A Frente Parlamentar Mista da Educação, composta por 207 deputados federais e 22 senadores, fez um apelo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que reavalie a decisão de suspender R$ 6 bilhões do programa de apoio educacional Pé-de-Meia. Em ofício enviado, nessa sexta-feira (24), ao ministro Vital do Rêgo, presidente da corte, a bancada da educação no Congresso Nacional diz que a suspensão pode provocar "graves prejuízos" aos estudantes beneficiários. Criado no ano passado, o programa atende 3,9 milhões de jovens em todo o país, com investimento anual de R$ 12,5 bilhões.
"O programa Pé-de-Meia é essencial para a melhoria da aprendizagem e a evolução nos resultados educacionais. De acordo com dados do Censo da Educação Básica de 2022, a taxa de evasão entre estudantes das redes públicas era de 6,4%, e espera-se que, com a implementação do programa, essa taxa seja significativamente reduzida, garantindo que mais jovens permaneçam na escola. Além disso, a vinculação dos incentivos financeiros à frequência e à conclusão escolar possui um grande potencial de melhora do desempenho escolar, na medida em que estudos apontam que a permanência estudantil está associada a melhores resultados educacionais", diz um trecho do ofício.
Em sessão na última quarta-feira (22), o plenário do TCU manteve, por unanimidade, uma decisão cautelar do ministro Augusto Nardes que suspende a execução de R$ 6 bilhões do programa. A medida foi tomada a partir de uma ação proposta pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público no TCU (MPTCU), que alegou que os valores utilizados para o crédito do programa estavam fora do Orçamento.
O Pé-de-Meia paga uma mesada de R$ 200 por aluno durante o ano letivo e mais uma poupança anual de R$ 1.000 para quem for aprovado, mas que só podem ser sacada após a conclusão do ensino médio. Há, também, apoio financeiro para a matrícula e para incentivar o aluno a realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, cada aluno pode receber até R$ 9,2 mil ao término dos três anos desta etapa de ensino. O financiamento do programa vem ocorrendo com recursos de diferentes fundos de direito privado alimentados por recursos público da União, sob gestão da Caixa Econômica Federal.
"O bloqueio dos recursos pode comprometer a continuidade do programa e, consequentemente, comprometer os avanços já conquistados e os impactos potenciais. A interrupção do pagamento do benefício pode levar ao aumento da evasão escolar, ao comprometimento do desempenho acadêmico e à exclusão de milhares de jovens do sistema educacional", destacam os parlamentares na carta ao TCU. O ofício pede ao tribunal que reconsidere a decisão de bloqueio dos recursos e avalie a viabilidade de uma solução para o impasse, conciliando "os princípios da eficiência na gestão pública com as necessidades urgentes" da educação brasileira.
Apesar do bloqueio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou, na última quinta-feira (23), que o programa Pé-de-Meia não será interrompido. Segundo ele, o pacote de corte de gastos aprovado no fim do ano passado estabelece medidas que colocam o programa no Orçamento da União, apesar de a Advocacia Geral da União (AGU) ter manifestado preocupações, em recurso apresentado ao TCU para impedir a suspensão dos repasses mantida pelo tribunal.
– O boi do Elias chegou. Agora, sim, tem festa no céu...
*
Toda cidade tem seu encanto, e muito desse encanto deve-se a personagens – não necessariamente personalidades – singulares. São pessoas com alguns graus de liberdade a mais, de despojamento a mais e, alguns diriam, de loucura a mais.
Na minha cidade natal, Caxias (MA), eu ainda criança e adolescente, convivi com pessoas assim: o Pedro, bom desenhista, que, à maneira de certo jesuíta, escrevia e, sobretudo, desenhava em areias. O Feijão... O Frota... A Maria Pouquinha... A "Boi Te Come"...
Em Imperatriz (MA) conheci alguns desses seres especiais: o Leó, o Elias do Boi...
Na tarde-noite de 24 de janeiro de 2018, soube que Imperatriz havia ficado sem uma dessas luzes ambulantes. Elias do Boi, aos 65 anos, havia morrido.
Como quase sempre eu andava pelas ruas de Imperatriz a pé, às vezes encontrava o Elias. Ele se aproximava de mim: “– O Chancho!... O Chancho!...”. Era como ele falava, lindamente, meu sobrenome.
Quando ele ficava sabendo que eu era candidato a mandato político, me pedia os cartõezinhos (minha “marca registrada” em campanhas e, também, geralmente meu único material gráfico de divulgação). Eu perguntava a ele sobre a saúde, se alguém não o estava deixando em paz etc. etc.
