O Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, competição promovida pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), terá continuidade com a disputa do Bacabal Open de Beach Tennis, evento que vale como 5ª etapa do Estadual. Com promessa de grandes atletas e partidas de alto nível técnico, a competição será realizada entre quinta-feira (27) e domingo (30), na Arena Club, em Bacabal.
O Bacabal Open de Beach Tennis, que terá disputas de categorias simples, por idade e por gênero (masculino, feminino e duplas mistas). Esta será mais uma oportunidade para os atletas maranhenses somarem pontos nos rankings estadual, nacional e mundial da modalidade.
"Estamos muito felizes com a realização de mais uma etapa do Maranhense de Beach Tennis, desta vez em Bacabal, cidade que vem abraçando a modalidade e que reforça o crescimento do esporte em todo o Estado. Esperamos um Bacabal Open com um número elevado de inscritos, o que fortalece ainda mais o nível da competição", destaca Menezes Junior, presidente da FBTM.
As disputas do Bacabal Open de Beach Tennis terão início na quinta-feira (27), a partir das 18h, com as categorias simples. Já na sexta-feira (28), os torneios por idade começam às 9h, enquanto as categorias mistas começam a competir a partir das 16h. Na manhã de sábado (29), às 8h, será a vez dos torneios por gênero.
Outras informações sobre as etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).
Os últimos jogos do torneio de Fut7 Beach Adulto Feminino do projeto Esporte na Minha Cidade, iniciativa que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, foram realizados na manhã desse domingo (23), na Praia do Calhau, em São Luís. O Nacional ficou com o título do Esporte na Minha Cidade após garantir uma campanha perfeita na fase de grupos e vencer a AFA por 3 a 0 na grande final.
A rodada decisiva do Fut7 Beach Adulto Feminino do Esporte na Minha Cidade teve início com os últimos jogos da fase de grupos. Em confronto direto por uma vaga na decisão do torneio, a AFA venceu o Sports Club por 1 a 0 e garantiu a classificação. Em seguida, o Nacional confirmou a liderança com 100% de aproveitamento, após golear o Grêmio Ribamarense por 8 a 0.
Embalados pelas vitórias no fim da fase de grupos, Nacional e AFA disputaram a final do Esporte na Minha Cidade logo em seguida. Confirmando o favoritismo, o Nacional venceu por 3 a 0, com gols de Gleiciane, Luana e Rayssa, e ficou com a taça.
Logo após a decisão, foi realizada a cerimônia de premiação do Esporte na Minha Cidade, com o campeão Nacional e o vice AFA recebendo medalhas e troféus pelo desempenho na competição. Além de ficar com o título, o Nacional levou a melhor em todas as premiações individuais: Hyasmin levou o prêmio de melhor jogadora, Rayssa foi a artilheira, Maria Augusta ganhou o troféu de melhor goleira, e Mell Garcia foi a melhor técnica.
Esporte na Minha Cidade
Vale destacar que todas as equipes participantes da quarta edição do Esporte na Minha Cidade receberam kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Esse material foi utilizado pelos times durante a competição. A entrega desses kits ocorreu durante o lançamento oficial do projeto, realizado no fim do ano passado.
Além das disputas do Fut7 Beach Adulto Feminino, esta edição do Esporte na Minha Cidade também promoveu um torneio de Futebol 7 Sub-12. Nessa categoria, a equipe dos Craques da Veneza sagrou-se campeã ao derrotar o Paredão na grande final.
Todas as informações sobre o Esporte na Minha Cidade e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@esportenaminhacidade).
Dança tradicional dos festejos juninos, a quadrilha foi reconhecida, nesta segunda-feira (24), Dia de São João, manifestação da cultura nacional. Parte essencial de uma das festas populares mais fortes no Brasil, o bailado trazido por europeus no século XIX ganha as quadras de todo o país neste mês de junho, em homenagem aos santos Antônio, Pedro e João.
A Lei 14.900, publicada no Diário Oficial da União, adicionou a quadrilha ao texto de uma lei sancionada em 2023, que já reconhecia os festejos juninos. Além dos pratos tradicionais, a fogueira e as apresentações das danças típicas compõem as festividades, responsáveis por movimentar o turismo e aquecer a economia nesta época do ano.
