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Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, inaugura, nesta quarta-feira (25), mais um espaço expositivo, destinado a mostras temporárias. Para marcar o aniversário da cidade de São Paulo, celebrado hoje, e também a inauguração do espaço, o museu abre a exposição Memórias da Independência.

A nova mostra do Museu do Ipiranga pretende dialogar com o público sobre os processos que levaram o Brasil a declarar independência de Portugal, discutindo sobre o mito de que o fato tenha ocorrido de forma isolada e em um único dia, assim como ficou gravado no imaginário popular e como foi retratado na pintura Independência ou Morte, de Pedro Américo [obra que foi restaurada recentemente e está exposta na parte mais antiga do museu, chamada de Edifício Monumento].

Memórias da Independência reúne cerca de 130 itens relacionados ao processo de ruptura entre Brasil e Portugal. A mostra discute o protagonismo de São Paulo e do grito do Ipiranga como marco absoluto da independência e ressalta que a ruptura entre os dois países foi um longo processo, com diversos personagens e episódios que ocorreram em todo o Brasil.

Museu do Ipiranga

Dividida em dois eixos temáticos, a exposição apresenta esculturas, pinturas, fotografias, estudos arquitetônicos e pictóricos, objetos decorativos, selos, desenhos, cartões-postais, discos, cartazes de filmes e charges para ilustrar o imaginário sobre a data.

O primeiro dos eixos temáticos aborda os esforços de manutenção da memória do Ipiranga como lugar do grito que instaurou a Independência. Já o papel do Rio de Janeiro como sede política do Império e da nova monarquia independente foi representado em pinturas, gravuras e pelo monumento a Dom Pedro I, primeiro grande exemplar da escultura do Brasil.

Neste eixo, voltado para as memórias da independência do Brasil, observam-se os diferentes esforços ocorridos nas cidades de São Paulo, de Salvador e do Rio de Janeiro no sentido de disputar a primazia de ser o centro referencial e simbólico da independência do Brasil, disse o historiador Paulo Garcez Marins, um dos curadores da exposição, em entrevista à Agência Brasil.

Ali, mostra-se como São Paulo, onde a independência foi declarada, o Rio de Janeiro, onde ela foi construída, e Salvador, local de onde os portugueses foram expulsos e vencidos no dia 2 de julho de 1823, disputam essa memória sobre a ruptura de Portugal.

“São Paulo vai ser palco da concentração desses esforços das autoridades para monumentalizar o Ipiranga. No centenário [da Independência do Brasil], isso vai acontecer mais uma vez e, por fim, no bicentenário, também. A reinauguração e a expansão do Museu do Ipiranga fazem parte dessa ação coletiva dos agentes públicos, privados e da própria sociedade para reforçar o Ipiranga como lugar simbólico para a nação”, afirmou o curador.

O segundo eixo temático destaca as memórias relativas aos movimentos de separação, como a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador, de 1824, e a Revolução Farroupilha, que durou de 1835 a 1845.

Marins acrescentou que existe, ainda, o eixo Outros Centenários, que é voltado para a compreensão de como esses movimentos foram comemorados. “Devemos imaginar, portanto, que essa compreensão seja dos processos de independência e também de como eles foram lembrados, sinalizando uma construção da identidade nacional muito difícil, muito contraditória, muito tensa e que, de alguma maneira, mostra suas fraturas até hoje”.

Segundo Marins, a exposição ajudará a conhecer mais sobre esses acontecimentos, trazendo, com isso, reflexões sobre o futuro do país. “Precisamos entender o Brasil como um país múltiplo, plural. Ainda é um desafio para nós entender que somos o resultado de um longo processo de acúmulo de populações, de práticas culturais, de tensões políticas”, disse ele.

“O Brasil é cheio de diferenças. Dentro da própria sociedade, a construção de nossa nacionalidade é uma construção difícil. Essas tensões que [a exposição] Memórias da Independência sinaliza se arrastam por dois séculos na nossa construção nacional. Nosso índice de desenvolvimento humano mostra que o Brasil ainda é um país não só cheio de diferenças, mas cheio de desigualdade. Então, refletir sobre esses processos é nos capacitar a melhorar o nosso país, torná-lo mais justo socioeconomicamente e, sobretudo, dar visibilidade e reconhecer os diferentes agentes e protagonistas do nosso país”, enfatizou.

