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Principal atleta de kitesurf das Américas, o maranhense Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, se destacou em mais uma competição internacional antes da tão aguardada participação nos Jogos Olímpicos, que serão realizados em Paris, na França. Mostrando muita determinação e regularidade nas regatas, Bruno ficou em quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite, evento que reuniu os principais atletas da modalidade no mundo e ocorreu entre os dias 15 e 24 de março, no Mar Menor, em Los Alcázares, na Espanha.

“Semana intensa com muitas regatas, bons momentos na água e muito aprendizado. Vamos seguir trabalhando rumo aos nossos objetivos. Obrigado a todos que estiveram na torcida. Também agradeço aos meus patrocinadores, apoiadores, equipe técnica e multidisciplinar, estamos no caminho certo!”, afirma Bruno Lobo.

Em busca de evolução e de grandes resultados no cenário mundial da Fórmula Kite até Paris 2024, Bruno Lobo já terá mais um desafio importante pela frente a partir deste sábado (30), quando inicia a sua participação no Troféu Princesa Sofia, um dos eventos mais tradicionais da vela. A competição, que é válida como etapa da Copa do Mundo, será realizada até o dia 6 de abril, em Palma de Mallorca, na Espanha.

Bruno Lobo inicia a temporada mais importante de sua carreira com muita confiança após várias conquistas em 2023. Além de garantir a vaga antecipada nos Jogos Olímpicos e o heptacampeonato brasileiro de Fórmula Kite, Bruno faturou o seu segundo ouro na história da modalidade nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile, alcançou o Top 10 do Mundial de Vela e ficou em quinto lugar no evento-teste da Olimpíada, realizado na Marina de Marselha, na França, sendo o único atleta da América do Sul na disputa.

Também em 2023, Bruno Lobo se destacou na Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e disputado em Lelystad, na Holanda. O atleta maranhense foi o melhor kitesurfista das Américas e conquistou a nona posição na classificação geral da competição. Já no Troféu Princesa Sofia, na Espanha, Bruno foi o melhor atleta das Américas, ficou em sétimo lugar entre os países e conquistou a 11ª posição na classificação geral.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O surfista maranhense Kadu Pakinha, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, continua treinando firme no Rio de Janeiro, de olho nos desafios da temporada de 2024. Em busca de títulos para o Maranhão e evolução no cenário nacional da modalidade, Kadu vai participar da primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, entre os dias 18 e 21 de abril, em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca (PE).

Em 2023, Kadu Pakinha representou o Maranhão em duas etapas do Circuito Brasileiro de Surf de Base, com destaque para o desempenho na segunda etapa, ocorrida em Guarujá (SP), onde garantiu classificação para a segunda fase.

"A expectativa é muito boa para a temporada de 2024. Estou trabalhando todos os dias com foco na conquista de grandes resultados para o surf maranhense. O Circuito Brasileiro é um evento muito importante, e não vai faltar dedicação em busca das primeiras posições. Mais uma vez, fica o agradecimento ao governo do Estado e à Potiguar, que dão todo o suporte para que eu possa representar o Maranhão nas principais competições do país", diz Pakinha, que, também, está confirmado na disputa do Circuito Carioca, um dos mais competitivos do Brasil.

Kadu Pakinha acumulou bons desempenhos nos eventos realizados em 2023. O surfista maranhense ficou entre os quatro melhores colocados nas três etapas do Circuito ASN Puro Suco Nova Geração, em Niterói, e foi semifinalista das categorias Sub-16 e Sub-18 da 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, no Rio de Janeiro.

Além disso, Kadu Pakinha chegou às semifinais do Canto Open, garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino do Grumari Masters e disputou o Saquarema Surf Pro Am, competições que deram experiência e confiança ao jovem surfista para a temporada de 2024.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

26.03.2024 - Ministro Fernando Haddad em reunião com Governadores, Consórcio de Integração Sul e Sudeste. Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou, nesta terça-feira (26), o Programa Juros por Educação, um pacto para reduzir os juros da dívida dos Estados com a União. Em contrapartida, os Estados devem aumentar as vagas para alunos no ensino médio técnico em suas redes de educação.

A proposta foi detalhada em reunião do ministro Haddad com governadores de entes devedores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Romeu Zema (Minas Gerais). Este foi o quinto encontro com autoridades estaduais para tratar sobre a questão da dívida.

O saldo devedor acumulado dos Estados atinge a cifra de R$ 740 bilhões. Desse montante, os quatro Estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais – devem R$ 660 bilhões, equivalente a 90% do estoque da dívida.

“Com essa proposta, o governo federal busca criar um pacto nacional em prol da formação profissional dos jovens no ensino médio, o que além de melhorar a empregabilidade e renda desses jovens, ajudará a construir um país com crescimento econômico estruturalmente maior e com Estados com finanças públicas saneadas”, explicou o Ministério da Fazenda, em comunicado.

De acordo com a pasta, 7,7 milhões de alunos estão matriculados no ensino médio (85% de responsabilidade dos Estados), mas apenas 1,1 milhão estão integradas à formação profissional e somente 20% são de tempo integral. O Ensino para Jovens e Adultos (EJA) médio com formação técnica possui apenas 40 mil matrículas no Brasil.

“O programa Juros pela Educação tem potencial de mudar essa realidade e em poucos anos dar um salto no ensino técnico e se igualar a nações desenvolvidas”, explicou.

A meta do programa é chegar na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem 37% de matrícula de jovens de 15 a 19 anos em ensino médio vinculado à educação profissional. Para atingir a marca, o objetivo é matricular mais de 1,6 milhão de jovens nessa modalidade, o dobro do atual.

“Se todos os Estados que possuem dívidas com a União aderirem ao programa é possível atingir a média da União Europeia, hoje na casa de 50%”, informou o Ministério da Fazenda.

