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Manto Tupinambá. Foto: Museu Nacional da Dinamarca

O retorno de um manto tupinambá, feito com penas vermelhas de ave guará, para o Brasil, depois de mais de três séculos guardado na Dinamarca foi motivo de celebração para o povo indígena, que vive no sul da Bahia. O artefato foi doado pelo Museu Nacional dinamarquês para o Museu Nacional do Rio de Janeiro.

No entanto, outros dez mantos semelhantes, também confeccionados com penas de guará, continuam expatriados em museus europeus, segundo levantamento feito pela pesquisadora norte-americana Amy Buono, da Universidade de Chapman. Apenas no Museu Nacional da Dinamarca, existem outros quatro além do que foi devolvido ao Brasil.

No Museu de História Natural da Universidade de Florença (na Itália), existem outros dois. Há, também, mantos tupinambás guardados no Museu das Culturas, em Basileia (na Suíça); no Museu Real de Arte e História, em Bruxelas (na Bélgica); Museu du Quai Branly, em Paris (na França); e na Biblioteca Ambrosiana de Milão (na Itália).

Segundo o Museu Nacional do Rio de Janeiro, no entanto, não há negociações em andamento para trazer esses outros mantos de volta ao país.

Líder dos tupinambás de Olivença, na Bahia, a cacique Jamopoty, considera importante reaver esses mantos que estão fora do país. “Acho que eles precisam devolver o que não é deles. Eles precisam devolver o que nos pertence. O pertencimento é o que faz a gente ser mais forte”, afirma a liderança indígena.

A devolução do manto indígena que retornou recentemente ao Brasil é uma luta antiga do povo de Jamopoty, iniciada em 2000, quando a liderança tupinambá Amotara viu a peça em uma exibição especial, em São Paulo, sobre os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil.

“Ela fez um documento, junto com o Conselho [Tupinambá], pedindo que o manto ficasse no Brasil, porque ele precisava vir para o seu povo. Amotara queria que o manto viesse para Olivença”, conta Jamopoty.

Apesar do apelo de Amotara, o manto retornou à Dinamarca depois do fim da exposição. Seriam precisos mais 24 anos para que finalmente a vestimenta retornasse ao Brasil, desta vez para ficar.

De acordo com a pesquisa feita por Amy Buono, os mantos tupinambás, chamados de assojaba ou guara-abucu, na antiga língua tupi, foram todos confeccionados entre os séculos XVI e XVII. As vestimentas eram usadas em rituais religiosos nas comunidades indígenas, mas também em assentamentos missionários, nos dois primeiros séculos de colonização.

Artefatos plumários, inclusive panos feitos com penas coloridas já eram usados pelos tupis antes mesmo da chegada dos portugueses, tendo sido inclusive descritos por Pero Vaz de Caminha, em sua famosa carta ao Rei Dom Manuel de Portugal.

Desde a primeira viagem portuguesa ao Brasil, artefatos tupis já foram levados à Europa e continuaram sendo ao longo das décadas seguintes, como evidências da “descoberta” do novo território e como itens valiosos para coleções europeias.

O governo brasileiro tem feito esforços para repatriar artefatos indígenas. Na última quarta-feira (10), 585 peças que estavam no Museu de História Natural de Lille (MHN), na França, retornaram ao Brasil. O conjunto de objetos provém de mais de 40 povos diferentes, segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 01.07.2024. - Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foto: Riotur/Divulgação

Portas abertas para a cultura. Esta é a mensagem principal que o Theatro Municipal do Rio de Janeiro quer passar para a população, neste domingo (14), quando completa 115 anos. A casa de espetáculos, que fica em um palácio no centro da cidade, oferece uma programação especial e gratuita, que vai de concerto à dança, passando por jazz e ópera, que não sobe ao palco principal há quase 30 anos.

O Municipal do Rio chega a mais um aniversário embalado por várias iniciativas que visam ampliar o acesso da população à cultura. Viraram tradição espetáculos gratuitos ou com ingressos a preços simbólicos, além de apresentações em dias de semana, em pleno horário do almoço, para “fisgar” trabalhadores que passam pela região da Cinelândia.

“É uma tradição abrir as portas no dia 14 de julho com uma programação diversificada e gratuita, pois o Theatro Municipal do Rio de Janeiro é de todos nós. Como este ano [o aniversário] cai no domingo, é programa garantido”, convida a presidente da fundação que administra o Municipal, Clara Paulino.

Economia criativa

O diretor artístico do teatro, Eric Herrero, diz que a casa é “vital” para a cultura do Rio e do país. “Historicamente, é o local onde alguns dos maiores artistas do mundo, sejam cantores, musicistas ou bailarinos, se apresentaram, onde os maiores diretores desenvolveram projetos icônicos”.

Herrero acrescenta que o espaço, ligado à Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, tem papel proeminente na formação de profissionais, como cantores, bailarinos e agentes da área de criação, como figurinistas, maquiadores, iluminadores, cenógrafos, contrarregras e diretores cênicos.

Ele faz ainda uma relação da instituição com a economia fluminense. “Com suas produções, além da manutenção de centenas de postos de trabalho, estimula e dinamiza a economia criativa do município e do Estado, por meio da compra de materiais e insumos, aquecendo o comércio local e o transporte público”.

Presença negra

O domingo não será especial apenas para o aniversariante. A data marcará também a estreia da cantora lírica negra Lorena Pires no palco do prédio centenário. Ela faz parte do elenco da obra Il Trittico, de Giacomo Puccini. Se para um artista, apresentar-se no Municipal é um feito, para a cantora capixaba, de 24 anos, é ainda mais emblemático, em um ambiente marcado pela presença branca.

