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João Machado Guedes, conhecido como João da Baiana, foi um compositor popular, cantor, passista e instrumentista brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro, em 1887, e é considerado um dos pioneiros do samba. Nesta sexta-feira (12), são completados os 50 anos de sua morte. Filho de Félix José Guedes e Perciliana Maria Constança, João era o caçula e único carioca de 12 irmãos.

O nome João da Baiana veio do fato de sua mãe ser conhecida como Baiana. Nascido na zona portuária, ele cresceu na Rua Senador Pompeu, no Bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, e foi amigo de infância dos compositores Donga e Heitor dos Prazeres.

“João da Baiana foi do grupo de Pixinguinha Os Oito Batutas. Só que ele não viajou para a Europa [com o grupo], em 1922, porque tinha um emprego fixo. Era funcionário público da Marinha e não foi para a França”, lembrou, em entrevista, nessa quarta-feira (10), à Agência Brasil o também compositor, radialista, apresentador e estudioso das questões afro-brasileiras Rubem Confete.

Segundo Confete, João da Baiana era um percussionista extraordinário. "Tocava o pandeiro adufe [pandeiro quadrado], quase um tamborzinho. E ele tocava com uma precisão incrível. Parecia que tinha uma bateria na frente dele”.

Como todo negro àquela época, João da Baiana chegou a ser perseguido pela polícia por vadiagem. Por isso, o senador Pinheiro Machado autografou o pandeiro de João e lhe disse que, quando a polícia chegasse e pedisse documento, que ele mostrasse o autógrafo. “Era um cara incrível o João. Trabalhou na Rádio Nacional, onde fez muitos programas. Era uma pessoa gentil; ia para o 22º andar [do prédio da rádio] e distribuía balas para as crianças; ficava conversando”.

Percussão no choro

Rubem Confete destacou que João da Baiana teve importância fundamental para o choro porque, antes, este gênero musical não tinha instrumento de percussão. “Era violão, cavaquinho, flauta, mas percussão, não. Ele, se não for o primeiro, é um dos introdutores da percussão no choro. Deu um outro sentido, outro balanço para o choro”.

João compunha também, transmitindo a realidade de seu povo àquela época. São exemplos as músicas Batuque na Cozinha e Cabide de Molambo. “O que estava acontecendo com o povo preto daquela época. Ele é quase da época da abolição da escravatura. Era uma outra realidade, com a Lei Áurea recém-assinada. Uma realidade bastante miserável, mas com muita festa.” As duas músicas foram lançadas por João da Baiana em 1968, durante a gravação do LP Gente da Antiga, com Pixinguinha e Clementina de Jesus.

As músicas foram regravadas, posteriormente, por Martinho da Vila. “Ele {[João] foi até o final junto com Pixinguinha e Donga”. No fim da vida, retirou-se para a Casa dos Artistas, no Bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, vindo a falecer em 1974, aos 87 anos.

Rubem Confete recordou a elegância de João da Baiana. Usava um chapéu gelot, de estilo europeu, paletó do tipo jaquetão, gravata bordô com laço, calça risca de giz preto e branco e sapato de duas cores. “Ele se vestia de maneira elegante. Ficava ali no Largo de São Francisco da Prainha e cumprimentava a todos”. Rubem Confete conheceu João da Baiana entre 1952 e 1953. “Ele estava lá. Foi a primeira grande figura que eu conheci da Pedra do Sal; já era funcionário da Marinha e fazia trabalhos na Rádio Nacional." Martinho da Vila deu uma recuperada nas músicas de João. “Para a turma nova, a composição era do Martinho, mas ele disse logo: ‘não é minha. É do João da Baiana’”.

Ranchos

Quando criança, João frequentou rodas de samba e macumba que eram realizadas clandestinamente nos terreiros cariocas. Entre os 8 e os 10 anos de idade, participou de algumas das primeiras agremiações carnavalescas, chamadas ranchos, como porta-machado (figurante que abria os desfiles), no Rancho Dois de Ouro e no Rancho da Pedra do Sal. Nessa função, já empunhava o pandeiro, que aprendeu a tocar com sua mãe. A partir de 1923, passou a compor músicas e a gravar em programas de rádio. Sua primeira composição foi Pelo Amor da Mulata, seguindo-se Mulher Cruel, em parceria com Donga e Pixinguinha, e ainda Pedindo Vingança e O Futuro é uma Caveira. Em 1928, foi contratado como ritmista.

Além dos pandeiros, sua especialidade eram o prato e a faca, como instrumentos da tradição do samba, populares nas gravações da época. Integrou alguns dos pioneiros grupos profissionais de samba, como o Conjunto dos Moles, os grupos do Louro, da Velha Guarda e Diabos do Céu. Em 1940, participou da gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio Uruguai, para o disco Native Brazilian Music, do maestro Leopold Stokowski, com sua música Ke-ke-re-ké. Na década de 1950, voltou a se apresentar nos shows do Grupo da Velha Guarda, organizados por Almirante, e continuou compondo até a década de 1970.

Atualmente, alguns pertences do músico integram o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, entre os quais estão o prato e a faca, instrumentos que o consagraram.

