Termina, na próxima sexta-feira (14), o prazo para inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Ministério da Educação pede aos candidatos que fiquem atentos ao cronograma que foi alterado, de forma a ajustar datas, de forma a garantir a participação dos estudantes do Rio Grande do Sul, prejudicados pelas enchentes que, desde o fim de abril, atingem o Estado.
Para se inscrever, os estudantes devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta gov.br. A taxa de inscrição é de R$ 85, e deve ser paga até 19 de junho. O Inep aplicará as provas em 3 e 10 de novembro, nas 27 unidades federativas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social também vão até 14 de junho.
“Com essa decisão, nós queremos ampliar ainda mais as oportunidades para que os jovens façam o Enem, que é a porta de entrada para a graduação. Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever, pela Página do Participante. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição”, informou, por meio de nota, o ministro da Educação, Camilo Santana.
O Ministério da Educação divulgou balanço contabilizando que praticamente 100% dos concluintes do ensino médio da rede pública estão inscritos no Enem em Estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e no Distrito Federal.
No Rio Grande do Sul, embora a rede de ensino ainda esteja em recuperação das enchentes, mais de 70% dos formandos da rede pública estão inscritos, segundo o MEC.
Enem
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e também é a principal porta de entrada para a educação superior no país.
Os resultados da avaliação podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni) e também são aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.
Os estudantes que não concluíram o ensino médio também podem participar na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.
Classificados na primeira edição de 2024 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) têm até esta terça-feira (11) para se inscrever para as provas de habilidades clínicas, que serão aplicadas nos dias 20 e 21 de julho.
A inscrição deve ser feita pelo Sistema Revalida. A taxa - de R$ 4.106,09 - pode ser paga até a próxima quinta-feira (13) em qualquer banco, casa lotérica ou aplicativo bancário, por meio da Guia de Recolhimento da União emitida pelo sistema. Outras formas de pagamento como PIX, cartão de crédito, transferência ou depósito não são aceitas.
Durante a inscrição, os candidatos devem optar pela cidade de aplicação do exame. Também é possível solicitar atendimento especializado e tratamento por nome social. A previsão é que o cartão de confirmação seja disponibilizado a partir do dia 12 de julho.
Para serem classificados para a segunda etapa do Revalida, os participantes precisam ter alcançado, no mínimo, 64,277 de um total de 100 pontos na primeira etapa. A nota de corte foi divulgada no dia 29 de maio, por meio de edital publicado noDiário Oficial da União.
Entenda
Com a finalidade de revalidar diplomas de médicos estrangeiros e brasileiros que se formaram no exterior, o exame avalia habilidades e conhecimentos a partir de princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Composto por duas etapas - teórica e prática - o Revalida avalia as competências em cinco áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina da família e comunidade.
Na primeira etapa, são aplicadas provas teóricas, objetiva e discursiva. Já na segunda fase, os profissionais passam por dez estações avaliativas. Todo o processo é baseado na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina e normativas associadas, além da legislação profissional brasileira.
Felinto Elísio Correia Neto, o padre Felinto, completa 70 anos neste 9 de junho de 2024.
Filho querido de Carolina, "adotado" e amado por Imperatriz, Felinto é patrimônio humano da “Princesa do Tocantins”, a partir de seu sacerdócio católico e missão apostólica.
Paciente, amigo, Felinto Elísio não deixa entrever em sua fidalguia o intelectualmente preparado teólogo, o comunitariamente disponível e o espiritualmente aperfeiçoado ser humano.
Quando eu era presidente do Comitê de Cidadania de Imperatriz, realizava reuniões na Igreja de que ele, à época, era pároco. Felinto não apenas liberava instalações para os encontros como igualmente, quando possível, participava, opinava, sem com vistas à melhoria sociopolítica e administrativa do município.
Felinto formou-se em Teologia em Munique, pela mais que hemilenar Universidade Luís-Maximiliano de Munique (em alemão: Ludwig-Maximilians-Universität München). A respeitada universidade desde sua criação, em 1472, já cultivava princípios e valores cristãos, tendo Teologia como um de seus primeiros cinco cursos (Ciências, Direito, Humanidades, Medicina e Teologia).
