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Uso de redes sociais em telefones smartphone

Seis em cada dez escolas de ensino fundamental e médio adotam regras para uso do telefone celular pelos alunos, permitindo que o aparelho seja usado apenas em determinados espaços e horários. Em 28% das instituições educacionais, o uso do dispositivo pelos estudantes é proibido, segundo aponta a pesquisa TIC Educação 2023, lançada, nesta terça-feira (6), pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O levantamento foi realizado com 3.001 gestores de unidades de ensino, tanto urbanas como rurais.

A pesquisa mostra que o controle do uso do celular tem se intensificado. Nas instituições que atendem alunos mais novos, até os anos iniciais do ensino fundamental, a proporção de escolas que proíbem a utilização do dispositivo passou de 32% em 2020 para 43% em 2023. Naquelas que oferecem até os anos finais do ensino fundamental, a porcentagem subiu de 10% para 21%, entre as edições 2020 e 2023 do levantamento.

Apenas 8% das instituições que atendem estudantes de ensino médio proíbem o uso do telefone celular na escola, segundo levantamento feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O estudo constatou ainda que, além de estabelecer regras em relação à utilização do telefone celular, mais escolas também passaram a limitar o uso de wi-fi pelos estudantes. Do total de instituições de ensino fundamental e médio com internet, na maioria (58%), o acesso a esse tipo de rede sem fio é restrito pelo uso de senha, sendo que em 26% das instituições, os alunos podem utilizar a tecnologia. É possível observar ainda, com base na comparação dos indicadores coletados entre as edições 2020 e 2023 da pesquisa, uma redução na proporção de escolas que liberam o wi-fi para os alunos – de 35% para 26% – e um aumento na porcentagem das que restringem o acesso – de 48% para 58%.

Acesso à internet

O acesso à internet nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil chegou a 92%. Numa comparação com os números de 2020, com as mesmas características de público, a conectividade naquele ano de pandemia era de 82% (10 pontos percentuais a menos do que os dados atuais).

O crescimento maior de acesso à internet, conforme aponta o levantamento, ocorreu nas escolas de área rural: passou de 52% (em 2020) para 81%. Porém, só 65% das unidades de ensino dessa característica disponibilizam o acesso aos alunos.

Também são mais identificáveis as transformações de conectividade nas unidades do interior do Brasil, passando de 79% para 91%. Nas capitais, a porcentagem seguiu inalterada na casa dos 98%. Outras alterações de cenários de conectividade de internet, entre 2020 e 2023, são mais notórias pelos números das escolas municipais (de 71% para 89%) e públicas (de 78% para 91%). 

Equipamentos

Além da disponibilidade de acesso à internet de qualidade, é fundamental que as escolas possuam dispositivos digitais em número suficiente, possibilitando o uso desses recursos para fins pedagógicos.

Nas unidades de ensino rurais, ocorreu uma evolução na disponibilização de computadores. A porcentagem cresceu de 63% (no ano de 2020) para 75%. No entanto, os gestores das escolas municipais registram a menor oferta de equipamentos para uso especificamente dos alunos em atividades de ensino. Ao todo, 42% apontaram não haver nenhum computador para os estudantes. 

São também nas escolas ligadas às cidades, em geral, tanto nos espaços administrativos e pedagógicos, onde há menor disponibilização de acesso à internet. Um exemplo é que, em bibliotecas ou sala de estudos para os alunos, a conectividade só existe em 40% das escolas pesquisadas. Já em 73% das escolas estaduais e 72% das particulares esses espaços têm internet.

Nas salas

A conectividade nas salas de aula, no entanto, registrou aumento entre 2020 e 2023, tanto em escolas municipais (foi de 60% para 82%) como nas estaduais (de 63% para 80%), aproximando-se da porcentagem de escolas privadas, que, no ano passado, era de 88%.

Os desafios para as administrações municipais revelam-se também em uma queda de disponibilização, por exemplo, de laboratórios de informática com acesso à internet. Apenas 22% dessas unidades ofereciam o serviço. Há três anos, essa porcentagem era de 25%. Os melhores números com relação a esse tipo de laboratório são nas escolas estaduais, que são em 65%, maior que a das particulares em que há esse equipamento em só 42%.

(Fonte: Agência Brasil)

Músicos de todo o país podem se inscrever a partir dessa segunda-feira (5), no Festival de Música da Rádio Nacional e no 21º Prêmio Rádio MEC. As tradicionais premiações organizadas pelas emissoras públicas de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) têm como objetivo revelar e reconhecer talentos da música brasileira em obras inéditas.

O prazo de inscrições dos dois prêmios começou às 19h e continua até 16 de setembro (confira o cronograma abaixo). Em sua 15ª edição, o Festival da Rádio Nacional receberá, pela primeira vez, inscrições de todo o país. Antes, os artistas deveriam ser oriundos de Estados em que a emissora está presente. Já a novidade no Prêmio Rádio MEC é que será permitida a inscrição de programas de rádio, na linha editorial da Rádio MEC, para exibição na programação em 2025.

“Esses dois eventos são ações importantes anuais para as emissoras públicas de rádio da EBC, cada uma no seu segmento, para o diálogo com a sociedade, valorizando a produção independente e dando espaço para a cultura regional. Estamos muito felizes com essa maturidade que conseguimos alcançar, porque isso traz um retorno muito grande para os veículos públicos da EBC, além de criar uma relação mais aberta e forte com a sociedade brasileira”, afirma o gerente-executivo de Rádios da EBC, Thiago Regotto.

Os dois eventos passam a compor o eixo musical do Prêmio EBC de Comunicação Pública, lançado em julho. O combate à desinformação, a retomada ao incentivo à produção audiovisual nacional e o tradicional reconhecimento à produção radiofônica do país norteiam os três eixos da premiação. “Essa ampla iniciativa consolida nosso objetivo de fortalecer e valorizar os campos da comunicação e da cultura brasileira”, avalia o diretor-presidente da EBC, Jean Lima.

