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O prazo para as inscrições no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2023 termina nesta quinta-feira (22). Os interessados em participar devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Segundo o cronograma, o resultado será divulgado no dia 27 deste mês. A classificação dos estudantes será feita com base na nota obtida na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As matrículas devem ser feitas de 29 de junho a 4 de julho.

O Sisu é o programa do MEC que reúne as vagas oferecidas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, sendo a maioria delas ofertada por instituições federais – universidades e institutos.

As vagas são abertas, semestralmente, por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Enem, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos. Para isso, o candidato não pode ter tirado zero na redação.

Processo seletivo

O estudante escolhe até duas opções de curso entre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições, sendo que a inscrição válida será a última registrada no sistema.

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu. Para isso, é preciso manifestar interesse em participar da lista entre os dias 27 de junho e 4 de julho. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita pelas próprias instituições a partir de 10 de julho.

As vagas ofertadas também são distribuídas conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012). Ela determina que as instituições federais de educação superior vinculadas ao MEC reservarão em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação – por curso e turno – no mínimo 50% das vagas para estudantes que tenham cursado, integralmente, o ensino médio em escolas públicas, sendo metade delas reservadas para aqueles oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita (renda por cabeça).

As instituições podem adotar as próprias políticas e ações, como vagas reservadas e aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda ao perfil indicado pela instituição. De acordo com as especificações da instituição, o Sisu faz o cálculo automaticamente e produz nova nota.

(Fonte: Agência Brasil)

Começa nesta quarta-feira (21), no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), a mais completa retrospectiva dedicada ao cineasta norte-americano Frank Capra já realizada no Brasil, com cópias restauradas, filmes inéditos, alguns deles dados como perdidos. Serão exibidos ao público até o dia 17 de julho, a preços populares de R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada), 20 filmes de ficção e sete documentários sobre o esforço de guerra dos Estados Unidos. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física ou no site do CCBB, a partir das 9h do dia da sessão. No mesmo endereço, os interessados poderão acessar a programação do evento.

“É uma mostra praticamente completa, com exceção de alguns filmes que a gente não conseguiu, e muita coisa inédita, nunca exibida no Brasil antes”, disse à Agência Brasil José de Aguiar, que assina a curadoria da mostra ao lado de Eduardo Reginato. “Alguns não passam há 90 anos”, indicou Aguiar.

Um dos primeiros longas-metragens de Capra, ainda no período do cinema mudo, foi o clássico Mocidade Audaciosa (1928), que abre a retrospectiva no dia 21, às 15h. O primeiro longa da fase falada foi Chuva ou Sol (1930), que ficou perdido durante 70 anos e será exibido no dia 22, no mesmo horário. A película foi encontrada há 15 anos, restaurada “e, com certeza, nunca passou no Brasil, nem em cinemas nem na televisão”.

Qualidade dupla

Para José de Aguiar, Frank Capra foi um dos maiores cineastas americanos da história, um dos grandes diretores da era áurea de Hollywood, com John Ford, Howard Hughes. “Ele é um dos perfeccionistas da comédia romântica e, também, um grande diretor da época da Grande Depressão americana. Ele soube muito bem falar desse momento difícil da história americana e criar, ao mesmo tempo, personagens que eram grandes heróis e homens comuns. Ele tem essa capacidade de falar sobre esse espírito da época ao mesmo tempo do ponto de vista da crítica social, mas com um tom otimista também sobre essa crítica. Ele tem uma qualidade dupla, digamos assim”, defende o curador.

Dois longas podem ser citados entre suas melhores obras. Um deles é A felicidade não se compra, de 1946, “um dos últimos filmes dele e, talvez, o mais conhecido”. Outro tão bom quanto e, talvez, ainda melhor, na opinião do curador, é Aconteceu naquela noite, de 1934, primeiro longa a ganhar o Oscar nas cinco categorias principais. “Foi o filme que deixou Capra muito famoso”. O elenco era encabeçado por Clark Gable e Claudette Colbert.

Frank Capra venceu três vezes o Oscar de melhor diretor com Aconteceu Naquela Noite (1934), O Galante Mr. Deeds (1936) e Do Mundo Nada se Leva (1938). Em 1982, Capra recebeu o Leão de Ouro por sua carreira, no Festival de Veneza.

Nascido na Sicilia, Itália, em 1897, e falecido na Califórnia (Estados Unidos), em 1991, Frank Capra viveu uma história parecida com a dos personagens de seus filmes. Superou o passado de imigrante italiano trabalhador e se tornou um diretor de cinema americano de sucesso. Do início de sua carreira serão exibidos A Flor dos Meus Sonhos“(1930), um dos filmes mais raros da mostra, no dia 21, às 17h; e o O último chá do general Yen (1933), no dia 25, às 14h. Capra admitiu, secretamente, ser este o seu filme favorito.