Marins defendeu o envolvimento de todos na construção de uma sociedade mais igualitária, na construção de uma perspectiva de transformação. “Nesse sentido, acho que os museus de história sinalizam não apenas as dificuldades desse processo, mas também de engajamento social, para construir patamares mais justos para a nossa sociedade”.

Novo espaço

A nova sala expositiva, que não existia antes da reforma do museu, tem cerca de 900 metros quadrados e fica instalada abaixo do Edifício Monumento. Como é toda climatizada – o que não ocorria em outras partes do complexo, que é tombado – isso vai permitir que o Museu do Ipiranga possa finalmente receber obras emprestadas por outros museus. “A sala não existia. Ela foi construída junto com todo o piso-jardim. É uma área que se ganhou em direção ao norte do antigo edifício, uma área que foi construída para o bicentenário da independência do Brasil”, explicou o curador.

Para a nova exposição, foram emprestadas peças de 12 importantes instituições culturais e de coleções particulares do país. Entre elas, o Carro com Escultura da Cabocla, de Domingos Costa Baião, obra de 1846. O carro da cabocla é um objeto usado no cortejo de 2 de julho, quando é celebrada a independência na Bahia. “Na exposição, temos a honra de ter aqui o Carro da Cabocla e a própria Cabocla, que faz esse percurso no centro de Salvador desde 1840. Foi uma cessão temporária do Instituto Geográfico Histórico da Bahia. Ela só esteve em São Paulo uma vez antes, no Museu Afro”.

“Vieram, também, obras do Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegre. Tivemos, também, empréstimos importantes do Museu Antônio Parreiras, de Niterói, que está fechado ao público para obras. Também, contamos com pinturas que vieram do Museu Nacional de Belas Artes e da Pinacoteca do Estado”, acrescentou Marins.

“Da Pinacoteca, é uma felicidade ter aqui no museu, por alguns meses, uma pintura que representa a colina do Ipiranga como ela era antes das grandes reformas para o centenário de 1822, com o monumento lá em cima e a representação de um barranco cheio de estradas de terra na frente, como a região era efetivamente [na época]”, disse o curador.

Outro destaque da mostra são os desenhos originais do pintor Pedro Américo, com os esboços para a construção dos personagens do quadro Independência ou Morte.

Memórias da Independência fica em cartaz até o dia 26 de março, e a entrada é gratuita. A visita pode ser marcada antecipadamente no site do museu. Algumas senhas também estão sendo distribuídas no local, de acordo com a lotação da sala.

O uso de máscara é obrigatório no local.

(Fonte: Agência Brasil)

Flamengo

Um início promissor da primeira edição do Futsal na Minha Cidade, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. A rodada de abertura dos torneios Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Adulto Feminino foi marcada por uma elevada média de gols. Em 16 jogos realizados, todos no Ginásio Zeca Belizário, em Santa Inês (MA), a rede balançou 99 vezes, o que representa uma média de quase 6,2 gols por partida.

Vale destacar que as mulheres foram responsáveis por um terço dos gols marcados na primeira rodada. Na categoria Adulto Feminino, foram anotados 33 gols. O principal destaque ficou por conta da goleada do Palermo sobre o Ajax por 13 a 1. Quem também goleou na estreia do torneio foram as meninas do Real Madrid: 7 a 2 sobre o Guarani. Os outros resultados foram: DS Futsal 4 x 2 Interatléticas e Flamengo 3 x 1 Bacelona.

Palermo

Já na categoria Sub-17, a rodada de abertura também foi repleta de gols, em partidas bem  equilibradas: Atlético 5 x 4 Real Juçaral, Palermo 3 x 2 Jardim Brasília, Revelação 3 x 1 Pramorar e Palmeirense 5 x 3 São João.

Outros resultados

Real Madrid

Pelo torneio Sub-15, o Ajax não deu chances ao Barcelona e goleou por 11 a 2. Quem também conquistou grandes vitórias na rodada foram os times do Fé Brasil, que fez 4 a 0 sobre o Revelação, e do São João, que passou pelo Esporte Futuro por 3 a 0. Enquanto isso, o Atlético teve dificuldades para vencer o Banquinha por 3 a 2.

Já nas disputas do Sub-13, os resultados foram os seguintes: Santa Inês 3 x 3 Base Sport, Atlético 1 x 1 Ajax, Fé Brasil 2 x 1 São João e Esporte Futuro 3 x 1 Barcelona.

