Tudo pronto para o início da terceira etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis, competição promovida pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM) com os patrocínios do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A partir das 13h desta sexta-feira (18), a cidade de Santo Amaro, distante 242km de São Luís, vai sediar a principal competição de beach tennis do Estado. As disputas vão ocorrer às margens do Rio Alegre.
Para esta etapa, mais de 200 atletas já estão confirmados na competição que somará pontos para o ranking estadual da modalidade. Para receber os competidores, uma grande estrutura será montada às margens do Rio Alegre. Ao todo, haverá disputas em 22 categorias distribuídas entre os naipes masculino e feminino.
Nesta sexta-feira, a competição terá início às 13h com os duelos válidos pela categoria Mista C. Na sequência, serão realizados partidas das categorias Mista D e Mista B. Já no sábado (19), a etapa de Santo Amado do Campeonato Maranhense de Beach Tennis recomeça bem cedo, a partir das 8h, com disputas das categorias 30+, 40+, 50+, além dos confrontos dos naipes Masculino e Feminino. As finais dos torneios serão somente no domingo (20).
“Vai ser uma competição incrível às margens do Rio Alegre, em Santo Amaro. A cada etapa, o nível da competição tem aumentado e, com certeza, teremos mais uma bela competição. Estamos ansiosos para ver Santo Amaro respirando o beach tennis. Ficamos felizes em contar com o Governo do Maranhão e com o Grupo Mateus como patrocinadores por acreditarem e valorizarem, cada vez mais o nosso esporte”, afirmou Menezes Junior, presidente da FBTM.
Antes de chegar a Santo Amaro, houve etapas do Campeonato Maranhense de Beach Tennis nas cidades de Imperatriz e de São Luís. Nesta temporada, ainda haverá a realização da quarta e última etapa no mês de setembro, em Balsas.
Vale destacar que os quatro eventos somam pontos para o ranking estadual, que definirá os atletas da equipe maranhense que serão convocados para o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Beach Tennis, que ocorrerá em Recife (PE), entre os dias de 2 a 5 de novembro.
Transmissão ao vivo
Como forma de divulgar a modalidade, a terceira etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis terá transmissão ao vivo pelo novo canal Linha dos 3, no YouTube. “O Linha dos 3 é um canal 100% maranhense ligado aos esportes de areia. A estreia das transmissões ocorreu justamente na segunda etapa do Estadual e continuar nesta etapa em Santo Amaro. Estamos conseguindo valorizar a nossa modalidade e, com isso, vamos alcançar ainda mais pessoas e divulgar ainda mais as nossas competições”, explicou Menezes Junior.
Com a retomada da aposta do governo federal no funcionalismo público, houve melhora no ânimo dos concurseiros, termo cunhado para designar quem persegue o sonho de se tornar servidor público. Nos últimos meses, foram anunciadas diversas oportunidades, o que faz com que as pessoas que desejam a aprovação comecem a planejar os estudos ou reforcem a memorização dos conteúdos que precisam ter na ponta da língua.
Dar conta de conteúdo e ter controle sobre as emoções significam um caminho que parte dos concurseiros prefere encarar na companhia de outras pessoas que passam pela mesma etapa e compreendem as pressões que vivenciam.
Em alguns casos, quando se entende que se está em desvantagem quanto aos demais candidatos e não se tem condições de pagar um cursinho preparatório, o jeito é procurar um cursinho popular. E, embora o propósito seja absorver conteúdos, a experiência pode ir além e adentrar o campo da política.
O cursinho popular Ivone Lara, em Itaquera, em São Paulo, é pensado para atender candidatas que prestam concurso nas áreas de serviço social e psicologia. Alline Evelyn Santos, que integra o grupo de professores, dá aulas lá e comenta que migrou para o cursinho voltado a concursos depois de lecionar em outro, que tinha como alunos pessoas que se preparavam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Nós vamos receber também pessoas da Pedagogia nesse segundo semestre”, ressalta Alline.
Rotina de estudos
Em geral, os concurseiros adotam uma rotina de horas de estudo, virando até a madrugada lendo livros, apostilas, anotações e esquemas de memorização. Há quem abandone o emprego para se dedicar exclusivamente aos estudos.
Embora existam concursos que exijam mais, como o do Instituto Rio Branco, de ingresso na carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, decorar e assimilar conteúdo é um desafio. Para muitas pessoas, uma prova pode ser a única chance que tem em um bom tempo para progredir na vida e envolve, muitas vezes, até viagem ao local do teste, já que se mora em outra localidade, o que indica todo um planejamento, inclusive com gastos.