O programa

Os Estados que aderirem ao pacto terão uma redução temporária, de 2025 a 2030, das taxas de juros aplicadas aos contratos de refinanciamento de dívidas. A meta é ter mais de 3 milhões de alunos matriculados no ensino médio técnico até 2030. Os entes federados que atingirem as suas metas de expansão de matrículas em até seis anos terão redução permanente na taxa de juros.

O programa Juros por Educação estará aberto para todos os Estados da Federação. Aqueles que não possuem dívida com a União ou dívidas de menor valor terão acesso prioritário a linhas de financiamentos e outras ações de apoio a expansão da educação técnica.

“Além de trazer alívio fiscal, o programa fomenta a educação profissionalizante, beneficiando todos os setores da economia, com incremento sustentável da produtividade e crescimento econômico. A projeção aponta para um incremento estrutural de mais de 2% do PIB [Produto Interno Bruto – soma das riquezas do país] como um todo, além de impactos na renda, no desempenho escolar geral e redução dos índices de criminalidade”, acrescentou o Ministério da Fazenda.

O Estado que aderir ao programa poderá optar por diferentes taxas de juros, com contrapartidas distintas. A uma taxa de juros real de 3% ao ano, o Estado precisa aplicar, ao menos, 50% da economia proporcionada pela redução dos juros na criação e ampliação de matrículas no ensino médio técnico. Ao aderir à faixa que dá juros reais a 2,5% ao ano, o ente federado precisa aplicar, ao menos, 75% da economia na ampliação de matrículas. Já na faixa com os juros mais baixos (2% ao ano), os Estados precisam investir 100% do que foi economizado com juros na educação técnica.

De forma adicional, independentemente da adesão ao Juros por Educação, os entes federados poderão, ainda, reduzir a taxa de juros em 0,5%, desde que realizem amortização extraordinária de 10% do saldo devedor, ou ter 1%, de redução desde que realizem amortização extraordinária de 20% do saldo devedor.

Essas amortizações poderão ser realizadas em ativos, incluindo participações em empresas públicas e sociedades de economia mista. Com as amortizações extraordinárias, a taxa de juros real dos contratos poderá chegar a 1% ao ano.

Endividamento

O endividamento dos Estados com a União é devido a empréstimos diretos feitos pelo governo federal a esses entes ou nas situações em que os Estados contratam crédito no mercado financeiro, tendo a União como garantidora. Em fevereiro de 2024, por exemplo, o Tesouro Nacional pagou R$ 1,22 bilhão em dívidas atrasadas de Estados, de acordo com o mais recente Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito.

Nesse caso, o Tesouro cobre a dívida vencida mas cobra as contragarantias, como a retenção de repasses da União para o ente devedor - como receitas dos fundos de participação e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de multa, juros e custos operacionais.

Em declaração recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é obrigação do governo federal “sentar e tentar encontrar uma solução” para a questão.

Na semana passada, Lula recebeu o governador Cláudio Castro no Palácio do Planalto, que informou a intenção do Estado do Rio de Janeiro de ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para rediscutir a dívida.

Recuperação fiscal

Nos últimos anos, decisões do STF impediram a execução das contragarantias de vários Estados em dificuldade financeira. Posteriormente, a corte mediou negociações para inclusão ou continuidade de governos estaduais no regime de recuperação fiscal (RRF), que prevê o parcelamento e o escalonamento das dívidas com a União em troca de um plano de ajuste de gastos. Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul fecharam acordos com o governo federal.

No início da pandemia de covid-19, a corte concedeu liminar para suspender a execução de garantias em diversos Estados. Algumas contragarantias de Minas Gerais também não foram executadas por causa de liminares concedidas pelo Supremo.

Com a adesão do Estado do Rio de Janeiro ao RRF, no fim de 2017, o Estado pôde contratar novas operações de crédito com garantia da União, mesmo estando inadimplente. No fim de 2020, o ministro Luiz Fux, do STF, concedeu liminar mantendo o Rio de Janeiro no regime de recuperação fiscal. Em junho do ano passado, o Estado, em acordo mediado pelo STF, concluiu as negociações com a União para continuar no RRF.

Também em junho de 2022, o Rio Grande do Sul fechou acordo com a União e teve o plano de recuperação fiscal homologado. O plano permite que o Estado volte a pagar, de forma escalonada, a dívida da União, cujo pagamento estava suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal desde julho de 2017. Em troca, o governo gaúcho deverá executar um programa de ajuste fiscal que prevê desestatizações e reformas para reduzir os gastos locais.

Em maio de 2020, o STF autorizou o governo goiano a aderir ao pacote de recuperação fiscal em troca da adoção de um teto de gastos estadual. Em dezembro de 2021, Goiás assinou a adesão ao RRF, que permite a suspensão do pagamento de dívidas com a União em troca de um plano de ajuste de gastos.

Minas Gerais é único Estado endividado que não aderiu ao RRF. Em julho de 2022, o ministro Nunes Marques, do STF, concedeu liminar que permite ao governo mineiro negociar um plano de ajuste com a União sem a necessidade de reformar a Constituição estadual. No mesmo mês, o Tesouro Nacional publicou uma portaria autorizando o governo de Minas a elaborar uma proposta que oficialize o ingresso no programa.

Atualmente, a Assembleia Legislativa analisa um projeto de lei do RRF estadual. Em novembro do ano passado, o governo concordou com a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de federalizar as estatais mineiras para pagar as dívidas do Estado com a União. Em dezembro, Nunes Marques prorrogou a data-limite de adesão ao RRF para 20 de abril deste ano.

(Fonte: Agência Brasil)

Alunos em sala de aula. Foto: Shubham Sharan/Unsplash

A primeira parcela do programa Pé-de-Meia, no valor de R$ 200, começa a ser paga nesta terça-feira (26), para estudantes nascidos em janeiro e fevereiro. O incentivo, referente à matrícula, será depositado até 7 de abril, conforme o mês de nascimento do estudante.