DS Futsal

Próximos jogos

Nesta quinta-feira (26), a bola volta a rolar pelo torneio Adulto Feminino, no Ginásio Zeca Belizário, em Santa Inês: às 20h tem Barcelona x DS Futsal e, às 21h, tem Ajax x Real Madrid. As demais categorias terão rodadas somente em fevereiro.

Futsal na Minha Cidade

O Futsal na Minha Cidade é uma competição que será disputada nas categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Adulto Feminino, com oito equipes em cada torneio. Na primeira fase, os times se enfrentam dentro de seus grupos, e os dois melhores de cada chave avançam às semifinais.

Ao final das disputas do Futsal na Minha Cidade, ocorrerá a premiação dos times campeões e vice-campeões com troféus e medalhas. Durante a solenidade, também haverá a entrega dos prêmios individuais: Melhor Jogador (a), Artilheiro (a), Goleiro (a) Menos Vazado (a) e Melhor Treinador (a).

Vale destacar que todos‎ os‎ times‎ participantes receberam kits completos de uniformes (camisa, calção, meião e bolsas esportivas) para a disputa da competição. Tudo sobre a primeira edição do Futsal na Minha Cidade está disponível nas redes oficiais do evento (@futsalnaminhacidade).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Um domingo (22) diferente para dezenas de crianças da zona rural de São Luís com direito a gincanas esportivas, recreação e atividades culturais e de lazer. E a manhã especial foi realizada graças ao Projeto Gincana do Esporte e Lazer, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo, que tem o caráter de levar diversão a pessoas carentes da capital maranhense. Em sua segunda edição, o projeto atendeu a comunidade do Bairro da Matinha.

O único requisito para participar do Gincana do Esporte e Lazer era querer se divertir. Aos poucos, a criançada da comunidade lotou as dependências do Instituto Filhos de Maria para uma manhã repleta de brincadeiras e de muita animação.

Brincadeiras como pega-pega, corrida de saco, dança das cadeiras, cabo de guerra e desafios de habilidades foram apenas algumas das atividades que agitaram o domingo das crianças do Bairro da Matinha.

“Como é bom ver o lindo sorriso nos rostos das crianças. Nosso objetivo é proporcionar a elas lazer e diversão. O Projeto Gincana do Esporte e Lazer é uma iniciativa importante porque ele age como ferramenta de inclusão social. Só temos a agradecer ao governo do Estado e às Drogarias Globo por acreditarem e incentivarem essa iniciativa que, sem dúvida nenhuma, vai trazer inúmeros benefícios para a comunidade da capital maranhense”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do projeto.

Antes da realização do Projeto Gincana do Esporte e Lazer na comunidade da Matinha, a iniciativa já havia sido realizada no Bairro do Maracanã, também zona rural de São Luís. No evento, realizado no fim de novembro de 2022, reuniu dezenas de crianças da região.

Todas as informações sobre a Gincana do Esporte e Lazer estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@gincanadoesporteelazer).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O curso Previdência Privada para Consumidores: Planeje e Poupe está com inscrições abertas até o dia 6 de fevereiro. As inscrições podem ser feitas por meio da plataforma da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC). O curso é promovido pelo Ministério da Previdência Social e pela Secretaria Nacional do Consumidor, é gratuito e tem uma carga horária de 40 horas.

Após sua conclusão, será oferecido um certificado de extensão pela Universidade de Brasília. O curso, direcionado a pessoas interessadas na temática e preocupados com o planejamento previdenciário, está estruturado em 5 módulos com os seguintes temas: planejamento financeiro e Previdência Social no Brasil; definições e conceitos dos segmentos aberto e fechado de previdência complementar e planos de benefícios disponíveis; institutos e tributação na previdência privada; investimentos e taxas da previdência privada; e, por fim, Plano de Previdência Privada – cuidados, monitoramento e dicas. 

(Fonte: Agência Brasil)

O Festival de Integração dos Povos da América Latina termina na noite (22h) deste domingo (22), no Largo da Batata, em Pinheiros, na capital paulista. Ao longo do dia, se apresentam ao ar livre e gratuitamente artistas de diversas expressões culturais de países latinos, caribenhos e africanos. O festival ocorre na semana do aniversário da cidade, 25 de janeiro, e celebra a cultura dos imigrantes, os direitos humanos, a diversidade e os povos originários.