Elias do Boi era cativante, na simplicidade, na verdadeira tradição que, do seu jeito, criou na cidade, tocando seu pandeirinho, cantando o seu cantar, às vezes acompanhado de crianças.
Se há sete anos Elias do Boi saiu da vida para a imortalidade, bem antes ele já estava imortalizado em canções de outros artistas, músicos que, sensíveis como só o são os artistas, foram tocados pela singeleza eliana. É o caso do cantor e compositor Erasmo Dibell, que fez a canção “Minha Cidade”, cantada pelo Carlinhos Veloz (a quem homenageei na Câmara Municipal em 2012 com o título de “Cidadão Imperatrizense”), e o também cantor e compositor José Bonifácio Cézar Ribeiro, o Zeca Tocantins, que (en)cantou o Elias na sua música “Boi de Brinquedo”, interpretada pelo inesquecível Neném Bragança (falecido em 2015). Cronistas da cidade também creditaram o nome de Elias do Boi em seus textos.
Portanto, seja contando um dedo de prosa, seja cantando a letra de uma canção, Elias do Boi era uma personagem inspiradora... para quem sabe o que é isso.
QUEM ERA
Elias do Boi era o artista. O civil chamava-se Elias Araújo da Silva, nascido em São João dos Patos (MA), em 14 de novembro de 1952, filho de Dª Albina Barros de Araújo e do Sr. Victal Mariano da Silva. Veio criança para Imperatriz, em 1954.
Após a morte dos pais, a irmã, Maria do Carmo (chamada Neném), abrigou Elias na residência dela, de onde ele saiu porque não quis acompanhar a irmã, que estava de mudança para o município de Davinópolis, à época Vila Davi, um ex-bairro distante do centro de Imperatriz.
Segundo colheu o jornalista Jaldene Nunes, que fez alentada reportagem sobre Elias do Boi, o artista não queria sair da área central da cidade, pois delimitara a região do calçadão de Imperatriz como uma espécie de espaço de atuação, o seu "lugar de fala", de canto, de brincadeiras e de dança, área onde até realizava serviços de coleta de resíduos das muitas lojas daquele setor comercial. Desse modo, Elias do Boi contou com o acolhimento de pessoas amigas, em cujas residências foi morando.
Elias chegou a ser “fichado” (registrado para trabalhar) na Prefeitura de Imperatriz, como servidor da Secretaria da Educação.
UM ARTISTA NASCE
Elias aprendeu a brincadeira do boi com um tio, Raimundinho, que morava em Pedreiras (MA). Mas brincar o boi mesmo, como observa Jaldene Nunes, isso aconteceu somente em Imperatriz.
Elias ajudou na campanha eleitoral de Renato Cortez Moreira, que, em primeiro mandato, governou Imperatriz de 1970 a 1973. Em retribuição, sabendo de seu gosto pelo folclore junino, o então prefeito Renato presenteou Elias com um boi, aquele simulacro do animal, sob cuja armação dança uma pessoa. O do Elias fora feito em Belém (PA).
Depois Elias foi brincando e fazendo brincar. Há registros fotográficos de muita gente adulta hoje que, na época de menino e adolescente, participou dos bois de Elias.
Com o correr dos anos, pelo menos outros dois bois, após o primeiro, foram doados por políticos da região. Isso fazia a alegria de Elias e a permanência da brincadeira.
As décadas se passaram. Elias foi se sentindo só. Uma solidão compartilhada com um pandeirinho... um boizinho... A riqueza folclórica que ele defendia não combinava com a pobreza franciscana a que era submetido. O cantador de boi talvez sequer sentisse racionalmente que era vítima de um boicote, pela insensibilidade do modo de ser e agir de pessoas, órgãos e instituições, públicos ou privados, da cidade onde nasceu brincante de boi e viveu praticamente toda a sua vida.
*
Elias do Boi, não há dúvida, foi para o céu. Se, desde há sete anos, a gente à noite enxergar mais estrelas brilhando lá no alto, estejamos certos: são estrelas do manto cintilante do boi do Elias. Boi que brinca. Boi que vai e volta e voleia.
São Pedro e São João, sete anos atrás, estavam à entrada do portão celeste, e anunciaram:
"– Chegou o Elias do Boi!"
Agora, sim, tem festa no céu.
*
Aí na Eternidade, Elias, descanse – e brinque – em paz.
