em São Paulo. O maranhense conquistou quatro medalhas no Brasileiro CBDI, três delas de ouro, e ainda quebrou seu próprio recorde pan-americano na prova dos 200m borboleta.
No mês de maio, Davi Hermes se consolidou entre os melhores do país ao conquistar quatro medalhas e registrar dois recordes no Meeting Brasileiro de Natação 2022. Na ocasião, ele faturou três medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta, 100m borboleta e 200m borboleta, além de levar a medalha de prata nos 50m nado livre.
Antes do Meeting Brasileiro, Davi Hermes já havia registrado um grande feito na temporada de 2022 ao se consagrar como um dos principais nomes dos Jogos Abertos Escolares, competição promovida pela Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade) e realizada em fevereiro, em São Luís. Comprovando sua grande fase, o nadador maranhense foi ouro nas provas dos 50m livre e dos 100m borboleta.
Candidatos da lista de espera do Programa Universidade para Todos (Prouni) têm até hoje (14) para comprovar as informações apresentadas no momento da inscrição.
O período de comprovação chegou a ser prorrogado pelo Ministério da Educação no intuito de garantir o máximo de tempo hábil aos participantes, que devem comprovar as informações junto às instituições de ensino para as quais se inscreveram.
O resultado da lista de espera do Prouni pode ser consultado no portal Acesso Único. De acordo com a pasta, a lista de espera é a última etapa do processo seletivo. Por isso, cada candidato que manifestou interesse em participar deve apresentar a documentação na instituição de ensino escolhida, que vai analisar os dados por ordem de pré-seleção até o máximo de possibilidade de ocupação das bolsas ofertadas.
Prouni
O Programa Universidade para Todos (Prouni) oferece bolsas de estudo integrais (100% do valor da mensalidade) e parciais (50% do valor da mensalidade) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas.
O público-alvo são estudantes sem diploma de nível superior, além de professores de escolas públicas que passam a concorrer às bolsas mesmo já tendo uma graduação.
A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 será em um mês. Este ano, as provas serão realizadas nos dias 13 e 20 de novembro. Ao todo, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 3.396.632 pessoas estão inscritas para as provas deste ano.
Os participantes do Enem farão provas de linguagens, ciências humanas e redação no primeiro dia de aplicação. Os candidatos terão 5 horas e 30 minutos para resolver as questões. No segundo dia de aplicação, resolverão questões de matemática e de ciências da natureza, em 5 horas de aplicação. As provas serão objetivas, com exceção da redação, que deverá ser escrita à mão, tanto na versão impressa quanto na versão digital.
Acessibilidade
O Enem oferecerá recursos de acessibilidade e tratamento pelo nome social para participantes que fizeram as devidas solicitações. Entre os atendimentos disponíveis, estão prova em braile, tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), videoprova em Libras (vídeo com a tradução de itens em Libras) e prova com letra ampliada.
Como nas duas últimas edições, o Enem 2022 terá a versão impressa e a versão digital. Do total de inscritos, 3.331.566 farão a prova em papel, e 65.066, em computador. Os participantes receberão informações sobre a inscrição e sobre os locais de prova por meio do Cartão de Confirmação da Inscrição, que poderá ser acessado na internet. O cartão ainda será divulgado pelo Inep.
Dados
De acordo com a autarquia, as mulheres são maioria entre os inscritos, representam 61,3% do total, no exame impresso, e 54,1%, no Enem Digital. Em relação à faixa etária, a maior parte dos que farão a prova impressa é formada por pessoas de 18 anos (27,8%). Em seguida, está o grupo de participantes com 21 a 30 (22,1%), que, no caso do Enem Digital, corresponde à maioria (33%). Inscritos com 18 anos são 23,4% dos que realizarão o exame em computador.
Quem está se preparando para o Enem pode acessar todas as provas e os gabaritos de edições anteriores no site do Inep, para se preparar para as provas. Também estão disponíveis as cartilhas do participante, com dicas de como estruturar o texto da redação e explicações sobre a correção.
Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar, gratuitamente, o Questões Enem, um banco preparado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que reúne questões de provas de anos anteriores. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.
Desde 2009, é utilizado como mecanismo de acesso à educação superior. As notas podem ser usadas, por exemplo, para ingressar no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para obter bolsas em instituições particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).
A Escolinha Gol de Placa, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pelas Drogarias Globo, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, completou quatro meses de atividades em sua terceira edição, atendendo 60 crianças entre 8 e 12 anos com treinos de futebol e atendimento pedagógico no município de Bacabal (MA).