Tânia Bernuy nasceu no Peru e está há 20 anos no Brasil. “Quase metade da vida aqui”, relata. Ela veio por motivos de reunificação familiar e, hoje, está à frente, como diretora-executiva, da Associação Latino-americana de Arte e Cultura (Alac), que é promotora do evento. “A gente acha que a cultura ainda é o melhor caminho para alcançar a integração cultural e inclusão social”, aponta.

A auditora Betty Berdjo é filha de pais peruanos que estão no Brasil, há 30 anos. “Aqui, tem um pouco da minha história. Minha família se estabeleceu no interior, em Sorocaba. Meus pais criaram uma comunidade de pessoas do Peru também lá. Eu cresci nesse ambiente, nessa cultura, ter essa vivência em casa foi muito bom. Cresci falando duas línguas, com essas duas culturas”, contou à Agência Brasil.

Levantamento da Prefeitura de São Paulo, com base em dados de 2019 da Polícia Federal, apontam que cerca de 360 mil imigrantes residem na capital paulista. Entre as nacionalidades mais recorrentes, estão bolivianos, chineses e haitianos.

“Culturalmente, é um país bastante acolhedor. No campo da cultura artística, tem as portas abertas”, avalia Tânia. Ela acrescenta, no entanto, que no campo dos direitos humanos, de inclusão social, do trabalho “é uma resistência um pouco maior”. A diretora ressalta avanços importantes, como a criação da Coordenação de Políticas para Imigrantes na Prefeitura de São Paulo, na gestão de Fernanda Haddad. “Uma política que ajudou a ter a perspectiva de imigrante como sujeito de direitos também”. 

Apresentações

A programação, que tem apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, conta com apresentações de ritmos como cumbia, salsa e reaggaeton. A partir das 18h, por exemplo, se apresentam a Banda Leonardo Matumona, o grupo de música e de dança togolesa Maobé, a orquestra colombiana Tríptico Caribe e a orquestra de salsa cubana Timba Havana, que encerra o festival.

Além da música, há venda de comidas da culinária peruana e boliviana. As empanadas artesanais bolivianas são servidas por Lizebth Aide Chacalla, que está há 15 anos no Brasil. A Munnay Panaderia faz entregas por delivery e sob encomenda por meio das redes sociais. Quem for ao evento hoje vai poder provar, por exemplo, a empanada Pucacapa. 

“O nome vem da língua quéchua, que é uma língua originária da região da Bolívia, do Peru, que significa capa vermelha, é porque a gente passa uma pimenta vermelha por cima, por isso é pucacapa, capa vermelha. Tem também a salteña, que é o salgado mais tradicional da Bolívia. É um salgado suculento, de origem argentina, mas na Bolívia a gente mudou o recheio, que fica mais suculento”, apresenta.

Lizebth chegou ao país com 8 anos. “Foi bem difícil, mas a gente conseguiu entrar na escola, aprender o português. Então, acho que a gente conseguiu se virar bem”, relembra. A jovem lamenta que muitos bolivianos não consigam fugir da cadeia de exploração no Brasil, com situações de trabalho análogo à escravidão, especialmente no segmento têxtil. “A gente conseguiu sair dessa cadeia. A gente estudou, a minha irmã é designer e eu estudei gastronomia. Estou trabalhando com padaria para quebrar esse ciclo”.

(Fonte: Agência Brasil)

Depois do sucesso na primeira edição, no Rio de Janeiro em 2022, o festival Mimo para Crianças chega, neste sábado (21), ao município de Serra, no Espírito Santo. O evento fica até domingo (22), no Parque da Cidade, localizado na divisa entre os bairros Parque Residencial Laranjeiras e Valparaíso.

Nos dias 11 e 12 de fevereiro, o Mimo estará em São Francisco do Sul, cidade mais antiga de Santa Catarina. Não há limite de idade para as atividades do festival, que são realizadas ao ar livre e em espaços que valorizam o patrimônio cultural e natural das cidades beneficiadas.

Totalmente gratuito, o festival terá mais de 50 atrações em cada município, incluindo shows com Mundo Bita, Lilica Rocha, o Grupo Roda Gigante e o cantor Eriberto Leão, que cantará rock para as crianças. O festival infantojuvenil terá, ainda, apresentação de peças de teatro e oficinas lúdicas, abordando questões atuais como sustentabilidade e cultura negra. A programação nas duas cidades pode ser acessada aqui.