De acordo com o Ministério do Turismo, as festas populares devem mobilizar mais de 21,6 milhões de pessoas, sendo que grande parte seguirá em direção ao Nordeste, onde a tradição ganha dimensões expressivas, como no município de Caruaru, em Pernambuco. Ali, são esperadas mais de 4 milhões de pessoas em 72 dias de arrasta-pé. A expectativa é que a quadra junina impacte a economia local em R$ 700 milhões.
Em Campina Grande, na Paraíba, são esperadas 3 milhões de pessoas em 33 dias de festa, onde ocore a maior competição de quadrilhas do país. Ceará e Bahia aparecem logo em seguida como os Estados do Nordeste de festejos mais populosos, com públicos esperados de 2 milhões e 1,5 milhão respectivamente.
Já no Sudeste, Minas Gerais tem expectativa de um aumento de 20% dos participantes nas celebrações populares em diversos municípios, atingindo um público de 3 milhões de pessoas em dois meses. Em São Paulo, o arrasta-pé deve movimentar 500 mil participantes, em 300 municípios, informa o Ministério do Turismo.
Na Região Norte, a capital de Roraima, Boa Vista, promete mobilizar 370 mil pessoas e movimentar R$20 milhões. Já em Palmas, no Tocantis, 60 mil pessoas devem celebrar os santos, em cinco dias de festa do tradicional Arraiá da Capital.
Transformação
Com origens em bailes ocorridos nos palácios da França, onde os nobres dançavam em quatro duplas organizadas de forma retangular – daí o nome quadrille, em francês – a dança foi introduzida no Brasil no século XIX. Com o passar dos anos, e a popularização da dança, agregou elementos culturais brasileiros relacionados às tradições rurais, como as vestimentas utilizadas pelos caipiras.
Em algumas regiões do Brasil, como no Maranhão, a dança ganha ainda a força do folclore, com a absorção de elementos do Bumba Meu Boi.
Professores de universidades e de institutos federais de educação e governo federal chegaram a um acordo, encerrando a greve iniciada há cerca de 60 dias. O termo de acordo foi fechado nesse domingo (23) e será assinado na quarta-feira (26).
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o fim da greve se inicia nesta segunda-feira (24), devendo se consolidar plenamente até 3 de julho.
“Reunido em Brasília nesse fim de semana, o Comando Nacional de Greve informa que, finalizada a sistematização dos resultados deliberados nas assembleias da base nos Estados entre os dias 17 e 21 de junho, a categoria docente definiu pela assinatura do termo de acordo apresentado pelo governo, a ser realizada em 26 de junho, bem como pela saída unificada da greve a partir de tal data, até 3 de julho”, informou, em nota, o Andes.
Avanços
Em comunicado, a entidade diz que, apesar de as propostas apresentadas pelo governo não atenderem “adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas”, o movimento será encerrado. No entanto, acrescenta, os termos “refletem avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial”.
O Andes acrescentou que a greve “alcançou seu limite e que estamos no momento de seguir a luta por outras frentes”, acrescentou.
A proposta apresentada pelo governo - acatada pelo Comando Nacional de Greve - foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias. Para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear, até 2026, de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Uma pesquisa realizada com mais de 3 mil professores de educação física de todo o país revelou problemas como necessidades de melhoria da estrutura e falta de material para as aulas. O estudo, realizado pela Organização não Governamental Instituto Península, envolveu profissionais de escolas públicas (86%) e de escolas particulares (13%), entre outubro e novembro de 2023.
Segundo o levantamento, 94,7% dos professores apontaram que o espaço onde são ministradas as aulas de educação física precisam de melhorias. Entre os problemas apontados, estão a situação ruim de quadras esportivas, a ausência de vestiários e a falta de material como bolas de handball, basquete, vôlei e até mesmo de futsal.
Quando questionados sobre que estratégias adotam quando enfrentam problemas de infraestrutura, 51,9% dizem levar seu próprio material, 50,9% respondem que fazem seu próprio material, 16% usam doações e 14,6% só fazem tarefas que não precisam de material e 11,1% levam estudantes para fora do ambiente escolar.