Na Ludwig-Maximilians, o maranhense Felinto deve ter pisado pelo solo ou piso por onde pisou, recostando-se em centenárias paredes e colunas onde se recostou, sentando-se onde se assentou, manuseando livros que manuseou Eugen Bertholt Friedrich Brecht (sim, Bertolt Brecht, o poeta e dramaturgo alemão), Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (sim, Schelling, o filósofo idealista, que nem Kant e Hegel), Joseph Aloisius Ratzinger (sim, o teólogo e papa Bento XVI), Karl Jaspers (filósofo e psiquiatra germano-suíço), Konrad Adenauer (o advogado e político, chanceler alemão), Max Karl Ernst Ludwig Planck (sim, Max Planck, físico, criador da Física Quântica e recebedor do Prêmio Nobel), Max Ferdinand Scheler (sim, Scheler, filósofo alemão, que tanto contribuiu com seus estudos sobre Ética e Axiologia ou Filosofia dos Valores), Maximilian Karl Emil Weber (sim, Max Weber, que nós estudantes de Direito estudamos -- direito ou não... – nas aulas de Sociologia, ciência da qual Weber foi um dos “pais” e, entre tantos e muitos e importantes, Genézio Darci Boff (ele mesmo, o Leonardo Boff), teólogo, filósofo, escritor brasileiro, nascido em Santa Catarina.
É esse o “tamanho” do menino que estudou no Colégio Comercial de Carolina, que fazia “presepadas” com os amigos de infância e juventude pelas águas e areias, rios e praias fluviais de sua inesquecível terra mãe.
Por trás do sacerdote que prega, ora, ministra, há um ser humano (pre)ocupado com seus irmãos em Cristo, um cidadão que, quando necessário, manifesta-se incisivamente. Conhecimento, razão e motivos não lhe faltam...
A Numerologia atribui ao nome “Felinto” (variante da grafia “Filinto”) as características ou qualidade de “generosidade”, “cortesia”, “caridade”, “companheirismo”... Não é sem razão que a Etimologia (origem do nome) registre que esse antropônimo tenha nascença na língua grega, no antepositivo “phílos”, com o significado de “amigo”, “querido” – como em “Felipe” ou “Filipe”, amigo dos cavalos, e também, entre outros; “filantropia”, amigo da Humanidade.
Padre Felinto há de concordar que, quando se é pleno dessas virtudes e se as exercita, cada pessoa com quem se interage ou para a qual destinamos apoio, inda que só da palavra amigo e de conforto, cada pessoa destas é um templo ou uma casa ou morada (está na Bíblia – Coríntios, Efésios, Gálatas, Hebreus...).
Completar 70 anos dedicando-se ao Bem, ao Bom, ao Belo que é divino é estar em permanente oração e ação, pregação e realização, fé com obra.
Assim, a vida é uma terna e eterna missa.
Felinto, continue a luta e labuta–- e, para isso, ide em paz.
A missa não acabou...
*
Abraços do
* EDMILSON SANCHES
FOTOS:
O padre Felinto em diversas fases de sua vida; pelo mundo afora (Alemanha, Croácia...); e, entre outros, com nossos amigos comuns os bispos Dom Affonso Felippe Gregory (“in memoriam”), Dom Gilberto Pastana e Irmã Maria das Neves Martins Franco (superiora das Irmãs Missionárias Capuchinhas / Colégio Santa Teresinha, em Imperatriz) e Dom Francisco Lima Soares (meu amigo desde a juventude) e os padres Cícero Marcelino de Melo (meu confrade de Academia Imperatrizense de Letras), Raimundo Nonato Barbosa Costa e Moisés Dias (meu ex-companheiro de Rotary Club). O prédio é da “alma mater” de Felinto Elísio, a Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique.
Com a exibição de, pelo menos, 60 documentários nacionais e internacionais sobre música e uma intensa programação paralela, o tradicional festival In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical tem início na próxima quarta-feira (12), em São Paulo. Chegando a sua 16ª edição, o In-Edit deste ano apresenta filmes sobre músicos como Zé Ketti, DJ Marlboro, Arrigo Barnabé, Luiz Melodia, Carlos Santana, Cindy Lauper, Joan Baez, Brian Jones e Paul Simon, entre outros.
Um dos destaques do festival é a exibição do filme Acordo com Lampião? Só na Boca do Fuzil!, do diretor Marcelo Felipe Sampaio, baseado no livro Os homens que mataram o facínora – a história dos grandes inimigos de Lampião, do jornalista, historiador e roteirista Moacir Assunção. O filme será apresentado com acompanhamento musical do guitarrista Lúcio Maia, ex-Nação Zumbi, autor da trilha original do filme.