Como se inscrever

As inscrições, bem como o regulamento de cada uma das premiações, estão disponíveis em premio.ebc.com.br. Os inscritos passam por uma primeira seleção, quando são classificadas as músicas que serão executadas na programação das emissoras, para que o público possa conhecer e votar nas finalistas. A grande final do Festival da Nacional será em Brasília, em um show marcado para 30 de novembro. Já a Grande Noite do Prêmio Rádio MEC será na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, no dia 4 de dezembro.

No Prêmio Rádio MEC, cada compositor ou intérprete poderá inscrever até duas músicas por categoria: clássica, instrumental e para a infância. Os proponentes de programas radiofônicos que serão exibidos na grade da emissora podem concorrer com uma proposta em cada categoria – clássica, instrumental e para a infância. Os detalhes do regulamento podem ser consultados aqui.

Já o Festival da Nacional receberá até duas músicas por inscrição, que poderão disputar em cinco categorias: Melhor Música com Letra, Melhor Intérprete,  Melhor Letra, Melhor Arranjo e Música Mais Votada na Internet. Os detalhes do regulamento podem ser consultados aqui.

Sobre o Prêmio Rádio MEC

Desde os anos 1960 sempre se reinventando, a Rádio MEC promove a premiação de novos talentos no cenário da música clássica, instrumental e para infância, além da produção radiofônica. Um júri seleciona os inscritos que serão escolhidos na próxima fase por meio de votação popular.  A disputa conta com uma grande noite de celebração da música brasileira quando os participantes recebem a premiação.

Sobre o Prêmio da Rádio Nacional

O Festival nasceu em 2009 com o intuito de revelar ao Brasil cantores e compositores da música popular brasileira (MPB). Os artistas selecionados pelo público e pelo júri passam a tocar na programação da Rádio Nacional, e os 12 finalistas defendem suas canções ao vivo no Show da Final.

PRÊMIO EBC DE COMUNICAÇÃO PÚBLICA

21º PRÊMIO RÁDIO MEC

Período de inscrição: 5/8/24 a 16/9/24

Divulgação dos classificados: 25/9/24

Execução das músicas classificadas nas emissoras: 25/9/24 a 28/10/24

Votação pela Internet: 25/9/24 a 28/10/24 

Divulgação dos finalistas: 30/10/24

Execução das músicas finalistas nas emissoras: 30/10/24 a 04/12/24

Grande Noite - Sala Cecília Meireles (RJ): 4/12/24

15º FESTIVAL DE MÚSICA RÁDIO NACIONAL

Período de inscrição: 5/8/24 a 16/9/24

Divulgação dos classificados: 7/10/24

Execução das músicas classificadas nas emissoras: 7/10/24 a 11/11/24

Votação pela internet: 7/10/24 a 11/11/24

Divulgação dos finalistas: 12/11/24

Execução das músicas finalistas nas emissoras: 12/11/24 a 30/11/24

Show da Final (DF): 30/11/24

(Fonte: Agência Brasil)

Em seu lançamento oficial, o Instituto Coletivo Consciente promove, com o Fórum do Reggae do Maranhão (Formar), o evento "Como o Fórum do Reggae conseguiu aprovar a Lei Junior Black?", criado para debater o desenvolvimento e a aprovação do projeto de lei que garante recursos estaduais para o segmento cultural do reggae. A roda de conversa ocorre no dia 22 de agosto, a partir das 18h, no Teatro João do Vale, na Praça Nauro Machado, Centro Histórico de São Luís. A entrada será gratuita. 

O evento contará com as participações de Otávio Rodrigues, Rose Bombom, Tarcisio Selektah e Maria Riana, que integram o Fórum do Reggae do Maranhão, grupo criado para lutar por políticas públicas, editais e leis que contemplem o cenário do reggae, eleito como Patrimônio Cultural Imaterial pela Unesco. O tema principal é a aprovação da Lei nº 153/2024, conhecida como Lei Junior Black, em homenagem a Junior Black, que foi um dos pioneiros do movimento musical e morreu em agosto de 2023. 

De acordo com o Instituto Coletivo Consciente e o Formar, o objetivo do evento "Como o Fórum do Reggae conseguiu aprovar a Lei Junior Black?" é repassar a outros segmentos sociais, como música, arte popular, artes plásticas, cinema, teatro, dança, culinária e artesanato, quais foram os desafios, o passo a passo e a formação até a Lei nº 153/2024, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Maranhão em maio. 

"É de suma importância para o nosso movimento reggae e para o FORMAR a participação nesse evento democrático, para que o nosso trabalho, incentivo e luta sejam valorizados. É uma luta que já vem de décadas, principalmente para mim, como mulher, preta, DJ e colecionadora em um movimento que era representado por homens. Conseguimos conquistar muita coisa, mas precisamos conquistar muito mais, e a aprovação da Lei Junior Black foi muito gratificante. Essa Lei deu uma guinada no nosso movimento e mostra que, com a união, se faz valer a pena o trabalho", destaca Rose Bombom, integrante do Fórum de Reggae do Maranhão e uma das participantes do evento. 

Cássia Melo, presidente do Instituto Coletivo Consciente, ressalta que a roda de conversa é importante para fortalecer a consciência da sociedade civil sobre seus direitos, deveres e oportunidades, além de valorizar o trabalho da educação cidadã de base. 

"Nós não temos nenhum tipo de alinhamento partidário. Nosso alinhamento é com as necessidades básicas do cidadão. A nossa intenção é fazer com que esse lançamento do Instituto Coletivo Consciente contribua para outros grupos e manifestações culturais seguirem o exemplo de organização que o Fórum do Reggae conseguiu, chegando até a aprovação da Lei Junior Black. É muito importante o alinhamento, o fortalecimento e a união entre todas as comunidades. Precisamos sempre nos juntar, discutir, compartilhar e fortalecer essa consciência", afirma Cássia. 

A entrada para o evento "Como o Fórum do Reggae conseguiu aprovar a Lei Junior Black?" é gratuita, com vagas sendo reservadas em um link criado pela organização do projeto e que também está disponível na bio do perfil @coletivoconscientebrasil no Instagram. O fórum conta ainda com os apoios da AP Assessoria, do Xama Teatro, do Fórum Maranhense da Cultura Hip-Hop e do SELO 102.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

Os mais de 2,11 milhões de candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) poderão conferir o seu local de prova nesta quarta-feira (7), às 10h. O Cartão de Confirmação de Inscrição estará disponível na Área do Candidato, mesma página em que a pessoa fez a inscrição. Para acessar, é preciso fazer login com os dados da conta no portal Único do governo federal, o Gov.br.