Serão beneficiados alunos que estiverem matriculados em qualquer série do ensino médio na rede pública e com informações consolidadas e enviadas pelas redes de ensino até 8 de março.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o depósito será feito em contas digitais abertas, automaticamente, pela Caixa em nome dos beneficiados.

Caso o estudante beneficiado seja menor de idade, é preciso que o responsável legal autorize o aluno a movimentar a conta. O consentimento poderá ser feito em uma agência bancária da Caixa ou pelo aplicativo Caixa Tem.

Confira, abaixo, o cronograma de pagamento da primeira parcela do Pé-de-Meia:

arte cronograma pé-de-meia

Ainda segundo o MEC, até o dia 14 de junho, caso ocorram eventuais correções e atualizações de informações por parte dos sistemas de ensino e das instituições federais de ensino médio, o pagamento do incentivo referente à matrícula poderá ser realizado até 1º de julho de 2024.

Incentivos

Além do incentivo-matrícula, o programa prevê outros três incentivos financeiro-educacionais:

  • Incentivo-Frequência, no valor de R$ 200 mensais, pago em oito parcelas periódicas: o estudante precisa ter frequência mínima mensal de 80% das horas letivas ou média de frequência de 80% das horas letivas no ano, até a data da coleta da informação pela rede de ensino;
  • Incentivo-Conclusão, no valor de R$ 1.000 por ano, pago em parcela única na conta-poupança do aluno: o estudante precisa concluir a série em que está matriculado com aprovação e, quando for o caso, com participação nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), bem como nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos entes federativos para o ensino médio;
  • Incentivo-Enem, no valor de R$ 200: para estudantes do 3º ano do ensino médio que se inscreverem e participarem dos dois dias de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), incluindo eventual reaplicação em situações excepcionais.

Os valores referentes aos incentivos de matrícula e frequência podem ser utilizados livremente pelos estudantes, conforme forem recebidos nas contas bancárias. Já o incentivo-Conclusão só poderá ser utilizado pelo aluno após concluir todo o ensino médio. Considerando as dez parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o adicional de R$ 200 pela participação no Enem, os valores podem chegar a R$ 9.200 por aluno, ao longo dos três anos do ensino médio.

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. Por meio do incentivo à permanência escolar, o programa quer democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Foto Arte/Arte/Ministério da Educação

Programa

Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade poupança, destinado a incentivar a permanência e a conclusão escolar de alunos matriculados no ensino médio público.

De acordo com o MEC, a proposta é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre jovens, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

Estados e municípios prestam as informações necessárias à execução do incentivo, a fim de possibilitar o acesso de estudantes matriculados nas respectivas redes de ensino.   

(Fonte: Agência Brasil)

A nadadora maranhense Sofia Duailibe iniciou a temporada de 2024 com grandes resultados em competições nacionais de águas abertas. Sofia, que é atleta da DM Aquatic e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, conquistou três pódios na segunda etapa da Copa Brasil e na primeira etapa do Campeonato Brasileiro, que ocorreram entre sexta-feira (22) e sábado (23), na Praia da Pajuçara, em Maceió (AL).

Na disputa da segunda etapa da 11ª Copa Brasil de Águas Abertas, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Sofia Duailibe foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km, resultados que reforçam a evolução da nadadora maranhense no cenário nacional de águas abertas.

Além de participar da segunda etapa da Copa Brasil, Sofia Duailibe marcou presença na primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Águas Abertas, que também conta com a organização da CBDA. Com uma excelente performance, a atleta da DM Aquatic foi a campeã da categoria Infantil 2 na disputa dos 5km.

Antes de brilhar nos eventos nacionais em Maceió, Sofia Duailibe colecionou títulos em torneios de águas abertas durante a temporada de 2023. A nadadora maranhense superou a marca de 20 pódios em etapas da Copa Brasil de Águas Abertas, com destaque para a conquista de 16 medalhas de ouro, além de ter sido campeã do Desafio do Cassó e da Copa São Luís.

Também em 2023, Sofia Duailibe se destacou nas piscinas, sendo campeã nas disputas do Norte/Nordeste de Natação – Troféu Walter Figueiredo Silva, do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu João Vitor Caldas, da Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs).

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com o apoio do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

CONTRA OS QUE SÃO CONTRA O PIAUÍ

 *

Há 13 anos, em 25 de março de 2011, o Estado do Piauí e os cidadãos piauienses foram vítimas de um ataque de ignorância verbal, deboche, preconceito e antibrasilidade. Um ator à toa de São Paulo, um desconhecido Marauê Carneiro, que se encontrava na capital piauiense naquela data, escreveu na rede social Facebook a seguinte frase: “Estamos em Teresina do Piauí, se é que o mundo tem cu, o cu do mundo é aqui!!”

Sob qualquer prisma que se veja, com quaisquer olhos que se leia, a frase é, no mínimo, deselegante para ser pronunciada ou escrita por quem está chegando a uma cidade, onde espera ser bem recebido e, como artista de teatro, espera ser bem visto. É uma infelicidade!

Teresina e o Piauí têm notáveis registros de valores históricos, turísticos, científicos, culturais, sociais e econômicos. A capital piauiense é considerada uma das melhores em termos de segurança e qualidade de vida. Por causa de sua arborização, recebeu do famoso escritor maranhense Coelho Netto o título de “Cidade Verde”.

É no Piauí que se encontra, no Parque Nacional de Sete Cidades, em Piracuruca, o primeiro centro intelectual dos povos tupis, também local de passagem dos povos fenícios. No Piauí, estão mais de setecentos sítios arqueológicos, concentrados no Parque Nacional Serra da Capivara, onde estão as provas arqueológicas dos mais antigos humanos das Américas. De certa forma, não havendo contestações científicas posteriores, pode-se dizer que o Piauí é a matriz dos brasileiros e dos americanos em geral.