Outro destaque é o curta Outras Histórias do Mar (BNegão Canta Caymmi), no qual a diretora Carolina Rolim registra o mergulho do artista BNegão nas canções praieiras de Dorival Caymmi. Após o curta, haverá um show de BNegão com o violonista Bernardo Bosisio.
Já na seleção internacional, uma das atrações é a estreia brasileira e americana de Misty – The Erroll Garner Story, de Georges Gachot, baseado no livro de Erroll Garner, The Most Happy Piano, do escritor e biógrafo James M. Doran. O cineasta deverá estar presente na sessão de estreia, que acontece no dia 15 de junho, data em que Erroll Garner completaria 103 anos de idade.
Outro destaque internacional é o premiado Peter Doherty: Stranger in My Own Skin, de Katia De Vidas, vencedor do In-Edit Barcelona 2023. O filme faz um retrato íntimo de Peter Doherty e sua jornada na música.
Novidades
A novidade desta edição é o especial Música e Máquinas, que vai celebrar o centenário dos primeiros sons sintéticos. Serão apresentados sete filmes que exploram a intersecção entre música e tecnologia, destacando as inovações que transformaram o cenário musical.
Além disso, haverá uma exposição na Cinemateca que vai reunir inventores de instrumentos eletrônicos, músicos, engenheiros de som e produtores para várias demonstrações.
“Esse ano a gente apresenta uma série de filmes que aborda toda a invenção e os inventores, os pioneiros, os produtores dessa música feita não analogicamente, ou seja, não com instrumentos acústicos e sim com máquinas. E isso só foi possível depois dessa democratização da luz elétrica e que gerou tantos avanços tecnológicos no século XX”, disse Marcelo Aliche, diretor artístico do In-Edit Brasil, em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil.
“Temos também uma exposição que estamos chamando de Traquitanas Eletrônicas, que são invenções eletrônicas feitas aqui no Brasil por inventores e também produtores e músicos, que vão apresentar esses instrumentos para o público”, acrescentou.
Já a Mostra Flashback vai exibir clássicos em versões restauradas como Let’s Get Lost, de Bruce Weber, e a première nacional do filme Dig! XX, que revisita um documentário feito há 20 anos sobre as bandas Dandy Warhols e Brian Jonestown Massacre.
A programação do festival ainda promoverá apresentações musicais de Arrigo Barnabé e Orkestra Bandida, além de debates, sessões comentadas, a tradicional Feira de Vinil e, pela primeira vez, uma Feira de Livros, com centenas de títulos sobre música e cinema a preços especiais.
“A gente adora fazer atividades paralelas porque achamos que essa é uma maneira de aprofundar muito mais os assuntos abordados nos documentários. Neste ano, teremos vários shows que acompanham os filmes como do Arrigo Barnabé, BNegão, Lúcio Maia, o DJ Camilo Rocha e a Orkestra Bandida”, disse o diretor do festival.
Serviço
O In-Edit Brasil ocorre até o dia 23 de junho, em São Paulo. Todas as sessões e atividades são gratuitas, exceto no Cinesesc, onde haverá algumas sessões com ingresso popular, no valor único de R$ 10.
Parte da programação também estará disponível gratuitamente nas plataformas digitais Sesc Digital, Itaú Cultural Play e Spcine Play.
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói) apresenta, a partir deste sábado (8), a exposição fotográfica Yvy Marãey – A Terra sem Males, que aborda a busca ancestral do povo indígena guarani pela terra sem mal. São 38 fotografias de autoria do cineasta e fotógrafo Daniel Sul, que mostram a cultura e a mitologia do grupo Guarani Mbya, instalado há 11 anos na Aldeia Mata Verde Bonita, no município de Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A mostra, que vai até 4 de agosto, é promovida pelo Instituto Terra Verde, organização não governamental (ONG) voltada para a defesa dos povos indígenas por meio da cultura e da memória, do etnoturismo, da segurança alimentar e geração de renda, entre outras ações.
