O jogo entre Atlético-GO e Flamengo, neste domingo (14), que marca a estreia de ambos no Campeonato Brasileiro de 2024, será histórico para a Rádio Nacional. Pela primeira vez, a emissora terá uma partida de futebol narrada por uma mulher. Também de maneira inédita, a equipe de transmissão será totalmente feminina.
A locução será de Luciana Zogaib, nova narradora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação de Verônica Dalcanal no plantão da informação e das comentaristas convidadas Rachel Motta e Brenda Balbi. A jornada esportiva começa às 15h30 (horário de Brasília), e a bola rola no Serra Dourada, em Goiânia, a partir das 16h.
Luciana é a primeira mulher narradora da EBC. Após comandar as coberturas das partidas da seleção brasileira feminina de futebol contra Canadá e Japão, pela Copa SheBelieves, na TV Brasil, a profissional fará a estreia em transmissões esportivas da Rádio Nacional.
“Estou muito feliz de poder me juntar à equipe e ser a primeira narradora de uma rádio tão importante, que é responsável pela popularização do futebol brasileiro. A narração feminina está avançando, ainda enfrentando barreiras, no rádio mais ainda. É uma honra grande, uma esperança de que possa influenciar outras mulheres. Sempre sonhei em trabalhar com esporte, mas nunca imaginei ser locutora. Não tinha essa referência. Espero que seja uma transmissão muito bonita. Teremos uma equipe de mulheres juntas. Isso é de uma representatividade grande”, destacou a narradora à Agência Brasil.
“Fico muito feliz e orgulhosa de fazer parte de um momento tão marcante para a Rádio Nacional, uma emissora que marcou a história da comunicação no Brasil. Espero poder corresponder a essa responsabilidade”, completou Verônica, também à Agência Brasil.
Rubro-negros em alta
O confronto deste domingo opõe rubro-negros que vivem bom momento na temporada. O Atlético vem de 15 vitórias seguidas. A última delas no domingo passado (7), por 3 a 1 sobre o Vila Nova, no Estádio Antônio Aciolly, em Goiânia, valeu o tricampeonato goiano.
O Flamengo, por sua vez, ainda não perdeu em 2024 e voltou a conquistar o Campeonato Carioca. Em 17 partidas, são cinco empates e 12 triunfos. O mais recente foi na quarta-feira (10), quando fez 2 a 0 no Palestino, do Chile, no Maracanã, no Rio de Janeiro, pela segunda rodada da primeira fase da Libertadores.
Do lado carioca, Tite está preocupado com o desgaste físico do elenco. Após a vitória de quarta, o técnico disse que se reuniria com a direção para estabelecer as prioridades na temporada. Em entrevista coletiva, o comandante alegou ser “humanamente impossível” repetir a formação jogando em um intervalo de três a quatro dias.
Apesar disso, o Rubro-Negro pode ter uma novidade para a estreia. O centroavante Carlinhos, artilheiro do Carioca pelo vice-campeão Nova Iguaçu, foi regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e está à disposição. Ele, inclusive, pode ser opção ao também atacante Pedro, que está gripado e pode ser poupado.
De volta ao Brasileirão após disputar a Série B no ano passado, o Atlético ganhou reforço de quatro jogadores após a conquista do Estadual: o volante Gustavo Campanharo e os atacantes Gabriel Barros (ambos ex-Internacional), Derek (ex-Guarani) e Max (ex-Sampaio Corrêa-RJ). A expectativa é que o técnico Jair Ventura mantenha o time que foi campeão no domingo passado, com exceção do lateral Bruno Tubarão, contundido, que deve dar lugar a Maguinho no lado direito do sistema defensivo.
Confira, abaixo, os jogos da primeira rodada do Brasileirão:
Sábado (13)
18h30 – Internacional 2 x 1 Bahia (Beira-Rio)
18h30 – Criciúma 1 x 1 Juventude (Heriberto Hülse)
21h – Fluminense 2 x 2 Red Bull Bragantino (Maracanã)
21h - São Paulo 1 x 2 Fortaleza (Morumbi)
Domingo (14)
16h - Atlético-GO x Flamengo (Serra Dourada) - transmissão Rádio Nacional
16h - Vasco x Grêmio (São Januário)
16h - Corinthians x Atlético-MG (Neo Química Arena)
“Mulher no samba tem o seu valor / como qualquer pagodeiro, sambista de nascimento / que chega com seu instrumento e com respeito pra tocar, / cantar, compor e inspirar toda uma geração”.
Uma música que poderia muito bem ser um manifesto. Mulheres no Samba, composto e cantado por Roberta Gomes, sambista paulistana com quase 30 anos de carreira, é direto no recado. A mulher pode ocupar o lugar que ela quiser no samba e não ser apenas ser “passista e inspiração”.
“Quando a gente chega numa roda de samba, a maioria é de homens. E eles têm essa coisa de achar que a gente nunca está indo lá para cantar, compor, tocar. Por mais que saibam que eu sou sambista, por exemplo, se eu chego numa roda de samba e falo que eu tenho músicas minhas, tem sempre uma reticência. Pensam que a música deve ser parceria com algum outro homem. Por isso, faço questão de gravar as minhas músicas nos meus discos. Mesmo que eu tenha tido parcerias maravilhosas com homens, nunca coloco essas músicas nos discos”, diz Roberta Gomes.
