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O museu virtual Rio Memórias e a Light apresentam a exposição Rio, Cidade Luz, com inauguração nesta terça-feira (19), às 17h, no Centro Cultural da Light, região central da capital fluminense. A mostra permanecerá no local até 28 de fevereiro de 2024 e poderá ser visitada de segunda a sexta, no horário das 10h às 17h, com entrada gratuita. A exposição mostra as transformações do Rio de Janeiro no início do século XX.

Em paralelo à exposição física, serão lançados o portal Acervo Light e duas galerias no site do museu virtual Rio Memórias, todos com a curadoria do designer e fotógrafo Joaquim Marçal Andrade. 

Durante cerca de sete meses, Andrade pesquisou no acervo de imagens da Light e selecionou, de todo o universo de serviços prestados pela companhia na cidade do Rio, o que poderia usar, dentro da ideia de documentar o desenvolvimento local e as principais transformações sociais e urbanas ocorridas naquela época. “A gente chegou a 1,1 mil imagens, entre negativos, cópias positivas e fundos digitalizados”, disse Andrade à Agência Brasil. Ele também é curador do portal Brasiliana Fotográfica e professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Com esse material, o curador preparou as duas exposições que vão ficar no museu virtual Rio Memórias, com abordagens diferentes. Já na mostra que ocupará parte do Centro Cultural Light, serão apresentadas mais de 30 imagens.

Histórias

No portal do Rio Memórias, o público poderá acessar para consulta e download gratuito 1,1 mil fotografias do acervo iconográfico da Light. Nas exposições virtuais Rio, Cidade Luz e Rio, suas Ruas, sua Gente, a história da expansão da infraestrutura da cidade e da ocupação das ruas é contada por meio de imagens que capturam momentos singulares e textos que guiam o olhar dos visitantes por novas avenidas, velhas ruas em ebulição, trilhos, bondes, conversas roubadas e modas passadas.

“A gente tem que lembrar que as fotos da Light foram feitas com objetivo empresarial. Uma das missões dos fotógrafos que trabalhavam para a empresa era ir à rua fotografar o poste, a fiação, a subestação subterrânea, a obra. Só que, quando ele estava na rua, tirava a foto com a tecnologia daquela época”, disse o curador. Andrade informou, entretanto, que ao examinar a foto com lupa, viu que havia coisas acontecendo ao redor e que eram interessantes.

“São elementos. Coisas que estavam acontecendo ali, que evocam muita memória e não tinham nada a ver com o objetivo do fotógrafo. Uma exposição explora isso. É uma exposição mais sociológica”, destacou. As fotos são apresentadas inteiras e, depois, são mostrados detalhes, com comentários. Esse é a tônica da exposição Rio, suas Ruas, sua Gente. Por meio dessas fotos, Andrade vai contando histórias e pensando, por exemplo, como era a educação no século passado, como era a educação feminina, quando as mulheres passaram a lecionar nas escolas da corte e da República, se o uniforme obrigatório da época era excludente ou não.

Já na exposição Rio, Cidade Luz, que será disponibilizada também no museu Rio Memórias, são abordados os serviços prestados pela Light, cujos sócios foram adquirindo concessões em várias áreas da economia. “Eles se tornaram responsáveis pela iluminação pública, pela geração e distribuição de energia elétrica, pelo fabrico de gás e introdução do fogão. Começaram a comprar as empresas de bondes, introduzindo os bondes elétricos. Acabaram com os bondes a burro. Compraram a Companhia Telefônica, que estava com os alemães, e fizeram a Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Compraram todas as concessões telefônicas no Estado do Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas Gerais. Tentei fazer uma exposição bem saborosa, bem leve”, afirmou Andrade.

O Rio Memórias é um museu virtual, fundado em 2019, cuja missão é registrar, valorizar e divulgar a história e a cultura do Rio de Janeiro. 

(Fonte: Agência Brasil)

Os interessados em participar do processo seletivo da Ilum Escola de Ciência, ligada ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), têm até o dia 20 de dezembro para fazer a inscrição. A Ilum oferece o curso gratuito de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com duração de 3 anos em período integral, em Campinas, no interior de São Paulo. Das 40 vagas oferecidas, 50% são destinadas a alunos de escolas públicas.

Os aprovados contam com moradia, alimentação, transporte, curso de inglês e um laptop equipado com os softwares essenciais para as atividades acadêmicas. “A Ilum ainda garante a passagem do estudante para o início do curso de graduação, eliminando barreiras geográficas e proporcionando igualdade de acesso a todos os futuros cientistas”, informa a instituição.

O processo de seleção passa por três etapas: a inscrição e manifestação de interesse, a verificação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a entrevista individual on-line.

Na fase da inscrição, os candidatos devem preencher o formulário com dados pessoais e responder a perguntas sobre vida estudantil, atividades extracurriculares no ensino médio, interesse em ciência e tecnologia e expectativas em relação ao curso. A nota do Enem é acessada pela escola em fevereiro, por meio do CPF dos inscritos, e os 100 mais bem avaliados passam para terceira fase, a de entrevista online.

Estrutura

Os alunos da Ilum têm acesso a laboratórios equipados com tecnologia de ponta e, desde o início do curso, frequentam os laboratórios do CNPEM, entre eles o acelerador de partículas Sirius, maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil.

