As instituições públicas de educação superior (federais, estaduais ou municipais) já podem aderir ao segundo processo seletivo de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O prazo de adesão começou nesta segunda-feira (22) e terminará às 23h59, de sexta-feira (26). Caso seja necessário, as instituições podem retificar o documento de adesão entre os dias 29 de maio e 9 de junho.
A adesão da instituição de ensino é feita pelo Sisu Gestão, o sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação. Por meio do Sisu Gestão, as instituições participantes oferecerão vagas em cursos de graduação, a serem disputadas por candidatos inscritos em cada uma das duas edições anuais do Sisu.
Neste segundo processo seletivo de 2023, os candidatos serão selecionados de acordo com a melhor classificação na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os procedimentos para a adesão e o cronograma completo foram publicados, no Diário Oficial da União (DOU), do último dia 15.
Adesão e obrigações
A instituição participante do Sisu deve descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no âmbito do Sisu.
Ao assinarem o Termo de Adesão, as instituições federais de educação superior se comprometem a cumprir o que determina a Lei nº 12.711, de 2012, chamada de Lei de Cotas.
E no prazo para a inscrição de estudantes aos processos seletivos do Sisu, ainda a ser definido MEC, essas instituições de educação superior devem disponibilizar acesso gratuito à internet, nos dias e horários de funcionamento regular da instituição. Assim como, as instituições participantes devem também disponibilizar acesso virtual para encaminhamento da documentação exigida para a efetivação da matrícula do estudante, no cronograma que será anunciado pelo MEC.
Pelo edital, as instituições se comprometem também a divulgar na internet e em locais de grande circulação de estudantes, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no programa de seleção, no momento da adesão. Número de telefone para tirar dúvidas é 0800-616161.
A peça intitulada Valse, de 1819, consta do volume manuscrito 7703 da Biblioteca Nacional da França, em Paris. Nele, encontram-se peças para piano de autoria do compositor austríaco Sigismund Neukomm, escritas no Rio de Janeiro, e por ele autografadas. Neukomm foi o único músico a integrar a Missão Artística Francesa no Brasil, onde escreveu 70 obras.
Mestre de música de D. Pedro, entre 1816 e 1821, deve-se a Neukomm a menção, em seu catálogo, de que elaborou arranjos para orquestra a partir de “seis valsas de D. Pedro”.
Até hoje, essas composições não foram localizadas, nem os arranjos de Neukomm. Porém, dentre as 25 peças do volume manuscrito que se encontra na Biblioteca Nacional da França, a Valse é a única que não traz a assinatura de Neukomm e que não foi mencionada em seu catálogo, o que aponta para a possibilidade de tratar-se de uma das peças de autoria de Dom Pedro I, ainda não encontradas, segundo a musicista Rosana Lanzelotte.
Avaliação
Além disso, os elementos compositivos de Valse são claramente distintos daqueles característicos do músico austríaco e, por sua vez, podem ser avaliados como próximos de outras peças do então príncipe.
“A única forma de comprovar seria se encontrássemos o manuscrito de Dom Pedro, que já se procurou. Estive em contato com vários musicólogos que estão de acordo que estilisticamente essa valsa é mais próxima da linguagem composicional de Dom Pedro do que do Neukomm”, disse Rosana.
Se confirmada, a descoberta pode representar um acontecimento histórico para a música brasileira, na avaliação de Rosana, que está finalizando um livro sobre Dom Pedro compositor que deve ser lançado no segundo semestre.
Dom Pedro assinou o Hino da Independência, o Hino Constitucional que foi o hino português entre 1834 e 1910, e obras sacras preservadas no arquivo da Catedral Metropolitana do Rio, mas não uma valsa.
Musica Brasilis
Criado em 2009, o portal Musica Brasilis tem como missão o resgate e difusão de repertórios brasileiros de todos os tempos, em grande parte inacessíveis por falta de edições. O acervo – constituído por mais de 2.500 partituras de compositores brasileiros – é mensalmente consultado por 45 mil usuários de todo o mundo.