* EDMILSON SANCHES
Fotos:
Elias com pandeiro e, no calçadão de Imperatriz, dançando (foto de Carlos Brandão) e, em foto de Fernando Cunha, sentado: alegria, inspiração, solidão.
No dia 24 de janeiro de 1835, trabalhadores africanos escravizados ocuparam Salvador (BA) enfrentando, durante mais de três horas, civis e soldados coloniais na revolta que ficou conhecida como a mais importante rebelião urbana de escravizados do Brasil.
Ainda hoje, 190 anos depois, a Revolta dos Malês é lembrada em estudos, livros, blocos de Carnaval, filmes e exposições de arte.
Estima-se que 600 africanos tenham participado do movimento. Proporcionalmente, isso equivaleria a 12 mil pessoas considerando a população atual de Salvador. O historiador baiano João José dos Reis calculou que mais de 70 africanos morreram nos conflitos e cerca de 500, em estimativas conservadoras, foram punidos com penas de morte, prisão, açoites ou deportações.
“Embora durasse pouco tempo, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido nas Américas”, afirma o especialista no livro Rebelião Escrava no Brasil: a História do Levante dos Malês (1835).
O historiador dos Reis estima que Salvador tinha, em 1835, 65,5 mil habitantes, sendo 42% escravos (27,5 mil) e 29,8% de negros ou pardos livres (19,5 mil). Os brancos representavam 28,8% da população da capital baiana (18,5mil).
O termo malê era como os africanos muçulmanos trazidos ao Brasil eram chamados, sendo esse o principal grupo que organizou o levante.
Chamada, também, de Grande Insurreição, o episódio é parte de diversas revoltas que ocorreram na Bahia entre 1807 e 1844, sendo a dos Malês a mais importante delas, segundo pesquisa do historiador e sociólogo Clóvis Moura.
Segundo esse pesquisador, a revolta de 1835 não foi uma eclosão violenta e desorganizada, surgida por um incidente qualquer. Até mesmo um fundo com recursos foi criado para financiar as atividades dos escravizados rebeldes.
“[O levante] será planejado nos seus detalhes, precedido de todo um período organizativo – fase obscura de aliciamento e preparação. Esses escravos se reuniram secretamente em diversos pontos de Salvador. Criaram um clube, também secreto, que funcionava na Barra [da Vitória]”, afirmou Moura no livro Os Quilombos e a Rebelião Negra.
O plano era, após a eclosão da rebelião em Salvador, seguir para os engenhos, o epicentro da escravidão baiana.
“De lá vieram combatentes para a cidade; desta seguiriam as forças rebeldes para levantar a escravaria dos engenhos”, afirmou o historiador João José Reis.
Malês hoje
A revolta ainda ecoa nos dias atuais ao ser resgatada por estudos, livros, filmes, blocos de carnaval e obras de arte. Em 1979, a revolta deu nome ao bloco afro Malê Debalê, de Salvador, que homenageia os que lutaram contra a escravidão em 1835.
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira do século 21, o livro Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves, publicado em 2006, conta a história da personagem Kehinde, sequestrada na África e trazida à Bahia no início do século 19.
Na obra, Ana Maria retrata, como pano de fundo do romance, fatos históricos ligados à Revolta dos Malês. Kehinde, rebatizada Luísa Mahin ao chegar a Salvador, participou da revolta e foi a mãe do líder abolicionista Luiz Gama.
No final de 2024, estreou nos cinemas o longa-metragem Malês, estrelado e dirigido por Antônio Pitanga, que retrata a história da insurreição.
A exposição Eco Malês, em cartaz na Casa das Histórias de Salvador até maio de 2025, reúne 114 obras de 48 artistas que refletem a influências contemporâneas da Revolta dos Malês. O acesso à exposição é gratuito nas quartas-feiras.
O curador da exposição, João Victor Guimarães, explicou à Agência Brasil que realizou uma pesquisa sobre práticas artísticas que trazem alguns dos pilares da revolta.
“Temos a própria ideia de que, para alcançar um objetivo comum, é necessário ceder. Os malês tinham como plano matar todos os brancos e os negros que não se convertessem ao islamismo. No entanto, para a revolta avançar, eles negociaram com irmandades cristãs e terreiros de Candomblé”, destacou João Victor.
A revolta
Marcada para o dia 25 de janeiro, data que celebrava o fim do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, a revolta foi antecipada em um dia após uma delação.
“Vendo que tinham que antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira: a situação não comportava mais esperas”, contou Clóvis Moura.
