Uma mudança na legislação vai beneficiar deficientes auditivos que fazem concurso público no Distrito Federal. A partir de agora, os candidatos surdos têm direito a fazer concursos públicos na capital acompanhados por profissional habilitado em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e por meio de videoprova.
Para atender à mudança na lei, o governo do Distrito Federal terá de gravar a prova inteira em Libras. Tanto o cabeçalho das questões, quanto as alternativas. A alteração foi aprovada pela Câmara Legislativa em outubro último e foi sancionada pelo governador Ibaneis Rocha.
Concurso suspenso
A alteração na lei acontece após decisão da 8ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal que suspendeu, no dia 14 de novembro, o concurso público da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A medida em caráter limitar está em vigor até que as provas objetiva e subjetiva sejam reaplicadas na Língua Brasileira de Sinais (Libras) aos candidatos surdos. As provas foram aplicadas em 9 de outubro passado.
Ao entrar com o pedido, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) cobrou o uso de tecnologia assistiva, ou seja, com ferramentas de acessibilidade adequadas, como a gravação das questões em vídeo por intérprete de Libras.
Artesãs brasileiras, as filezeiras alagoanas – bordadeiras que usam a técnica do bordado filé – mantém diálogo e trocam experiências com artesãs da França que usam o bordado para preservar a cultura da região. A iniciativa partiu das brasileiras, em meio ao processo de organização e defesa do artesanato que virou símbolo do Estado e é fonte de renda para muitas famílias que vivem na Região das Lagoas Mundaú e Manguaba.
Em 2019, as artesãs enviaram uma carta e várias peças bordadas de presente para a Maison Du Filet Brodé, que tem sede na cidade de Plouénan, na região da Bretanha. O nome filé vem do francês filet e significa rede. O artesanato consiste em bordado sobre uma rede parecida com a da pesca. Apesar da origem francesa da palavra, há estudos que indicam que o filé pode ter surgido na Pérsia ou no Egito Antigo. A prática está presente em vários países da Europa e tem destaque na Península Ibérica.
O interlocutor das artesãs alagoanas na França foi o antropólogo e professor da Universidade Federal de Alagoas, Bruno Cavalcanti. Segundo ele, o material enviado do Brasil “teve uma recepção muito boa, muito positiva” e virou notícia nos jornais locais. O antropólogo observou que as francesas não fazem uso comercial do artesanato. Elas bordam para preservar a cultura da região. “E, aqui, nós temos uma situação inversa, já que a atividade está ligada à subsistência, à luta pela renda familiar. O processo de incorporar o valor patrimonial envolve educação, conhecimento, valorização do que se faz e isso leva um certo tempo e precisa também de certos elementos estimuladores”.
Conhecer as origens e comparar a técnica de bordado feita em outros Estados e países fazem parte do fortalecimento do filé, acredita Marta Melo, arquiteta e consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
“A gente começou a identificar livros e manuais de outras regiões enquanto as artesãs cumpriam as exigências para reconhecimento da Região das Lagoas Mundaú e Manguaba como Indicação Geográfica do bordado filé”.
As bordadeiras tiveram que colocar no papel os critérios que definem um autêntico filé. O resultado foi o Caderno de Instruções do Filé, que reúne pontos tradicionais, cujos nomes são bastante singulares, como besourinho, jasmim, olho de pombo, caneludo, entre outros.
“Nós, filezeiras, não sabíamos que o filé tinha vindo junto com os colonizadores, que o filé é antigo, então isso fez com que a gente tivesse muito orgulho de fazer um trabalho milenar. E isso foi o que despertou na gente a vontade de aprender muito mais sobre essa história”, afirma a artesã Petrúcia Ferreira Lopes, vice-presidente do Inbordal.
A partir do contato com as francesas, as artesãs passaram a estudar os tutoriais em vídeo produzidos pelas colegas europeias. Segundo Marta, mesmo em outro idioma, elas têm facilidade para entender a mensagem porque a técnica é praticamente a mesma.
A presidente do Inbordal, Maylda Cristina Soares da Silva, contou que o ponto que as francesas chamam de espiritual é conhecido por elas como ponto antigo. “Eu aprendi que a técnica delas é mais fácil e eu estou usando”, conta.