Além disso, segundo a pesquisa, 79,8% dos professores informaram já ter comprado material com dinheiro do próprio bolso em algum momento. Entre os itens mais comuns adquiridos pelos próprios docentes, estão bolas de futsal (19,2%), bolas de vôlei (17%), bambolês (13,6%) e bolas de handballl (11,2%).
“Isso quer dizer que eles sentem que não têm as ferramentas suficientes para poder fazer o seu trabalho. Eles também sentem necessidade da melhoria nos espaços das escolas para que eles possam dar aula. Ou seja, eles não têm o espaço nem o material para atuarem como professores de educação física”, afirma Daniela Kimi, do Instituto Península, ONG que trabalha com a capacitação de professores.
Bullying
Outro destaque da pesquisa é o fato de que 76,1% dos professores já presenciaram bullying, ou seja, a intimidação sistemática, física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação, cometidos por alunos em aulas de educação física.
A maior parte dos casos de bullying envolve a habilidade técnica de outros alunos (79,7%), mas também foram registradas temáticas como aparência (54,6%), gênero (28,8%) e sexualidade (23%).
Entre aqueles professores que já presenciaram bullying nas aulas, 21,4% disseram não ter preparo para lidar com a situação.
“A reflexão que a gente traz é que o espaço da educação física é mais propício para que os alunos tenham essas atitudes. E os professores também nos trazem a necessidade de saber como intervir nessas situações”, explica Daniela.
A pesquisa questionou também sobre dificuldades para incluir meninas nas aulas de educação física. Aqueles que apontaram esse problema somaram 36,9% do total. “O curioso é que a gente pergunta ‘você gostaria de ter apoio no sentido de incluir as meninas?’, mais de 60% [63,6%] afirmam que sim. Então a gente acha que esse número de 37% seja ainda maior”, destaca Daniela.
A Agência Brasil entrou em contato com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mas não teve resposta.
Ele nasceu com todas as pré-condições para dar errado na vida. Para não ser nada na vida. Para não ser notado, não ser visto nem admirado na vida.
Imagine alguém nascido assim: preto, pobre. Descendente de escravos. Pai preto e pobre, pintor de paredes. Mãe lavadeira. Morador de morro. Com problemas nervosos. Gago. Epiléptico. Sem estudo...
Imagine que a morte não o levou criança, e ele “escapou” com vida ao duro período ali do primeiro aos cinco anos.
Mas, como desgraça pouca é bobagem e atrás do pobre corre um bicho, sem contar que além da queda vem o coice, aos seis anos, sua mãe morre.
Depois, morre a irmã.
Aos doze anos, morre-lhe o pai.
Fica com a madrasta. Viúva. Pobre. Ela se torna doceira em uma escola.
E o menino, órfão de mãe e pai, torna-se vendedor de doces na escola.
Nas “folgas”, o pequeno vendedor de doces, para ter alguma “educação”, espia as aulas ministradas para os estudantes. Depois, frequenta escolas públicas.
Com tudo isso “contra”, essa pessoa escreve. Torna-se fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Escreve em qualquer gênero. Contista, cronista, crítico literário, dramaturgo, folhetinista, jornalista, poeta e, sobretudo, romancista, romancista dos melhores – senão o melhor – do Brasil. E o maior escritor negro de todos os tempos, na opinião mais do que abalizada de Harold Bloom (1930-2019), historiador literário, escritor, professor, crítico literário e jornalista norte-americano, dos mais respeitados do mundo.
Não fez curso superior. Não foi à universidade – mas seus livros estão em muitas delas.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 e renasce sempre.
Renasce a todo instante, com estudos nacionais e internacionais sobre sua obra.
Com publicação e republicação de seus livros no Brasil e no estrangeiro.
Com citação de suas frases nas redes sociais, nos grupos digitais.
Falecido em 29 de setembro de 1908, na mesma cidade em que nasceu (Rio de Janeiro/RJ), Machado de Assis tornou-se exemplo de qualidade como escritor e de superação como pessoa.
Já escreveram, e continuam escrevendo, quase tudo sobre ele.
Viraram de ponta-cabeça ele, seus livros e seus personagens... e até suas intenções explícitas ou submersas nas palavras dele e de seus personagens nas obras literárias que deixou.
Com menos de 70 anos de idade deixou uma vida que não morre...
... e uma morte que não se esquece – porque sua obra é sempre (re)vi)vida.