Depoimento

De acordo com o Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, em depoimento prestado ao Museu de Imagem e de Som (MIS), João recordou que, na época, o pandeiro era só usado em orquestras. “No samba, quem introduziu fui eu mesmo. Isto mais ou menos quando eu tinha 8 anos de idade e era porta-machado no Dois de Ouro e no Pedra do Sal. Até então, nas agremiações só tinha tamborim e assim mesmo era tamborim grande e de cabo. O pandeiro não era igual ao atual. O dessa época era bem maior”.

Em 1966, após seu nome ter sido escolhido por unanimidade pelo Conselho Superior de Música Popular Brasileira do MIS, foi convidado por Ricardo Cravo Albin para dar o primeiro depoimento sobre o equipamento. Seu histórico depoimento teve grande repercussão na imprensa e inaugurou, junto à mídia, o próprio museu, até então desconhecido.

Em 2011, em convênio com o Instituto Cultural Cravo Albin, foi lançada pelo selo Discobertas a caixa 100 anos de música popular brasileira. No volume 1, está incluída a gravação do samba Cabide de Molambo, de João da Baiana, na voz de Paulo Tapajós.

(Fonte: Agência Brasil)

O Beco dos Carmelitas, na Lapa, virou um grande museu de arte urbana a céu aberto do Estado do Rio de Janeiro. O Corredor Cultural Beco do Pantera, criado no local, inaugura etapa no próximo sábado (13), com evento que reunirá diversas atividades gratuitas e shows, no horário das 10h às 22h. A classificação é livre.

Trata-se do Beco Verde, iniciativa da Tropa da Solidariedade. O projeto é liderado pelo rapper Shackal e inclui nomes de peso da arte urbana no Brasil e no mundo, entre os quais estão Bragga, Marcelo Ment, André Kajaman, Bella Phame, Juliana Angelino, Bruno Big, Thiago Tarm, Pandro Nobã, Juliana Fervo, Ivan Ninety e Feo Flip.

Em entrevista nessa quinta-feira (11) à Agência Brasil, Shackal revelou que, quando a Tropa da Solidariedade entrou no beco, encontrou tudo escuro, com muitos moradores em situação de rua, e violência. “As pessoas precisando, porque não tinham onde morar. A rua estava escura, suja, cheia de lixo, com muita gente dormindo no chão. Entramos, fizemos parceria com os moradores, com o prédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pedimos permissão para pintar a parede. Tiramos o que estava sujo ali. A agência ajudou com a iluminação. A tropa foi atrás da RioLuz, iluminamos a rua. Um depósito de ferro velho que havia ali fechou, a rua ficou mais tranquila”, contou Shackal.

Rapper Shackal

Os artistas envolvidos na recuperação do local começaram a grafitar as paredes do beco antes da pandemia de covid-19 e retornaram após a suspensão das medidas de distanciamento social. A tropa criou uma sede no Beco dos Carmelitas número 09B e decidiu revitalizar o bairro por meio da arte urbana. “Criamos esse Corredor Cultural Beco do Pantera que vai até a Rua Teotônio Regadas, na Escada Selarón. A gente vem grafitando os muros baixos. Já deu outra cara para a rua”.

Envolvimento

“Nesse momento, os moradores que não acreditavam mais que poderiam melhorar o espaço já estão se envolvendo, decorando a rua, cuidando dos grafites. Tem vários murais. Já virou um ponto de visitação, mesmo a gente não tendo ainda lançado. O pessoal está fazendo tours, mostrando as artes, as obras. A rua já está voltando a viver”, completou.

A primeira intervenção, no sábado (13), terá barracas, feira, shows, “energia boa, com esperança, com desejo de mudança”, como assegura Shackal.

O rapper garante que o Beco dos Carmelitas, ou Beco do Pantera, será um museu em andamento porque as pinturas ficarão durante um tempo, depois virão outros artistas que as substituirão. “Porque são vários artistas ligados ao nosso projeto”. Será inaugurada, no dia 13, uma parte significativa do projeto, que vai da Praça Paris até a Rua da Lapa, englobando dois quarteirões de pintura a céu aberto, reunindo grafiteiros de outros países, como Espanha e Alemanha. “O lugar está mais bonito, mais colorido, as pessoas estão mais felizes com a ideia. Acho que está valendo a pena”.

Segundo Shackal, a ideia é colocar o Beco dos Carmelitas no mapa, “como um ponto de cultura, espaço de entretenimento, de evolução do pensamento”. Para o rapper,  a ideia não é mudar o nome do Beco dos Carmelitas para Beco do Pantera, porque o primeiro local já é lendário. “A gente não quer mudar, quer agregar, somar, trazer o projeto do Corredor Cultural Beco do Pantera para o Beco dos Carmelitas para que a gente possa divulgar melhor tanto um como o outro. Os dois estão andando bem, lado a lado. Essa amizade está fluindo e vai durar anos”. Até agora, mais de 30 artistas muralistas individuais e grafiteiros participam do projeto, fora os MCs (artistas que cantam e fazem performances no estilo ‘rap), B-boys (dançarinos de ‘hip-hop’). “A gente tem mais de 50 pessoas envolvidas e esse número tende a crescer a cada dia. Nós somos conexões. Você cria a sua realidade. Estou podendo ser útil à sociedade”.