“Não me via estando do outro lado onde eu agora tenho a oportunidade de me tornar referência para outras pessoas, sendo que, até então, eu apenas tinha minhas referências pessoais, como [a cantora lírica negra] Maria D’Apparecida, que enfrentou muitas barreiras impostas pelo racismo para estrear no Theatro Municipal em 1965”, disse Lorena à Agência Brasil.

Vencedora do 2º Concurso de Canto Joaquina Lapinha na categoria Voz Feminina, Lorena cita ainda como referência de representatividade a cantora americana Jessye Norman (1945-2019), e as colegas de elenco Edneia de Oliveira e Mere Oliveira. “Eu acompanhava desde o início dos meus estudos e hoje, tenho a honra e privilégio de dividir um dos maiores palcos do Brasil com elas”.

Lorena diz que, neste domingo, realizará um sonho de infância da menina de 5 anos que “cantava para plateia invisível no quarto, imaginando-se em um grande palco”.

“Se estou aqui, é fruto de um árduo trabalho, estudo, renúncias e, principalmente, porque abriram as portas para que eu pudesse entrar”, declarou a soprano que cursa bacharelado em canto pela Faculdade de Música do Espírito Santo.

Programação

As atrações começam às 10h, com apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais, em frente ao Theatro Municipal. Às 11h, haverá vista guiada para 40 pessoas.

Ao meio-dia, no Salão Assyrio, o público é convidado para a exibição de artistas da Escola de Dança Maria Olenewa, centro de formação do teatro e uma das mais tradicionais do país, e de bailarinos do balé do Municipal. Eles vão apresentar a Suíte Brasileira, coreografia que mistura ritmos como bossa nova, baião, forró e samba com movimentações clássicas do balé. O espaço é para 150 espectadores.

Às 13h30, no mesmo salão, haverá mais uma demonstração da Escola Maria Olenewa, para o mesmo número de pessoas.

Às 14h, no Foyer, a Camerata Jazz Brasil se apresentará para 50 pessoas, com uma linguagem contemporânea, misturando música de concerto, jazz e ritmos brasileiros.

Às 15h, a francesa Orquestra Sinfônica Jovem de Bordeaux realiza um concerto na escadaria externa do prédio centenário, de frente para a praça da Cinelândia. Meia hora depois, será aberta uma exposição fotográfica sobre a Itália nos teatros da América Latina.

O ponto alto é Il Trittico, conjunto de três óperas (Il TabarroSuor Angelica e Gianni Schicchi) do italiano Giacomo Puccini, que volta ao Municipal depois de quase três décadas. A performance é às 17h. Uma hora antes, haverá uma palestra para 100 pessoas sobre o compositor.

Para garantir acesso à programação, o público precisa retirar senhas presencialmente, uma hora antes da apresentação. No caso da ópera, a reserva precisa ser prévia, pelo site do Theatro Municipal.

(Fonte: Agência Brasil)

Líbia 24.04.2011 - Rebeldes invadem uma casa usada como base por soldados leais ao regime de Muammar Gaddafi. Foto: Andre Liohn/Divulgação

“Guerra é ruim, mas sem jornalista é pior”. A frase é de José Hamilton Ribeiro, um dos mais consagrados e premiados jornalistas brasileiros e que, em março de 1968, cobriu a guerra do Vietnã pela revista Realidade. Foi lá que, ao pisar em uma mina terrestre, perdeu parte de sua perna esquerda.

Apesar disso, ele mantém a convicção de que o trabalho do jornalista em zonas de conflito continua sendo fundamental. “Se há uma guerra que não se consegue evitar, então é preferível que se tenha um jornalista nessa guerra. Jornalista na guerra é uma forma pequena, humilde, mas é para pôr a bola no chão e manter o bom senso, sabe? E evitar aquela cabeça do pessoal guerreiro, que fazia guerra por gosto, por sentir prazer na guerra". Segundo ele, as testemunhas da guerra e os jornalistas que fizeram a cobertura deram um depoimento muito diferente do pessoal que se alinhou ao espírito guerreiro de algumas mentes assim diabólicas, às vezes”, disse ele, em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil.

Santa Catarina 15/08/2018 José Hamilton Ribeiro Jornalista durante palestra na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foto Henrique Almeida/ Agecom/UFSC
Hamilton Ribeiro

Depois de anos à frente do Globo Rural, José Hamilton Ribeiro agora vive mais recluso, pelo interior mineiro. Nesta semana, ele visitou o Museu da Imagem e do Som (MIS), na capital paulista, para uma dupla celebração: a inauguração da exposição O Gosto da Guerra, com imagens produzidas por jornalistas e fotógrafos em áreas de conflito, e o relançamento de seu livro de mesmo nome, em que relata a cobertura da Guerra do Vietnã.

No livro, ele descreve o que era “gosto da guerra”, que sentiu profundamente logo após ter pisado acidentalmente em uma mina terrestre. “Sentia na boca um gosto ruim, com se tivesse engolido um punhado de terra, pólvora e sangue – hoje eu sei, era o gosto da guerra”.

“Essa expressão veio a mim num momento, lá no Vietnã, em que senti que tinha acontecido alguma coisa comigo, mas não sabia exatamente o que era. Quando recuperei a consciência, estava sentado e em uma realidade que eu não estava dominando, não sabia qual era, não sabia o que tinha acontecido direito. Uma hora ali, senti uma sensação estranha aqui na testa, passei a mão e vi que tinha uma coisa molhada, líquida, olhei e era sangue. Pensei: ‘puxa vida, um ferimento na cabeça. Para gerar sangue e para sujar a mão assim é sinal de que foi um ferimento grande. Estou morrendo'. Tive a sensação de que ia morrer”, contou aos jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Foi aí que percebeu que seu maior ferimento, no entanto, não era na cabeça. “O enfermeiro começou a fazer curativo daqui, curativo dali. No fim das contas, o ferimento tinha sido pequeno. Foi mais o barulho da explosão e a sensação de insegurança que veio com aquilo. De repente, estava sentado no chão, sem saber por quê. Fiquei inseguro em relação ao que tinha acontecido. Então, demorou algum tempo até que alguém me ajudou a completar a realidade que estava vivendo naquele momento, que no começo era tão confusa para mim”.