Em estudo publicado no periódico científico internacional Historical Biology, pesquisadores do Museu Nacional, da Universidade Regional do Cariri e da Universidade do Contestado identificaram que a maioria dos fósseis da espécie de pterossauro Caiuajara dobruskii, pertencia a indivíduos que estavam em seus primeiros anos de vida.
Segundo a pesquisa, esses animais jovens tinham comportamento semelhante ao das aves atuais. O Caiuajara dobruskii era um pterossauro de pequeno porte, com uma envergadura que podia variar de 0,65 metro (m) a 2,35m, que viveu durante o período Cretáceo (~90-70 milhões de anos).
Descoberta em 2014, fósseis da espécie foram encontrados no interior do Paraná, em rochas do município Cruzeiro do Oeste e representou um importante achado para a paleontologia nacional. Essa foi a primeira vez que esses répteis alados foram encontrados fora da Região Nordeste. No local do achado, estavam presentes centenas de ossos dessa espécie.
Os pesquisadores constataram que a maior parte dos exemplares, cerca de 80% da amostra, pertencia a indivíduos ainda em estágio juvenil. Desse modo, muito possivelmente os pterossauros usaram a localidade como ponto de reprodução.
“Estes pterossauros quando juvenis, aparentemente, ficavam reunidos em grupos, um comportamento também visto em aves atuais. Esta estratégia de agrupamento dos juvenis é denominada creching, e costuma ser um mecanismo de sobrevivência que permite melhor regulação da temperatura e proteção dos juvenis contra predadores”, disse o líder da pesquisa, o doutorando Esaú Araújo, em nota. Ele é aluno do programa de pós-graduação em Zoologia do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Pela primeira vez, foi feito um estudo paleohistológico com um número expressivo de ossos de pterossauros, e isto só foi possível dada a abundância de registros desta espécie, um cenário normalmente raro para os paleontólogos que estudam os pterossauros".
Com um bom número de amostras, foi possível compreender, a partir das microestruturas dos ossos, o grau de desenvolvimento dos indivíduos, sua taxa de crescimento, fisiologia e aspectos comportamentais.
Na constituição óssea do Caiuajara dobruskii, foi observado um córtex ósseo extremamente fino com a presença de um complexo ósseo tecidual denominado fibrolamelar. O padrão em questão é bem conhecido na literatura, estando presente em diferentes espécies de pterossauros.
Esse tipo de tecido ósseo sugere que o Caiuajara dobruskii apresentava taxas de crescimento altas, também comparáveis às das aves atuais. Ele crescia a um ritmo superior ao de outras espécies de pterossauros, como espécies encontrada na China, Argentina e Alemanha.
“Esse trabalho é fruto da união de cientistas de diferentes instituições que, além da descoberta, estão auxiliando na reconstrução do Museu Nacional/UFRJ. É também mais uma demonstração de que o Museu Nacional Vive”, afirmou, em nota, Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, cuja sede ficou destruída por um incêndio em 2 de setembro de 2018.
Brena Carvalho foi aluna do curso preparatório ao vestibular do Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular (Pecep) em 2017. No ano seguinte, depois de passar para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), retornou ao projeto, já como voluntária. Hoje, recém-formada em pedagogia, ela reconhece o papel transformador do Pecep.
“Foi muito essencial para mim. Se eu não tivesse entrado, teria uma perspectiva muito diferente sobre faculdade, sobre visão de mundo mesmo”, diz ela. Uma trajetória similar vem sendo trilhada por Thiago Lins. Morador do Rio de Janeiro, ele está de malas prontas para João Pessoa. Em julho, começam suas aulas do curso de letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para ser aprovado, ele estudou no curso preparatório da UniFavela. Assim como Brenda, ele é grato pela experiência e também resolveu contribuir com o projeto como voluntário: ele agora faz parte do grupo pedagógico e vem atuando tirando dúvidas dos alunos.
“Por mais difícil que seja o ensino público, que eles sempre tenham em mente que é um avanço na vida deles. É uma experiência nova que eles conseguem; é uma oportunidade de conhecimento maior, de conhecer novos lugares, novas pessoas, sem esquecer de onde vieram”, disse Lins à Agência Brasil.