“Eles sempre foram nômades, porque estavam em busca dessa terra sem males”, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Terra Verde e produtor-executivo da exposição, Leonardo Brandão. Com o passar do tempo e o esgotamento de terras disponíveis, os indígenas acabaram se instalando em 2013, em Maricá, onde fundaram a Aldeia Mata Verde Bonita, que reúne, atualmente, cerca de 200 pessoas, descendentes da pajé Lidia Neves, de 92 anos. Sua filha, Jurema, é a cacica da aldeia. De acordo com Brandão, a mostra destaca, também, a necessidade de demarcação das terras dos guaranis em Maricá. “O que a gente quer é usar a cultura para dar visibilidade à questão indígena por meio de uma exposição com qualidade e obras artísticas, enfatizando a necessidade das aldeias guaranis serem demarcadas", afirmou o presidente do Instituto Terra Verde.
Segundo Brandão, a família veio migrando do Rio Grande do Sul, passou por Paraty e Camboinhas, em Niterói, e, há 11 anos, se estabeleceu na restinga de Maricá. Nesse município, há outra aldeia de guaranis, a Céu Azul, composta por 30 pessoas.
Tradição
Os guaranis preservam as tradições. Há, por exemplo, uma casa de reza (Opy), onde são realizadas todas as atividades religiosas da aldeia, como funerais, rituais de cura e bênção do milho antes do plantio. “Todos falam a língua guarani. O português é ensinado na escola onde eles estudam fora da aldeia, mas a língua corrente é o guarani. Eles fazem muito artesanato, têm as práticas de cantoria na língua guarani. É uma aldeia que preserva muito as tradições de seu povo”, disse Brandão.
A exposição ocupará toda a varanda externa do MAC Niterói. Na abertura da mostra, prevista para as 10h de sábado haverá apresentação do Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita. A entrada é franca e a classificação, livre. Nos demais dias, os ingressos custarão R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada). Às quartas-feiras, a visitação será gratuita.
Haverá rodas de conversa com moradores da aldeia, que falarão sobre a vida nacomunidade, além de feira de artesanato e outras atrações. A mostra estará aberta de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h30.
A entrada será gratuita para crianças menores de 7 anos, estudantes da rede pública (ensino fundamental e médio), pessoas que moram ou nasceram em Niterói, servidores públicos municipais, pessoas com deficiência e visitantes que chegarem ao museu de bicicleta, têm direito à meia-entrada pessoas com 60 anos ou mais, estudantes de escolas particulares e universidades, professores e portadores de Identidade Jovem (ID Jovem), que é uma carteira virtual, baixada por aplicativo ou emitida no site da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ).
A exposição tem apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, do Ministério da Cultura, dos governos estadual e federal, por meio da Lei Paulo Gustavo, e da Secretaria Municipal das Culturas, da Fundação de Artes e da Prefeitura de Niterói.
Aldeia
A Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka'Aguy Hovy Porã), do povo Guarani Mbya, está estabelecida no Bairro de São José, na cidade de Maricá, em área de 93 hectares cedida pela prefeitura da cidade em 2013. Devido, entretanto, à falta de titulação da terra, a comunidade está constantemente ameaçada por interesses privados, tendo sido vítima, em 2019, de um incêndio criminoso que, por pouco, não atingiu algumas casas da aldeia. Em 2013, foram convidados a se mudar para Maricá, após terem sido pressionados pela especulação imobiliária a deixarem a área onde viviam há sete anos, no Bairro de Camboinhas, em Niterói, município também da Região Metropolitana do Rio.
(À memória de Zafira da Silva de Almeida, oceanógrafa, bióloga marinha, mestra em Oceanografia e doutora em Zoologia, minha confrade na Academia Maranhense de Ciências e Patrona da Cadeira nº 1 do Instituto Histórico e Geográfico de Imperatriz. Na Universidade Estadual do Maranhão, chefiou o Laboratório de Pesca e Ecologia Aquática e foi docente e orientadora dos programas de pós-graduação em Ciência Animal, Recursos Aquáticos e Pesca e da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal/Bionorte)
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Há quem goste dele. Há os que lhe tenham pavor.
De minha parte, gosto dele – líquido e certo.
Gosto da água. Fui embalado e nutrido, acalentado e protegido por nove meses dentro dela, flutuando no mais amoroso dos oceanos: o líquido – amniótico – da mãe. (Os gregos davam o nome de “amníon” ao vaso onde se colocava o sangue dos animais sacrificados em favor de seus deuses. A palavra foi levada da forma do vaso para a forma de uma barriga grávida, pelo desenvolvimento do feto e consequente elastecimento da cavidade ou saco amniótico, onde o líquido, na medida do possível, não deixa o embrião colar-se a outras estruturas nem sofrer choques ou pancadas).
