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Palmas (TO) - Indígenas brasileiros fazem cursos de informática na

A comemoração foi tripla quando o resultado do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) foi divulgado. Francisco de Assis, Daiana dos Santos, a esposa, e Elisângela de Assis, a irmã, foram aprovados para vagas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Os irmãos são da etnia Pankararu, e Daiana é da etnia Atikum-Umã..

“A felicidade na família foi grande. Os três aprovados nas vagas imediatas para o órgão que nos assiste. Queremos a reestruturação da Funai, a gente luta no movimento há muito tempo”, disse Francisco.

De acordo com a própria Funai, é a primeira vez que um concurso para o órgão é realizado com reserva de vagas para indígenas. Do total das 502 vagas ofertadas, 30% devem ser preenchidas por candidatos indígenas. O objetivo é garantir maior diversidade e inclusão, além de fortalecer o órgão. Segundo a Funai, 9.339 indígenas se inscreveram para as provas que ocorreram no dia 18 de agosto de 2024.

Rio de Janeiro (RJ), 14/02/2025 - Franciso Manoel de Assis Filho, aprovada para vaga na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pelo Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto: Franciso Manoel de Assis Filho/Arquivo Pessoal
Francisco Manoel de Assis Filho

Francisco ficou em primeiro lugar para indigenista especializado - engenheiro agrônomo. Ele está finalizando o doutorado e atualmente trabalha como extensionista rural no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Para ele, a aprovação na Funai significa muito mais do que apenas assumir um cargo público.

“A gente é do movimento indígena, sabe das reivindicações, conhece a realidade da Funai. Não é uma questão de apenas se tornar um servidor público federal, mas de contribuir com a entidade que, de fato, nos assiste, e que é competente para todos os pleitos”, disse.

A expectativa agora é “tentar ajudar no que for possível, dentro da nossa área de expertise, ralar diariamente e dar o melhor de nós.”.

Anos de estudo

A família vive em uma área - Taboa Pankararu - que fica entre Petrolândia (PE) e a Aldeia Brejinho da Serra, e onde Francisco é uma das lideranças. Da aldeia para cidade de Petrolândia são cerca de 18 km.

Daiana, esposa de Francisco, foi aprovada em 43º lugar como indigenista especializada – qualquer área do conhecimento. “Sinceramente, ainda não caiu a ficha mesmo tendo visto o resultado, tanto que nem divulguei ainda”, afirmou.

Rio de Janeiro (RJ), 14/02/2025 - Daiana Gonçalves dos Santos, aprovada para vaga na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pelo Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto: Daiana Gonçalves/Arquivo Pessoal
Daiana Gonçalves dos Santos

Ela é bacharel em enfermagem e especialista em saúde indígena. “Muitas comunidades estão desassistidas por falta de pessoal. Por já ter experiência em saúde indígena e amar trabalhar junto às nossas comunidades tive a certeza que, sendo servidora da Funai, estarei durante toda minha vida profissional trabalhando com o que me faz feliz, ajudando meu povo e meus parentes indígenas, independente da etnia que trabalhare..”

O casal tem um filho de 4 anos e aguarda agora a convocação e a definição de onde irão trabalhar. Eles esperam poder ficar próximos à aldeia e à família.  

Rio de Janeiro (RJ), 14/02/2025 - Elisângela Silva de Assis, aprovada para vaga na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pelo Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto: Elisângela Silva de Assis/Arquivo Pessoal
Elisângela Silva de Assis

Uma integrante da família também estará no mesmo órgão, Elisângela, que é irmã de Francisco e mora ao lado do casal em Petrolândia. Assim como o irmão, ela foi aprovada para a vaga de indigenista especializada - engenheira agrônoma, e ficou em quinto lugar. “Foi gratificante, pois além de poder exercer a profissão de formação no órgão que nos assiste, poderei ajudar nosso povo e os parentes. Fiquei feliz em ver o resultado de anos dedicados ao estudo, a agricultura e ao nosso povo”, diz.

Bacharel em engenharia agronômica, ela acredita que foi o conhecimento adquirido ao longo da carreira que possibilitou sua aprovação. “Procuro sempre estar atualizada na minha área profissional e em todas atualidades, pois o conhecimento é a única coisa que ninguém vai tirar de você, além de ser transformador de vidas”.

A Funai é especial para Elisângela.

“É o órgão que nos representa, que nos assiste enquanto indígenas, garante a preservação dos nossos territórios, cultura, costumes, modo de vida de cada povo indígena do país. Escolhi a Funai com o intuito de trabalhar em prol do meu povo e dos parentes de outras etnias, ajudando na reestruturação da mesma, que é vital para garantir nossos direitos”.

Reestruturação da Funai

A Funai passa por um processo de reestruturação após o governo de Jair Bolsonaro. Nesse período, a fundação perdeu capacidade de atuação e recebeu críticas sobre posicionamentos que não eram favoráveis aos povos indígenas.