Nascida em berço de samba, com família e amigos ligados ao estilo musical, Roberta primeiro tentou seguir por outros caminhos, cantando pop, MPB, jazz e black soul. Mas, um dia, compreendeu que não tinha como fugir do samba. Já lançou dois discos: em 2013, O Meu Lugar e, em 2021, No Caminho do Samba, só com músicas próprias. Como compositora, escreveu músicas para Diogo Nogueira, Flávio Renegado e Clube do Balanço.
“Eu fui tolhida por muitos anos pela minha mãe e pela minha família, que tinha receio de que eu construísse uma carreira como sambista. Minha mãe tinha medo de que eu não conseguisse pagar minhas contas. Hoje em dia, ela entende. E é com muita força e esforço que a mulher tem que se colocar como profissional em todas as áreas, porque senão a gente nunca sai do mesmo lugar”, diz Roberta.
Dia da Mulher Sambista
Para lembrar histórias de resistência e luta dentro do universo do samba, o governo federal sancionou, na semana passada, lei que instituiu o Dia da Mulher Sambista, sempre celebrado em 13 de abril. Data que homenageia, também, o nascimento de Dona Ivone Lara, cantora, compositora e instrumentista. Falecida em 2018, deixou legado como um dos maiores nomes do samba no país. Foi um exemplo de resistência e de luta para romper restrições machistas, como ter sido a primeira mulher a escrever um samba-enredo, em 1965, para a escola Império Serrano: Os Cinco Bailes da História do Rio.
“Dona Ivone começa a compor ali por volta dos 10 anos de idade. E, lá pelos 30 anos, ela precisava levar os seus sambas para as rodas a partir do primo, como se fossem sambas dele. Porque não se aceitava que uma mulher escrevesse um samba. Dona Ivone não era submissa ou aceitava o sistema. Ela foi usando diferentes estratégias para romper com as restrições. Primeiro, as músicas precisavam fazer sucesso, para depois ela ser reconhecida como compositora delas”, diz o pesquisador e jornalista, Leonardo Bruno, autor do livro O Canto de Rainhas, sobre a história das mulheres no samba.
O dia de hoje (13) é de festas e homenagens. O grupo Flor do Samba, composto apenas por mulheres, vai comandar uma roda de samba em Santa Tereza, às 17h deste sábado, tocando apenas canções da Dona Ivone Lara. Uma das integrantes, a instrumentista, arranjadora e cantora Manoela Marinho, diz que a data ajuda a reforçar que mulheres precisam ter mais protagonismo no samba. Ela lista alguns exemplos machistas, como o fato de que poucos homens costumam frequentar as rodas de mulheres.
“São violências muito sutis. Quando é uma mulher tocando, primeiro que precisa chegar lá arrasando. Uma das coisas mais cruéis e difíceis para uma mulher instrumentista no samba é ter a possibilidade de errar, de construir o conhecimento, o aprendizado como os homens têm. Eles vão para as rodas, testam, acertam, erram”, diz Manoela Marinho. “Outra coisa comum é reduzir a mulher à aparência dela. Ela tem que ser bonita e gostosa para as portas se abrirem mais. Essa é uma exigência muito forte para a mulher”, diz Manoela Marinho.
Além de Manoela, também integram o grupo Eliza Pragana e Luciana Jablonski. O Flor do Samba surgiu em 2017 a partir de outro movimento sambista, chamado de Primavera das Mulheres, que reunia artista de diferentes expressões artísticas e com posicionamentos feministas, antirracistas e em defesa dos diretos da população LGBTQIA+. E manteve esses princípios até hoje.
“É por meio dessa atuação no samba que a gente consegue criar algum movimento ativista. Mas isso precisa acontecer de maneira mais ampla na sociedade. E acho que, aos poucos, essas pautas estão sendo mais faladas, vistas e transformadas”, diz Manoela.
História das sambistas
Não dá para falar da história do samba, sem falar do papel desempenhado pelas mulheres. Um dos grupos que estão na origem do samba é o das tias baianas, que vieram de comunidades de terreiros, a partir das confrarias religiosas, e ajudaram a construir a cultura popular urbana. Mas muitos desses nomes ainda são pouco conhecidos.
“Existem muitas mulheres no mundo do samba e a gente perdeu o nome delas por conta do machismo. Muito se fala de Tia Ciata, mas a gente ainda tem buscado mais informações sobre ela. Eu fico pensando, e Tia Perciliana, Tia Carmem do Ximbuca, Tia Sadata, que foram essenciais para o samba nessa virada do século XIX? Essas histórias se perderam, e a gente precisa resgatá-las”, defende Maíra de Deus Brito, professora e doutora em Direitos Humanos, que tem pesquisas sobre o samba.
Esse silenciamento de histórias femininas tem reflexos ainda nos dias atuais. No livro Canto de Rainhas, o jornalista Leonardo Bruno aborda histórias de ícones como Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Elza Soares, Clementina de Jesus, Leci Brandão, Elizeth Cardoso, Teresa Cristina, Mart'nália, Mariene de Castro, entre outras. Ele conta que todas as que conseguiu entrevistar demonstravam algum tipo de receio de se apresentar como sambistas, por essa identidade ter sido sempre muito atrelada aos homens.