Gosto da água. Banho de chuva, de água de chuva nas bicas e nas poças, pois meninos e meninas de antigamente sequer imaginavam haver risco de doenças... e talvez por isso não adoecessem mesmo, ou pelo menos não assim tão facilmente...
Gosto da água. Eu dentro dela, ela dentro de mim – pois eu e todo ser vivente que nem eu, escritinho a mim, somos 70% água. E isto é também líquido e certo. Ciência, ciência, ciência. Ciência que nos informa que também o corpo da Terra é 70% água – água doce de rios e riachos, córregos e ribeirões, lagos e lagoas,
... águas acima de águas, como os “icebergs”,
... e águas abaixo delas, como os aquíferos e outras águas subterrâneas;
... águas salgadas ou salobras do oceano global e coisa e tal, que são os cinco oceanos (Antártico, Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico) e todos os seus 66 mares e 28 mares internos, sem falar nos corpos d’água que a Hidrologia ainda não classificou como mar – o que não impede que suas águas sejam salgadas e componham o total de mais de 97% de toda a água do planeta. Será se é por isso que a “dolce vita” não é para todos tão doce assim...).
Gosto da água. Perto de mim, ao escrever ou no criado-mudo da imensa cama – um oceano de conforto... –, tem sempre uns três litros em um daqueles recipientes estrangeiros, uma cara jarra japonesa, na qual asseguram ter uns minérios ou qualquer coisa liberadores de íons “y otras cositas más” que dizem ser boas para a água, para a alma, para algo... Acreditei. Ainda não tenho o do que reclamar.
Gosto da água. Meninote ainda, chegava a atravessar de um só fôlego o Rio Itapecuru quando este era largo, caudaloso, limpo, piscoso... Na margem oposta ao “porto dos homens”, silenciosamente eu derreava dulcíssimas canaranas para dentro d’água, para serem quebradas e os estalos não serem ouvidos pelo vigia da vazante, portador de uma espingarda com carga de sal, para amedrontar, afastar e mesmo atirar nos moleques... (Depois de quebradas, as canaranas eram amarradas com algumas de suas palhas, formando-se pequenas balsas sob o corpo menino, o que nos fazia flutuar e agilizar ainda mais o nado de volta ao outro lado...).
Também era o único menino nas vizinhanças da Palmeirinha e da Galiana, em Caxias, que tinha coragem de, nas pescas no Itapecuru, descer da canoa, afundar na água, prender o fôlego, acompanhar a linha de náilon e desvencilhar o anzol que se pregara em um tronco no fundo do rio ou buscar no fundo da loca o muçum que, fisgado, resistente, teimava em não sair de sua morada e “bunker”. Cuidadosamente, a partir de um sulco, vinco, um desnível qualquer próximo à cabeça daquele peixe sem escama, liso que nem quiabo, eu o segurava por breves instantes, tempo suficiente para voltar à canoa e jogar o “bicho” lá dentro. “– Hélasse! Hélate! Éguate!”, reagiam interjetivamente os que testemunhava a “operação”. (Em casa, o muçum – ao qual insipientemente atribuíamos parentesco com as cobras – era escaldado, “ferventado” e, depois, cozido ou frito. Ficava bronzeado que nem ouro velho, e era gostoso como peixe... pois peixe ele é...).
Por gostar de água, fui fazer mergulho submarino (mergulho autônomo) nas águas do Atlântico. Evoluí do “snorkel” para o tanque (de ar comprimido). Observar peixes. Visitar navios afundados. (Dispensei os treinamentos em água turva e para pesca submarina).
Depois que você chega ao alto-mar, sem qualquer referência de praia, cidade, árvores, nada..., o melhor mesmo é, sentado e de costas ou com o “passo de gigante”, cair dentro d’água e ir para o fundo – no meu caso, até quarenta metros. Enquanto a água de superfície pode mostrar-se revolta, escarpada, amedrontadora, lá embaixo, mais fundo, o mar é um ar líquido: água ultratransparente, calma, com cardumes dos quais você se aproxima e eles não lhe fogem, você é só mais um animal marinho... – a Ciência diz que nossa origem é o mar, embora haja cientistas que digam que não, pois a composição físico-química da água marinha daqueles tempos ancestrais romperia as ligações nos níveis celulares ou atômicos de um protoanimal que naturalmente tentasse ser formado.
