O Museu das Culturas Indígenas, em parceria com o Conselho Indígena Aty Mirim, promove várias atividades gratuitas em abril, mês em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas (19). A programação conta com feira de artesanato, palestras, rodas de conversa e oficinas.
De quarta-feira (19) a domingo (23), estarão expostos trabalhos de diversos detentores de saberes tradicionais, que ficam também disponíveis para venda.
Na manhã e na tarde de quarta-feira, serão realizados debates sobre os direitos dos povos indígenas, a resistência e proteção dos territórios. Às 15h30, apresenta-se o Coral Guarani Mbaraete, da Terra Indígena Jaraguá, localizada na zona norte paulistana.
Em seguida, será inaugurada a fachada do museu, com pinturas e grafismos de artistas indígenas de oito territórios do interior, litoral e Grande São Paulo. O momento contará com uma cerimônia de reza.
Na quinta-feira (20), às 18h, o artista Denilson Baniwa e o cacique Awá Mbaraeté Dju fazem um diálogo sobre arte indígena contemporânea e a luta pelos territórios.
No sábado (22), haverá apresentação da dança Xondaro e do Coral Guatapu, da Aldeia Nhanderu Pó, de Mongaguá (litoral paulista), às 17h.
No dia 27, será oferecida uma formação para produtores culturais e comunidades indígenas para elaboração de projetos e captação de recursos em editais públicos.
A programação completa está disponível na página do Museu das Culturas Indígenas. A instituição fica no Bairro da Água Branca, zona oeste da capital paulista.
Tem início neste sábado (15) e vai até o dia 23 de abril a pesquisa Alfabetiza Brasil realizada com professores alfabetizadores para compreender quais são os conhecimentos e as habilidades que uma criança alfabetizada deve ter. Os resultados vão servir para definição de um padrão nacional de avaliação da alfabetização dos estudantes, além de ajudar na formulação de política pública nacional de alfabetização.
A realização da pesquisa está a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O estudo será realizado com 341 professores de todas as capitais e 291 municípios, com bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). As aplicações da pesquisa estarão concentradas em cinco capitais-sede, uma por região do país: Belém, Recife, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
Para participar do estudo, os professores alfabetizadores precisam atender aos seguintes critérios: ter graduação em pedagogia, experiência docente mínima de cinco anos em turmas de alfabetização, atuação em turma de 2º ano do ensino fundamental no ano letivo de 2023 e ser reconhecido pela comunidade escolar pela qualidade do trabalho desenvolvido como alfabetizador.
Para definir o que vai ser avaliado na alfabetização dos alunos, o Ministério da Educação (MEC) se orientou pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que determina as normas e currículos pedagógicos para as redes de ensino públicas e privadas no que diz respeito à educação infantil e ensinos fundamental e médio no Brasil.
O MEC entende que a alfabetização está completa quando o aluno domina os três eixos da alfabetização: a escrita, a leitura de palavras e frases e a produção de textos. Esta pesquisa analisará como são desenvolvidas com autonomia 10 habilidades desses três eixos, conforme parâmetros avaliados no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), nas edições de 2019 e 2021.
Para serem considerados alfabetizados, os alunos do 2º ano, com idade média de 7 e 8 anos, deverão, por exemplo:
• Conhecer o alfabeto e dominar convenções gráficas, como letras maiúsculas e minúsculas e cursiva (letras em escrita continua);
• Compreensão da escrita;
• Saber ler, reconhecendo, globalmente, as palavras. Leitura de frases e localização de informações explícitas em textos;
• Compreender porções maiores de texto;
• Ter fluência e rapidez de leitura;
• Ter domínio de grafemas e fonemas, relacionando elementos sonoros de uma palavra com a representação escrita dela;
• Escrever um texto.
Pontuação
As habilidades medidas terão oito níveis de pontuação, sendo o nível 1 o mais básico (com desempenho de 650 a 675 pontos) e o oitavo, o mais alto da escala (desempenho igual ou maior que 825 pontos). O Inep acrescentou, ainda, o nível abaixo de 1, quando os estudantes demonstram probabilidade menor que 65% de dominar as habilidades testadas na alfabetização.
Os resultados da pesquisa serão analisados junto a outras questões vindas dos testes de língua portuguesa do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), já aplicados no 2º ano do ensino fundamental.