O cartão de confirmação traz, entre outras informações, o número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.

Apesar de não ser obrigatório, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) recomenda levar o cartão no dia da realização da prova, em 18 de agosto.

Os portões dos locais de provas serão abertos às 7h30 e fecharão às 8h30, no período matutino (horário de Brasília). No período vespertino, os portões abrirão às 13h e o horário de fechamento está marcado para 14h (horário de Brasília).

No sábado (3), os Correios começaram a distribuir as provas do chamado Enem dos Concursos para mais de 228 cidades, em todos os Estados brasileiros, onde serão aplicadas. Desde o adiantamento da prova, em maio, os malotes com as provas estavam armazenados em local não divulgado, por questões de segurança.

Correções

O candidato pode solicitar a correção de informações do cartão de confirmação, de acordo com o que ele solicitou no ato da inscrição, mas não é possível pedir para mudar de município de realização da prova.

Para solicitar correções no documento, os candidatos devem entrar em contato com a empresa aplicadora do concurso, a Fundação Cesgranrio, pelo telefone: 0800-701-2028.

Concurso

O concurso unificado oferece 6.640 vagas para 21 órgãos da administração pública federal. O certame terá, também, um banco de candidatos com mais de 13 mil candidatos classificados ficarão na lista de espera, com a possibilidade de novas convocações, inclusive para vagas temporárias que surgirem. As novas convocações para os cargos previstos neste concurso poderão ser feitas a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos.

Os salários básicos iniciais dos aprovados variam de R$ 4.407,90 a R$ 22,9 mil, conforme o cargo.

De acordo com o novo cronograma do processo seletivo, os cadernos de prova estarão disponíveis a partir das 21h do mesmo dia de aplicação das provas (18 de agosto). E em 20 de agosto, será feita a divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas.

O resultado do certame será divulgado em 21 de novembro e, em janeiro de 2025, começam as convocações para posse dos aprovados, bem como para os cursos de formação em carreiras específicas. 

Arte - Novo cronograma do concurso unificado CNU

(Fonte: Agência Brasil)

A partir da próxima quarta-feira (7), o Centro Histórico de Salvador vai receber mais uma edição do maior evento cultural literário da Bahia: a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). O evento gratuito ocorre até o dia 11 de agosto e é realizado pela Fundação Casa de Jorge Amado.

Inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Flipelô ocorre desde 2017 e surgiu com o objetivo de preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, a cultura e arte da Bahia e estimular a literatura, principalmente entre os jovens.

“Desde 2017, a Flipelô é um sucesso e, oito anos depois, já consolidada, ela é muito importante não só do ponto de vista educativo e cultural – de trazer a literatura, o livro e a arte no espaço do Pelourinho, que é a primeira capital do nosso país e um centro histórico importante até mundialmente – mas também de fomentar financeiramente e economicamente esse espaço. Toda a comunidade do Pelourinho se envolve na festa, se interessa pelo evento e pratica atividades da Flipelô em seus próprios espaços”, disse Angela Fraga, diretora-executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, em entrevista à Agência Brasil.

Nesses oito anos, a Flipelô também se revelou como um incentivo para as editoras baianas e para o surgimento de novos escritores. “É importante uma festa literária nesse Estado justamente para potencializar a criação literária, fazer com que os jovens, as crianças e os estudantes tenham acesso a autores e que esses autores dividam com eles como é esse percurso da criação e como é esse caminho de você criar, você ter o dom e você conseguir concretizar isso através da publicação dos seus livros, da sua arte, da sua obra”, falou a diretora-executiva.

Além disso, ela é também uma festa literária diversa e democrática. “O desafio da curadoria é imenso porque a gente procura agregar todo tipo de programação, de linguagens, de tribos, de gostos. Então, a beleza da Flipelô é essa: tem gastronomia, tem arte, tem teatro, tem de tudo um pouco dentro desse cenário surreal, em cima da Baía de Todos os Santos e berço de uma parte linda da obra do nosso patrono, que é Jorge Amado”.

A expectativa dos organizadores é que a festa literária, que será realizada em 153 espaços públicos e privados do centro histórico da cidade, atraia cerca de 250 mil pessoas.

Toca Raul

Neste ano, o homenageado do evento será Raul Seixas (1945-1989), poeta, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, considerado o pai do rock brasileiro. De acordo com os organizadores do evento, Raul e sua “poesia cantada” vão ecoar pelas ruas e casarões que dão vida ao cenário de grandes obras de Jorge Amado, escritor que era admirado pelo cantor. “Queria ser escritor feito Jorge Amado, vivendo de meus livros, escrevendo o dia todo com uma camisa branca aberta no peito”, declarou Raul Seixas certa vez.

“A homenagem a Raul Seixas veio na medida em que Raul é uma personalidade que, assim como Jorge Amado, levou um pouco dessa energia criativa do baiano e obteve um reconhecimento mundial com sua arte. E assim como Jorge Amado, ele foi uma pessoa que pensou e criou a partir da realidade humana e social – e tinha também uma linguagem de protesto, como a de Jorge Amado em certo sentido foi, trazendo como protagonistas pessoas normais e comuns do povo. No caso de Raul, indo mais além, falando também da grandiosidade do ser humano, de onde veio e sobre sua missão na terra”, falou Angela Fraga.

Para celebrar o artista, a Flipelô vai realizar uma exposição coletiva, chamada de Metamorfose Ambulante – Uma Jornada no Universo de Raul Seixas. A mostra terá obras de vinte artistas visuais e será instalada no Museu Eugênio Teixeira Leal, na Galeria Francisco de Sá, com visitação entre os dias 7 de agosto e 8 de setembro. As Canções de Raul também será o tema da já consagrada Rota Gastronômica Amados Sabores, onde bares, restaurantes, cafeterias e lanchonetes localizados no centro histórico, nos bairros do Pelourinho e Santo Antônio do Além do Carmo, vão produzir pratos e sobremesas com preços especiais.