O que aconteceu no Vietnã há mais de 50 anos deixou marcas profundas – e não lhe escapou da memória. Ainda hoje, ao observar as fotos feitas pelo fotógrafo japonês Keisaburo Shimamoto, que o acompanhou no Vietnã e registrou esse episódio para a revista Realidade - mostrando-o caído ao chão, envolto em muito sangue - ele se recorda exatamente do que aconteceu.

“Sempre ficou uma 'lembrançazinha', uma 'fumaçazinha', uma coisa que se inventa na memória. Mas isso não impediu que eu continuasse a vida ali e continuasse trabalhando como repórter”, afirmou.

A imagem feita por Shimamoto, retratando José Hamilton logo após ter perdido a perna em uma mina, é uma das fotografias que estão em exposição na mostra, que entrou em cartaz no MIS. Há também imagens produzidas pelo próprio jornalista, em que ele apresenta crianças sorrindo em meio à guerra.

“Eu estava no Vietnã lidando com um problema terrível, que era a guerra, um problema de perda, e de repente conheci crianças, vi crianças lá que, no meio de toda aquela tristeza, daquela pobreza e daquela amargura, brincavam. Brincavam uma com a outra, independentemente da situação que os homens não conseguiam controlar”, comentou.

A exposição

Com curadoria de Teté Ribeiro, filha do jornalista, a exposição O Gosto da Guerra apresenta imagens registradas por José Hamilton Ribeiro e pelo fotógrafo que o acompanhou naquela cobertura, o japonês Keisaburo Shimamoto.

A mostra destaca ainda o trabalho de mais cinco correspondentes de guerra do século XX, que cobriram conflitos ocorridos na Ucrânia, em Moçambique, no Iraque e em El Salvador, entre outros. São fotografias produzidas por André Liohn, Hélio de Campos Mello, Juca Martins, Leão Serva e Yan Boechat e que mostram os custos humanos envolvidos em uma guerra.

“Essa é uma mostra comemorativa de O Gosto da Guerra, que meu pai escreveu em 1969. Esse livro foi escrito antes de eu nascer, o acidente aconteceu antes de eu nascer, e ele está sendo reeditado agora pela Companhia das Letras, numa coleção chamada Jornalismo Literário. O livro não tem muitas fotos, mas a reportagem do meu pai ficou muito marcada fundamentalmente por uma imagem, que foi, infelizmente, a dele ferido no Vietnã. Para complementar [a exposição], a gente chamou mais cinco fotógrafos brasileiros que cobriram conflitos na segunda metade do século XX. Tem até uma [imagem] do século XXI, que é, infelizmente, da guerra que está acontecendo atualmente na Ucrânia”, explicou a curadora.

Brasília (DF), 12.07.2024 - O jornalista José Hamilton Ribeiro gravemente ferido durante reportagem na Guerra do Vietnã em julho de 1969. Foto: Keisaburo Shimamoto/Divulgação

Ao trabalhar com a reedição do livro escrito por seu pai e na curadoria dessa exposição, Teté revela que começou a sentir o sofrimento que ele enfrentou na guerra. “Eu conhecia só a história do sofrimento da minha mãe [do que ela havia enfrentado enquanto o pai estava na guerra]. A história do sofrimento do meu pai, do quanto doeu fisicamente, do quanto achou que ia morrer, do quanto chegou perto de morrer, acho que só entendi nessa reedição do livro. E isso foi chocante”, contou.

“Ninguém acha que pai e mãe vão morrer ou sofrer. Ou que tenham sofrido antes de você nascer. Você nem acha que eles existem antes de você nascer. E agora que sou adulta, tenho filha e meu pai está mais velho, esse sofrimento me causou um choque e uma dor terrível. Adorei a experiência de ter revisitado isso, mas não tem nenhum lado bom. Foi horrível, um acidente terrível. Se há alguma coisa que dá pra falar que é boa em toda essa pesquisa, é que ele está vivo, que a gente está vivo, estamos juntos e continuamos lutando”, disse Teté.

A exposição, com entrada gratuita, fica em cartaz no MIS da Avenida Europa até o dia de 26 de julho. Mais informações podem ser obtidas no site.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 13/07/2024 Dia nacional música e da viola Caipira.  Foto reprodução.

Nesse sábado (13), foi dia de Luar do Sertão, Tristeza do JecaRios de LágrimasMoreninha LindaEncontro de Bandeira e de muitas outras músicas do cancioneiro brasileiro. Ontem, comemorou-se o Dia Nacional da Música e Viola Caipira, conforme instituído por lei (Lei nº 14.472/2022), em homenagem ao jornalista, escritor e folclorista Cornélio Pires, nascido nessa data em 1884.

Brasília (DF, 12.07.2024 - Bete Silva, violeira do DF. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Musicista e professora Bete Silva

Cornélio é apontado como responsável por transpor, na década de 1920, a música caipira original do interior para a metrópole, da roça para a indústria fonográfica. “No início, quando ela foi levada pra cidade, participava de saraus”, conta à Agência Brasil a musicista e professora Bete Silva, que participa do Clube do Violeiro Caipira em Brasília.

Bete foi uma das atrações do projeto Café com Viola, no Museu Vivo da Memória Candanga, que nesse sábado, a partir das 9h, comemorou o Dia Nacional da Música e Viola Caipira. Ela tocou acompanhada de quatro músicos da Orquestra de Viola de Brasília e do Coral Habeas Cantus.