Vestidos com roupas tradicionais dos mulçumanos na Bahia, os rebeldes lutaram pelas ruas da antiga capital brasileira, tentando libertar o escravo Pacífico Licutã, que estava preso, mas não conseguiram.
“Verdadeira carnificina. As posições mais vantajosas dos legais, além da superioridade de armamentos, fizeram com que os insurretos fossem definitivamente batidos”, completou Moura.
Entre as lideranças da insurreição, estavam principalmente os negros nagôs (iorubás), mas também haviam hauças, tapas e de várias outras nações africanas, tanto escravizados, quanto livres.
Entre os líderes do movimento, encontram-se os escravos Pacífico Licutã e Ahuna, além do preto forro Belchior da Silva Cunha, que emprestava a casa para as reuniões, assim como Lupis Sanim e Manuel Calafete.
O historiador João José Reis explica, em sua obra, que a maior independência de que gozavam os escravos urbanos, trabalhando nas ruas para seus senhores, facilitou a organização da revolta.
“Em geral, os escravos percorriam toda a cidade trabalhando para seus próprios senhores ou, principalmente, contratados por terceiros para serviços eventuais. Muitos escravos sequer moravam na casa senhorial”, enfatizou.
Clóvis Moura conta que as lutas escravas ao longo dos quase 400 anos de escravidão no Brasil conseguiam desgastar a classe senhorial em aspectos político, econômicos e psicológicos.
“Quem examina a documentação desse período da nossa história encontra, como uma constante, o medo dessas classes diante do grande número de escravos e da sua possível consciência da exploração a que estavam sujeitos. O exemplo do Haiti é constantemente referido por essas autoridades”, diz Clovis Moura.
Em 1804, o Haiti conquista a independência após uma revolução dos escravizados que fundam a primeira República negra liberta das Américas.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou nesta sexta-feira (24), no Diário Oficial da União, o edital do concurso para 460 vagas de analistas do órgão, de nível superior.
A banca escolhida para organizar o certame é o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
Das 460 vagas disponibilizadas, 130 são para o cargo de analista-administrativo e 330 para o cargo de analista ambiental, distribuídas para as 27 unidades da federação. A remuneração é de R$ 9.994,60, para todos os cargos, com a possibilidade de recebimento de gratificação de qualificação com os seguintes valores: para curso de especialização: R$ 464, mestrado: R$ 922 ou doutorado: R$ 1.387. A jornada de trabalho dos aprovados será de 40 horas semanais.
Inscrições
As inscrições no concurso público poderão ser feitas das 10 horas da próxima quinta-feira (30) às 18 horas de 18 de fevereiro, no horário oficial de Brasília. Os interessados devem se inscrever on-line no site do Cebraspe. O valor da taxa de inscrição é de R$ 95. O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado até 20 de fevereiro, por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança).
Há a possibilidade de pagamento por Pix, que deve ser realizado por meio do QR code apresentado na GRU Cobrança.
De acordo com o edital de abertura do processo seletivo, podem solicitar a isenção do valor da taxa de inscrição os candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, atestado ou laudo emitido por médico de entidade, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com a indicação do Número de Identificação Social (NIS). O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição é o mesmo período da inscrição: das 10 horas de 30 de janeiro às 18 horas de 18 de fevereiro.
O candidato que necessitar de atendimento especializado, adaptações razoáveis ou tecnologias assistivas para a realização das provas e as demais fases do concurso deverá assinalar, no momento da inscrição, os recursos especiais necessários.
De acordo com o edital, os candidatos que se autodeclararem negros concorrerão simultaneamente, às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência. Até o fim do período de inscrição no concurso público, o candidato pode desistir de concorrer pelo sistema de reserva de vagas para candidatos negros, se desejar.
Provas
As provas objetivas e a prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, serão aplicadas em 6 de abril nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal. A avaliação biopsicossocial dos candidatos que solicitarem concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência e o procedimento de heteroidentificação dos candidatos negros também serão realizadas em todos os Estados.
Na data, todos os inscritos terão 4 horas e 30 minutos para preencher as questões do concurso.
As provas objetivas serão constituídas de itens 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos.
A prova discursiva valerá 20 pontos e consistirá em uma redação de até 30 linhas, no tema proposto.
A historiadora Mônica Lima e Souza será a nova diretora-geral do Arquivo Nacional, com posse programada para a primeira semana de fevereiro. Mônica é coordenadora-geral de Articulação de Projetos e Internacionalização da instituição e substituirá a também historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que pediu exoneração do cargo.