Aluna do Ivone Lara, a assistente social Raquel Fernandes mora no Itaim Paulista, na zona leste da capital paulista, e se formou em 2016. Atualmente, trabalha em sua área, em uma instituição que tem convênio com a prefeitura municipal. Ela entrou no cursinho há um ano e meio por indicação de um amigo.
Duas vezes por semana, ela vai às aulas no cursinho. Um dos dias é reservado para aulas de matemática e língua portuguesa e o outro para conhecimentos específicos de sua área de atuação. “Eventualmente, o cursinho também tem os ciclos formativos, que são aulas abertas para a população que queira participar. São temas também voltados à área de serviço social, que são também importantes para a gente debater enquanto coletivo, sociedade”, ressalta.
Devido à carga de trabalho de seu expediente, Raquel busca se organizar e conciliar a vida pessoal e profissional com os estudos para concurso. Por isso, tenta guardar, no mínimo, três horas semanais para colocar o conteúdo em dia, pelas manhãs ou nos fins de semana, quando também descansa do trabalho.
“Entrei no cursinho com o pensamento de que eu iria só estudar para concurso público. Hoje tenho uma outra visão do que ele é. Lá, além da formação continuada, a gente tem a troca de conhecimentos, tenta levar à população temas importantes, como o combate ao racismo, o combate à LGBTQIfobia. A gente busca ocupar espaços para levar o nome do nosso cursinho e o que a gente realiza lá", afirma. "Toda a construção [do cursinho] é feita no coletivo”, finaliza.
“Dedico esse DVD a você, minha companheira, que me levanta para eu cantar por aí, porque tive época em que estava desanimado e essa mulher dizia: você vai cantar, você precisa cantar, precisa sair, não fica deitado nessa cama, vai compor. Quando faço um samba novo, ela é a primeira a ouvir. Diz: vai em frente meu filho, vai produzir. Obrigado, meu amor, por tudo, minha companheira!”.
A dedicatória de Hildemar Diniz para Olinda da Silva Diniz foi feita em 2011, na gravação de um DVD, no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio. E não foi a única nos 27 anos de relacionamento do casal. Hildemar é o grande compositor e cantor Monarco, baluarte e ex-presidente de honra da Portela, que se fosse vivo completaria 90 anos nesta quinta-feira (17). Nos anos em que viveram juntos também não faltaram composições em homenagem a ela. “Nós vivemos um grande amor. Nós vivemos uma vida linda”, disse Olinda em entrevista à Agência Brasil.
Em outra dedicatória, numa foto que deu para a mulher, escreveu: “Linda eternamente, Olinda. Sonho que se realizou em minha vida. Você é o grande amor que Deus me deu. Beijos do seu querido amor. Monarco. 17/12/96”.
“Eu guardo essa foto que ele me deu de presente. Fora os bilhetinhos muito amorosos que guardo com muito carinho”, contou Olinda, para quem Monarco estava muito “lindinho, parecia um menininho” na foto.
O início do namoro demorou uns dois anos porque Olinda resistia, achando que não daria certo. Afinal, já tinha três filhas e um casamento desfeito. A persistência de Monarco acabou mostrando que estava errada. “Nós começamos a namorar no Jacarezinho [comunidade da zona norte do Rio], na Rua Santa Laura. Me lembro bem que ele me roubou um beijo”, disse, acrescentando que uma amiga deu força para ela aceitar o namoro, antevendo que seria muito feliz com Monarco.
Casamento
Ainda assim, namoraram durante dez anos, até que se casaram na quadra da Portela, com direito a participações do cantor e compositor Paulinho da Viola, da cantora Beth Carvalho, do cartunista Lan e do compositor Guilherme de Brito. “Ele me disse: você é a mulher da minha vida. Vamos casar? Eu falei: agora, só se for agora”, comentou, sorrindo, sobre o pedido feito pelo companheiro.
Monarco morreu no dia 11 de dezembro de 2021, em consequência de complicações após uma cirurgia de intestino. “Eu me emociono a cada vez que falo nele. Um ano e oito meses fez agora, dia 11, que a gente se despediu com lágrimas nos olhos e eu dizendo para ele o quanto o amava e o quanto era importante na minha vida. Era não, é”, afirmou.
“Ele dizia toda manhã: pretinha eu já te disse hoje o quanto te amo? Como sinto saudade de ouvir isso todos os dias. E eu dizia para ele: meu filho, eu sou a mulher mais feliz, porque amo você também. Eu pude dar a ele a alegria de ser amado”.