Entusiasmada com a segunda edição do festival infantojuvenil, a diretora e idealizadora do Mimo Festival, que originou o Mimo para Crianças, Lu Araújo, disse que está ansiosa para ver a reação das crianças à proposta. “Desenvolvemos inúmeras atividades para que eles fiquem por quatro ou cinco horas brincando sem pegar no celular ou em tablets. Lugar de criança é brincando, correndo e se divertindo”, disse Lu Araújo à Agência Brasil.

Ao longo dos últimos 20 anos, o Mimo Festival ofereceu atividades educativas, que estimulam a criatividade, em cidades definidas como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), entre as quais, Olinda, Ouro Preto, Rio de Janeiro, Paraty, no Brasil, e Amarante e Porto, em Portugal. Tiradentes, Recife, São Paulo e João Pessoa também já receberam edições do festival.

Com 55 edições, dois prêmios internacionais e dois nacionais e um público de mais de 2 milhões de pessoas, que foi a marca alcançada com o Mimo Porto 2022, o Mimo Festival já promoveu mais de 500 concertos e ganhou, no ano passado, a versão para crianças e jovens.

Inclusão

As atividades do Mimo para Crianças são inclusivas e seguem os moldes do festival mãe. Isso significa que o evento mantém o desenho do festival original: atrações de alta qualidade artística, oferecidas gratuitamente, com shows e espetáculos circenses e teatrais. Oficinas estimulam a cultura infantil da construção de pipas, a arte da gastronomia, atividades lúdicas e até mesmo o sobe e desce do parkour fazem parte da edição voltada para as crianças, bem como a contação de histórias e atividades recreativas.

Lu Araújo lembrou que a estreia do Mimo para Crianças, no verão de 2022 no Rio de Janeiro, reuniu inúmeras famílias, que vibravam e interagiam com as atrações. Crianças, jovens e adultos lotaram todos os espaços, cuidadosamente escolhidos nas diferentes regiões da cidade.

“A primeira edição infantojuvenil representou um sopro de alegria e um verdadeiro alívio para a população, que circulava livre entre as atrações, brincando, cantando e dançando. Afinal, começávamos a deixar para trás o longo isolamento a que fomos submetidos devido à pandemia de covid-19. Foram mais de 70 atividades de música, teatro, circo, contação de histórias, oficinas e jogos recreativos. No final, ficou aquele gostinho de quero mais”, disse Lu.

A reação do público do Rio de Janeiro ao Mimo para Crianças superou todas as expectativas, e isso incentivou Lu a levar o festival mirim para outras partes do Brasil, assim como tem feito com o festival mãe.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, hoje (20), o prazo para a inscrição na primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira 2023 (Revalida). Aplicado desde 2011, o exame tem por objetivo subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior.

As inscrições devem ser feitas pelo Sistema Revalida. Para participar da primeira etapa do exame, o participante precisa ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal no Brasil e ter diploma de graduação em medicina expedido por instituição de educação superior estrangeira, reconhecida no país de origem pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiro.

O valor da taxa é R$ 410, que deve ser paga até o dia 26 de janeiro. A prova será aplicada em 5 de março, em Brasília, Campo Grande (MS), Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo.

O exame é composto por uma etapa teórica e outra prática, que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

A primeira etapa, teórica, é formada pela avaliação escrita, com a aplicação de duas provas: uma prova objetiva, composta por 100 questões de múltipla escolha, e outra discursiva, composta por cinco questões.

Quem for aprovado na primeira etapa estará apto para se submeter à avaliação prática. O edital com o cronograma para a realização da segunda etapa ainda será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, no domingo (22), o prazo de inscrição de estudantes do ensino superior no Prêmio Capes Talento Universitário 2023. A premiação concede R$ 5 mil aos mil primeiros colocados em uma prova que visa “reconhecer o desempenho dos estudantes com destacado grau de desenvolvimento de suas competências cognitivas”.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), para concorrer ao prêmio os candidatos precisam ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021, e ingressado na graduação em 2022.

Precisa também apresentar matrícula regular em instituição de ensino superior pública, privada ou militar, além de não estar em débito com a Capes ou outras agências de fomento à pesquisa.

Os locais de prova serão divulgados a partir do dia 2 de março, e a aplicação ocorrerá no dia 26 do mesmo mês. O resultado será divulgado em maio e o prazo para pagamento do prêmio vai até dezembro de 2023.