“Se você olhar para o lugar das tias baianas, elas estão encarceradas nesses lugares que a mulher tem permissão de ocupar. Podem ter funções maternas, de alimentação, de ser musa inspiradora e objeto sexual, e de acolhimento”, diz Leonardo. “Mas essas tias baianas também eram sambistas. Há registros de que elas praticavam algumas das artes do samba. Ou tocavam, ou cantavam, ou dançavam. Tia Ciata, por exemplo, entrou para a história como a mulher que abria o quintal para receber sambistas. E ela era muito mais que isso, tocava violão e versava também”.
E quando o problema é ainda mais grave? Exemplo das letras de samba que defendem explicitamente a violência contra a mulher. O samba Amor de Malandro, de 1929, traz o verso “Se ele te bate, é porque gosta de ti. Bater em quem não se gosta, eu nunca vi”. A Portela tem samba-enredo de 1932, Vai como Pode, com a frase: “Lá vem ela chorando. O que é que ela quer? Pancada não é, já dei!” . Em 1952, Moreira da Silva, cantou: “Isso não é direito, bater numa mulher que não é sua”. Em 1997, Zeca Pagodinho lançou Faixa Amarela, com versos como “Mas se ela vacilar vou dar um castigo nela. Vou lhe dar uma banda de frente. Quebrar cinco dentes e quatro costelas”.
“Muita gente vai utilizar o argumento de que Fulano era um homem do seu tempo, para justificar alguns sambas que tem letras machistas. A gente está vendo que tem muito trabalho a ser feito. E não é porque um samba foi cantado e fez muito sucesso que a gente precisa ficar reproduzindo essas letras que citam violência. O samba é muito generoso. A gente pode pegar outras letras de samba que exaltam amor, justiça, igualdade, em vez de ficar pegando letras que reproduzem violências”, diz Maíra.
Movimento musical e político
Quando uma sambista entra em cena, nunca é apenas sobre música e festa. Cada letra, acorde ou melodia têm dimensões políticas. Por isso, o Movimento das Mulheres Sambistas atua desde 2018 na valorização das artistas brasileiras. Naquele ano, foi organizada uma apresentação com mais de 100 mulheres na Cinelândia, com o objetivo de criar essa pressão pelo dia da mulher sambista.
O evento foi um sucesso, e o grupo resolveu organizar outros projetos, como rodas de samba, assistência social, cursos de música e de produção fonográfica, auxílio para musicistas entrarem no mercado de trabalho profissional, e até seminário, como o previsto para junho, que vai falar da atuação da mulher sambista na cadeia produtiva musical.
“Se eu puder pontuar qual é a função do nosso movimento para a sociedade nesse momento é: formação musical, pautar políticas públicas e fazer essa articulação com as esferas pública e privada. Tudo isso para que a gente consiga postos de trabalho e valorização da mulher no mercado. A força artística existe, mas é uma das coisas, não é o foco principal”, explica Patricia.
Nesse objetivo, um dos caminhos é valorizar e iluminar trajetórias artísticas femininas, e os diferentes talentos.
“A gente precisa continuar nessa luta, para que a mulher possa virar efetivamente protagonista do saber, do conhecimento, do poder criativo e artístico. A gente tem mulheres fantásticas fazendo coisas fantásticas. Discos lindos saindo e você pouco escuta falar. Tem sempre as mais famosas, mas para por aí. Os principais lugares do mainstream estão ocupados por homens. Mas tem muita mulher boa. A gente só precisa ouvir”, diz Patricia.
Abrangendo diferentes técnicas e linguagens, a exposição “Entre ruas, becos e vielas”, em cartaz no Espaço de Artes Ilzé Cordeiro, no Centro Cultural do Ministério Público do Maranhão, apresenta um panorama do trabalho do artista visual mineiro Fábio Vidotti, radicado no Maranhão há mais de três décadas.
A abertura da mostra foi realizada na manhã dessa sexta-feira (12) e contou com a participação de representantes e servidores do MP-MA, além de visitantes. Essa é a 11ª mostra de Vidotti nas dependências do MP-MA e pode ser visitada até o dia 31 de maio.
São 29 peças entre telas pintadas com tinta acrílica com espátula e com tinta óleo com dedos e pincel, além de esculturas de metal. Há, ainda, três quadros feitos na técnica assemblage, misturando peças eletrônicas de computador e tinta.
A maioria dos quadros apresenta as tradicionais cenas urbanas, uma marca registrada do artista que retrata paisagens lúdicas de comunidades de pequenas casas dispostas em morros, com cores vibrantes. Nessa exposição, além da pintura com dedos utilizando tinta a óleo, Vidotti apresenta novas cenas urbanas, com o uso de espátula e tinta acrílica.
Já o conjunto de esculturas é composto dos guerreiros, que tiveram dois exemplos premiados em concursos de arte promovidos em São Luís, no fim da década de 90.
Na abertura, o artista elogiou as dependências do espaço cultural do Ministério Público e agradeceu a parceria estabelecida com a instituição. “Cada vez que exponho aqui, renovo forças. Eu me sinto um artista da casa pelo tempo que frequento o Ministério Público. Então, é sempre um grande prazer expor aqui”.
Já o curador do Centro Cultural, Francisco Colombo, destacou que o artista mantém uma parceria sólida com a instituição, tendo participado de diversas atividades culturais, como exposições e oficinas de arte. “Vidotti é um artista muito talentoso e muito disponível. Ele está sempre disposto a colaborar e estabelecer parcerias. Outro aspecto importante do trabalho dele é a preocupação com a renovação e com o meio ambiente, por meio da reciclagem de materiais”, disse.
O diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão, Ednarg Marques, que representou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, ressaltou a importância do trabalho de Vidotti. “Nós estamos começando o nosso dia com essas cenas urbanas que encantam os nossos olhos e o coração. Receber novamente Vidotti em nossa casa é um prazer muito grande, porque o Centro Cultural cumpre o seu papel institucional e o Ministério Público o seu papel constitucional, que vai além da defesa dos direitos sociais e fundamentais da população”, concluiu
Não é exagero algum afirmar que o Fórum Jaracaty é hoje uma potência esportiva na modalidade de judô. Os judocas do projeto social, que é patrocinado pela Equatorial Maranhão e pelo governo do Estado via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, têm tido resultados expressivos a cada competição que participam e já se tornaram referências dentro da modalidade. Na última edição do Campeonato Brasileiro Regional I, realizada no início do mês, em Teresina (PI), os atletas do projeto se destacaram ao conquistar 6 medalhas, sendo 1 ouro, 4 pratas e 1 bronze. O desempenho ajudou o Time Maranhão a terminar o evento na quarta colocação geral com 53 medalhas (14 ouros, 13 pratas e 26 bronzes).
Ao todo, 10 judocas do Fórum Jaracaty integraram o Time Maranhão na disputa do Campeonato Brasileiro Regional I, na capital piauiense. A convocação de todos os atletas se deu a partir dos resultados conquistados na seletiva estadual promovida pela Federação Maranhense de Judô (FMJ), no mês de março.
Dos atletas que estiveram em Teresina, Levi Seguins Diniz foi quem teve o melhor desempenho. O judoca sagrou-se campeão na categoria Sub-18 Masculino Superligeiro (-50kg). Medalhista de ouro na competição, Levi não esconde a satisfação pela conquista. “Levar o nome do Fórum Jaracaty, compondo uma seleção tão forte quanto o Time Maranhão de Judô é gratificante. É quando a gente percebe que é possível e, literalmente, luta para concretizar essa possibilidade em forma de medalha”, relata.
Os outros medalhistas do Fórum Jaracaty no Brasileiro Regional foram Marlon Silva Vieira, Jardiene Correa Sá e Kailane Vitória Azevedo Alves. Na disputa masculina, Marlon levou duas medalhas de prata: no Sub-18 Meio-Leve (-60kg) e no Sub-21 Ligeiro (-60kg). Já no feminino, Jardiene Correa Sá foi prata no Sub-18 Pesado (+70kg) e no Sub-21 Meio-Pesado (-78kg), enquanto que Kailane conquistou o bronze no Sub-18 Ligeiro (-44kg).
Para Ítalo Nunes, sensei do projeto, a responsabilidade para os judocas, apesar de grande, foi significativa para o resultado. “Eles têm completa noção do peso deste campeonato para a equipe como um todo e para suas próprias carreiras no esporte. Adentram o tatame com garra e o resultado desta contribuição para a Seleção Maranhense a gente vê no quadro de medalhas”, ressalta Ítalo.
Medalhas do Fórum Jaracaty no Brasileiro Regional
Ouro:
Levi Seguins Diniz (Sub-18 Masculino Superligeiro / -50kg)
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, disse, nesta quinta-feira (11), que, a partir de 25 de abril, os 2,144 milhões de inscritos no Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) poderão ver, no Cartão de Confirmação de Inscrição, o local onde farão as provas nos períodos da manhã e tarde. A prova está marcada para o dia 5 de maio.
O Cartão de Confirmação de Inscrição será disponibilizado on-line, pela plataforma Gov.br., na página do candidato, pela Fundação Cesgranrio, a banca organizadora. O documento individual, com número de Inscrição, comprova a regularidade da inscrição do candidato que pagou a taxa de inscrição. Ao acessá-lo, o candidato poderá ter informações como endereço do local e número da sala onde serão aplicadas as provas, horário de abertura e fechamento dos portões; orientações gerais para a realização das avaliações; e dados sobre tratamento diferenciado para realização das provas, como questão de acessibilidade, para pessoas com deficiência (PcD). O cartão de inscrição não será enviado para a casa dos candidatos.
As declarações da ministra foram dadas em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, produzido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quinta-feira (11). “É superimportante que as pessoas não deixem para a última hora para ver isso, para que elas possam saber onde vão fazer a prova. Se elas ainda não conhecem o local, a gente recomenda que vá antes para conhecer, ver como é que chega, quanto tempo demora de casa.” ressalta a ministra.
“O mais importante é chegar cedo para não ter aquela cena de Indiana Jones e ter que se jogar embaixo do portão”, recomenda aos candidatos a ministra do MGI, Esther Dweck.
Entre os dias 25 de abril e 4 de maio, véspera do concurso, a Cesgranrio prestará atendimento aos candidatos com dúvidas sobre os locais de provas, vagas reservadas ou tratamento diferenciado durante a aplicação das avaliações, entre outras situações.
Localidades
Ao todo, 228 municípios espalhados em todos os Estados, mais o Distrito Federal, vão sediar as provas do certame. Foram selecionadas cidades com mais de 100 mil habitantes. O local escrito no cartão do candidato deve ser o mesmo escolhido no ato de inscrição. Em caso de erro na identificação da cidade, a ministra orienta a comunicação imediata do problema à empresa contratada para organizar o concurso para que a localidade seja corrigida.
