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A equipe do B9 conquistou o título do torneio de travinha Sub-15 da segunda edição do Praia do Futebol, competição patrocinada pelo governo do Estado, pelo Grupo Audiolar e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. A decisão ocorreu na manhã do último domingo (29), na Praia do Calhau, em São Luís. Na grande final, a garotada do B9 superou o Flamengo por 3 a 1 para garantir o título. 

Dono da defesa menos vazada da competição, o B9 aproveitou esse fator para se impor diante dos seus rivais. Nas semifinais, vitória magra sobre o Comercial por 1 a 0 e vaga assegurada para a final, onde encarou o Flamengo, que havia derrotado o Juventude nos pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo normal. 

No duelo decisivo contra o Flamengo, a equipe do B9 não deu chances ao adversário e, com gols de Carlos Fernando e William Gabriel (2), fez 3 a 1 para soltar o grito de campeão. O único gol marcado pelo Flamengo foi assinalado por Marcos Vinicius. 

Após a final do torneio de travinha Sub-15, foi realizada a solenidade de premiação. Além dos troféus entregues às equipes finalistas, foram premiados os destaques individuais da competição: Rômulo (Flamengo) foi escolhido o Melhor Jogador; Paulo Ricardo (Juventude) terminou como Artilheiro; e Zé Carlos (B9) foi o Melhor Técnico.    

Adulto Feminino

Se por um lado as disputas do torneio de travinha Sub-15 chegaram ao fim, no domingo também rolou a abertura da competição da categoria Adulto Feminino. Quatro partidas movimentaram a primeira rodada da fase de grupos. Os resultados foram os seguintes: Jeito Moleque 2 x 0 Espias, IJC 3 x 3 Brutos, Fênix 3 x 1 Boa Esperança e CT Sports 3 x 3 Atlético Cohab. 

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RESULTADOS TRAVINHA SUB-15 (Campo 1)

Comercial 0 x 1 B9 (semifinal 1)

Juventude 2 (0p) x (1p) 2 Flamengo (semifinal 2)

B9 3 x 1 Flamengo (final) 

RESULTADOS ADULTO FEMININO (Campo 2)

Jeito Moleque 2 x 0 Espias

IJC 3 x 3 Brutos

Fênix 3 x 1 Boa Esperança

CT Sports 3 x 3 Atlético Cohab 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

As disputas da segunda edição da Taça Grande Ilha de Futebol Society, competição patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte prosseguem nesta semana com jogos pelas categorias Sub-15 e Sub-17. A rodada será aberta nesta quarta-feira (1º/11), com a realização de quatro partidas a partir das 19h45, na Arena Olynto, no B airro do Olho d’Água. Na sexta-feira (3/11), haverá mais dois duelos. 

Nesta quarta-feira, a bola rola para Craque na Escola x IJC e para Flamengo x CTFC pela categoria Sub-15. Na sequência, duas partidas válidas pelo Sub-17: Mercado x Geração Alpha e Lyon x Audaz. 

Já na sexta-feira, a Arena Olynto recebe mais dois jogos. A rodada dupla será aberta com o confronto entre PAC x Madri e, logo em seguida, tem Corinthians do Bequimão x SLZ Soccer ambos pelo Sub-17. 

Os seis jogos programados para esta semana abrem a terceira e última rodada da fase de grupos, que será encerrada somente na semana que vem. 

Taça Grande Ilha

Vale lembrar que os grupos dos torneios das categorias Sub-15 e Sub-17 da segunda edição da Taça Grande Ilha de Futebol Society foram definidos durante a solenidade de lançamento da competição, que ocorreu no dia 19 de setembro. Ao todo, 24 times participam desta edição: 12 equipes no Sub-15 e outras 12 no Sub-17. 

Durante o lançamento desta edição da Taça Grande Ilha, todos os 24 times participantes receberam kits contendo uniforme completo (camisas, calções e meiões) e bolsas esportivas personalizados. Todo o material será utilizado pelas equipes ao longo de toda a competição. 

PRÓXIMOS JOGOS

Quarta-feira (1º/11) | Arena Olynto (campo 1)

19h45 – Craque na Escola x IJC (Sub-15)

20h40 – Mercado x Geração Alpha (Sub-17) 

Quarta-feira (1º/11) | Arena Olynto (campo 2)

19h45 – Flamengo x CTFC (Sub-15)

20h40 – Lyon x Audaz (Sub-17) 

Sexta-feira (3/11) | Arena Olynto (campo 1)

19h45 – PAC x Madri (Sub-17)

20h40 – Corinthians do Bequimão x SLZ Soccer (Sub-17) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Temas ligados ao meio ambiente, saúde, tecnologia e inteligência artificial são algumas das apostas de professores para a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicada no próximo domingo (5). Além de conhecer as exigências sobre a estrutura do texto, os alunos devem estar bem informados sobre os principais acontecimentos no Brasil.

O eixo do meio ambiente é uma das principais apostas da professora de redação Roberta Panza, da plataforma de estudos Descomplica. “É um tema muito atual e, de uns anos para cá, a discussão sobre o clima tem sido cada vez mais presente”, diz. Nesse eixo, podem ser abordados temas como aquecimento global e mudanças climáticas, educação ambiental e crise climática, hídrica e energética. 

Os impactos das mudanças climáticas também estão entre as apostas da professora de língua portuguesa e redação do Colégio Mopi Tatiana Nunes Camara. “A consciência dos cidadãos, no que diz respeito a como manter equilibrado o meio ambiente, é o ponto de partida para que os impactos negativos sejam minimizados”, afirma Tatiana. Questões sobre insegurança hídrica, desmatamento e mudanças climáticas também são citadas pela professora Mariana Bravo, do Ateliê da Redação.

A inteligência artificial é outro tema que pode ser abordado no tema da redação, na avaliação da professora Tatiana, por ser um assunto em voga na contemporaneidade. “Há segmentos da sociedade que rechaçam os recursos criados a partir da inteligência artificial, enquanto há muitas pessoas que [a] veem como uma grande oportunidade de evolução em vários setores da sociedade, inclusive provocando impactos profundos na educação brasileira”, diz a professora, lembrando também a abordagem da exclusão digital. Para a professora Roberta, o Enem pode trazer o tema da inteligência artificial e as mudanças que o recurso pode provocar no mercado de trabalho, especialmente para a juventude. 

Na saúde, é possível que apareçam temas como obesidade, sedentarismo e os hábitos de vida que levam a doenças, acrescenta Roberta. Para a professora Mariana, o tema pode vir abordando o uso de “drogas da inteligência” para melhorar a performance cerebral de estudantes e trabalhadores sem que haja diagnóstico, fenômeno chamado de “doping cognitivo” ou “psiquiatria cosmética”. A eficiência da vacinação, a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), o combate às infecções sexualmente transmissíveis e os transplantes no Brasil são temas citados pela professora de redação do Cursinho CPV Isabela Arraes.

Entre os temas ligados à educação, as mudanças no ensino médio, a alfabetização e a evasão escolar no contexto da pós-pandemia de covid-19 são possibilidades de abordagem, segundo a professora Roberta. Outra abordagem possível é a importância da educação de jovens e adultos. “A formação escolar é importante, principalmente, em um país como o Brasil, no qual as desigualdades sociais são tão latentes”, diz Tatiana.

Outras possibilidades de assuntos para a redação do Enem deste ano são: fake newsbullying e violência nas escolas, segurança pública, violência policial, combate à fome no país e insegurança alimentar, questão habitacional no Brasil, pessoas em situação de rua, trabalho análogo à escravidão, etarismo, idosos e mães “solo”. 