O Pecep e o Unifavela são atualmente organizações não governamentais consolidadas na capital fluminense. O Pecep surgiu em 2001 após o marcante sequestro do ônibus 174 em 2000, no qual os passageiros foram feitos de reféns por Sandro do Nascimento quase cinco horas. Um documentário do diretor José Padilha retratou o caso, associando a personalidade criminosa do sequestrador às vivências de sua infância e à falta de oportunidades na vida.
Na época, os alunos que costumavam usar o ônibus 174 como meio de transporte para chegar à Escola Parque, localizada no Bairro da Gávea e próximo à Rocinha, decidiram dar início a um projeto que pudesse contribuir para mudar a realidade da comunidade à sua volta. Assim, surgiu o Pecep, um cursinho pré-vestibular comunitário que prepara alunos que concluíram ou estão no último ano do ensino médio a um custo de R$ 40 mensais, já com o material incluído.
O projeto desenvolve suas atividades para moradores de comunidades de baixa renda da zona sul carioca, entre as quais a Rocinha. Os professores voluntários são alunos e ex-alunos da Escola Parque, que cede seu espaço para a iniciativa. O curso abre 70 vagas anualmente. Nos últimos sete anos, o Pecep atendeu a mais de 450 estudantes. Dentre os alunos que ficam no pré-vestibular por três anos, a taxa de aprovação alcança 100% e, por dois anos, 89%.
Tão logo terminou o ensino médio, Brena Carvalho tentou o Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) mas não teve boas notas para entrar no ensino superior e decidiu esperar mais um ano. Encorajada pela família, decidiu entrar no curso do Pecep, que dava para conciliar com o trabalho em uma creche da Rocinha, onde mora com os pais.
“Foi bem cansativo. Não foi fácil por conta do trabalho e dos desafios da vida. Mas o Pecep me ensinou muita coisa. Foi onde eu criei muita consciência crítica e política. Vi que eu poderia expor minhas opiniões sem medo. Me vi encorajada. Sou muito grata ao Pecep. Por isso, retornei depois como voluntária. É um ambiente de muito acolhimento e, de certa forma, torna tudo mais leve, porque o ambiente de pré-vestibular costuma ser muito pesado. O Pecep fez tudo parecer mais fácil”.
Já o Unifavela surge em 2018, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, de forma improvisada. Um estudante de letras e duas de história começaram a dar aula para dez jovens na laje da residência de um desse alunos. Todos eles foram aprovados em universidades públicas, impulsionando o projeto. No ano passado, a organização não governamental (ONG) recebeu o prêmio Sim à Igualdade Racial 2022, organizado pelo Instituto de Identidades do Brasil (ID_BR).
Além de facilitar o acesso de jovens às universidades, a meta é estimular também os adultos da região a ingressar no ensino superior. No curso, jovens e adultos adquirem conhecimento por meio de uma ação interativa e gratuita. São oferecidas vagas para 39 alunos. Em 2022, foram 11 alunos regulares durante todo o ano, e nove ingressaram na universidade até março de 2023, o que significa quase 100% de aprovação.
Em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisadora Carolina Campagni estudou os cursinhos populares e observou que eles englobam questões que vão além do ingresso nas universidades, atuando como espaço emancipador que tem a potência de ampliar a visão de mundo. São também espaços de afeto e de identificação de seus participantes, o que poderia explicar por que muitos alunos voltam posteriormente como voluntários.
Segundo Carolina Campagni, os cursinhos populares começam a emergir com maior intensidade no fim do século XX, como forma de enfrentamento das desigualdades sociais. Foi uma resposta à falta de políticas que garantam equidade de direitos no acesso ao ensino superior para camadas mais vulneráveis e marginalizadas da população. “Isso se deu junto com o levante populacional pelas ações afirmativas para a população negra, ambos conduzidos por movimentos sociais”, escreve em sua pesquisa.