Segundo o diretor da Ilum, Adalberto Fazzio, “os alunos da Ilum têm acesso a uma formação interdisciplinar diferenciada pelo convívio com a maior infraestrutura de pesquisa brasileira e um modelo de aprendizado inovador baseado em técnicas de ensino ativo e em projetos ligados a temas atuais na fronteira do conhecimento”.

(Fonte: Agência Brasil)

O longa-metragem carioca Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro, foi o grande vencedor do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme arrebatou sete prêmios, de melhor longa-metragem do júri oficial, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, trilha sonora, menção honrosa, melhor longa do júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e Prêmio Like.

O filme brasiliense Cartório das Almas, de Leo Bello, ganhou o prêmio de melhor longa pelo júri popular. A produção também levou os prêmios de edição de som (Olivia Hernandez) e de direção de arte (Maíra Carvalho).

O filme O Dia que Te Conheci, de André Novais, recebeu os Candangos de melhor roteiro, ator (Renato Novaes) e atriz (Grace Passô), além do Prêmio Zózimo Bulbul, entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema.

Entre os curtas-metragens, o júri oficial concedeu o Troféu Candango ao filme Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel. O filme Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni, levou o prêmio do júri popular. Na votação do público, o documentário Vão das Almas, de Edileuza Penha e Santiago Dellape, foi eleito o melhor curta.

A Mostra Brasília, que premia produções audiovisuais do Distrito Federal, elegeu Rodas de Gigante, documentário sobre o teatrólogo uruguaio-brasiliense Hugo Rodas, como melhor longa-metragem, direção (Catarina Accioly) e montagem (Sérgio Azevedo). O filme recebeu o 25º Troféu Câmara Legislativa.

Primeiro longa-metragem de animação da história do Festival de Brasília, O Sonho de Clarice, dirigido por Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho, levou a maioria dos prêmios técnicos: direção de arte, trilha sonora e edição de som, na Mostra Brasília. O filme Ecos do Silêncio, longa-metragem de André Luiz Oliveira, recebeu o Troféu Câmara Legislativa de melhor fotografia e ator (Thalles Cabral).

(Fonte: Agência Brasil)

Dentro do cofre, no subsolo do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro de São Paulo, uma tela branca estampa a frase escrita com tinta preta: “A arte contemporânea é negra”.

Mais do que uma afirmação, a obra também propõe um questionamento sobre a participação do negro nas artes brasileiras, muitas vezes relegada, marginalizada ou vítima de um apagamento cultural.

A obra manifesto, do artista Elian Almeida, pode ser vista na nova exposição em cartaz no local, denominada Deidade, uma coletânea que reúne cerca de 150 trabalhos produzidos por 61 artistas negros, de diferentes períodos e regiões do país.

“[A mostra] Encruzilhadas vem justamente dessas relações territoriais, com todos esses lugares, essas regiões do Brasil. E vem também de uma intenção da exposição de mostrar como essa produção é abrangente, tanto temporalmente falando – porque a gente tem trabalhos aqui de diversos anos, diversos períodos, de diversos momentos e movimentos artísticos da história da arte no Brasil – mas também artistas de todas as regiões do país”, disse Deri Andrade, pesquisador, jornalista e curador da mostra.

Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou o significado do nome da exposição. “Essas Encruzilhadas se dão justamente nessas relações temporais, nessas relações territoriais e também nessas temáticas, na diversidade de temáticas, do interesse desses artistas por pesquisas que são diversas”, explicou.

A exposição inédita – aberta nesse sábado (16) – fica em cartaz até 18 de março. Ela é um desdobramento do Projeto Afro, plataforma que catalogou mais de 300 artistas negros brasileiros e que foi criada por Andrade. 

“O Projeto Afro é um portal que começa em 2016, ele nasce de uma inquietação minha, eu diria quando eu percebo uma ausência mesmo de um lugar, de um local que reunisse essa produção de autoria negra no Brasil”, detalhou. “Em 2020, a gente lançou a plataforma. No lançamento [da plataforma], tínhamos 134 artistas mapeados e hoje já estamos com quase 350”, acrescentou.

Além de apresentar a produção de artistas negros, Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira também pretende abrir uma discussão sobre os acervos das instituições brasileiras.

“Não basta apenas que essa produção de autoria negra esteja sendo exposta, mas ela precisa também estar inserida num circuito a partir dessas aquisições, dessas obras para essas coleções. A gente sabe como essas coleções ainda são brancas, hegemonicamente brancas. Então, poucos artistas negros ainda estão inseridos nos acervos dessas grandes instituições. Acredito que a exposição, de alguma maneira, tenta trazer também esse debate”, opinou Andrade.

Em visita ao local, Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, disse que a nova mostra é resultado de um edital lançado este ano. “No dia 16 de janeiro, assinamos, junto com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o edital da cultura. A exposição é fruto desse edital”, observou.

“Não tem nada mais eficiente do que aquilo que nos faz refletir, que nos faz pensar. Então, uma exposição dessa magnitude aqui na nossa casa, no CCBB, no Centro Cultural do Banco do Brasil, que é uma empresa de mais de 200 anos, é muito mais do que simbólica. É uma oportunidade de levarmos para a comunidade, de levarmos para todo o país o nosso compromisso com a promoção da igualdade étnico-racial no Brasil”, analisou.