A mostra apresenta também, entre outros títulos, A Mulher Faz o Homem (1939), estrelado por James Stewart, que se tornou a personificação do idealismo presente na obra de Capra; e Esse Mundo é um Hospício (1944), considerado pelo American Film Institute uma das melhores comédias de todos os tempos.

Inclusão

Haverá, também, uma sessão inclusiva de A Felicidade Não Se Compra (1946), com cópia dublada em português, legendagem descritiva, audiodescrição e tradução para Libras, no dia 29 de junho, às 14h30. Embora tenha sido um fracasso de público na época do lançamento, esse clássico conto de Natal recebeu o Globo de Ouro de Melhor Diretor, tornando-se um dos longas-metragens mais reverenciados do cinema americano.

Além da exibição dos filmes, será realizado o debate O Cinema De Frank Capra, no dia 6 de julho, às 19h, com a crítica de cinema Maria Caú e o professor Rafael de Luna Freire, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com mediação do curador José de Aguiar. O debate terá tradução para Libras. No dia 12 de julho, também às 19h, ocorrerá uma masterclass com o cineasta Walter Lima Jr, fã e profundo conhecedor da obra de Capra. Os dois eventos são abertos e gratuitos para o público. “Só tem que chegar um pouco antes para pegar o ingresso”, recomendou José de Aguiar.

O público terá acesso gratuito também a um catálogo feito especialmente para a mostra, com textos inéditos de críticos e pesquisadores e outros textos relevantes já publicados sobre a obra do cineasta; ficha técnica e fotografias de cenas de todos os filmes selecionados.

Antes de chegar ao Rio de Janeiro, a mostra Frank Capra aconteceu no CCBB São Paulo, no período de 17 de maio a 12 de junho deste ano. A mostra tem patrocínio do Banco do Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Principal manifestação cultural do Maranhão, o São João foi o tema escolhido para as duas primeiras edições do projeto Música na Praça, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pelo El Camiño Supermercados por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Graças ao projeto, a Praça do Letrado, no Vinhais, em São Luís, foi transformada em um grande arraial para receber a comunidade do bairro e adjacências. Foi uma oportunidade de alterar a rotina dos moradores da localidade e dar oportunidade a artistas locais de mostrarem todo o seu talento. 

A iniciativa surgiu com o objetivo de levar as manifestações culturais para mais perto das pessoas de forma gratuita. E, aproveitando o São João, uma das épocas mais queridas dos maranhenses, é que o Música na Praça se propôs em promover um fim de semana junino para enaltecer a cultura do Estado. 

Dessa forma, foi montada uma estrutura para a realização de um arraial voltado para toda a comunidade em um ambiente que valorizou a presença familiar e ajudou na confraternização entre os moradores do Vinhais. “A gente que mora aqui, quase não conhece todo mundo, sem contar que tem alguns vizinhos que a gente passa um bom tempo sem olhar e conversar. O Música na Praça nos possibilitou a fortalecer os laços com a nossa família, além de que pudemos rever nossos vizinhos e conhecer novas pessoas”, conta dona Maria Iracema, moradora do Vinhais há mais de uma década. 

Em sua primeira edição, no sábado (17), o Música na Praça foi aberto oficialmente com a celebração de uma Santa Missa que reuniu centenas de pessoas na Praça do Letrado para pedir proteção à comunidade e sucesso ao projeto. Em seguida, ocorreram as apresentações culturais do Forró do Tonnyy, da Quadrilha Alegria Caipira, do Boi da Pindoba e da Companhia Encantar. 

No domingo (18), dia da segunda edição do projeto, destaque para a Companhia Vem BB, Boi de Morros, Roberto Ricci, Cowboys de Ouro e Jeydson & Banda. Para a organização do Música na Praça, os dois dias de atividades culturais no Vinhais foram especiais. 

“Foi incrível o arraial que proporcionamos para a comunidade do Vinhais e adjacências. O Música na Praça é um projeto que veio para ficar porque alegra as pessoas, leva cultura, diversão e entretenimento de forma gratuita. Nosso muito obrigado ao governo do Estado e ao El Camiño Supermercados por incentivarem essa iniciativa que tem tudo para crescer ainda mais”, afirmou Kléber Muniz, integrante da organização do Música na Praça. 

