O Senado aprovou, na noite dessa terça-feira (24), o projeto de lei que amplia o sistema de cotas na rede de ensino federal. O texto aprovado na Câmara dos Deputados foi mantido integralmente, depois de oito emendas apresentadas em plenário terem sido rejeitadas. O texto segue para sanção presidencial.
Entre as mudanças previstas, estão a inclusão de quilombolas no texto da Lei 12.711/12, que reserva 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes de escolas públicas. A metodologia também terá atualização anual nos percentuais de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência, assim como nos critérios socioeconômicos, como renda familiar e estudo em escola pública.
Após a decisão do congresso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, comemorou a decisão em suas redes sociais. “Que vitória a aprovação do aprimoramento da Lei de Cotas no Senado. Trabalhamos incansavelmente para defender essa política, que é a maior ação de reparação do nosso país. As cotas abrem portas e vão seguir abrindo!”
Não sei identificar qualquer daqueles símbolos que dizem representar notas musicais. Aliás, sequer sei quando uma nota musical é ela: DÓ para mim ainda é piedade, compaixão, uma pena...;
RÉ é apenas a mulher solitária esperando a sentença ante o juiz;
MI é tão só uma parte desse mimimi monótono, repetitivo, fastidioso, maçante, recorrente, enfadonho...;
FÁ, meu Deus, no máximo é parte de alguma coisa: metade de fato, redução modernosa de "Fátima", antes "Fafá";
SOL é o astro-rei, fonte de calor e vida, indevidamente responsabilizado pela seca na natureza mas não pela secura dos homens;
LÁ ainda é ali, aquele lugar, onde quem não sabe canto soletra monossilabicamente lalalá;
SI é para os que deviam cair em si em vez de estarem cheios de si entre si mesmos.
Pois é. De música nada sei.
Só sinto.
Sinto muito...
*
Ela é filha de uma brasileira
“E EU TENTO, Ó MEU DEUS, EU TENTO,
EU TENTO TODO O TEMPO
NESTA INSTITUIÇÃO.
E EU ORO, Ó MEU DEUS, EU ORO
EU ORO TODO SANTO DIA
POR UMA REVOLUÇÃO.
E ENTÃO ÀS VEZES EU CHORO..." (*)
*
*
A mulher que compôs e canta a música "What's Up" ("Qual é", em português) completou 58 anos em 15/4/2022. (No "link" acima, a música no YouTube).
Linda Perry compôs essa canção e esta, há mais de 30 anos, desde 1992, ainda embala corpos, mas sobretudo sonhos de muita gente em muitos países onde fez sucesso, em diversos deles em primeiro lugar. Seis milhões de discos vendidos.
Linda Perry fazia parte do 4 Non-Blondes ("Quatro Não-Louras"), conjunto que durou seis anos e gravou apenas um disco, do qual "What's Up" é a terceira das onze faixas.
A Linda moça – também no nome, na voz –, nascida nos Estados Unidos, é filha de uma brasileira (Marluce) e de um português (Alfred Xavier).
Alguns pensaram que ela já havia morrido. Pois bem: a linda Linda não morreu – e, se sim [rs], renasceu e, com Tony Tornay, criou a banda Deep Dark Robot, cuja página é: http://deepdarkrobot.com/. De minha parte, o boato que eu soube não era boato, mas é assunto particular, assunto particular que se tornou público e Linda não fazia questão de esconder – sua homossexualidade feminina.
Temos nada a ver com isso, não: a sexualidade é da pessoa e o que importa é a arte da artista – importa a artista sensível, a voz maviosa, a interpretação irrepreensível, a canção belíssima que fez e as muitas outras que, embora sem o mesmo sucesso, devem ter encontrado corações e mentes sensíveis para observar e absorver.
A nova banda de Linda Perry – Deep Dark Robot –, ao que se sabe, havia lançado até agora um único disco, que conta/canta "oito canções sobre uma garota" (do título em inglês "8 Songs About a Girl"). Em abril e março de 2021, o Facebook de Linda Perry (https://www.facebook.com/lindaperrymusic/) comunicou que se encontrava disponível nos espaços próprios da Internet a nova música da cantora – "The Letter" (A Carta) –, que tem um trecho apresentado na própria página.
