Revelação do esporte maranhense, a nadadora Sofia Duailibe teve um desempenho de alto nível na sexta etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, evento organizado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e realizado entre sexta-feira (31/5) e domingo (2/6), em Fortaleza (CE). Sofia, que é atleta da DM Aquatic e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, faturou três medalhas de ouro e uma medalha de bronze na disputa de três provas da competição nacional.
A melhor performance de Sofia Duailibe na sexta etapa da Copa Brasil ocorreu na prova de 1,5km, onde conquistou o ouro na categoria Infantil 2 Feminino e garantiu o bronze na categoria Geral Feminino, que reuniu atletas de todas as faixas etárias. Além disso, a nadadora maranhense levou o ouro da categoria Infantil 2 Feminino nas disputas de 2,5km e 5km.
Com as quatro medalhas obtidas em Fortaleza, Sofia Duailibe amplia a sua coleção de conquistas nas etapas da Copa Brasil de Águas Abertas. No início de maio, a atleta da DM Aquatic disputou a prova dos 2,5km da Copa Brasil, em Itajaí (SC), e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e faturando a medalha de bronze na categoria Geral Feminino.
Já no fim de março, Sofia Duailibe foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km da segunda etapa da Copa Brasil, realizada em Maceió (AL). Além disso, a atleta maranhense faturou o primeiro lugar da categoria Infantil 2 na disputa dos 5km da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Águas Abertas.
Além de se destacar nas competições de águas abertas, Sofia Duailibe também acumula pódios nas piscinas. Sofia faturou a medalha de prata na prova dos 1.500m livre da Copa Nordeste – Troféu Sergio Silva, competição realizada em maio, em Fortaleza, e conquistou três ouros nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre do Troféu João Victor Caldas, disputado em abril, em São Luís.
Outros resultados
Sofia Duailibe conquistou vários títulos em provas de águas abertas durante o ano de 2023. A nadadora maranhense superou a marca de 20 pódios em etapas da Copa Brasil de Águas Abertas, com destaque para a conquista de 16 medalhas de ouro, além de ter sido campeã do Desafio do Cassó e da Copa São Luís.
Também em 2023, Sofia Duailibe se destacou nas piscinas, sendo campeã nas disputas do Norte/Nordeste de Natação – Troféu Walter Figueiredo Silva, do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu João Vitor Caldas, da Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs).
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com o apoio do Colégio Literato.
O Rio de Janeiro receberá, na próxima quarta-feira (5), a primeira edição carioca da Mostra Ecofalante de Cinema. O evento começa no Dia Mundial do Meio Ambiente e vai até o dia 12, apresentando gratuitamente para o público 24 filmes de temática socioambiental.
Francisco Cesar Filho, um dos curadores do evento, disse à Agência Brasil que a ideia é que a edição carioca da mostra retorne, anualmente, às salas de cinema locais. A temática é sempre socioambiental.
Cesar Filho informou que parte dos filmes que serão exibidos é inédita no Brasil e só será vista em São Paulo no mês de agosto próximo, quando ocorrerá a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema. Na primeira edição da mostra carioca, a curadoria privilegiou mais filmes internacionais que brasileiros.
“[Filmes nacionais] têm mais chance de circular no Estado de outras maneiras”, disse. Já a grande maioria dos filmes estrangeiros dificilmente serão exibidos em outros festivais no Brasil, afirmou o curador. “A organização social Ecofalante mapeia durante o ano, no circuito internacional, quais os filmes de maior repercussão e maior qualidade que têm temáticas que dialoguem com as questões socioambientais. É uma seleção do que circulou de melhor na safra recente internacional”, acrescentou.
A sessão de abertura ocorre no dia 5, às 19h, na Estação Net Rio, com a exibição de “Food, Inc. 2”, continuação de “Food, Inc.” que, em 2008, causou furor ao alertar que as refeições diárias da humanidade têm profundas consequências éticas e ambientais. O filme conquistou o Emmy e foi indicado ao Oscar. Agora, “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as corporações multinacionais aumentaram ainda mais sua influência, se especializaram no mercado de alimentos ultraprocessados e estão promovendo uma crise internacional de saúde.
A Mostra Ecofalante de Cinema Rio estará na Estação Net Rio, situada em Botafogo, zona sul da capital do Estado, e no Cine Arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A programação pode ser conferida aqui.
Vitrine sul-americana
Criada em 2012, a Mostra Ecofalante de Cinema é reconhecida como a mais importante vitrine sul-americana para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais. Além das exibições gratuitas dos filmes selecionados, o público poderá assistir também, na mostra do Rio, a debates com especialistas. Um deles ocorrerá após a apresentação do filme “TikTok Boom” (EUA, 2022, de Shalini Kantayya), que aborda a questão das redes sociais, reunindo a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, e a pesquisadora Helena Strecker. O filme foi exibido nos festivais de Sundance, São Francisco, SXSW, CPH:DOX (Dinamarca) e de Zuriqueutro.