Expografia

A expografia da mostra foi toda pensada para rediscutir a própria arquitetura do Centro Cultural Banco do Brasil, um edifício com estilo francês e ornamentação eclética, comprado pelo Banco do Brasil em 1923 para se tornar a primeira agência em imóvel próprio do banco na capital paulista.

Ao contrário do que ocorre em diversas outras mostras  realizadas no local, Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira não tem início no quarto andar do edifício, encerrando-se no subsolo. Aqui, a proposta de percurso é diferente, iniciando-se justamente no subsolo do prédio.

“Vamos discutir uma nova forma de entender esse prédio”, disse Matheus Cherem, arquiteto e um dos responsáveis pela expografia da mostra. “O lugar do subsolo a quem pertence? Quando pensamos na branquitude, o lugar do subsolo é o ouro. Queríamos fazer uma experiência de ascensão, saindo do subsolo e indo até o último andar. Também ocupamos o máximo possível de salas aqui. As galerias, que normalmente eram de circulação, a gente resolveu colocar obras”, disse ele.

A expografia também utilizou obras para questionar o papel do edifício. Esse é o caso, por exemplo, da obra-manifesto Todo o café, de André Vargas, que foi colocada no alto, logo na entrada do prédio, com a frase “Se os pretos velhos todo o café produziram, a eles todo o café pertence”. Abaixo dela, está a Bandeira Mulambo, do artista Mulambö, que faz uma nova representação de um símbolo já conhecido a partir de vozes negras.

“Não tem como negar que esse prédio representa muito os barões do café de São Paulo. A gente também vai identificar referências religiosas aqui, uma mitologia greco-romana. Logo na entrada, tem Hermes [em uma decoração própria do edifício], que é uma deidade [divindade] voltada ao comércio e à comunicação entre o céu, o Olimpo e a Terra. Por isso, colocamos logo na entrada a Bandeira Mulamba [do artista Mulambö], que tem a ver com Maria Mulamba e Exu, que são entidades, deidades, que fazem essa mesma comunicação”, explicou Cherem.

“A gente tenta - sem afetar o espaço tombado pelo patrimônio - trazer um outro patrimônio, trazer uma outra memória e, como diz a obra, questionar a quem pertence esse café”, sustentou o arquiteto.

Cinco eixos temáticos

A exposição foi dividida em cinco eixos temáticos, que homenageiam cinco artistas negros. No subsolo, onde a mostra é iniciada, o homenageado é o artista Arthur Timótheo da Costa. Uma tela autobiográfica, pintada por ele, mostra Costa ao lado de seu material de trabalho.

O núcleo foi chamado de Tornar-se e apresenta também trabalhos de outros artistas que dialogam com a produção de Costa, seja por meio de autorretratos, seja por meio de pinturas ou fotografias que apresentam o modo de produção de um artista.

“Coincidentemente, esse prédio estava sendo construído enquanto o Arthur produzia. Nas pesquisas que desenvolvemos, achamos muito importante trazer esse fato, falar sobre isso, porque o Arthur é um artista que abre a exposição. É um artista emblemático para pensarmos nessa produção de autoria negra. É um artista que trazia o autorretrato enquanto elemento fundamental para a sua produção. E, nesse primeiro eixo da exposição, a gente vai perceber isso e perceber a importância desse espaço de ateliê, de artista, para que essa produção aconteça, para que essa produção seja fomentada”, explicou o curador.

Do subsolo, a exposição segue para o segundo andar, onde é apresentado o trabalho de Rubem Valentim, considerado um dos grandes nomes do concretismo brasileiro. As obras aqui vistas discutem as linguagens, o modo de se fazer arte no país.

No mesmo andar,  encontra-se o terceiro núcleo da exposição – Cosmovisão – que apresenta trabalhos mais políticos de autores que dialogam com a obra de Maria Auxiliadora. O quarto núcleo – Orum – é dedicado a Mestre Didi e trabalha as relações espirituais e as tecidas entre o Brasil e a África.

Já o último espaço fala sobre Cotidianos e é dedicado ao trabalho de Lita Cerqueira, única artista ainda viva entre os cinco nomes homenageados. “A gente abre a exposição com um artista que se coloca, se afirma como artista, quando ele proclama um autorretrato em que ele segura seus instrumentos de trabalho, seus pincéis. E a gente encerra a exposição com a Lita Cerqueira, que é uma artista que vai dizer que é uma artista negra e que vai registrar isso em seu livro”, frisou o curador.

Além da apresentação dessas pinturas, esculturas, vídeos e documentos, a mostra também se completa com um espaço educativo, instalado no primeiro andar do prédio. Também haverá performances, laboratórios e oficinas e um espaço no qual o público poderá consultar material de pesquisa e acessar a plataforma do Projeto Afro (https://projetoafro.com/).

“A exposição não abre agora e não se encerra nessa abertura. Ela continuará reverberando com essas ações e com essa aproximação com o educativo”, declarou Andrade.

A mostra Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é gratuita. Mais informações podem ser obtidas no site do CCBB.

(Fonte: Agência Brasil)

No canto da parede, um idoso repousa, lábios cerrados e um olhar à frente, sem piscar. Chegando mais perto é possível ver as marcas do tempo em seu rosto e uma expressão séria, representando alguma angústia ou solidão. Seu corpo também mostra a marca de uma possível cirurgia realizada no peito.