Shackal passou uma vida difícil, foi dependente químico e se recuperou e, agora, está fazendo o que mais gosta que é arte, ao mesmo tempo em que ajuda outras pessoas. Quem quiser aderir à Tropa da Solidariedade pode acessar o grupo pelo Instagram @tropadasolidariedade ou no site do movimento. “Pode chegar, a casa está aberta. Somos todos amigos, a gente quer as pessoas felizes. É um espaço de comemoração, de evolução, para a gente se encontrar, trocar ideias, ver como podemos melhorar como pessoas. E por aí vai”, convidou Shackal.

Atrações

Além da exposição a céu aberto, o evento terá shows gratuitos de BNegão, Shackal, Vandal RJ, Akira Presidente, SD9, Baixa Santo Sound System, Bebel do Gueto, Old Dirty Bacon, Slam das Minas, Mixtério, Quase Nada Gang, Bloco da Tropa e DJs Foguinho, Egil e Mohamed. A programação contará também com apresentações circenses, batalhas de rimas, recreação para crianças, oficina de yoga, feira de artesanato e culinária com expositores locais, Flash Tattoo, ação social com entrega de alimentos e rodas de conversa. 

(Fonte: Agência Brasil)

O governo federal reservou 20% das 6,6 mil vagas do Concurso Nacional Unificado para candidatos negros. A totalidade das vagas está dividida entre nível superior (5.948) e nível médio (692), distribuídas para 21 órgãos federais. Os oito editais correspondentes a cada bloco temático do concurso foram publicados, na última quarta-feira (10), com informações sobre vagas, requisitos, salários, conteúdo programático, formas de inscrição, critérios de seleção, data e local das provas.

Na avaliação da pesquisadora sobre trabalho de mulheres negras Lais Barros Gonçalves, que também é coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o percentual de 20% ainda é muito pouco perto do quantitativo ideal para garantir a paridade e isonomia necessária no Brasil, porém é um passo importante para a inclusão de pessoas negras nos espaços de poder e tomada de decisão.

Para ela, as pessoas negras do país podem e devem participar da criação das políticas públicas, compreendendo o contexto social, histórico e político brasileiro sobre um olhar crítico da realidade. A pesquisadora também disse que essa maior participação é essencial para a mudança estrutural que o país precisa para garantir espaço, voz e reparação histórica para esta população.

“O sociólogo Florestan Fernandes, juntamente com o movimento negro, trouxe à tona o mito da democracia racial, que vendia a percepção de que a população negra estava equiparada à branca em todos os setores da sociedade, coabitando sem preconceitos ou discriminações, e que a culpa por não alcançar melhores resultados profissionais, atribuindo a ela o estereótipo de incapacidade técnica para assumir novas posições no mercado de trabalho”, disse. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados pelo Observatório da Presença Negra no Serviço Público, a população negra no Brasil corresponde a 55% do total de habitantes. Segundo o observatório, apesar de serem a maioria da população, negros e negras são sub-representados em posições de destaque e decisão na administração pública.

O objetivo do observatório é o de monitorar o preenchimento de vagas em cargos públicos por pessoas negras. Segundo as apurações da entidade, os servidores públicos federais negros correspondem a 41% do total de funcionários, que é de 584.241, sendo que os negros somam 240.348.

Os dados mostram ainda que os negros ocupam, aproximadamente, 51% dos cargos públicos de nível médio e 33% dos cargos de nível superior. Quando analisados a remuneração e o tempo de serviço, em média, os servidores públicos negros ganham 21% a menos que os brancos e têm 8% a mais de tempo de serviço. 

(Fonte: Agência Brasil)

A primeira edição do Maranhão International Cup, competição que reunirá as seleções principais do Brasil, Emirados Árabes, Marrocos e Estados Unidos em São Luís, terá início na noite desta sexta-feira (12), com duas partidas na Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen. A abertura do Maranhão Cup será às 19h, com o jogo entre Marrocos e Emirados Árabes, enquanto Brasil e Estados Unidos se enfrentam a partir das 20h15.

Para buscar o título do Maranhão Cup e fazer a festa da torcida em São Luís, a Seleção Brasileira foi convocada pelo técnico Marco Octávio com força máxima. Entre os 12 atletas do Brasil, estão três destaques do Sampaio Corrêa, representante brasileiro nas últimas duas edições da Copa Libertadores de Beach-Soccer: o goleiro Bobô, o ala Datinha e o pivô Edson Hulk. Além disso, o fixo Zé Lucas e o ala Filipe Silva, que, recentemente, defenderam as cores da Bolívia Querida, também foram chamados, assim como os fixos Bruno Xavier e Catarino, e o ala Benjamin Jr, nomes conhecidos do torcedor brasileiro.

O Maranhão Cup tem uma importância significativa para Brasil, Emirados Árabes e Estados Unidos, que estão na fase final de preparação para a Copa do Mundo de Beach-Soccer da Fifa 2024, que ocorre entre os dias 15 e 25 de fevereiro, em Dubai. Em São Luís, as seleções participantes do torneio internacional vão se enfrentar entre si em turno único até domingo (14), e o campeão será quem somar mais pontos após três rodadas.

Vale destacar que os ingressos para os jogos do Maranhão Cup serão trocados por 1kg de alimento não perecível. A expectativa é que a Arena Domingos Leal, que foi revitalizada pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Sedel) para a competição, receba grande público em todas as partidas.

