Três pesquisadores do Laboratório de Sistemática e Evolução de Peixes Teleósteos, do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encontraram, pela primeira vez, nos rios e cachoeiras do Parque Nacional da Tijuca, na capital fluminense, três exemplares de peixe bagre dourado. A descoberta foi publicada no ano passado na revista neozelandesa Zootaxa, referência mundial em zoologia, pelos pesquisadores Paulo Vilardo, Axel Katz e Wilson Costa.
Segundo Axel Katz, há vários anos, a equipe vem pesquisando esses peixes do litoral e perceberam que os de São Paulo apresentavam DNA muito parecido com as espécies do Rio, embora o colorido fosse um pouco diferente. Eles focaram então em um peixe específico que apresentava um colorido mais diferenciado.
Paulo Vilardo complementou que foram realizados diversos trabalhos de campo na Floresta da Tijuca. “Em sua maioria, os exemplares encontrados eram de um padrão malhado, ou selado, com as faixas pretas transversais no corpo. É um padrão desse tipo que se encontra em várias bacias costeiras do Rio de Janeiro, São Paulo e do Paraná.”
Em dado momento, porém, em uma localidade específica do Parque Nacional da Tijuca, foram encontrados exemplares totalmente amarelos, ou dourados. “Aí, bateu a curiosidade de verificar se esse bicho não seria o mesmo que ocorre em São Paulo. Foram feitos testes de DNA, usando a técnica de PCR (ou Reação em Cadeia da Polimerase), e chegou-se à conclusão que os dourados da Floresta da Tijuca eram os mesmos de São Paulo”.
“Além disso, foi constatado que o padrão malhado também é da mesma espécie do dourado, só que esse tem coloração muito rara e é encontrado pouquíssimas vezes”, disse Vilardo. Até hoje, há registros de apenas sete ou oito indivíduos do bagre dourado nas três localidades do país. “É muito raro ser registrada essa cor nesse bicho”.
Importância
Além de identificar que o bagre dourado de água doce ocorre em todas as áreas dos três Estados, com a maior distribuição que se tem, Paulo Vilardo reforçou que o peixe tem um padrão raro. Um terceiro fator é que as condições da Floresta da Tijuca são muito boas, e a conservação dos rios é muito positiva.
“Esses peixes de padrão raro de coloração, tanto daqui como de São Paulo, foram encontrados em áreas de reserva ecológica. Uma questão interessante é ver que, em um local muito preservado, foi possível encontrar esse padrão mais raro”. O que os pesquisadores não sabem ainda é se o peixe descoberto é mais sensível que os demais, acentuou Vilardo.
Para a Mata Atlântica, Alex Katz salientou que a importância é que a maior parte de tais peixes se alimenta de insetos, basicamente, de larvas de mosquito. “Eles são muito bons para controlar as populações de mosquitos, que são vetores de muitas doenças, como dengue e febre amarela. Os peixes gostam também de escalar cachoeiras e chegam a locais inacessíveis. Por isso, são grandes predadores dos mosquitos que aparecem nos rios e cachoeiras. Às vezes, em 1,5 mil metros de altitude, a gente consegue encontrar alguns bagres. Eles ocorrem em regiões muito altas devido à habilidade de escalar rochas.” De acordo com os pesquisadores, a descoberta reforça a importância da preservação dos corpos de água doce do Rio de Janeiro.
O Trichomycterus jacupiranga é uma espécie de bagre, peixe popular de água doce, que ocorre em diversos lugares da América do Sul. A maioria tem corpo amarelado com faixas pretas que atravessam o dorso, além de outras variações no padrão de manchas e marcas. O diferencial do trabalho dos pesquisadores da UFRJ foi identificar e comprovar que os exemplares dourados encontrados no Parque Nacional da Tijuca eram dessa mesma espécie popularmente conhecida, mas com uma variação de cor desconhecida em águas fluminenses. Até então, tais exemplares só haviam sido registrados na região do Rio Ribeira do Iguapé, na divisa entre São Paulo e Paraná.
Paulo Vilardo informou que, além de dar continuidade à pesquisa sobre bagres dourados, o foco agora serão outros grupos de peixes, visando encontrar novas espécies raras na Floresta da Tijuca. Axel Katz acrescentou que um dos objetivos é localizar novamente nas microbacias da região lambaris cujo último registro data de 1880, no Parque Nacional da Tijuca, onde a espécie foi descrita pela primeira vez. “Encontrar o lambari seria muito importante porque esse é o local onde ele foi descrito”.
Além disso, a pesquisa pode encontrar peixes diferentes. “Na Floresta da Tijuca, tem muita coisa para ser descoberta”, afirmou.
Preservação
Uma descoberta desse tipo só “fortalece os esforços de ações para a conservação do Parque Nacional da Tijuca, afirmou a chefe da unidade, Viviane Lasmar. "Cada vez que temos resultado de pesquisa que demonstra o quanto o parque tem elementos e questões relevantes para a conservação, isso faz com que tenhamos um olhar mais cuidadoso para a questão da biodiversidade.”