A ministra alerta, no entanto, que a cidade escolhida não poderá ser alterada e brincou. “Por conta do show da Madonna, tem gente querendo fazer a prova no Rio. Quem não escolheu o Rio, não vai poder trocar para fazer a prova lá, no domingo. Então, tem que fazer no local onde escolheu. Só pode corrigir, caso o local que ela escolheu não seja o que esteja lá. Mas, isso não tende a acontecer”.
Se, em 25 de abril, portanto, dez dias antes da realização das provas do CNPU, algum candidato não conseguir acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, a orientação do ministério é que entre em contato, com brevidade, diretamente com a Fundação Cesgranrio por e-mail ([email protected]) ou pelo telefone de suporte das 9h às 17h: 0800 701 2028.
Logística e segurança
Durante a entrevista, a ministra ainda destacou o apoio de inteligência, logístico e de segurança para a efetiva realização das provas do chamado Enem dos Concursos.
Os procedimentos de organização e segurança do concurso unificado serão parecidos com os adotados durante a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O esquema de segurança foi elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e contará com o acompanhamento operacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, da Casa Civil da Presidência da República, além dos órgãos locais das secretarias estaduais de Segurança Pública, como as polícias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros.
Em alguns locais, haverá detectores de metal e de pontos eletrônicos, que têm uso proibido durante as provas, sob pena de prisão do candidato que cometer a irregularidade. Durante a realização do concurso, a organização recolherá, em sala, a biometria de todos os candidatos para evitar fraudes.
A previsão da organização do concurso é que a distribuição dos cadernos de provas objetivas, discursiva e de redação seja iniciada com 48 horas de antecedência às provas.
O processo de distribuição das provas do certame contará com o apoio dos Correios. A vigilância dos cadernos de provas ocorrerá durante a guarda do material, entrega nas salas de provas, até a devolução à Cesgranrio para a correção.
Concurso unificado
O Concurso Nacional Unificado tem 2,144 milhões de inscritos confirmados (pagantes e isentos). As mulheres são maioria dos candidatos, 56%.
Juntos, todos os candidatos disputarão 6.640 vagas em 21 órgãos federais. A remuneração inicial é de até R$ 22,9 mil.
O Time Maranhão de judô conquistou um resultado expressivo na edição de 2024 do Campeonato Brasileiro Regional I, competição realizada no último fim de semana (6 e 7), no Ginásio Verdão, na cidade de Teresina (PI). A equipe maranhense terminou o evento com 53 medalhas no total. Dessas, 14 foram de ouro, 13 de prata e 26 de bronze.
Com o desempenho, o Time Maranhão ficou na quarta colocação geral no Brasileiro Regional I. Já na disputa masculina, os maranhenses foram vice-campeões com 11 ouros, 8 pratas e 14 bronzes. Destaque para os medalhistas de ouro: Miguel Enes Pacheco (Sub-13 Masculino Meio-Médio / -42kg), Heitor Marcus Gratz (Sub-13 Masculino Superpesado / +60kg), Levi Seguins Diniz (Sub-18 Masculino Superligeiro / -50kg), Renan Flavio Garcez (Sub-18 Masculino Pesado / +90kg), José Manoel Silva (Sub-21 Masculino Ligeiro / -60kg), Davi Antônio Ribeiro (Sub-21 Masculino Meio-Pesado / -100kg), Keven Tarsis Vieira (Sub-21 Masculino Pesado / +100kg), Lucas Santos Rios (Sênior Masculino Ligeiro / -60kg), Ranieri Mazzili Segundo (Sênior Masculino Meio-Leve / -66kg), Antônio Enes Pacheco (Sênior Masculino Leve / -73kg) e Pedro Victor Rezende (Sênior Masculino Meio-Pesado / -100kg).
Já no feminino, o Time Maranhão terminou a competição em solo piauiense na quinta posição com 3 ouros, 5 pratas e 12 bronzes. Maria Heloiza Costa (Sub-15 Feminino Meio-Médio / -52kg), Anna Beatriz Boueres Nascimento (Sub-15 Feminino Superpesado / +70kg) e Brenda Andréa Barbosa (Sênior Feminino Meio-Médio / -63kg) foram quem tiveram os melhores resultados e subiram no lugar mais alto do pódio.
“Tivemos bons resultados no Brasileiro Regional. A Federação Maranhense de Judô (FMJ) só tem de parabenizar o empenho e comprometimento de todos os judocas e senseis que representaram o Time Maranhão da melhor forma possível. Agora é continuar trabalhando pela evolução dos nossos atletas para as futuras competições da temporada 2024”, afirmou Rodolfo Leite, presidente da FMJ.
Nesta edição do Brasileiro Regional, o Time Maranhão foi formado por mais de 100 judocas. São Luís, Imperatriz e Bacabal foram as cidades que mais tiveram atletas convocados para a disputa da competição na capital piauiense.
RESULTADOS DO TIME MARANHÃO NO BRASILEIRO REGIONAL
Medalhas de ouro
Miguel Enes Fontenele Rocha Pacheco (Sub-13 Masculino Meio-Médio / -42kg)
Heitor Marcus Franklin da Costa Gratz (Sub-13 Masculino Superpesado / +60kg)
Maria Heloiza de Oliveira Costa (Sub-15 Feminino Meio-Médio / -52kg)
Anna Beatriz Boueres Nascimento (Sub-15 Feminino Superpesado / +70kg)
Levi Seguins Diniz (Sub-18 Masculino Superligeiro / -50kg)
A fotojornalista Elza Fiúza morreu na madrugada desta quarta-feira (10), em Brasília, aos 74 anos, após sete anos de luta contra um câncer. A informação foi confirmada pela família.