Depois do primeiro contato, as francesas colocaram os produtos brasileiros em exposição e fizeram uma oficina sobre o bordado de Alagoas. As cores do filé brasileiro chamaram a atenção. “Eles amaram o nosso colorido, né? Eles não têm o colorido que nós temos aqui.” “Foi maravilhoso!”, diz Maylda. “O colorido é a alma, digamos assim, do nosso filé”, explica.
Para que cada artesã não precise comprar tantos novelos para fazer uma peça, as lojas vendem o chamado bolo de linha. É uma técnica que as bordadeiras desenvolveram que consiste em juntar os fios de novelos de cores diferentes e enrolar até formar o bolo colorido com o peso equivalente ao de um novelo. “A gente só encontra isso em lojinhas de bairro, onde já sabem que a artesã trabalha dessa maneira”, explica a presidente do Inbordal.
O filé de Alagoas é feito em linha mercerizada 100% algodão. Para entender melhor o comportamento da matéria-prima, o Inbordal fez um convênio com a fábrica de linhas Círculo, que envolveu também o Sebrae e a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) de Maceió. A proposta inicial era melhorar a matéria-prima, ter informações sobre quanto a linha pode ser tensionada e como deve ser conservada, garantindo melhor qualidade do produto final. Hoje, por meio da parceria, o Inbordal compra a linha com valor diferenciado.
Ainda por meio da parceria, uma oficina com uma designer têxtil contratada pela empresa trabalhou a cartela de cores com as associadas. Como resultado desse exercício, nasceu a coleção Duas Lagoas e Uma Ilha.
“A ideia é que elas se apropriem dos acidentes geográficos e a partir daí pensem nas próximas coleções e que elas levem o ambiente, a região geográfica onde elas moram e passem também a assumir essa identidade com muito orgulho”, explica Marta.
Ano novo chegando, e os pais e responsáveis já começam a se preocupar com as compras do material escolar dos estudantes para o próximo ano letivo.
Para não gastar mais do que deveria, a população deve ficar atenta a algumas dicas, já que, de acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, o aumento no preço do material escolar deve variar entre 15% e 30%.
Além disso, há itens que as escolas não podem solicitar nas listas de material e não devem ser comprados pelas famílias. O diretor-geral do Procon do Distrito Federal, Marcelo Nascimento, conta quais são esses itens.
“A escola não pode pedir material de uso coletivo para os pais e responsáveis. Material de uso coletivo é aquele que a instituição de ensino utiliza para si própria, como material de expediente, de escritório, material de higiene e de limpeza. Então, esse tipo de produto não pode ser exigido em hipótese alguma do aluno. Esses itens de uso coletivo são da escola, não se pode cobrar nem dos pais, nem dos responsáveis”.
Para pedidos de itens atípicos, a instituição deve justificar o porquê da solicitação e de que forma o aluno individualmente irá utilizar o material.
Marcelo Nascimento também dá duas dicas para que os pais ou responsáveis economizem na hora da compra do material. “Os pais também podem se unir e fazer compras coletivas, comprar ali no atacado, certamente sai mais barato e fazer pesquisa de preço”.
Caso o consumidor considere a lista escolar abusiva ou tenha dúvidas quanto ao pedido de material, deve procurar primeiramente a instituição de ensino. Caso não seja resolvido, o Procon deve ser acionado pelo telefone: 151.
Tudo pronto para a realização de mais duas edições do Projeto Recrear: Esporte e Lazer para Todos, na cidade de Bacabal (MA). Desta vez, a iniciativa, patrocinada pelo governo do Estado e pela Friobom, ocorrerá sábado e domingo (3 e 4), no campo de futebol do Povoado Brejinho. Gincanas esportivas, recreação e atividades culturais e de lazer fazem parte da programação durante os dois dias de evento. As ações do projeto são gratuitas e terão início sempre às 8h.
De acordo com o projeto, o Recrear: Esporte e Lazer para Todos consiste na realização de quatro eventos. Os dois primeiros foram realizados no fim de outubro, na sede de Bacabal, com o objetivo de oferecer gincanas de caráter esportivo, recreativo e social.
“A ideia da realização do Recrear é levar mais lazer e diversão para comunidades carentes da cidade. Queremos utilizar essas gincanas e atividades recreativas como ferramenta de inclusão social. Só temos a agradecer ao governo do Estado e à Friobom por acreditarem e incentivarem essa iniciativa que, sem dúvida nenhuma, vai trazer inúmeros benefícios para toda a Bacabal”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do projeto.