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Foco na estrutura

Se, por um lado, muitos professores gostam de trabalhar vários temas possíveis para a redação com os alunos, outros defendem que saber o tema com antecedência não é tão importante para o desempenho do aluno. “Meu conselho para a redação é não se preocupar com o tema. O tema que vier, vamos fazer o básico para garantir uma nota alta, e se vier um tema que ele domina melhor, ainda consegue firular para garantir a nota mil”, diz a professora Carol Mendonça, do canal Português para Desesperados. 

Segundo Carol, é importante credibilizar os argumentos apresentados com alguma associação artística, estatística, resultado de pesquisa, retomada histórica ou com a fala de um especialista, por exemplo. “Sempre tentar sair do campo da opinião para o campo do fato. Independentemente do que você pensa, vai colocar o que pode ser provado”, aconselha a professora. 

Para o professor Luis Junqueira, cofundador da plataforma de letramento Letrus, o mais importante é seguir a estrutura da redação, fazendo uma contextualização geral, definindo a tese, e apresentando uma proposta de intervenção social. Segundo ele, os textos de apoio e as informações que estão na prova já são suficientes para dar uma base para o aluno sobre o assunto. 

“Se você tem insegurança com o tema que caiu na prova, você pode traduzir as informações do infográfico. O texto vai ter que ter uma tese, um contexto e uma orientação para a proposta de intervenção social. Independente do tema, a estrutura da redação é a mesma, concentre-se nessa estrutura”, diz o professor.

Na redação do Enem, os candidatos deverão fazer um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política, defendendo um ponto de vista (uma opinião a respeito do tema proposto), apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão. Também deve ser elaborada uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos.

(Fonte: Agência Brasil)

Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que tenham sido alocados para fazer a prova em locais com distância superior a 30 quilômetros (km) de sua residência e que não puderem comparecer ao local no dia do exame poderão fazer a prova em outra data: nos dias 12 e 13 de dezembro, em locais que serão divulgados posteriormente. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (30), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“A metodologia do Enem permite a comparabilidade das notas e a igualdade de condições entre os participantes”, justifica a autarquia, em nota.

Na última semana, os estudantes tiveram acesso aos locais onde farão as provas do Enem 2023 e alguns reclamaram que ficaram muito distantes dos locais onde vivem, o que poderá, inclusive, fazer com que desistam de fazer as provas este ano.

As normas do Inep garantem alocação num raio máximo de 30km do domicílio informado na inscrição. O instituto disponibilizará, na Página do Participante, uma aba específica para que inscritos interessados na nova aplicação submetam seus pedidos para análise. O sistema receberá as informações no período de 13 a 17 de novembro.

Segundo o Inep, os casos de estudantes alocados para fazer a prova a mais de 30km da sua residência são restritos a um universo de cerca de 50 mil inscritos, o que representa, aproximadamente, 1% do total. Os casos estão concentrados, majoritariamente, em grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

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O jornalista, escritor, poeta, apresentador de TV e ex-microempresário imperatrizense Wilton Alves Ferreira, 77 anos, faleceu próximo às 4h da madrugada desse domingo, 29 de outubro de 2023, em Imperatriz (MA). Estava internado no Hospital Estadual Macrorregional. Afora outras ocorrências ou intercorrências, em abril de 2023 já estivera hospitalizado. Problemas de coração, pneumonia, diabetes, entre outros males, contribuíram para o padecimento e falecimento de um dos mais combativos jornalistas de Imperatriz e região. Durante sua longa vida, Wilton fumara muuuuito. Somente há cerca de quatro anos, ele deixara de ser tabagista. Seu corpo está sendo velado na Igreja Assembleia de Deus, Congregação Jardim das Oliveiras, na Rua Bom Futuro, entre as ruas Glauber Rocha e Professor José Queiroz, em Imperatriz. Wilton convertera-se ao protestantismo, tornando-se assembleiano.

Wilton (como eu o chamava) era mais conhecido como “Coquinho” (como todos o chamavam). O apelido foi uma herança do pai, Benedito Coco, e a alcunha migrou de Orizona, município goiano onde Wilton nasceu, para Anápolis, onde Wilton cresceu e estudou, tendo sido aluno do Colégio Estadual José Ludovico de Almeida, no Bairro Vila Brasil. Seu Benedito e Dona Maria da Conceição tiveram quatro filhos – duas mulheres e dois homens: Wilma, Wanda, Watson e Wilton. Além desses três irmãos, Wilton teve outros quatro, por parte de pai: Wilson, Pedro, Violeta e Wassica.

Por sua vez, Wilton Alves Ferreira teve três filhos. Com Vandira, primeira esposa, residente em Anápolis, teve o primeiro filho, Wilton Alves Ferreira Júnior, que é professor universitário, gestor e consultor de negócios. Com Linda de Fátima Dias, mineira de Araguari, que estudou no Instituto Federal do Maranhão (IFMA) de Imperatriz, hoje residente em Brasília (DF), teve Daisy Fabiane, microempresária na capital federal, e Wesley, servidor público, do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal. De sua última união, com Ana Cleide, não resultou filho.

Os filhos de Wilton Alves Ferreira, até agora, lhe haviam dado quatro netos: a primeira neta, Mariana, atualmente com 24 anos, graduada em Biblioteconomia, Tecnologia da Informação e Português/Espanhol, e Bianca, ambas filhas de Daisy Fabiane; e, filhos de Wilton Júnior, os meninos Miguel e Gabriel, este o mais novo, de menos de um ano, nascido em 30 de dezembro de 2022. O espírito do avô coruja Wilton se revela e também se regozija no contato com amigos, como, por exemplo, em mensagem escrita no início da noite de 31 de maio de 2016 ao amigo e colega jornalista e escritor goiano Iron Junqueira: “[...]  o mais velho [Wilton Júnior] e a Daisy já me presentearam com três netos, verdadeiras bênçãos de Deus”.

Wilton deixou também três “filhos” de papel e tinta. São os livros:

– “Maranhão do Sul: O Estado da Integração Nacional” (140 páginas; Imperatriz: Ética Editora, 2007). O livro foi apoiado pelo Comitê Pró-Maranhão do Sul e traz texto, fotos, mapas, estatísticas e potencialidades de 49 municípios que integram o território do desejado Estado do Maranhão do Sul. A obra também transcreve documentos ligados à luta pelo novo Estado. Wilton Alves integrava, com Élson Araújo, a assessoria de imprensa do Comitê Pró-Maranhão do Sul, que era presidido pelo empresário e líder maçônico Fernando Teles Antunes e tinha como demais membros da diretoria Ubirajara Pereira da Silva (vice-presidente), José Roberto Fernandes (secretário), Benedito Lopes Serra (tesoureiro), Luílton Pio de Almeida e Antônio Teixeira Resende (assessores jurídicos). Trechos do livro: “Historicamente o Maranhão do Sul sempre falou por si mesmo. Suas belezas naturais e contrastes harmônicos da natureza evidenciam suas potencialidades em todas as áreas” (página 9). “Em qualquer lugar que o viajante percorra pelas terras sul-maranhenses, seus olhos sempre poderão desfrutar de paisagens raras e harmoniosas belezas, notadamente em relação às imagens quase que selvagens dos cerrados, que fazem parte de todo o sertão, ora em contraste com verdejantes matas, ora com vegetações típicas e inexploradas desse imenso paraíso constituído por todas as dádivas de Deus a esta terra destinada a trabalhar e construir o seu próprio futuro” (página 43). Quando em junho de 2001 foi lançada a primeira edição desse livro do Wilton, escrevi matéria na Imprensa com o título: “O MARANHÃO DO SUL JÁ TEM A SUA ‘BÍBLIA’”;

– “Pelas Ruas e Avenidas da Cidade – A História de Imperatriz”. Livro lançado na noite de 10 de outubro de 2015, no 13º Salão do Livro de Imperatriz, o Salimp, evento criado em meu segundo mandato de presidente da Academia Imperatrizense de Letras, proprietária da marca e realizadora do evento;

– e “Ramalhete de Flores”, 163 páginas, de 2016. Neste seu último livro, Wilton imprime sua veia poética e seu gosto clássico, como cultor de sonetos. Ele me dizia ser admirador dos trabalhos do poeta e exímio sonetista Paulo Bonfim (1926-2019), da Academia Paulista de Letras.