Folia e missa sertaneja

Para a musicista e professora, o dedilhado da viola caipira é pleno de afetos: “Eu sou violeira porque, desde a minha infância, eu fui criada no interior de Minas. E eu acompanhava as folias de reis, né? Tinha as festas de reis lá, todo janeiro, e eu ia nessas folias e eu via aquele som daquele instrumento de dez cordas, eu achava aquilo o fim do mundo. Eu sempre gostei”.

Foi o som das folias na cidade de Formosa (GO), no Entorno do DF, que também levou o compositor, arranjador e produtor musical Claudinho da Viola ao instrumento quando criança e às apresentações em público mais tarde.

“Aqui acontece todo ano a folia grande, a folia da roça, que o povo fala. Aí teve uma missa sertaneja e um amigo do meu pai foi sorteado para ser o guia dessa folia, o mestre guia dessa folia. E ele foi lá em casa me chamar pra tocar junto”, rememora.

Brasília (DF, 12.07.2024 - Claudinho da Viola. Dia Nacional da Música e Viola Capiria. Foto: Luiz Fernandes/Divulgação
Compositor, arranjador e produtor cultual Claudinho da Viola

Depois de participar de missas e folias, Claudinho virou atração na emissora de rádio local e, hoje, tem seu primeiro disco instrumental disponível em serviços de streaming.

Assim como Bete Silva, Claudinho tocou no Café com Viola. As apresentações poderão ser vistas no YouTube. Além deles, houve outras atrações e muita conversa regada a café coado, pão de queijo, bolo e iguarias do café da manhã da roça.

“Depois das apresentações, a gente teve um momento de roda de prosa sobre cultura, quando a gente deu voz às pessoas da comunidade, do Núcleo Bandeirante, da Candangolândia, além do pessoal do Museu Vivo da Memória Candanga”, informou Luiz Fernandes Rodrigues da Silva, presidente do Clube do Violeiro Caipira.

(Fonte: Agência Brasil)

– Qual é a sua trilha musical?

*

Houve um tempo em que a música era para ser ouvida com a consciência.

Consciência do outro. Do sofrimento do outro.

Fraternidade. Solidariedade. Irmandade.

Foi no dia 13 de julho de 1985 que ídolos do "rock and roll" tocaram para os estômagos famintos da Etiópia (África).

Fome que dura até hoje.

Com um "show" simultâneo em Londres (Reino Unido) e na Filadélfia (Estados Unidos) e também na Austrália e no Japão, o show "Live Aid" (um feliz duplo sentido: "ajuda ao vivo") atingiu, pelo menos, cem países e cerca de 2 bilhões de pessoas.

Entre os participantes, cantores, músicos e bandas de minha adolescência e de todas as épocas: The Who, Status Quo, Dire Straits, Led Zeppelin, Queen, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton, Black Sabbath, Tina Turner, Santana, The Pretenders, Bob Dylan, Lionel Ritchie...

E lembrando esses nomes, recordo-me dos muitos mais que eu ouvia nos idos anos 1970/1980: AC/DC, Bread, ELO (Electric Light Orchestra), Black Oak Arkansas (Carvalho Negro do Arkansas), Uriah Heep, o sinfônico rock do YES / Genesis / Rick Wakeman, ELP (Emerson Lake Palmer), UFO, Pink Floyd, Kraftwerk, Yanni, Jean Michel Jarre, Kitaro, Giorgio Moroder, Joahann Timman (o Connor Faria ["in memoriam"], radialista e apresentador de TV de Imperatriz pediu-me emprestado o LP do Timman, para pesquisar umas vinhetas sonoras, e gostou do disco... e não o devolveu...), Beatles, KC and the Sunshine Band, Jeff Beck (e outros "monstros" da guitarra: Eric Clapton, Lou Van Eaton, Santana...), Voyage, Vangelis, The Vamps, Stevie Wonder, Janis Joplin, Nazareth...

E ainda Chicago, Bruce Springsteen, Carpenters, Barrabas, Automat, Aretha Franklin, Anthony Philips, Andreas Vollenweider, Alice Cooper, The Peppers, Isaac Hayes, Iron Maiden, Passport, Alan Parson's Project, Gary Glitter, Grand Funk Railroad, Harry Nilson, Eurythmics, Simply Red, Frank Sinatra, Men At Work, Ruby Winters, Scorpions, Simon and Garfunkel, Israel Sings, Mercedes Sosa, Willie Nelson, Rush, Rick Wakeman, The Moody Blues, The Monkees, Munich Machine, Ravi Shankar, Marillion, Larry Coryell, Creedence Clearwater Revival, Yazoo, Frank Zappa, Supertramp, The Concept, Commodores, Green on Red, Deep Purple e muito, muito mais...

Claro que havia muita MPB. Do "A" do "Abertura" ao "Z" dos Zés Geraldo e Ramalho. E o "rock" do Terço, da Casa Encantada, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Rita Lee e muito, muito mais...

Esse povo todo não está somente nas lembranças ou na memória. Todos estão em discos LP (vinil) e CD e DVD ou "Blu-ray", que guardo com zelo e os reescuto em conservado toca-discos e no "player" dos discos digitais.

Como se lê, não faço nenhuma objeção aos CDs / DVDs / Blu-rays nem aos músicos clássicos, do "A" do italiano Albinoni ao "Z" do tcheco Zelenka (coincidência: tanto Albinoni quanto Zelenka eram elogiados por Johann Sebastian Bach).

Clássica, erudita, popular, folclórica, sacra, a música é a trilha sonora da História humana e da história de cada um de nós.

Qual é a sua trilha musical?