Outro debate será sobre restauração e regeneração de ecossistemas e ocorrerá após a apresentação do filme “Solo Comum”, longa-metragem que mostra como se pode ainda salvar a natureza já tão combalida no mundo. O longa foi premiado no Festival de Tribeca (EUA) e explora como a agricultura regenerativa pode ajudar a curar o solo, a nossa saúde e o planeta. A sessão está prevista para o dia 11, às 18h30, na Estação Net Rio, seguida do debate “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”. Participarão Luiz Fernando Duarte de Moraes, pesquisador do Embrapa; Renato Crouzeilles, diretor científico da MOMBAK; e Jerônimo Boelsums, professor do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Sessões especiais
Haverá, também, sessões especiais de filmes clássicos e de filmes brasileiros. Entre os nacionais, serão apresentados o média-metragem “Vida Sobre as Águas”, de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá, que celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia, revelando desde as casas sobre palafitas às moradias flutuantes. Ao término da sessão prevista para sábado (8), às 16h, na Estação Net Rio, haverá bate-papo com a equipe do filme. Já as mulheres indígenas do Rio Negro contam sua história no média “Rionegrinas”, dirigido por Fernanda Ligabue e Juliana Radler, destacando a trajetória de lutas e as conquistas dessas mulheres, além da criação do Departamento das Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN-FOIRN).
Outro destaque entre os filmes nacionais é o longa “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel. O filme acompanha a saga de Socorro, Jurailde e Bizza, moradoras da favela Sol Nascente, de Ceilânia (DF), encarregadas de preparar a alimentação das centenas de pessoas que chegaram a Brasília para assistir à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. As três lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Na sessão especial de clássicos, o público terá oportunidade de assistir à série “Tesouros do Lixo”, coprodução entre Senegal e a França de 1989, que reúne cinco filmes curtos do importante documentarista senegalês Samba Félix Ndiaye (1945-2009), chamado de “pai do documentário africano”. Os filmes foram restaurados em 2021.
Da América Latina, será exibido o filme “Amor, Mulheres e Flores”, de 1988, sobre as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores. Os realizadores colombianos Jorge Silva (1941-1987) e Marta Rodríguez são referência no documentarismo latino-americano. Sua produção engajada teve início nos anos 1960 e conquistou reconhecimento internacional, tendo acumulado premiações em eventos importantes, como o Festival de Berlim. Na primeira Mostra Ecofalante de Cinema no Rio será exibida a versão restaurada em 4k desse filme clássico.
Educação
Há 13 anos, a organização social Ecofalante desenvolve várias atividades no campo do audiovisual voltadas para a área socioambiental. Uma delas é a plataforma Ecofalante Play de ‘streaming’ (distribuição de conteúdo multimídia por meio da internet) gratuita que reúne filmes brasileiros e internacionais que tratam de questões socioambientais e é voltada para educadores. “Porque a Ecofalante tem um pé muito forte na questão da educação”, disse Francisco Cesar Filho. A organização promove também o Circuito Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional que engloba, atualmente, mais de 100 universidades do Brasil, promovendo projeções e debates sobre temas socioambientais.
O cartunista Ziraldo será homenageado na programação do mês de junho da Fábrica de Cultura, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Autor de diversas obras infantis e criador de O Menino Maluquinho, o artista morreu em abril deste ano. Os eventos ocorrerão nas unidades da capital, Diadema e Osasco, gratuitamente.
A programação começou neste sábado (1º), às 10h, na Fábrica de Cultura Jardim São Luís, com a ação Grafite Arte Urbana: Viva Ziraldo. Os artistas Leche e Alore farão um mural original em homenagem ao cartunista, com alguns de seus personagens. Outra ação de grafite ocorre de 6 a 8 de junho, na unidade Jaçanã. A grafiteira e artista visual Caluz criará um painel com os principais personagens de Ziraldo.
No Capão Redondo, a atividade O humor como denúncia resgata as produções humorísticas de Ziraldo criadas durante o período da ditadura militar no país. Nessa oficina, que será realizada no dia 5, o público poderá criar os próprios cartuns relacionando às opressões dos dias atuais. O resultado será uma intervenção artística no formato de exposição.
No mesmo dia, na Fábrica de Cultura Osasco, ocorre a oficina de autorretrato inspirado na obra do cartunista. O público poderá conhecer obras como O Menino Maluquinho e a Turma do Pererê, para criar desenhos a partir do estilo do artista. Em Diadema, a oficina Universo de Ziraldo ensinará a fazer tirinhas ao estilo do cartunista no dia 11.
Já no dia 13, a unidade Brasilândia terá apresentação do espetáculo O Menino Maluquinho: Lisonjeiro ao Mestre, do grupo Trapiche Teatro. Na história, o criador de O Menino Maluquinho tenta trabalhar em seu ateliê em meio às brincadeiras dos netos, revisitando suas principais obras. Uma sessão de cinema com a exibição do filme O Menino Maluquinho (1995) será realizada na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, no dia 25.
E de 4 a 13 de junho, diferentes fábricas de Cultura terão a atividade Sucatinha: um menino maluquinho sustentável. Na atividade, haverá a criação de robôs-luminárias, a partir de resíduos, inspirados no personagem. Entre os dias 21 e 28 de junho, o público poderá participar da contação de histórias As cores de Ziraldo, relembrando personagens criados por ele.