Quanto ao sucesso mundial "What's Up", esta música fala de esperança, de querer, mas também de tentar, rezar, torcer.
Fala – a voz de uma mulher – sobre esse mundo parece que feito para os homens, para uma irmandade deles, "seja lá o que isso signifique" – [...] brotherhood of man / for whatever that means [...]".
Fala de destino, de tédio mas também de revolução.
O autor, diretor de teatro e advogado César Vieira (foto), um dos fundadores do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo, morreu nessa segunda-feira (23), aos 92 anos, em São Paulo. As informações são da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Nascido em Jundiaí (SP), em 1931, e batizado como Idibal Almeida Piveta, ele foi “pioneiro na utilização dos processos de criação coletiva, dedicando-se à dramaturgia popular e comprometida com o teatro de resistência”, destaca a ABI.
O velório ocorre nesta terça-feira (23) até as 16h na sede do Teatro Popular União e Olho Vivo, no Bairro Bom Retiro.
Vieira formou-se em Direito e Jornalismo. Ele participou de atividades teatrais desde meados dos anos 1960. Em 1969, um texto dele – O Evangelho Segundo Zebedeu – foi escolhido para iniciar as atividades do grupo União e Olho Vivo, sob a direção de Silnei Siqueira, no Centro Acadêmico 11 de Agosto do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP).
Premiação
Com o texto O Evangelho Segundo Zebedeu, Vieira recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor autor nacional. Ele também recebeu o Prêmio Dramaturgia Funarte-MinC por Os Juãos e os Magalís – Uma Chegança de Marujos, de 1996, e prêmios Mambembe e Flávio Rangel/MinC por Brasil Quinhentão!??, de 1998. Entre os livros publicados por ele, estão Em Busca de um Teatro Popular, João Cândido do Brasil: a Revolta da Chibata e Bumba, Meu Queixada.
A ABI informou que, como advogado, Vieira defendeu presos políticos durante a ditadura militar, tendo sido ele mesmo vítima da repressão do regime. O advogado foi preso e torturado no Departamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo, então comandado pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Na rede social X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do dramaturgo. “Juntando política e cultura, viveu de forma intensa e apaixonada. Soube com tristeza da partida de nosso companheiro. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Idibal Pivetta”, escreveu.
Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 podem, a partir desta terça-feira (24), obter o Cartão de Confirmação, documento onde constam número de inscrição, data, hora e local das provas. O cartão informa, também, sobre eventuais necessidades de atendimento especializado.
O acesso deve ser feito na Página do Participante, por meio de login único da plataforma gov.br. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), caso o participante não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la. “Basta acessar a página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em ‘Avançar’. Em seguida, selecione a opção ‘Esqueci minha senha’”, informou o instituto.
Provas
O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas obtidas nas provas podem ser usadas para o estudante concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e a recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Também podem ser usadas para concorrer a vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep.
Para ajudar os estudantes a se preparar para a prova de redação, o Inep disponibiliza a Cartilha do Participante com informações sobre a Matriz de Referência da prova de redação. Além disso, a cartilha traz amostras comentadas de redações que receberam pontuação máxima – mil pontos – no Enem 2022.
As equipes do Corinthians do Bequimão e do Mercado continuam com 100% de aproveitamento no torneio Sub-17 da segunda edição da Taça Grande Ilha de Futebol Society, competição patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Os times conquistaram duas vitórias nas duas rodadas iniciais e estão muito perto de avançar à próxima fase. As partidas ocorreram na Arena Olynto, no Bairro do Olho d’Água.
Após ter estreado com vitória por 4 a 3 sobre o Audaz, o Mercado bateu o Lyon por 5 a 3 e, agora, lidera o Grupo A com 6 pontos ganhos. Já o Corinthians do Bequimão, pelo Grupo B, conseguiu uma vitória apertada por 2 a 1 sobre o PAC e como também havia vencido o Madri pelo mesmo placar, assumiu a liderança da chave com 6 pontos.
Também pelo Sub-17, o time do Audaz se recuperou do revés na primeira rodada e goleou o Geração Alpha por 6 a 0. Já pelo torneio Sub-15, foram realizadas três partidas: Revelação 5 x 3 GM Sports, Jeito Moleque 1 x 0 CT Sports e Os Feras 7 x 0 IJC.