À Agência Brasil, Viviane lembrou que o parque tem uso público intenso, e as informações das pesquisas servem de orientação para as ações de ordenamento necessárias, inclusive para ajudar na questão da conservação também. “Não é só a pesquisa pela pesquisa, mas é como aplicar o resultado em ações efetivas, para melhor uso do território como um todo e até para a conscientização dos visitantes”.
Dados divulgados, nessa sexta-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil tem mais estabelecimentos religiosos que unidades de saúde e escolares juntas.
Segundo detalhamento do Censo 2022, do total de endereços, 579,8 mil são relativos a finalidades religiosas, independentemente de qual seja a crença. Isso inclui igrejas, sinagogas, templos, centros espíritas e terreiros, por exemplo.
Os estabelecimentos de ensino somam 264,4 mil localizações, enquanto os de saúde totalizam 247,5 mil endereços.
O levantamento considera a utilização final do imóvel, e não a administração do estabelecimento. Por exemplo, uma escola católica conta como uma unidade de educação, e não como localização religiosa. O mesmo vale para um hospital mantido por santa casa, que é contabilizado como endereço com atividade de saúde.
A localização exata desses pontos e o tipo de utilização foram capturados por meio de georreferenciamento durante visitas dos recenseadores nos 5.568 municípios brasileiros nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Foi a primeira vez em que o instituto identificou a localização precisa e o tipo de finalidade de todos os endereços do país.
Finalidades
Dos 111,1 milhões de pontos mapeados, 90,6 milhões são domicílios particulares, prédios residenciais e casas, por exemplo. Isso representa 81,5% do total.
A segunda utilidade mais comum são as chamadas outras finalidades, que representam 10,5% do universo pesquisado. São 11,7 milhões de endereços que funcionam como lojas, bancos, prédios públicos, shoppings, entre outros.
Os recenseadores identificaram 4,1 milhões de estabelecimentos relacionados a atividades agropecuárias e 3,5 milhões de edificações em construção ou reforma.
Em 2022, o Brasil tinha 104,5 mil domicílios coletivos, como asilos, pensões e penitenciárias.
O IBGE explica que os dados em grau máximo de detalhamento são fontes de informações, entre outros fins, para elaboração de políticas públicas e pesquisas acadêmicas. Por exemplo, é possível saber com precisão onde estão localizadas unidades de saúde de uma determinada localidade e quantas pessoas vivem no raio de influência desses estabelecimentos.
“É preciso saber onde a população está concentrada, como ela está distribuída e qual a utilização que é destinada a cada uma das edificações construídas no país”, afirma o instituto.
Conhecido por preservar os vestígios arqueológicos da mais remota presença do homem na América do Sul e considerado Patrimônio Cultural da Humanidade há mais de 30 anos, o Parque Nacional Serra da Capivara, no Estado do Piauí, bateu o recorde de mais de 36 mil visitantes presenciais no ano passado. Mas quem ainda não pôde visitar o local pessoalmente, tem, agora, oportunidade de fazer um passeio virtual e conhecer o acervo geológico, arqueológico e a biodiversidade dessa unidade de conservação.
De acordo com Marian Rodrigues, chefe do parque, na visita virtual, é possível ingressar no sítio arqueológico, nos mirantes e apreciar a paisagem geológica, cultural e natural. O projeto permite ver, em detalhes, as pinturas rupestres gravadas nos diversos paredões, por meio de uma parceria com o Serviço Geológico do Brasil. A ideia é disponibilizar imagens e linguagem acessível, para complementar a experiência dos visitantes.
“Essa visitação virtual dá um acesso global das pessoas do mundo inteiro a essa experiência. Depois, pode instigar uma visita presencial”, ressalta Marian Rodrigues.
Sobrevoo
São dezenas de imagens, em 360 graus, de paredões, mirantes, rochas esculpidas pelo tempo. O passeio virtual dá a sensação de um sobrevoo no Parque Nacional Serra da Capivara, que pode ser feito pelo portal do Serviço Geológico do Brasil.
Em São Raimundo Nonato, cidade que serve de porta de entrada para o Parque, a Fundação Museu do Homem Americano também oferece vídeos on-line com modelos interativos, feitos com escaneamento tridimensional dos registros rupestres.
Outra oportunidade para população, pesquisadores e estudantes conhecerem mais da riqueza arqueológica e cultural dos painéis pintados por antigas populações do continente há cerca de 50 mil anos.
– Anotações sobre “A Faca e o Rio” e outras tomadas cinematográficas
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Há um ano e meio, em agosto de 2022, no Rio de Janeiro (RJ), consegui cópia do filme “A Faca e o Rio”. Há tempo eu procurava um exemplar dessa obra cinematográfica do diretor holandês (nascido em Paris) George Sluizer, que morreu em 2014, aos 82 anos, em Amsterdã – portanto, em 20 de setembro deste 2024, completam-se dez anos de sua morte.