Chegou a hora da grande final da segunda edição da Copa Ludovicense de Futebol 7 Feminino, competição patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pela Potiguar, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. As equipes do Jeito Moleque e do CT Sports decidem o título em jogo único na tarde deste domingo (16), a partir das 15h45, na Arena Olynto, no Bairro do Olho d'Água, em São Luís. A partida será transmissão ao vivo pelo canal do Planeta Esportivo no YouTube.
O Jeito Moleque tem a melhor campanha da Copa Ludovicense, com 100% de aproveitamento em cinco partidas disputadas. Após avançar ao mata-mata como líder do Grupo C, a equipe goleou o Nosso Futebol por 5 a 1 nas quartas de final e venceu o Brutos por 4 a 3 nas semifinais. Em sua caminhada na competição, o Jeito Moleque marcou 25 gols e sofreu sete.
A equipe do CT Sports, por sua vez, também defende sua invencibilidade na Copa Ludovicense e está evoluindo a cada partida no torneio. Dono da segunda melhor campanha do Grupo D, com uma vitória e dois empates, o CT goleou o Espias por 6 a 1 nas quartas de final e venceu a semifinal contra o Atlético Cohab por 2 a 0. Em cinco jogos, o CT Sports anotou 20 gols e sofreu apenas cinco gols.
Terceiro lugar
Antes da final entre Jeito Moleque e CT Sports, a Copa Ludovicense de Futebol 7 Feminino terá a disputa de terceiro lugar entre Atlético Cohab e Brutos. As duas equipes duelam pela medalha de bronze a partir das 15h deste domingo (16), na Arena Olynto.
Copa Ludovicense
Vale destacar que esta edição da Copa Ludovicense de Futebol 7 Feminino contou com a participação de 16 times. Na primeira fase, as equipes foram distribuídas em quatro grupos e jogaram entre si dentro de suas respectivas chaves. Os dois primeiros colocados de cada grupo avançaram para a fase seguinte.
A definição dos grupos foi feita por meio de sorteio, realizado durante a solenidade de lançamento da competição. Na ocasião, a organização da Copa Ludovicense entregou kits completos de uniformes (camisa, calção, meião e bolsas esportivas) para todos os 16 times participantes. Todo esse material está sendo utilizado pelas equipes no torneio.
A Copa Ludovicense de Futebol 7 Feminino tem as seguintes equipes participantes: AFA, Atlético Cohab, Boa Esperança, Brutos/Magnólia, Cruzeiro, CT Sports, Espias, Fênix, Fut Girls, IJC, Jeito Moleque, Moto Club, Nosso Futebol, RB Sports, Trivela e Vasco Academy.
Outras informações sobre a competição estão disponíveis nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copaludovicensedefut7fem).
Pesquisadores do Museu Nacional apresentaram, nessa quinta-feira (13), o Santa Filomena, a primeira peça a ser incorporada à coleção de meteoritos da instituição após o incêndio de 2018.
Pesando cerca de 2,8kg, o fragmento foi adquirido pelo Museu Nacional após uma chuva de meteoritos em 2020, sobre a cidade de Santa Filomena, em Pernambuco. A cidade foi literalmente "invadida" por dezenas de curiosos, pesquisadores e até caçadores do exterior atrás das pedras.
A pesquisadora do Museu Nacional/UFRJ, Maria Elizabeth Zucolotto, que é pioneira na pesquisa dos meteoritos, e Amanda Tosi, Diana Andrade e Sara Nunes estavam entre as primeiras pessoas a chegar à cidade, as únicas representantes da ciência. Elas conseguiram obter as amostras estudadas.
De acordo com a professora Elizabeth Zucolotto, “dentre os diversos fragmentos caídos na cidade, este foi o escolhido para compor a coleção do museu por apresentar características únicas. Entre elas, a presença de uma crosta de fusão fresca e depressões na superfície que parecem marcas de dedo, menos comuns de serem vistos em exemplares do tipo rochoso”. A professora destaca que o meteorito apresenta linhas de fluxo descendo pelas laterais, formadas em meteoritos que mantêm uma orientação bastante estável à medida que passam pela atmosfera.
Fóssil do Sistema Solar
O meteorito Santa Filomena, apresentado na quinta-feira (13), pode ser descrito como um "fóssil" do sistema solar, ou seja, trata-se de um fragmento de um asteroide com propriedades muito primitivas, que se formou bem no início da criação do Sistema Solar, tendo uma idade aproximada de 4,56 bilhões de anos, segundo explicou a pesquisadora Amanda Tosi.