Embora muito detalhista e de grande precisão, esse idoso é apenas uma representação da realidade. Ele é uma das dez obras hiper-realistas do jovem artista brasileiro Giovani Caramello, que integra a exposição Hiper-realismo no Brasil, que ocorre na Caixa Cultural São Paulo, ao lado da Praça da Sé, no centro da capital paulista. Essa imagem, inclusive, ilustra a capa do catálogo dedicado à mostra.

A semelhança com o real é impressionante no trabalho de Caramello, um artista autodidata nascido em Santo André, em 1990. E é por isso que sua obra faz parte de um movimento artístico chamado hiper-realismo.

“O Giovanni Caramelo é um jovem artista que mora em Santo André. Ele começou sua prática na escultura a partir de um interesse que estava ligado à sua prática profissional. Ele trabalhava num escritório de modelagem 3D e, de forma a melhorar no trabalho, ele começou a estudar algumas técnicas de escultura. Muito rapidamente começou uma produção autoral a partir dessa busca, pelo desenvolvimento dessas técnicas. E nesse processo ele desenvolveu uma pesquisa sobre o hiper-realismo, que é esse movimento artístico que tem início ali no final dos anos 70 e começo dos anos 80”, explicou Ícaro Ferraz Vidal Júnior, curador da exposição, em entrevista à Agência Brasil.

As dez obras em exposição foram produzidas pelo artista entre os anos de 2017 e 2022.

Seu trabalho é feito em resina, silicone e terracota e busca traduzir questões relacionadas à efemeridade do tempo – e à solidão. Nesta exposição, há também esculturas feitas em bronze e cerâmica. “Aqui na curadoria a gente construiu uma espécie de narrativa: os primeiros personagens [que aparecem na sala expositiva] são crianças e você vai vendo um envelhecimento progressivo. O hiper-realismo do Giovanni Caramello está a serviço de uma poética que não se esgota nessa exibição da virtuose técnica, mas que está justamente a serviço de mostrar as inscrições do tempo sobre o corpo humano. Então, é como se ele produzisse biografias ficcionais, escrevendo rugas, pintas e cicatrizes sobre esses personagens”, descreveu o curador.

Ao mesmo tempo, esses personagens retratam uma certa solidão. “São figuras solitárias, são figuras que são atravessadas por sentimentos e emoções nos quais a gente de alguma maneira se projeta. Acho que é inevitável a gente pensar o que esse personagem está sentindo, qual é a história dele, por que ele está assim”, falou.

Além da preocupação narrativa, a curadoria também pensou em apresentar a diversidade de obras de Caramello. “Era interessante curatorialmente mostrar que o Giovani tem uma entrada na escultura pelo hiper-realismo e pelo desenvolvimento de técnicas muito avançadas de representação. Mas ele também tem um diálogo com a tradição da escultura clássica. A ideia era um pouco também de ampliar o olhar para a produção do Giovanni, mostrando que, para além do fascínio que a virtuose técnica exerce, tem, primeiro, uma pesquisa muito consistente”, falou o curador.

Visitantes

O artista Alex dos Santos, que vai expor uma de suas obras na recém-inaugurada exposição Mamáfrica - Ancestralidades Africanas no Brasil e em Cuba, também em cartaz na Caixa Cultural de São Paulo, visitou a mostra dedicada a Giovani Caramello em São Paulo. Em entrevista à Agência Brasil, ele contou que o hiper-realismo é uma técnica utilizada por artistas para buscar a perfeição.

“Não conhecia o trabalho dele [Caramello]. Estou conhecendo agora esse artista incrível. Aquela obra [ele aponta para a obra expositiva Onde Habitam Meus Demônios, que apresenta a cabeça de um homem] mostra um pouco de tristeza e de solidão”, falou Santos.

A mostra também já foi visitada pela professora Priscila Morrone, que foi ao local levando o filho de uma amiga. “Também sou do ABC Paulista e acompanho o artista há algum tempo. Já estive em outras exposições e gosto bastante [do trabalho dele]. Só sinto falta de representações de outros corpos, não padronizados. Talvez ele tenha e não esteja aqui, já que a exposição não corresponde a tudo o que ele já fez. Mas sinto falta disso, ainda mais estando aqui com uma criança negra”, disse ela.

Priscila acrescentou que, apesar disso, admira muito o detalhismo do artista. “Os detalhes me impressionam e a capacidade de olhar para uma dessas obras e de sentir a expressão delas pelo olhar”.

Em resposta a esse questionamento feito pela visitante, o curador afirmou que a obra de Caramello acaba refletindo muito sobre seu próprio corpo. “Uma possibilidade de leitura do trabalho dele, sobretudo sobre esse aspecto mais afetivo e emotivo, é de que teria algo de autobiográfico. Acaba que o próprio corpo do Giovani serve de referência para essas figuras”.

A exposição, que já passou por Curitiba, fica em cartaz em São Paulo até o dia 18 de fevereiro. Depois, ela segue para uma temporada em Recife. A mostra Hiper-realismo no Brasil, de Giovani Caramello é gratuita. Mais informações sobre ela podem ser obtidas no site da Caixa Cultural.