Obtive a cópia após contatos com servidora da Fundação Casa de Rui Barbosa, que, por sua vez, antes, contatou herdeiros de Odylo Costa Filho residentes na capital fluminense. Depois me informaram que a família não apresentara objeção. Passaram-me um “link” onde estava o filme e eu providenciei três cópias – uma para a Academia Caxiense de Letras (ACL), outra para o Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) e a minha. No mesmo agosto de 2022, enviei mensagem ao presidente da ACL, Ezíquio Barros Neto, e consensamos que, no melhor momento para a Academia, seria feita a exibição do filme.
Sob ofício, em 8 de agosto de 2023, encaminhei mídia digital com cópia do filme para o Instituto Histórico. No documento para a Presidência, escrevi: “Na forma de conversa mantida com V. Sª, encaminho, para o acervo desse Instituto, um DVD contendo cópia do filme “A Faca e o Rio” (“João em het Mes”), do diretor holandês George Sluizer, com diversas cenas gravadas em Caxias e com participação de alguns caxienses. // Na oportunidade, relembrando a conversa que mantivemos, solicito-lhe que providencie cópia para entregar à romancista e palestrante Ana Miranda, que estará no IHGC nesta semana. Em razão de viagem, não foi possível fazer antes essa segunda cópia. // Relembro que a cópia desse filme, buscada por diversos pesquisadores e outros interessados caxienses, foi-me facilitada por intercessão de servidor da Fundação Casa de Rui Barbosa, do Rio de Janeiro, durante longo período em que permanecemos na capital carioca. // Agora, para conhecimento de quem, em Caxias, tem interesse em conhecer, fica o acervo desse Instituto enriquecido com mais essa obra”.
Minha lembrança da atriz principal, Ana Maria Nóbrega Miranda, na correspondência ao IHGC, adveio do fato de que Ana me dissera que “nem mesmo ela” dispunha de uma cópia desse marcante filme na vida artística e pessoal dela. Ana Miranda disse-me isso em conversa entre uma pergunta e outra que alunos da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), em Caxias, nos faziam após palestra ministrada conjuntamente por Ana e por mim, no auditório daquela Instituição, no histórico Morro do Alecrim.
De minha parte, além da presença de Caxias, estava à procura desse filme por uma razão pessoal: eu presenciei a gravação de diversos planos das cenas dos personagens principais na delegacia de polícia, quando a personagem Maria, vivida por Ana Miranda, faz sua denúncia contra o marido, temerosa (ou certa) de que iria ser morta por ele, o velho vaqueiro João da Grécia, personagem do notável José Joffre Soares e que dá nome ao filme na titulação em holandês (ou neerlandês): “João en het Mes” [João e a Faca].
De cesta de vime na mão, eu, como habitualmente, fazia as compras de casa naquela manhã no antigo Mercado (hoje Prefeitura) Municipal. Eu era menino ainda (naqueles inícios dos anos 1970 devia ter entre 10 e, no máximo, 12 anos, a depender do ano das filmagens em terras caxienses – o filme, como se sabe, é de 1972, mas também é creditado como sendo de 1971; chegou ao Brasil pelo Rio de Janeiro, com pré-estreia em 18 de agosto de 1973).
Lembro-me bem de que, postado na frente do comércio do Seu Nonato Babá (Raimundo Nonato Saraiva de Carvalho, há pouco empo falecido), localizado em um dos quatro cantos do Mercado, encompridei o olhar e fiquei reparando na atuação do alagoano José Joffre Soares (1918-1996), da cearense Ana Maria Nóbrega Miranda (1951) e da mineira Áurea de Souza Campos (1919-1998), que interpretou a personagem Ana, amiga de Maria, e que encara João e sabe do que ele é capaz de fazer. (Em agosto de 2017, em conversa com o arquiteto, pesquisador, escritor e presidente da ACL, Ezíquio Neto, relatei esse momento de meu testemunho daquelas filmagens de “A Faca e o Rio”, que o Ezíquio incluiu no alentado e bem documentado texto “Cenas de um Filme em Caxias”, que se pode ler em seu “blog”, no “link”: https://eziquio.wordpress.com/tag/faca/ .
Alguns nomes maranhenses tiveram pequenas participações no filme, entre eles Murilo Sarney (1938-2003; advogado, auditor estadual), que também contribuiu na produção; Genu Moraes (Maria Genoveva de Aguiar Moraes [1927-2015], jornalista e escritora piauiense; no Maranhão, foi a primeira mulher presidente do Sindicado dos Jornalistas); e Aldo Leite (Aldo de Jesus Muniz Leite [1941-2016]), ator, diretor, dramaturgo, escritor e professor da Universidade Federal do Maranhão.
A trilha sonora de “A Faca e o Rio” tem música de Heitor Villa-Lobos e a fotografia é do hoje famoso Jan de Bont. Nascido em 1943, Bont estudou Cinema e Televisão em sua terra natal, Holanda, e é produtor, diretor de fotografia e diretor de cinema em Hollywood – onde, entre outros, dirigiu filmes de grande sucesso como “Velocidade Máxima” (com Keanu Reeves e Sandra Bullock), “Twister” (com Helen Hunt e Bill Paxton e roteiro do médico e escritor “best-seller” Michael Crichton, autor também de “Jurassic Park” e tantos outros) e um baseado na série de jogos “Lara Croft” (“Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida”, com Angelina Jolie).