A abertura da festa literária ocorre no dia 7 de agosto com o show Carlos Eládio Toca Raul, cantor e compositor que foi companheiro de Raul Seixas no grupo Os Panteras. O show terá participação especial de Vivi Seixas, filha de Raul Seixas.

Programação

A programação oficial contará com a participação de 146 escritores nacionais, cinco internacionais e 352 artistas de variadas linguagens e prevê a realização de mesas-redondas, bate-papos, lançamentos de livros, saraus de poesias, recitais, rodas de conversa, debates, oficinas, apresentações teatrais e musicais, exibição de documentários e até uma rica programação infantil com contação de histórias e atividades lúdicas.

A festa literária também terá uma ação para troca gratuita de livros. Nela, as pessoas poderão retirar um livro gratuitamente e deixar outro no lugar. O objetivo dessa ação é estimular o conhecimento, a leitura e a consciência cidadã, além de incentivar a economia circular.

Uma das novidades deste ano é a criação de um espaço dedicado aos apreciadores de revistas em quadrinhos, que será montado na Vila Literária, no Largo Tereza Batista. Outra novidade é o espaço infantil Mabel Veloso, que vai abrigar o lançamento do novo livro de Itamar Vieira Junior, Chupim, e o relançamento do livro Pituco, de Paloma Jorge Amado. 

“Ambos são pássaros. Isso foi uma mera coincidência. Itamar saiu com esse primeiro livro infantil juvenil, o Chupim, e Paloma já tinha um livro chamado Pituco, que está em segunda edição, que é lançado pela editora Casa de Palavras, que é o braço editorial da Fundação Casa Jorge Amado. Paloma vai fazer uma mediação com Itamar e os livros serão lançados no Espaço Infantil Mabel Veloso”, falou Angela Fraga.

Mais informações sobre o evento e programação estão no site da Flipelô

(Fonte: Agência Brasil)

Professores da UFMA entram em greve em São Luís — Foto: De Jesus/O Estado

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), está com inscrições abertas para sete programas de pós-graduação, distribuídas entre especializações, mestrados e doutorados. As vagas são para cursos de categoria stricto sensu e lato sensu.

As pós-graduações lato sensu abrangem os programas de especialização e incluem os cursos designados como MBA (Master Business Administration).

Os cursos dessa categoria têm duração mínima de 360 horas e, ao término do curso, o aluno receberá um certificado. Além disso, os cursos são acessíveis a candidatos com diploma de nível superior, que atendam aos requisitos das instituições de ensino.

Já as pós-graduações stricto sensu são as que incluem programas de mestrado e doutorado e são destinados a candidatos com diploma de graduação, que cumpram as exigências das instituições de ensino e do edital de seleção. Ao término, o estudante obterá um diploma.

A UFMA destaca que, além de vagas em ampla concorrência, todos os editais ofertados preveem ações afirmativas, reservando vagas para:

  • Pessoas com deficiência (PcD);
  • Pessoas negras (pretas e pardas);
  • Pessoas indígenas;
  • Pessoas quilombolas;
  • Pessoas trans;
  • Pessoas em situação de baixa renda.

Há, também, vagas reservadas para Política de Qualificação de servidores técnicos-administrativos em Educação, efetivos ativos da UFMA.

(Fonte: g1.globo.com)

Paris 2024 Olympics - Sailing - Men's Kite - Marseille Marina, Marseille, France - August 04, 2024. Bruno Lobo of Brazil in action. Reuters/Luisa Gonzalez/Proibida reprodução

Neste domingo (4), começaram as disputas da Fórmula Kite (kitesurfe), prova da vela que faz a estreia no programa olímpico nestes Jogos de Paris. Natural do Maranhão, Bruno Lobo é o representante do Brasil na categoria. As regatas são disputadas na Baía de Marselha, no litoral sul da França. Ao todo, serão 16 corridas e, neste domingo, ocorreram as quatro primeiras.

Na corrida 1, Bruno terminou na 3ª posição. Na segunda regata do dia, teve um desempenho inferior, cruzando a linha de chegada em 7º lugar. A corrida de número três também não foi boa para o brasileiro, que ficou na 10ª posição. Mas Bruno Lobo se recuperou na regata seguinte e fechou o dia com uma 4ª colocação. Na classificação, os atletas podem descartar o pior resultado. Assim, ao fim das quatro primeiras regatas, o kitesurfista maranhense ocupa a 4ª posição geral.

Na segunda-feira (5), estão previstas mais quatro regatas da fórmula kite na Baía de Marselha. As provas ocorrem a partir das 7h23, no horário de Brasília.

Outros brasileiros

Na classe Nacra 17, foram disputadas três regatas neste domingo, com a participação da dupla brasileira João Bulhões e Marina Arndt. Na primeira corrida, eles terminaram na 11ª posição. A dupla conseguiu um desempenho melhor na segunda regata, ao cruzar a linha de chegada na 5ª posição. E fecharam as disputas com um novo 11º lugar. Na classificação geral, eles ocupam a 11ª posição. Faltam, ainda, seis corridas, além da regata da medalha.

Na classe 470, Isabel Swan e Henrique Haddad passaram da 17ª para a 13ª posição geral após seis regatas já disputadas. Duas corridas foram realizadas neste domingo, e eles obtiveram um 9º e um 8º lugares.

Faltando duas provas para o fim das regatas regulares, Gabriela Kidd é apenas a 27ª colocada na classe Ilca 6. Ela precisa terminar entre as dez primeiras para participar da regata da medalha. Na Ilca 7, Bruno Fontes foi o 25º na primeira regata deste domingo. Na sequência, recuperou-se e chegou em 6º lugar na segunda corrida do dia. Ele é o atual 28º colocado, faltando duas provas para a regata da medalha.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 01.08.2024 - Ator Othon Bastos. Festival Internacional de Teatro de Angra 2024. Foto: Beti Niemeyer/Divulgação

A 16ª edição da Festa Internacional de Teatro de Angra (Fita), que ocorrerá no período de 13 a 29 de setembro, no município de Angra dos Reis, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, terá como homenageado o ator Othon Bastos.