O principal objetivo da Escolinha Gol de Placa é facilitar o acesso das crianças ao esporte, reforçar a importância dos estudos e mostrar como as duas atividades caminham juntas na formação pessoal para a cidadania. A prática do futebol, aliado ao reforço na educação, proporciona desenvolvimento físico e psicológico aos jovens atletas, facilitando a aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades de concentração e a coordenação motora.
Os alunos da Escolinha Gol de Placa participam de aulas teóricas e práticas voltadas para iniciação e treinamento no futebol, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguem uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para as crianças do projeto. Fora dos gramados, os alunos da Gol de Placa também contam com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, além de alimentação nos dias de treinos.
Vale ressaltar que todos os alunos da Escolinha Gol de Placa receberam um kit com o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para a prática das atividades, além de cadernos e garrafinhas de água individuais.
“Estamos felizes de ver o trabalho desenvolvido pela Escolinha Gol de Placa nos últimos quatro meses. As crianças estão muito animadas com todas as atividades e se dedicam ao máximo, não só dentro de campo, mas principalmente na sala de aula. Esse projeto é muito importante para toda a sociedade, só temos que agradecer ao governo do Estado e às Drogarias Globo por todo o apoio”, afirmou o coordenador da Escolinha Gol de Placa, Kléber Muniz.
Sobre a Escolinha Gol de Placa
A Escolinha Gol de Placa nasceu em dezembro de 2018 com o objetivo de atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nas comunidades carentes de Bacabal (MA) por meio da prática do futebol. O esporte é importante como expressão de cultura e inclusão social, ajudando no desenvolvimento e transformação humana, além de proporcionar mais saúde e agregar valores para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade.
Todas as informações sobre a terceira edição da Escolinha Gol de Placa estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@goldeplacabacabal) no Instagram e no Facebook.
A exposição S2 – Coração, Pulso da Vida, realizada pelo Museu do Amanhã em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apresenta, a partir de hoje (13), o coração como máquina de viver e sentir. A mostra ocorre paralelamente ao Congresso Mundial de Cardiologia, que, também, começa hoje e vai até sábado (15), no Rio de Janeiro.
Distribuída entre as áreas Coração, Bem-Viver e Sentir Junto, a mostra oferece várias informações sobre o órgão vital, além de experiências imersivas. Entre os temas abordados, estarão a importância da saúde do coração, sua relação com a qualidade de vida, o impacto da desigualdade social nas doenças cardiovasculares, a relação entre saúde mental e física e o que pode çser feito para garantir uma vida melhor.
De acordo com a diretora-geral do Museu do Amanhã, Bruna Baffa, saúde e longevidade são temas que têm muito a ver com os “amanhãs” que a instituição busca construir. “Quando imaginamos esses amanhãs, é preciso pensar em saúde, bem-estar e qualidade de vida para todos. Esse é um ponto importante da exposição: a gente fala do coração como órgão vital, mas também fala de saúde de forma ampliada”.
Bruna destacou que um dos propósitos da mostra é discutir quem tem direito à saúde no Brasil. “Vivemos num país com desigualdade gigantesca e trazemos isso para dentro da exposição. Apesar de termos as inovações e tecnologias que fazem evoluir, não é todo mundo que tem acesso de forma igual. Provocamos esse olhar crítico aqui, durante a exposição”.
Segundo o presidente do Conselho Administrativo da SBC, João Fernando Monteiro Ferreira, a realização do Congresso Mundial tornará o Brasil, por alguns dias, o centro global da cardiologia. Para o médico, a exposição aproxima, por meio da arte, a ciência da população.
“É um convite à sociedade para que tome consciência da importância do coração em nossa vida. Dessa forma, criamos excelente oportunidade para que as pessoas sejam protagonistas na conquista da boa saúde e agentes na difusão de hábitos de vida mais saudáveis”, disse o cardiologista.
A primeira seção da mostra, chamada “Coração”, abordará os aspectos referentes ao interior do corpo humano, com foco principal na estrutura do coração, seu funcionamento e condições que podem acometê-lo. Dessa forma, o público poderá se aproximar à fisiologia do coração e percebê-lo como órgão que funciona em conexão com diversos outros. Por meio de experiência interativa, será possível ouvir e visualizar seu batimento cardíaco, replicado no ambiente.
Segundo os organizadores, a área “Bem-Viver” evidenciará os aspectos sociais, comportamentais, econômicos, étnico-raciais e ambientais que contribuem para escolhas individuais e expõem a complexidade de obter uma qualidade de vida dentro da construção social atual. Esse contexto revela a importância de um acompanhamento médico humanizado, multidisciplinar e individualizado, além de reforçar a necessidade de políticas públicas para a garantia do acesso à saúde.