Filmado em quatro Estados (Maranhão, Piauí, Pará e Amazonas), “A Faca e o Rio” teve uma produção cheia de altos e baixos. Só para ilustrar, Joffre Soares, em papel elogiadíssimo, foi chamado à última hora para substituir o ator principal (nome não revelado), que adoecera. Tiveram de regravar todas as cenas feitas pelo protagonista anterior. Antes e além disso, houve incêndio na produtora do filme, queimou-se tudo.... Malas e equipamentos foram extraviados no Brasil... Um dos produtores, brasileiro, teve a Receita Federal em seu encalço... e foi obrigado a sair da equipe...
Mas George Sluizer persistiu. Afinal, após receber de presente uma versão para o francês do livro de autoria do maranhense Odylo Costa Filho, que era adido cultural em Paris, recebeu, depois, a presença do próprio escritor. Com a habitual bonomia brasileira e nordestina, Odylo convidou Sluizer para visitar o Brasil, onde o cineasta holandês produziu, em três meses, quatro documentários sobre o Nordeste, inclusive o Maranhão, onde filmou o Carnaval em São Luís. O contato com chãos e gentes nordestinos foi o germe criativo para o filme com a história do velho vaqueiro João da Grécia e sua nova – novinha – esposa Maria.
As cenas que vi sendo filmadas na alta calçada em frente à delegacia de polícia (ainda se encontra no mesmo local até hoje, no centro de Caxias) estão na película e podem ser vistas a partir dos 53 minutos e 42 segundos (00:53:42) até os 56 minutos e 44 segundos (00:56:44), com o Mercado Municipal aparecendo ao fundo nos 54 minutos e 10 segundos (00:54:10).
Antes e depois dessas cenas, Caxias é vista em um belo “take” da chegada de vaqueiros para a missa, na Igreja Catedral Nossa Senhora dos Remédios. Quem fez o papel do oficiante da celebração, aparecendo um pouco longe, no altar, foi um amigo, padre mesmo, o monsenhor Clóvis Vidigal, que desejava criar um jornal em Caxias e, anos depois, me convidou para planejar a publicação e escrevê-la com ele. As cenas na Igreja têm início logo nos primeiros quinze minutos do filme, dos 00:14:15 aos 00:15:14, com o monsenhor Clóvis entrando quase difusamente em cena aos 00:14:36.
Outras cenas caxienses registram-se quase no final do filme. Com 1 hora, 21 minutos e 14 segundos (01:21:14), o “take” se inicia mostrando as duas torres, a cruz central e os dois sinos nos altos da Catedral, a mesma igreja de 67 minutos antes. A personagem Maria pergunta ao marido João se pode ir se confessar e recebe uma seca resposta afirmativa: “– Isso é coisa que se negue a um cristão, dona?” As novas cenas na igreja, agora com cara e fala bem visível e audível do monsenhor Clóvis, inclusive contracenando com Ana Maria Miranda, se estendem por 1 minuto e 44 segundos, uma eternidade em Cinema e TV, e vão até 01:22:58, com monsenhor Clóvis Vidigal fazendo sua “reentré” no segundo 01:21:52.
No Piauí, muitas cenas foram gravadas na Fazenda Alegre, no município de Campo Maior. Essas terras, desmembradas, são hoje parte de Sigefredo Pacheco, município criado em 29 de abril de 1992, com cerca de 10 mil habitantes e pouco mais de 1.030 quilômetros quadrados de área. Na época das filmagens, a fazenda era de propriedade de um médico e agropecuarista que deu nome ao lugar, Sigefredo Pacheco (1904-1980), nascido em Campo Maior, e que foi também farmacêutico, jornalista, professor e, como político, prefeito de Campo Maior, deputado federal e senador.
Na “internet”, o filme “A Faca e o Rio” pode ser visto no seguinte endereço: https://www.youtube.com/watch?v=jOhnsQKZLPU.
Além de indicação para o Oscar e para o festival de cinema de Berlim, “A Faca e o Rio” chamou a atenção de outros cineastas, a exemplo de Werner Stipetić, nascido em 1942, em Munique, Alemanha, que adotou o nome de Werner Herzog (“duque”, em alemão). Herzog, após ver “A Faca e o Rio”, logo convidou e contratou George Sluizer para gerente de produção de “Fitzcarraldo” (1982), filme premiado em acreditados festivais – Cannes (França) e San Sebastián (Espanha) –, que conta a história de um fã de ópera e seu sonho louco de implantar uma casa para esses dramas musicais na região do Alto Amazonas. “Fitzcarraldo” foi o primeiro filme que assisti em DVD, pois este disco digital só se firmou mesmo no Brasil a partir de 2002. Valeu a pena ver grandes nomes do cinema brasileiro, como José Lewgoy (1920-2003) e Grande Otelo (1915-1993), estarem no “cast” juntos com nomes mundial, como os dos protagonistas, o polaco-alemão Klaus Kinski (1926-1991), que faz o papel do visionário Fitzcarraldo, e a tunisino-italiana Claudia Cardinale.