Segundo disse à Agência Brasil o curador da Festa, João Carlos Rabello, a escolha do homenageado deste ano ”foi fácil. Foi muito óbvia”. Com 91 anos de idade, completados em maio deste ano, o ator, nascido no município baiano de Tucano, subirá ao palco para apresentar o monólogo Não me Entrego, Não, escrito e dirigido por Flávio Marinho, que conta os principais acontecimentos da extensa trajetória  do ator no cinema, no teatro e na televisão. “E com um sucesso danado!”, completou o curador, espectador presente de todas as obras de Othon Bastos. Othon Bastos se apresentará no evento, no dia 19 de setembro.

Os ingressos para a Fita 2024, com valores de R$ 5 a R$ 50, são vendidos na plataforma Sympla.com, onde o público poderá acessar a programação. Os espetáculos, destinados a adultos e crianças, serão realizados no Teatro Municipal Dr Câmara Torres, em Angra dos Reis, e em uma tenda montada no Cais de Santa Luzia, com capacidade para mil pessoas.

A abertura da festa será feita por uma nova versão do clássico de Nelson Rodrigues Bonitinha, mas Ordinária, que ganhará montagem assinada por Bruce Gomlevsky e será estrelada por Lorena Comparato.

Plateia

Este ano, 32 companhias teatrais se apresentarão durante o evento, em três sessões diárias, cada uma. Para as crianças, serão dez espetáculos, montados durante o dia. As peças para adultos serão apresentadas à noite. Uma delas fará sua estreia durante o evento. É A Dona da História, com Juliana Martins e Maité Padilha. Haverá, também, espetáculos paulistas inéditos no Rio de Janeiro, como Donatello

Muitas peças se inscreveram para participar da Festa Internacional de Teatro e outras, em paralelo, foram convidadas pela curadoria. “Oitenta por cento dos espetáculos se inscreveram. Mesmo as grandes companhias já estão acostumadas com o processo. Um ou outro espetáculo que a gente quer trazer muito, é convidado”, disse.

Segundo Rabello, as companhias teatrais querem participar da Fita porque sabem que 80% dos ingressos são destinados a escolas públicas gratuitamente. “As escolas se organizam e trazem seus alunos de ônibus, de barco, da Ilha Grande. Alguns que nunca saíram da ilha vêm ao continente ver teatro pela primeira vez. É uma coisa fantástica para eles. É emocionante. A gente fica muito tocado com a presença dessas crianças”, destacou o curador. Isso significa formação de plateia, completou.

Entre as outras montagens que integram a programação deste ano está Jandira, monólogo de Isabel Teixeira que celebra Jandira Martini, atriz que já esteve no palco da Fita, em 2013. Nomes como Heloisa Perissé, Maria Clara Gueiros, Paulo Betti, Natália Lage, Alessandra Maestrini e a Companhia Armazém também se apresentarão no evento.

A festa faz parte do calendário oficial de eventos da cidade de Angra dos Reis. O patrocínio é da Eletronuclear, ENEL Distribuição Rio e governo fluminense, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa/Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

(Fonte: Agência Brasil)

– 2024: 120 anos de fundação da Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas

– 2024: 160 anos de ensino público em Imperatriz

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Neste ano de 2024, registram-se duas grandes datas relacionadas à Educação em Imperatriz (MA).

São os 160 anos de criação formal, legal, oficial, do ensino público ou “instrução pública” no município e os 100 anos – um século! – de fundação da Escola Santa Teresinha, das Irmãs Missionárias Capuchinhas.

O que Imperatriz e os imperatrizenses fazem com datas e eventos assim, já se sabe. Nada – ou quase. Cem anos é só uma vez. O que era para ser uma apropriação coletiva, comunitária, o que era para ser motivo de celebração uníssona, de confirmação e ampliação da “imperatrizensidad”, do sentimento de pertença (“ownership”), fica reduzido às ações pontuais, endêmicas, institucionais; fica restrito a pequenas parcelas da grande sociedade de Imperatriz.

Em 11 de julho de 1864, pela Lei nº 717, o governo maranhense criou, para meninos e meninas, as chamadas “cadeiras de primeiras letras”. Em 1865, abriram-se inscrições para concurso para professor dessas “cadeiras” e, em 1866, realizaram-se as provas. Foi nomeado para Imperatriz apenas um aprovado:  Francelino de Carvalho Sanches, que não chegou a dar aulas, pois logo foi transferido para outro município maranhense...

Houve outras nomeações. Mas os nomeados não queriam vir para Imperatriz. Foi assim, em 1867, que coube a um padre e educador, Domingos Elias da Costa Moraes, criar um estabelecimento de ensino e dar as primeiras aulas... Padre e professor destemido, inclusive fazendo viagens para denunciar, na capital maranhense, São Luís, a precária situação da Educação de uma Imperatriz que, em 1867, mal debutava, completando 15 anos após sua fundação em 1852 por outro religioso, Frei Manoel Procópio do Coração de Maria –  de quem, aliás, o padre Domingos era delegado literário substituto. (Leia, após o término, um resumo sobre o padre e educador Domingos Elias da Costa Moraes).

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Portanto, não só Imperatriz nasceu sob as bênçãos de um religioso. Na prática, sua Educação também.

E, na prática, a Educação imperatrizense, pelas mãos e mentes de membros de Instituições Religiosas, tem em 2024, neste 3 de agosto, mais outro grande trunfo e triunfo: a Escola Santa Teresinha, referência regional em ensino e uma missão educativa das Irmãs Missionárias Capuchinhas, cuja Congregação foi fundada em 18 de dezembro de 1904, na Igreja Nossa Senhor Auxiliadora, em Belém, Pará, pelo frade italiano João Pedro de Sexto São João (nascido Clemente Recalcati, 1868-1913) e cinco cofundadoras, as jovens irmãs capuchinhas, recém-consagradas, Irmã Clara Maria de Canindé (Ana Xavier Macambira), Irmã Inês de Santa Quitéria (Maria Barbosa Cordeiro), Irmã Isabel Maria de Canindé (Francisca Barbosa Magalhães), Irmã Madalena Maria de Canindé (Maria de Nazaré dos Santos Lessa) e Irmã Verônica de Canindé (Cecília de Paula Pimenta), levadas do Ceará pelo frade para trabalhos missionários e educativos no Estado do Pará.