O Maranhão International Cup conta com os apoios do Ministério do Esporte, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Confederação de Beach-Soccer do Brasil (CBSB), da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS) e do governo do Maranhão por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel).

Abertura do Maranhão Cup

A programação do Maranhão International Cup foi aberta oficialmente, na manhã dessa quarta-feira (10), na Universidade Ceuma, em São Luís. O evento teve um curso de capacitação para técnicos da modalidade, ministrado por Chicão Castelo Branco, brasileiro que comanda as seleções de beach-soccer adulta e de base do Peru, e uma mesa-redonda com três técnicos que participarão da competição em São Luís: Marco Octávio (Brasil), Francis Farberoff (Estados Unidos) e Victor Vasques (Emirados Árabes).

TABELA DE JOGOS DO MARANHÃO CUP 

#Rodada 1

12/1 - Marrocos x Emirados Árabes (19h) 

12/1 - Estados Unidos x Brasil (20h15) 

#Rodada 2 

13/1 - Emirados Árabes x Estados Unidos (18h)

13/1 - Brasil x Marrocos (19h15) 

#Rodada 3

14/1 - Estados Unidos x Marrocos (9h)

14/1 - Brasil x Emirados Árabes (10h15)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Chicão Castelo Branco

Depois de muita expectativa, a programação do Maranhão International Cup, competição de beach-soccer que reunirá as seleções principais do Brasil, Emirados Árabes, Estados Unidos e Marrocos, foi aberta oficialmente, na manhã dessa quarta-feira (10), na Universidade Ceuma, em São Luís. O evento teve um curso de capacitação para técnicos da modalidade, ministrado por Chicão Castelo Branco, brasileiro que comanda as seleções de beach-soccer adulta e de base do Peru, e uma mesa-redonda com três técnicos que participarão da competição em São Luís: Marco Octávio (Brasil), Francis Farberoff (Estados Unidos) e Victor Vasques (Emirados Árabes).

O evento de abertura do Maranhão Cup International, que contou com a presença do secretário de Esporte e Lazer do Maranhão, Naldir Lopes, e do gerente de Beach-Soccer da CBF e presidente da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS), Eurico Pacífico, teve a participação de profissionais da modalidade e estudantes de Educação Física. Idealizado pela Confederação de Beach-Soccer do Brasil (CBSB) em parceria com a FMBS, o curso ministrado por Chicão Castelo Branco abordou diversos temas, como o DNA‎ do‎ jogador‎ sul-americano‎ (como‎ é‎ a‎ formação‎ do‎ jogador‎ na América do Sul e‎ suas‎ potencialidades), situações de jogo e táticas‎ ofensivas‎ e‎ defensivas usadas no beach‎-soccer.

Além disso, os treinadores de três das quatro seleções do Maranhão Cup participaram de um animado e enriquecedor debate, em que falaram sobre as suas experiências no esporte, ressaltaram a importância do aprendizado constante e projetaram a participação no torneio em São Luís. Para Marco Octávio, técnico da Seleção Brasileira, iniciativas como o curso na capital maranhense ajudam o beach-soccer brasileiro a se manter forte em todo o mundo.

“Temos que parabenizar o professor Chicão e todos os idealizadores desse evento. Por mais experiência que a gente tenha, precisamos estar sempre abertos a aprender e trocar ideias, isso faz com que haja um crescimento e um capital de conhecimento muito vasto para todos os participantes desse curso. Estou honrado em ter sido convidado para esse evento tão importante”, destaca o técnico do Brasil.

Para Victor Vasques, treinador da seleção dos Emirados Árabes, o curso do Maranhão Cup é uma oportunidade para apontar caminhos que proporcionem o desenvolvimento do beach-soccer.

“Esse evento é uma vitória da modalidade. Todos saem vitoriosos com a possibilidade de participar de um curso desses, onde a gente pode ter uma troca de experiências com profissionais de extrema qualificação, como os professores Francis, Marco Octavio e Chicão, junto com o pessoal que está começando agora, interessado em buscar conhecimento e aplicar o que aprendeu. Fico muito feliz por esse crescimento, esse tipo de iniciativa faz o beach-soccer ainda mais forte no Brasil”, afirma Victor.

Francis Farberoff, por sua vez, exaltou o amor dos brasileiros pelo beach-soccer e elogiou a iniciativa do Maranhão Cup de realizar o curso em São Luís. “Acho que é muito importante esse curso, tem que ter mais curso ainda, porque é assim que a modalidade cresce. Participar de um curso desses, aprendendo e ensinando, é uma oportunidade que te ensina e te motiva. A paixão do brasileiro pelo beach-soccer também é um diferencial, que faz o esporte crescer”, afirma o treinador dos Estados Unidos.

Maranhão Cup

Entre os dias 12 e 14 de janeiro, São Luís será palco da primeira edição do Maranhão International Cup, competição que reunirá as seleções principais do Brasil, Emirados Árabes, Marrocos e Estados Unidos. O torneio ocorrerá na Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, e servirá de preparação para a Copa do Mundo de Beach-Soccer da Fifa 2024.

Vale destacar que os ingressos para os jogos do Maranhão Cup serão trocados por 1kg de alimento não perecível. A expectativa é que a Arena Domingos Leal receba grande público durante toda a competição.