A nova diretora-geral é professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursou o mestrado em Estudos da África no El Colégio de México e doutorado em História Social na Universidade Federal Fluminense
De acordo com nota do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), ao qual o Arquivo Nacional é vinculado, a nova diretora “assume com a missão de dar continuidade ao processo de retomada da preservação da memória nacional, da valorização do Arquivo Nacional (AN) e de seus servidores e do fortalecimento da cultura de integridade”.
Na nota, a ministra da Gestão, Esther Dweck, agradece o trabalho da diretora Ana Flávia Magalhães Pinto e assinala que nos últimos dois anos “o Arquivo Nacional retomou projetos importantes, como a Semana Nacional do Arquivo e o Memória do Mundo da Unesco, ampliou parcerias nacionais e internacionais, estabeleceu planejamento estratégico interno e fortalecimento dos arquivos comunitários e implementou iniciativas que ampliaram o alcance de projetos como o Festival Arquivo em Cartaz”.
Em carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada também ontem, a Associação Nacional dos Servidores do Arquivo Nacional reivindicou que “a direção-geral seja ocupada por quem, de fato, compreenda o papel do Arquivo Nacional como órgão responsável pela política de gestão de documentos públicos do Executivo federal e que seja capaz de formular e apresentar um projeto político-institucional para sua gestão, comprometido com o processo de recuperação do protagonismo da instituição em sua área de atuação, mas também aberto ao diálogo com os servidores e entidades representativas da área arquivística e engajado no combate à prática de assédio moral”.
O Arquivo Nacional foi criado em 1838, no período regencial antes da declaração de maioridade de Pedro II. Atualmente, a instituição é o órgão central do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga), da administração pública federal, e tem status de secretaria no MGI. O arquivo tem sede no Rio de Janeiro (Praça da República) e uma unidade em Brasília (Setor de Indústrias Gráficas). As consultas ao acervo físico do Arquivo Nacional podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30 (entrada permitida até às 18h).
Termo de cooperação para revitalização do Museu de Ciências da Terra e para a construção do Centro Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro, foi assinado nessa quinta-feira (23), entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Petrobras.
O ato formalizou o apoio da empresa petrolífera para as obras de revitalização do museu e a construção dos laboratórios de isotopia e geocronologia. Com a assinatura dos acordos de cooperação, será possível abrir o processo licitatório para obras e aquisição de equipamentos.
Serão investidos no projeto R$ 271 milhões com a modernização e revitalização dos laboratórios do museu para novas pesquisas e exposições científicas e culturais. O Centro Científico e Cultural da Urca terá uma área de 2.400m², com laboratórios de ponta.
Segundo o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, a formalização do termo de cooperação é um marco histórico. “Este evento é uma celebração do que a ciência pode fazer pelo país. Estamos aqui para testemunhar a assinatura deste importante acordo de cooperação com a Petrobras, uma parceria estratégica que valoriza o papel essencial da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento de uma nação”, disse.
“Essa infraestrutura laboratorial vai ser referência internacional. A gente vai ter um centro de referência analítica aqui na Urca junto com o museu nesse prédio maravilhoso, histórico. Esse centro representa o que nós acreditamos que é o desenvolvimento tecnológico, de conhecimento”, disse a diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos.
Incêndio
O Museu de Ciências da Terra sofreu um incêndio em 1973 que destruiu e inutilizou quase a metade da sua área útil. O belo prédio neoclássico na Avenida Pasteur, 404, na Urca, tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), em 1994, tem sua história indissociável da própria história do Serviço Geológico do Brasil, sendo, por isso, considerado o Palácio da História Geológica Brasileira.
O edifício levou 28 anos para ser construído na transição entre a monarquia e a República.
O Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB), quando foi criado em 1907, já tinha uma significativa coleção de minerais, rochas e fósseis. Essas peças ainda hoje constituem uma das mais importantes coleções do acervo do museu. Em 1933, o SGMB foi substituído pela Diretoria Geral de Produção Mineral, que, no ano seguinte, foi substituída pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM).
Nessa época e em anos seguintes, o prédio histórico era utilizado por diversos órgãos da administração federal, como o próprio DNPM e, a partir de 1938, o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), tornando-se um dos mais conhecidos monumentos arquitetônicos da cidade.
As três indicações de Ainda Estou Aqui ao Oscar – melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz – foram muito celebradas no Brasil. De atrizes consagradas a críticos de cinema, de famosos a anônimos, não faltou quem ficasse feliz com o grande feito deste filme brasileiro, dirigido por Walter Salles.