O dia 3 de agosto de 1924 marca o início das aulas e também é considerada a data oficial de fundação da Escola Santa Teresinha. Nesse mesmo ano, Imperatriz era elevada à categoria de cidade por Godofredo Viana, o mandatário estadual maranhense da época. Também em 1924, lançava-se o livro "O Sertão", obra que é um marco na historiografia maranhense e brasileira e cuja autora, Carlota Carvalho, foi professora e morou em Imperatriz.

As fundadoras da Escola foram as irmãs Irmã Águeda Maria de São José (Severina Maria Guedes, 1885-1966), Irmã Eleonora Maria de Quixeramobim (Raimunda Nonata de Oliveira, 1902-1972), Irmã Judith Maria de Fortaleza (Isaura da Costa Rodrigues, 1893-1983) e, chegando dias depois, Irmã Júlia Maria de Barra do Corda (Maria José Varão, 1901-1995).

O novo estabelecimento de ensino teve, inicialmente, a denominação de Escola Santa Teresinha do Menino Jesus. A partir de 2/2/1929, Colégio Santa Teresinha do Menino Jesus. Em 15/11/1943, reduz o nome para Educandário Santa Teresinha. Em 1º/9/1960, o estabelecimento de ensino dá a denominação de Escola Normal Regional Santa Teresinha para seu curso de formação de professores, cujo ato solene de inauguração ocorreria em 3/3/1961, com o início das aulas, ministradas no mesmo prédio e no período vespertino. O nome Educandário Santa Teresinha permaneceu com a Escola, para o ensino primário. Dez anos depois, em 1971, o nome foi alterado para Escola Normal Ginasial Santa Teresinha. No ano seguinte, 1972 (com formalização pelo Conselho Estadual de Educação em 1973), as duas unidades (Educandário e Escola Normal) unificaram-se, formando um só estabelecimento educacional – Escola Santa Teresinha.

O NOME

O nome da escola, “Santa Teresinha” (no começo, “Santa Teresinha do Menino Jesus”), não tem a ver com Santa Teresa d’Ávila (também chamada Santa Teresa de Jesus), padroeira de Imperatriz.

Santa Teresinha (nome mais curto) ou Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face (nome religioso completo) chamava-se Marie-Françoise-Thérèse Martin, era espanhola, nasceu em 1873 e faleceu em 1897. Era também chamada Teresa de Lisieux, nome adotado em razão da cidade francesa onde, desde os 15 ano,s viveu.

Santa Teresa d’Ávila ou Santa Teresa de Jesus chamava-se Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, era francesa e viveu três séculos antes de sua quase homônima: nasceu em 1515 e morreu em 1582. O nome Ávila refere-se à província espanhola de Ávila, de que faz parte Gotarrendura, cidade nascimento de Santa Teresa, antes pertencente ao Reino de Castela, hoje comunidade autônoma de Castela e Leão.

Além da Fé, o que une as duas religiosas é terem pertencido à mesma Ordem, a dos Carmelitas Descalços, iniciada por Santa Teresa d’Ávila e por São João da Cruz, também frade espanhol. A Ordem dos Carmelitas Descalços deriva da Ordem do Carmo, fundada em Israel em 1200.

O nome Santa Teresinha foi dado pelo frei Bernardino de Mornico, que, nos idos de 1924, era vigário capitular de Grajaú, município maranhense de cuja diocese Imperatriz fazia parte. (“Vigário Capitular” é o padre responsável por uma diocese na ausência – por morte ou transferência – do seu bispo). Frei Bernardino era da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Chamava-se Reinaldo Fratus de Balestrinis, era italiano de Mornico (daí seu nome religioso), em Bérgamo, onde nasceu em 30/10/1890. Foi ordenado em 8/12/1914 e faleceu em 20/5/1948.

*

Eu estudei os três anos do ensino médio em uma escola das Irmãs Capuchinhas – o Colégio São José, em Caxias (MA). A diretora era a Irmã Maria Gemma de Jesus Carvalho, à época chamada Irmã Clemens. Fui presidente do Grêmio Santa Joana d'Arc durante os três anos, no primeiro ano substituindo o presidente eleito (fui o segundo colocado) Roldão Ribeiro Barbosa, que viajou e, nos dois anos seguintes, fui eleito e reeleito. Por isso – e pelo trabalho inovador que fiz na gestão do Grêmio – recebi "Diploma de Honra ao Mérito" do Colégio São José, assinado pela diretora. Também, na conclusão do ensino médio, fui o orador da turma, cujo curso profissionalizante foi Contabilidade.

Irmã Maria das Neves Franco, que foi diretora da Escola Santa Teresinha e, hoje, é superiora-geral da Congregação das Irmãs Capuchinhas, contou-me que, todas as vezes que encontrava a Irmã Maria Gemma, esta procurava saber do ex-aluno Edmilson Sanches. Eu também, todas as vezes que ia a Caxias, visitava a Irmã Gemma, seja no Colégio São José, seja na residência das Irmãs – onde, aliás, a Irmã Maria das Neves Franco esteve em seu período inicial na ordem.

Pelo menos, duas outras irmãs capuchinhas do Colégio São José, de Caxias e conhecidas minhas, prestaram bons serviços às suas colegas e confraternas da Escola Santa Teresinha, de Imperatriz: Irmã Eucaristia e Irmã Rita Carvalho (que foi diretora do São José; atualmente é a Irmã Suely).

Parabéns à Escola Santa Teresinha, orgulho da Educação imperatrizense, maranhense e brasileira.

* EDMILSON SANCHES

DOMINGOS ELIAS DA COSTA MORAES (sacerdote e educador)**

*

Como registram livros que tratam da História e da Educação de Imperatriz, Domingos Elias da Costa Moraes foi padre e educador.

A documentação bibliográfica existente revela que Domingos Moraes não apenas foi um sacerdote e um educador, mas um lutador destemido pelas causas sociais, sobretudo educacionais, da iniciante cidade de Imperatriz, ainda Vila de Santa Teresa.