* * *

Falando em Música ("rock" é música), não há como não reiterar registros de músicos mais pertos de nós, seja pela espacialidade, seja pela brasilidade/regionalidade. Embora sejam músicos de um modo, digamos, mais brasílico, eles também têm suas referências rockeiras.

São artistas (compositores, instrumentistas, cantores) da música imperatrizense, tocantina, maranhense e nordestina.

Conheço muitos deles e conheço um pouco mais de seus trabalhos, em especial as produções mais antigas, que coleciono. Já escrevi textos sobre alguns desses músicos, compositores e intérpretes, e diversos deles  -- e suas produções, os discos – foram descritos e documentados na "Enciclopédia de Imperatriz", que escrevi, lançada no primeiro semestre de 2003, nos ecos dos 150 anos de Imperatriz, maior município do Maranhão, após a capital

E referindo-me só às obras gravadas que tenho (em DVD, CD, LP, K-7, compacto duplo e simples), estão trabalhos e primeiros discos do Neném Bragança (falecido em 15 de janeiro de 2015) e outras produções "antigas" da "rapaziada", como, por exemplo:

Wilson Zara (meu ex-colega de faculdade), Erasmo Dibell, Henrique Guimarães (competente; um dia será [re]descoberto...), Clauber Martins, Zeca Tocantins, Washington Brasil,...

... Lourival Tavares (parceiro de composições, uma delas – "Cenas” – gravadas no seu disco "Lobo da Lua"), Luís Carlos Dias (meu apoiador e general de campanha), o (ins)piradíssimo e "fissurado" Chiquinho França (sobre quem escrevi textos e para quem agradeci a espontânea colaboração com belíssimo "blue" que compôs para campanha eleitoral minha),...

... meu colega e amigo Gildomar Marinho, Deive Campos, Lena Garcia, Olívia Heringer, Canta Imperatriz (CD), Carlinhos Veloz (a quem entreguei título de "Cidadão de Imperatriz", por minha indicação e pelo que representa sua música "Imperador Tocantins", hino não oficial de Imperatriz), Chico Brawn (que levava adiante projeto de formação musical para crianças; faleceu em 2021), Nani Vieira (Ernanes Vieira), VieiraDK6, Dumar Bosa, Elcias, Franck Seixas, Genésio Tocantins, Itamar Dias Fernandes, Adrianna Dias,...

... Dona Francisca do Lindô e da Mangaba (caxiense como eu; conversava com ela em sua residência no Bairro Santa Inês, de Imperatriz; falecida em 5 de junho de 2017), Zuza e seu sax, Paulo Pirata (ou Paulo Maranhão), Ostérnio, Josean Amaury, Ires, Lídia, Gerson Alves, Ed Millson, Diogo Rodrigues, Ageu Santos, Adriana e suas Adrenalinas, Marcelino, Samya, Cleyton Alves, Alcides, Flor de Maria, Cia. Cristã de Fátima (Cocrifá), Victor Cruz, Lídia,...

... César & Matheus, Suzanna, Jandel & Jordão, Ray & Roger, Plebeu & Nativo, Acássio Reis, Rael & Ricardo, Grupo Celebr'Art, Banda Baetz, Júlio Nascimento, Fruta Mel, Pollyana, Valdenice, Elizeth Gomes, Chirley Camargo, Conexão Explosão, Cristo Melquíades, Luciano Guimarães & Banda, Marcos Villar, Forró Doce Paixão, Furacão Brasil, Galego & Adriano, Benerval Silva, Elissâmya, Elson Santos,...

... Raimundo Soldado, Paulinho dos Teclados, Pedrinho dos Teclados, Sandez, Raimundo Paulino e os Conscientes do Forró, Ray Douglas, Henrique Braga, Paulinho, Arão Filho, Wilson Júnior & Luciano, entre outros.

Documentei exaustivamente quase todos eles na "Enciclopédia de Imperatriz".

Não esquecer as obras e outros autores maranhenses como Josias Sobrinho (tenho quase todos seus CDs, com dedicatória e tudo), "Arrebentação da Ilha", Beto Pereira, Boizinho Barrica, Bumba-boi de Morros, Chico Saldanha, Cláudio Valente e Sérgio Habibe, Coral do Maranhão, Gerude, Hermógenes Som Pop, "Pedra de Cantaria", Tribo de Jah, Tutuca, Ubiratan Sousa e Souza Neto.

De Minas Gerais, Rubinho do Vale.

De São Paulo, Ângelo Alves.

Do Pará, Wada Paz.

Em Fortaleza (CE), "entrosei-me" com o pessoal da música popular cearense. Gente do naipe de Calé Alencar (abraço, amigo!), Pingo de Fortaleza, Acauã, Edmar Gonçalves (além de músico, excepcional artista plástico/pintor; é primo do Calé Alencar), Augusto Bonequeiro, Lúcia Menezes, Abdoral Jamacaru, Adauto Oliveira, Alcântara, André & Cristina, Bernardo Neto, Cacau, Cego Oliveira, Cleivan Paiva, Jabuti, Manassés, Patativa do Assaré, Ricardo Augusto, Ronaldo Lopes & Banda Oficina, Talis Ribeiro, Tom Canhoto, e outros... (Calé, Edmar, Gildomar, como está esse povo todo?).

Fiz textos sobre Chiquinho França, Luís Carlos Dias, Zeca Tocantins, Lourival Tavares (que gravou duas músicas minhas e dele)... Também escrevi sobre o Luís Brasília (falecido em 14 de fevereiro de 2011), jornalista e produtor cultural, criador do programa de TV "ArteNativa" (Mirante/Rede Globo), que divulgou ou lançou diversos nomes e obras.