O Maranhão International Cup conta com os apoios do Ministério do Esporte, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Confederação de Beach-Soccer do Brasil (CBSB), da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS) e do Governo do Maranhão por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel).

TABELA DE JOGOS DO MARANHÃO CUP

#Rodada 1

12/1 - Marrocos x Emirados Árabes (19h)

12/1 - Estados Unidos x Brasil (20h15) 

#Rodada 2

13/1 - Emirados Árabes x Estados Unidos (18h)

13/1 - Brasil x Marrocos (19h15) 

#Rodada 3

14/1 - Estados Unidos x Marrocos (9h)

14/1 - Brasil x Emirados Árabes (10h15)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Quem persevera sempre alcança e com o piloto Marcelo Medeiros não foi diferente. O piloto da  Tag Racing venceu a quinta etapa do 46º Dakar, cuja especial ocorreu aos redores de Shubaytah nessa quarta-feira (10). O maranhense e seu Yamaha Raptor #177 completaram os 118 quilômetros da especial do dia em 1h51min9s. Na geral acumulada, no entanto, Medeiros ainda está na terceira posição, somando 24h7min4s, mas com a distância, em relação ao líder, bem menor, com 21min41s.

Depois de um deslocamento extenso (cerca de 547km), a quinta etapa parecia fácil, mas expôs alguns perigos escondidos. Um mar de dunas do início ao fim do percurso deu a tônica da especial cronometrada do dia. O trecho, em formato de ferradura, contornou o chamado “Bloco Vazio”, onde o caminho de areias despencou as velocidades médias dos competidores.

“Foi uma etapa curta, porém dura, como um verdadeiro Dakar tem que ser. Mas, em dunas, eu geralmente me saio bem. Nessa etapa, apesar de me sentir confortável, pois dunas são pisos que gosto de pilotar, mantive o foco e procurei ser o mais preciso possível, e o resultado veio. Agora, é descansar e revisar bem o equipamento, pois a próxima etapa promete ser duríssima e quero estar pronto para a largada”, relatou Medeiros.

A inédita etapa dupla e cronometrada de 48 horas, que começa nesta quinta-feira, promete ser um novo paradigma dentro das competições de longa distância de off-road. E os organizadores avisam que a experiência em maratonas pode não ter utilidade nesse desafio. Partindo de Shubaytah e chegando ao mesmo local, a especial de 584 quilômetros será em sua grande parte de dunas intercaladas por lagoas salgadas secas (chotts). A navegação promete ser terrivelmente difícil, com percursos difíceis de encontrar e pontos de controle (waypoints) ocultos, que podem levar muitos participantes a perder o rumo. O diferencial é que os competidores farão a primeira parte de seu percurso em até oito horas. Chegando no horário limite (16h, horário local), os conjuntos terão que procurar a área de apoio mais próxima para receber as provisões básicas de acampamento para reabastecer, se alimentar e descansar, passando a noite no deserto, sem qualquer ligação ou informação sobre os seus oponentes e isolados do resto do mundo, antes de voltar a correr. Nesta etapa, Motos (FIM) e carros (FIA) terão percursos diferentes.

Dentro do Dakar, Marcelo Medeiros computou, no ano passado, quatro vitórias consecutivas e concluiu na nona posição entre os quadriciclos. Em 2022, o piloto de São Luís (MA) completou em sexto em estreia na Arábia Saudita. O competidor da TAG Racing conta com outras três participações, quando a competição foi tealizada na América do Sul. Em sua estreia, em 2016, e no ano seguinte, o maranhense não finalizou a prova. Em 2018, ficou em quarto lugar entre os quadriciclos.

O Dakar 2024 conta pontos para o Mundial de Rally Cross Country (FIA e FIM).

Para acompanhar o Dakar, na TV aberta, a Bandeirantes apresenta reportagens diárias in loco nos programas Jogo Aberto (11 horas) e Esporte Total (meia-noite e meia), além de boletins nos semanais Band Esporte Clube (sábado, 13 horas) e Show do Esporte (domingo, 10 horas). Na TV por assinatura, o canal BandSports apresenta cobertura nas edições do programa Supermotor, com Celso Miranda, nos dias 10, 17 e 24 de janeiro (quartas-feiras), às 20 horas. A ESPN tem programas diários a partir das 20h30, até o dia 19 de janeiro, com apresentação de Thiago Alves e comentários de Edgard Mello Filho e Matheus Pinheiro.

Mais informações: www.dakar.com e App Dakar Rally 2024.

No Dakar 2024, Marcelo Medeiros conta com patrocínio da Mardisa Mercedes-Benz, da Taguatur Fiat e da empresa Centro Elétrico.