Ao analisar a experiência do Cursinho Popular TRIU, em Campinas, Carolina pontuou que a pedagogia do afeto e o acolhimento praticados “são fundamentais para que exista um aprendizado efetivo dos conteúdos, desencadeando no ingresso de seus estudantes nas instituições de ensino superior”. Apesar disso, ela pontua que somente estes projetos não são suficientes para sanar as lacunas causadas pelas injustiças sociais, já que existem inúmeras questões de ordem econômica, social, cultural, estrutural com as quais eles não são capazes de lidar. “Algumas antecedem e outras sucedem o ingresso dos estudantes nos cursinhos”, observa.
Apoio
Os cursinhos populares oferecem aulas gratuitas ou a preços acessíveis para alunos de baixa renda. Por isso, muitas vezes, precisam estabelecer parcerias para desenvolverem e ampliarem suas atividades, podendo atender a um maior número de alunos. Uma das parcerias firmadas pelo Pecep e pelo Unifavela foi com o Instituto Phi, uma ONG que atua criando pontes entre doadores individuais ou empresariais e projetos considerados investimentos que dão retorno social e que possibilitam a mensuração os resultados. Os dois cursinhos recebem apoio por meio de recursos humanos, alimentação, material e equipamentos.
A parceria está ocorrendo pelo segundo ano consecutivo. Segundo o analista de projetos do Instituto Phi, Matias Hernandez, os resultados dos dois cursinhos chamam a atenção, com altas taxas de aprovação. Segundo ele, o Unifavela já impactou diretamente a vida de mais de 100 estudantes durante os últimos quatros anos.
“Sempre que os doadores quiserem continuar apoiando causas de educação, a gente pode continuar”, afirmou. O Instituto Phi levanta dados dos projetos que atendam às demandas que chegam dos doadores. Segundo Hernandez, um mapeamento junto ao pré-vestibular do Pecep mostrou que o curso preferido pelos alunos no Enem foi pedagogia. Levando em conta também o Unifavela, os estudantes dos dois projetos optaram ainda por direito, enfermagem, administração, matemática, ciências econômicas e da computação, física, arquitetura, engenharia elétrica e civil, música, educação física, letras, saúde coletiva, nutrição e produção cultural.
Um dos desafios dos cursinhos populares ao firmar parcerias envolve a manutenção de sua autonomia de gestão. O pesquisador Felipe Pinto Simão, que também estudou os cursinhos populares em dissertação na Unesp concluída em 2020, chamou atenção para casos em que empresas privadas financiam material didático que perpetua uma visão meritocrática pautada em um ensino que valoriza apenas a memorização e repetição de conteúdos. Ele questiona a capacidade de se oferecer uma formação crítica a partir dessas apostilas.
“Apesar de a pesquisa não oferecer dados suficientes para compreender os interesses dessas empresas privadas que financiam o material didático nos cursinhos populares, questiona-se aqui o papel destes últimos – que 'dependem' de um sistema apostilado – enquanto espaços de (trans) formação social”, escreveu.
Nove mulheres negras protagonizam o espetáculo de dança Iyamesan, que estreou na última quinta-feira (18), no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro. O nome é inspirado em uma lenda da cultura Iorubá, em que uma orixá foi cortada em nove partes e se tornou mãe de nove filhos e de nove céus. No palco, as bailarinas movimentam corpos e palavras em um ritmo harmônico: coreografias são entrelaçadas com narrativas de histórias pessoais.
A proposta é que as diferentes individualidades sejam representativas de experiências coletivas de mulheres negras no país. O espetáculo vai até o dia 28 de maio, com oito dias de apresentações.
“A gente está trazendo as nossas histórias, que têm a ver com o fato de sermos mulheres negras e de como conseguimos nos reinventar a partir da arte. Nesse sentido, é um espetáculo extremamente político”, conta Aline Valentin, uma das nove bailarinas. “Eu sou a mais velha desse elenco. Estou nessa trajetória há 20 anos, sou professora de dança afro, pesquisadora, criadora. Para mim, é uma oportunidade linda estar aqui com uma nova geração de bailarinas, com diferentes linguagens de dança negra”.
A bailarina e bacharel em dança Bellas da Silveira traz para o palco as experiências e os desafios que vive como mulher trans.