Mais informações podem ser obtidas por e-mail. Para acessar o Edital nº 1/2023, clique aqui.

(Fonte: Agência Brasil)

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse, nessa quinta-feira (19), que o governo federal anunciará, ainda em janeiro, um reajuste no valor das bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

De acordo com Santana, o aumento já foi autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão é que o aumento tenha validade imediata após o anúncio.

O anúncio do reajuste das bolsas foi feito em reunião com reitores de universidades federais e dos institutos federais de ensino, no Palácio do Planalto.

As bolsas de pesquisa estão sem reajuste há 10 anos. Segundo a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), o valor das bolsas de estudo teve perda de 75% no poder de compra em comparação ao valor de 2013, quando houve o último reajuste.

Para a associação, os auxílios com valores atualizados deveriam estar em R$ 2.600 (mestrado) e R$ 3.800 (doutorado), mas são de R$ 1.500 e R$ 2.200, respectivamente. A associação tem defendido um reajuste de 40% para as bolsas.

(Fonte: Agência Brasil)

O Memorial do Holocausto, um novo espaço museológico na cidade do Rio de Janeiro, está abrindo, nesta quinta-feira (19), suas portas para o público. Na exposição permanente, os visitantes podem ampliar conhecimentos sobre os acontecimentos que marcaram a história e ter acesso a relatos de vida dos sobreviventes.

A construção do Memorial do Holocausto no Rio começou a ser idealizada, há mais de 30 anos, pelo ex-vereador e ex-deputado estadual Gerson Bergher, já falecido. Um concurso organizado, no fim da década de 1990, pelo departamento fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) teve como vencedor o projeto do arquiteto e urbanista Andre Orioli. Mas a proposta só saiu do papel mais recentemente.

Em construção desde o início de 2019, o memorial foi erguido no Mirante do Pasmado, em Botafogo. O local foi definido na Prefeitura do Rio que deu apoio ao projeto e cedeu o uso do terreno em 2018. A obra é de responsabilidade da Associação Cultural Memorial do Holocausto e contou com o patrocínio de empresas privadas. O Consulado da Alemanha também é parceiro da iniciativa. Em 2020, houve a inauguração da área externa que abriga um monumento de quase 20 metros de altura, dividido em dez partes, representando os Dez Mandamentos. Em sua base, foi escrita a frase: “Não matarás”.

Com a abertura das instalações da área expositiva, as visitas já podem ocorrer semanalmente de quinta-feira a domingo, a partir das 10h. A última entrada deve ocorrer às 17h. O acesso é gratuito, mas há um controle de fluxo e é necessário retirar ingresso antes por meio da plataforma Sympla.

Também é possível agendar visitas guiadas em grupo, por meio do programa educativo do memorial. Haverá, ainda, estímulo para excursões de estudantes das redes pública e privada. “Nosso objetivo aqui no memorial é educar e transmitir valores. E fazer isso mantendo viva a memória, mostrando para as novas gerações que isso existiu. Porque amanhã, num futuro próximo, as pessoas podem começar a achar que foi um filme de ficção. Manter preservada a memória é a única maneira de não se repetir um holocausto nazista com o passar dos anos”, diz Alberto Klein, presidente da Associação Cultural Memorial do Holocausto.

Ele disse que espaços como esse ajudam a sociedade a se preparar para coibir certos tipos de manifestação. "Discurso de ódio não é liberdade de expressão. Defender o extermínio de um grupo não é liberdade de expressão. É racismo e aqui na lei brasileira é crime”.

O Holocausto foi o assassinato em massa de milhões de judeus e de integrantes de outros grupos populacionais minoritários durante a Segunda Guerra Mundial. É considerado o maior genocídio do Século XX. Conduzido por meio de um programa sistemático de extermínio colocado em prática pelo Estado nazista liderado por Adolf Hitler, aconteceu na Alemanha e nos demais países ocupados pelos alemães durante a guerra. Monumentos em todo o mundo buscam preservar sua memória para que não seja esquecido nem repetido.

De acordo com Alfredo Tolmasquim, que coordenou o grupo curatorial formado por quatro pessoas, há diversas formas de provocar reflexões sobre o holocausto. Ele lembra que há memoriais em diferentes países que ressaltam, por exemplo, a resistência armada ou o massacre nos campos de concentração. No Rio, o foco central recai sobre a história de vida dos sobreviventes. "Ao invés de falarmos de uma história de milhões, queremos contar milhões de histórias”, afirma.