Música na Praça

O projeto Música na Praça é uma iniciativa que realizará eventos musicais gratuitos em praças de São Luís, dando uma oportunidade para que cantores e bandas locais de diversos gêneros se apresentem ao público e ganhem visibilidade na divulgação de seus trabalhos. Os artistas contarão com toda a estrutura de palco, som e iluminação para realizarem seus shows ao público presente da melhor forma possível. 

Além das apresentações musicais de diversos gêneros, como MPB, samba, pagode, forró, sertanejo e pop rock, que prometem muita diversão e entretenimento ao público de todas as faixas etárias, o projeto Música na Praça disponibilizará ao público infantil um espaço com brinquedos infláveis, pula-pula, piscina de bolinhas, algodão-doce, pipoca, e muito mais. 

Após essas duas edições iniciais do projeto na Praça do Letrado, no Bairro do Vinhais, o Música na Praça terá continuidade nos dias 1º e 2 de julho, com uma nova série de apresentações musicais na Praça Nossa Senhora de Nazaré, no Cohatrac II. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Adulto Feminino

A segunda edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, chegou ao fim em grande estilo. Partidas emocionantes marcaram o encerramento dos torneios das categorias Adulto Feminino, Sub-17 e Adulto Masculino. No fim, destaque para as equipes do Atlético Cohab, do Athletico e do VP Chopp, que foram coroadas as campeãs no último domingo (18). 

Pela disputa do torneio Adulto Feminino, as meninas do Atlético Cohab confirmaram o favoritismo. Nas semifinais, vitória dramática sobre o Fênix na disputa por shoot-out  (1 a 0) após empate sem gols no tempo normal. Apesar da dificuldade, o Atlético Cohab avançou à decisão onde não deu chances ao Trivela: vitória tranquila por 5 a 1 e título garantido. 

Adulto Masculino

Na decisão do Sub-17, a garotada do Athletico sagrou-se campeã ao derrotar o Audaz por 2 a 1 em um duelo bastante equilibrado. Antes, nas semis, o Athletico havia superado o Palmeirão por 2 a 1. 

O último time a soltar o grito de campeão foi o VP Chopp, na categoria Adulto Masculino. Na grande decisão da Copa Golzinho de Praia, VP Chopp e Craques da Veneza fizeram um jogo emocionante, onde o empate por 1 a 1 prevaleceu. A igualdade levou a disputa para o shoot-out, vencido pelo VP Chopp por 2 a 1.    

Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição. 

Sub-17 Masculino

PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS

Adulto Feminino:

Artilheira:

Manuela Alves (Espias)

Melhor Jogadora:

Daniele Rodrigues (Atlético Cohab)

Melhor Técnico:

Cleyson Moura (Atlético Cohab) 

Sub-17: 

Artilheiro:

Marcos Vinicius (Audaz)

Melhor Jogador:

Davi Souza (Athletico)

Melhor Técnico:

Roberto (Athletico) 

Adulto masculino:

Artilheiro:

Fábio Lima (Craques da Veneza)

Melhor Jogador:

Raimundo Neto (VP Chopp)

Melhor Técnico:

Cláudio (VP Chopp)

Copa Golzinho de Prais

Sucesso em 2022 com a realização de disputas das categorias Adulto Feminino e Adulto Masculino, a Copa Golzinho de Praia cresceu neste ano. Isso porque houve a inclusão da categoria Sub-17. Ao todo, 48 times iniciaram a competição, sendo 16 por categoria. 

Vale destacar que, durante a solenidade de lançamento da Copa Golzinho de Praia, realizada no mês de março, todas as equipes participantes receberam coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante toda a competição. 

RESULTADOS

Domingo (18/6) / Praia do Calhau

Adulto Feminino

Trivela 1 (2) x (1) 1 Espias (semifinal 1)

Fênix 0 (0) x (1) 0 Atlético Cohab (semifinal 2)

Trivela 1 x 5 Atlético Cohab (final) 

Sub-17 Masculino

América 0 x 1 Audaz (semifinal 1)

Athletico 2 x 1 Palmeirão (semifinal 2)

Audaz 1 x 2 Athletico (final) 

Adulto Masculino

VP Chopp 3 x 2 Veteranos (semifinal 1)

Craques da Veneza 3 x 0 Academy Alemanha (semifinal 2)

VP Chopp 1 (2) x (1) 1 Craques da Veneza (final) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O sistema do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu 4.673.333 pré-inscrições, conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O prazo de inscrições para a prova terminou na última sexta-feira (16). De acordo com o instituto, o número representa aumento de 8,2%, em relação a 2022, quando foram registrados 4.318.324 de inscrições.