Não há por que trazer para o mar medos que já não tenhamos em terra – e com os quais até nos acostumamos. O mar é perigoso? Ele é só o mar, mas o perigo está também na terra.
O mar mata? Em terra mata-se mais.
Navios afundam? Sim; poucos, mas afundam – como aviões caem e automóveis abalroam, atropelam, estraçalham...
Tubarões e orcas são assassinos? Abra jornais, veja TV, consulte a “internet”: gentes matam mais – de tiros e tapas, de foice e faca, de murros e murraças, de socos e pontapés, de fome e frio, de amor e ciúme, e também de desgosto e vergonha...
O mar apenas está onde está. Ele só reage.
O Dia Mundial dos Oceanos começou pelo Brasil, em 1992. Aprendamos a respeitar quem é maior – muuuuuuuuuuuuuuito maior – que nós. E mais forte.
O mar estava aqui quando chegamos. E estará quando nós não mais estivermos...
As inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram prorrogadas até o dia 14 de junho, anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana, nas redes sociais. Inicialmente, terminariam nessa sexta-feira (7).
O prazo já havia sido flexibilizado para os candidatos do Rio Grande do Sul, em razão do desastre climático que atinge o Estado, mas foi agora ampliado para todo o Brasil. Para se inscrever, os estudantes devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta gov.br.
“Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever pela Página do Participante”, escreveu Santana. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.
A taxa de inscrição, no valor de R$ 85, poderá ser paga até o dia 14 de junho pelos estudantes não isentos. O pagamento pode ser feito por pix, cartão de crédito, débito, em conta-corrente ou poupança e por boleto, emitido na Página do Participante, onde também consta o QR Code.
Os moradores do Rio Grande do Sul têm isenção desse valor. Os concluintes do ensino médio em escola pública também não pagam taxa de inscrição.
O Ministério da Educação divulgou balanço segundo o qual cerca de 100% dos concluintes do ensino médio da rede pública estão inscritos no Enem em Estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e o Distrito Federal.
No Rio Grande do Sul, embora a rede de ensino ainda esteja em recuperação das enchentes, mais de 70% dos formandos da rede pública estão inscritos, segundo o MEC. A pasta não divulgou o número parcial de inscritos.
Enem
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e também é a principal porta de entrada para a educação superior no país.
Os resultados da avaliação podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni) e também são aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.
Os estudantes que não concluíram o ensino médio também podem participar na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.
O Ministério do Trabalho e Emprego e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram, nessa quinta-feira (6), uma versão atualizada do Guia Brasileiro de Ocupações. Em versão on-line, a publicação traz informações sobre cada uma das 2.609 profissões existentes no mercado de trabalho brasileiro.
O guia permite que qualquer pessoa consulte, gratuitamente, a média salarial, as atividades que são desenvolvidas em cada ocupação, além de habilidades, conhecimentos, ferramentas e atitudes exigidas. Há, ainda, dados sobre desligamentos e admissões em 2023, além dos Estados onde há mais oferta de empregos em cada profissão.
A nova versão do guia agrega 19 novas ocupações. Outras 424 foram atualizadas para ficarem de acordo com as mudanças tecnológicas no mercado de trabalho. Entre as inclusões, estão profissões que lidam com práticas integrativas como o terapeuta reiki, o instrutor de ioga, o instrutor de meditação, o facilitador de biodança e o facilitador de grupos de movimento.
Três atividades desenvolvidas junto a bebês ou crianças também foram listadas como profissões, entre elas o condutor escolar terrestre. As outras duas são o lactarista, responsável por preparar e cuidar da nutrição dos bebês em creches e hospitais; e o brinquedista, que trabalha na organização, catalogação e funcionamento das brinquedotecas.
O guia passa a relacionar ainda três profissionais que lidam com animais. É o caso do condutor de cães domésticos, que pode prestar serviços de passeio. Já monitor de animais domésticos está apto a realizar atos de higiene e tosagem, além de procedimentos de enfermagem veterinária. O instrutor de mobilidade com cães-guia, por sua vez, é responsável pela interação entre a pessoa com deficiência visual e o animal.