Os livros do Wilton são citados em colunas de mídia impressa e/ou digital e também em textos acadêmicos. A obra “Maranhão do Sul” é mencionada e está na bibliografia de diversos trabalhos:

– a dissertação de mestrado em História “O Grão e o Casco: Representações e Práticas da Colonização no Sul do Maranhão na Primeira Metade do Século XIX”, de Edimilson Rosa Bezerra (Goiânia: Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010);

– a tese de doutorado em História “Fronteira Cultural: A Alteridade Maranhense no Sudeste do Pará – 1970-2008”, de Idelma Santiago da Silva (Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2010);

– o texto “A Construção do Discurso do Maranhão do Sul na Mídia Impressa de Imperatriz – MA”, do professor doutor Marcos Fábio Belo Matos e da aluna Kellen Nilceya dos Santos Almeida, do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da UFMA-Imperatriz. O texto foi publicado em 2011, no número 04 da revista “Littera Online” (Departamento de Letras/UFMA);

– o trabalho de conclusão de curso “Memórias da Vila: A Ponte Juscelino Kubitschek e o Processo de Emancipação da Vila Paranaidji (1961/1982)”, de Joelia Bezerra de Morais (São Luís: Universidade Estadual do Maranhão, 2012). Paranaidji era o nome de antigo distrito de Carolina (MA) até 27 de dezembro de 1954, quando foi transformado em município com a denominação Presidente Vargas, teve a emancipação cassada pelo Supremo Tribunal Federal, até que, em 12 de maio de 1982, o município teve novamente, e definitivamente, sua autonomia, agora com o nome de Estreito, em razão da existência de uma parte pouco larga do Rio Tocantins, local em que foram construídas duas pontes que unem os Estados Tocantins e Maranhão;

– o trabalho “As Dificuldades dos Autores Imperatrizenses na Publicação dos seus Livros Impressos”, de 2019, faz menção aos livros sobre o Maranhão do Sul e sobre as ruas de Imperatriz. Os autores, os universitários André Luís Zimbawer Claudino Pinto da Silva, Ana Catharina Ramos Valle e Izani Mustafá, eram, à época, alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Imperatriz, e apresentaram o trabalho no 21º Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste, realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), em São Luís (MA), de 30 de maio a 5 de junho de 2019;

– o artigo “Divisão Territorial: As Construções Discursivas Sobre a Proposta de Criação do Estado Maranhão do Sul”, de Janilene de Macedo Sousa, graduada em História (UEMA) e pós-graduanda em Gestão de Políticas Públicas em Gêneros e Raças (UFMA).

O livro “Pelas Ruas e Avenidas da Cidade – A História de Imperatriz”, de Wilton Alves Ferreira, é citado na dissertação de mestrado em Geografia “Autossegregação Urbana em Imperatriz/MA: Um Estudo a Partir dos Condomínios Horizontais do Bairro Santa Inês”, de Sheryda Lila de Souza Carvalho (Porto Nacional: Universidade Federal do Tocantins, 2016).

Em sua tese de doutorado “Dinâmicas de Desenvolvimento, Redes e Trajetórias Migratórias no Contexto da Formação Histórica de Imperatriz – MA” (Universidade de Santa Cruz do Sul, 2018), o economista, gestor e professor universitário Edgar Oliveira Santos relaciona e qualifica Wilton Alves Ferreira em uma lista de menos de 30 “imigrantes de perfil técnico, religioso, artístico, educador, professor e outros” que vieram para Imperatriz.

Polígrafo, Wilton Alves Ferreira, além de escrever os próprios livros, participava de outros, como prefaciador convidado. É o caso da obra “Madrugada de Novembro” (2001), de Edna Ventura, que, em 100 páginas, reúne 17 textos em prosa e 32 poemas (o sumário relaciona 31 – não registrou a poesia “Falta Tempo”). No prefácio, Wilton começa já citando Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805), o maior escritor do Arcadismo português.

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Wilton Alves Ferreira nasceu em 7 de setembro de 1946, em Orizona, município de Goiás, antigamente chamado Capela dos Correias e, depois, Campo Formoso (mudado para Orizona em 31/12/1943). Com território de 1.971 quilômetros quadrados, pequeno na população (16 mil habitantes – IBGE, 2022), Orizona é grande na sua História, que vem desde 1850, considerado ano de fundação. O município é terra natal de nomes de relevo estadual e nacional na Literatura, na Música, no Teatro, no Esporte, na Política e até na Religião, como o caso de Dom Antônio Ribeiro de Oliveira (1926-2017), arcebispo emérito de Goiânia, a capital do Estado.

A economia de Orizona (Produto Interno Bruto – PIB –, IBGE, 2020) é de R$ 644 milhões, quase metade advindo do Setor Primário (agropecuária), com destaque para a produção de leite e cuja bacia leiteira é a maior de Goiás. Esse destaque da agropecuária já teve outro segmento de mais relevo, o cultivo de arroz. Tanto os grãos orizonenses se sobressaíam na economia do Estado que mereceram uma homenagem maior – o nome do município. Pegaram o elemento de composição (ou antepositivo ou prefixo) grego para “arroz”, que é “orúzo”, e o juntaram ao substantivo que, em grego, significa, entre outros sentidos, “região terrestre”, que é “zóne”, e deu “Orizona”, pois, na forma latina – que é a que veio para a Língua Portuguesa –, “óruza” tornou-se “oryza” (“arroz”, no latim botânico) e “zóne” ficou quase a mesma coisa: “zona”. Foi assim que o politônimo “Orizona” preservou em si um aspecto da própria economia do município – e o que a Economia não sustentou, cedendo ao protagonismo da bacia leiteira, a História fixou e conta para os que ainda se interessam pelas coisas e causas de seu próprio lugar...

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Wilton Alves Ferreira, Wilton Coquinho ou apenas Coquinho mudou-se com a família de Orizona para Anápolis, maior município do interior goiano e, economicamente, o de número 73 em todo o Brasil, entre 5.570 cidades.

Foi na próspera Anápolis que Wilton, lá pelos 13 ou 14 anos, se iniciou em jornal, pelas mãos e orientação e estímulo do experiente jornalista e escritor Iron Junqueira, cujo pai era dono da “Tribuna de Anápolis”. Conta Iron na deliciosa crônica “Uma rua chamada Saudade”, publicada no “Diário da Manhã”, de 21/5/2016: “O menino – aquele endiabrado devia ser um adolescente – com a idade de uns 13 a 14 anos, não sei, e se chamava Wilton Alves Ferreira, conhecido por todos pelo codinome Coquinho [...]”. Mais adiante: “Depois de ter publicado vários livros, recebi um jornal de Imperatriz, onde havia uma crônica sobre mim, muito boa, sincera, leal, escrita pelo escriba Wilton Alves Ferreira, que falava da minha pessoa evidenciando sua gratidão e amizade com seu talento de síntese, mas que me comoveu muito. // Essa crônica dele é a introdução do meu livro “Na Trilha da Esperança” já na sua 2ª edição”. E ainda: “Hoje Wilton Ferreira é figura popular – e pública – respeitável na cidade maranhense, já mencionada, onde labora na mesma profissão, está casado e tem filhos. Mas continua o mesmo fanfarrão, alegre e feliz como sempre”.