Elza trabalhou na Agência Brasil por mais de três décadas. Iniciou na extinta Radiobras, em 1986, e seguiu na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) até 2018, quando deixou o fotojornalismo por meio de um programa de demissão voluntária (PDV). À época, a saúde já dava sinais de fragilidade. Ela também foi fotógrafa do Correio Braziliense.
Em 2018, Elzinha – como era conhecida na redação – foi homenageada no livro Um olhar sobre o Brasil, que reúne 125 imagens do cotidiano brasileiro, capturadas pela lente de fotógrafos da Agência Brasil. “Aqui, passei os melhores anos da minha vida”, resumiu Elza, emocionada, durante a cerimônia de lançamento da publicação.
Ela participou de coberturas emblemáticas para a política nacional como a campanha das Diretas Já, a promulgação da Constituição de 1988, o impeachment do ex-presidente Fernando Collor e o discurso de despedida da ex-presidente Dilma Rousseff.
Dentre algumas fotos consagradas pela fotojornalista, está a do então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, com a Constituição de 1988 nas mãos, ao ser promulgada.
Biografia
Elza Maria Praia Fiúza Dias Pinto nasceu em 19 de agosto de 1949, em Manaus. Morou parte da vida na capital carioca, onde estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em seguida, mudou-se para São Paulo e, depois, para Brasília. Em um de seus perfis nas redes sociais, ela se descreve como “fotojornalista apaixonada pela profissão”.
Foi casada por mais de 50 anos com o jornalista Chico Dias, com quem teve quatro filhos: Joana, Pedro, Vânia e Marina. Elza deixa ainda cinco netos: Moreno, Mariah, Helena, Heitor e João.
Anualmente, o casal recebia jornalistas de toda a cidade em sua casa, no fim do Bairro Asa Norte, onde ocorria uma tradicional festa junina.
“Minha vovó se foi. Com ela, todo o meu coração. Obrigada por tanto, vovó. Pra sempre vou te amar e te carregar todos os dias dentro de mim. Bença”, postou a neta Helena Praia.
Depoimentos
O amigo e colega de fotojornalismo da Agência Brasil, José Cruz, lamentou a morte de Elza. “Já tínhamos perdido dois colegas muito especiais: o Roosewelt Pinheiro [falecido em março de 2021, aos 76 anos] e o Gervásio Baptista [falecido em abril de 2019, aos 95 anos]. Agora foi ela. Onde eles chegavam, traziam alegria”.
“Foi um privilégio ter sido amigo dela desde os tempos do Correio Braziliense, em 1978 ou 1979. Ela fazia um trabalho criterioso, sem deixar de ser brincalhona. Andava sempre com um bloquinho na mão. Além de anotar o nome dos personagens de suas fotos, ela os desenhava”, lembrou Cruz.
“Era uma mãezona e acabava cuidando de todos na redação. Trazia comida, organizava tudo. Tínhamos sempre muito respeito. Quando ela falava, estava decidido. No fotojornalismo, há muita gente especial, mas que nem ela não existe mais”, destacou. “Não se silenciava diante de injustiças. Na ditadura, batia o pé contra tudo”.
O também amigo e editor da Agência Brasil Fernando Fraga lembrou, com carinho, de quando se conheceram. “Em 1978, meu primeiro emprego foi no Jornal de Brasília. Editoria de Cidade era o destino de todo ‘foca’ [jornalista iniciante]. Elzinha já era fotógrafa do Correio Braziliense, o concorrente. Nos víamos nas pautas, nos bares e no Clube da Imprensa e nos tornamos amigos, assim como de seu companheiro Chico Dias”.
“No ano seguinte, fui contratado pelo Correio. Nossa amizade se consolidou. Muitas pautas, festas, bares e almoços. Éramos e ainda somos uma família. Uma turma. Hoje, de velhos jornalistas. Desde então, sempre nos víamos. Elza fará muita falta na nossa vida. Que olhe por nós de onde estiver”.
O gerente-executivo de Imagens da Agência Brasil, Juca Varella, trabalhou com Elza à época da Radiobras.
“Fizemos algumas viagens juntos. Nos anos 1990, era raro mulheres fotógrafas nas redações. Ela era pequena e valente. Uma mulher de opiniões firmes que criticava e se posicionava contra injustiças”.
“Basta ver as imagens feitas por ela para se ter uma ideia de seus posicionamentos. Ela sempre se pautava contra injustiças. Sempre preocupada com a educação no país, com as causas das mulheres e dos povos indígenas”, completou Varella.
Em uma de suas últimas entrevistas, em 2022, à neta Mariah Praia, Elza contou detalhes do que viveu no período da ditadura no Brasil. Um irmão e uma cunhada chegaram a ser presos e torturados à época, enquanto ela dava abrigo a militantes e denunciava o que via. “Muitos jornalistas foram presos só por denunciar”, contou.