Como Caxias é também coisa de cinema, não esquecer que o filme de animação brasileiro “Uma História de Amor e Fúria” (2013), com Rodrigo Santoro, Selton Melo e Camila Pitanga, tem grande parte de seu enredo e imagens em ambiente da Caxias de 1825. Dirigido pelo jornalista, roteirista, produtor e diretor Luiz Bolognesi (nascido em São Paulo/SP, em 14 de janeiro de 1966), o filme percorre 530 anos, de 1566 a 2096, e vai das aldeias tupinambás do século XVI ao futuro quase apocalíptico no Rio de Janeiro do final do século XXI. Resultado: trouxe, pela primeira vez para um país da América do Sul e Central, o “Oscar” dos filmes de animação, o prêmio francês Festival International du Film d'Animation d'Annecy. A lista de países vencedores até 2012 contemplava Hungria, Reino Unido, Tchecoslováquia, França, Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, Luxemburgo, Noruega, Hong Kong, Austrália, Polônia... Aí, veio essa “História de Amor e Fúria”, onde Caxias é destacada, e abriu-se a porta da premiação... Tanto que, no ano seguinte, 2014, outro diretor paulista, Alê Abreu, ganhou o prêmio, com o filme “O Menino e o Mundo”.
Mas essas são outras histórias – boas histórias – de Cinema...
Em seu passado sobretudo, na Literatura, na Música, no Teatro, nas Artes Plásticas, na Ciência (Medicina, Odontologia, Agronomia, Botânica...), na Política, na Economia, no Cinema, na História e na Cultura.... Viva Caxias!...
* EDMILSON SANCHES
IMAGENS
“A Faca e o Rio”: cartazes em português, holandês e inglês e duas cenas em Caxias, na Igreja Catedral. O diretor George Sluizer e o escritor Odylo Costa Filho. Cartazes de “Uma História de Amor e Fúria” e “Fitzcarraldo”.
O Ministério da Educação (MEC) admitiu, nesta sexta-feira (2), a divulgação indevida de resultados provisórios do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em nota à imprensa, a pasta informou que resultados provisórios ficaram disponíveis por 25 minutos na manhã do dia 30 de janeiro. Segundo o ministério, a divulgação indevida está sob investigação.
“O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada”, diz nota do MEC.
Ainda na nota, o MEC diz que “o sistema é seguro e os resultados oficiais não são modificados”. A pasta afirma que os candidatos não selecionados na chamada regular podem entrar na lista de espera até o dia 7 de fevereiro. O estudante precisa manifestar interesse.
No dia 30 de janeiro, a Agência Brasil chegou a noticiar a divulgação dos resultados, baseada nas informações disponíveis no site do Sisu. Minutos depois, a reportagem foi procurada pela assessoria do MEC, que afirmou que os resultados ainda não estavam no ar. Foi quando essas informações deixaram de ficar disponíveis.
Frustração
A divulgação indevida provocou frustração em diversos estudantes pelo país. Nas redes sociais, estudantes relatam que ao acessarem a página do Sisu no dia 30 de janeiro viram que tinham sido aprovados para vagas nas universidades e instituições públicas de ensino superior.
Mas no dia seguinte, quando o MEC anunciou a divulgação oficial dos resultados, os candidatos contam que tinham “perdido” a vaga, e seus nomes não apareciam na lista dos aprovados da primeira chamada. Eles classificam a situação como fim de um sonho e frustração. Alguns estudantes também relataram episódios de ansiedade.
Foi o caso de Cinthia Isabelly, 18 anos, estudante da rede pública de Natal (RN). Segundo ela, por volta das 9h30 do dia 30 de janeiro, sua inscrição aparecia como selecionada para uma vaga no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na 13º colocação. Ao acessar o site do Sisu, às 13h, o resultado estava indisponível.
Após receber notícias de que a divulgação havia sido adiada e não conseguir mais acessar a lista, a jovem conta ter ficado bastante ansiosa.
No dia 31 de janeiro, a estudante acessou os resultados e seu nome não constava mais na lista de selecionados. “Minha única reação foi chorar, chorar. Tive minha vida jogada no lixo”.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) criou uma página nesta sexta-feira (2) para receber as queixas e mapear o número de casos. Em uma hora, já tinham recebido 50 relatos, conforme a diretora de Universidades da UNE, Clara Maria.
A partir desse mapeamento, a instituição pretende pedir esclarecimentos ao MEC e tomar providências futuras, inclusive judiciais.
“Vimos uma desorganização do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela aplicação do Enem]. Não temos noção ainda do estrago. O que não pode é brincar com o sonho dos estudantes”, disse em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil.