Foi de Anápolis que Wilton chegou a Imperatriz, no primeiro trimestre de 1979. Veio a convite do empresário Gerardo Marinho Lopes, à época proprietário da empresa Irial Imobiliária, para fundar e dirigir o jornal "Gazeta de Imperatriz". A “Gazeta” era semanal e começou a circular no primeiro trimestre de 1979. O número 3 é da semana de 11 a 17 de março de 1979. Tinha oito páginas e, provavelmente, foi o jornal com o formato de maior tamanho já editado na história da cidade. Media 37,5cm X 57,5cm. O expediente do número 3 registrava: Gerardo Marinho Lopes (diretor-geral), Linda de Fátima Dias (diretora-superintendente; esposa do Wilton) e W. A. Ferreira [Wilton Alves Ferreira] (secretário).

Após algum tempo, e tendo saído da “Gazeta”, Wilton criou seu próprio jornal, a “Tribuna de Imperatriz”, para a qual me convidou a escrever. A “Tribuna” foi uma reação do Wilton à sua saída da “Gazeta de Imperatriz”. Ele, que havia criado a “Gazeta”, lançou o jornal também em 1979. No início tinha o mesmo formato da “Gazeta”.

A vida da “Tribuna” foi longa, para os padrões de sobrevivência da maioria dos jornais lançados em Imperatriz. O número 301, ano 11, em formato 32cm X 45cm, oito páginas, é da semana 26 de junho a 2 de julho de 1989. No expediente, Wilton Alves Ferreira (editor) e “corpo redatorial e colaboradores” formado por Marilene Almeida, Gean Ribeiro, Lourival Fernandes (especialista em selos), Lírio do Vale (pseudônimo do Wilton), Iron Junqueira (que o iniciou em jornal, em Anápolis), Fernando Guimarães (um consultor de transportes) e Regina Braviny.

Lembro-me bem do formato das manchetes da “Tribuna”: eram frases longas, quase um “lead” (texto inicial de uma matéria jornalística, onde o assunto principal é descrito). Wilton fazia montagens com fotos de políticos e gente de outras profissões. Escrevia textos provocadores. Muitos não gostavam...  e iam tirar satisfações. A mulher de Wilton, Linda de Fátima, chegou a receber na própria casa uns e outros querendo apelar para a violência. Teve vez de ela se colocar entre o potencial agressor e o marido dela. Mas o Wilton era intimorato, destemido.

Por outro lado, sempre defensor de Imperatriz, queria que a cidade melhorasse também no aspecto cultural. Andou me contatando para criarmos uma entidade de estudos filosóficos, junto com o médico e político – e nosso amigo comum – André Paulino d’Albuquerque (falecido em novembro de 2009). Fiquei de analisar a proposta. Na edição seguinte da “Tribuna”, uma das manchetes: “Imperatriz terá Academia Sartreana de Letras Filosóficas”. Não foi dessa vez que o filósofo, escritor e crítico francês Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1905-1980) teve substantivado seu adjetivo antroponímico como nome-homenagem de uma academia em Imperatriz...

Em 1988, Wilton interrompeu, temporariamente, a circulação da “Tribuna”. Em 1993, Wilton foi editor do “Informativo Empresarial”, um “house organ” fundado em 1991, com 12 páginas em preto & branco, formato 32,5cm X 22cm e sob a edição do jornalista, escritor, editor e gramático Tasso Assunção.

Em 2001, Wilton estava no quadro de colaboradores do jornal “A Folha”, fundado em Imperatriz, em 3 de outubro daquele ano, pelo jornalista e apresentador de TV Frederico Luiz (falecido em fevereiro de 2022).

Após sua conversão ao protestantismo (Assembleia de Deus de Imperatriz), Wilton editou, pelo menos, duas publicações religiosas: o jornal “O Caminho” e a “Revista Campos Brancos”, esta idealizada por Ediel Pessoa e produzida por Luaran Lins. O número 2 de “O Caminho” é de 30 de março de 1997. Ambos os veículos de comunicação eram ligados à Igreja Assembleia de Deus de Imperatriz.

Wilton apresentou programas de TV. Ele foi jornalista e apresentador na TV Tocantins/CNT, que tinha João Japiassu como diretor-geral, João Batista na direção de jornalismo e o apresentador e jornalista Gideljones Sena.

Wilton foi microempresário: estabeleceu a Peixaria Cocofly, que se tornou um “point” de Imperatriz, com suas serestas, já que Wilton era admirador da antiga e excelente música brasileira. Detalhe: poucos sabem, mas muitos dos peixes servidos na Cocofly eram pescados à noite no Rio Tocantins pelo próprio Wilton, que tinha gosto pela pesca.

Como já se sabe, Wilton foi um dos mais ativos defensores da criação do Estado do Maranhão do Sul, sonhada nova Unidade Federativa brasileira sobre a qual escreveu e publicou um livro e integrou o Comitê de apoio e defesa do movimento. Um "goianense" (goiano imperatrizense), Wilton era empedernido defensor das causas pró-Imperatriz e conhecedor de muitos aspectos da história do município, tendo escrito várias reportagens sobre os logradouros (ruas, avenidas etc.) de Imperatriz, reportagens que se transformaram no grande livro – “Pelas Ruas e Avenidas da Cidade: A História de Imperatriz” –, que o Wilton publicou e lançou em 2015.

Wilton teve reconhecidos muitos de seus méritos em terras imperatrizenses e maranhenses. Em outubro de 2005  foi realizado, em São Luís, o 2º Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão. Nesse evento, foram homenageados 43 pessoas, duas das quais de Imperatriz: Sebastião Negreiros, falecido, que instalou e dirigiu a sucursal imperatrizense do jornal “O Imparcial”, da capital maranhense, e Wilton Alves Ferreira, jornalista, fundador e editor da “Gazeta de Imperatriz” e da “Tribuna de Imperatriz” e apresentador do programa “Sem Fronteiras” (TV Tocantins/CNT).

Em 10 de abril de 2012, a distinção máxima de Imperatriz lhe foi concedida: o título de Cidadão Imperatrizense, proposto pelo vereador Raimundo Costa Silva e aprovado pelo plenário da Câmara de Vereadores.

O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, o imperatrizense Giovanni Guerra, nascido em Anápolis, escreveu-me nesse 29/10/2023, expressando sua tristeza ante o falecimento do Wilton e afirmando: “Eu o tinha como Amigo e em alta consideração”. E reconhece: “[Wilton] Também colaborou muito com nosso Automobilismo, o que de certa forma contribuiu sobremaneira para que eu chegasse à Presidência da CBA”.