A última seção “Sentir Junto” traduzirá, com intervenção audiovisual de poesia e dança, a sensação do que é estar vivo, estar presente no mundo, sentir alegrias e dores e compartilhar vivências.
Dia do Bem-Estar
Como parte da programação alinhada à exposição, o Museu do Amanhã realizará, no dia 15 de outubro, o Dia do Bem-Estar. Haverá um dia inteiro de atividades dentro e fora do museu, para todas as idades, promovendo a prática do autocuidado e da qualidade de vida, além da troca de conhecimentos sobre saúde e longevidade.
O dia começará com uma visita mediada de bicicleta pelo entorno do museu, em parceria com o Kit Livre e Transporte Ativo. Haverá bicicletas adaptadas para pessoas com deficiência. A agenda também contará com aula de treinamento funcional, aula de yoga, roda de conversa sobre segurança alimentar e oficina na Horta do Amanhã.
Congresso Mundial de Cardiologia
Mais de 11 mil cientistas, acadêmicos e médicos estarão no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, para o Congresso Mundial de Cardiologia, que após 24 anos volta a ser sediado no país. O evento, que ocorrerá paralelamente ao 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia, terá cerca de 250 sessões e mais de 600 conferencistas.
Gustavo e Otávio Pandolfo desenham juntos desde os 3 anos de idade. Quando eram crianças, costumavam dividir a mesma folha de papel. Na escola, em 1982, quando tinham 8 anos de idade, contam que tentaram separá-los para que prestassem mais atenção às aulas.
Naquele mesmo ano, houve um concurso de desenho na escola. “A gente fez exatamente o mesmo desenho, separados, em classes separadas. E ganhamos”, conta Otávio. Esse troféu, dos tempos de escola, é um dos quase mil itens da exposição OSGEMEOS: Nossos segredos, que abre as portas hoje (12), no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.
Em nove salas, os artistas dividem a própria história, fotografias de infância, roupas costuradas pela avó, as principais influências artísticas e afetivas, os processos criativos e importantes obras. É possível ter acesso aos primeiros personagens criados por eles e acompanhar os desenhos seguintes até o estilo atual.
Estão expostos, por exemplo, os desenhos originais dos painéis dos shows de Milton Nascimento, de 2021 e 2022, além de registros raros, como os das telas feitas em parceria com Bansky, artista contemporâneo britânico, conhecido pelo ativismo político e pelo anonimato. As telas foram exibidas em 2013, apenas por um dia, em ação de Bansky, em Nova York.
Caráter lúdico e psicodélico
A exposição tem também um caráter lúdico e psicodélico. “A gente está aqui para abrir o nosso livro para vocês, abrir nosso peito, nossa alma, nosso coração”, diz Gustavo, que faz um convite: “Gostaria de pedir a todos que deixem tudo que tiver do seu exterior fora, e se conecte com o interior de vocês. Que abram o próprio interior e se conectem com o imaginário. Às vezes, a gente se esquece do imaginário. É uma exposição para se conectar com o imaginário e desfrutar”.
A mostra tem curadoria dos próprios artistas e é inspirada na exposição apresentada na Pinacoteca de São Paulo e no Museu Oscar Niemeyer (MON), de Curitiba, entre 2020 e 2022. Alguns elementos, no entanto, são diferentes. A escultura gigante do famoso personagem de pele amarela, que no MON estava sentado, agora está de pé e de braços abertos. Abaixo dele, uma espécie de um templo, com escadarias coloridas. O interior dele conta, pela primeira vez, com instalação e projeção que podem ser acessadas pelo público.
Outro espaço inédito é um quarto, observado apenas por uma janelinha, onde se vê uma lua deitada na cama. A ideia surgiu uma semana antes da abertura. “Havia um espaço vazio e achamos que tinha que ter um lugar para a lua dormir”, diz Otávio.
Os gêmeos nasceram em 1974, em São Paulo, no Bairro do Cambuci, e sempre trabalharam juntos. Têm grande influência da cultura hip hop, cujos campeonatos aconteciam na porta de casa quando eram crianças. Eles têm a rua como lugar de estudo e são mundialmente conhecidos pelos graffitis. Muitas vezes tido como vandalismo, o graffiti acaba sendo apagado pelo Poder Público. Uma das salas da exposição concentra registros das obras apagadas, que não existem mais nos muros e fachadas das cidades.
Ontem (11), Gustavo e Otávio guiaram a imprensa pelas obras e memórias. Paulo Portella Filho, que criou e coordenou as atividades do Serviço Educativo da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1975 e 1987 estava entre os visitantes. Foi neste programa que os gêmeos tiveram contato pela primeira vez com sprays, ainda crianças. Na visita, os irmãos agradeceram Filho, que estava muito emocionado.