Uma delas foi a atriz Fernanda Montenegro, que já foi indicada ao Oscar de melhor atriz em 1999, por Central do Brasil, filme que também teve direção de Salles. Desta vez, ela tem uma razão ainda mais especial para celebrar: a indicada ao Oscar de melhor atriz neste ano de 2025 foi sua filha Fernanda Torres, que interpretou a protagonista Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui.
“Eu, Fernanda Montenegro e Fernando Torres – onde quer que ele esteja – estamos felizes e realizados, em estado de aleluia, pelas indicações de Fernanda Torres e Walter Salles ao importante prêmio do Oscar. Um ganho cultural para o Brasil. Meu coração de mãe em estado de graça”, escreveu nas redes sociais.
Feito inédito
Em entrevista à Agência Brasil, o crítico de cinema Chico Fireman, sócio na distribuidora Michiko Filmes, responsável pelo lançamento no Brasil do filme Sol de Inverno, destacou o fato de Ainda Estou Aqui ter conquistado um feito inédito: foi a primeira vez que um filme brasileiro conquistou indicação na categoria de melhor filme, em 97 anos do prêmio.
“É imenso para o Brasil e para o cinema brasileiro. Joga os holofotes para nossa arte como nunca aconteceu. Estamos falando de visibilidade e não de importância em si. O cinema brasileiro não precisa do aval internacional, mas, quando ele vem, ajuda e muito. As pessoas vão se interessar mais pelo filme, pelo diretor, pela atriz e pelos filmes brasileiros como um todo. Coloca a gente no mapa de uma outra forma, com uma outra projeção”, defende.
O crítico ressaltou que a conquista se torna ainda mais impactante porque o enredo ajuda a trazer reflexões sobre as violências provocadas pela ditadura militar brasileira. “As indicações, de uma certa maneira, também são por causa disso. O tema político, tão universal neste momento da história do mundo, tem tocado muito as pessoas, inclusive fora do país”.
Para Fireman, também foi muito simbólica a indicação de Fernanda Torres ao Oscar de melhor atriz, feito que já havia sido conquistado por sua mãe. “É um ciclo completo fechado”.
Um marco
Já para Sérgio Machado, diretor e roteirista de filmes como Cidade Baixa e Abril Despedaçado, o filme representa um marco para a cultura brasileira.
“Vi o Ainda Estou Aqui nascer. É um marco no cinema e na cultura brasileira. Não apenas pelas indicações, que são importantíssimas, nem pelos prêmios que estão vindo e virão muito mais. Mas porque marca um reencontro dos brasileiros com os nossos filmes. E que lindo ver isso acontecer com uma obra que trata de assuntos tão fundamentais e que revisita o nosso passado sombrio. Ver o Waltinho, a Nanda e a equipe maravilhosa que fez o filme – amigos tão queridos – tendo o reconhecimento que merecem me traz uma felicidade que não consigo nem descrever”, comemora.
“Essas indicações e a marca histórica de o Brasil integrar a categoria de melhor filme no Oscar são de mérito da obra e atuação de Walter Salles e Fernanda Torres, grandes representantes da riqueza cultural do Brasil na cinematografia mundial e devem ser celebrados por toda a indústria audiovisual brasileira. É um marco de valorização da nossa indústria e reconhecimento da qualidade de nosso cinema. Viva Ainda Estou Aqui e viva o cinema brasileiro!”, celebra Joana Henning, CEO do Estúdio Escarlate, responsáveis por filmes como Monica e Sequestro do Voo 375.
Copa do Mundo
Em entrevista à Agência Brasil, Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, lembrou que a primeira apresentação do filme no Brasil ocorreu dentro do festival, realizado em outubro do ano passado.
“Isso [a indicação ao Oscar] é uma maravilha não só para o filme, mas para todo o cinema brasileiro, até para o cinema latino-americano. Quando eu vi o filme, achei que ele ia fazer história mesmo. Conversei com o Walter e falei a ele sobre a complexidade dos personagens. São muitos personagens e esse não é um filme simples de se fazer. A gente está fazendo história e ele ter escolhido a Mostra para a estreia do filme foi muito bacana. A gente ficou muito emocionada. Era um filme que precisava ser feito”, destaca.
“Além da excelência do filme – porque o Walter é um diretor que busca sempre a excelência e que é perfeccionista – tem esse fato que é histórico: um filme que traz temas que ainda são muito sobre o passado, mas que são temas que são também sobre o nosso presente e o nosso futuro”, acrescentou.