Inconformado com a situação de abandono da povoação como um todo e da falta de escola e professor para as crianças, ele voluntariamente criou e manteve uma escola, de outubro de 1867 a 30 de janeiro de 1871.

Nesse meio tempo, em 1869, enfrentando enormes dificuldades de transporte à época, Domingos Moraes foi à capital da província do Maranhão, São Luís, e denunciou, publicamente, à situação. O grito do sacerdote foi ouvido pela imprensa da capital: pelo menos, um jornal, “O País”, em sua edição de 8 de abril de 1869, fez “esta triste descrição”, no dizer do médico e historiador César Augusto Marques, que reproduziu o registro do jornal, que assim detalhou:

“Lá para as margens do Tocantins existe esta vila [Imperatriz] e o seu estado mostra bem quanto está longe das vistas do governo. Sem templo para [a igreja] matriz, sem casa de Câmara, sem cadeia, e até sem professor público, é a vila da Imperatriz uma pobre povoação, rica de elementos para ser uma grande cidade, que vegeta abandonada, inteiramente esquecida.

De lá acaba de chegar , vindo pelo Pará, o seu digno vigário o reverendo padre Domingos Elias da Costa Moraes, jovem sacerdote, ativo e empreendedor, que conhecendo o quanto valem pedidos e reclamações escritas, quando não são acompanhadas de uma voz convencida e interessada, vem pessoalmente expor ao governo da província as necessidades de sua igreja e do rebanho de que é pastor.

(...)

 A aula primária, desde que foi criada , não teve professor em exercício. Condoído de ver aquela pobre gente privada até do ensino de primeiras letras, abriu esse bom vigário uma aula que desde outubro de 1867 tem sustentado gratuitamente. Foi ultimamente provido um professor na cadeira dessa vila, e é de esperar de seu patriotismo que não a recuse.

 Além disso, assim como para os sertões mais remotos vão os juízes e os párocos, não há razão para que não vão os professores. Cumpre que o governo proceda neste negócio de modo que não sejam os habitantes da Imperatriz totalmente privados de instrução. O meio é, uma vez provido o professor, não lhe dar outra cadeira, admitindo apenas a permuta.”

Tinham fundamento as denúncias do padre Domingos Moraes, publicadas pelo jornal de São Luís em 08 de abril de 1969. Afinal, desde 11 de julho de 1864  -- portanto, praticamente cinco anos antes – o Governo maranhense havia criado “as cadeiras de primeiras letras para os meninos e a cadeira feminina”, como escrevem* Alexandre Ribeiro e Silva e Mariléia dos Santos Cruz, acrescentando: “no entanto, de imediato não houve nomeação para a regência de nenhuma das duas aulas, fazendo continuar a carência de ensino na vila”

Em 4 de maio de 1865, cerca de um ano após a criação legal da instrução pública em Imperatriz, a Câmara Municipal resolveu alertar o presidente da província do Maranhão para a situação do ensino em Imperatriz. Foram criadas as cadeiras e um ano depois nela professor nenhum havia assentado. A Câmara, então, à falta de professores legalmente concursados, nomeados, empossados e efetivados, sugeriu o nome dum cidadão de Imperatriz, Emiliano Gonçalves de Andrada, que teria, segundo a correspondência da Câmara, “as precisas habilitações para interinamente reger a cadeira de primeiras letras”.

O presidente da província era Antônio Leitão da Cunha, que, três meses e seis dias depois da data da carta da Câmara imperatrizense, solicitou informações ao órgão próprio do governo para o caso, a Inspetoria de Instrução Pública, que, por sua vez, informou ao presidente sobre as (des)razões de Imperatriz ainda não ter nenhum professor, mais de um ano depois de criadas as cadeiras de ensino na vila. Segundo a Inspetoria, realmente não havia professor e não havia professor porque não houve concurso para professor e não houve concurso para professor “por falta de concorrentes”, como anotam Silva e Cruz.

Terminou que nem a sugestão do professor interino feita pela Câmara de Imperatriz foi aceita. Disseram que iriam abrir concurso, pois surgira um professor habilitado, já experiente, que ensinara no município de Tutoia. Assim, em 23 de dezembro de 1865 foi aberto o concurso para inscrições. As provas foram realizadas em 1º de março de 1866 e logo em seguida, dia 03 de março, foi formalmente nomeado o primeiro professor de Imperatriz, oficialmente falando. Tratava-se de Francelino de Carvalho Sanches. Mas ele não chegou a dar aulas: pediu e foi transferido para outro município.

A partir daí, houve uma sucessão de concursos, desistências e transferências. Ninguém queria vir para Imperatriz. Daí que, em 1867, o padre Domingos Moraes cria por sua conta uma escola e, em 1869, denuncia publicamente a situação de abandono na imprensa maranhense, ao mesmo tempo em que pessoalmente dá conhecimento da situação ao governo.

Os esforços do padre Domingos junto ao Governo e à Imprensa em abril de 1869 deram resultado. Para suprir temporariamente a falta de professores aprovados que quisessem ir para Imperatriz, o vice-presidente do Maranhão, José Silva Maia, nomeou interina mas oficialmente o próprio padre Domingos Elias da Costa Moraes, como informa em relatório de 1º de junho de 1869.

Em 30 de janeiro de 1871, Domingos Moraes pediu exoneração do cargo de professor interino. Nesta mesma data, foi nomeado para o cargo de delegado literário. Outros concursos foram abertos e, em 25 de julho de 1871, foi aprovado um professor que já havia tentado em outro concurso, sem êxito: Agostinho José da Costa Cururuca, considerado “o primeiro professor nomeado que lecionou na vila, conseguindo relativa estabilidade”. Nomeado pelo Governo do Maranhão em 26 de julho de 1871, permaneceu no cargo até 1875.

Além da Educação, o sacerdote Domingos Moraes era um patriota convicto. Segundo notícia no jornal “Diário de Pernambuco”, de 02 de setembro de 1865, um sábado, Domingos Moraes integrava o corpo de soldados e outros voluntários que se apresentaram ao Imperador para a Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida de dezembro de 1864 a março de 1870. Registra o “Diário”:

“É capelão do corpo o Reverendíssimo Padre Domingos Elias da Costa Moraes, o qual ante tais manifestações de patriotismo ofereceu-se para fazer parte do mesmo corpo como tal.”