Compositor
A carreira começou cedo. Aos 8 anos, compôs o primeiro samba. Numa entrevista, em janeiro de 2016, à Agência Brasil, Monarco contou que tinha 12 anos quando se mudou de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para Oswaldo Cruz, na zona norte do Rio. A casa ficava bem perto da quadra da escola, conhecida atualmente como Portelão. “Era só descer e, em cinco minutos, estava dentro da Portela”, lembrou, na época.
Antes de se mudar para Oswaldo Cruz, morava em Nova Iguaçu onde já ouvia, pelo rádio, músicas que se referiam à escola e que despertaram o seu amor pela azul e branco. “Quando cheguei a Oswaldo Cruz, disse aos meus irmãos que ali era a Portela. Fui com a minha família. Eu era o menor”.
Parte da história da Portela pode ser contada também pelos sambas de Monarco, que enaltecem a escola e o Bairro de Oswaldo Cruz. O primeiro foi em 1952. O compositor fazia questão de destacar que, embora se fale da azul e branco como escola de Madureira, a origem é outra. “Oswaldo Cruz foi onde ela nasceu. Queira ou não queira, não se pode renegar o lugar em que nasceu. Eu gosto muito de Madureira, mas ela tem as raízes fincadas em Oswaldo Cruz”, afirmou, acrescentando que os dois bairros cresceram muito e se misturaram.
Surpresa
Quando se conheceram, Olinda não sabia que ele era um compositor de destaque no mundo do samba. Ficou surpresa ao saber que a música Fim de Sofrimento, da qual gostava muito e pensava ser de Beth Carvalho, tinha sido composta por ele. “Eu quase caí dura e fiquei com a cara vermelha”, comentou, destacando que, na gravação do DVD, ele a surpreendeu cantando a música e ainda dedicando a ela.
Homenagens
A lista de definições de Monarco mostra o quanto o artista é reverenciado. “Esse homem é de um caráter imensurável, de dignidade, carinho, amor, respeito. Eu não tenho mais adjetivos para qualificar essa pessoa linda chamada Hildemar Diniz, o Monarco da Portela, o meu grande amor”, disse Olinda.
“Monarco é matéria obrigatória para quem trabalha com samba, na qualidade musical e de letras fantásticas. Era uma pessoa extraordinária, fantástica e muito generosa. Além de tudo, era um grande cantor, com uma extensão vocal muito marcante. Era completo. Realmente, dá saudade. Estou feliz de ir lá para homenageá-lo”, disse a cantora Nilze Carvalho à reportagem, destacando que as letras tinham simplicidade porque falavam direto ao coração, mas as melodias tinham certa complexidade.
“Pessoa de um talento incrível”, disse a pesquisadora da Música Popular Brasileura, compositora e escritora Marília Trindade Barboza.
“O legado que ele deixou marca não só pela questão musical, mas de conduta pessoal. A humildade, a personalidade dele, não se fazia humilde, era humilde. As pessoas dizem que a unanimidade é burrice, mas ele era unânime. Todos gostavam dele”, disse o compositor e produtor musical Mauro Diniz, filho de Monarco.
A pesquisadora contou ainda que quando se preparava para fazer a biografia de Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela, fundador da azul e branco, foi à quadra da escola e conheceu a Velha-Guarda, que tinha Monarco como líder. “Ele me ajudou a conduzir o trabalho, me apresentou às pessoas certas e, de lá pra cá, tivemos uma troca muito grande”, afirmou, lembrando que Monarco tinha em Paulo da Portela um ídolo.
A importância das obras deixadas por Monarco é também unanimidade. “E fico feliz de as pessoas não deixarem esse legado morrer. Aquela voz maravilhosa, aquele timbre, aquele grave na voz que ninguém tem”, observou Olinda.
90 anos
Para marcar os 90 anos de Monarco, amigos, parentes e admiradores se reúnem nesta quinta-feira (17) em um show. O espetáculo, marcado para começar às 18h30, será no auditório do 9º andar da sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio. A organização é do ex-presidente da Portela e diretor cultural da Liga das Escolas de Samba do Rio (Liesa) e da Federação Nacional das Escolas de Samba (Fenasamba), Luiz Carlos Magalhães, da pesquisadora Marília Trindade Barboza, de Olinda e de um grupo de amigos do compositor portelense.
A direção musical é do produtor e compositor Mauro Diniz e do músico Paulão 7 Cordas. “A gente tem uma expectativa muito boa de que seja uma homenagem por tudo aquilo que ele plantou e deixou pra gente”, disse o filho.
Ele contou que se tornou músico por influência do pai, apesar de preferir que o filho “fosse doutor”. “Quando viu, eu já estava tocando um pouco, estava escrevendo uma coisinha e depois nos tornamos parceiros. Uma coisa muito bonita. Temos vários sambas inéditos”, relatou.