Também ouço e aplaudo excelências musicais como Heury Ferr (violão), Humberto Santos e Junior Schubbert (violino), excepcionais nos instrumentos que tocam com mestria e Maestria.

Em minha terra natal, Caxias, Chico Belezza Beleza, Naum, Roger Maranhão, Jorge Bastiani, Antônio Cruz (falecido em 2020), Hilter (violão) e tantos outros são referência e orgulho caxiense, que nem José Salgado Maranhão, letrista de nome e nomeada, residente no Rio de Janeiro (RJ), com suas produções já gravadas por diversas grandes estrelas da MPB.

*

Os artistas da música acima são de variada flora, florada e floração. Todos os gêneros de composição. Da MPB ao "gospel", do compromisso com a raiz que se finca na terra ao pólen que se espalha e se espraia pelos ares, mares, lares e outros lugares de muitos cantares.

* EDMILSON SANCHES

Manto Tupinambá. Foto: Museu Nacional da Dinamarca

O Museu Nacional confirmou, na última quinta-feira (11), que o Manto Tupinambá, artefato indígena que estava na Dinamarca, desde o século XVII, retornou ao Brasil. A instituição informou que apresentará a peça nas próximas semanas, em data a ser confirmada.

“Após a adoção de todos os procedimentos necessários para a perfeita conservação da peça, tão importante e sagrada para nossos povos originários, apresentaremos o manto a sociedade”, informa nota do Museu Nacional.

O manto é uma vestimenta de 1,80 metro de altura, confeccionado com penas vermelhas de guará sobre uma base de fibra natural e chegou ao Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet) há mais de três séculosanos, em 1689. Provavelmente, foi produzido quase um século antes.

Além do valor estético e histórico para o Brasil, a doação da peça representa o resgate de uma memória transcendental para o povo tupinambá, já que eles consideram o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado.

Acredita-se que o povo tupinambá não confeccione esse manto há alguns séculos, já que ele só aparece nas imagens dos cronistas do século XVI. 

O Conselho Indígena Tupinambá de Olivença (Cito), da Bahia, divulgou nota informando que havia sido acordado, em maio, que o manto seria recebido no Brasil com uma cerimônia coordenada pelos próprios tupinambás, para “o bem espiritual” do povo e do próprio artefato.

No entanto, segundo a nota, a cacique tupinambá Maria Valdelice de Jesus, a Jamopoty, foi informada por WhatsApp, na última segunda-feira (8), que o manto já estava no Museu Nacional, mas que seria inviável organizar uma recepção antes da apresentação do artefato ao público.

Manto Tupinambá. Foto: Museu Nacional da Dinamarca

“O manto retornou para nós, mas ainda não foi recepcionado pelo nosso povo, de acordo com as tradições. Esse manto de mais de 300 anos é um ancião sagrado que carrega consigo a história e a cultura de nosso povo”, informa a nota.

O Museu Nacional, por sua vez, pede a compreensão de todos. "Queremos organizar a apresentação do manto com todo cuidado e respeito aos saberes dos povos indígenas, com quem estamos trabalhando em harmonia e contato direto, por meio do Ministério dos Povos Indígenas”.

A equipe da instituição informa ainda que está otimista com a confiança depositada pela Dinamarca na reconstrução do Museu Nacional, destruído por um incêndio em 2018, e que espera que essa iniciativa seja seguida por outros países.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 11/07/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de encontro com atletas paralímpicos e olímpicos brasileiros, no Palácio do Planalto. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na íltima quinta-feira (11), no Palácio do Planalto, em Brasília, atletas que vão representar o Brasil na Olimpíada e na Paralimpíada de Paris, na França. No encontro, Lula assinou decreto que reajusta em 10,86% o Bolsa-Atleta, programa que completa 20 anos em 2024 e estava há 14 anos sem reajuste.

“Quando nós resolvemos criar o Bolsa-Atleta era porque a cultura brasileira, muitas vezes, ela não leva em conta que, antes das pessoas virarem importantes, famosas e terem patrocínio privado, muitas pessoas não tinham sequer um tênis para praticar o seu esporte. O empresário não tem nenhuma obrigação de olhar para um atleta que não tem medalha de ouro, mas o Estado brasileiro e o seu governo eles têm que olhar para todos os atletas e mais para aqueles que podem, no futuro, ganhar medalha de ouro se eles tiverem condições de praticar esporte”, disse o presidente.

“Se ele tiver condições, numa cidade pequena do interior, de ter um salário que ele possa comer as calorias e as proteínas necessárias, que ele possa fazer academia que ele precisa fazer, que ele possa nadar, correr, lutar; se você não garantir essa oportunidade para as pessoas esse país sempre vai ficar fora das disputas principais”, acrescentou o Lula.

Medalha

Emocionado, o presidente se lembrou da sua participação na cerimônia que elegeu o Rio de Janeiro como sede do Jogos Olímpicos de 2016 e disse que o governo quer contribuir para que o Brasil suba no quadro de medalhas.

“Mas também, se não ganhar uma medalha, ninguém fica diminuído porque não ganhou uma medalha. O castigo de quem não ganha medalha é o sofrimento interior, é a mágoa, é a frustração […]. Se a gente não ganhar, o que valeu, na verdade, foi a dedicação, foi o esforço, foi a perseverança. E quando a gente consegue ver pessoas comprometidas com o esporte, a gente tem noção de que está livrando as pessoas de droga, está livrando as pessoas de promiscuidade. É isso que a gente tem que apostar”, ressaltou o presidente.

Os Jogos Olímpicos começam no dia 26 de julho e vão até 11 de agosto. A delegação brasileira conta com 277 atletas, sendo 153 mulheres e 124 homens. Já as paralimpíadas serão realizadas de 28 de agosto a 8 de setembro, com 124 atletas brasileiros.