Próximos jogos
Nesta semana, seis partidas vão completar a segunda rodada dos torneios Sub-15 e Sub-17 da Taça Grande Ilha de Futebol Society. Na quinta-feira (26), a bola rola a partir das 19h45, na Arena Olynto para o seguintes jogos: Craque na Escola x Olímpica (Sub-15), Ferinhas da Vila x Flamengo (Sub-15), SLZ Soccer x Madri (Sub-17) e América x XV de Novembro (Sub-17). Na sexta-feira (27), tem CTFC x Instituto Deck (Sub-15) e Geração Jovem x RAF 07 (Sub-17).
Taça Grande Ilha
Vale lembrar que os grupos dos torneios das categorias Sub-15 e Sub-17 da segunda edição da Taça Grande Ilha de Futebol Society foram definidos durante a solenidade de lançamento da competição, que ocorreu no dia 19 de setembro. Ao todo, 24 times participam desta edição: 12 equipes no Sub-15 e outras 12 no Sub-17.
Durante o lançamento desta edição da Taça Grande Ilha, todos os 24 times participantes receberam kits contendo uniforme completo (camisas, calções e meiões) e bolsas esportivas personalizados. Todo o material será utilizado pelas equipes ao longo de toda a competição.
O surfista maranhense Kadu Pakinha, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, se destacou na disputa da última etapa do Circuito ASN Puro Suco Nova Geração 2023. Com muita habilidade sob a prancha, Kadu conquistou o terceiro lugar na categoria Sub-16 da competição, que ocorreu nesse domingo (22), na Praia de Itacoatiara, em Niterói (RJ).
Kadu Pakinha registrou boas campanhas durante as etapas do Circuito ASN 2023. Na segunda etapa do Nova Geração, realizaida no início de setembro, o surfista maranhense ficou em quarto lugar na categoria Sub-16. Além disso, Kadu garantiu, no início de outubro, a classificação para a final da categoria Sub-18, onde foi o quarto colocado.
Em meio às disputas do Circuito ASN, Kadu Pakinha se destacou na 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, que foi realizado em agosto, na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O jovem atleta chegou às semifinais das categorias Sub-16 e Sub-18 na competição em águas cariocas, melhorando o seu desempenho em relação à primeira etapa, quando atingiu as quartas de final.
Kadu Pakinha continua com o processo de evolução no cenário nacional do surf. Além de chegar às semifinais do Canto Open, disputado em julho, na Praia do Recreio, o jovem atleta participou de duas etapas do tradicional Circuito Brasileiro de Surf de Base, garantindo vaga na segunda fase durante a segunda etapa, que foi realizada entre os dias 10 e 13 de agosto, em Guarujá-SP.
Também na temporada de 2023, Kadu Pakinha teve um ótimo desempenho no Grumari Masters, que ocorreu em maio, na Praia de Grumari, no Rio de Janeiro. Com uma boa apresentação, o atleta maranhense garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino da competição em águas cariocas. Além disso, Kadu representou o Maranhão na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, disputada em maio, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca- (E,) e no Saquarema Surf Pro Am, em julho.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza, nesta terça-feira (24), na Página do Participante, o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Nele, consta o número de inscrição do candidato, além de data, hora e local das provas.
O cartão informa, também, sobre eventuais necessidades de atendimento especializado. Apesar de o cartão não ser obrigatório, o Inep recomenda levá-lo nos dias do exame (5 e 12 de novembro).
O acesso deve ser feito por meio do login único da plataforma gov.br. “Caso o participante não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la. Para isso, basta acessar a página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em ‘Avançar’. Em seguida, selecione a opção ‘Esqueci minha senha’”, informou em nota o Inep.
Provas
O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas obtidas nas provas podem ser usadas para o estudante concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e a recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Também podem ser usadas para concorrer a vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep.
Para ajudar os estudantes a se preparar para a prova de redação, o Inep disponibiliza a Cartilha do Participante com informações sobre a Matriz de Referência da prova de redação. Além disso, a cartilha traz amostras comentadas de redações que receberam pontuação máxima, mil pontos, no Enem 2022.
Pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa têm até sexta-feira (27) para efetivar a inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob Medida Socioeducativa que Inclua Privação de Liberdade (Enem PPL). A inscrição deve ser solicitada ao responsável pedagógico de cada unidade prisional ou socioeducativa. As provas serão aplicadas nos dias 12 e 13 de dezembro, e a divulgação do resultado no dia 16 de janeiro de 2024.
Aplicado desde 2010, o Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies.
Para efetivar a participação, os órgãos de administração prisional e socioeducativa devem firmar um termo de compromisso no Inep, indicando o responsável pedagógico que terá várias funções nas etapas do exame.
Entre as funções do responsável pedagógico, estão o acesso ao sistema de inscrição e a divulgação das informações sobre o exame aos participantes, inclusive informando ao Inep se o participante precisa de atendimento especializado ou tratamento por nome social e anexar a documentação comprobatória no sistema do exame.
O Inep informou que são disponibilizados atendimentos para participantes com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, deficit de atenção, transtorno do espectro autista e discalculia. Gestantes, lactantes, idosos e/ou pessoas com outra condição específica também podem solicitar atendimento.
“O tratamento pelo nome social é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente em consonância com sua identidade de gênero. O responsável pedagógico deverá apresentar documentos que comprovem a condição que motiva o pedido, como cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido, conforme previsto no edital do exame”, informou o instituto.
Caberá, ainda, ao responsável determinar a sala de provas dos candidatos; transferir participantes entre as unidades, quando necessário, dentro do prazo previsto; excluir participantes que tiverem sua liberdade decretada. Além disso, será responsável pela participação dos candidatos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e em outros programas de acesso à educação superior, se for o caso.
No primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no dia 5 de novembro, os candidatos resolverão questões de linguagens, ciências humanas e farão a prova de redação. A redação é a única parte discursiva do exame e não zerar essa prova é requisito para participar de processos seletivos para vagas no ensino superior. A duas semanas para o exame, professores de escolas públicas contam como estão preparando os alunos e dão dicas para quem fará as provas este ano.
“Eu costumo dizer que o Enem é o pagamento, como se fosse a prestação de conta do discente com seus responsáveis e com a escola, de tudo que estudou tanto no ensino fundamental quanto médio”, define o professor de língua portuguesa do Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Gilberto Mestrinho, em Manaus (AM), José Félix da Costa Filho.
A professora de língua portuguesa e redação, Bruna Ribeiro, da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Escritor Paulo Cavalcanti, em Olinda (PE), concorda. “Estamos sempre tranquilizando muito os estudantes. Na verdade, eles vão consolidar, nessa prova, tudo que sabem. Não é nada novo, que possa causar medo ou travá-los. Eles são muito capazes de realizar essa prova e a passar por essa etapa da vida estudantil”, diz.
Escrita e vivência
O Ceti Gilberto Mestrinho está localizado na periferia da capital do Amazonas. Buscando aliar vivências práticas ao aprendizado, a escola promove visitas e cursos para os estudantes em teatros, museus e órgãos públicos na cidade. Essas visitas e vivências acabam se transformando em texto nas aulas de Filho, que aproveita para cobrar as competências exigidas no Enem. “Os estudantes vão a campo e, ao retornar, fazem o registro escrito de tudo, a partir dessa narrativa de experimentação”, explica.
Outra estratégia da rede de ensino é envolver as famílias no aprendizado desde cedo: “Os alunos têm a prática da produção textual com ajuda da família desde as séries iniciais do ensino fundamental. Contam, não só com a comunidade escolar, mas com a família. Aqui, temos o apoio, a família está presente quando solicitada. As temáticas são discutidas e produzidas na sala de aula semanalmente”, afirma.
Na prova de redação do Enem, os estudantes precisam escrever um texto dissertativo-argumentativo. No texto, devem defender um ponto de vista – uma opinião a respeito do tema proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual. Além disso, os candidatos precisam elaborar uma proposta de intervenção social para o problema, apresentado no desenvolvimento do texto, que respeite os direitos humanos.