Tradições afro-brasileiras
“Os meus movimentos no palco dizem muito sobre mim. E eu falo um pouco do meu processo de transição como artista, como mulher trans e preta, que não tem um corpo padrão. É um corpo de transição para o feminino, ainda andrógino. E, no palco, eu trago os meus desconfortos. É basicamente um grito de liberdade”.
O espetáculo é dirigido por Luna Leal, pesquisadora de dança afro e produtora cultural. Ela explica que a ideia do espetáculo surgiu de uma roda de conversa sobre o poder feminino nas tradições afro-brasileiras.
“Tudo nasce a partir do que elas partilharam comigo lá atrás e da reflexão sobre como as histórias delas se conectam. É um espetáculo que tem muita verdade. Como elas trazem experiências delas e não de outros personagens, a emoção vai tomar conta”, diz Luna. “É sobre a gente poder ser protagonista da nossa própria história, construir as nossas próprias narrativas, quebrar algumas expectativas padrões que as pessoas têm de um espetáculo de dança afro. Também é sobre a gente conseguir ocupar espaços de poder”.
O espetáculo foi contemplado no edital Pulsar Sesc RJ e integra a terceira edição do projeto O Corpo Negro, voltado para a valorização de artistas negros do país. A programação inclui uma variedade de eventos culturais ao longo do mês de maio e passa por outras unidades do Sesc no Estado: Petrópolis, Niterói, Nova Friburgo e Nova Iguaçu.
Diretora e bailarinas do Iyamesan reforçam a necessidade de iniciativas e editais como esse para que o talento de homens e mulheres negros sejam reconhecidos, e possam alcançar públicos cada vez maiores.
“É muito importante pensar que nós nunca éramos contempladas em outras oportunidades. Tem companhia de teatro que ganha o mesmo edital há anos. Pensar em ações afirmativa é o mínimo. A gente precisa falar de democracia e igualdade também dentro da cultura”, diz a diretora Luna Leal.
“O Corpo Negro virou um edital permanente e isso é muito importante porque, infelizmente, ainda somos sub-representadas dentro das diferentes esferas artísticas e nos editais. E nós somos a maioria da população brasileira. Temos muito a criar e a mostrar. É superimportante ter editais como esse e esperamos que ele continue com toda força”, diz a bailarina Aline Valentin.
"A gente precisa dançar, precisa questionar. Os editais precisam melhorar muito ainda. Mas, pelo menos, estamos em um caminho melhor. Editais como esse são uma reparação histórica dos nossos corpos em cena. Vamos estar no palco, sim, e vamos fazer uma arte de qualidade”, afirma Bellas da Silveira.
Serviço
Data: entre os dias 18 e 28 de maio, de quinta a domingo
Horário: 19h
Local: Arena do Sesc Copacabana. Multiuso do Sesc Copacabana
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro (RJ)
Ingressos: gratuito
Bilheteria: funcionamento de terça a sexta (das 9h às 20h); sábados, domingos e feriados (das 14h às 20h)
Domingo (21) de disputas pela segunda edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar. A partir das 10h, a Praia do Calhau, em São Luís, recebe os duelos das oitavas de final do torneio Adulto Masculino. Ao todo, oito jogos vão movimentar a competição.
Os duelos das oitavas de final são os seguintes: Olímpica x VP Chopp, Coringão x Paredão, P12 x Alemanha, Alecrim x Jeito Moleque, Ponte Preta x Academy Alemanha, Juventude x Craques da Veneza, Veteranos x R13 e CTFC x 13 de Fátima. As equipes que vencerem avançam à próxima fase.
O torneio Adulto Masculino da Copa Golzinho de Praia conta com a participação de 16 equipes, que receberam coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante toda a competição.
Outras categorias
As disputas da Copa Golzinho de Praia já tiveram início nas categorias Sub-17 Masculino e Adulto Feminino, e em ambos os torneios, já estão na fase de quartas de final. No Sub-17, seguem na competição os seguintes times: RAF 07, Athletico, Comercial, Palmeirão, Audax, América, Geração Jovem e Revelação.