De acordo com a organização do Recrear, o projeto deve atender, por evento, cerca de 300 pessoas no total, entre crianças e adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência. Todas as informações sobre o Recrear: Esporte e Lazer para Todos estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetorecrearbacabal).
Os semifinalistas da primeira edição da Taça das Comunidades de Futebol 7, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelo Armazém Paraíba por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, estão definidos. Com grandes atuações nas quartas de final, as equipes do Projeto Paredão, Afasca, Transformar e Jeito Moleque garantiram classificação e permanecem na disputa do título inédito. Os jogos decisivos foram realizados na Arena Olynto, no Bairro Olho d'Água, em São Luís.
A abertura das quartas de final da Taça das Comunidades contou com o reencontro entre Raf 07 e Projeto Paredão, que já se tinham enfrentado na fase de grupos. Derrotado por 2 a 1 pelo Raf 07 no primeiro confronto, o Projeto Paredão teve sua revanche, venceu o adversário por 3 a 2 e carimbou o passaporte para as semifinais. Na partida seguinte, a Afasca mostrou todo o seu talento no ataque e confirmou sua classificação com uma goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo, em sua quarta vitória consecutiva na competição.
O terceiro jogo das quartas de final, por sua vez, foi marcado pelo equilíbrio entre Transformar e Olímpica. Após empate por 2 a 2 no tempo normal, o Transformar conseguiu a vitória por 6 a 5 nos pênaltis e garantiu presença nas semifinais da Taça das Comunidades. O quarto e último classificado foi o Jeito Moleque, que manteve os 100% de aproveitamento no torneio após derrotar os Veteranos por 3 a 2, em duelo que teve como destaque a forte artilharia das duas equipes.
Os confrontos das semifinais da Taça das Comunidades já estão definidos: enquanto o Paredão enfrenta o Jeito Moleque, a equipe da Afasca terá pela frente o Transformar. Em caso de empate no tempo normal, os finalistas da competição serão definidos em uma disputa de pênaltis. Os duelos devem ocorrer na semana que vem.
Taça das Comunidades
A Taça das Comunidades de Futebol 7 é uma competição patrocinada pelo governo do Estado e do Armazém Paraíba por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Ao todo, 24 times começaram na disputa pelo título. As equipes foram distribuídas em seis grupos. Na primeira fase, os times jogaram entre si dentro de suas respectivas chaves. Os primeiros colocados de cada grupo, além dos dois melhores segundos colocados, avançaram aos mata-matas.
Vale destacar que todas as 24 equipes participantes da Taça das Comunidades de Futebol 7 receberam kits completos de uniformes para a disputa da competição. Tudo sobre a Taça das Comunidades de Futebol 7 está disponível no Instagram oficial da competição. O endereço é o @tacadascomunidadesfut7.
Após dois anos de pandemia, em 2021, um em cada quatro jovens brasileiros de 15 a 29 anos, o equivalente a 25,8%, não estudava, nem estava ocupado. Mais da metade – 62,5% - é mulher. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a publicação, por caisa da falta de experiência, os jovens são os que enfrentam maior dificuldade tanto para ingressar quanto para permanecer no mercado de trabalho. Eles representam o grupo mais vulnerável aos períodos de crise econômica, especialmente os menos qualificados.
Em 2021, dos 12,7 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados no Brasil, as mulheres de cor ou raça preta ou parda representavam 5,3 milhões desses jovens (41,9%), enquanto as brancas formavam menos da metade desse montante: 2,6 milhões (20,5%), totalizando 7,9 milhões de mulheres ou 62,5% dos jovens que não estudavam nem estavam ocupados. Entre os 4,7 milhões de jovens restantes nessa situação, três milhões eram homens pretos ou pardos (24,3%), conforme classificação do IBGE, e 1,6 milhão de brancos (12,5%).
A pesquisa indicou que a pandemia não alterou a composição desse indicador por raça ou sexo. A SIS mostra que distintos papéis de gênero na sociedade influenciam a razão pela qual os jovens e as jovens se encontram na situação de não estudar nem estar ocupado. Os homens tendem a estar nessa situação mais frequentemente como desocupados, ou seja, em busca de ocupação e disponíveis para trabalhar, já as mulheres como fora da força de trabalho.