O ministro da Educação, Camilo Santana, celebrou o número e afirmou que a marca muda “uma curva histórica de queda”. 

“O Inep recebeu 4.673.333 pré-inscrições para o Enem deste ano, revertendo uma curva histórica de queda. Nós estamos trabalhando para que os nossos jovens possam voltar a sonhar com mais oportunidades, para que conquistem o seu diploma na universidade”, disse o ministro nas redes sociais.

O total de pessoas inscritas para o Enem vem caindo desde 2017, quando 6,1 milhões de pessoas se inscreveram. Em 2022, esse número caiu para quase a metade, com pouco mais de 3,3 milhões de candidatos. Os últimos dados divulgados pelo Inep podem representar uma quebra dessa tendência, que deverá ou não ser ratificada a partir da confirmação da inscrição.

Para confirmar a inscrição, os candidatos não isentos precisam pagar a taxa de R$ 85 até a próxima quarta-feira (21). Após esse prazo, o Inep terá o número final de inscritos no exame.

Pagamento da taxa

O valor pode ser pago por Pix, cartão de crédito, débito em conta ou por boleto criado na Página do Participante.

Para pagar por Pix, basta ao candidato acessar o QR code que consta no boleto.

Quem é isento não precisa pagar a taxa. Do total das inscrições, 2.155.238 (46,1%) tiveram a isenção aprovada, e os candidatos farão o exame de graça, conforme o Inep. 

Provas

As provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro, em todo o país. O edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês.

O edital traz a lista dos documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro, no Portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024, no mesmo site.

O exame

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é a principal forma de acesso à educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

É também utilizado por instituições de ensino públicas e privadas para selecionar estudantes, com os resultados sendo utilizados como critério nos processos seletivos. O exame serve ainda de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

O prazo de inscrições para o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2023 começa nesta segunda-feira (19). Os interessados podem se inscrever até as 23 horas e 59 minutos (horário de Brasília) de quinta-feira (22) no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

O resultado será divulgado no dia 27 deste mês. A classificação dos estudantes será realizada com base na nota obtida na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As matrículas devem ser feitas de 29 de junho a 4 de julho.

O Sisu é o programa do MEC que reúne as vagas oferecidas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, sendo a maioria delas ofertada por instituições federais - universidades e institutos. 

As vagas são abertas, semestralmente, por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Enem, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos. Para isso, o candidato não pode ter tirado zero na redação. 

O estudante escolhe até duas opções de curso entre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições, sendo que a inscrição válida será a última registrada no sistema.

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu. Para isso, é preciso manifestar interesse em participar da lista entre os dias 27 de julho e 4 de julho. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita pelas próprias instituições a partir de 10 de julho.

As vagas ofertadas também são distribuídas conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012). Ela determina que as instituições federais de educação superior vinculadas ao MEC reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, sendo metade delas reservadas para aqueles oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita (renda por cabeça). 

As instituições podem adotar as próprias políticas e ações, como vagas reservadas e aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda ao perfil indicado pela instituição. De acordo com as especificações da instituição, o Sisu faz o cálculo automaticamente e produz nova nota. 

(Fongte: Agência Brasil)

Intelectual de múltiplos talentos, Abdias Nascimento havia feito suas primeiras experiências nas artes plásticas meses antes de embarcar para os Estados Unidos, em 1968, para ampliar as trocas entre os movimentos negros brasileiro e norte-americano. O contexto era de resistência contra a ditadura militar aqui, e de luta pelos direitos civis lá, com movimentos como os Panteras Negras em ebulição.

Com o decreto do Ato Institucional nº 5, em dezembro daquele ano, Abdias foi forçado a permanecer em exílio e, a partir daí, mergulhar na pintura como mais uma frente de resgate, exaltação e intercâmbio de tudo o que expressa a ancestralidade africana, partindo da espiritualidade para uma proposta filosófica completa, com um entendimento negro e afrodiaspórico sobre estar no mundo.   

“É nos pontos riscados e cantados que nasce minha arte. Aí está a base de tudo. Nas encruzilhadas, nessa coisa que vai e vem, as contradições da vida ganham sentido, e o nosso retrato vai ganhando forma”, definiu Abdias, que se descobriu artista plástico aos 54 anos, na busca por uma linguagem alternativa ao inglês que intermediasse suas trocas com intelectuais e ativistas dos Estados Unidos, Caribe e África, nos  13 anos em que permaneceu exilado.