Já pelo torneio Adulto Feminino, os 8 times classificados para as quartas de final são: Vasco, Cruzeiro, Atlético Cohab, Espias, Boa Esperança, AFA, Fênix e Trivela.
Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição.
Diversão garantida para toda a família. Neste sábado (20), vai haver atividades culturais e de lazer para crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência. E o melhor: tudo de graça para a comunidade do Bairro da Cohab e adjacências. As atividades fazem parte do Projeto Divertir: cultura e lazer nas comunidades, iniciativa que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A programação está prevista para começar às 16h, na Praça Maria da Paz, na Cohab.
Jogos, brincadeiras lúdicas, oficinas, apresentações artísticas e culturais são algumas das atividades que vão movimentar o Projeto Divertir. Além disso, haverá, ainda, aulão de zumba para toda a comunidade. É importante destacar que todas as atividades são gratuitas.
“É importante ressaltar que o Projeto Divertir é para todos. Vamos ter diversas atividades que serão desenvolvidas por uma equipe especializada em lazer, esporte recreativo, arte e cultura. A programação começa, inclusive, com apresentação de palhaço e um show de mágica”, explicou Kléber Muniz, coordenador do projeto.
Projeto Divertir
O Projeto Divertir: cultura e lazer nas comunidades consiste em oferecer atividades de cultura e lazer, atendendo da criança ao idoso, no propósito da inclusão social, com ações em quatro bairros/comunidades de São Luís. A primeira ação é justamente na Cohab e, a segunda, está prevista para ocorrer no próximo dia 27 de maio, no Bairro do Quebra-Pote, zona rural da capital maranhense.
Por meio das ações do projeto, será possível ampliar o acesso à cultura e lazer nessas comunidades fomentando assim, à prática da cultura e do lazer. “O projeto tem como objetivo geral ampliar o acesso à cidadania pela inclusão socioeducativa por meio do desenvolvimento de atividades pedagógicas de lazer, arte e cultura. Nosso muito obrigado ao governo do Estado, à Secretaria de Cultura e ao Grupo Audiolar por incentivarem essa importante inciativa”, concluiu Muniz.
Tudo sobre Projeto Divertir está disponível no Instagram oficial @projetodivertir.
Os Jogos Escolares Ribamarenses (JERIs) continuam a todo vapor. Principal competição esportiva escolar promovida pela Prefeitura de São José de Ribamar (MA), os JERIs 2023 têm proporcionado disputas emocionantes em 12 modalidades (coletivas e individuais). Aliado a isso, esta edição dos jogos já é considerada histórica por quebrar o recorde de escolas participantes: são 29 instituições de ensino públicas e particulares. E, neste fim de semana, os JERIs prosseguem com disputas no tênis de mesa, futsal, natação, judô, caratê e ginástica rítmica.
“Estamos ansiosos para mais um fim de semana dos Jogos Escolares Ribamarenses. Em 2023, a Prefeitura de São José de Ribamar, na gestão do Dr. Julinho, está comprometida em promover um evento [JERIs] grandioso. Além de fomentar a prática esportiva nas escolas públicas e privadas, o prefeito não mediu esforços para dar condições adequadas para que nossos atletas desempenhem o seu melhor. Estamos na torcida por cada jovem ribamarense”, afirmou o secretário-adjunto de Esporte e Lazer de São José de Ribamar, Clineu Coelho.
Das modalidades em disputas no sábado e domingo (20 e 21), destaque para as partidas de futsal, que reunirão a maior quantidade de atletas ribamarenses. Os duelos da fase de grupos dos torneios Infantil (12 a 14 anos) e Infanto (15 a 17 anos) vão ocorrer no Liceu Ribamarense I, no Colégio Patronato e no Iema Pleno SJR.
Já as competições de judô e de natação serão realizadas na manhã de sábado (20) no Colégio Marista Araçagi. A escola, inclusive, será palco da seletiva de ginástica rítmica na manhã de domingo (21). No domingo, também haverá as disputas do caratê na Escola Renascer Kids/Colégio Prassi.