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Wilton e eu estávamos sempre nos esbarrando em eventos em Imperatriz e região, como idealizadores ou participantes ou incentivadores, em ações e pregações em prol do município e de seu entorno. Em 1985, seis anos depois de o Wilton ter chegado a Imperatriz, lá estávamos ele e eu, participando das tentativas de criação de um “Clube de Imprensa” em Imperatriz, juntamente com Sérgio Macedo, Sebastião Negreiros, Marcelo Rodrigues, Osvaldo Nascimento, Nilson Santos, José Rodrigues, Jurivê de Macedo e Hélio de Alfeu, e de uma “Associação dos Profissionais de Comunicação Social”, com Jurivê Macedo, Antônio Costa, Aldeman Costa, Marcelo Rodrigues e Roberto Chaves. Anteriormente, outras reuniões haviam sido realizadas. Lembro-me de duas delas, bem frequentadas e participativas, na sede do antigo Mobral. Mas, apesar do nível de debates e envolvimento dos participantes, essas reuniões não produziram resultados efetivos maiores; nenhuma das entidades foi formalizada. Entretanto, aquelas ações provocavam sadias reações para o futuro e se iam formando e formatando novas ideias e novos esforços.

Em meados dos anos 1980, nova tentativa de criar uma entidade de jornalistas e radialistas. Era o dia 26 de julho de 1986. Wilton tentou reunir os profissionais de Imprensa, mas ainda não seria daquela vez que se fundaria a desejada Associação. No ano seguinte, 1987, fui ao cartório, pedi que pesquisassem sobre existência de alguma entidade associativa, de jornalistas, registrada. Não havia. Então, solicitei o auditório da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz e, com muita conversa e visita aos colegas e seus órgãos de Imprensa, a casa lotou e, finalmente, criou-se a Associação de Imprensa da Região Tocantina (AIRT), de que fui primeiro presidente. Agora, o detalhe: por questão de reconhecimento, submeti à assembleia um parágrafo para constar no estatuto da Associação, parágrafo que, de certo modo, reconhecia o esforço meu e do Wilton no ano anterior, 1986. Assim, o estatuto foi para o Cartório do 1º Ofício destacando: “Por deliberação da Assembleia Geral Extraordinário, visando à preservação dos primeiros registros factuais para a criação da entidade, fica mantida, para todos os efeitos, a data de 26 de julho de 1986 como a de fundação da AIRT.” (Artigo 1º, parágrafo único, do estatuto da Associação de Imprensa da Região Tocantina, aprovado em 24/6/1987).

Há uma foto, com legenda, publicada no jornal "O Progresso", edição de 25 de janeiro de 2007. Wilton e eu estávamos concedendo entrevista à TV Bandeirantes. Diz a legenda: “O jornalista Wilton Alves Ferreira (Coquinho) observa Edmilson Sanches sendo entrevistado pela TV Bandeirantes (década de 1980). Goiano, Wilton Ferreira chegou a Imperatriz nos anos ’70. Aqui fundou e dirigiu os jornais "Gazeta de Imperatriz" e "Tribuna de Imperatriz". Responsável pelo jornal evangélico "O Caminho". Atualmente, apresenta o programa “Sem Fronteiras” (TV Tocantins/CNT, canal 21)."

Ainda nos idos dos anos 1980, à frente o advogado, ex-promotor e empresário Sérgio Antônio Nahuz Godinho, proprietário do jornal “O Progresso”, Wilton Alves Ferreira, eu e outros, fundamos a Associação dos Jornais do Interior do Maranhão (ADJORI-MA). Um dos estimuladores da causa era o jornalista Vítor Gonçalves Neto, diretor de “O Pioneiro”, de Caxias (MA), e membro do quadro diretor da entidade nacional, a  Associação Brasileira de Jornais do Interior (ABRAJORI). Com presença do presidente nacional da ABRAJORI, foi realizado encontro em Caxias, e eu e o Wilton – ele dirigindo seu pequeno Fiat 147 de cor amarela – saímos de Imperatriz, a “Princesa do Tocantins”, até Caxias, a “Princesa do Sertão”. Viajamos, participamos e voltamos.

Em 1997, eu era o titular de duas secretarias da Prefeitura de Imperatriz: a Secretaria do Desenvolvimento Integrado (Sedin) e a Secretaria da Comunicação e da Cultura (Secom). Retornara de Brasília e estava revisitando e revendo os colegas e amigos de Imprensa. De 1º a 6 de janeiro de 1997, estive com o Wilton, em “visita oficial” minha, como titular da área de Comunicação municipal, a um dos titulares do jornalismo imperatrizense.

No fim dos anos 1990, em abril de 1999, Wilton era editor do jornal evangélico “O Caminho”. Sabendo que eu estava em luta hercúlea na Imprensa contra a retirada da autonomia operacional e financeira do banco de sangue estadual (Hemonúcleo) e sua transferência para a capital maranhense, o Wilton trouxe seu apoio e disse que o “assunto Hemonúcleo” seria objeto de matéria em seu jornal religioso. Wilton não economizou críticas à postura passiva da cidade como um todo em relação àquele caso, em que um grande município, prestador de serviços para dezenas de outras cidades de diversos Estados, praticamente ficava com seu banco de sangue limitadíssimo, por erráticas decisões vindas de São Luís.

Em 2007, Wilton e eu estávamos presentes na fundação do Instituto de Desenvolvimento Regional, que a Faculdade de Imperatriz, a maior instituição de ensino superior particular da região, almejava legar para o município e sua zona de influência. À época, no “Jornal Capital” (Imperatriz, 30/10/2007), escrevi: “INSTITUTO - A convite da direção da Facimp (Faculdade de Imperatriz), participei da reunião e assinei a folha de presença da fundação do Instituto de Desenvolvimento Regional. Compareceram ao ato João Carlos Japiaçu (diretor da Facimp), Wilton Alves Ferreira (jornalista, da equipe da TV Tocantins, canal daquela instituição de ensino superior), Agostinho Noleto (advogado e escritor, presidente da Academia Imperatrizense de Letras), o biólogo Juan (consultor da Infraero e Sebrae) e os professores Enéas Rocha e Raimundo Neres (ambos da Facimp). O Instituto pretende tornar-se a referência de uma rede de conhecimentos em desenvolvimento regional. Já dispõe de área própria (praticamente 14 mil metros quadrados), doada pela Facimp. Pretende-se que o projeto arquitetônico seja desenvolvido por Oscar Niemeyer. Para isso, há uma teia de amizades que ligam pessoas da Facimp ao escritório do famoso arquiteto, que completou cem anos de vida com muita lucidez e trabalho”. Não se pode dizer que em Imperatriz não haja sonhos, tentativas, esforços...

Na criação do Instituto Histórico e Geográfico de Imperatriz, e estando eu fora do município, fiz diversos esforços para estabelecer contato com o amigo Wilton, para convidá-lo a integrar o quadro de membros fundadores. Até às vésperas da assembleia geral que criou o IHGI, em 27 de maio de 2023, nenhum dos amigos comuns conseguiu contatá-lo e um deles comentou sobre delicado estado de saúde. Realmente, poucos dias antes, em abril, o grande jornalista encontrava-se internado. Estava em UTI. O quadro inspirava cuidados, tanto que filhos se deslocaram de outros Estados para estarem ao lado do pai doente. Foi preciso ter ocorrido um conluio de doenças para enfraquecer e finalmente abater o operoso jornalista Wilton Alves Ferreira.

O gosto de Wilton pela música, pelo escrever, pelos livros e pela leitura, pela informação e pelo conhecimento, refletiu-se em sua descendência, filhos e netos. Tanto que sua primeira neta, como já dito, tem formação em Biblioteconomia, em Línguas e em Tecnologia da Informação. Nesse 29 de outubro, Dia Nacional do Livro, não deixa de ser interessante que um escritor saia da condição de autor de livros e, quem sabe, venha a se tornar personagem de um deles.