Marília Barboza lembrou que, coincidentemente, a ABI foi o primeiro emprego de carteira assinada de Monarco, quando tinha 15 anos. “Ele teve lá um dos momentos mais felizes, porque era criança, tinha 15 anos e ali teve chances maravilhosas. A ABI era uma coisa efervescente naquele tempo, os jornalistas e intelectuais iam para lá e ele arrumava a mesa para [Heitor] Villa-Lobos jogar bilhar. Ele conheceu os grandes ícones do jornalismo, o pessoal da Academia Brasileira de Letras”, comentou a pesquisadora.
Já estão confirmadas as apresentações da Velha-Guarda da Portela, de Nilze Carvalho, Dorina, Toninho Geraes, Tânia Machado, Didu Nogueira, Marquinhos Diniz, Eliane Farias, Iracema Monteiro, Léo Russo e Pedro Paulo Malta, entre outros. O encerramento será com a escola de samba mirim da Portela, Filhos da Águia. “A ideia é mandar a música do Monarco para o futuro”, afirmou Marília.
“Estou cultivando a memória dele. Isso está me fazendo feliz. Não quero que esse legado, que ele deixou para nós e para o universo, se apague. O sonho de Monarco era ver um jovem cantando um samba dele”, disse Olinda.
A entrada é franca e quem não for ao local, poderá assistir ao show ao vivo pelo canal ABITV no YouTube.
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) descobriram no município de São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul, um fóssil que faz parte do grupo precursor dos pterossauros, ou répteis voadores. “Só que esse animal [descoberto] não era voador”, informou, nesta quarta-feira (16), à Agência Brasil o paleontólogo do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), Rodrigo Temp Müller, líder do grupo. A descoberta foi publicada na edição de hoje da revista científica Nature, o que representa, segundo Müller, uma conquista bastante importante para o Brasil, em termos de ciência de maneira geral. “São poucos os estudos do Brasil que foram publicados nela [Nature], revista mais importante do mundo acadêmico”. No mesmo local, já foram encontrados fósseis de dinossauros primitivos, parentes de crocodilos com placas dérmicas, outros precursores de pterossauros e répteis herbívoros chamados rincossauros.
Müller explicou que havia pouca informação até então a respeito da anatomia desses animais, principalmente do crânio e das mãos, e destacou que “esse material descoberto traz muita informação nova”. Os pesquisadores constataram que ele teria um bico raptorial, que lembra as aves de rapina atuais, “que é algo totalmente inesperado naqueles animais”. Já as mãos são proporcionalmente grandes, com garras bem desenvolvidas. Os cientistas estimam que essas garras poderiam servir para escalar árvores ou manusear presas. O paleontólogo salientou que esse é o fóssil de um precursor dos pterossauros mais bem preservado. “Agora, pela primeira vez na história, a gente está conseguindo ter uma visão mais clara de que foram essas formas primitivas aos pterossauros. Ele é um fóssil muito importante, porque mostra onde foi que surgiram os pterossauros. Até então, isso era muito turvo. A gente não tinha uma ideia clara de como eles eram. E, agora, a gente está conseguindo ver”.
De acordo com a equipe do Cappa/UFSM, dinossauros e pterossauros são alguns dos organismos fósseis mais populares, tendo dominado a Terra durante a Era Mesozoica por aproximadamente 165 milhões de anos, sendo extintos 66 milhões de anos atrás, após o impacto de um enorme asteroide.
Morfologia
Juntando os dados desse fóssil com outros precursores de pterossauros e dinossauros de outros lugares do mundo, Müller informou que os paleontólogos conseguiram quantificar a diversidade morfológica desses precursores. “E, quantificando, a gente reparou que ela é mais alta do que o dos dinossauros do período triássico e se equipara à dos pterossauros. É interessante porque mostra que aquela ideia de que formas primitivas seriam simples, não muito complexas, cai por água abaixo. Porque a gente vê que, na verdade, há uma diversidade muito grande quando esses animais estavam surgindo, que a gente não conhecia até então”.
Sob a liderança de Rodrigo Temp Müller, o estudo envolveu também os cientistas Martín D. Ezcurra, Federico L. Agnolín e Fernando E. Novas, do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia, Argentina; Mauricio S. Garcia, da UFSM; Michelle R. Stocker e Sterling J. Nesbitt, do Virginia Tech, Virginia, Estados Unidos; em Marina B. Soares e Alexander W. A. Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A gente precisava de mais dados de outros animais para desenvolver análises mais aprofundadas e poder colocar o fóssil em um contexto evolutivo mais amplo”, disse Rodrigo Temp Müller.