Entenda o caso
Na manhã do dia 30 de janeiro, estudantes relataram ter consultado a página do Sisu e viram que tinham sido aprovados para vagas em universidades públicas na primeira chamada de 2024.
Na noite do dia 30 de janeiro, o Ministério da Educação informou que havia adiado a divulgação do resultado dos selecionados para quarta-feira (31) por “problemas técnicos no sistema”. A divulgação estava prevista para o dia 30 de janeiro.
A partir daí, candidatos passaram a contar, nas redes sociais, que os nomes não constavam na lista de aprovados, como havia ocorrido no dia anterior, 30 de janeiro.
Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira (2), o ministério admitiu que “houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada”. O ministério ressalta que os resultados oficiais não serão alterados. Os estudantes não selecionados na primeira chamada podem ingressar na lista de espera até o dia 7 de fevereiro. A lista vale para todo o ano.
Como funciona o Sisu
O Sisu é um sistema eletrônico gerido pelo MEC para as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. O sistema executa a seleção dos estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta das vagas, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos e o perfil socioeconômico para Lei de Cotas.
A lista considera o limite da oferta das vagas por curso e modalidade de concorrência, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos e o perfil socioeconômico para Lei de Cotas.
Mais de 2 milhões de estudantes disputam 264.360 vagas, distribuídas em 6.827 cursos de graduação entre as 127 instituições de educação superior participantes do programa.
Os selecionados na primeira chamada podem fazer a matrícula a partir desta sexta-feira (2). https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2024-02/sisu-2024-matricula-de-selecionados-comeca-nesta-sexta-feira
Os interessados em participar do processo seletivo do primeiro semestre de 2024 do Programa Universidade para Todos (Prouni) poderão se inscrever até as 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (2).
O Prouni oferta bolsas de estudo (integrais e parciais) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas.
Nesta edição do primeiro semestre, o Ministério da Educação (MEC) oferecerá 406.428 bolsas de estudo, sendo 308.977 integrais (100% do valor da mensalidade) e 97.451 parciais (50%), distribuídas em 15.482 cursos, de 1.028 instituições de educação superior privadas.
O prazo final de inscrições foi ampliado em um dia, após anúncio do MEC nessa quinta-feira (1º).
Anualmente, o Prouni tem duas edições, com oferta de bolsas no primeiro e no segundo semestres, para ingresso no ensino superior.
Inscrições
As inscrições para concorrer às bolsas de estudo devem ser feitas, exclusivamente, pela internet, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Prouni, no ícone “Inscreva-se”. Para acessá-lo, é preciso entrar com login e senha, na conta no site Gov.br , de serviços digitais do governo federal. As inscrições são gratuitas.
A inscrição no processo seletivo do Prouni é condicionada ao cumprimento dos requisitos de renda, exceto para o candidato que é professor da rede pública de ensino.
O candidato que atender a todos os requisitos exigidos para concessão da bolsa de estudo deverá preencher seus dados pessoais e o questionário socioeconômico disponibilizado.
Em seguida, deve escolher até duas opções de cursos de graduação, na ordem de preferência, com a indicação do nome da instituição de ensino pretendida, a localidade (município e unidade federativa) e o turno.
O MEC disponibilizou um vídeo com o passo a passo para fazer a inscrição e para esclarecer dúvidas.
Requisitos
Criado em 2004, o Prouni tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.
De acordo com a legislação (Lei 1.096/2005) que determina os requisitos de renda para quem quer concorrer ao Prouni, a bolsa integral da mensalidade da universidade privada é destinada ao estudante com renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio.
Para a bolsa parcial (50% do valor), o candidato precisa comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até três salários mínimos.
Além disso, o candidato deverá obrigatoriamente ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 ou o Enem 2022 e alcançado, pelo menos, 450 pontos de média e nota diferente de zero na redação.
Os treineiros — candidatos que não concluíram o ensino médio e participam do exame para se autoavaliar — não podem utilizar a nota obtida no exame para ingressar em universidades públicas ou privadas.
Também é preciso atender a, pelo menos, uma das seguintes condições: ser pessoa com deficiência (PcD); ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica; cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública ou ser egresso da rede privada de ensino, mesmo que não tenham estudado com bolsas integrais.
Resultado
Até o fim desta sexta-feira, último dia de inscrição, o candidato pode acompanhar a classificação parcial no site. A nota de corte do Prouni será a média do Enem do último candidato pré-selecionado para a bolsa de estudo em determinado curso.
O processo seletivo do primeiro semestre do Prouni 2024 terá duas chamadas. A divulgação da lista da primeira chamada dos candidatos pré-selecionados está prevista para 6 de fevereiro, também no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Prouni. O resultado da segunda chamada será conhecido em 27 de fevereiro.
De acordo com o cronograma do Prouni 2024/1, a próxima etapa do processo será a comprovação dos dados informados pelos pré-selecionados nas instituições de ensino, no período de 6 a 20 de fevereiro.
Começa, nesta sexta-feira (2), o prazo de matrícula dos selecionados na primeira chamada do processo seletivo de 2024 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado foi publicado definitivamente na última quarta-feira (31), após atrasos decorrentes de problemas técnicos.