ETAPA 5 — Quarta-feira, 10/1

Al-Hofuf > Shubaytah

Especial: 118km

Deslocamento total: 527km

Resultado da quinta etapa – Quadriciclos:

1) #177 (BRA) Marcelo Medeiros, Taguatur Racing Team, 1h51min9s

2) #172 (FRA) Alexandre Giroud, Yamaha Racing – Smx – Drag'on, 1h52min30s (+1min21s)

3) #174 (ARG) Manuel Andujar, 7240 Team / Dragon Rally Service, 1h53min35s (+2min26s)

4) #171 (SVK) Juraj Varga, Varga Motorsport Team, 2h1min4s (+9min55s)

5) #170 (LTU) Laisvydas Kancius, Story Racing, 2h3min44s (+12min35s)

6) #175 (LTU) Antanas Kanopkinas, Cfmoto Thunder Racing, Team, 3h38min43s (+1h47min37s)

7) #176 (ESP) Toni Vingut, Visit Sant Antoni – Ibiza, 29h45min0s (+27h53min51s)

8) #178 (FRA) Samuel Desbuisson, Drag'on Rally Team, 34h30min0s (+32h28min51s)

9) #173 (ARG) Francisco Moreno Flores, Dragon, 34h30min0s (+32h28min51s)

10) #179 (SAU) Alnoumesi Hani, Hani Alnoumesi, NC

Classificação acumulada após quinta etapa – Quadriciclos:

1) #174 (ARG) Manuel Andujar, 7240 Team / Dragon Rally Service, 23h45min23s

2) #172 (FRA) Alexandre Giroud, Yamaha Racing – Smx – Drag'on, 24h5min42s

3) #177 (BRA) Marcelo Medeiros, Taguatur Racing Team, 24h7min4s

4) #171 (SVK) Juraj Varga, Varga Motorsport Team, 24h39min6s

5) #170 (LTU) Laisvydas Kancius, Story Racing, 25h32min17s

6) #175 (LTU) Antanas Kanopkinas, Cfmoto Thunder Racing, Team, 30h39min51s

7) #179 (SAU) Alnoumesi Hani, Hani Alnoumesi, 39h20min19s

8) #176 (ESP) Toni Vingut, Visit Sant Antoni – Ibiza, 56h06min40s

9) #178 (FRA) Samuel Desbuisson, Drag'on Rally Team, 87h09min49s

10) #173 (ARG) Francisco Moreno Flores, Dragon

ROTEIRO DAKAR 2024 (ARÁBIA SAUDITA)

ETAPA 6 (SUPER ETAPA) – 48 horas

Quinta-feira e Sexta-feira, 11 e 12/1

Shubaytah > Shubaytah

Especial: 584km

Deslocamento total: 234km

DESCANSO - Sábado, 13/1 - Riad

ETAPA 7 — Domingo, 14/1

Riade > Al Duwadimi

Especial: 390km

Deslocamento total: 483km

ETAPA 8 — Segunda-feira, 15/1

Duwadimi > Saudar

Especial: 458km

Deslocamento total: 220km

ETAPA 9 — Terça-feira, 16/1

Hail > Al Ula

Especial: 417km

Deslocamento total: 222km

ETAPA 10 — Quarta-feira, 17/1

Al Ula > Al Ula

Especial: 371km

Deslocamento total: 238km

ETAPA 11 — Quinta-feira, 18/1

Al Ula > Yanbu

Especial: 480km

Deslocamento total: 107km

ETAPA 12 — Sexta-feira, 19/1

Yanbu > Yanbu

Especial: 175km

Deslocamento total: 153km

PERCURSO: 7.891km totais | 4.727km de especiais

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Balanço divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) contabiliza mais de 164 mil renegociações de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), nos primeiros dois meses do Desenrola Fies. Os acordos representam um total de R$ 7,6 bilhões, sendo que R$ 338 milhões já retornaram aos cofres públicos. 

Os descontos previstos no programa implementado pelo governo federal para renegociação das dívidas variam entre 77%, 92% e 99%. Já o abatimento dos juros pode chegar a 100%.

“A iniciativa oferece condições atrativas para aqueles que têm débitos relacionados a contratos celebrados até 2017, em fase de pagamento e com inadimplência registrada até 30 de junho de 2023”, informou o MEC, que busca, com a renegociação, auxiliar 1,2 milhão de pessoas com dificuldades financeiras para quitar seus débitos.

A renegociação (ou a simulação da renegociação) pode ser feita por meio do banco com o qual foi assinado o contrato – no caso, Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal. O MEC esclarece que todo o processo pode ser feito de forma virtual, por meio dos aplicativos dessas instituições.

O prazo para a solicitar a renegociação vai até 31 de maio de 2024.

(Fonte: Agência Brasil)

O Laboratório de Pesquisa Linguagens em Tradução (Leetra) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) acaba de lançar o jogo digital Kawã na Terra dos Indígenas Maraguá, que tem o objetivo de subsidiar práticas de alfabetização e letramento interdisciplinares. O jogo destina-se a alunos e professores de escolas de educação infantil e ensino fundamental I. Anteriormente, o Leetra havia lançado o Jeriguigui e o Jaguar na Terra dos Bororos. 

Liderado pela pesquisadora Maria Silvia Cintra Martins, professora sênior do Departamento de Letras da UFSCar, e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Leetra dedica-se à pesquisa e ao estudo de línguas e literaturas indígenas e ao letramento e comunicação interculturais, trabalhando na recriação de lendas indígenas no formato de jogos digitais. 