Padre Francisco Damasceno... Cônego Aderson Guimarães Júnior... Irmã Zenir Alves... Padre Luiz Gonzaga Ribeiro Gonçalves... Monsenhor Clóvis Vidigal (que me convidou para criar um jornal em Caxias, na década de 1970)...
Todos esses religiosos e mais alguns estão unidos por um mesmo nome: COLÉGIO DIOCESANO, fundado em 21 de junho de 1956, com o nome de Colégio São Luís de Gonzaga, que ofertava educação até o ginásio (hoje, ensino fundamental) e, posteriormente, também o científico (ensino médio).
O Colégio
Após estender seu ensino para o, à época, curso científico (ensino médio), a escola passou a se chamar COLÉGIO DIOCESANO SÃO LUÍS DE GONZAGA. Inicialmente, o Colégio aceitava apenas meninos – assim como outra escola católica, que aceitava apenas mulheres, o Colégio São José, das Irmãs Missionárias Capuchinhas. Anos mais tarde é que os dois estabelecimentos educacionais passaram a ter estudantes de ambos os sexos – o Diocesano, segundo ex-alunos, a partir de 1966, dez anos após sua fundação. Um dos tios meus, Raimundo João Gama Soares, hoje aposentado, foi aluno do Diocesano.
O Colégio Diocesano passou a se chamar Centro de Ensino Médio Cônego Aderson Guimarães Júnior no fim de 1991. A sugestão de criação de uma escola de ensino médio de responsabilidade do município foi do caxiense Aluízio Bittencourt de Albuquerque, farmacêutico-bioquímico, professor e gestor universitário, fundador e ex-presidente da Academia Caxiense de Letras e diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, entidades em que somos confrades e, que nem Aluízio, sou membro fundador da Academia e membro e ex-diretor do mesmo Instituto, de cujo jornal (“Folha do IHGC”) e revista (“Revista do IHGC”) fui diretor, editor e redator. O nome do Cônego Aderson Guimarães Júnior foi dado como patrono da Cadeira nº 5 do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.
Por sua vez, o nome do Cônego Aderson para o novo Centro de Ensino foi uma sugestão de Antônio José Bittencourt de Albuquerque, o Catulé, economista caxiense, vereador e, à época, presidente da Câmara Municipal de Caxias. Catulé havia sido aluno do Diocesano, e o Cônego Aderson, além de diretor da escola, foi um de seus professores, aliás, famoso por seu rigor – alguns diriam severidade – no processo ensino-aprendizagem.
A lembrança do nome do conhecido religioso e educador Aderson Guimarães Júnior foi um tributo à sua memória e aos relevantes serviços prestados à Espiritualidade, à Educação e à Cultura em Caxias. Em 10 de agosto de 1947, quando foi fundado em Caxias o Centro Cultural Coelho Netto, Padre Aderson Guimarães Júnior foi seu primeiro presidente. A cidade ainda não registrava reconhecimento a esse destacado papel do famoso Padre Aderson em prol do município. Lamentavelmente, no dia da inauguração, nenhum parente convidado para a solenidade pôde participar.
Na sua inauguração em 1991, o Centro de Ensino Médio Cônego Aderson Guimarães Júnior teve como primeiro diretor o experiente, conhecido e reconhecido professor Deusiano Bandeira de Almeida, professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em Caxias, graduado em Ciências Biológicas e pós-graduado em Ciências do Ambiente, chefe de Departamento de Química e Biologia. Deusiano Bandeira foi meu professor de Química e Biologia no ensino médio, no Colégio São José, das Irmãs Missionárias Capuchinhas, em Caxias. Ele e Aluízio Bittencourt são também meus companheiros de Rotary Club.
O Fundador
O Colégio Diocesano foi uma das realizações do bispo Dom Luís Gonzaga da Cunha Marelim, que, em 7 de dezembro de 1941, chegou de trem a Caxias. Dom Luís Marelim, como era mais conhecido, nasceu em Salvador (BA), em 17 de abril de 1904. Foi ordenado padre em 11 de junho de 1927. Nomeado pelo papa Pio XII o primeiro bispo de Caxias, em 19 de julho de 1941, e ordenado 50 dias depois, em 7 de setembro de 1941, pelo arcebispo de São Luís (MA), Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, e pelo bispo de Ilhéus (BA), Felipe Benito Conduru Pacheco. Em 18 de fevereiro de 1981, por idade, sua renúncia foi aceita pelo papa João Paulo II. Retirou-se para um mosteiro em Salvador, onde faleceu em 21 de dezembro de 1991, com 87 anos, 8 meses e 4 dias. Dom Luís Marelim também construiu o Palácio Episcopal, sede da Diocese caxiense.