“Podemos destacar que, desde então, não ocorreram mudanças físicas e químicas significativas em seus minerais, estando quase da mesma forma de sua formação há bilhões de anos”. Ela afirmou que um dos focos do trabalho publicado é sobre como alguns minerais ajudam a estimar o máximo de temperatura a que a rocha foi submetida, assim como a taxa de resfriamento do corpo asteroidal que deu origem ao meteorito. Dessa maneira, eles são vestígios de como era nosso Sistema Solar primordial e nos dão pistas de como os corpos planetários, asteroides e cometas se formaram.
Chuva de estrelas
Amanda Tosi explicou que o meteorito Santa Filomena pode ser classificado como um condrito, que são meteoritos rochosos comumente encontrados. “O que não é comum é o fato de partes desse meteorito terem atingido uma zona urbana, incluindo o pedaço relativamente grande recuperado para o Museu Nacional/UFRJ”.
Outro ponto de destaque, de acordo com a astrofísica e professora no Observatório do Valongo, Diana Andrade, é a possibilidade de documentar a passagem do meteoro por câmeras, o que viabilizou o estabelecimento de sua trajetória. Além de propiciar uma melhor noção de onde os pedaços caíram, pode ser comprovado que o meteorito Santa Filomena veio do cinturão dos asteroides, que fica entre Marte e Júpiter. Tal fato foi registrado pela primeira vez em uma queda de meteorito no Brasil.
As Meteoríticas
O nome do grupo surgiu quando Maria Elizabeth Zucolotto foi a campo, com as “marinheiras de primeira viagem” Amanda Tosi e Diana Andrade, quando caiu um meteorito na Bahia, no segundo semestre de 2017.
Na longa viagem que fizeram, as pesquisadoras criaram um grupo de trabalho para encontrar as "pedras que caem do céu", atuando em todas as etapas da pesquisa, desde o trabalho de campo, passando pelo estudo em laboratório, e, sobretudo, na divulgação dessa ciência.
De acordo com a professora Beth, “as pesquisas sobre meteoritos são realizadas já há algum tempo, mas poucos são os que se dedicam a este ramo da ciência no Brasil, especialmente mulheres. Uma coisa é estar no laboratório e receber um pedaço de algum meteorito para fazer a análise, mas outra bem diferente é ir ao campo para prospectar e encontrar essas raras e importantes evidências do universo”. Ela afirmou que sempre procura incentivar novos pesquisadores a encontrar esses registros, o que é uma tarefa bastante árdua.
Publicação do estudo
O artigo foi publicado na Meteoritics & Planetary Science (MaPS), revista mensal internacional de ciência planetária publicada pela Meteoritical Society, uma organização acadêmica que promove pesquisa e educação em ciência planetária, após passar por um extenso estudo de mineralogia, química e petrografia para compreender os processos de formação e eventos ocorridos antes de chegar à Terra.
Reabertura do Museu Nacional
Segundo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, apresentar uma peça como essa é muito importante para a pesquisa, para a história e para o acervo. A instituição conta com uma coleção de minerais de extrema relevância para a ciência.
“Esse trabalho, publicado em uma das principais revistas da área mostra, mais uma vez, que os profissionais do Museu Nacional continuam gerando pesquisa de qualidade e realizando parcerias, demonstrando que a instituição está mais viva do que nunca! A previsão é de abrir grande parte do Museu nos primeiros meses de 2026, exibindo peças de destaque como o meteorito Santa Filomena”, comemora o diretor Alexander Kellner.
Regulamentação de propriedade de meteoritos
Outro aspecto importante foi a discussão sobre quem deveria ser o dono de um meteorito. A corrida ao meteorito Santa Filomena abriu uma discussão que tramita no Congresso Nacional sobre a regulamentação da propriedade de meteoritos que caem em solo brasileiro.
Com a polêmica, a Sociedade Brasileira de Geologia entrou em ação e, com ajuda de cientistas e demais interessados, conseguiu propor um complemento ao projeto de lei, no qual se regula que 20% de um novo meteorito encontrado, respeitando-se o limite máximo de 1kg, deverá ser disponibilizado para a ciência e depositado em uma instituição científica.
Neste momento, esse projeto de lei segue tramitando no Congresso Nacional. De um lado, pesquisadores que relutam na venda e posse de meteoritos e, do outro, os que apoiam a regulamentação, que pode garantir mais meteoritos brasileiros para a pesquisa, uma vez que a lei prevê uma porcentagem da rocha para a ciência, liberando o restante para o comércio.