Segundo a pesquisadora, dois motivos a levaram a escolher as temáticas indígena e ambiental: o fato de serem assuntos que cativam e envolvem as crianças e o de estar previsto na Lei 11.648/08 o trabalho com as culturas indígenas e afro-brasileiras em todo o território nacional. “Eu havia ministrado cursos anteriormente com tais objetivos, e a maioria dos professores reclamava que não tinha material para trabalhar com essas temáticas. Também levei em conta o quanto os jogos estão cada vez mais presentes na educação e o fato de terem potencial para alavancar o processo de ensino e aprendizagem”.

Maria Silvia disse ainda que está procurando parcerias com secretarias de Educação e que, por enquanto, trabalha em uma escola estadual com uma professora parceira que se interessa pela temática indígena. “Foram feitos vários encontros com as crianças no laboratório de informática da escola, com vistas a que, primeiro, as crianças apenas joguem e se divirtam. Depois, voltamos a partes dos jogos que têm vários diálogos e exploramos alguns termos pontuais com vistas à alfabetização e letramento”.

Segundo a professora, foi constatado que, após jogar, as crianças se interessam em fazer pesquisa on-line em busca de mais informações sobre os povos Bororo (do jogo anterior) e Maraguá. “Com isso, atingimos, também, a meta da interdisciplinaridade, pois vão entrando questões pertinentes a várias áreas do conhecimento, como ciências, história e geografia", ressaltou. 

No jogo, é possível encontrar elementos culturais típicos da cultura tradicional maraguá e elementos das histórias de assombração cultivadas por esses indígenas amazonenses, além de elementos da luta política deles em defesa de suas terras. Os Maraguá são um povo que vive no Baixo Amazonas, nas margens do Rio Abacaxis (afluente da margem direita do Amazonas, entre o Madeira e o Tapajós), divididos em três aldeias no município de Nova Olinda do Norte.

O personagem principal do jogo, Kawã, pertence ao Clã do Gavião. De acordo com Maria Silvia, os Maraguá estão organizados em seis clãs, cujas famílias têm um ancestral comum. São os clãs do Gavião, da Vespa, do Boto, da Onça-Pintada, da Sucuri e do Peixe-Elétrico. No jogo, ele passa pelo ritual do Wakaripé, ao qual as crianças se submetem com cerca de 10 anos, e que marca a transição da infância para a vida adulta. Depois, aos 15 anos, enfrenta o ritual bem mais desafiador do Gualipãg, que credencia o indivíduo a se tornar caçador-guerreiro-chefe. 

“Minha primeira inspiração veio do fato de que eu procurava uma história indígena que tivesse uma criança como personagem principal. Foi quando conheci o livro Aventuras do Menino Kawã, do escritor maraguá Elias Yaguakãg. Mas o que eu buscava não era adaptar um livro para o formato de um jogo, simplesmente. Por isso, sendo professora e pesquisadora do Departamento de Letras e do PPGL/UFSCar, iniciei pesquisa bibliográfica em torno do povo maraguá, de sua localização, sua cultura, assim como consultei outros livros de escritores indígenas maraguá”, explicou. 

Além da descrição dos rituais, a pesquisadora usou como referência a literatura maraguá, na qual se destacam os escritores e escritoras indígenas Elias Yaguakãg, Lia Minapoty, Roni Wasiry Guará, Uziel Guaynê e Yaguarê Yamã, sobre os quais é possível encontrar com facilidade referências biográficas e indicações de obras na internet. 

O jogo digital Kawã na Terra dos Indígenas Maraguá pode ser acessado em http://www.leetra.ufscar. br/pages/game_kawa.

(Fonte: Agência Brasil)

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, concede entrevista coletiva, nesta quarta-feira (10), para dar informações mais detalhadas sobre o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que vem sendo chamado de o Enem dos Concursos.

A expectativa é que a ministra dê mais detalhes sobre os conteúdos das provas, divisão em blocos de conhecimento, os critérios de classificação e demais informações necessárias aos candidatos que vão disputar 6.640 vagas em um dos 21 órgãos que participam do certame. O certame deve ser aplicado no dia 5 de maio, em todo o país. 

Além da data de aplicação e do período de inscrição, que deverá ocorrer entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro, já se sabe que a Fundação Cesgranrio foi a instituição escolhida para realizar o processo seletivo.

O último cronograma apresentado define o dia 29 de fevereiro para divulgação das inscrições e 29 de abril para divulgação dos cartões de confirmação.

O resultado final das provas objetivas e preliminares das questões discursivas e da redação deverá ser disponibilizado no dia 3 de junho, e o resultado final sairá em 30 de julho.

O ministério também ampliou para 217 cidades, os locais de aplicação. Antes seriam 180.

Segundo o governo federal, no dia 5 de agosto de 2024, os aprovados começarão a ser convocados pelos órgãos para apresentação de documentação e, posteriormente, tomarem posse nos cargos públicos.

Consulte aqui quais órgãos participam do Concurso Público Nacional Unificado e o número de vagas ofertadas em cada uma das carreiras. Confira ainda quais as cidades onde as provas serão aplicadas.

(Fonte: Agência Brasil)

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro reabre nesta quinta-feira (11), para convidados, e nos dias 13, 20, 21, 27 e 28 de janeiro, para o público em geral, o Teatro dos Correios, agora com novo nome: Teatro Correios Léa Garcia, em homenagem à atriz falecida no ano passado. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na plataforma Imply e na bilheteria física do equipamento.