Até ontem, como jornalista, Wilton Alves Ferreira fazia histórias.

Agora, ele é História.

Talvez, na Eternidade, ele crie e escreva a “Gazeta Divina”, ou a “Tribuna Celeste”...

Jornalistas não descansam.

*

De todo modo, Paz e Luz, Amigo.

* EDMILSON SANCHES

28 de outubro, Dia do Servidor Público

– Você sabe mesmo quanto de dinheiro o governo de seu país, de seu Estado e de sua cidade tem para gastar – em tese – em obras e serviços de qualidade?

– Orçamento 2023 para o Brasil: R$ 5 trilhões e 345 bilhões e, para o Maranhão, R$ 25.717.493.400 (vinte e cinco bilhões, setecentos e dezessete milhões, quatrocentos e noventa e três mil e quatrocentos reais). Orçamento para Imperatriz, ano 2022: R$ 968.730.000 (novecentos e sessenta e oito milhões, setecentos e trinta mil reais). Para Caxias (2023): R$ 701 milhões e 271 mil (já foi maior; continua caindo).

* * *

Se um prefeito morrer, se um governador morrer, se um governante morrer, a prefeitura, o Estado ou o país param? Não. Os servidores públicos continuam a fazer o que fazem: tocar o barco para frente. Pessoas passam, instituições ficam.

Quem é o patrão no serviço público? É o prefeito? É o governador? É o presidente? É o “chairman” ou CEO da empresa ou instituição pública?

Não: é o eleitor, o contribuinte. Ele é o patrão do patrão – assim como, nas empresas privadas, o consumidor, o cliente é o patrão do proprietário, é o patrão daquele que emprega.

MILHÕES, BILHÕES, TRILHÕES – O serviço público é o destinatário e o operador de imensas, enormes, gigantescas somas de dinheiro que sai do bolso de todos para a realização de obras e serviços de qualidade... e o pagamento da graaaaande quantidade de servidores ativos e aposentados. A maior parte desse dinheiro está expressa nos orçamentos públicos.

O orçamento do Brasil para 2023 é de R$ 5 trilhões e 345 bilhões (em 2021, foram R$ 4 trilhões e 324 bilhões; em 2020, R$ 3 trilhões e 500 bilhões).

O orçamento do Maranhão para este mesmo ano de 2023 é de R$ 25.717.493.400 (vinte e cinco bilhões, setecentos e dezessete milhões, quatrocentos e noventa e três mil e quatrocentos reais). Em 2021, foram R$ 21 bilhões e 508 milhões. Em 2020, R$ 15 bilhões e 900 milhões.

Em Imperatriz, maior município maranhense após a capital, o orçamento municipal para o ano 2022 (não localizei o valor do orçamento para este ano) foi de R$ 968.730.000 (novecentos e sessenta e oito milhões, setecentos e trinta mil reais). Em 2021, foram exatos R$ 976 milhões e 500 mil.

Para a maranhense e multicentenária Caxias, o orçamento de 2023 totaliza R$ 701 milhões e 271 mil (já foi maior; continua caindo). Em 2021, as “receitas correntes” totalizavam R$ 728 milhões e 533 mil. E, em 2020, o orçamento totalizou R$ 691 milhões. Para o ano de 2024, o processo orçamentário de Caxias já começou: em 28 de junho deste ano de 2023 já começou, com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nº 2.652. Com 21 artigos e nada menos que 121 páginas de anexo, com descrição, por exemplo, dos valores das despesas da Câmara Municipal (mais de R$ 5 milhões e 200 mil) e com a Secretaria de Governo da Prefeitura (mais de R$ 5 milhões e 700 mil).

Você sabia disso? É dinheiro seu.

O problema do Brasil, dos Estados, dos municípios, não é o governo sem dinheiro – é o dinheiro sem governo...

SERVIR, BEM SERVIR – O serviço público só se pode confirmar enquanto serviço ao povo. Afinal, é este que sustenta, compulsoriamente, via impostos, toda e qualquer pessoa, seu ofício e seu ócio, nas repartições governamentais. Daí, ser indefensável qualquer prestação de serviço ao cidadão que não seja um BOM serviço prestado.

Quando esse bom serviço não ocorre, está-se ampliando o lastro de “razões” do contribuinte, que vê naquele desserviço uma das “compensações” para a sonegação, para não mais pagar (ou não pagar devidamente) seus impostos, para a dilapidação física do patrimônio público ou para a depredação moral do governante e seus assessores.

BOM E MAU SERVIÇO – Não é preciso muito esforço, portanto, para se perceber como pode fazer muita diferença um bom serviço prestado ao cidadão, ao contribuinte, ao habitante, àquele que procura uma informação, um encaminhamento de processo, a resolução de um problema.

Igualmente, fica explícito o poder de corrosão, de contaminação de um péssimo serviço, de um atendimento sem vontade, de uma atitude de arrogância, de um diálogo malconduzido.

Em qualquer dos casos, a imagem de um governante pode ser apenada ou beneficiada. Todo governante é cada um dos servidores de sua administração.

COISAS SIMPLES – Servir bem ao povo é o desiderato do serviço público. Fazer obras e prestar serviços de qualidade, por exemplo.

Também deve haver qualidade naquele atendimento presencial e não presencial do dia a dia. Neste caso, recomendações simples são suficientes para manter-se o padrão mínimo no contato com o cidadão-patrão:

a)     iniciar com um cumprimento (bom dia/boa/tarde/boa noite);

b)     não forçar intimidade: tratar as mulheres como “Senhora” (a não ser que haja alguma solicitação para outra forma de tratamento – “Senhorita”, por exemplo. Tratar os homens como “Senhor”, mesmo os mais jovens;

c)     ao telefone, anunciar o nome do órgão em que trabalha e o próprio nome, seguido de bom dia/boa tarde/boa noite; evitar o “Quem deseja?”, o “Quem gostaria?” e o “De onde?”: melhor perguntar claramente o nome do interlocutor e se, “por gentileza”, ele, atendente / servidor público, poderia lembrar o assunto à pessoa com quem o cidadão / a cidadã deseja falar;

d)     usar e abusar do “Por favor”, “Com licença”, “Desculpe-me”, “À sua disposição”, “Em que lhe posso ser útil?”, “Vou me inteirar e o informarei o mais rapidamente possível”.

BITRIBUTAÇÃO – Fazer isso não somente como uma obrigação profissional, mas como uma atitude pessoal, com o real desejo de servir, procurando não introduzir no diálogo verbal, gestual, atitudinal ou “energético” as variáveis de ordem salarial, ambiental, doméstica etc. Estes, são assuntos do servidor público e do sindicato da categoria e têm hora e foro próprio para serem tratados. (Nada a ver com passividade ou conformismo, apenas uma simples questão de bom senso: o contribuinte não deve ser bitributado, pagar duas vezes – recolhendo impostos e recebendo mau atendimento – pelos serviços que as repartições públicas devem lhe prestar com correção, agilidade e boa vontade).

EMPATIA – No mais, a regra da empatia continua valendo: Coloque-se no lugar do contribuinte: Você gostou do atendimento que acabaram de lhe prestar? Se lhe fosse permitido destinar diretamente para uma obra de caridade o imposto que você paga, em vez de recolhê-lo para posterior e livre uso dos governantes, o que você preferiria?

BOM ATENDIMENTO – A resposta lhe dirá a quantas anda o seu grau de satisfação ou de valoração em relação ao serviço público e seus gestores.