A Diocese
A Diocese de Caxias foi criada no dia 22 de julho de 1939; portanto, completa no próximo mês 85 anos. Desde 20 de dezembro de 2017 está com seu quinto bispo, Dom Sebastião Lima Duarte.
Na ordem, os bispos de Caxias foram:
1º) Luís Gonzaga da Cunha Marelim, que permaneceu de 19 de julho de 1941 a 18 de fevereiro de 1981;
2º) Jorge Tobias de Freitas, alagoano nascido em 14 de junho de 1935 em Palmeira dos Índios, que ficou de 15 de março de 1981 a 7 de novembro de 1986;
3º) o italiano Luís d’Andrea, nascido dia 23 de fevereiro de 1934 em Albano Laziale (42 mil habitantes), na região do Lácio, província de Roma. Faleceu em sua cidade natal em 8 de setembro de 2012. É bispo emérito de Caxias, onde esteve à frente do bispado de 29 de outubro de 1987 a 19 de março de 2010; e
4º) Vilsom Basso, gaúcho de Tuparendi, onde nasceu em 16 de fevereiro de 1960. Foi bispo de Caxias de 19 de março de 2010 a 19 de abril de 2017. Atualmente, é bispo de Imperatriz (MA).
O quinto e atual bispo de Caxias é Dom Sebastião Lima Duarte, maranhense de Carutapera, onde nasceu em 3 de abril de 1964. Ex-bispo de Viana (MA), foi nomeado bispo de Caxias em 20 de dezembro de 2017 e 66 dias depois, em 25 de fevereiro de 2018, começou a exercer seu mandato à frente da Diocese caxiense.
O Santo
São Luís de Gonzaga, que dá nome ao Colégio Diocesano, é o padroeiro da Juventude, dos Estudantes e dos Seminaristas. Nasceu em 9 de março de 1568, em Castiglione delle Stiviere, uma pequena cidade italiana, e faleceu em 21 de junho de 1591, em Roma, onde cuidou de doentes de tifo. A doença, altamente contagiosa, assolava a capital italiana, e Luís de Gonzaga veio a contraí-la também.
Quando seu pai, Ferrante Gonzaga, soube que seu filho queria seguir vida religiosa, levou-o para festas e outras “tentações”, querendo demovê-lo de seguir ou realizar o ideal espiritual. Luís resistiu e o pai, enfim, concordou.
Luís de Gonzaga posicionava-se clara e fortemente sobre certos assuntos. Por exemplo, ante algo a fazer, questionava: “De que serve isto para a Eternidade?”. Ele escreveu que “também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas". Foi beatificado, em 19 de outubro de 1605, pelo papa Paulo V e canonizado, em 31 de dezembro de 1726, pelo papa Bento XIII.
A Coincidência
O nome “Luís de Gonzaga” está presente no nome do santo padroeiro, na denominação do Colégio Diocesano, no nome do primeiro diretor dessa escola e nome do bispo que a construiu.
Chegou a hora da decisão no torneio de Fut7 Beach Adulto Feminino do projeto Esporte na Minha Cidade, iniciativa que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Com promessa de muitas emoções e gols, a competição terá sua última rodada da fase de grupos e a grande final ocorrendo na manhã deste domingo (23), na Praia do Calhau, em São Luís.
A partida que abre a última rodada da fase de grupos do Esporte na Minha Cidade começa às 9h40, com AFA e Sports Club 37 fazendo um confronto direto pela segunda vaga na final da competição. Em seguida, a partir das 10h20, o invicto e já classificado Nacional luta para confirmar a liderança diante do Grêmio Ribamarense, que terá a chance de se despedir do torneio com vitória.