A história é contada por telas e documentos do Museu de Arte Negra, expostos em Inhotim na mostra Terceiro Ato: Sortilégio, que recebeu apoio da Petrobras, por meio do edital Petrobras Cultural – Múltiplas Expressões, e conta com acervo do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro). Localizado em Brumadinho, Minas Gerais, o Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo.

Quando se iniciou nas artes plásticas, Abdias já era um dos mais importantes intelectuais de seu tempo, além de articulador da mobilização negra e dramaturgo, ator e jornalista de produção extensa, tendo fundado o Teatro Experimental do Negro (1944), o jornal Quilombo: Vida, Problemas e Aspirações do Negro (1948) e o Museu de Arte Negra (1950). Pelo Teatro Experimental do Negro passaram atores e atrizes consagrados, como Ruth de Souza, Léa Garcia e Aguinaldo Camargo.

“Julgávamos que a viagem de Abdias Nascimento aos Estados Unidos fosse oportunidade para ampliar o sucesso do homem de teatro e do escritor sempre brilhante. Que igualmente fosse oportunidade para dilatação de sua campanha em favor do homem de raça negra. Tudo isso está se sucedendo naturalmente. Nenhum espanto. Surpresa mesmo é Abdias artista plástico”, escreveu em O Jornal o crítico de arte Quirino Campofiorito, em 1969, quando tomou conhecimento de que o intelectual havia estreado uma exposição no Harlem, em Nova York.

Durante sua permanência nos Estados Unidos, Abdias lecionou em instituições americanas, como a Universidade de Nova York, onde fundou a cátedra de Culturas Africanas no Novo Mundo e se tornou professor emérito. Também atuou na articulação de debates dos povos africanos em diáspora, organizando e participando de congressos e seminários nas Américas e na África, que tinham entre seus objetivos o enfrentamento do apartheid na África do Sul. Mesmo assim, o brasileiro considerava que reduzir suas trocas com o movimento negro americano ao inglês seria ser colonizado uma segunda vez e, desse modo, a pintura exerce um papel fundamental, e, nela, os orixás são protagonistas.

O título da exposição, Sortilégio, faz referência a uma peça escrita por Abdias, em 1951, e montada, pela primeira vez, apenas em 1957, após perseguição e censura. Crítica do mito da democracia racial, a obra destaca elementos do candomblé, denuncia o racismo e combate a demonização dos orixás, proposta que reaparece nas artes plásticas do intelectual.

Em foto de José Medeiros incluída na exposição, Abdias, que também era ator, empunhava o tridente de Exu no palco, ato em que o protagonista resistia à assimilação e apagamento cultural pela branquitude hegemônica. Orixá da comunicação e das viagens, a entidade é peça central para entender a pintura de Abdias Nascimento, afirma Deri Andrade, curador-assistente da exposição Terceiro Ato: Sortilégio, assinada também pela curadora-chefe Júlia Rebouças. 

“Abdias trazia essas questões e combatia esse racismo religioso há décadas. Percebe-se isso na produção dele nos anos de 1960, 1970 e 1980, em que ele pensa essas religiões de matriz africana enquanto formas de pensamento, em que se tem cosmologia, psicologia, sociologia. Ele encara essas religiões como uma forma de conhecimento, para além de uma questão religiosa. Ele diz muito isso quando vai reivindicar o papel que as religiões tiveram na construção de uma identidade, de uma história e de uma cultura afro-brasileira”, explica Deri.

“Ele não foi iniciado em nenhuma religião, não ‘fez’ a cabeça, mas sempre esteve muito interessado por isso e entendendo a importância dessas religiões na construção da sociedade brasileira a partir de um protagonismo de pessoas negras e trânsitos de África e Brasil”.

Em declaração preservada pelo Ipeafro, o próprio Abdias define essa relação espiritual-artística: uma coisa sensacional aconteceu comigo. Bloqueado pelo inglês, desenvolvi uma nova forma de comunicação. Descobri que possuía uma outra forma de linguagem dentro de mim mesmo: descobri que podia pintar; e pintando eu seria capaz de mostrar o que palavreado nenhum diria. Uma experiência difícil de explicar. O mais apropriado mesmo é dizer que os orixás baixaram e que pinto em estado de comunicação íntima com os orixás”.

O resultado dessa proposta são cores vibrantes e orixás em ação, como parte das questões do presente vivenciado por ele no exílio. Em Xangô Takes Over, o machado do orixá da Justiça se sobrepõe à bandeira americana. Nos quadros Xangô Crucificado ou o Martírio de Malcolm X e Liberdade para Huey, o intelectual une lideranças panteras negras e orixás na resistência por direitos civis.