Portanto, se você, servidor público, que também é contribuinte mas que está do lado de dentro do balcão, se você quer que sua cidade, seu Estado, seu país cresça, faça crescer a qualidade do serviço que você presta.

E não duvide: um bom atendimento pode fazer milagres.

Parabéns aos Servidores Públicos.

* EDMILSON SANCHES

Até domingo (29), São Luís estará sediando a Copa Internacional Amazônia Ocidental de Natação – Troféu Orleans Tupinambá Nobre, competição realizada e organizada pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA), com o objetivo de promover e desenvolver a modalidade na região Norte-Nordeste. As disputas estão ocorrendo na piscina da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal no Maranhão (Apcef-MA), no Bairro do Calhau, com a participação de mais de 250 nadadores de seis Estados: Maranhão, Sergipe, Piauí, Pará, Amazonas e Roraima. 

A competição teve início nessa quinta-feira (26), com as provas de natação. De acordo com a FMDA, a Copa Amazônia Ocidental terá mais de 90 finais, abrangendo atletas da categoria Pré-Mirim (7 a 8 anos) até a Sênior (acima de 20 anos). No domingo, último dia do evento, haverá as disputas das competições de águas abertas. 

“Estamos muito felizes por receber a Copa Amazônia Ocidental de Natação em São Luís. É um grande evento que resgata o enorme prestígio da natação do Norte-Nordeste no cenário nacional. Essa competição é importantíssima para os nadadores maranhenses, que sempre precisam dessas oportunidades, resgatam a autoestima e ganham motivação por competirem contra atletas de renome em todo o país”, afirma Alexandre Nina, presidente da FMDA. 

Outras informações sobre a natação no Maranhão estão disponíveis no Instagram da Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (@fmdaoficial).

PROGRAMAÇÃO

SEXTA-FEIRA (27/10) / APCEF-MA

16h – Aquecimento

17h30 – Início das disputas de natação 

SÁBADO (28/10) / APCEF-MA

7h30 – Aquecimento

9h – Início das disputas de natação 

DOMINGO (29/10) / APCEF-MA

8h30 – Início das disputas de águas abertas

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Um dos principais nomes da natação do Maranhão na atualidade, o jovem Paulo Marcelo de Jesus continua construindo uma trajetória vitoriosa no esporte. Desta vez, o nadador foi o destaque da Seleção Brasileira que disputou a Copa Pacífico e a Copa Júlio Maglione entre os dias 17 e 22 deste mês, em Cali, na Colômbia. Paulo Marcelo teve um desempenho sensacional e faturou, simplesmente, 11 medalhas, sendo sete de ouro, duas de prata e duas de bronze. 

Os excelentes resultados na Colômbia consolidaram Paulo Marcelo entre os melhores nadadores da categoria Infantil 2 tanto do Brasil quanto da América do Sul. Para ter ideia do quão significativa foi a participação do jovem nadador nesses eventos sul-americanos, basta observar os tempos que ele conseguir bater. Nos 800m livre, Paulo Marcelo quebrou o recorde brasileiro – que já era dele – e estabeleceu a melhor marca do continente em sua categoria (13/14 anos) com o tempo de 8min26s02. 

Na Copa Pacífico, o nadador da Atlef/Nina venceu as seguintes provas: 200m, 400m, 800m e 1.500m livre. No revezamento 4x100m livre, conquistou a prata e, nos 200m borboleta, garantiu o bronze. Já na Copa Júlio Maglione, Paulo Marcelo garantiu três medalhas de ouro (400m, 800m e 1.500m livre), uma de prata (200m livre) e uma de bronze (revezamento 4x100m livre). 

“O Paulo Marcelo de Jesus é um orgulho para o Maranhão. Mais uma vez, ele teve um resultado espetacular. Com 13 anos, venceu o Absoluto e teve tempos muito significantes em todos os níveis. Como é bom ver um jovem humilde e promissor, que saiu do Bairro Vicente Fialho, ganhando o mundo. Nossos agradecimentos a todos que ajudaram até este momento. Sem nenhuma dúvida, isto não aconteceria sem a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Este garoto é fruto de um projeto social e isso é o mais significativo pra gente”, afirmou Alexandre Nina, presidente da Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA). 

Ano espetacular

A temporada de 2023 está sendo incrível para Paulo Marcelo de Jesus. Em setembro, o nadador maranhense da Atlef/Nina já havia sido vice-campeão dos 400m livre no Campeonato Sul-Americano Juvenil de Natação, competição realizada na Argentina. 

Além das piscinas, Paulo Marcelo de Jesus tem se destacado nas provas de águas abertas. Tanto que, no fim de julho, o maranhense sagrou-se campeão da Copa Brasil de Águas Abertas e do Campeonato Brasileiro Interclubes (CBI) nas provas dos 5km. 

Em agosto, o nadador maranhense também foi destaque do Brasil na Copa Pacífico de Águas Abertas, evento que ocorreu na cidade de Salinas no Equador. Na ocasião, Paulo Marcelo foi ouro no revezamento misto 14-16 anos e garantiu a prata na prova dos 5km. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Domingo (29) de decisão pela segunda edição do Praia do Futebol, competição patrocinada pelo governo do Estado, pelo Grupo Audiolar e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. As disputas do torneio de travinha Sub-15 chegam ao fim com a realização dos duelos das semifinais e da grande final, prevista para ocorrer a partir das 10h, na Praia do Calhau, em São Luís. 

Dos 16 times que começaram na disputa, apenas quatro continuam com chances de conquistar o troféu de campeão: Comercial, Flamengo, Juventude e B9. Os times semifinalistas foram definidos com a realização das fases de oitavas e quartas de final, que ocorreram no dia 15 deste mês. 

Das quatro equipes que chegaram às semifinais do torneio de travinha Sub-15, destaque para o Juventude, dono do ataque mais positivo com 8 gols após vencer o Palmeirinha por 3 a 1 e o Ganbattê por 5 a 1. Já o B9, avançou a esta fase do torneio com a defesa menos vazada depois dos triunfos por 2 a 1 sobre o Grêmio Ribamarense e 2 a 0 diante de Os Feras. 

Outro semifinalista, o Flamengo eliminou o Ferinhas da Vila e Lyon nas fase anteriores. Enquanto isso, o Comercial passou pelo Campinas e pelo América. 

Assim, os duelos das semifinais terão início às 9h e ficaram da seguinte maneira: Comercial x B9 e Juventude x Flamengo. Os vencedores desses duelos farão a grande final da competição a partir das 10h. 

Adulto Feminino

Se por um lado as disputas do torneio de travinha Sub-15 estão chegando ao fim, o domingo será de abertura da competição da categoria Adulto Feminino. Quatro partidas vão movimentar a primeira rodada da fase de grupos a partir das 9h, na Praia do Calhau: Jeito Moleque x Espias, IJC x Brutos, Fênix x Boa Esperança e CT Sports x Atlético Cohab. 

Siga as redes sociais oficiais do Praia do Futebol no Instagram e no Facebook (@praiadofutebol) e fique por dentro de todos os detalhes da competição. 