“À medida que aumentava a resistência da população ao regime ditatorial, aumentava a violência deles. Tive um irmão, Cleto, e minha cunhada Janda, que ficaram presos. Foram presos e torturados. Ficaram mais de um ano presos. Minha família sofreu muito com a ditadura”, lembrou Elza.
A fotógrafa será velada amanhã, na Capela 6 do Cemitério Campo da Esperança, no Bairro Asa Sul, das 11h às 13h. Seu corpo será cremado às 16h, em Valparaíso.
A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (9), o marco legal para a indústria de jogos eletrônicos. O chamado Marco Legal dos Gamers regulamenta a fabricação, importação, venda, o desenvolvimento de jogos eletrônicos e uso comercial deles no Brasil. A partir dessa aprovação, a proposta será enviada à sanção presidencial.
Na definição de jogos eletrônicos, entram os softwares (programas para computador), as imagens produzidas a partir da conexão com o jogador, conhecido como gamer; os jogos de console de videogames e de realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), realidade mista (RM) e realidade estendida ou imersiva, tanto quando gamer faz o download do jogo (baixar o jogo e o arquivo fica salvo naquele dispositivo eletrônico, como smartphone ou compactador) ou por streaming, que permite a reprodução do jogo sem necessidade de baixar um arquivo. Não entram nessa categoria de gamer, os jogos de azar eletrônicos, apostas do tipo bet, pokeron-line e outros que envolvam premiações em dinheiro.
Pelas redes sociais, o autor da matéria na Câmara Federal, o deputado Kim Kataguiri (União-SP), comemorou a aprovação do texto na Câmara Federal e explicou a dimensão do setor que poderá ser ampliado. “A indústria dos games gerou mais dinheiro do que a da música e cinema somadas. Em 2016, o Brasil movimentou US$ 1,5 bilhão no setor. Não é só uma brincadeira de criança. É geração de emprego e renda. É mais investimento para o nosso país!”
Pelo texto, a indústria do setor, por meio dos desenvolvedores de gamers, deve proteger as crianças e adolescentes, por exemplo, da exposição a jogos violentos ou abusos. Além de criar canais de reclamações e denúncias de abusos para assegurar os direitos desse público no mundo digital, e as ferramentas de compras deverão buscar o consentimento dos responsáveis pelos usuários infantojuvenis.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou a determinação aos desenvolvedores. “Eles terão responsabilidade com a atenção e o cuidado com crianças e adolescentes contra toda forma de negligência, incentivo à violência, sexualização. Isso não combina com a cultura, não combina com os jogos”.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro (RING), Márcio Filho, um dos pontos mais importantes com a aprovação do Marco Legal dos Games é a construção de um ambiente de segurança jurídica para o setor no Brasil. “Estamos caminhando para correção de atrasos históricos — como a ausência de reconhecimento formal de empresas e empregos de jogos — bem como, avançando em temas caros à sociedade atual, como a proteção às crianças e aos adolescentes em ambiente virtual e formas de fomento e incentivo à economia criativa e a construção do soft power nacional”, visualiza o gamificador Márcio Filho.
Incentivos ao setor
O projeto de lei (PL 2.796/2021) busca regular todos os aspectos relevantes da produção. De acordo com o texto do projeto, a indústria de jogos eletrônicos contará com incentivos à economia do setor e renúncia fiscal semelhantes aos previstos para o setor cultural previstos na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para estimular a produção de conteúdo, como a redução de tributos, como o Imposto sobre produtos industrializados (IPI) de equipamentos necessários ao desenvolvimento de jogos.
“O Marco Legal dos Games traz fundamentalmente a segurança jurídica ampliada, garantindo que o setor não estará ao sabor dos desejos do gestor da vez para ver suas ferramentas de fomento sendo respeitadas e realizadas”, explica Márcio Filho, da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro.
O PL 2.796/2021 também regulamentará as atividades dos profissionais de tecnologia. Todos os envolvidos no desenvolvimento de jogos eletrônicos serão incluídos em categorias do Microempreendedor individual (MEI) e na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ambos retratam a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro.
Jovens e adultos com menos de 45 anos são os mais interessados em conseguir um emprego federal. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou, nesta terça-feira (9), que candidatos com idade entre 20 e 44 anos são 80,3% do total de inscritos no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), mais do que o dobro do que essa faixa de idade representa na composição da população brasileira: 38,72%, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Fundação Cesgranrio, organizadora do Concurso Unificado, também chamado Enem dos Concursos, disponibilizou, hoje, a distribuição por faixa etária dos mais de 2,144 milhões inscritos, entre pagantes e isentos.
Conforme dados sobre o número de inscrições disponibilizados, o grupo mais numeroso de concorrentes desta faixa etária de jovens e adultos é de 25 a 34 anos, com 821.523 inscrições (38,3% do total de candidatos) confirmadas, após o pagamento das inscrições.
No grupo entre 25 e 34 anos, as mulheres são maioria, com 56,3% de inscrições. Os homens somam 43,7% do total. Em números absolutos, são 462.377 mulheres e 359.146 inscritos entre 25 e 34 anos.
O segundo maior grupo de inscritos tem entre 35 e 44 anos: 556.948 candidatos ou 26% do total, percentual que também supera a pirâmide etária do Censo 2022, pois a população de 35 a 44 anos corresponde a 15,87% dos brasileiros.