(Fonte: Agência Brasil)

Um dos grandes nomes da bossa nova, o cantor e compositor Carlos Lyra morreu na madrugada deste sábado (16), no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Unimed Barra, na zona oeste da cidade. Carlos Lyra tinha 90 anos. A causa da morte não foi informada.

“É com imensa tristeza que comunicamos a passagem do compositor Carlos Lyra, nessa madrugada, de forma inesperada. A todos, agradecemos o carinho”, informou uma publicação no perfil de Instagram do artista.

Um dos principais parceiros de Vinicius de Moraes, Lyra é autor de composições que ajudaram a formar a bossa nova, como Você e EuCoisa Mais Linda e Minha Namorada.

Carreira

Carlos Eduardo Lyra Barbosa nasceu em 11 de maio de 1933. Era carioca do Bairro de Botafogo, na zona sul da cidade. De acordo com o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, começou a fazer música com um piano de brinquedo, aos 7 anos de idade. Na adolescência, quebrou uma perna durante uma atividade esportiva. A recuperação o deixou de cama por seis meses. Período que aproveitou para fazer uma imersão num dos instrumentos que seria um grande parceiro de vida, o violão.

Ainda no antigo segundo grau – o que hoje se chama de ensino médio – conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, por onde passaram nomes como Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá.

A primeira canção escrita por Lyra foi Quando Chegares, em 1954. Em 1955, iniciou a carreira profissional como músico, tocando violão elétrico no conjunto de Bené Nunes. Compôs Maria Ninguém, entre outras músicas com letras suas. Já em 1956, seu samba Criticando foi gravado pelo grupo vocal Os Cariocas.

Bossa nova

Entrou para o rol de ícones da bossa nova, ao lado de parceiros como Ronaldo Bôscoli, a dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes e o intérprete João Gilberto, todos representados no álbum Chega de Saudade, lançado em 1959 e que consolidou o estilo musical.

Carlos Lyra teve passagem também como diretor musical do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi um período em que entrou em contato com compositores populares como Zé Keti, Cartola, Nelson Cavaquinho, Elton Medeiros e João do Vale. O hino da UNE é uma parceria de Lyra com Vinicius de Moraes.

Atuou ainda como diretor musical da Rádio Nacional, exercendo o cargo até o golpe militar em 1964.

Por quatro anos, morou no México, onde se apresentou ao lado do saxofonista americano Stan Getz.

Em quase 70 anos de carreira, lançou e participou de inúmeros álbuns, se apresentou em shows dentro e fora do Brasil e musicou peças teatrais e filmes.

Toquinho, Baden Powell e Aldir Blanc também figuram na lista de parcerias. Além disso, se apresentou com diversos grandes nomes da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Leila Pinheiro e Nana Caymmi.

Em 2008, publicou o livro Eu e a Bossa Nova, sobre as trajetórias entrelaçadas da sua vida e do estilo musical.

Homenagens

Lyra era casado com Magda Pereira Botafogo. Ao completar 90 anos, recebeu várias homenagens. Uma delas é o lançamento do álbum Afeto, que faz um passeio por todas as fases e estilos da obra do compositor. Os arranjos foram feitos por João Donato, Marcos Valle, Jaques Morelenbaum, Antônio Adolfo e Gilson Peranzzetta.

O disco traz uma seleção de músicas interpretadas por vozes de grandes nomes da música brasileira, como Mart’nália, Gilberto Gil, Joyce Moreno, Ivan Lins, Caetano Veloso, Lulu Santos, Djavan, Marcos Valle, Patrícia Alvi, Fernanda Abreu, Leila Pinheiro, Wanda Sá, Paula Morelenbaum, Roberto Menescal, Edu Lobo e Mônica Salmaso.

Os shows de lançamento foram no começo de dezembro, no Sesc Pompeia, em São Paulo.

(Fonte: Agência Brasil)

Nascido em 15 de dezembro

FREI EPIFÂNIO DA BADIA: CONSTRUTOR DE OBRAS... E BOM DE BOLA

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– “Quero ficar em Imperatriz”

Com essas quatro palavras, Frei Epifânio Taioli, o Frei Epifânio da Badia, respondeu a uma oferta para ir para uma cidade que pudesse oferecer melhor assistência médica, inclusive cirúrgica, em meados de 1983.

Mas, como quem prefere não se afastar da cidade amada, Frei Epifânio deu seu último suspiro em Imperatriz há 40 anos, às 18h30 de 8 de fevereiro de 1983. Como testemunhou por escrito o Frei Elias Baldelli, Frei Epifânio, no começo daquele mês, foi acometido “por incômodo intestinal persistente” e “foi cuidadosamente atendido e internado no vizinho Hospital Santa Maria” (situado a poucos metros da Igreja São Francisco, a menos de um quarteirão de onde eu morava). A certidão de óbito registrou: “a) parada cardíaca pós-operatória; b) apendicite supurada, com peritonite; c) aterosclerose coronária”. Tinha 66 anos.

Os registros dizem que, com o anúncio da morte de Frei Epifânio, “Imperatriz parou”. O Poder Executivo decretou luto oficial e feriado em 9 de fevereiro, dia em que se faria o sepultamento, no Cemitério Campo da Saudade.