JOGOS TRAVINHA SUB-15 (Campo 1)

9h – Comercial x B9 (semifinal 1)

9h30 – Juventude x Flamengo (semifinal 2)

A seguir – Final 

JOGOS ADULTO FEMININO (Campo 2)

9h – Jeito Moleque x Espias

9h40 – IJC x Brutos

10h20 – Fênix x Boa Esperança

11h – CT Sports x Atlético Cohab 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

AP Assessoria de Imprensa

“Eu passei duas semanas de muito nervosismo na espera do resultado e, por fim, estava lá meu nome, uma mistura de felicidade e ansiedade que nada pode descrever”. Foi um longo processo, que envolveu desde o preparo, a inscrição e o levantamento de documentos para a obtenção de visto para que a estudante Giulia Borim pudesse finalmente ingressar na Universidade de Coimbra, em Portugal, usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas, segundo ela, todo o planejamento valeu a pena.

“Pode ter certeza que vale muito a pena. Viver essa experiência, independentemente da ansiedade, foi uma das melhores escolhas que fiz. Depois de muitos e muitos documentos, chega o grande dia de viajar e começar a aventura mais louca e incrível de todas”, conta a estudante, que está no terceiro ano do curso de engenharia civil na universidade portuguesa. 

Localizada na cidade de Coimbra, em Portugal, a universidade é a instituição de ensino superior mais antiga do país e uma das mais prestigiadas da Europa. Em 2013, foi incluída na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foi também a primeira universidade estrangeira a firmar convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para o uso das notas do Enem no processo seletivo. Atualmente, essa lista conta com 51 universidades portuguesas. A relação completa está disponível na página do Inep

Cada uma delas tem uma exigência específica em relação à nota que deve ser obtida nas provas e em relação aos requisitos necessários para os novos alunos. O estudante deve se informar o que é necessário para ingressar na universidade que deseja. O ensino não é gratuito, mas é possível buscar bolsas de estudo para ajudar nos custos. 

Quem passou e está passando pela experiência de estudar fora recomenda: é importante planejar e se preparar para as provas, para obter bom desempenho. 

Giulia é de Campinas (SP) e cursou o terceiro ano do ensino médio em meio à pandemia. “Isso dificultou muitas coisas, porém consegui conciliar tudo e estudar em casa sozinha mesmo. Devido à minha condição financeira na época, não pude pagar cursinho. Então, achei, no YouTube, um cursinho gratuito, de professores da cidade de São Carlos (SP), que queriam ajudar os alunos na pandemia e me inscrevi. Fui aceita e estudei por um ano inteiro todos os dias – dias de semana e fins de semana –, fazendo resumos e assistindo às aulas do cursinho. Minha média diária de estudo era de 11 horas nos dias de semana”, conta a estudante. 

Uma estratégia usada por ela foi colar post-its nos locais onde mais ia na casa, com as fórmulas, datas e informações importantes. “Ou seja, sempre que ia à cozinha fazer um café,eu lia as datas das guerras, por exemplo”.

Ela também recomenda cuidado com o corpo.  “Além de estudar, também considero muito importante cuidar da mente e do corpo. Eu treinava todos os dias uma hora, dentro de casa mesmo, com vídeos do YouTube também, alternando entre dança, musculação, entre outros. Ter esse escape me ajudou muito. Se você tem algum hobby, não o abandone pelo Enem, ele vai te ajudar, acredite”.  

Um sonho realizado

Para o estudante Mateus Nishiyama, estudar fora do país era um sonho. “Sempre tive muto interesse de abrir esses horizontes, de descobrir um lugar novo, cultura nova, ter essa experiência de morar e estudar fora do país”. Nishiyama nasceu no Japão e viveu no país até os 4 anos de idade. Como a família é metade brasileira, ele mudou-se para Aquidauana (MS), onde estudou até ser aprovado na Universidade de Coimbra, no curso de relações internacionais.  

Assim como Giulia Borim, Nishiyama fez o Enem em meio à pandemia, em 2021. Ele também buscou, na internet, a complementação para os estudos. Cursou o ensino médio no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e, para se preparar para o Enem, buscou um curso de redação, prova que considera o diferencial no Enem. Apesar de toda a ansiedade no preparo, ele conta que a vontade de estudar fora foi o que o motivou. “De certo modo, é um combustível para ajudar nesse caminho, que nem sempre é fácil, sempre tem esse momento de ansiedade, de dúvida”, diz. 

Ele também recomenda muito planejamento. “Seja o planejamento com o estudo, seja do que quer fazer, seja o planejamento financeiro para quando for mudar. Tudo parte de um planejamento e isso é muito importante para que consiga se colocar na realidade a respeito das oportunidades e possibilidades. O que quer fazer, o que pode fazer e quais são as suas opções. Acho que isso é muito importante, principalmente quando vai mudar para outro país.  Saber, de forma mais prática, qual custo de vida para se mudar, quais as opções de curso, quais os documentos que preciso”.

Os estudantes contam que tiveram muito apoio da universidade em todas as dúvidas no processo seletivo e também no processo de adaptação, quando chegaram a Coimbra.

Planejamento

Estudar fora do país, de acordo com a especialista em estudos internacionais da Fundação Estudar, Beatriz Alvarenga, exige um planejamento de longo prazo. “Meu sonho é que um aluno do 9º ano soubesse que pode pensar em fazer graduação fora. Não precisa decidir para qual universidade quer ir, mas precisa saber que há essa possibilidade”.

Beatriz explica que muitas das instituições de ensino, sobretudo as de língua inglesa, analisam vários aspectos do aluno na hora da admissão na graduação. Contam, por exemplo, as atividades extraclasse que ele realizou ao longo do período escolar, se ganhou ou não algum prêmio. As notas no Enem, naquelas que aceitam o exame, e o desempenho em todo o ensino médio são apenas alguns dos aspectos analisados. Assim, quanto antes o estudante começar a se preparar, mais chances tem de ser aceito.

Além disso, como as universidades são pagas, é preciso um planejamento financeiro, além de dominar o idioma. “Primeiro, saber que essa possiblidade existe, entender as possibilidades concretamente, quanto custa para onde quero ir, qual idioma, se não tiver indo para Portugal. O dinheiro necessário, quanto custa? Se não tenho, existem bolsas?”, diz Alvarenga. É preciso também levar em consideração aspectos emocionais: “Tem o desafio do autoconhecimento, que a gente não trabalha como deveria. Entender para onde quer ir e entender que é onde vai morar pelos próximos três, quatro anos. Isso é fundamental para a saúde mental enquanto tiver fazendo graduação”.

Ela explica que o convênio das universidades portuguesas com o Inep ajuda na hora da seleção. Além de a língua não ser uma barreira, o processo seletivo tende a ser mais simples, considerando basicamente o desempenho no Enem. A questão do custo, no entanto, ainda é uma barreira, já que Portugal não tem a oferta de bolsas como uma política, assim como o governo brasileiro. O estudante precisa, então, verificar se a universidade na qual deseja estudar oferece bolsas ou buscar bolsas por conta própria.

A Fundação Estudar está com dois processos seletivos abertos, o programa Líderes Estudar e o Tech Fellow, voltado para a área de tecnologia. As inscrições podem ser feitas até abril de 2024, e o estudante precisa ser aprovado até maio na instituição que deseja cursar. As bolsas chegam a até 95% dos custos. “Ainda assim, não é de graça. Depende de o jovem encontrar bolsas externas, não é simples encontrar para fazer graduação”, diz.

Além das universidades que têm convênio com o Inep, outras instituições no mundo aceitam o Enem como parte do processo seletivo. São elas:

Na Irlanda, a University College Dublin e o National College of Ireland.

No Reino Unido, a Universidade de Kingston, a Universidade de Glasgow e a de Birkbeck.

Nos Estados Unidos, a New York University e a Northeastern University.

No Canadá, a Universidade de Toronto.

(Fonte: Agência Brasil)