Em terceiro lugar, está a faixa de candidatos entre 20 e 24 anos: 342.988 candidatos (16% do total). Em seguida, aparecem os inscritos com idade entre 45 e 59 anos, que são 13,8% do total, com quase 300 mil (296.359) candidatos.
O quinto grupo é composto por adolescentes de 15 e 19 anos (4,8% – 342.988 inscrições).
E, se há espaço para os adultos e jovens disputarem as vagas do maior concurso público já realizado no Brasil, há também idosos interessados em passar na prova de 5 de maio, já que os cargos não impõem limite máximo de idade.
Quase 23 mil (22,8 mil) pessoas com idade entre 60 e 69 anos inscreveram-se no certame e representam 1,1% dos candidatos. Candidatos na faixa de 70 a 79 anos representam 0,042% do total. Por fim, cerca de 20 idosos com 80 anos ou mais, representando 0,001% do total, vão disputar o concurso.
Em caso de empate na classificação, um dos critérios adotados para desempate é a idade. Tem preferência o candidato que tiver idade igual ou superior a 60 anos, até o último dia de inscrição.
Candidatos por faixa etária
Bloco
O Concurso Público Nacional Unificado do próximo mês terá provas específicas para oito blocos temáticos para candidatos de níveis de escolaridade superior e médio/técnico. A Fundação Cesgranrio ainda divulgou, nesta terça-feira (9), como foi o interesse pelos blocos por faixa etária.
A disputa vaga a vaga será mais acirrada nos blocos temáticos 8 (nível intermediário) e 7, bloco de Gestão Governamental e Administração Pública, que neste último tem a maior parte das vagas destinadas a candidatos com graduação em qualquer área de conhecimento
Entre 20 e 24 anos, a maior parcela de inscrições foi realizada para o bloco temático 8; com 188.501 candidatos, ou 55% do total de inscritos. Nessa mesma faixa etária, a segunda maior quantidade de inscrições foi assinalada para o bloco 7.
Mesmo ranking de preferência no grupo de 25 e 34 anos. A maioria dos candidatos (26,8%) disputará vagas no bloco temático 8 (nível intermediário). Em segundo lugar, 21,6% dos jovens candidatos desse grupo tentam uma vaga do bloco da Gestão Governamental e Administração Pública, o de número 7.
Entre os candidatos com idade entre 35 e 44 anos, as preferências se invertem. Os candidatos do bloco 7 (Gestão Governamental e Administração Pública) são a maioria nessa faixa etária, com 132.162 inscritos (23,7% das inscrições). Em segundo lugar, está o público que optou pelo bloco 8 (Nível Intermediário): 122.815 inscritos, representando 22,1% do total dessa faixa etária.
Perfil
Entre os 2,144 milhões de candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, liderado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, 420.793 solicitaram cotas raciais, garantida no serviço público do Brasil, desde 2014, pela Lei nº 12.990, que reserva 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos aos negros.
No perfil geral do CPNU, metade das inscrições foram feitas por candidatos que ganham até três salários mínimos. Além disso, a presença majoritária de mulheres entre os inscritos: 56,2% são do público feminino e 43,8% são homens.
Certame
O Concurso Público Nacional Unificado aplicará simultaneamente, em 5 de maio, provas em 228 cidades, incluindo capitais e municípios de todas as unidades da federação para preenchimento de cargos públicos efetivos em órgãos públicos federais.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior número de inscritos no certame: 220 mil candidatos, superando os índices de cidades mais populosas como Rio de Janeiro e São Paulo.
Os mais de 2,14 milhões de candidatos confirmados disputarão 6.640 vagas para cargos públicos efetivos, no maior concurso público da história do Brasil e em formato inédito e aplicação única das provas, com o objetivo de promover igualdade de oportunidades aos interessados.
O certame contará com segurança reforçada e uma rede de aplicação integrada por diversos órgãos públicos. A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Força Nacional darão apoio na logística e segurança do certame.
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram greve a partir da próxima segunda-feira (15). A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária da categoria, na tarde dessa segunda-feira (8). Foram 257 votos favoráveis e 213 contrários. Cerca de 600 educadores participaram da assembleia. Representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub), que estão em greve desde o dia 11 de março, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB) também participaram da assembleia e manifestaram apoio à greve docente.
Em pauta nacional unificada, os docentes das universidades federais pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.
Os professores também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.
Segundo a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. A categoria ainda encaminhou a formação de um comando local de greve, que será composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.
Em nota, a Reitoria da UnB informou que respeita o movimento de paralisação dos professores. “A greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores. A Universidade de Brasília (UnB) tem acompanhado as reivindicações das docentes e dos docentes junto ao governo federal. A UnB respeita e valoriza seus professores, que, juntamente com os servidores técnicos-administrativos, desempenham papel estratégico para que a instituição continue desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão de excelência e com compromisso social”.
Greve nacional
A construção da greve nacional unificada está mobilizando professores de instituições federais de ensino de todo o país. Além da UnB, docentes de outras universidades e institutos federais já aprovaram a deflagração de greves, como na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais. Pelo menos, uma dezena de outras instituições já aprovou indicativo de greve, ainda sem definição de data, que podem ser marcadas em assembleias a serem realizadas ao longo da semana.
O Ministério da Educação (MEC), também em nota, destacou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". A pasta ainda destacou o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos, em 2023.
“No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI [Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos] e, ainda nessa semana, conduzirão reunião da mesa setorial que trata de condições de trabalho”.