No mínimo e portanto, mais respeito com os mais velhos.

As reações ao tresloucamento verbal-proctológico do ator foram imediatas, culminando com cancelamento da peça que estava prevista para ser apresentada e reapresentada durante três dias na capital piauiense. A página do ator não era mais possível ser acessada no Facebook. Também não se podia ver a página de uma amiga dele, que, de alguma forma, apoiou seu comentário, a atriz Sthefany Brito, recém-descasada de rápida união com o jogador Pato e irmã de Kayky Brito, também ator da peça de que participa Marauê.

A confusão – ou o auê, não é, Marauê? – foi formada. O jovem ator pediu desculpas e declarou estar vivendo “o dia mais triste” de sua vida. A Polícia Civil registrou queixa, e a delegada disse que o ator não sairia do Estado sem antes prestar declarações formalmente. Policiais foram enviados ao aeroporto para que o ator paulista não saísse sem “visitar” a delegacia.

É a velha sabedoria dos nossos pais e avós: “Cabeça que não pensa, corpo padece”. E não só o corpo: também o bolso, o sono, a tranquilidade...

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Não é de hoje que o Piauí é alvo de ataques verbais dessa maneira. Em 2005 e em 2007, duas outras frases infelizes foram estampadas na Imprensa, e uma delas provocou até o rompimento de sólidos e tradicionais laços empresariais. Nessa época, escrevi o texto a seguir.

Mas, antes do texto, uma dessas curiosidades e coincidências que dá o que pensar: A agressão verbal contra o Piauí e seu povo foi feita pelo empresário Paulo Zottolo, nascido em 1956, à época presidente da Philips do Brasil. Zottolo, em um tempo de sua vida, havia trabalhado em um navio de guerra da Marinha Brasileira que tinha o nome de... Piauí. O navio, um contratorpedeiro, era o “CT Piauí (D-31)”, o terceiro até aquela época que homenageava o nome daquele Estado nordestino.

O CT Piauí foi construído por estaleiro especializado, localizado próximo do porto de Nova York, nos Estados Unidos. Após ser utilizado em grandes conflitos, como a Segunda Guerra Mundial (1939/45) e a Guerra da Coreia (1950/53), o navio foi emprestado à Marinha do Brasil e incorporado em 1967. Seis anos depois, em 1973, o contratorpedeiro passou a integrar definitivamente a Armada Brasileira, a mais antiga das três Forças nacionais. Foi no navio contratorpedeiro “Piauí” que o oficial Paulo Alberto Zottolo embarcou e onde permaneceu por um ano (após dez anos de serviço na Marinha, deu baixa como segundo-tenente).

O muito de disciplina e deveres cívicos que Zottolo aprendeu no mar no “Piauí”... ele jogou por terra...

Leia o artigo que escrevi após

* * *

UM COXO MENTAL

I – AS ORIGENS

Há muito tempo, no Nordeste da Itália, existiam os vênetos. A língua que eles falavam era uma variação do latim chamada “latim vulgar”.

Como se sabe, naqueles tempos, costumava-se acrescentar ao nome da pessoa uma característica dela. Podia ser um termo relacionado ao aspecto físico, à profissão, à origem etc.

Àquela pessoa que tinha um defeito em uma das pernas, que claudicava, que era coxa, chamava-se, em língua vêneta, “zsoto” (pronuncia-se “zoto”).

“Zsoto” chegou ao italiano como “Zoppo” e “Zotto”, com o significado de “coxo”, “manco”, “capenga”, “claudicante”, “com defeito físico nas pernas”.

Se o coxo era um homem pequeno, acrescentava-se ao nome o sufixo diminutivo “-olo” (também com dois “ll”: “-ollo”).

É daí que vem o sobrenome do atual [em 2007] presidente da multinacional Philips do Brasil – Paulo Zottolo.

“Zottolo”, portanto, significa, na origem, um “pequeno homem manco”, um “homenzinho coxo”, um “coxinho”.

Teria algo a ver com a origem vêneta o que deu na veneta do “chairman” da Philips?

II – O CARA

Foi esse bem-sucedido brasileiro, executivo de nomeada, engenheiro formado com o dinheiro do contribuinte pela Escola Naval, esse jovem de 51 anos [em 2007] com pós-graduação em Marketing pela Universidade de Nova York, esse administrador de saudáveis cargos e encargos à frente de empresas do naipe da Nívea, Natura, FMC e Tyco...

Pois bem, foi esse moço trabalhador e apreciador do resultado de seu trabalho (é midiático, “ousado”, polêmico, gosta de aparecer, ser celebridade), foi esse cabra que acaba de repetir um momento de deselegância, de ofensa, contra o Estado do Piauí, contra o Brasil e contra a inteligência humana.

III – FREUD EXPLICA...

Em tempos de multiculturalidade, do não à intolerância, do sim à biodiversidade humana, em tempos de mais e mais respeito para com os outros, de paz na terra entre os seres de boa vontade, o que faz Paulo Zottolo? Talvez, inconsciente e involuntariamente (Freud explica...), Zottolo volta sua desajustada metralhadora verbal contra os piauienses. Como numa estratégia de guerra, ataca, primeiro, a capital, Teresina, para quem dedica a seguinte frase, dita à revista “IstoÉ Dinheiro”, edição de 19 de outubro de 2005, quando ainda era o presidente da Nívea:

“A Nivea aqui era como Teresina, capital do Piauí: todo mundo sabe que existe, mas poucos conhecem”.

Nívea é marca de produtos de suavidade, mas o seu à época presidente foi grosso, áspero, caraquento.