A final do Fut7 Beach Adulto Feminino do Esporte na Minha Cidade, por sua vez, será realizada às 11h. O Nacional, que garantiu vaga antecipada após vencer seus dois primeiros jogos na fase de grupos, encara AFA ou Sports Club 37 na decisão do torneio.
Esporte na Minha Cidade
Vale destacar que todas as equipes participantes da quarta edição do Esporte na Minha Cidade receberam kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Esse material será utilizado pelos times durante a competição. A entrega desses kits ocorreu na cerimônia delançamento oficial do projeto, realizado no fim do ano passado.
Além das disputas do Fut7 Beach Adulto Feminino, esta edição do Esporte na Minha Cidade também promoveu um torneio de Futebol 7 Sub-12. Nessa categoria, a equipe dos Craques da Veneza sagrou-se campeã ao derrotar o Paredão na grande final.
Todas as informações sobre o Esporte na Minha Cidade e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@esportenaminhacidade).
TABELA DE JOGOS
1ª Rodada
AFA 1 x 2 Nacional
Sports Club 37 3 x 0 Grêmio Ribamarense
2ª Rodada
AFA 7 x 0 Grêmio Ribamarense
Nacional 5 x 1 Sports Club 37
3ª rodada (23.06)
9h40 – AFA x Sports Club 37
10h20 – Nacional x Grêmio Ribamarense
Final (23.06)
11h – Melhor campanha geral x 2ª melhor campanha geral
A escritora mineira Adélia Prado é a vencedora do Prêmio Machado de Assis de 2024. Essa é a mais importante honraria da Academia Brasileira de Letras e uma das mais tradicionais do país.
O prêmio celebra os mais de 20 livros publicados por Adélia Prado, cuja escrita é construída entre a prosa e o verso, poetizando temas do cotidiano, da religiosidade e do feminino. Em um artigo publicado no Jornal do Brasil, em 1975, Carlos Drummond de Andrade a descreveu como: “lírica, bíblica e existencial” e disse que ela “faz poesia como faz bom tempo”.
Considerada uma das principais escritoras brasileiras, Adélia Prado escreveu os primeiros versos aos 15 anos. Depois de alguns anos de ausência, se prepara para lançar uma obra ainda este ano, com o título provisório de “Jardim das Oliveiras”.
O Prêmio Machado de Assis será entregue no dia 19 de julho, data de aniversário da Academia Brasileira de Letras.
Batizado em homenagem a um dos fundadores da instituição, o escritor Machado de Assis, o prêmio é distribuído desde 1941. No ano passado, a premiada foi a escritora Marina Colasanti. Adélia Prado é a 11ª mulher laureada.
“Machado de Assis me ensinou como ser um homem negro”. A frase é do escritor e professor Jeferson Tenório, vencedor do Prêmio Jabuti de 2021 com o livro O Avesso da Pele. Dentre os muitos significados que “negro” pode ter, o intelectual contemporâneo recusou os que remetem a lugares de inferioridade. É de se esperar, portanto, que tenha como referência aquele que é considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos.
Machado de Assis nasceu há exatos 185 anos. Vida e obra sempre provocaram debates dos mais variados, o que prova a complexidade de ambas. Há pelo menos uma década, ganharam proeminência a afirmação de uma identidade negra e a identificação de um tipo menos óbvio de engajamento antirracista. Para pesquisadores negros, é fundamental manter o debate em destaque, por evidenciar questões que ainda têm força no presente.
“Causa espanto que, em 2024, a gente ainda tenha que provar que ele era um escritor negro”, afirmou Jeferson Tenório, durante participação no seminário Machado de Assis e a questão racial promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
Até o momento, não se conhece documento escrito pelo próprio Machado em que assuma uma determinada identidade racial. Que ele tenha sido negro é uma premissa dos pesquisadores a partir de, pelo menos, quatro questões: ascendência, fotografias, depoimentos de terceiros e contexto sociopolítico.
A mãe era uma mulher branca, portuguesa. O pai, descendente de escravos alforriados. Imagens dele em idade mais avançada, apesar de serem em preto e branco, mostrariam traços e tons mais próximos de uma pele negra. E relatos contemporâneos reforçariam essa característica.