“A venda da propriedade dos meteoritos regulamentada por lei impossibilita que eles saiam do país ilegalmente e indica que haverá uma fiscalização suficiente para proibir o contrabando. Um exemplo que temos próximo de uma lei que proíbe a venda está na Argentina e, desde então, ‘praticamente não existe’ mais meteorito argentino, pois a maioria é tirada clandestinamente do país e vendida como se tivesse caído em outro lugar”, explicou Zucolotto.
Para mais informações sobre descobertas na pesquisa de meteoritos acesse o site.
O Museu de Arte do Rio (MAR), situado na Praça Mauá, zona portuária da cidade, inaugura, neste sábado (15), a mostra inédita Revenguê: uma exposição-cena, do artista visual, escritor e dramaturgo carioca Yhuri Cruz. Segundo o curador-chefe do MAR, Marcelo Campos, o ineditismo se deve ao próprio formato teatral da exposição, que ocorre a partir de cenas, onde Cruz faz, com outros artistas, apresentações que vão ocorrer mais de uma vez durante o projeto.
Novas obras serão criadas diante do público. As primeiras encenações estão marcadas para amanhã e domingo (16), às 14h. As próximas encenações ainda estão sendo planejadas, mas a ideia é ter, pelo menos, uma encenação a cada mês da mostra. A exposição ficará em cartaz até 1º de outubro, funcionando das 11h às 17h, de quinta-feira a domingo.
“Eu definiria esse espetáculo como uma exposição-cena, mas também como uma mostra que encontra o artista com vontade ampliada de criação”, comentou Campos, que é também curador da exposição Revenguê, ao lado de Amanda Bonan, Jean Carlos Azuos, Amanda Rezende e Thayná Trindade. Ele explicou que a criação de Yhuri Cruz envolve desenhos, objetos, instalações e, sobretudo, dramaturgia. “É uma exposição dramatúrgica, construída a partir de um texto que ele escreve, que é o Revenguê. De outro lado, o texto gera para ele uma base para as encenações”.
Revenguê é uma palavra que não existe, disse Yhuri Cruz. Deriva da palavra inglesa revenge, que significa vingança. De acordo com o artista, a história trata da vingança da vida e da política da presença. A exposição é dividida em quatro núcleos e o público se sentirá em uma espécie de arena, com arquibancadas e chão vermelho, onde verá as cenas teatrais e criativas se desenvolverem ao vivo.
Afrofuturismo
Marcelo Campos destacou que o artista tem usado o termo afrofuturismo para a mostra. “É algo a ser pensado mesmo: a possibilidade que você tem a partir da ideia de futurismo, que é uma ideia branca, europeia, italiana, e ter a presença de um artista negro pensando assuntos mais ampliados, em torno da criação fabular, inventar planetas, seres, pensar o futuro desses planetas. Acho que isso define bastante aquilo que a gente tem quando encontra a criação do Yhuri Cruz - uma criação fabular, de situações inexistentes, mas pautadas em outras discussões contemporâneas, da vida atual”.
Ao longo dos próximos meses, a mostra receberá também shows e palestras. O curador-chefe do MAR afirmou que, com essas peculiaridades, a exposição vai ter significativo apelo de público. “Primeiro, porque o desenho da exposição conta com arquibancadas, lugares para as pessoas sentarem. Já nesse desenho existe a concepção de recepção teatral a esse público”. Por outro lado, chamou a atenção o fato de que a cena vai ser colocada em vídeo, que poderá ser assistido também, como se as pessoas estivessem entrando em uma sala de exibição. “Então, há vários caminhos ali para que o público possa refletir sobre aquilo que está vendo”.
Novas linguagens
A apresentação de novas linguagens e representações artísticas é um dos principais objetivos do MAR. Por isso, o diretor e chefe da representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil, Raphael Callou, comentou que como Cruz é um jovem artista carioca que produz obras que fazem sempre parte de uma história, trazer o repertório de Revenguê para o museu é garantir ao público novas possibilidades de observação e reflexão do fazer artístico. Para Callou, Yhuri se destaca com arquivos da negritude e de sua pesquisa por meio da encenação e do teatro.