O exílio de Abdias Nascimento também incluiu um período na Nigéria, onde lecionou na Universidade Obafemi Awolowo entre 1976 e 1977. Deri Andrade diz que, assim como as lutas por direitos civis nos Estados Unidos e a religiosidade no Brasil, Caribe e América Central, a encruzilhada que o levou ao continente africano modifica seu trabalho com toda uma nova gramática agregada pelos símbolos adinkra, que representam provérbios e sintetizam ideias. Abdias teve contato com tais símbolos em sua passagem por Gana, e a presença deles em sua produção artística se mantém daí em diante. Além dos quadros que usam a simbologia, a exposição traz também documentos que explicam seu significado.

“A pintura de Abdias não tem uma linearidade e acessa vários períodos da vida dele, tanto quando ele pinta no exílio quanto quando retorna para o Brasil. Mas, quando ele retorna, envolve-se mais com a política, torna-se deputado e, depois, senador, cria o Ipeafro. E a produção dele, enquanto artista, tem uma baixa. É no exílio em que ele produz mais”, explica o curador, que, apesar disso, reuniu também obras das décadas de 1980 e 1990 na exposição, que continuará na Galeria Mata de Inhotim até 6 de agosto deste ano.  

Abdias Nascimento era neto de africanos escravizados e paulista de Franca, onde nasceu em 1914. Ao longo da vida, foi agraciado por títulos de doutor honoris causa no Brasil e no exterior, recebeu prêmios de órgãos nacionais e internacionais, entre eles a mais alta honraria outorgada pelo governo do Brasil, a Ordem do Rio Branco no grau de comendador. O intelectual morreu em 2011.

(Fonte: Agência Brasil)

Na cultura coreana, as lanternas coloridas fazem parte de uma festa tradicional, celebrada todos os anos em algumas cidades do país. E são essas lanternas que, agora, ganham uma exposição luminosa no Centro Cultural Coreano do Brasil (CCCB), na Avenida Paulista, em São Paulo. Intitulada Luzes da Coreia – Exposição da Cidade de Jinju, a mostra é gratuita, teve início neste domingo (18) e vai até o dia 20 de agosto.

“A exposição foi feita em colaboração com a cidade de Jinju, maior fabricante de seda coreana. As lanternas expostas aqui no centro são feitas de seda coreana, de Jinju. Além de fazer roupas, o chamado hanbok [roupa tradicional coreana], eles começaram a utilizar a seda para fazer lanternas. Essa cidade tem um dos maiores festival de luzes da Coreia, que acontece em agosto”, explicou Mideum Seo, responsável pela exposição, em entrevista à Agência Brasil.

Para essa exposição em São Paulo, foi criado um túnel com cerca de 1,2 mil lanternas coloridas, que culmina com uma lua cheia e extremamente iluminada onde se forma uma fila para fotos. “Elas [as lanternas] representam a luz, a esperança e a união, e são um símbolo icônico da tradição do nosso país”, disse Cheulhong Kim, diretor do CCCB, em nota.

Ao término da mostra, o visitante se depara ainda com fotos e vídeos mostrando como é o festival em Jinju, com suas tradicionais lanternas flutuantes. “Pelo que sei, ali na cidade de Jinju o festival conta com cerca de 700 mil lanternas acesas”, disse Mideum Seo.

Essa tradição remonta à Guerra de Imjin, em 1592, quando a cidade foi palco de uma invasão japonesa. Foi assim que, para proteger a cidade, as pessoas começaram a iluminar o rio com lanternas. “O público coloca as lanternas no rio da cidade de Jinju. Esse foi o início da tradição”, disse o responsável pela mostra.

Segundo o Centro Cultural Coreano, as lanternas flutuantes foram utilizadas como estratégia militar para impedir que as tropas atravessassem o Rio Namgang.

Mas, além da proteção à cidade, essas lanternas também passaram a servir para espalhar mensagens ou para fazer a comunicação entre familiares que estavam separados pelo rio. “A mãe que estava longe do filho soldado fazia flutuar uma lanterna com cartas”, disse.

Outras informações sobre a exposição podem ser obtidas no site do CCCB.

(Fonte: Agência Brasil)

Até 11 de agosto, estão abertas as inscrições para o 11º Prêmio Luiz de Castro Faria que, este ano, vai homenagear o Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, antigo cais localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Construído em 1811, o cais foi o principal ponto de desembarque e comércio de pessoas negras escravizadas nas Américas. O antigo porto foi importante símbolo da resistência contra a escravidão e da preservação da memória afro-brasileira. Estima-se que um milhão de africanos tenham chegado ao Brasil por meio do Valongo. As inscrições podem ser feitas na página do Iphan na internet (iphan.gov.br).

Promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA) – a edição 2023 do Prêmio Luiz de Castro Faria se relaciona ao Cais do Valongo de várias maneiras.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, disse à Agência Brasil que “pode ser um trabalho histórico, antropológico, arqueológico em si, envolvendo esse tema, esse objeto. A relação pode ser de várias maneiras”, afirmou.

A escolha do Cais do Valongo foi decidida pensando, principalmente, na projeção que esse sítio ganhou nos últimos anos e na importância que ele tem também no momento atual do Brasil, em que o governo federal retoma a valorização da matriz africana. “A gente optou por colocar o Valongo como tema, justamente para fortalecer essa ação, que é prioritária do Ministério da Cultura e do Iphan”, observou Grass.

Recuperação

Ele informou que o Iphan está trabalhando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e em parceria com os ministérios da Cultura e da Igualdade Racial para que se possa avançar, por exemplo, na recuperação do prédio das antigas Docas Dom Pedro II, no Bairro da Saúde, que foi o primeiro edifício erguido sem mão de obra escrava, em 1871, no Rio de Janeiro.

O presidente do Iphan lembrou que, em 21 de março deste ano, foi publicada portaria que reinstituiu o Comitê Gestor do Sítio Arqueológico Cais do Valongo. Cabe ao comitê promover a instalação da estrutura de gestão integral, compartilhada e participativa do sítio; estabelecer as diretrizes para a execução das ações propostas no plano de gestão; monitorar a efetividade das ações governamentais necessárias à preservação e salvaguarda do bem; e promover a articulação entre as políticas municipal, estadual e federal que incidem sobre o sítio arqueológico.

Categorias

O Prêmio Luiz de Castro Faria visa incentivar a produção acadêmica sobre o patrimônio arqueológico brasileiro e reconhecer trabalhos de destaque nessa área.

As inscrições desta edição podem ser realizadas em quatro categorias: Monografia de Graduação, com premiação de R$ 10 mil; Dissertação de Mestrado, premiação de R$ 15 mil; Tese de Doutorado, prêmio de R$ 20 mil; e Artigo Científico, prêmio de R$ 7 mil cada uma, para produções acadêmicas relacionadas à temática indígena e à diáspora africana no Brasil. Trabalhos relacionados a esses temas também podem concorrer às demais categorias.

Além do prêmio em dinheiro, os vencedores de cada setor terão seus trabalhos publicados em uma coletânea. Os critérios de avaliação incluem originalidade, relevância, qualidade técnica e científica, clareza e objetividade na exposição dos resultados, bem como a contribuição para o conhecimento do Patrimônio Arqueológico brasileiro.

A divulgação dos vencedores está prevista para o dia 2 de outubro. Grass estimou que, nas dez edições anteriores, foram premiadas em torno de 50 pessoas.

Quem foi Castro Faria

O museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria (1913-2004) foi um importante articulador das políticas públicas sobre o Patrimônio Arqueológico no Brasil, na década de 1960.

Destacou-se na promoção das pesquisas arqueológicas, desenvolvidas com o Museu Nacional (MN), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição da qual foi pesquisador e diretor. Foi integrante do Conselho Consultivo do antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan.

Planos

Os planos do Iphan para 2023 incluem várias ações. Um dos destaques é a recuperação da política do patrimônio imaterial que, no último ano, recebeu investimentos de apenas R$ 1,7 milhão. “Este ano, a gente está investindo R$ 22 milhões em ações de salvaguarda. Isso tem a ver com a cultura popular”, disse o presidente do instituto.

Os recursos apoiam os chamados detentores da cultura popular, como o carimbó, a capoeira, a festa do boi e baiana do acarajé, entre outros. São 52 bens.

Grass adiantou que, em julho próximo, o órgão vai lançar o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), com R$ 7 milhões para fomentar projetos. “Essa linha estava muito fragilizada”, observou.

O Iphan está retomando, também, o Programa de Educação Patrimonial. No segundo semestre, será realizado o Encontro Nacional da Educação Patrimonial. O Iphan terá, ainda, a retomada do Plano Nacional de Educação Patrimonial e lançará edital para reconhecimento de práticas de educação patrimonial, com valor de, pelo menos, R$ 2 milhões.

Uma terceira ação, que está sendo consolidada com a Casa Civil, é um novo programa de investimentos para obras que o Iphan vai realizar de restauro e conservação, focando, principalmente, em centros históricos.