A matrícula ou o registro acadêmico devem ser feitos até o dia 7 de fevereiro, na instituição em que os selecionados foram admitidos.
O Ministério da Educação (MEC) alerta que cabe ao candidato “observar as condições, os procedimentos e os documentos para a matrícula, bem como se atentar para os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição, em edital próprio.”
O Sisu 2024 teve única etapa de inscrição para todo o ano e ofertou 264.181 vagas, em 6.827 cursos de graduação, de 127 instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. A seleção do candidato assegura apenas a expectativa de direito à vaga para a qual se inscreveu, explica o MEC. Além disso, a matrícula ou seu registro acadêmico estão condicionados à comprovação na instituição para a qual foi selecionado.
A universidade ou faculdade deve oferecer acesso gratuito à internet para a inscrição, nos dias e horários de funcionamento regular da instituição, não podendo ser cobradas quaisquer taxas relativas ao processo seletivo.
Lista de espera
Quem não for selecionado nesta etapa, pode manifestar interesse pela lista de espera por vagas vindas da desistência dos selecionados na primeira chamada, até o dia 7 de fevereiro.
A participação na lista de espera deve ser feita por meio da página do Sisu no portal Acesso Único.
“A lista de espera poderá ser utilizada, durante todo o ano de 2024, pelas instituições públicas de educação superior participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular”, detalha o ministério.
De acordo com o cronograma do Sisu 2024, a convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições de ensino superior ocorrerá em 16 de fevereiro.
Sisu
Desde 2010, o sistema informatizado gerenciado pelo MEC reúne as vagas de graduação ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil que participam do processo seletivo vigente, sendo a maioria delas oferecida por instituições federais (universidades e institutos).
O Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Pronac), criado pela Lei Rouanet, tem novas regras de seleção, análise, prestação de contas e avaliação de resultados. A regulamentação está publicada no Diário Oficial da União, desta quinta-feira (1º).
Criada para captar e canalizar recursos para a cultura, a Lei Rouanet permite que empresas direcionem o pagamento de até 4% do Imposto de Renda devido diretamente para o fomento à cultura.
As novas regras atualizam alguns trechos da portaria que revogou regras até então estabelecidas e instituiu um novo arcabouço legal com definições como o fluxo de análise processual, jurídica e técnica, as linguagens artísticas alcançadas pela lei, os limites de projetos e valores que podem ser captados por proponente e processos de prestação de contas, por exemplo.
Com as mudanças, o processo foi automatizado por meio do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), onde as propostas culturais e suas documentações são apresentadas. De acordo com a pasta de Cultura, isso reduzirá o tempo médio de análise, nessa fase inicial, de 60 para 30 dias.
O novo sistema também compartilha dados da Receita Federal, o que permite menos burocracia e, por isso, cinco formulários, antes necessários no processo, deixaram de ser usados.
Outra mudança foi o prazo para apresentação das propostas, que passam a ser de 1º de fevereiro a 31 de outubro de cada ano. Antes, o prazo ia até novembro. A data limite para a apresentação dos Planos Anuais ou Plurianuais também foi antecipada para 31 de agosto do ano anterior ao início da execução.
A remuneração do responsável pela proposta, quando a pessoa ocupar uma função dentro do projeto, poderá ser de, no máximo, 20% do orçamento. E cada fornecedor, também passa a ter o teto de 20% do orçamento, com exceção dos projetos de conservação e restauro de bens culturais imóveis, móveis e integrados tombados e também de construção, reforma ou adequação de equipamentos culturais.
As novas regras estabelecem ainda a obrigatoriedade do uso das marcas do Pronac em qualquer peça de divulgação dos projetos financiados, mesmo que haja outras fontes de recursos.
Outra mudança inclui entre as obrigatoriedades de meia-entrada para acesso a eventos artístico-culturais beneficiados pela Lei Rouanet, os estudantes, jovens de baixa renda portadores da Identidade Jovem (ID Jovem) em todos os ingressos vendidos.
De acordo com o Ministério da Cultura, em 2023, a demanda por financiamento de projetos culturais por meio da Lei Rouanet teve 10.676 propostas admitidas, do total das 12.265 cadastradas. A aprovação desses projetos permite aos proponentes a possibilidade de captação de recursos ns empresas, de R$ 16,7 bilhões. Até meados de dezembro, haviam sido captados quase R$ 1,3 bilhão, que efetivamente foram renunciados pelo governo federal na forma de imposto.
A partir deste sábado (3), começam as disputas da quarta edição do projeto Esporte na Minha Cidade, iniciativa que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Nesta edição, a competição terá duas categorias de futebol 7: Sub-12 Masculino e Beach Adulto Feminino. Dessas, apenas o torneio Sub-12 terá início no sábado com a realização de duas partidas, a partir das 15h40, na Arena Olynto, no Olho d’Água.