Para o velório e enterro vieram pessoas de diversas cidades, pessoas que se juntaram à população imperatrizense no adeus ao Frei realizador do novo, como a prática apaixonada e tecnicamente talentosa de futebol e a construção de igrejas, capelas e outras obras até hoje existentes em Imperatriz. O “Atleta de Cristo”, se era pequeno na estatura física, era enorme como realizador da obra de Deus e construtor de obras dos homens.

O filho de Badia

Quando nasceu para o mundo, sua família deu-lhe o nome de TAIOLI GIUSEPPE GINO. Quando renasceu para Deus, ele escolheu o nome FREI EPIFÂNIO TAIOLI, abreviado como nome religioso para FREI EPIFÂNIO, ao qual foi incorporado, como tradição, o primeiro nome da cidade italiana em que nasceu – Badia Calavena, da província de Verona. Assim, ficou conhecido o religioso bom de obras, bom de Bíblia, bom de bola: FREI EPIFÂNIO DA BADIA, nome oficial do Estádio Municipal de Imperatriz, conforme eleito pelos torcedores e de acordo com a lei cujo projeto foi de autoria do jornalista Edmilson Sanches, quando vereador, em maio de 2010. Ao ato na Câmara Municipal compareceram religiosos da Ordem franciscana.

Frei Epifânio nasceu no dia 15 de dezembro de 1916, quando o mundo estava no meio da 1ª Guerra Mundial. Seus pais eram Dª Maria Consolaro e o Sr. Taioli Giuseppe.

Com 25 anos, em 25 de julho de 1942, foi ordenado sacerdote. Escolheu “Epifânio” como nome religioso em homenagem a Santo Epifânio, que nasceu na Palestina em cerca de 310 e faleceu no ano 403, em naufrágio perto de Salamina, à época cidade-estado grega onde era bispo, na ilha de Chipre.

“Epifânio” é nome formado dos termos gregos “epí”, que significa “a mais” ou “somado a”, e “phaíno”, que significa “brilhar”, “tornar visível”, “mostrar”, “revelar”. Daí vem a palavra “epifania”, que é, na Igreja Católica, a manifestação da potência de Deus, a aparição de Jesus Cristo.

Desde o princípio, Frei Epifânio queria ser missionário, atividade associada ao sacerdócio, pois, como ele próprio declarou, queria ter à sua disposição “todos os meios possíveis para a salvação das almas”.

Chegou ao Brasil em 27 de novembro de 1947, prestes a completar 31 anos. A intensa participação de Frei Epifânio nas comunidades não conflitava com os rígidos princípios que ele mantinha.

Após chegar ao Brasil, foi para o Estado do Ceará, onde permaneceu pouco tempo. A partir daí, deu início à sua odisseia religiosa, comunitária e construtiva em solo maranhense.

Começou no município de Barra do Corda, na Missão de Alto Alegre. Após alguns anos, foi para a prelazia de Grajaú. A seguir, em 1953, nomeado pároco de Porto Franco e Imperatriz. Três anos depois, em 18 de novembro de 1956, é nomeado pároco exclusivamente de Imperatriz – e, como diz a expressão popular, daqui não saiu nem morto. “Fiat voluntas tua”. Foi feita a vontade dele.

Obras

Além de edificar um grande número de pessoas para a Fé, Frei Epifânio foi quem construiu ou deu início à construção do maior número de igrejas e capelas em Imperatriz, bem como idealizou e construiu o Centro de Treinamento Anajás, no Bairro Bom Jesus. Entre outras obras suas, registrem-se: o ginásio e a Igreja de São Francisco (centro de Imperatriz), a Igreja de Nossa Senhora de Fátima (centro), a Igreja do Menino Jesus de Praga (Bairro Vila Nova) e a capela Nossa Senhora Aparecida (no Cemitério Campo da Saudade, Bairro Santa Inês) e a Igreja Nossa Senhora Aparecida (Entroncamento).

Na Academia

Após uma vida de serviços à causa de Deus e dos homens em Imperatriz e região, Frei Epifânio da Badia chegou aos bancos acadêmicos – não como professor, que ele poderia ser, mas como objeto de estudo, de pesquisa e reflexão. Tema de trabalho universitário no Curso de Teologia da Faculdade de Educação Santa Teresinha (Fest). E chegou pelas mãos e mente de alguém que aprendeu a gostar de Frei Epifânio a partir das arquibancadas, vendo o notável religioso jogar – jogar bem... e bem-vestido (de batina). Era o menino Jackson Pereira Silveira, que, encantado com o frei e o futebol, anos depois, tornou-se o melhor árbitro desse esporte em Imperatriz e redondezas, com destaque também em jogos de competições nacionais.

O trabalho de conclusão de curso intitula-se “O FUTEBOL COMO INSTRUMENTO DE EVANGELIZAÇÃO: O EXEMPLO DE FREI EPIFÂNIO EM IMPERATRIZ” e é o primeiro a reunir um vasto número de documentos e informações inéditas, muitas delas utilizadas neste texto. Jackson da Silveira, de grande ativismo religioso na Igreja Católica imperatrizense, está sendo “cobrado” e incentivado por amigos seus e admiradores de Frei Epifânio para publicar seu trabalho em forma de livro o mais breve possível. Será uma apreciada contribuição à vida do frei, à causa da Igreja e às “coisas” do Esporte.