“Recuperando áreas tombadas, a parte referente aos imóveis e promoção também da habitação de interesse social, ocupação cultural”, explicou.

Em perspectiva, está a inclusão, ainda este ano, da Chapada do Araripe na lista de indicação brasileira a patrimônio mundial, com apresentação oficial da candidatura à Unesco em 2024. A Chapada do Araripe abrange o Ceará, Pernambuco e Piauí e é reconhecida por sua importância histórica, cultural e geológica.

“A gente está retomando tudo. Tinha muita coisa paralisada, desaquecida, e dando continuidade às políticas que estavam ainda de pé e foram sustentadas pelos próprios servidores”, salientou.

(Fonte: Agência Brasil)

O festival Rio Refugia iniciou ações nesse sábado (17), para lembrar o Dia Mundial do Refugiado, que ocorrerá na próxima terça-feira (20). As atividades, que incluem desde uma feira gastronômica a oficinas culturais, brincadeiras para crianças, música, moda e artesanato de vários países do mundo, movimentou o Sesc Tijuca, na zona norte do Rio. É a sétima edição do evento, realizado, anualmente, pelo Abraço Cultural, Pares Cáritas RJ e Sesc RJ, com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

Conforme os organizadores, a intenção é destacar a luta e as conquistas de pessoas que foram obrigadas a deixar seus países de origem em consequência de guerras, graves violações de direitos humanos ou perseguições diversas.

“A gente quer fazer com que as pessoas reflitam sobre as condições de refúgio, promover a integração entre os povos e a cultura da paz. É um grande evento para unir pessoas do mundo inteiro em situação de refúgio, trabalhar bem a questão do respeito, do acolhimento e do próprio abraço”, disse a gerente de Assistência do Sesc RJ, Thais Castro.

A parceria do Sesc com a Cáritas começou na segunda edição do festival. A gerente afirmou que nesse período foi possível observar que o evento é superesperado durante o ano. Os visitantes retornam e trazem outras pessoas, ajudando a dar mais divulgação ao encontro. “As crianças que vinham há cinco anos, hoje já se conhecem e entendem a questão dos direitos humanos, a importância de receber bem todos os povos, que devem ser contra a xenofobia e o racismo. Então, por aí, a gente começa a perceber a eficácia da ação”. 

Na programação de ontem houve palestras de refugiados – um deles falou sobre o livro que escreveu e que está à venda no encontro. Além disso, o público pôde conhecer pratos típicos da gastronomia da Nigéria, Venezuela, Síria, Colômbia, do Haiti e da República Democrática do Congo. “A culinária também promove esse respeito, esse conhecimento que liberta. Então, vamos conhecer a alimentação de outro país, como é o processo, respeitar quem está aqui no nosso país em situação de refúgio e traz um prato típico para apresentar. A gastronomia também é um caminho para respeitar esses povos”, observou.

O público pôde participar, ainda, de oficinas culturais e conhecer os trabalhos de artistas de ritmos latinos e de países do continente africano, com apresentações do DJ angolano Joss Dee e das bandas Saoko e Coral do Rei. “A gente tem multilinguagem, já trabalhou percussão, música, caligrafia, que é muito importante em alguns países, representações específicas como turbantes e artesanato. Trazemos a multilinguagem para mostrar pluralidade no evento”, disse.

A gerente explicou que, durante o ano, a parceria continua para atender os refugiados que chegam ao Brasil, com serviços como a regularização de documentos e o aprendizado do português. “Unimos parceiros importantes, cada um com sua expertise de atuação. Tem o Abraço Cultural na questão da língua, tem a Cáritas com a documentação e o Sesc com toda a multilinguagem. Trabalhamos com o refugiado de forma holística, tentamos fechar o círculo para que ele se sinta bem no país. Sabemos que a geração de renda é superimportante e, por isso, é fundamental que eles apresentem os seus produtos para gerar renda”.

Deslocados

De acordo com a Cáritas, o relatório Tendências Globais da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado este mês e que apresenta dados sobre o refúgio no mundo, apontou a existência de 108,4 milhões de pessoas deslocadas globalmente em razão de perseguições, conflitos, violência, violações dos direitos humanos ou eventos que perturbam a ordem pública.

Entre essas pessoas, 35,3 milhões são refugiadas e 62,5 milhões são deslocados internamente em seus países. Em maio deste ano, o total de deslocados superou os 100 milhões. Havia, ainda, 5,4 milhões solicitações de refúgio e 2,6 milhões com novos pedidos.

(Fonte: Agência Brasil)