Continuando sua tática bélica, já atingida a capital, Zottolo quer abalar o restante do território piauiense. Assim, assume um avião bombardeiro e, do alto de sua irreflexão, solta uma bomba:

“Não se pode pensar que o país é um Piauí. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”.

IV – KAMIKAZE

Bem, enquanto ele tiver as ilhas da revista “Caras” e a de Comandatuba, seu Paulo Zottolo não precisa nem depende da imagem que lhe fazemos nós sem-dinheiro, embora consumidores dos produtos da empresa (a Philips) que ele por enquanto (por enquanto...) dirige.

Do jeito que a coisa está indo, deixa-se de acreditar que Paulo Zottolo seja um homem inteligente. Ao torpedear assim um estado de seu próprio país, esse líder empresarial atira contra si, contra sua imagem e contra a imagem da(s) marca(s) que representa.

Seu Zottolo sabe que palavras têm poder. Ele sabe que desde o início era o verbo. Ele sabe o quanto um momento de alucinação verbal compromete.

Nos próximos meses e anos, o feito mais lembrado de Paulo Zottolo não serão o faturamento e o lucro, o desempenho econômico positivo que ele tenha agregado às empresas que dirigiu. Serão suas más palavras. Elas serão sua próxima e permanente medida. Nas entrevistas, nos perfis empresariais, nas referências a Zottolo, o jornalista fará referência às mancadas verbais contra os boas-gentes piauienses.

Um homem que trabalhou anos na Europa, que vai a outros países como quem vai normalmente ao trabalho do dia-a-dia, já deveria ter aprendido muita coisa com gentes de culturas mais velhas que a nossa.

Se não aprendeu, é hora de fazer regressão. Se os piauienses prezam (como todos nós) o nome, a imagem de seu Estado, cada um de nós zela pelo próprio nome. Desta forma, se algum dia alguém chamar o ainda (ainda...) presidente da Philips de pequeno coxo, de homenzinho manco, é porque isso já está no nome dele.

As “mancadas” do sr. Zottolo não deveriam ter saído das pernas.

Mas, pelo visto e lido, elas subiram à cabeça. Com suas frases infelizes, Paulo Zottolo, mesmo sadio, tornou às origens, voltou a ser um coxo.

Um coxo mental.

* EDMILSON SANCHES

FOTOS:

Serra da Capivara. Belezas e importância histórica, cultural, científica e socioeconômica do Piauí orgulham o Brasil. (Fotos: blogs Not1 e 1000dias). O contratorpedeiro “Piauí” e seu emblema naval militar.

Brasília (DF), 25/03/2024 - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de cerimônia para o anúncio de pagamento do primeiro incentivo financeiro-educacional do Programa Pé-de-Meia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (25), que o Brasil tem uma eterna dívida com a educação e demorou a avançar em políticas na área para toda a população. Ele participou de evento no Palácio do Planalto para marcar o início dos pagamentos do Programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC), uma espécie de poupança para alunos de baixa renda do ensino médio.

Para Lula, os filhos “das pessoas mais humildes, do trabalhador, das pessoas que ganham menos nesse país, têm que ter o direito de ser doutor, de se formar naquilo que ele quiser”.

O Pé-de-Meia visa reduzir a evasão e promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio de escolas públicas. O evento contou com a participação de alunos de todas as regiões do país. Lula pediu a eles que nunca desistam, “porque a desistência pode ser um caminho sem volta”.

Brasília (DF), 25/03/2024 - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa de cerimônia para o anúncio de pagamento do primeiro incentivo financeiro-educacional do Programa Pé-de-Meia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Um jovem que desiste de ir na escola porque tem que ajudar o pai, tem que ajudar no orçamento da família, tem que ajudar a mãe, ou seja, esse jovem está jogando fora a perspectiva de um futuro brilhante, de um futuro promissor, de fazer uma carreira numa universidade, virar uma figura intelectualmente importante, profissionalmente importante”, disse o presidente.

Por meio do incentivo à permanência escolar, o governo federal quer reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

“Eu digo sempre, as pessoas muitas vezes não gostam de ouvir, de que a elite econômica e política que dirigiu esse país durante 500 anos nunca gostou que o povo brasileiro estudasse. Porque o filho de rico ia estudar lá fora, na França, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Espanha, na Alemanha, e o filho do pobre ficava aqui, porque o lema era que filho do pobre tinha que trabalhar, trabalhar e trabalhar”, acrescentou Lula, lembrando-se de educadores que lutaram pela democratização do ensino público no país e de políticas educacionais que implementou em seus mandatos anteriores.

O depósito da parcela de R$ 200 do Pé-de-Meia, relativo ao Incentivo-Matrícula, começa amanhã (26) e ocorrerá de forma escalonada até 3 de abril, conforme o mês de nascimento dos alunos.

O investimento anual é de R$ 7,1 bilhões, e a estimativa é que o programa atenda cerca de 2,4 milhões de estudantes. A política prevê o pagamento de incentivos anuais de R$ 3 mil por beneficiário, chegando a até R$ 9,2 mil nos três anos do ensino médio, com o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última série.

A lei que criou o Pé-de-Meia foi sancionada por Lula em janeiro deste ano. O programa foi bem recebido por estudantes e sociedade civil como ação para combater a alta evasão escolar no ensino médio, por estudantes que abandonam os estudos sobretudo para trabalhar.

Para o ministro da Educação, Camilo Santana, o Pé-de Meia poderá ter um grande impacto na vida de milhões de jovens brasileiros. Citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ele destacou que 41,5% da população brasileira de 25 a 64 anos não concluíram o ensino médio no Brasil.