Serão feitas réplicas do fóssil, batizado de Venetoraptor gassenae, para exibição nas instituições participantes do estudo. Venetoraptor significa o raptor de Vale Vêneto, em referência a uma localidade turística chamada de Vale Vêneto, no município de São João do Polêsine. Já o nome gassenae homenageia Valserina Maria Bulegon Gassen, uma das principais responsáveis pela criação do Cappa/UFSM.
Esculturas do esqueleto do fóssil já estão no centro de pesquisas da UFSM e na Argentina. Outra réplica dos ossos do esqueleto será doada para o Museu Nacional do Rio de Janeiro que, em contrapartida, doará uma réplica em vida da nova espécie. O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, destacou a importância da participação no estudo, "inclusive pelo fato de haver uma troca de réplicas que ficarão expostas tanto na nossa instituição, como também no Cappa”.
Importância
O Venetoraptor gassenae é único no mundo, embora tenha parentes próximos em outros lugares, como Argentina e Estados Unidos. Mas não são tão bem preservados. Não se conseguia ver neles boa parte do esqueleto, afirmou Müller. Os pesquisadores vão continuar fazendo trabalho de campo nesse sítio para ver se encontram mais indivíduos da mesma espécie ou outras partes do esqueleto do fóssil. O precursor do pterossauro teria um metro de comprimento e pesaria entre quatro e oito quilos. Os cientistas descobriram que o animal não voava pelo estudo da anatomia do membro anterior dele que não suportaria uma membrana, ou couro, que forma a asa.
Segundo o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, a descoberta reforça a ideia que o Brasil está conseguindo produzir ciência de ponta, assim como os países desenvolvidos. “É importante mostrar que, em meio a tudo, o Brasil consegue fazer pesquisas. Daí a importância de se financiar pesquisa aqui no país”.
O estudo teve financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), da Agencia Nacional de Promoción Científica y Técnica e da Paleontological Society.
Música, cultura e lazer para a população da cidade de Bacabal (MA), gratuitamente. Este é o objetivo do projeto Praça Musical, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Construnorte Materiais de Construção por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que ocorrerá nesta sexta-feira e sábado (18 e 19), a partir das 19h, na Praça da Bíblia.
A ideia do Praça Musical é bem simples: proporcionar shows musicais gratuitos às pessoas e valorizar artistas locais. Tanto na sexta, quanto no sábado, cantores de Bacabal e região vão subir ao palco montado na Praça da Bíblia para se apresentarem.
Na sexta, a programação do Praça Musical contará com os shows de Rafael e Caroline Leão, Frahm Almeida e Neris Souza. Já no sábado, mais três grandes apresentações: Karina Oliveira, Nadielle Dias e Acácio Badalado.
Praça Musical
Como o nome do projeto já sugere, o Praça Musical é uma iniciativa que realizará eventos musicais gratuitos na cidade de Bacabal, dando uma oportunidade para que cantores e bandas locais de diversos gêneros se apresentem ao público e ganhem visibilidade na divulgação de seus trabalhos. Os artistas contarão com toda a estrutura de palco, som e iluminação para realizarem seus shows ao público presente da melhor forma possível.
Além das apresentações musicais de diversos gêneros, como MPB, samba, pagode, forró, sertanejo e pop rock, que prometem muita diversão e entretenimento ao público de todas as faixas etárias.
O judoca maranhense Antônio Eduardo Rocha (-66kg), da Academia Monte Branco, foi convocado para defender a Seleção Brasileira no Campeonato Pan-Americano Cadete Sub-18, que será realizado entre os dias 7 e 10 de setembro, em Calgary, no Canadá. Atual campeão pan-americano e brasileiro Sub-18, Antônio é um dos 19 atletas selecionados pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para o evento continental, sendo 10 para o torneio masculino e nove para a disputa feminina.
Essa é a segunda convocação de Antônio Eduardo Rocha para a Seleção Brasileira de Judô em pouco menos de um mês. Em julho, o judoca maranhense foi chamado para integrar a equipe do Brasil no Campeonato Mundial Sub-18, evento que contará com os melhores atletas dessa categoria e ocorrerá entre os dias 23 e 27 de agosto, na cidade de Zagreb, na Croácia.