Lula foi convidado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para acompanhar o evento, mas não irá a Paris para os jogos. O governo brasileiro será representado pelo ministro do Esporte, André Fufuca, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, representará o presidente Lula. “Vou ver as olimpíadas pelos olhos da Janja”, disse o presidente.

Bolsa-Atleta

Atualmente, mais de nove mil esportistas recebem o Bolsa-Atleta, que varia de R$ 370 a R$ 15 mil. Os novos valores, com reajuste, começam a ser pagos em agosto para todas as categorias do incentivo: Estudantil, Base, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica.

O reforço também vale para a Bolsa-Pódio, a categoria mais alta do programa, voltada a atletas classificados entre os 20 primeiros do ranking mundial de suas modalidades e com mais chances de conquistar medalhas nos grandes eventos internacionais.

A judoca Rafaela Silva recebe o auxílio há 15 anos e vai participar de sua terceira olimpíada. “É muito importante para uma atleta de alto rendimento você ter uma segurança, uma tranquilidade de poder se preparar, de se dedicar só ao seu sonho que, no meu caso, é treinar judô. Porque tenho a segurança de ter o meu Bolsa-Atleta, meu Bolsa-Pódio, todo mês na minha conta, que eu posso ajudar minha família e no meu material do trabalho”, disse.

Rafaela tem uma carreira promissora e, em 2008, tornou-se campeã mundial sub-20. Três anos mais tarde, já entre os adultos, foi prata no campeonato mundial, na França. Nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, acabou desclassificada, mas, no ano seguinte, tornou-se a primeira judoca brasileira campeã mundial. Na Olimpíada do Rio, em 2016, conquistou a medalha de ouro em sua cidade natal. Em 2022, ganhou novamente o título mundial.

O ex-atleta paralímpico e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, destacou que o Bolsa -tleta tem sido crucial para a formação de atletas de elite no Brasil e que muitos dos esportistas que conquistaram medalhas em competições são beneficiários do programa.

Segundo ele, em 2021, dos mais de 300 atletas que foram para a Olimpíada de Tóquio, 242 recebiam a bolsa. Já nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Santiago, em 2023, 90% dos medalhistas contam com o auxílio.

Cidadania

O ex-jogador de futebol de cegos afirmou ainda que o esporte é capaz de entregar cidadania para as pessoas, “para tantos brasileiros que, por sua deficiência, ainda são invisíveis no nosso país” e agradeceu o apoio do governo brasileiro ao CPB.

Conrado falou sobre a melhora no desempenho dos atletas paralímpicos brasileiros ao longo das últimas edições dos Jogos Olímpicos, saindo do 24º lugar em Sydney, em 2000, para o sétimo lugar em Tóquio, em 2021.

“Ao longo dessa jornada, o Bolsa-Atleta foi o principal instrumento que garantiu, primeiro, condições para que os atletas pudessem desenvolver suas atividades, pudessem treinar com tranquilidade e tão bem representar o nosso país. E, segundo, garantir dignidade para esses atletas, garantir que eles pudessem ter um suprimento de qualidade, que eles tivessem o alimento adequado para performar melhor. Então, realmente o Bolsa-Atleta, hoje, é um dos principais instrumentos que vem levando o Brasil a vitórias, e eu espero que, em Paris, não seja diferente”, finalizou.

(Fonte: Agência Brasil)

Esperança de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o kitesurfista maranhense Bruno Lobo está de volta a São Luís após duas semanas de treinamentos na Marina de Marselha, local onde será realizada a inédita competição olímpica de Fórmula Kite. Bruno, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, falou sobre a preparação em águas francesas e demonstrou otimismo em um grande desempenho no maior desafio de sua vitoriosa carreira.

“A disputa dos Jogos Olímpicos é um grande sonho que está se aproximando. Foram semanas boas em Marselha, treinamento bem intenso com outros atletas, conhecendo o local onde vão ser as regatas. As condições são maravilhosas, com o mar um pouco mexido, eu gostei bastante porque é semelhante ao que tem em São Luís. Também tivemos várias condições de ventos fortes, é o que a gente espera na competição, mas as condições no geral se assemelham muito com o nosso quintal de casa aqui em São Luís. Estou me sentindo bem preparado, agora é intensificar ainda mais os treinos nessa reta final em São Luís. Vamos com tudo para representar o Maranhão e o Brasil", declara Bruno Lobo.

Além de detalhar os últimos ajustes para a briga por medalha nos Jogos Olímpicos, Bruno Lobo recordou o início de sua carreira na Fórmula Kite, saindo de São Luís para conquistar sete títulos brasileiros e se tornar o kitesurfista número 1 das Américas, em uma trajetória brilhante que ajudou a desenvolver a modalidade no Maranhão.

"Realmente, é um filme que passa pela cabeça, principalmente nessa reta final para os Jogos Olímpicos. A gente começa a repensar, olhar para trás e ver que todo o nosso esforço valeu a pena. Quando comecei na Fórmula Kite, não tinha ninguém competindo, fui o primeiro a fazer em São Luís, tive que aprender só, treinar só, fui competir na Europa sem nenhuma referência e sem técnico. O começo foi muito difícil, mas valeu a pena, são sementes que a gente planta. Agora estão vindo outros atletas, como a Socorro Reis, que virou minha parceira de treino, e o Lucas Fonseca, atleta júnior que agora está no Mundial, para representar o Maranhão em alto nível", afirma o kitesurfista.

Por fim, Bruno Lobo destacou a criação do Centro de Alto Rendimento de Vela Olímpica, que foi lançado oficialmente na última segunda-feira (8), em São Luís, em iniciativa do Ministério do Esporte com parceria da Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Para o heptacampeão brasileiro de Fórmula Kite, esse espaço será fundamental na formação de novos talentos maranhenses para o esporte.