A peça escolhida para marcar a nova fase do teatro é Macacos, com texto, direção e atuação do vencedor do Prêmio Shell, Clayton Nascimento. A classificação é para maiores de 12 anos.

A reabertura do teatro é resultado de parceria entre os Correios e a Prefeitura do Rio. Em entrevista, nessa terça-feira (9), à Agência Brasil, o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, informou que o acordo fechado com os Correios prevê que a secretaria assuma a gestão do teatro por um ano.

O equipamento estava fechado desde 2018 e, por essa razão, precisava de reformas, especialmente na parte cenotécnica e na questão de instalação de ar-condicionado. “A prefeitura arcou com essas melhorias, e nós assumimos a gestão do teatro por um ano. Significa que vamos cuidar tanto da curadoria como da parte de operação”, disse o secretário.

Operação

Segundo Calero, o convênio poderá ser renovado. “A gente fez primeiro para este ano, para entender realmente como funcionaria a operação. Para nós, foi importante, porque significava a reabertura de um teatro na cidade. Em segundo lugar, [por ser] em uma região que é objeto de uma série de políticas públicas por parte da prefeitura para seu reavivamento, sua requalificação, que é o Reviver Centro. Em terceiro lugar, e não menos importante, a conexão que fizemos com uma figura histórica, magistral, icônica, que é a Léa Garcia”.

A partir disso, toda uma linha curatorial que permita trazer a esse teatro peças que reflitam a produção cultural negra no Rio de Janeiro, do teatro negro, de temáticas relacionadas ao combate ao racismo, que é uma das diretrizes de trabalho na Secretaria de Cultura, acrescentou Calero. “O Muhcab [Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira] está aqui sob nossa gestão”.

As peças que forem encenadas no Teatro Correios Léa Garcia terão, preferencialmente, essa temática correlacionada, assim como o trabalho de grupos que não necessariamente tenham a mesma linha, mas que reflitam o momento de produção dos subúrbios do Rio e de grupos minorizados. “A preocupação nesse teatro é dar visibilidade, voz e palco a grupos que tenham dificuldades de inserção no grande circuito carioca e no circuito nacional do teatro. A curadoria vai no sentido de privilegiar esses grupos, essas peças e essa temática”, disse Marcelo Calero.

Com 185 lugares, o teatro não tem fosso para orquestra. “O espaço tem limitação de ordem cênica, mas, ao mesmo tempo, permite encenações não necessariamente de teatro, podendo ser de outras expressões artísticas, como a dança”, informou o secretário.

História

O teatro foi inaugurado com o Centro Cultural Correios, em 1994. Por ali passaram peças que atraíram grande público, como A Casa dos Budas Ditosos, com Fernanda Torres, e Beija Minha Lápide, com Marco Nanini. O imóvel data de 1922, tem estilo arquitetônico eclético e foi construído para sediar uma escola da Companhia Lloyd Brasileiro. Isso, porém, não ocorreu, e o prédio foi usado, por mais de 50 anos, para funcionamento de unidades administrativas e operacionais dos Correios.

Na década de 1980, o imóvel foi desativado para reformas.  Em 2 de junho de 1992, parcialmente restaurado, foi reaberto para receber a Exposição Ecológica 92, evento integrante do calendário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Rio 92).

Segundo o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, o imóvel continua sendo da empresa, mas a conservação e o uso serão da secretaria. “O instrumento que assinamos vale por um ano, ou seja, até dezembro de 2024, e pode ser renovado”, informou Santos. Ele disse à Agência Brasil que parcerias desse tipo, relacionadas à cultura, estão sendo feitas em outros imóveis da estatal. relacionados à cultura, em todo o país.

“Estamos trabalhando para recuperar a empresa, que foi sucateada no governo anterior com vistas à privatização. Nessa lógica privatista, investimentos em publicidade e em patrocínios culturais e esportivos haviam sido cortados. Nossa gestão está retomando essas ações, dentro de um projeto estratégico de inclusão, que é o papel de uma empresa pública, como os Correios”, destacou.

Segundo Santos, um exemplo é o projeto de reestruturação da carteira de imóveis da empresa, iniciado no ano passado. “Imóveis históricos, como o do Rio de Janeiro, que haviam sido abandonados pela gestão anterior, agora serão destinados para o benefício das brasileiras e dos brasileiros. Também estamos negociando a cessão de nosso prédio histórico em São Paulo para a prefeitura, para abrigar uma central de serviços. E, no Rio Grande do Sul, nosso espaço está cedido para a Secretaria de Estado da Cultura. Assim, estamos cumprindo nossa missão como agentes do governo federal no fomento à cultura”, concluiu.

Homenageada

Atriz brasileira internacionalmente conhecida e com papel essencial para a inclusão dos negros na arte brasileira, Léa Lucas Garcia de Aguiar (1933-2023) foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, na França, em 1957, por sua atuação no longa Orfeu Negro, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.

Léa Garcia também fez história no teatro e na televisão. A atriz foi uma das precursoras do processo de inclusão do negro nos palcos brasileiros, nos quais atuou já na década de 1950 como parte do coletivo Teatro Experimental do Negro. O Teatro Correios Léa Garcia está localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro do Rio.

(Fonte: Agência Brasil)