Outras profissões listadas são o biólogo em meio ambiente e diversidade e o biólogo em saúde, que exercem duas especialidades da biologia. Já o ergonomista, que atua na promoção de um ambiente de trabalho mais eficiente e seguro, deve mobilizar conhecimentos multidisplinares de áreas como educação física, engenharia, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Também integram a lista das 19 novas ocupações o hidrojatista, que opera equipamentos de limpeza que utilizam jatos de água sob alta pressão, e o ufólogo, que investiga fenômenos celestes. As últimas três profissões incluídas são o analista de sucesso do cliente, o analista de experiência do cliente e o confeccionador de perucas.
As informações que integram o Guia Brasileiro de Ocupações podem auxiliar trabalhadores que querem dar um novo rumo à carreira e também estudantes na hora de ingressar no ensino superior. Da mesma forma, servem a empregadores, profissionais de recursos humanos, jornalistas e pesquisadores como fonte para pesquisas e tomadas de decisão.
“Hoje eu sou uma mulher de luta e de letras!”, assim a octogenária Sebastiana Campos resumiu a nova etapa da sua vida. Nascida na cidade maranhense de Grajáu, Sebastiana, desde cedo, perdeu a infância devido à necessidade de auxiliar os pais no trabalho rural. Uma vida dura, com caminhadas diárias de vários quilômetros a caminho da roça onde a família conseguia o sustento. Poucos anos depois, como milhões de brasileiros, migrou para a Região Sudeste em busca de melhores condições de vida. Sebastiana contou sua história nessa quinta-feira (6), durante o lançamento do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Brasília
Já no Rio de Janeiro, Sebastiana trabalhou como empregada doméstica, casou, teve filhos, netos e bisnetos. Aos 82 anos, resolveu que iria realizar o sonho de criança, da pequena criança que acordava cedo e caminhava pela estrada de terra batida do seu povoado para se dirigir à escola. No caminho, cantava canções e até imagina um futuro melhor, distante do árduo trabalho enfrentado no dia a dia. Esse futuro “sonhado” não se concretizou, e Sebastiana virou estatística como um dos milhões de brasileiros que não sabe ler nem escrever.
De acordo com o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11,4 milhões de brasileiros com mais de 15 anos não estão alfabetizados. Dentre os brasileiros dessa faixa etária, 10,1% dos que não sabem ler nem escrever são pretos, 8,8% são pardos, enquanto os brancos são 4,3%.
Entre os que estão na Educação de Jovens e Adultos, mais de 57 milhões estão no meio urbano (79,3%); e 15 milhões, no meio rural (20,5%). Apesar dessa enorme demanda por vagas, ainda há 1.008 municípios que não ofertam educação de jovens e adultos, segundo o Censo Escolar 2023.
A realidade de Sebastiana começou a mudar quando, aos 82 anos, ela se matriculou na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no ano passado, mais precisamente em São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
“Hoje, com meus oitenta anos, ganho um salário mínimo e estou com todo mundo lá em casa crescido. Então, eu voltei a lembrar de mim, fui atrás de mim, a menina na estrada que um dia ia para a escola. Agora, sou estudante e agradeço a oportunidade de hoje poder estar realizando o meu projeto de estudo e digo que nunca é tarde para realizar sonhos”, disse Sebastiana.
Moradora da periferia de Recife (PE), mãe solo, com dois filhos, sem formação ou profissão, Alexandra Patrícia de Melo, 29 anos, teve que largar os estudos ainda no começo da adolescência devido a uma gravidez não planejada. Além da gravidez, o machismo estrutural também contribuiu para interromper o caminho de estudos da jovem, já que seu companheiro, à época, a proibia de frequentar a escola.
“Essas duas situações vividas me negaram a possibilidade de continuar os estudos. Por conta dessa trajetória, não consegui construir uma carreira, nem ter uma profissão para poder levar o sustento para minha família, que depende de mim. Em 2023, entrei no Projovem urbano, que representou, para mim, uma oportunidade de mudar meu contexto de vida. Diferente da minha mãe que é analfabeta e trabalhou grande parte da vida dela em casa de família, busco, no futuro, o melhor para mim e meus filhos”, contou a jovem durante o evento.
Destinado a estudantes entre 18 e 29 anos que saibam ler e escrever, mas que não concluíram o ensino fundamental, o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) tem o objetivo de elevar a escolaridade, aliando à conclusão dessa etapa a qualificação profissional e ao desenvolvimento de ações comunitárias com exercício da cidadania.
“Isso, sem dúvida, representa um diferencial para as mulheres como eu, que batalham por um futuro melhor”, disse Alexandra. “Se hoje estou lendo o mundo, escrevendo a minha própria história, foi porque houve politicas como essas, que levaram a muitos jovens, adultos e idosos a possibilidade de rescrever a sua vida” completou.