Desde janeiro de 2021, o MAR é gerido pela OEI, organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus focos, desde a fundação em 1949. O Museu de Arte do Rio é um equipamento da prefeitura carioca, em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Depois de apresentações nas capitais de São Paulo e Minas Gerais e no Festival de Curitiba, o espetáculo musical PROT{AGÔ}NISTAS – O Movimento Negro no Picadeiro chega ao Rio de Janeiro para três sessões. Elas serão realizadas nesta sexta-feira (14) e sábado (15), às 19h, e no domingo (16), às 18h. Os ingressos custam R$ 15 e podem ser adquiridos no site do Sympla. As apresentações ocorrem no Circo Crescer e Viver, no Bairro da Cidade Nova, região central da cidade.
Durante a apresentação nesta sexta-feira (14), haverá intérprete de Libras e audiodescrição. Às 11h, será realizada palestra gratuita, com duração de uma hora. O tema Estou aqui – O lugar ocupado pelo artista negro e sua representatividade na cena cultural nacional vai ser abordado pela convidada especial Thallita Flor, uma palhaça preta da Cia. Mala de Mão.
O diretor Ricardo Rodrigues informou que o espetáculo tem músicas autorais e traz uma versão afrocentrada, com narrativa sobre o negro em diáspora no Brasil. O próprio título PROT{AGÔ}NISTAS traz a palavra agô entre chaves, extraída do idioma Iorubá, que simboliza a abertura de portas e caminhos.
Protagonismo
“O nome protagonista está no plural porque cada artista tem o seu momento de protagonismo no espetáculo, com as músicas autorais da própria banda, que toca ao vivo, e as ações circenses que se dão dentro de uma narrativa que fala de amor na comunidade preta, de cabelo da pessoa preta, do quilombismo, do genocídio. São situações implícitas, onde a plateia percebe e acompanha essa celebração circense no picadeiro”, afirmou Rodrigues.
Para o diretor, apesar de serem temas tristes, o espetáculo não visa a fazer denúncias. “Ele é celebrativo, circense, eufórico até, eu diria. O público está muito junto, na festa. Acima de tudo, é celebração, é circo”.
O Coletivo Prot{agô}nistas é formado por 30 artistas negros, a maioria oriunda de periferias. No espetáculo no Rio, 21 artistas estarão em cena, entre malabaristas, trapezistas, músicos, palhaços, contorcionistas, bailarinos. As coreografias, que vão da capoeira ao hip hop, do balé ao GumbootDance, trazem o tom acrobático que permeia todo o espetáculo, com performances organizadas por Washington Gabriel. A iluminação valoriza as cores que ressaltam a essência do panteão da África.
Os autores do espetáculo são o Coletivo Prot{agô}nistas e Solas de Vento Produção Cultural e Artística. Em junho, ele deverá ser apresentado no Recife.
A nadadora maranhense Sofia Duailibe vive a expectativa por mais um grande desafio na temporada de 2023. Uma das principais revelações do esporte no Estado, a atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, vai disputar a quarta etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que será realizada neste fim de semana (15 e 16), em Porto Seguro (BA).
Sofia Duailibe chega a Porto Seguro com a confiança elevada por resultados expressivos nas etapas anteriores da Copa Brasil de Águas Abertas. Em março, a jovem atleta sagrou-se campeã geral feminino na prova de 1,5km e ficou com o vice-campeonato geral feminino nos 2,5km da etapa de Porto Alegre (RS), além de faturar os títulos das categorias Geral e Infantil 1 nas provas de 1,5km e 2,5km da etapa de Petrolina (PE).
Os troféus conquistados em Porto Alegre e Petrolina reforçam o excelente momento de Sofia Duailibe no cenário nacional da natação. No ano passado, ao disputar a etapa de Brasília da Copa Brasil de Águas Abertas, Sofia foi campeã da categoria Petiz 2 nas provas dos 1,5km e 2,5km e ficou na terceira posição da categoria Geral nos 1,5km.
Temporada vitoriosa
Em suas últimas competições de 2022, Sofia sagrou-se campeã da prova dos 800m feminino da Travessia Felipe Camarão e faturou quatro medalhas de ouro no Campeonato Maranhense de Verão da Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA).
Representando o Colégio Literato na última temporada, Sofia Duailibe também faturou a medalha de ouro nos 100m borboleta, garantiu a medalha de prata nos 50m peito e 200m medley, e ficou com a medalha de bronze na disputa dos 400m livre nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), realizados em agosto. Já nos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), Sofia foi campeã nas provas dos 100m costas e 100m borboleta, além de ficar com o vice-campeonato na competição dos 400m livre.