Ana Flávia Magalhães Pinto, historiadora e diretora do Arquivo Nacional, considera como mais emblemático uma carta enviada para Machado, em 1871, pelo escritor Antônio Cândido Gonçalves Crespo. O autor escreve: “A Vossa Excelência já eu conhecia de nome há bastante tempo. De nome e por uma secreta simpatia que para si me levou quando me disseram que era de cor como eu”. Não se sabe se Machado teria respondido a essa questão. Nenhuma carta dele para Crespo foi encontrada.
Para a historiadora, também se destaca a maneira como Machado apoiava frequentemente outros homens negros ou “de cor”, como era mais comum chamar à época os que não eram brancos. O que ela avalia como uma “rede antirracista”.
“Machado de Assis, ao longo de sua trajetória, fez-se um grande apoiador de outros homens de cor como ele. Uma forma de desqualificar a postura de Machado em relação à ascendência africana, é justamente dizer que ele teria se afastado de suas origens, que não teria se envolvido com os debates acerca dos destinos dos africanos e descendentes no Brasil”, disse a historiadora em seminário na ABL. “Encontrei José do Patrocínio em seus textos agradecendo a participação de Machado de Assis pelas lutas abolicionistas”.
Ana Flávia diz ser um mito que Machado de Assis quis se passar por branco e não se interessou pelos sentidos da liberdade e do racismo, temas que mobilizaram a sociedade à época. A forma como demonstraria esse engajamento, no entanto, não seria a mesma adota por outros nomes que ganharam protagonismo na luta, como o advogado Luís Gama. Haveria diferentes maneiras de viver a identidade negra e de defender causas abolicionistas e antirracistas.
“Entre aparentes polos opostos, um de discrição e outro de uma desenvoltura pública desconcertante muitas vezes, nós temos uma infinidade de outras possibilidades que fazem com que tenhamos de pensar como que, num país, com uma ampla presença de gente negra na liberdade, essas vidas se fizeram possíveis”, disse a historiadora. “Não era preciso esbravejar um orgulho pela origem africana, relembrar parentes presos à escravidão ou ostentar uma pele em tom de azeviche para ser obrigado a lidar com os constrangimentos gerados a partir da raça”.
Paulo Dutra é professor de literatura e pesquisador de questões raciais na obra de Machado de Assis. Ele endossa a argumentação da historiadora, no sentido de que a luta do escritor no século XIX se dava de outra maneira, nas entrelinhas.
“Cada um usa a sua luta da forma como pode. Nem todas as pessoas vão ter essa iniciativa de ir para uma luta mais aberta. A ele tem que ser dado esse direito de não ter podido falar abertamente como outros falaram por várias razões. A culpa dele ter sido branqueado não é dele. É da sociedade brasileira, que ainda almeja um ideal europeu e branco de civilização”, disse o professor Agência Brasil.
Jeferson Tenório reforça que Machado de Assis mostra como pensar a literatura a partir de um “devir negro”. A expressão, segundo Tenório, parte de duas ideias. Primeiro, a recusa em aceitar os significados de “negro” impostos por um pensamento colonial. Segundo, a aceitação de ser “negro”, mas sob sentidos por aqueles que foram vítimas da racialização. Para Tenório, é na estratégia discreta de apontar as origens racistas de uma sociedade injusta que Machado atua.
“Pensar o devir negro na literatura significa não esquecer de onde viemos. Não esquecer que a nossa fundação enquanto país se constituiu a partir do sequestro de corpos negros, da aniquilação de povos originários e do roubo de riquezas naturais. Assim, podemos pensar que Machado de Assis nos aponta uma literatura altamente sofisticada e que analisa com precisão as sutilezas da sociedade brasileira. A obra de Machado é uma recusa categoria do que se espera de um homem negro sob a égide da colonização”, disse Tenório.
Nesse sentido, recuperar Machado a partir de identidades e lutas afrodescendentes têm impactos diretos nos processos de autoafirmação da população negra.
“Há pessoas que desejam ser escritoras ao ver que o nosso maior escritor era uma pessoa afrodescendente. Isso produz um impacto social”, analisa Paulo Dutra. “Eu estive em uma comunidade do Rio de Janeiro, a convite de uma biblioteca, e Machado de Assis está grafitado nos muros. Essa recuperação da imagem de afrodescendente está levando Machado para um público menos elitizado. Machado saiu do povão e está voltando para o povão”.