Compromisso
A meta do pacto é superar o analfabetismo e elevar a escolaridade da população a partir de 15 anos de idade que não tenha acessado ou concluído o ensino fundamental e médio. A medida prevê a colaboração entre municípios, Estados e Distrito Federal para oferta de ensino de qualidade, com múltiplas metodologias e abordagens, além de disponibilidade de recursos didáticos coerentes com o público do EJA.
Durante o lançamento do pacto, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Zara Figuereido, a medida representa uma reparação histórica, especialmente para a população pobre e negra das regiões Norte e Nordeste.
“O pacto representa uma dívida histórica, moral e ética com a população mais pobre, mais preta e mais regionalmente marcada, nordestina e nortista”, disse Zara, cuja mãe, analfabeta e apelidada de Nigrinha, é a personagem central do vídeo de divulgação do Pacto.
Para o ministro da Educação, Camilo Santana, o pacto representa a compreensão federativa para enfrentar esse desafio que é garantir a educação de jovens e adultos.
“Queremos, por meio desse pacto, atacar as frentes do analfabetismo e baixa escolaridade e queremos que isso aconteça nos dois casos o quanto for possível integrado à educação profissional”, disse o ministro.
Segundo o MEC, a iniciativa vai ofertar 3,3 milhões de novas matrículas da educação de jovens e adultos nos sistemas públicos de ensino (inclusive entre os estudantes privados de liberdade), assim como da oferta integrada à educação profissional.
O Programa Brasil Alfabetizado (PBA) será retomado com a oferta de 900 mil vagas para estudantes e de 60 mil bolsas para educadores populares. Criado em 2003, o PBA oferta a alfabetização para pessoas com mais de 15 anos com flexibilidade e diversidade dos locais de funcionamento e dos horários das aulas. As turmas podem ser instaladas em espaços da comunidade, facilitando o acesso ao programa para os jovens, adultos e idosos que não sabem ler e escrever.
“O analfabetismo tem cor, raça e está marcado regionalmente, a maioria é negra, está na zona rural e são nordestinos”, ressaltou Santana.
O ex-jogador André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, que conquistou o primeiro título olímpico do vôlei brasileiro nos Jogos de Barcelona (1992), morreu nesta sexta-feira (7), aos 59 anos, na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, na capital paulista. O ex-ponteiro fazia tratamento para linfoma de Hodgkin (câncer no sistema linfático).
Em nota de pesar, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), lamentou o falecimento, ressaltado a importância de Pampa na história da modalidade.
“Pampa foi um jogador de extremo talento e fez parte da geração que levou o vôlei brasileiro pela primeira vez ao alto do pódio olímpico. Será para sempre referência. É um dia muito triste para todo o voleibol brasileiro. A CBV se solidariza com a família e os amigos deste grande jogador, que escreveu seu nome para sempre na história do esporte mundial”, disse Radamés Lattari, presidente da entidade.
A morte de Pampa ecoou nas redes sociais, com manifestações do Comitê Olímpico do Brasil, personalidades do esporte e clubes onde o ex-jogador atuou.
Antes mesmo de conquistar o primeiro ouro olímpico com a seleção, em que atuou por nove anos, Pampa já havia sido eleito o melhor atacante nos Jogos de Seul (1988) pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) – na ocasião, o Brasil terminou em quarto lugar.
Além de Pampa, a equipe campeã olímpica conhecida como “geração de ouro” era formada por Carlão, Douglas, Giovane, Janelson, Jorge Edson, Marcelo Negrão, Maurício, Pampa, Paulão, Talmo e Tande. Um ano após o ouro em Barcelona, o ex-ponteiro faturou, com a amarelinha, o título da Liga Mundial. Nascido em Recife, Pampa também foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1991.
No Brasil, ele defendeu as equipes do Palmeiras, São Paulo, Santa Cruz e Suzano e. no exterior, atuou no Nec/Osaka (Japão) e nos clubes italianos Lazio e Napoli. Após se aposentar, Pampa se dedicou à vida pública: trabalhou no Ministério dos Esportes (2000 a 2002), foi secretário de Esportes de Suzano/SP (2007 a 2010) e de Campos/RJ (2013 a junho de 2015). A partir de julho de 2015, foi superintendente estadual de Esportes do Estado de Pernambuco.