"O Centro de Alto Rendimento vem para fomentar e dar continuidade em tudo o que a gente tem feito no kitesurf. Teremos mais suporte na parte técnica, além de todo o apoio da CBVela, para que a gente trabalhe nessa renovação e auxilie quem quer entrar na modalidade, porque a gente tem muito potencial e condições perfeitas para a prática do esporte. Desse Centro, vão vir outros representantes olímpicos para o Maranhão", ressalta Bruno, que vai disputar a competição olímpica da Fórmula Kite em Marselha entre os dias 4 e 8 de agosto.

Resultados em 2024

Antes do período de treinos para os Jogos Olímpicos em Marselha, Bruno Lobo conquistou um excelente resultado em outra competição na França, ficando em nono lugar no Campeonato Mundial de Fórmula Kite, realizado em maio, na cidade de Hyères. O kitesurfista maranhense teve um ótimo desempenho diante dos principais nomes da modalidade no planeta, chegando até as semifinais e garantindo presença no Top 10 do Mundial pelo segundo ano consecutivo.

Sétimo colocado no ranking mundial de Fórmula Kite, Bruno Lobo também registrou grandes performances em dois eventos na Espanha no início da temporada de 2024. O kitesurfista maranhense conquistou o quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite, realizado em março, em Los Alcázares, e garantiu a 11ª posição do Troféu Princesa Sofia, que foi válido como etapa da Copa do Mundo e disputado em abril, em Palma de Mallorca.

Temporada anterior

Em 2023, Bruno Lobo colecionou resultados históricos, com destaque para a vaga antecipada em Paris 2024, o hepta brasileiro de Fórmula Kite e a conquista de seu segundo ouro na história da modalidade nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. O maranhense também alcançou o Top 10 do Mundial de Vela, foi o nono colocado na Allianz Regatta e colocou o Brasil em sétimo lugar na disputa por países do Troféu Princesa Sofia, na Espanha.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

As disputas do Mandala Open de Beach Tennis, torneio válido pela 6ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, ocorrem até domingo (14), em São Luís. Nesta etapa da competição chancelada pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), instituição que representa, oficialmente, a modalidade no Estado, os atletas inscritos estão na briga por pontos no ranking estadual. Os jogos ocorrerão na Arena Mandala Beach, na Lagoa da Jansen. 

Após passar pela cidade de Bacabal, no mês passado, as disputas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis retornam à capital maranhense com grande expectativa por duelos emocionantes e de alto nível técnico. 

“Nossa expectativa é a melhor possível. A temporada de 2024 do beach tennis no Maranhão está muito acirrada. A cada etapa, o nível técnico aumenta. Os atletas estão dando o melhor para somar pontos necessários para se classificarem para o Campeonato Brasileiro Oficial de Beach Tennis, que vai ocorrer em novembro, na cidade de Vitória (ES). Tenho certeza de que a nossa sexta etapa será incrível”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

Premiação

 Além das 370 inscrições confirmadas no Mandala Open, outro ponto positivo desta 6ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis diz respeito à premiação. Ao todo, serão distribuídos R$ 30 mil em premiação, sendo raquetes para os primeiros colocados das categorias D, C, B e A de gêneros (Masculino e Feminino). 

Próxima etapa

E a próxima etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis já está marcada. Na semana que vem, a FBTM vai realizar o Santa Inês Open de Beach Tennis. A competição ocorrerá no CT Vila Beach, na cidade de Santa Inês, entre os dias 19 e 21 deste mês. As inscrições para a 7ª etapa da competição estadual já estão abertas e podem ser realizadas pelo LetzPlay. Outras informações pelo telefone (98) 99190-5181. 

Tudo dentro sobre as etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).

PROGRAMAÇÃO DE JOGOS

Quinta-feira (11) / Mandala Beach

17h – 30+ Feminino e 40+ Feminino (Grupo 1)

18h30 – 40+ Feminino (Grupo 2), 40+ Masculino e 30+ Feminino 

Sexta-feira (12) / Mandala Beach

16h – Mista D

17h30 – Mista C

19h – Mista B 

Sábado (13) / Mandala Beach

8h – Feminino D

9h30 – Masculino D

14h – Masculino C

15h30 – Feminino C

17h – Feminino B

18h30 – Masculino B 

Domingo (14) / Mandala Beach

A partir das 8h30 – Semifinais e finais

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Estão abertas as inscrições para a primeira edição da Corrida Barão de Caxias. A iniciativa, promovida pelo 24º Batalhão de Infantaria da Selva (24º BIS) e pela Associação dos Oficiais Temporários, conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. O evento vai ocorrer no dia 25 de agosto, na Avenida Litorânea, em São Luís. 

Em sua edição de estreia, a Corrida Barão de Caxias contará com a participação de 500 corredores. Os interessados em participar devem se inscrever pelo site da Central da Corrida (https://centraldacorrida.com.br/evento/corridabaraodecaxias2024).

É importante destacar que cada competidor deverá doar uma cesta básica para participar do evento. A entrega da cesta ocorrerá durante o recebimento do kit oficial da corrida, no dia 24 de agosto, no Círculo Militar. Tudo o que for arrecadado será destinado a instituições de caridade. 

A I Corrida Barão de Caxias contará com duas modalidades em disputa: Civil e Militar. Em cada modalidade, haverá provas de 5km e de 8km. 

O QUÊ: 

I Corrida Barão de Caxias

QUANDO: 

25 de agosto de 2024

ONDE: 

Avenida Litorânea (São Luís)

INSCRIÇÕES: 

Central da Corrida (https://centraldacorrida.com.br/evento/corridabaraodecaxias2024)

(Fonte: Assessoria de imprensa)