Eterno

Frei Epifânio está eternamente na cidade, como eterna serão suas obras ou, pelo menos, a lembranças delas e, sobretudo, a lembrança dele.

Mais sobre Frei Epifânio no texto a seguir. (EDMILSON SANCHES)

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ESTÁDIO TEM NOME OFICIAL DE FREI EPIFÂNIO DA BADIA

Abaixo, a íntegra do projeto de lei que oficializou o nome da principal praça de esportes do município maranhense de Imperatriz. A seguir, a “justificativa” do projeto, onde o autor, Edmilson Sanches, mostra as razões para o ato oficial.

Projeto de lei

DISPÕE SOBRE O NOME OFICIAL DE PRAÇA ESPORTIVA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Art. 1º – Fica denominado oficialmente “ESTÁDIO MUNICIPAL FREI EPIFÂNIO DA BADIA” o campo de futebol, com suas instalações, arquibancadas e demais obras de construção civil, situado no Centro de Imperatriz, no quarteirão formado pelas ruas Coriolano Milhomem, “Y”, Rui Barbosa e Gonçalves Dias.

Parágrafo único – Para efeitos históricos, ficam registradas as antonomásias de origem popular “Gigante da Mané Garrincha” e “Colosso do Frei” como denominações sinônimas, qualificativas e laudatórias.

Art. 2º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES DO PALÁCIO DORGIVAL PINHEIRO DE SOUSA, EM IMPERATRIZ, ESTADO DO MARANHÃO, AOS 6 DIAS DO MÊS DE MAIO DE 2010. (EDMILSON SANCHES – Vereador)

Justificativa

O nome do campo de futebol municipal, com suas instalações, arquibancadas e outras obras civis, não foi oficializado até hoje. Pesquisa feita pela Secretaria Executiva da Câmara Municipal de Imperatriz, a pedido do vereador signatário, confirma que desde a década de 1960, a partir da qual existem em arquivo as leis municipais, não se registra nenhuma lei que trate da matéria.

Ressalte-se que o projeto de lei que agora se apresenta não mudará o nome da pessoa homenageada (diga-se e reforce-se: homenageada com justiça, pelo pioneirismo de Frei Epifânio e por seu amor ao futebol como esporte como técnica, como tática, como arte, como prática). A presente proposição apenas oficializará qual das designações será adotada em Lei: “Estádio Municipal Frei Epifânio da Badia” ou “Estádio Municipal Frei Epifânio”.

Pela lei, quem oficializa nome em ruas, praças e prédios públicos é o Poder Legislativo, a Câmara. E como a Câmara, em tese, representa o Povo, nada como perguntar à população sobre algo que se relaciona com o esporte de mais paixão do povo brasileiro – o futebol.

Para sugestão do nome oficial, foi feita votação entre torcedores, jornalistas desportivos, atletas e dirigentes de clubes, além de populares nas ruas de Imperatriz.

Foram visitados programas de rádio sobre esporte e assuntos comunitários, com participação ao vivo de torcedores, populares, jornalistas e dirigentes esportivos. Destes, inclusive, a recomendação ou reforço para que fossem consultados, no Estádio, os torcedores, o que foi feito na tarde-noite do dia 1º de maio de 2010, quando pela primeira vez, após a inauguração das novas instalações, jogaram os clubes profissionais do município JV Lideral e Imperatriz. Assessores da Câmara, colaboradores e o vereador signatário, todos pagantes dos ingressos, distribuíram folheto explicativo sobre a pesquisa e recolheram a sugestão daqueles que se dispuseram a participar. O resultado foi apurado na manhã de quinta-feira, dia 6/5/2010, na Câmara Municipal, em contagem aberta e transparente.

O homenageado, Frei Epifânio da Badia, nasceu em 15 de dezembro de 1916 em uma pequena cidade italiana de menos de 2.500 habitantes. Essa cidade se chama Badia Calavena. É daqui que veio o nome religioso do frade desportista: Frei Epifânio da Badia (não é “Abadia” nem “da Abadia” nem “d’Abadia”).

E qual o porquê do nome? Desde antigamente, as pessoas que se devotam ao mundo religioso escolhem ou têm seu próprio nome religioso. É como se “morressem” para o mundo material, secular, e “renascessem” para um novo mundo, o espiritual, com novo nome. Geralmente esse nome faz referência ao nome da cidade onde a pessoa nasceu. Cite-se, por exemplo, São Francisco de Assis, da cidade de Assis, Itália, cujo nome verdadeiro, oficial, era Giovanni di Pietro di Bernardone.

Assim também é com Cristo, chamado “Jesus de Nazaré”, pois o Filho de Deus procedia da cidade de Nazaré, em Israel.

Maria Madalena, filha da cidade de Magdala (Israel).

Paulo de Tarso, o apóstolo, era filho de Tarso, na Turquia.

Santa Teresa d’Ávila, padroeira de Imperatriz, era filha de Ávila, cidade da Espanha.

E mais uma: Madalena de Canossa, que dá nome a uma escola de Imperatriz, era uma rica princesa italiana, da cidade de Canossa, que abandonou tudo para se dedicar aos pobres.