(Uma curiosidade: integrando o corpo de soldados de que era capelão o padre Domingos, estava a à época já considerada heroína brasileira Antônia  -- mais conhecida pelo apelido Jovita --  Alves Feitosa (1848-1867), uma jovem cearense do município de Tauá que aos 17 anos aderiu como voluntária e, embora as autoridades a tivessem impedido de ir para a Guerra do Paraguai, Jovita permaneceu no corpo de voluntários, no Rio de Janeiro (RJ) e aos dezoito anos já era segundo-sargento. Suicidou-se aos 19 anos, no Rio, consta que por amor. Seu nome, pela Lei federal nº 13.423, está  inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. Entre outras homenagens, o nome de Jovita Feitosa foi dado a dois logradouros de capitais: a Avenida Jovita Feitosa, em Fortaleza (CE), e a Rua Jovita Alves Feitosa, em Teresina, no Piauí, estado que a aceitou como voluntária, conferindo-lhe o posto de primeiro-sargento.)

*

Outra prova do grande envolvimento do padre Domingos Moraes com a comunidade consta da publicação “Almanaque do Maranhão”, do período de 1869 a 1875. Em diversas páginas registra-se que Domingos Moraes era ao mesmo tempo: a) suplente de delegado literário do frei Manoel Procópio do Coração de Maria; b) pároco colado da Freguesia de Santa Teresa de porto Franco; e c) comissário vacinador. “Pároco colado” era o sacerdote que, aprovado em concurso, tornava-se responsável por uma paróquia, dela só saindo se quisesse. “Comissário vacinador” era a pessoa habilitada a fazer a inoculação de vacinas em cidades e vilas.

Por sua capacidade de luta e trabalho, por sua preocupação e dedicação às coisas espirituais e às causas sociais, por efetivamente ter buscado respostas para o problema da Educação na fase inicial da história de Imperatriz, por esses e outros méritos, Domingos Elias da Costa Moraes é o nome pioneiro da Educação que está a merecer uma homenagem pública da cidade que, em tempos muito mais difíceis, ele ajudou a preparar para os dias de hoje.

** EDMILSON SANCHES

REFERÊNCIAS

CRUZ, Mariléia dos Santos (org.). História da Educação de Imperatriz. Imperatriz: Ética, 2012)

MARQUES, César Augusto. Dicionário Histórico e Geográfico da Província do Maranhão. São Luís: Tipografia do Frias, 1870.

FOTOS:

A Escola Santa Teresinha, das Irmãs Missionárias Capuchinhas, que completou 100 anos em 3 de agosto de 2024, em Imperatriz (MA). Alunos na década de 1990 (o primeiro à direita, meu irmão Wendel Sanches) e alunas em desfile de 7 de Setembro, em 1962. Diploma para Edmilson Sanches, por "atuante desempenho" como presidente do Grêmio do Colégio São José, também das Irmãs Capuchinhas, em Caxias (MA).

Depois de muita expectativa e uma longa preparação, o kitesurfista maranhense Bruno Lobo fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 na manhã deste domingo (4), a partir das 7h13, na Marina de Marselha, no Sul da França. Bruno, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, é forte candidato a garantir uma medalha para o Brasil na Fórmula Kite, classe da vela que faz a sua estreia no programa olímpico.

Na competição olímpica da Fórmula Kite, que reunirá 20 atletas na Marina de Marselha, Bruno Lobo vai disputar 16 regatas entre domingo (4) e quarta-feira (7). Os 10 melhores colocados garantem vaga para as regatas decisivas, onde vão brigar pela conquista de medalhas.

Bruno Lobo está no melhor momento de sua vitoriosa carreira, colecionando resultados expressivos em eventos nacionais, continentais e mundiais durante o ciclo olímpico. Além de ser o atual bicampeão pan-americano e hepta brasileiro de Fórmula Kite, o maranhense também é o melhor atleta das Américas no ranking mundial da modalidade, onde ocupa a sétima posição.

"As expectativas para a competição são as melhores possíveis. É um sonho de infância que está se tornando realidade. Passa um filme na cabeça, passa a trajetória de toda a minha vida. Não foi uma jornada fácil, foram muitos os momentos de dificuldade e incerteza, mas pude superar tudo isso e chegar aos Jogos Olímpicos. Vamos com tudo para representar o Maranhão e o Brasil, e o apoio da torcida vai fazer toda a diferença em busca dessa medalha", afirma Bruno Lobo.

A Marina de Marselha, onde Bruno Lobo vai competir pela tão sonhada medalha olímpica, traz boas lembranças ao kitesurfista maranhense. Na temporada de 2023, Bruno foi o único atleta da América do Sul a participar do evento-teste da Fórmula Kite nos Jogos Olímpicos, onde faturou a quinta colocação e mostrou que está no caminho certo para brigar pelo pódio.

Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, Bruno Lobo passou por duas semanas de treinos em Marselha durante o mês de junho e também garantiu o nono lugar no Campeonato Mundial de Fórmula Kite, realizado em maio, na cidade de Hyères, na França. O atleta maranhense teve um ótimo desempenho diante dos principais nomes da modalidade no planeta, chegando até as semifinais e garantindo presença no Top 10 do Mundial pelo segundo ano consecutivo.

Bruno Lobo também registrou grandes performances em dois eventos na Espanha no início da temporada de 2024. O kitesurfista número 1 das Américas conquistou o quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite, realizado em março, em Los Alcázares, e garantiu a 11ª posição do Troféu Princesa Sofia, que foi válido como etapa da Copa do Mundo e disputado em abril, em Palma de Mallorca.

Temporada anterior

Em 2023, Bruno Lobo colecionou resultados históricos, com destaque para a vaga antecipada nos Jogos Olímpicos, o quinto lugar no evento-teste em Marselha, o hepta brasileiro de Fórmula Kite e a conquista de seu segundo ouro na história da modalidade nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. O maranhense também alcançou o Top 10 do Mundial de Vela, foi o nono colocado na Allianz Regatta e colocou o Brasil em sétimo lugar na disputa por países do Troféu Princesa Sofia, na Espanha. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)