Também em 2022, Sofia Duailibe foi a campeã da categoria Petiz na prova dos 1.650m do tradicional Desafio do Cassó, no mês de julho, em Primeira Cruz (MA), conquistou três medalhas de ouro nas provas dos 200m medley, 400m livre e do revezamento 4x50m livre misto no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno / Troféu Rodrigo Almeida, que ocorreu no início de julho, e sagrou-se campeã dos 1.500m e dos 2.500m na segunda etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, realizado no fim de junho, no Iate Clube, em Fortaleza (CE).
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.
Estudo do British Council – organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais – mostra que a formação docente é um dos mais graves empecilhos ao uso de tecnologia em laboratórios ou em sala de aula. Paralelamente a essa questão, as escolas brasileiras enfrentam problemas de infraestrutura.
Segundo o levantamento, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) traz em, seu site, uma autoavaliação feita por mais de 100 mil professores brasileiros de educação básica, mostrando que não se sentem aptos a utilizar a tecnologia para nada além daquilo que fazem em sua vida pessoal.
“Há outro entrave de formação a ser superado o quanto antes: a maioria dos professores diz que não sabe utilizar a tecnologia para o seu próprio desenvolvimento profissional, ou seja, para fazer cursos on-line ou autoavaliação on-line. É uma competência a ser desenvolvida para que as ações de gestão deem mais resultados”, diz a pesquisa.
Em relação à infraestrutura, dois tipos principais de carências atrapalham as escolas: a baixa conectividade, desafio de porte para um país com a extensão territorial do Brasil, e a dificuldade de acesso a computadores, tablets e outros suportes. “Para se ter uma ideia, os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) têm uma média de cinco alunos por computador, enquanto no Brasil esse número sobe para 35 ou mais”, aponta o documento.
A pesquisa destaca que uma “questão crucial para o bom ensino de ciências é a formação continuada, que deveria complementar e atualizar conceitos num mundo sempre em mutação, com novas descobertas”.
“A forma de ensinar ciências tem mudado com celeridade, e o British Council busca compartilhar boas práticas do Reino Unido em ensino de Stem, incentivando trocas e parcerias com o Brasil”, disse, em nota, a diretora de Engajamento Cultural do British Council Brasil, Diana Daste. “Essa pesquisa tem o papel de fomentar reflexões e conversas que possam contribuir com os profissionais e pesquisadores no diálogo sobre as políticas públicas para ensino de ciências e tecnologia”.
Tecnologia e ciência
Segundo o levantamento, a computação pode colaborar fortemente com o aprendizado em outras áreas, como ciências da natureza. Além disso, é área estratégica para a sociedade contemporânea e uma das mais atrativas do mercado de trabalho.
No entanto, o estudo mostra que essa realidade ainda não foi transposta, como poderia, para o universo da educação. A pesquisa indica variação levemente declinante no número de matrículas para licenciaturas de ciências da computação entre 2015 e 2019. Pelos dados do Censo da Educação Superior, as maiores quedas se deram nas universidades estaduais e privadas, com decréscimo de 14,5% e 21,9% respectivamente, enquanto as federais tiveram crescimento de 104,8%.
De acordo com a análise, a explicação para esse quadro envolve algumas variantes, como a baixa atratividade financeira para a carreira docente. Existe, porém, a expectativa de que a implementação da Política Nacional de Educação Digital, aprovada em dezembro de 2022 e sancionada em janeiro de 2023, torne mais atrativa a carreira docente na área de ciências e tecnologia. O PL 4.513/2020 estabelece ações para ampliar o acesso à tecnologia em cinco frentes: inclusão digital, educação digital, capacitação, especialização digital e pesquisa digital.
Outro dado que chama a atenção é o aumento da presença do Ensino a Distância (EaD). Entre as licenciaturas selecionadas para o estudo, entre 2010 e 2019, os maiores crescimentos na EaD foram nas áreas de matemática (46,5%) e computação (46%).
As autoras da pesquisa levantam a possibilidade de a mobilização para abertura de cursos na área de matemática, além de necessária pela importância da disciplina e pela demanda por esse profissional, ser mais simples em termos de infraestrutura para as instituições de ensino superior. “Afinal, esse crescimento não foi acompanhado por disciplinas que, idealmente, demandam a montagem de laboratórios, como física, química e biologia, que exigem maior aporte financeiro para sua oferta”.