Antônio Eduardo Rocha é um dos principais nomes da Seleção Brasileira Sub-18 de Judô e acumula conquistas no cenário nacional da modalidade. No início de junho, o atleta maranhense sagrou-se campeão da Copa Pan-Americana Sub-18 de Judô, competição realizada na Arena de Esportes da Bahia, em Lauro de Freitas, e que integrou o Circuito Pan-Americano de Judô, sob chancela da Confederação Pan-Americana de Judô. Na grande final do evento, Antônio precisou de apenas 17 segundos para aplicar um ippon e derrotar Elias Moreira Neto, de Mato Grosso do Sul.
Excelentes resultados
Vale lembrar que em 2022, o judoca maranhense já havia sido destaque no cenário nacional. Antônio Eduardo Rocha chegou a ser convocado para integrar a Seleção Brasileira de Base que participou do Circuito Europeu de Judô e do Campeonato Mundial Cadete Sub-18 de Judô, em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, onde ele foi o único atleta nordestino na competição internacional. Na temporada passada, o atleta da Academia Monte Branco ainda foi campeão do Meeting Nacional, vice-campeão da Seletiva Nacional Sub-18 e vice-campeão pan-americano Sub-18.
São Paulo é a maior cidade da América Latina e, ainda assim, a disputa por espaços e a marginalização de uma parcela de pessoas parecem não terminar. Com o objetivo de proporcionar, ao menos, um canto de alegria, arte e lazer às pessoas em situação de rua na capital, começa, hoje (16), o Festival Cultura e Pop Rua, organizado por coletivos, movimentos sociais, instituições culturais, pelo Museu da Língua Portuguesa e o Sesc SP, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo.
O festival tem início com o minicurso Ações e estratégias para a ação cultural com a população em situação de vulnerabilidade social, ministrado por integrantes do Arts & Homelessness International (AHI) e que conta com a participação de Patrick Chassignet, chefe do setor Da rua à moradia, do Departamento de Missões Sociais da Fundação Abbé Pierre. O público também poderá assistir à peça Cena ouro - Epide(r)mia, da Cia. Mungunzá, no Teatro de Contêiner, às 19h.
Um dos lugares que compreendem que a população em situação de rua merece mais do que itens básicos de sobrevivência e que hoje também realiza o encontro Poesia, Boteco e Cinema em Fluxo, no âmbito do festival, a partir das 17h30, é o Bar da Nice, comandado pela empresária Nice Souza, de 49 anos. O local tornou-se um ponto de referência, tanto em termos de resistência e cultura como de acolhimento e humanização de usuários de drogas da região batizada de Cracolândia. A Cracolândia, com frequência, tem tido que lidar com a chegada de policiais e sua deflagração de guerra contra o tráfico e o que mais a abordagem dos agentes implique, o que geralmente significa truculência.
Nice cede espaço à realização de saraus, à exibição de filmes e pagode aos dançantes. Além disso, deixa à disposição da clientela livros de poesia, mais uma vez demonstrando que está de corpo e alma na mobilização mundial em defesa dos direitos das pessoas em situação de rua.
Em entrevista concedida à Agência Brasil, Nice comentou como seu bar acabou virando um lugar dos que mais contribuem para a política de redução de danos entre os usuários de drogas da região, objetivo que, muitas vezes, o sistema de saúde, de modo geral, não consegue atingir. Ex-prostituta e nascida em Belo Horizonte, a empresária permite que se perceba o que faz toda a diferença é a fineza, a brandura e o respeito pelo outro. "Eu me tornei isso pela empatia de oferecer um banho, uma comida. Não vendo a comida, eles comem comigo", resume ela, sem querer, quanto ao que representa em um contexto de tanta violência.
“Eles dizem: madrinha, deixa eu fazer alguma coisa [ajudar] ou ficar um tempinho aqui?”, acrescenta ela, ao defender que a principal medida a beneficiar o grupo é oferecer moradia, já que, pela sua experiência de mulher rejeitada pela mãe, que fervia os copos após ela usar e disse que "a porta é a serventia da casa", por não aceitar que fosse profissional do sexo, muitas dessas pessoas não desejam voltar a morar com a família que têm.
A história de Nice em meio a balcão de atendimento, mesas, mordidas em petiscos e o tilintar de vidros teve início pouco antes da pandemia de covid-19. Um amigo seu fez proposta a ela, já que sua esposa desistiu de tocar o negócio do casal.
Nice topou o desafio. Certo dia, logo depois de assumir o comando do comércio, a polícia realizou uma operação na Cracolândia, para dispersar o fluxo de usuários. Alguns dos usuários se refugiaram no bar, esperando a poeira de violência baixar.
Então, seis meses antes da crise sanitária, Nice resolveu fazer o primeiro evento do bar com a população em situação de rua. "Eles gostam de ser reconhecidos", afirma. “Tem tanto talento aqui”.