“No último Censo Escolar, quase 480 mil jovens, em um ano só, no Brasil, saíram da escola do ensino médio. Se a gente imaginar que nós temos 6,7 milhões de jovens na escola pública brasileira é quase meio milhão de jovens que deixam a escola em um ano no país. E o maior motivo é questões financeiras, é necessidade, muitas vezes, de ajudar a família, ajudar em casa. Às vezes, não é uma opção que o jovem faz, às vezes é uma necessidade”, disse Santana, lembrando ainda que o Pé-de-Meia vem com outros programas que o governo federal tem implementado, como o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e o Programa Escola em Tempo Integral.

“Todas as evidências já mostraram que, quando a criança não aprende a ler e escrever ao final do segundo ano do ensino fundamental, [a] cada ano que vai passando, vai aumentando a distorção idade-série, aumentando reprovação, vai diminuindo estímulo de estar na escola, vai aumentando o abandono; e quando chega no ensino médio é a maior abandono e a maior vazão de toda educação básica brasileira”, acrescentou.

Durante o evento, o presidente Lula conversou com estudantes de todas as regiões do país, que contaram as histórias de suas famílias. De Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o aluno Mateus da Silva Souza disse que os incentivos serão de “extrema importância” para todos os estudantes.

“Muitos não têm essa escolha, essa opção [de continuar os estudos]. Então, eu acredito que [o Pé-de-Meia] é uma iniciativa totalmente necessária. Digo por mim, meus pais, infelizmente, não tiveram a condição e a oportunidade de terminar os seus estudos. Então, eu estou aqui para poder tentar dar o orgulho a eles e a mim mesmo; também estou aqui por mim, quero poder alcançar os meus sonhos, realizar o que eu desejo”, disse.

Primeiro pagamento

Nenhum estudante precisa se cadastrar para receber o Pé-de-Meia, basta estar regularmente matriculado no ensino médio das redes públicas, ter entre 14 e 24 anos e ser integrante de famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais (CadÚnico) do governo federal. Nesse início, terão prioridade os beneficiários do Programa Bolsa-Família.

Para fazer o depósito deste primeiro incentivo, o MEC se baseou em informações enviadas pelas redes de ensino dos municípios, Estados e do Distrito Federal entre 29 de fevereiro e 8 de março deste ano. O ministério informou que, se ocorrerem correções e atualizações das informações referentes à matrícula entre 9 de março e 14 de junho, o pagamento do Incentivo-Matrícula poderá ser feito até 1º de julho.

arte poupança ensino médio

Por meio do aplicativo gratuito Jornada do Estudante, os alunos do ensino médio matriculados na rede pública podem saber se foram beneficiados e ter mais informações sobre o programa. Os estudantes com dúvidas sobre o Pé-de-Meia podem acessar uma seção de Perguntas Frequentes sobre o programa no portal do MEC. Outros canais são o Fale Conosco do MEC (telefone 0800 616161) e o portal de atendimento, por meio da opção 7.

O valor será depositado em contas digitais abertas, automaticamente, pela Caixa Econômica Federal, nos nomes dos próprios estudantes.

No caso de o estudante do ensino médio público beneficiado ser menor de idade, será necessário que o responsável legal o autorize a movimentar a conta, para sacar o dinheiro ou usar o aplicativo Caixa Tem. Esse consentimento poderá ser feito em uma agência bancária da Caixa ou pelo aplicativo Caixa Tem. Se o aluno tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para utilização do valor recebido.

Incentivos

O Incentivo-Matrícula é pago apenas uma vez ao ano, ainda que o estudante faça transferência de matrícula entre escolas ou redes de ensino no mesmo ano letivo. Porém, o aluno que abandonou a escola e voltou a estudar ou que foi reprovado naquela série terá direito ao Incentivo-Matrícula da respectiva série apenas mais uma vez, durante o período de permanência no ensino médio.

O Pé-de-Meia é constituído de outros três incentivos financeiro-educacionais. Um deles é o Incentivo-Frequência, no valor de R$ 200 mensais, pago em nove parcelas periódicas. Para ter direito, o estudante precisa ter frequência mínima mensal de 80% das horas letivas ou média de frequência de 80% das horas letivas no ano, até a data da coleta da informação pela rede de ensino.

Os valores dos incentivos de matrícula e frequência podem ser utilizados livremente pelos estudantes, conforme forem recebidos nas contas bancárias.

Já o Incentivo-Conclusão, no valor de R$ 1.000 por ano, só poderá ser sacado pelo aluno após concluir ensino médio. Para ter direito a ele, o estudante precisa concluir a série em que está matriculado com aprovação e, quando for o caso, com participação nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), bem como nos exames aplicados pelos sistemas de avaliação externa dos entes federativos para o ensino médio.

Por fim, o estudante da 3ª série do ensino médio que se inscrever e participar dos dois dias de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá direito ao Incentivo-Enem, no valor de R$ 200. Eventual reaplicação de provas em situações excepcionais também deve ser cumprida pelo aluno.

(Fonte: Agência Brasil)

Um fim de semana especial para o piloto maranhense Ciro Sobral, que estreou em grande estilo na terceira temporada da Fórmula 4 Brasil, principal categoria-escola em monopostos do automobilismo nacional. Nas três corridas válidas pela 1ª etapa da F4 Brasil, realizada no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, o jovem de 16 anos mostrou talento e arrojo para conseguir bons resultados e assumir a 4ª colocação na classificação geral. O melhor desempenho do piloto da TMG Racing foi um segundo lugar na prova 2.   

Na primeira prova da etapa, realizada na manhã do último sábado (23), Ciro Sobral largou em 9º no grid e impôs um bom ritmo de corrida desde o início. O maranhense conseguiu fazer algumas boas ultrapassagens, mas, na parte final, acabou rodando. No fim, terminou na 9ª colocação. 

Na corrida 2, o maranhense largou na pole, mas a liderança durou apenas algumas curvas. Na sequência, Ciro foi ultrapassado por Ethan Nobels, da equipe Cavaleiro. Na segunda colocação, o piloto da TMG Racing bem que tentou reassumir a ponta, mas Nobels se segurou para vencer. Mesmo assim, segundo lugar garantido para o representante do Maranhão na F4 Brasil. 