Os primeiros jogos, válidos pela primeira rodada, será aberta com o duelo entre as equipes do Seve e do Craques da Veneza. Na sequência, às 16h20, tem Academy Alemanha x Paredão.
Vale destacar que todas as equipes participantes da quarta edição do Esporte na Minha Cidade receberão kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Esse material será utilizado pelas equipes durante a competição. A entrega desses kits ocorreu durante o lançamento oficial do projeto, realizado no fim do ano passado.
“A realização de mais uma edição do Esporte na Minha Cidade é uma alegria imensa para todos que reconhecem a importância da prática esportiva como instrumento de transformação social. Esperamos uma grande competição e uma participação animada dos atletas, das comissões técnicas e suas famílias. Agradecemos ao Grupo Audiolar e ao governo do Estado por todo o apoio para a competição”, destaca Waldemir Rosa, diretor-técnico do Esporte na Minha Cidade.
Forma de disputa
As competições das categorias Sub-12 Masculino e Beach Adulto Feminino do Esporte na Minha Cidade contarão com uma fase de grupos, onde as equipes se enfrentam em turno único. Os dois melhores times de cada torneio avançam à final. Ao todo, 120 atletas vão participar da quarta edição do Esporte na Minha Cidade.
Premiações
Os times campeões e vice-campeões de cada categoria do Esporte na Minha Cidade serão premiados com troféus e medalhas. Durante a solenidade de encerramento das competições, haverá, também, a entrega dos prêmios individuais: Melhor Jogador, Artilheiro, Goleiro Menos Vazado e Melhor Técnico.
Todas as informações sobre o Esporte na Minha Cidade e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@esportenaminhacidade).
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou, nesta quinta-feira (1º), as regras para acesso, cópia, divulgação, empréstimo, pesquisa e reprodução de itens do acervo mantido pela instituição. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, faz parte da política pública de preservação e valorização do patrimônio histórico e cultural dos povos originários do Brasil.
Além de todos os documentos e itens produzidos e recebidos pela Funai ao longo dos 56 anos de existência, a instituição também mantém o patrimônio cultural e documental incorporado pelos órgãos que lhe deram origem, como os fundos Comissão Rondon (1890-1935), Conselho Nacional de Proteção aos Índios (1939-1967), Fundação Brasil Central (1943-1967) e Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967), além de conjuntos documentais adquiridos no âmbito do Programa de Documentação de Línguas e Culturas (Funai/Unesco), mantidos no Museu do Índio, no Rio de Janeiro.
De acordo com as normas, a utilização dos serviços de arquivo da Funai é livre e gratuita para qualquer usuário, nacional ou estrangeiro. A solicitação de pesquisa e o acesso às informações ocorrem principalmente por meio digital, pelo endereço de correio eletrônico [email protected]ou pelo Protocolo Digital disponibilizado no portal da Funai.
Também é possível fazer a solicitação por meio de formulário de papel protocolado em qualquer unidade da Funai, para encaminhamento ao serviço de arquivo, em Brasília.
A pesquisa à base de dados pode ser feita pelo próprio usuário, quando se tratar de documentos públicos, ou solicitada à instituição, no caso dos documentos ou itens restritos. O prazo para resposta é de 20 dias úteis, mas pode ser prorrogado por até três vezes, dependendo da complexidade e extensão da pesquisa. Nesse caso, a prorrogação é comunicada e justificada ao solicitante.
O acesso aos usuários ocorre conforme a etapa que o documento esteja cumprindo no órgão, ou seja, se ainda tramita ou se já integra o acervo permanente da Funai. Nos casos em que o documento tramite de forma custodiada pela unidade da Funai, a informação da base de dados só será concedida com autorização e por meio de cópia digital em PDF.
Bases de dados com informações pessoais referentes à intimidade, vida privada, honra e imagem de terceiros podem ser restringidas.
A cessão de documentos digitais é feita por meio de um link com, acesso por dois meses, após assinatura e envio de um Termo de Acesso e Responsabilidade. Para reprodução em papel, serão cobrados custos adicionais, com exceção do usuário que comprove inviabilidade financeira.
O acesso à documentação original é proibido aos usuários, mas, em casos justificados, poderá acontecer em sala de atendimento ao público dos Serviços de Arquivo da Funai, em data e horário previamente agendados e acompanhado por um servidor.
Para divulgação, empréstimo e cópia de itens do acervo, o crédito institucional é obrigatório em todos os produtos resultantes do acesso à informação, além de ser obrigatório o envio de cópias dos exemplares de livros, teses, dissertações, reportagens, catálogos, material de divulgação e demais produtos científicos e culturais à Funai.
O empréstimo de itens do acervo da Funai é exclusivo para a realização de cópia, de reprodução ou para a restauração do suporte original. Nesses casos, deverá ter autorização das diretorias máximas do Museu do Índio ou da Diretoria de Administração e Gestão da Funai.
Além de estabelecer as normas para acesso ao acervo, a Funai também promoveu, em janeiro, uma oficina de gestão documental para servidores do Ministério dos Povos Indígenas, com a participação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Arquivo Nacional.