A organização do evento também pensou em ações de serviço à população, como vacinação e regularização de documentos. Quem quiser conferir toda a programação do festival pode acessar o perfil no Instagram.
Começa, nesta quarta-feira (16), a sexta edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), que é atualmente uma referência no calendário cultural do país. Desde que surgiu, em 2016, o evento cresceu em tamanho e, mesmo após dois anos de hiato devido à pandemia de covid-19, já mostrou novamente em 2022 sua capacidade de criar, em meio a paisagens da Chapada Diamantina, um palco para debates qualificados sobre a cena literário do país.
O homenageado deste ano é o compositor José Carlos Capinan, que tem trajetória vinculada ao movimento tropicalista. Ele é parceiro na autoria de canções com Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jards Macalé, Edu Lobo, Paulinho da Viola, João Bosco, Francis Hime, Gereba, Torquato Neto e Zé Ramalho, entre outros. É autor de nove livros, como Confissões de Narciso, Terra à vista, Inquisitorial e Vinte canções de amor e um poema quase desesperado, onde conta informações de bastidores do processo de criação de várias canções da Música Popular Brasileira (MPB).
Aos 82 anos, Capinan é imortal da Academia de Letras da Bahia. “É um guerreiro da lírica literária, um guerreiro poético da lírica literária. Ele é um poeta engajado e um poeta que dialoga com as diferentes gerações”, diz a curadora da feira, Ester Figueiredo.
Atividades
As atividades da Fligê são realizadas na cidade de Mucugê e na Vila de Igatu, distrito do município vizinho Andaraí. Desta vez, o público irá se envolver em discussões sobre conexões entre literatura e música. “Observamos que muitas manifestações musicais têm um diálogo muito forte com o livro. E aí, queremos discutir também o ritmo do romance, o ritmo da narrativa literária, o som da narrativa literária, os modos de ler que perpassam também por diferentes suportes”, diz a curadora.
Oficinas, desfiles e shows agitam o primeiro dia da sexta edição. A cerimônia oficial de abertura vai ocorrer no segundo dia, na quinta-feira (17). As atividades se encerram no domingo (20). Toda a programação, que vai além das mesas literárias, está orientada pelo tema literatura e música. Isso inclui, por exemplo, os filmes que serão exibidos na Fligê Cine e as atividades da Fligêzinha, que terá brincadeiras, contação de histórias e outras atrações voltadas para o público infantil.
Haverá, ainda, mostras estudantis, saraus e concertos que transitam entre a música clássica e o cancioneiro popular, passando pelo cordel e pelo repente. “Serão momentos muito ilustrativos dessa construção curatorial deste ano”, observa Ester.
A curadora destaca o trabalho de artistas que transitam entre e literatura e a música. “Você tem o Arnaldo Antunes que estará com a gente na Fligê como escritor. Ele também é um representante da cena musical. Mas Arnaldo Antunes é um escritor que já foi laureado com o Prêmio Jabuti. O Chico César tem livros dedicados ao público infantil. Tem o Emicida, não é? Ele não está com a gente nessa edição, mas também é cantor, compositor e escritor", observa.
Outro nome de peso confirmado é o jornalista e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. Ele é autor da obra Quem Foi que Inventou o Brasil? A Música Popular Conta a História da República e participará de uma mesa sobre o assunto. Também estarão presentes a cantora e compositora Letrux e o escritor baiano Itamar Vieira Junior, que venceu o Prêmio Jabuti em 2020 com o romance Torto Arado. Ele está lançado seu novo trabalho intitulado Salvar o Fogo.
“A presença de Itamar neste ano é pra gente realçar a melódica do seu romance, mostrando que quando o leitor se encontra com o livro ele faz pausas, ele vê ritmos no diálogo dos personagens. E o Torto Arado, bem como o Salvar o Fogo, tem como contexto o cenário da Chapada Diamantina. Ele segue o percurso, vamos dizer assim, do Rio Paraguaçu. E esse Rio Paraguaçu é um rio totalmente baiano: nasce no coração da Bahia, que é na Chapada Diamantina, e deságua na Baía de Todos os Santos”, avalia Ester.
Um dos assuntos em debate no evento deverá se dar em torno das possibilidades tecnológicas. A inovação tem permitido que escritores explorem novos formatos. No ano passado, por exemplo, o rapper MV Bill lançou um livro de crônicas intitulado A Vida Me Ensinou A Caminhar, onde ao término de alguns capítulos há um QR Code para acesso a uma de suas canções que teria relação com o texto. Autores dedicados ao público infantil também têm apostado em livros com dispositivos interativos que emitem sons e músicas. “Essa possibilidade da tecnologia musical provocar novos formatos de produções literárias é uma das discussões que a gente está apresentando também na programação”, diz Ester.