Para a diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme também teve o poder de resgatar o orgulho brasileiro e aquele clima de torcida, com as pessoas comemorando como se fosse uma vitória da seleção brasileira em Copa do Mundo.
“Essas indicações provocaram essa emoção toda e a gente vê a cultura e o cinema nesse lugar do esporte, que tem muito esse lugar da torcida. O filme conquistou esse lugar de orgulho, ainda mais por tudo o que o Brasil passou recentemente, com as perseguições contra o cinema e a cultura brasileira. Agora, vemos o cinema sair desse lugar e ir para um lugar onde as pessoas têm orgulho. É muito bonito a gente colocar a nossa cultura, o nosso cinema, nesse lugar também”.
Indicado
Ainda Estou Aqui é um filme baseado em uma autobiografia, de mesmo nome, escrita por Marcelo Rubens Paiva. A trama retrata o desaparecimento do político Rubens Paiva, pai de Marcelo Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira.
O foco da trama é Eunice Paiva. Casada com Rubens Paiva e mãe de cinco filhos, ela passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura.
Na manhã dessa quinta-feira (23), o filme recebeu três indicações. A primeira delas foi ao Oscar de melhor filme estrangeiro, repetindo o feito de O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996), O que é Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999). Neste ano, o filme concorre com A Garota da Agulha (Dinamarca), Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).
Na indicação de melhor atriz, Fernanda Torres concorre com Cynthia Erivo, Karla Sofía Gascón, Mikey Madison e Demi Moore. Já na categoria de melhor filme, os concorrentes são Anora, O Brutalista, Um Completo Desconhecido, Conclave, Duna: Parte 2, Emilia Pérez, Nickel Boys, A Substância e Wicked.
“Agora, tudo é batalha. Em filme internacional, Emilia Pérez é o franco favorito. Teve 13 indicações, quase um recorde geral – e um recorde para filmes estrangeiros. Então, é meio complicado enfrentar esse favoritismo. Tem uma reação contrária a este filme pela comunidade LGBT e dos mexicanos, o que pode nos favorecer se o negócio ficar muito grande. Mas é difícil mensurar isso”, explicou o crítico Chico Fireman.
“Em melhor atriz, a Demi Moore tem uma narrativa de comeback muito forte, e o filme é popular, mas, ao mesmo tempo, estar num body horror (A Substância) não deixa o caminho tão fácil assim. Nisso, a Fernanda, uma interpretação mais clássica, sóbria, unanimemente elogiada, pode surpreender. Mas é raríssimo acontecer um prêmio para uma estrangeira nesta categoria. Foram apenas duas em 97 anos de Oscar. Em melhor filme, a indicação acho que já é um grande prêmio. Mas, enfim, agora é uma nova votação. As coisas ficam meio zeradas”, acrescentou.
Para Renata de Almeida, o filme tem chances de conquistar o primeiro Oscar brasileiro.
“Se está aí concorrendo é porque tem chance. Acho que tem chance como filme estrangeiro. Na categoria de melhor filme, acho que é mais difícil. Mas a Fernanda também tem chance. Ela está fantástica no filme e, além disso, ela tem esse carisma todo. E eles estão se dedicando muito, muito, para a promoção do filme [no exterior]. Mas eu acho que a gente já tem que comemorar desde hoje porque eles fizeram um filme lindo”.
A temporada 2025 começou oficialmente para os alunos do Fórum Jaracaty, projeto que, há mais de duas décadas, tem transformado as vidas de crianças e jovens da região do Jaracaty e bairros adjacentes por meio do esporte e de ações sociais. Atualmente, a iniciativa, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Equatorial Maranhão por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, atende mais de 120 alunos, que participam de aulas de esporte (judô, tênis de mesa e futsal), de informática e da brinquedoteca. Na última sexta-feira (17), os integrantes do projeto receberam os novos quimonos e uniformes para serem utilizados ao longo de todo o ano, em treinos e competições.
A solenidade de entrega do material ocorreu na sede do Fórum Jaracaty e contou com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, Márcio Vaz, da analista de Responsabilidade da Equatorial Maranhão, Jeane Pires, e da diretora-executiva do projeto, Márcia Assunção.
“É um projeto extremamente impactante a nível social, pois atende crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. É um projeto sério. A Lei de Incentivo é fundamental para que essas crianças continuem na prática esportiva. Muitos daqui talvez não se tornem atletas, mas vão se tornar pessoas cientes de seus direitos e respeitadores de seus deveres porque o esporte proporciona isso. Aqui no Fórum Jaracaty, elas agregam valores para vida toda”, afirmou o secretário adjunto da Sedel, Márcio Vaz.