Abertura dos JERIs
A edição 2023 dos Jogos Escolares Ribamarenses (JERIs) foi aberta oficialmente na semana passada em solenidade realizada no Liceu Ribamarense, resultado de uma parceria técnica que reúne a Secretaria de Educação (professora Conceição Leite), a Secretaria Adjunta de Esporte e Lazer (Clineu Coelho) e a Secretaria de Saúde (Bernadete de Lourdes).
Na solenidade de abertura, participaram alunos/atletas de todas as 29 instituições de ensino participantes desta edição dos jogos com seus respectivos parentes. O prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho, também marcou presença no evento acompanhado pelo secretário-adjunto de Esporte e Lazer, Clineu Coelho, pelo professor Reginaldo Soares Junior, secretário-adjunto de Educação, vereador João Carlos e o presidente da Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade), professor Hamilton Ferro.
Programação dos JERIs 2023
FUTSAL
Sábado (20) | Ginásio Liceu Ribamarense
8h - E.M MARIA ELISIA x E.M MIRITÍUA (INFANTIL MASCULINO)
8h45 - CMCB II LICEU RIBAMARENSE II x E.M LICEU RIBAMARENSE III (INFANTIL MASCULINO)
9h30 - PATRONADO SJR x ESCOLA MENINO JESUS (INFANTIL MASCULINO)
O Amazonia Fund e o programa BFUCA Unesco (Federação Nacional das Associações, Centros e Clubes da Unesco) lançarão, nos dias 21 e 22 de maio, a Aliança Fundo Amazônia (Amazonia Fund Alliance, em inglês) no Festival de Cannes, na França. O festival é um dos principais eventos do cinema mundial.
Na cerimônia, está prevista presença de celebridades do mundo do cinema e de importantes lideranças indígenas brasileiras. Entre elas, a deputada federal Célia Xakriabá (PSol-MG), presidente da Comissão da Amazônia e Povos Originários na Câmara dos Deputados e primeira indígena a assumir a presidência de uma comissão no Congresso. O cacique Raoni, conhecido internacionalmente pela defesa dos povos indígenas e da Amazônia, já está no Festival.
O fundo tem o objetivo de financiar projetos de organizações sem fins lucrativos voltados à criação de uma renda fixa para os povos indígenas que habitam a região amazônica. A Aliança Fundo Amazônia também apoia projetos de reflorestamento, preservação de rios e nascentes e redução da emissão de carbono. A aliança vai reunir empresários, fundações, marcas internacionais e artistas de projeção global.
O Amazonia Fund e a BFUCA Unesco alertam, conforme dados divulgados pela revista Science, que o desmatamento na Amazônia ultrapassou a marca de 10 mil quilômetros quadrados por ano, área dez vezes superior a registrada há uma década.
No primeiro ano, a projeção do programa é arrecadar US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 25 milhões). A campanha prevê realização de jantares, leilões em Cannes, concertos e eventos sociais no Brasil e em outras partes do mundo. Em setembro, está previsto um baile de gala beneficente no Festival de Cinema de Veneza, na Itália.
A aliança é uma iniciativa dos empresários franceses de entretenimento Jean-Charles Jougla e Thierry Klemeniuk.
Brasil em Cannes
O cinema brasileiro está presente no 76º Festival de Cannes com cinco longas-metragens e um curta-metragem nas mostras principais. O diretor cearense Karim Aïnouz concorre na mostra competitiva principal pela direção do filme Firebrand, do Reino Unido.
As produções brasileiras concorrentes nas mostras paralelas são: “A Flor do Buriti”, de Renée Nader Messora e João Salaviza; “Retratos fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho; “Levante”, da diretora Lillah Halla; “Os Deliquentes”, de Rodrigo Moreno; “Nelson Pereira dos Santos, Vida de Cinema”, de Ivelise Ferreira e Aída Marques; e “Solos”, de Pedro Vargas.
De 16 a 27 de maio, o evento reunirá mais de 15 mil profissionais da indústria cinematográfica de 120 países.