Nesse domingo (24), uma prova de muita recuperação para Ciro Sobral debaixo de muita chuva no Autódromo Velocitta. Após largar em 10º, o maranhense escalou o pelotão com ultrapassagens arrojadas para terminar no Top 5 da corrida.   

“Estou muito contente com a minha progressão do fim de semana. A primeira corrida, apesar de ter terminado em 8º, tive um ritmo muito forte. As ultrapassagens que eu fiz foram muito boas, mas, infelizmente, tiveram uns incidentes que fugiram do meu controle. Já na segunda corrida, terminei em segundo lugar, já conseguindo o meu primeiro pódio na categoria e, no domingo, fiz minha primeira corrida na chuva, largando de 10º e cheguei em 5º. O mais importante é que sempre com um ritmo muito forte, fiz boas ultrapassagens, boas defesas e isso me deixou muito contente. Estou agora em 4º lugar no campeonato e estou na briga. Vejo um potencial para evoluir muito grande, e fico confiante e feliz com isso. Espero ir pra cima para brigar pelo campeonato”, afirmou o piloto maranhense da TMG Racing. 

Etapas

A próxima etapa da Fórmula 4 Brasil será no mês de abril, no Autódromo de Interlagos, localizado na zona sul de São Paulo. O ‘templo do automobilismo brasileiro’ receberá três etapas do calendário: nos dias 20 e 21 de abril; nos dias 2 e 3 de novembro, pela segunda vez como preliminar da Fórmula 1, e fecha a temporada nos dias 14 e 15. 

A temporada 2024 tem previsão de passar por seis circuitos diferentes, fato inédito na história do Fórmula 4 Brasil. A maior novidade será a inclusão de etapa a ser disputada na Argentina, nos dias 5 e 6 de outubro. 

O campeonato também vai passar pelo Planalto Central: Goiânia receberá novamente a Fórmula 4 Brasil nos dias 27 e 28 de julho, na semana de comemoração do aniversário de 50 anos do Autódromo Internacional Ayrton Senna, enquanto Brasília será o cenário da categoria-escola nos dias 23 e 24 de novembro.  

CALENDÁRIO (Etapa / Data / Local)

1ª - 24/3 – Velocitta (SP)

2ª - 21/4 – Interlagos (SP)

3ª - 30/6 – Velocitta (SP)

4ª - 28/7 – Goiânia (GO)

5ª - 6/10 – Argentina  

6ª - 3/11 – Interlagos (SP)

7ª - 24/11 – Brasília (DF)

8ª - 15/12 – Interlagos (SP)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

São Paulo (SP) 05/11/2023 - Estudantes e pais na Universidade Paulista no bairro do Paraiso . 
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (25), marcará o início dos pagamentos do Programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC). O evento começa às 10h. O depósito da parcela única de R$ 200, relativo ao Incentivo-Matrícula, ocorrerá de forma escalonada, conforme o mês de nascimento dos alunos.

·         26 de março: estudantes nascidos em janeiro e fevereiro;

·         27 de março: estudantes nascidos em março e abril;

·         28 de março: estudantes nascidos em maio e junho;

·         1º de abril: estudantes nascidos em julho e agosto;

·         2 de abril: estudantes nascidos em setembro e outubro;

·         3 de abril: estudantes nascidos em novembro e dezembro.

Segundo o MEC, o Incentivo-Matrícula será creditado em contas digitais abertas, automaticamente, pela Caixa Econômica Federal em nome dos alunos.

No caso de o estudante do ensino médio público beneficiado ser menor de idade, será necessário que o responsável legal o autorize a movimentar a conta, para sacar o dinheiro ou usar o aplicativo Caixa Tem. Esse consentimento poderá ser feito em uma agência bancária da Caixa ou pelo aplicativo Caixa Tem. Se o aluno tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para utilização do valor recebido.

O incentivo é pago apenas uma vez ao ano, ainda que o estudante faça transferência de matrícula entre escolas ou redes de ensino no mesmo ano letivo.

Porém, o aluno que abandonou a escola e voltou a estudar ou que foi reprovado naquela série terá direito ao Incentivo-Matrícula da respectiva série apenas mais uma vez, durante o período de permanência no ensino médio, esclarece o MEC.

Envio de informações

Para fazer o depósito deste primeiro incentivo, o MEC se baseará em informações enviadas pelas redes de ensino dos municípios, Estados e do Distrito Federal entre 29 de fevereiro e 8 de março deste ano, por meio do Sistema Gestão Presente (SGP), conforme previsto na Lei 14.818/2024.

O não compartilhamento das informações sobre os estudantes matriculados nas respectivas redes de ensino poderá impactar o pagamento dos incentivos relativos ao período em que as informações não foram compartilhadas.

Para quem não for beneficiado neste primeiro período, o MEC informa que se ocorrerem correções e atualizações das informações referentes à matrícula, por parte das redes públicas de ensino médio, entre 9 de março e 14 de junho, o pagamento do Incentivo-Matrícula poderá ser feito até 1º de julho.

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. Por meio do incentivo à permanência escolar, o programa quer democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social.

O Pé-de-Meia prevê o pagamento de incentivo mensal de R$ 200, que pode ser sacado em qualquer momento, além dos depósitos de R$ 1.000 ao término de cada ano concluído, que só poderão ser retirados da poupança após a conclusão do ano letivo. Se consideradas as dez parcelas de incentivo, os depósitos anuais e ainda o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última série, os valores podem chegar a R$ 9.200 por aluno.