Com 22 anos Frei Epifânio foi ordenado sacerdote. Veio para o Brasil cinco anos depois, em 1947. Veio para Imperatriz em 10 de outubro de 1952. Aqui morreu trinta anos depois, em 1982.

Frei Epifânio gostava de futebol e o praticava. Era conhecedor de técnicas e táticas. Jogou de batina até conseguir autorização da Igreja para jogar de calção.

Foi um frei que prestou muitos serviços para o município de Imperatriz: foi responsável por duas grandes paróquias (São Francisco e Fátima), dirigiu e construiu igrejas, organizou clubes de futebol e, entre outras atividades e realizações, dirigiu o Ginásio Bernardo Sayão. (EDMILSON SANCHES –Vereador)

Fotos:

Frei Epifânio, de batina, jogador do Nacional Futebol Clube, de Imperatriz, em 1960. E com a seleção de futebol de Montes Altos e a equipe do Formiga Futebol Clube.

Neste domingo (17), será lançada, oficialmente, a primeira edição do Maranhão International Cup, competição de beach-soccer que reunirá as seleções principais do Brasil, Emirados Árabes, Marrocos e Estados Unidos. O lançamento vai ocorrer no Rio Poty Hotel, em São Luís, a partir das 13h.

O Maranhão Cup é um torneio internacional e preparatório para a Copa do Mundo de Beach-Soccer da Fifa 2024. Isso porque três das quatro seleções participantes no Maranhão Cup já estão garantidas no Mundial do ano que vem, que ocorrerá entre os dias 15 e 25 de fevereiro em Dubai.

A Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, em São Luís, receberá as disputas do Maranhão Cup entre os dias 12 e 14 de janeiro de 2024. A tabela e os detalhes do torneio serão apresentada durante o lançamento oficial da competição neste domingo.

Serviço

O QUÊ: 

Lançamento da 1ª edição do Maranhão International Cup de Beach-Soccer 2024

QUANDO: 

Domingo (17), às 13h

ONDE: 

Rio Poty Hotel, em São Luís  

CONTATO: 

(98) 98135-9201

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Coronel Carlos Furtado e Sônia Rosita

A Academia Maranhense de Ciências, Letras e Artes Militares (Amclam) realizou no dia 5 de dezembro deste ano, no Panteão Anei, mais um evento de excelência, significativamente elogiado por todos os presentes.

Em cumprimento ao V Ciclo de Palestras “Elogio ao Patrono”, a acadêmica Sônia Rosita Costa Muniz, artista plástica, 2ª ocupante da cadeira nº 12, patroneada pelo maestro João Carlos Dias Nazareth, surpreendeu os presentes com uma palestra recheada de novidades.

Realizando uma profunda pesquisa em várias instituições, entrevistas e consultas a várias personalidades, Sônia Muniz propiciou aos presentes momentos agradáveis em que reinaram a versatilidade e o bom gosto, trazendo à baila um material qualitativo sobre a vida e a obra desse insigne imortal músico, compositor, escritor, ator cinematográfico, folclorista, militar e, por aclamação, um dos maiores maestros maranhenses.

Na plateia, seu neto Jorvanie Nazareth, representante da família, em vários momentos, ficou maravilhado com algumas informações que desconhecia.

O público, integrado por militares, escritores, acadêmicos e interessados, cantou, com os músicos convidados, o “Hino da Polícia Militar do Maranhão”, bem como os sucessos gravados pela filha Alcione de Nazaré “Cajueiro velho” e “Etelvina minha nega”, todos de autoria do músico e compositor, interpretados pela cantora maranhense Fátima Passarinho, acompanhada pelo trompetista Pedro Henrique e pelo violonista Arlindo Piupiu.

Com inserções sobre Pedro Ivo, ocupante anterior da cadeira nº 12, a artista plástica palestrante, ao término, presenteou a Amclam com uma tela pintada para a ocasião, “Maestro com o seu pistom”, em que retrata João Carlos com o instrumento que o consagrou.

(Fonte: Blog do Wellinton Rabello)

Neste domingo (17), haverá grito de campeão na Praia do Calhau, em São Luís. Os campeões dos torneios Adulto Feminino e Sub-17 Masculino da segunda edição do Praia do Futebol, competição patrocinada pelo governo do Estado, pelo Grupo Audiolar e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, vão ser finalmente conhecidos. As finais estão marcadas para começar a partir das 13h. 

A primeira decisão do domingo será pela categoria Adulto Feminino. Invictas na competição, as equipes do Jeito Moleque e do Fênix duelam pelo título. Na sequência, às 13h40, a bola rola pela final do Sub-17 Masculino. 

Os finalistas do torneio masculino vão ser definidos somente no domingo. As semifinais serão realizadas a partir das 12h, com a partida entre Colégio Militar e Transformar. Logo em seguida, às 12h40, ocorre a segunda semi entre CCB e Escolinha Jaime. Os vencedores desses confrontos fazem a final do Sub-17 Masculino a partir das 13h40.    

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PRÓXIMOS JOGOS

Domingo (17.12) / Praia do Calhau (Campo 1)

12h – Colégio Militar x Transformar (semifinal Sub-17)

12h40 – CCB x Escolinha Jaime (semifinal Sub-17)

13h – Jeito Moleque x Fênix (final Adulto Feminino)

13h40 – Final Sub-17 

(Fonte: assessoria de imprensa)