O texto produzido é avaliado por, pelo menos, dois professores graduados em letras ou linguística, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Essa é a única prova que tem uma nota de zero a mil. Caso tire zero, o candidato é eliminado de processos seletivos que utilizam a nota do exame para selecionar estudantes para vagas no ensino superior. Os temas abordados na redação são de ordem social, científica, cultural ou política.
Sobre os temas cobrados, Filho diz que sempre são de relevância nacional. Podem ser temas que se referem à determinada região, como a Amazônia, onde a própria escola está inserida, mas sempre são assuntos com relevância nacional. “O que temos para 2023 é o grande desafio, o grande paradigma. Eu ainda aposto na questão climática e na questão ambiental, tendo em vista que temos também a desinformação tecnológica. Desenvolvemos tanta tecnologia que hoje estamos desinformados”.
Reforça da prática
A estratégia de Bruna Ribeiro é aumentar a prática nessa reta final. Para se preparar para a prova, a professora recomenda treino constante. “Nessa reta final, estamos buscando muito a prática, diante de tudo que estudamos durante o ano letivo. Nessa reta final, a gente indica que alunos pratiquem, que coloquem todas essas ideias e o repertorio do que estudou ao longo do ano e que fiquem tranquilos”.
Outra dica para um bom texto é a leitura de notícias, para estar informado sobre questões atuais. Livros e cinema também trazem repertório para os textos dos estudantes. Além disso, é importante conhecer legislações-chave, como a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Sobre os temas cobrados na prova, a professora diz que eles buscam que os estudantes sejam capazes de refletir sobre a realidade do país e questões da atualidade. Segundo ela, os assuntos costumam ser importantes não apenas para a prova, mas “para a vida, enquanto cidadãos e para a formação para o mercado de trabalho e para a sociedade”, diz. Entre os assuntos, estão, por exemplo, O trabalho na construção da dignidade humana (2010) e Caminhos para combater o racismo no Brasil (2016).
“Na minha opinião, os assuntos abordados na prova são muito pertinentes, são temas sociais que não são inventados. São propostos de acordo com a realidade do país. Então, com certeza, buscam que o aluno esteja sempre antenado, por dentro de políticas públicas, e atento às lutas das minorias e à busca por uma sociedade mais igualitária, justa e inclusiva”, diz.
Enem 2023
O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) e a recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Também podem ser usadas para vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Para ajudar os estudantes a se prepararem para a prova de redação, o Inep disponibiliza a Cartilha do Participante com informações sobre a Matriz de Referência da prova de redação. Além disso, a cartilha traz amostras comentadas de redações que receberam pontuação máxima, mil pontos, no Enem 2022.
Começa, nesta segunda-feira (23), a aplicação dos testes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a aplicação presencial, que anteriormente se encerraria em 10 de novembro, vai se estender até 17 de novembro.
“O Inep repactuou o prazo a fim de atender às demandas logísticas direcionadas a cada Unidade da Federação – o instituto aplicará as provas em todos os municípios brasileiros”, destacou o órgão. A estimativa é que mais de 8,4 milhões de alunos, 384.337 turmas e 190.160 escolas participem dos testes.
Ainda de acordo com o Inpe, a produção, distribuição e aplicação das provas serão realizadas de forma escalonada, considerando a extensão territorial do país, além das características e peculiaridades de cada local. “Todas as coordenações locais já foram capacitadas”.
Questionários eletrônicos
Além das provas, o Saeb apura várias informações relacionadas à qualidade da educação básica por meio dos questionários eletrônicos que abrangem atendimento escolar; ensino e aprendizagem; investimento; profissionais da educação; gestão; equidade; cidadania, direitos humanos e valores.
O envio dos links para preenchimento foi iniciado em setembro, e o prazo para resposta também se encerra em 17 de novembro.
O sistema
Realizado desde 1990, o Saeb é uma avaliação em larga escala que oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais. “Permite que os diversos níveis governamentais avaliem a qualidade da educação praticada no país, a partir de evidências”, destacou o Inep.
“Entre outros aspectos, também possibilita a compreensão sobre as condições de acesso à escola e de permanência nela, além de avaliar o quão eficiente é o ensino. Por meio de testes e questionários, a avaliação reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelo conjunto de estudantes no contexto escolar”.