“O museu tinha aulas de arte gratuitas, e eles foram fazer. Lá, usaram sprays pela primeira vez. Isso mostra a extrema importância da área educativa dos centros de arte, esses lugares podem e devem ousar na perspectiva de educação de arte, da forma mais libertadora que pode ajudar todo mundo a sonhar”, diz Filho.
OSGEMEOS já realizaram inúmeras mostras individuais e coletivas em museus e galerias de diversos países, como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão. A tentativa de separá-los, na escola, não funcionou. Eles seguem juntos. “Somos irmãos gêmeos que gostam de desenhar juntos. Ele faz um traço e eu termino, se ele pega a caneta, eu sei o que vai desenhar”, diz Gustavo.
A exposição, que começa hoje (12), pode ser visitada até o dia 23 de janeiro de 2023. O CCBB fica na Rua Primeiro de Maio 66, no Centro do Rio de Janeiro.
A exposição pode ser visitada às segundas e de quarta a sábado, das 9h às 21h e aos domingos, das 9h às 20h. A entrada é gratuita, e os ingressos podem ser retirados na bilheteria física do CCBB ou no sitebb.com.br/cultura. Ingressos agendados por horário terão prioridade na entrada. Já as pessoas com ingressos por turno devem aguardar a orientação de entrada da equipe CCBB.
Crianças e adolescentes, além de pais e educadores, já contam com uma nova versão dos guias sobre internet segura, elaborados pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), entidade vinculada ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
A segunda edição conta com novos materiais, incluindo conteúdos que incentivam crianças de 8 a 12 anos a aprender, de forma divertida, os principais recursos para utilizar a rede com segurança, além de instruções para pais e responsáveis sobre melhor forma de orientar os filhos. Os guias, um para crianças e outro para os adultos responsáveis, estão disponíveis gratuitamente no portal Internet Segura, que reúne diversas iniciativas na área.
“Por ainda estarem em fase de desenvolvimento e, muitas vezes, alheios aos riscos, a conscientização de crianças e adolescentes é essencial, pois apenas conhecendo os problemas poderão saber a melhor forma de lidar com eles. Portanto, o Guia Internet Segura tem o objetivo de servir como uma ferramenta para as crianças e os adolescentes que queiram aprender sozinhos, e para os educadores que queiram introduzir o assunto do uso seguro da Internet em suas salas de aulas”, explica Miriam von Zuben, analista de segurança do CERT.br.
De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do NIC.br, cerca de 27,3% das crianças e adolescentes passaram por alguma situação ofensiva na internet nos 12 meses anteriores ao levantamento.
Segundo especialistas, alguns dos principais riscos com crianças e adolescentes no uso da internet estão relacionados com o uso excessivo, o contato com pessoas mal-intencionadas, o acesso a conteúdos impróprios e a grande quantidade de aplicativos falsos. A principal orientação, nesse contexto, é o estímulo ao diálogo entre pais e filhos.
“O papel dos pais e responsáveis é o de diálogo e apoio, por isso uma das dicas do Guia Internet Segura – para seus filhosé justamente que os pais e responsáveis estimulem seus filhos a compartilhar com eles as experiências desagradáveis que tiverem. Para isso, podem tentar montar cenários, citar problemas já ocorridos ou aproveitar oportunidades, como casos que estão sendo noticiados e comentados”, aponta Miriam von Zuben.
A nova edição do guia infantil conta com passatempos e personagens. Os personagens criados de forma lúdica são representações de conceitos básicos sobre uso seguro da internet, como backup, criptografia, autenticação e controle parental, como os heróis. Já a turma do mal conta com personagens novos com o scareware e stalkerware, por exemplo, além de ter sido dividida em grupos, conquistadores, mercenário, mestres da enganação, e mestres da espionagem – que buscam ampliar o entendimento do que cada um faz.
O guia ainda possui novas brincadeiras como Ligar os pontos e Descobrir a frase, que se somam a outros passatempos como caça-palavras, dominó, jogo da memória, jogo das sombras, labirinto, entre outros. A versão do guia voltada aos pais reúne informações sobre como proteger os filhos, seja zelando pela privacidade das crianças, seja utilizando tecnologias de controle parental, um recurso adicional ao diálogo e à mediação que ajuda a proteger as crianças dos riscos na rede.
Disponíveis gratuitamente para download, os dois guias Internet Segura também podem ser utilizados por professores em sala de aula, e entidades que desejarem imprimir o material terão a possibilidade de inserir sua marca como “apoio de impressão” e colaborar no compartilhamento deste conteúdo. Além desses guias, há um catálogo com diversos outros materiais e iniciativas de segurança na internet do NIC.br, que podem ser baixados na página da entidade na internet.