Modernização do ensino
A necessidade da modernização do ensino de ciências no país é um dado recorrente na pesquisa. Os pontos de atenção levantados incluem, por exemplo, o acesso reduzido a materiais de laboratório e os desafios enfrentados pelos docentes no processo de inserção e desenvolvimento do letramento científico na rotina da escola básica.
Outro cenário apontado é a necessidade de ambiente propício para a ampliação do currículo de ciências e tecnologias com assuntos interdisciplinares, que envolvam temas como gênero e raça.
Entre as recomendações que o estudo propõe, destaca-se como fundamental a ampliação da formação continuada e troca de experiências docentes.
Os participantes que manifestaram interesse em disputar uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (Prouni) pela lista de espera já podem conferir se foram pré-selecionados para o programa. O resultado foi divulgado, nessa segunda-feira (10), pelo Ministério da Educação (MEC), no ambiente do Prouni, no portal Acesso Único, e ficará disponível para consulta até 19 de abril.
Os pré-selecionados da lista de espera também terão até o dia 19 de abril para comprovar as informações da inscrição diretamente na instituição que escolheram. A primeira edição do Prouni 2023 ofertou mais de 290 mil bolsas.
O processo seletivo do Prouni ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo a população que não possui diploma de nível superior.
Requisitos
Para obter uma bolsa integral, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio e, para a bolsa parcial (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa da família.
O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior para aqueles que nunca concluíram um curso de graduação.
O prazo para os interessados em solicitar a isenção da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 começa em 17 de abril e se estende até 28 de abril.
Podem se candidatar à isenção do pagamento:
1 - os alunos da última série do ensino médio no ano de 2023, em qualquer modalidade de ensino, na rede pública declarada ao Censo Escolar da Educação Básica;
2 - ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e ter renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
3 - declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.
Justificativa
O participante que teve concedida a isenção de pagamento da taxa de inscrição no Enem 2022 e não compareceu nos dois dias de prova deverá justificar a ausência para solicitar isenção no Enem 2023. O prazo é o mesmo. De 17 a 28 de abril.
No caso de não lembrar a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la. Basta que o candidato acesse a página acesso.gov.br, digite o CPF e clique em “Avançar”. Em seguida, selecione a opção “Esqueci minha senha”. Diversas formas para recuperar a conta serão oferecidas ao participante para obter uma nova senha. São elas:
Por meio de aplicativos (como o Meu gov.br, ou de bancos credenciados);
Pelo internet banking;
Por e-mail
Por mensagem de texto (SMS), no celular.
De acordo com o edital, entre as situações aceitas para justificar a ausência no Enem 2022 estão: morte na família; assalto ou furto; acidente de trânsito; casamento ou união estável; maternidade ou paternidade; privação de liberdade; emergência médica ou odontológica; trabalho; deslocamento a trabalho; intercâmbio acadêmico ou atividade curricular. Os detalhes de cada situação estão disponíveis no edital do Ministério da Educação específico sobre a solicitação de isenção do pagamento da taxa.
Resultado
O resultado da justificativa de ausência e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2023 será divulgado em 8 de maio, com possibilidade de recurso da decisão, no prazo de 8 a 12 de maio, conforme edital. O resultado final sairá em 19 de maio.
É importante ressaltar que mesmo pedindo a isenção da taxa, os participantes também devem se inscrever no Enem 2023, em prazo a ser divulgado.
O Inep alerta que alguns candidatos se confundem e acham que a aprovação da justificativa da ausência no Enem 2022 ou da solicitação da isenção de pagamento da taxa de inscrição no Enem 2023 resultaria automaticamente na inscrição do candidato. Contudo, é um erro de entendimento.
A aprovação pelo Inep não garante a inscrição no exame deste ano. A participação efetiva no Enem 2023 será garantida apenas quando realizar a inscrição.
Enem
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, no ensino médio.
O exame é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), que considera as notas individuais obtidas pelos inscritos no Enem para aproveitamento nos processos seletivos.
Neste ano, o Inep disponibilizou duas versões do edital de isenção da taxa de inscrição no Enem 2023 e da justificativa de ausência no Enem 2022, voltadas a participantes com deficiência. A primeira, em Língua Brasileira de Sinais (Libras), e a segunda, com adaptações para pessoas com deficiências visuais.