Percurso

Ao visitar o interior da edificação, o público se depara inicialmente com um telão que apresenta rostos e citações de sobreviventes sobre o valor da vida. A partir daí, há um percurso dividido em três módulos. Cada um deles retrata um período cronológico. No primeiro, antes do holocausto, há informações sobre como era a vida das famílias antes da instalação do Estado nazista. Também há imagens da época, coloridas com auxílio de inteligência artificial, que revelam momentos do dia a dia nas escolas, nos locais de trabalho, nos bairros, além de festas, casamentos, encontros etc.

A iluminação vai se escurecendo até a chegada do segundo módulo, que retrata o período do Holocausto. A partir daí, as fotos ficam sem cor. São apresentadas informações sobre ações de discriminação até a deportação e o extermínio, revelando a luta das pessoas pela sobrevivência. Finalmente, no terceiro módulo, a reconstrução da vida após o holocausto se torna o foco principal.

"É importante falar desse período. Temos registros fotográficos das pessoas comemorando o fim da guerra. Mas imagina aquela pessoa que sai do campo de concentração, que perdeu a família, que não tem casa, que não tem trabalho, que não tem mais o vilarejo onde ela vivia. O que ela tem para comemorar? E essas pessoas conseguiram reconstruir suas vidas. Isso mostra a resiliência do ser humano. Mostra a nossa capacidade de recomeçar e de nos reconstruirmos por pior que tenha sido o que nós passamos. Mas também nos reconstruirmos carregando os traumas e todas as consequências. Então, podemos aprender muito quando olhamos para esse período após o holocausto", avalia Tomalsquim.

A tecnologia acompanha a experiência ao longo de todo o percurso: é possível ouvir depoimentos, explorar um catálogo de sobreviventes, ter acesso a histórias de pessoas que chegaram ao Brasil, navegar por um mapa interativo que mostra os fluxos migratórios etc.

“Não pensamos a tecnologia num sentido lúdico, como por exemplo ocorrem em algumas mostras científicas. Aqui não é essa a proposta. Mas com o espaço que temos, se a gente fizesse uma exposição tradicional, teríamos que limitar a quantidade de conteúdo. Aqui, se você quiser conhecer todas as histórias, você vai gastar pelo menos seis horas. Há muitas camadas de informação. Isso é uma coisa que a tecnologia nos permite”, diz Tomalsquim. Ele ressalta também que a linguagem tecnológica favorece a aproximação com as gerações mais jovens, o que é essencial para a proposta do memorial.

Outro ponto que o curador destaca é o olhar para todos os povos perseguidos: judeus, negros, ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais, testemunhas de Jeová e maçons, além de comunistas e outros opositores políticos do regime nazista. “A proposta curatorial busca mostrar os efeitos que o preconceito, o racismo e a construção de estereótipos causaram na vida de todas as vítimas”, reitera.

Direitos Humanos

Segundo Tomalsquim houve uma forte preocupação da curadoria com a transmissão de valores éticos e com a educação das novas gerações para os direitos humanos. Ele considera que o memorial se constitui como um local de reflexão sobre discriminações e perseguições contra vários povos e grupos sociais, que continuam ocorrendo no Brasil e no mundo. Ao fim do percurso, o visitante se depara com a frase: “O ódio e o preconceito permanecem reais”.

Anexo ao espaço da exposição permanente, há uma varanda. No local, haverá mostras temporárias com foco nos direitos humanos, de forma a transportar o visitante para realidades atuais da sociedade. Tomalsquim mostra que as instituições e os valores democráticos não são preservados automaticamente e por isso precisam ser cultivados e protegidos.

“O Holocausto se tornou um elemento da memória da humanidade. Hoje é um elemento da memória mundial. Se tornou uma referência para a sociedade de uma forma geral até para classificar ocorrências do mundo atual. Mas é importante entender que o holocausto foi um acontecimento datado e específico na nossa história. Por outro lado, há violações de direitos humanos nos dias atuais que infelizmente dialogam com essa história. E daí a importância de nos mantermos vigilantes. Porque o holocausto não aconteceu de uma hora para outra. Os acontecimentos foram evoluindo gradativamente”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)