Além da participação dos representantes dos filmes brasileiros, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Instituto Guimarães Rosa e a embaixada do Brasil em Paris, levará ao festival integrantes do grupo +Mulheres Lideranças do Audiovisual Brasileiro e do Instituto Nicho 54, que estimula a carreira de profissionais negros do audiovisual no Brasil.
A Academia Maranhense de Trovas (AMT) promove a exposição Trovas em Azulejos e o Sarau das Rosas para homenagear as mães patronas e patronos da academia. O evento ocorre nesta quinta-feira (18), a partir das 18h30, no Salão de Artes da Livraria Amei, localizado no Shopping São Luís.
A exposição conta com 44 azulejos com trovas de fundadores da academia, de patronos, de patronas e dos trovadores atuais integrantes da instituição. O evento terá, ainda, declamações dos trovadores, performances e apresentação musical das irmãs Ana Tereza e Carol Cunha, filhas da patrona da cadeira 40, Isabel Cunha, uma das homenageadas da noite.
Neste dia, 18 de maio, comemora-se o nascimento do professor, jornalista, poeta e historiador Carlos Cunha, patrono e fundador da academia. Para celebrar os 90 anos de Carlos Cunha, o Sarau das Rosas abrirá, também, espaço para o elogio ao escritor com explanação sobre sua vida e seus trabalhos pela presidente da AMT, Wanda Cunha, filha de Carlos Cunha.
E, como a AMT celebra, também, o Ano Cultural Gonçalves Dias, por ocasião do seu bicentenário de nascimento, o poeta de Caxias será também homenageado com performance de uma de suas poesias.
90 anos de Carlos Cunha
No cenário das letras contemporâneas, o ludovicense Carlos Cunha, em seu tempo, deu grande contribuição para sobrelevar a cultura do Maranhão, não apenas na literatura, mas também nas artes em geral, na educação e no jornalismo.
Ingressou no jornalismo aos 17 anos, no Jornal Pequeno. Trabalhou no Jornal do Dia, Jornal da Rua, O Coruja, em O Imparcial, ocasião em que ganhou prêmio de jornalismo por consagração pública. Colaborou também no jornal O Estado do Maranhão e redigiu editoriais para a Rádio Timbira. Na década de 1980, fundou o próprio jornal, chamado Posição, que tinha como slogan “o jornal que não suja as mãos e nem a consciência”.
De origem humilde, trabalhava e estudava desde cedo. Depois de adulto, o educador fundou o Colégio Nina Rodrigues, na Rua do Sol, onde promovia educação de qualidade a estudantes de baixa renda.
Ativista Cultural, foi incentivador de novos talentos e coexistiu como se fosse muitos: poeta, crítico, ensaista, cronista, jornalista, professor e historiador; um trovador revolucionário e exímio declamador. Morreu em 22 de outubro de 1990, aos 57 anos, deixando um legado de 30 obras publicadas, algumas reeditadas.
Sarau das Rosas – Sonho que virou realidade
Sarau das Rosas é um projeto que nasceu de um sonho da cordelista e trovadora Maria Goreth Cantanhede Pereira, integrante da AMT, ocupante da cadeira 18, patroneada por Vicente Maya. A cordelista sonhara com a saudosa Isabel Cunha, cantora, compositora e artista plástica maranhense, já falecida. Sob um olhar espiritual, Goreth Pereira descreve, de forma inspirada e contemplativa, o sarau proposto por Isabel: “Nem eu entendi o mistério, mas ela me disse em sonho que cada pessoa, ao participar do Sarau das Rosas, dedicaria sua trova a uma outra rosa (mulher) e dançaria ao som de uma música”.
O sarau proposto por Isabel Cunha, em sonho é uma homenagem a Rosas que falam e que também ocupam um espaço significativo na sociedade e que são deveras importantes para a construção de uma sociedade melhor: as mulheres, as mães, as trovadoras, as escritoras que hoje são patronas da AMT.
No projeto, foi incluída a exposição de Trovas em azulejos que contou com a colaboração de todos os integrantes efetivos da AMT.
O projeto foi desenvolvido por uma comissão formada por Clores Holanda, Elistia Mendes, Franci Montele, Goreth Pereira e Wanda Cunha.