Educação literária
Desde a sua primeira edição, a Fligê levanta a bandeira da educação literária como direito à formação humana e coloca em discussão o acesso ao livro à diferentes públicos. Segundo Ester, mesmo na pandemia de covid-19, foram realizadas atividades em formato remoto para promover encontros do público com os escritores e os livros. Ela explica que existe na Bahia uma Rede Colaborativa de Feiras e Festas Literárias, por meio da qual há uma troca de experiências entre os curadores e produtores de eventos de diferentes cidades.
“A Fligê tem uma importância muito significativa para o Estado da Bahia, porque provocou um deslocamento dos eventos literários. Até o ano de 2016, eles eram todos realizados na Região Metropolitana de Salvador ou no Recôncavo da Bahia. Então, com esse deslocamento das cenas literárias para o interior da Bahia, a Fligê impulsionou a realização de outros eventos como em Canudos e em Caculé, abrangendo diferentes territórios do Estado. É um evento que tem uma presença forte na Bahia, mas tem ampla participação de outros Estados e presença de escritores do mercado internacional”, acrescenta a curadora.
Ester observa que, desde a primeira edição, o projeto curatorial da Fligê se apresenta por meio de um tema e de uma homenagem, que devem estar relacionados. Em 2018, por exemplo, a feira exaltou a escritora Conceição Evaristo enquanto debatia Literatura e Resistência. Em algumas edições, os homenageados foram celebrados de forma póstuma, a exemplo de Castro Alves e Euclides da Cunha.
Da mesma forma, no ano passado, dois pesquisadores foram escolhidos para serem agraciados in memoriam: a bióloga Lygia Paraguassu Batista, falecida em 2021, e o físico Ivanor Nunes de Oliveira, em 2020. Neste ano, o escolhido foi o compositor, poeta e músico José Carlos Capinan, imortal da Academia de Letras da Bahia.
A atriz Léa Garcia, de 90 anos, morreu nesta terça-feira (15), na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde seria homenageada hoje com o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema da cidade. A morte foi divulgada na conta oficial da atriz no Instagram, que não informou a causa da morte.
Léa Garcia tem uma história antiga com Gramado, conquistando Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. A artista tinha no currículo mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão.
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira.
Premiações
Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes.
A estreia em televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na mesma emissora, participou também do programa Vendem-se Terrenos no Céu, em 1963. O convite para trabalhar na Rede Globo ocorreu em 1970, quando ela integrou o elenco de Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes. O maior sucesso da carreira ocorreu na novela Escrava Isaura (1976), um fenômeno de audiência no Brasil e no exterior.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse nessa segunda-feira (14) à noite, em Vitória (ES), que a descentralização do fomento do setor cultural é uma das prioridades da pasta.
“A função [para a qual] estamos com mais determinação no momento é essa descentralização, essa melhor distribuição do fomento, porque há um histórico muito grande de concentração. Não vamos deixar de apostar onde já existe, mas queremos também abrir oportunidades para todos os Estados, para todas as regiões do Brasil, para que todos tenham acesso”, disse ela.
Margareth Menezes participou na noite de ontem (14), na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), do lançamento do calendário da Conferência Estadual de Cultura do Estado.
Mais cedo, no Encontro Nacional de Gestores da Cultura, evento que também está sendo realizado na Ufes, a ministra afirmou que novos equipamentos culturais deverão ser construídos em comunidades carentes de todo o país. Isso deve ser feito por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Não adianta só fazer o fomento. É preciso prover as cidades de equipamentos de cultura. Queremos chegar nas favelas e pequenas cidades. Teremos os Centros de Artes e de Esportes Unificados (Ceus) da Cultura e os Ceus ambulantes, como carros e barcos levando cultura para todos os lugares do Brasil”.
Segundo Margareth Menezes, a ideia é diminuir as desigualdades no país. “A arte deve contribuir para pautas centrais que façam o Brasil avançar. Parte desses avanços é a superação de um histórico perverso de desigualdade que persiste há tantos séculos. Os eventos de cultura não podem perpetuar essa desigualdade”, afirmou.
O Primeiro Encontro Nacional de Gestores de Cultura reúne, em Vitória, centenas de gestores municipais e estaduais de Cultura, de todos os Estados brasileiros, para discutir políticas públicas para o setor. No primeiro dia de evento, um dos temas principais em discussão foi a descentralização e a democratização do acesso à cultura.