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. Por meio do incentivo à permanência escolar, o programa quer democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Foto Arte/Arte/Ministério da Educação

Os estudantes com dúvidas sobre o Pé-de-Meia podem acessar uma seção de Perguntas Frequentes sobre o programa no portal do MEC. Outros canais são o Fale Conosco do MEC (telefone 0800 616161) e o portal de atendimento, por meio da opção 7 e seleção do assunto Programa Pé-de-Meia.

(fonte: Agência Brasil)

Filme Adoniran Barbosa. Foto: João Oliveira/Divulgação

Um casarão é demolido, enquanto um grupo de pessoas observa da calçada. O imóvel abandonado havia servido de moradia para os sem-teto, até que foi derrubado para dar lugar a um edifício. A cena, que poderia ser vista na cidade de São Paulo na década de 1950, ou nesta semana, é eternamente lembrada na composição Saudosa Maloca, do sambista Adoniran Barbosa.

“Adoniran é um cronista dessas situações, em especial, com um olhar humanista muito importante que aproxima a gente das camadas mais carentes da população e dessa vida difícil do paulistano”, diz o ator e músico Paulo Miklos, que interpreta o sambista no filme Saudosa Maloca. A comédia musical, que estreou nesta semana, nos cinemas de todo o país, revive o compositor com os personagens de suas canções.

“No filme, nós temos o Arnesto, temos os personagens todos das músicas: a Iracema, o Joca e o Mato Grosso. Esses personagens todos entram em cena”, conta Miklos. “Além de tomarem vida, eles estão entrelaçados na mesma trama, com a presença do criador. Então, é o criador e as criaturas”, acrescenta.

Filme Adoniran Barbosa. Foto: João Oliveira/Divulgação

Samba e progresso

Como coadjuvante, está a cidade de São Paulo e as transformações vividas entre as décadas de 1950 e 1980. “O filme tem o samba versus o barulho das demolições, da cidade em movimento, feroz, que são temas muito caros para o Adoniran. A especulação imobiliária, o avanço do progresso, o ‘pogrécio’, como ele dizia”, enfatiza o ator.

É uma experiência que, na opinião de Miklos, só pode ser sentida em todos os seus aspectos dentro da sala de cinema. “Porque no cinema você tem um som perfeito, você tem essa imersão sonora”, afirma.

“A gente pôde entender como realmente era São Paulo nessa época e por que o progresso incomodava tanto as pessoas que estavam ali, pacificamente, querendo apenas viver suas vidas”, conta a atriz Leilah Moreno, que interpreta Iracema, personagem da canção de mesmo nome. “Ele [o filme’] realmente transporta a gente para os anos 50. Se você perceber, as falas têm um tempo diferente de resposta, têm um tempo para as pessoas pensarem, para respirar. Não é um filme da Marvel [de super-heróis], com tudo cortado rápido”, acrescenta Leilah, ao falar de suas impressões sobre o longa-metragem.

História de família

Vinda de uma família de sambistas do Vale do Paraíba, no interior paulista, Leilah não chegou sozinha para a produção. “A minha família tem uma história muito forte com Adoniran Barbosa. Quando souberam que eu ia fazer o teste para o filme, minha mãe e minha tia gravaram um vídeo para o diretor, Pedro [Serrano]”, lembra.

Mesmo descrente, a atriz, que também é cantora, mostrou o vídeo para a produção. “Não é que ajudou mesmo?”, diz Leilah. A equipe do filme, depois que ela foi selecionada, disse que parecia importante que pessoas realmente ligadas ao universo do samba estivessem na produção.

Mais tarde, a família da atriz foi convidada para participar fazendo o coro em algumas músicas. A mãe de Leilah, no entanto, havia sofrido um acidente vascular cerebral durante o período de filmagens. “Ela [a mãe] falou assim: ‘eu também quero cantar. Então, eu vou ficar boa’. Ela acreditou nisso. E realmente, no dia que nós fomos para o estúdio, ela estava lá, sentada, mas conseguiu cantar, conseguiu colocar a voz. Uma das vozes que mais aparecem no coro é dela”, relata a atriz.

O processo de Saudosa Maloca começa com o curta-metragem Dá Licença de Contar, lançado em 2015, que também tem Pedro Serrano como diretor e Miklos no papel do sambista. O elenco já contava com Gero Camilo e Gustavo Machado, também presentes no longa-metragem que acaba de chegar aos cinemas. Uma novidade no elenco do novo filme é Sidney Santiago Kuanza.

Em 2018, Serra lançou ainda o documentário Meu Nome é João Rubinato, também sobre o músico, trazendo no título seu nome de batismo.

Linguagem própria

“Criamos uma cumplicidade muito grande naquele momento”, diz Miklos a respeito da experiência com o primeiro filme. “Todas as descobertas desse primeiro ensaio, vamos chamar assim, que foi o curta-metragem, inclusive premiado, nós levamos agora para o longa”, destaca ao falar de elementos como a linguagem, que chama de adonirês.

“Para mim, como ator, é fundamental ter um personagem que fala uma língua própria. Isso já aproxima, e a gente já mergulha no personagem. O adonirês é falado no filme fluentemente. Nós estudamos o adonirês para poder improvisar no filme, nas cenas, está muito com naturalidade”, diz sobre a linguagem extremamente coloquial, que se distancia da norma culta, muito presente nas músicas do compositor.

Apesar da grande identificação com as histórias contadas por Adoniran, Leilah Moreno admite que nunca havia se imaginado como intérprete de Iracema, a personagem destinada a morrer atropelada.
 “A música Iracema era uma das que eu mais amava quando ele cantava. Eu ficava tentando imaginar quem era Iracema, como ela era, como é que era o rosto, o físico, a cor da pele, o cabelo. Eu nunca tinha imaginado a Iracema, uma mulher como eu. Nunca, jamais. Veio até como meio que um soco no estômago, de a gente começar a pensar que pode estar em todos os lugares, ser todas as pessoas e ocupar tudo”, afirma.

(Fonte: Agência Brasil)