Crianças
Diversos fatores são responsáveis pelas mulheres que não estudavam nem estavam ocupadas estarem em maior proporção fora da força de trabalho, entre eles, destaca-se responsabilidades com o cuidado de crianças, conforme a publicação. Por sua vez, problemas de saúde e outros motivos prevalecem entre os homens que não estudavam nem estavam ocupados fora da força de trabalho.
“As mulheres, em sua maioria, estavam fora da força de trabalho. Elas não eram desocupadas, elas não estavam procurando emprego e disponíveis para trabalhar como é o caso da maioria dos homens”, afirmou a pesquisadora do IBGE Betina Fresneda.
“Essa situação é ratificada com a investigação dos motivos pelos quais as mulheres estão nessa situação e, como o principal motivo, figuram cuidados e afazeres domésticos, assim como em outros países que investigam esses motivos”, acrescentou.
Esse índice reduziu em 2021 em relação a 2020, quando 28% dos jovens não estavam estudando, nem trabalhando. Em 2020, entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o terceiro maior percentual de jovens adultos que não estudavam nem estavam ocupados, ficando atrás apenas da África do Sul e da Colômbia.
Nível de ocupação
Consideradas todas as faixas etárias a partir dos 14 anos, o nível de ocupação no Brasil subiu de 51% em 2020 para 52,1% em 2021, mas ainda está bem abaixo de 2019, 56,4%. São considerados nesse indicador tanto aqueles que possuem um vínculo empregatício, quanto os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria.
O estudo mostra, ainda, que, em 2021, aumentou a diferença de ocupação entre homens e mulheres. Mesmo situados em patamar mais baixo, o nível e a ocupação das mulheres foram mais reduzidos em 2020 e cresceram menos em 2021, ampliando a distância entre os sexos.
Em 2019, antes da pandemia, 66,8% dos homens e 46,7% das mulheres com mais de 14 anos estavam ocupados. Em 2021, o nível de ocupação dos homens caiu 3,7 pontos percentuais (pp) para 63,1%, enquanto o nível de ocupação das mulheres recuou 4,8 pp para 41,9%.
Em relação à raça, a população ocupada preta ou parda é 19% superior à população branca. No entanto, há diferenciação significativa em relação ao vínculo empregatício – a informalidade é maior entre pessoas pretas e pardas – e a remuneração.
Em 2021, o aumento das ocupações informais foi de 1,6 pp para as pessoas de cor ou raça preta ou parda e 0,9 pp para pessoas de cor ou raça branca. Em relação ao rendimento, a diferença total é de 69,4% entre pretos e pardos e brancos.
A SIS reúne indicadores que ajudam em um conhecimento amplo da realidade social do Brasil. A publicação utiliza dados de pesquisas do IBGE como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) e a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, além de dados de fontes externas como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e informações de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A primeira edição do Projeto Gincana do Esporte e Lazer, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo, foi realizada na manhã do último domingo (27), no campo do Rói Coco, na zona rural de São Luís. As crianças da região da Vila Sarney e do Maracanã participaram de um animado evento com muitas atividades culturais, brincadeiras e competições esportivas, tudo de forma gratuita.
Os meninos e meninas que compareceram ao Projeto Gincana do Esporte e Lazer se divertiram com brincadeiras como corrida de saco, cabo de guerra, dança das cadeiras e pega-pega, além de atividades que exercitaram o equilíbrio, a velocidade e a habilidade. Depois da gincana, um lanche foi oferecido para a garotada, que não escondeu a alegria pelo dia de muita diversão.
“Estamos muito contentes com o início do Projeto Gincana do Esporte e Lazer. É muito importante promover essas atividades de inclusão social, levando diversão e lazer para as comunidades carentes de São Luís. O sorriso das crianças depois de um dia de tanta alegria é muito gratificante para todos nós que trabalhamos nesse evento. Mais uma vez, fica o nosso agradecimento ao governo do Estado e às Drogarias Globo por todo o apoio para a gincana”, destacou o coordenador do projeto, Kléber Muniz.
Todas as informações sobre a Gincana do Esporte e Lazer estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@gincanadoesporteelazer).