Para a diretora-executiva do projeto, Márcia Assunção, a entrega dos novos kimonos e uniformes aos alunos do Fórum Jaracaty representam a relevância e importância dada pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão ao trabalho desenvolvido na comunidade do Jaracaty há mais de duas décadas.
“Graças a uma rede de apoio significativa, conseguimos manter o Fórum Jaracaty em plena atividade há mais de 20 anos. Só temos a agradecer ao Governo do Maranhão e à Equatorial acreditarem no projeto, nas crianças e nos jovens do Jaracaty e dos bairros vizinhos. Aqui, eles têm oportunidade de se tornarem cidadãos a partir do esporte”, explicou.
Talento nos esportes
Nessas mais de duas décadas, o Fórum Jaracaty mostrou ser um “celeiro de talentos”. Prova disso, são as inúmeras conquistas esportivas dos alunos nos últimos anos. Em 2024, por exemplo, o projeto tornou-se potência esportiva na modalidade de judô. No Campeonato Brasileiro Regional I, realizado em Teresina (PI), os atletas do projeto se destacaram ao conquistar 6 medalhas, sendo 1 ouro, 4 pratas e 1 bronze. O desempenho ajudou o Time Maranhão a terminar o evento na quarta colocação geral com 53 medalhas (14 ouros, 13 pratas e 26 bronzes).
Já no tênis de mesa, Paola Morais teve uma temporada de 2024 incrível. A jovem, que iniciou na modalidade a partir do trabalho desenvolvido pelo Fórum Jaracaty, é uma das principais mesatenistas maranhenses da atualidade. Tanto que os expressivos resultados que ela obteve no ano passado a colocaram na liderança do ranking estadual em três categorias diferentes: Sub-19, Sub-21 e Adulto.
Fórum Jaracaty
O Fórum Jaracaty conta com o patrocínio do governo do Estado e da Equatorial Maranhão via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte para desenvolver atividades nas áreas esportiva, de informática e brinquedoteca. O projeto existe há mais de duas décadas no Jaracaty, ajudando crianças e jovens da região e bairros adjacentes a terem um futuro digno por meio do esporte e demais atividades.
Para a comunidade, o Fórum Jaracaty oferece cursos, palestras e demais atendimentos, com apoio dos patrocinadores e parceiros. Todas as atividades do projeto são gratuitas.
O repórter fotográfico Douglas Pires da Cunha Júnior morreu na noite dessa quarta-feira (22), no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), onde estava internado desde o início da semana. O velório ocorreu na Central Pax do Canto da Fabril (Rua Grande).
Filho do ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Luís Douglas Cunha, o fotógrafo Douglas Cunha Jr. tinha 47 anos. Ele chegou a trabalhar em órgãos da imprensa maranhense, entre os quais o jornal O Imparcial e o jornal O Estado do Maranhão.
De acordo com informações de parentres, Douglas Cunha Jr. morreu em decorrência de uma infecção ocasionada por uma perfuração no intestino grosso.
Médicos informaram que o fotógrafo passou mal após comer um peixe tambaqui assado, que o deixara com uma espinha entalada no estômago e que ocasionara grave infecção.
O sepultamento, de acordo com informações da família, foi realizado às 15 horas desta quinta-feira (23), no Cemitério da Vila Maranhão.
O maior evento cultural literário da Bahia, a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), será realizada este ano entre os dias 6 e 10 de agosto, no Centro Histórico de Salvador. Inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Flipelô acontece desde 2017 e é realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado.
A festa surgiu com o objetivo de preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, a cultura e arte da Bahia e estimular a literatura, principalmente entre os jovens.
“A Flipelô se consolidou no calendário nacional das festas literárias. Talvez sejamos a maior entre todas com uma programação que é toda gratuita. Fomos abraçados pela comunidade do Pelourinho, que soma na construção da festa. A cada ano aumenta o público baiano e de outros estados. Ano passado, mais de 250 mil pessoas vieram ao Centro Histórico nos cinco dias do evento”, disse Angela Fraga, diretora-executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, instituição cultural responsável pelo evento.
Na edição de 2024, o homenageado pelo evento foi o poeta, cantor, compositor e pai do rock brasileiro, Raul Seixas (1945-1989). Neste ano, o nome do homenageado ainda não foi definido mas, segundo Angela Fraga, será “uma pessoa da Bahia e amigo de Jorge Amado”. O nome deverá ser anunciado no próximo mês.