– Lamentavelmente, hoje muitos jornalistas seguem uma inadequada ordem alfabética: o “D” de dinheiro antes do “V” da verdade, o “C” da conveniência antes do “F” dos fatos.
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“O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela; e cada um deve, segundo as suas forças físicas, ou morais, administrar, em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou. O indivíduo, que abrange o bem geral de uma sociedade, vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes, que ele espalha, tiram das trevas, ou da ilusão, aqueles, que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia, e do engano. Ninguém mais útil, pois, do que aquele que se destina a mostrar, com evidência, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do futuro”. (Editorial de Hipólito José da Costa na edição nº 1 do “Correio Braziliense” - 1º de junho de 1808).
Em 1º de junho é lembrado o “Dia da Imprensa”, a maior data dos que trabalham na comunicação jornalística no Brasil. Esta data ocorria anteriormente em 10 de setembro, mas uma Lei (nº 9.831, de 13/9/1999), decretada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, estabeleceu que, a partir dali, o 1º de junho era o Dia da Imprensa.
“DIÁRIO OFICIAL” – E por que houve a mudança de 10 de setembro para 1º de junho? Porque foi um pedido formalizado por entidades da imprensa. E em que se justificava esse pedido? Porque a data anterior, 10 de setembro, lembrava o dia de circulação do primeiro jornal impresso no Brasil, o “Gazeta do Rio de Janeiro”, um jornal dirigido pelo frei Tibúrcio José da Rocha, que se submeteu à censura do governo de Dom João VI e só falava as coisas oficiais ou aquelas de que o governante não reclamasse. Isso foi há 216 anos, em 1808.
REINO E REINANTE - Acontece que, naquele mesmo ano (1808), em 1º de junho – portanto, cem dias antes da existência do “Gazeta” –, começara a circular o “Correio Braziliense”, de Hipólito José da Costa, que estava exilado em Londres, mesmo lugar onde era impresso o jornal, por não se submeter à censura reinol e reinante.
“TENTAÇÕES” – O “Correio” vinha do continente europeu para o americano em porões de navios e, aqui no Brasil, era distribuído, clandestinamente, aos assinantes. A luta solitária de Hipólito José da Costa durou 15 anos, e valeu a pena. É hoje referência de imprensa que não se dobra – nem ao poder do dinheiro nem ao dinheiro do Poder. Não que não houvesse tentações. O Poder Público fez de tudo para atrapalhar a vida do jornal ou seduzir o jornalista. Pressionaram diplomatas ingleses para que o jornal deixasse de ser impresso em Londres. Ofereceram-se para pagar 500 (quinhentas) assinaturas do jornal, a fim de que o jornalista “maneirasse” suas críticas ou, melhor, não exercesse seu direito/dever de criticar.
ALFABETO – Hipólito resistiu. Por causa dele, pode-se dizer que a história da imprensa e do jornalismo no Brasil começou bem. Não se pode afirmar com segurança se, no ambiente de hoje, com o tal “capitalismo selvagem” e o interesse político-eleitoral, o jornalista Hipólito José da Costa continuaria resistindo. Talvez sim. Talvez não. Neste caso, temos exemplos, maus exemplos, de veículos de imprensa que, seguindo apenas a ordem alfabética (já que trabalhamos também com letras), colocam o “D” de dinheiro antes do “V” da verdade, colocam o “C” da conveniência antes do “F” dos fatos.
QUERER E PODER – Enquanto Imprensa, temos um caminho bem largo e comprido a andar. Teríamos muito a explicar, a justificar. Pesquisadores e estudiosos no futuro vão ver o que fizemos com o quase-poder que tínhamos. Pesarão nossas opções e pensarão no porquê delas, seus motivos, limitações, imposições. Quem sabe até nos absolverão de umas e outras culpas, concedendo-nos o benefício da dúvida, ao perguntarem-se se o que fizemos era o que queríamos fazer ou era o que podíamos fazer. Fazer como Cipriano Barata, que, mesmo preso, não parou de escrever em seu jornal e pregar a liberdade e verdade.
QUAL O MODELO? – O certo é que, diariamente, continuam sendo postas tentações à mesa dos jornalistas. Estes têm que decidir se seguem o modelo de Tibúrcio (conveniência, oficialismo, dinheiro) ou o exemplo de Hipólito (idealismo, verdade, dificuldades).
Esses estudiosos do futuro talvez quisessem de nós atos de heroísmo. Mas não somos “Hipólitos” nem “Ciprianos”.
E, meio sem jeito, diremos:
“– Tínhamos barrigas – e não apenas consciência – para alimentar…”
Parabéns, colegas da Imprensa.
* EDMILSON SANCHES
ILUSTRAÇÕES: Os jornalistas brasileiros Hipólito José da Costa e Millôr Fernandes e o norte-americano Joseph Pulitzer, que dá nome ao mais importante prêmio da Imprensa em todo o mundo, o Prêmio Pulitzer, concedido todo mês de junho desde 1917, pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.