Em 2023, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Funai chegou até mesmo a pedir desculpas às famílias do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas, por nota divulgada pelo órgão no mesmo mês. Segundo a própria Funai, a nota ameaçava a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) de processo judicial e trazia uma série de inverdades contra Bruno e Dom

Em 2024, foi instituído um grupo de trabalho (GT) para a reestruturação do órgão e dos cargos. Segundo a Fundação é a primeira vez, em 56 anos de que um grupo de trabalho instituído com essa finalidade é composto por servidores da Funai, representantes do Ministério dos Povos Indígenas, de organizações indígenas e entidades sindicais que representam os servidores.

Cadastro reserva

Rio de Janeiro (RJ), 14/02/2025 - Ezaul Santos, aprovada para vaga na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pelo Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto: Ezaul Santos/Arquivo Pessoal
Ezaul Santos

Para Ezaul Santos, da etnia Nukini, em Mâncio Lima (AC), a convocação dos indígenas vai ajudar a transformar a Funai.

“Foi muito importante essa briga pelo espaço, até para os próprios indígenas poderem ocupar um espaço que é seu. Um espaço para trabalhar com as pessoas das suas aldeias, as pessoas da sua região. Quem conhece as nossas regiões, quem conhece nossas aldeias, somos nós”, ressaltou.

Ezaul, que é graduado em nutrição e ciências ficou em 57º lugar para indigenista especializada – qualquer área do conhecimento, o que o colocou no cadastro reserva. Atualmente ele trabalha no Distrito Sanitário Especial de Saúde de Indígenas Alto Rio Juruá, do Ministério da Saúde.

“Com certeza está entrando uma galera muito capacitada, indígenas muito capacitados que tiveram que sair de suas aldeias para fazer sua graduação, que hoje vão estar dando retorno ao serviço público federal”.

Ezaul e os demais classificados dentro do cadastro reserva estão se mobilizando pela convocação. Eles defendem que a Funai precisa dos funcionários, como ficou provado no trabalho realizado pelo GT. “O cadastro de reserva vai ser muito importante porque apenas as vagas oferecidas não vão suprir nem a metade da demanda apresentada hoje pela instituição”.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 14/02/2025 - Proibição do uso de celulares nas escolas. Alunos do colégio Galois seguram celulares. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A vida escolar de cerca de 47 milhões de estudantes do ensino fundamental e do ensino médio mudou radicalmente no ano letivo que acabou de iniciar. Conforme a Lei nº 15.100/2025, eles estão proibidos de usar “aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica”.

Para Danilo Cabral, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Galois em Brasília, a medida exige mudança de comportamento. Vai alterar, por exemplo, a comunicação com a mãe ou com o pai. “Às vezes, no meio da manhã, eu decido que vou almoçar na escola, e fica um pouco mais difícil avisar aos meus pais”.

Apesar do empecilho, Danilo acha que “é só uma questão de adaptação mesmo” e que vai ser “muito benéfico”, porque “para prestar atenção nas aulas, a gente não pode mexer no celular”, admite cerca de dez dias depois da volta às aulas.

Brasília (DF) 14/02/2025 - Proibição do uso de celulares nas escolas. A aluna do colégio Galois, Joana Chiaretto. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Joana Chiaretto

Joana Chiaretto, da mesma turma que Danilo e também com 16 anos, percebe “mudanças muito positivas” no pátio da escola. “Antes, a gente via todo mundo no próprio celular. Sem conversar, nem nada, os grupinhos separados. Agora, a gente vê um grupão de meninas jogando carta. A gente vê as pessoas conversando mais. Aqui na escola, todo mundo está trazendo jogos”, conta com entusiasmo.

Para ela, “as pessoas são muito viciadas no celular”. E, entre os mais jovens, “é muito difícil. Chega a dar aquela angústia, de querer pegar o celular, de ligar pra alguém ou mandar uma mensagem”.

Sem fotos do quadro

A visão crítica dos dois adolescentes sobre o uso de celular no colégio e os benefícios da proibição são compartilhados por seus professores. “Melhorou muito no quesito entrosamento dos alunos. Eles têm que conviver juntos de novo”, ressalta Victor Maciel, professor de biologia do ensino médio.

O professor observa que, sem o celular, “os alunos não tiram mais fotos do quadro” e, mais atentos, perguntam mais, tiram dúvidas e aprendem mais. “Eles têm que estar mais focados agora. A aula fica mais interessante para eles. Porque sabem que não vão ter tanta facilidade depois para conseguir aquele conteúdo”.

Patrícia Belezia, coordenadora do ensino médio no Galois, também apoia a decisão. Ela se recorda de que, em ano anterior, a escola flagrou alunos jogando no celular inclusive em plataforma de apostas, “muitos viciados no jogo do tigrinho e em pôquer eletrônico. Eles faziam apostas entre eles.” Como o exemplo é uma forma de educar, a coordenadora destaca que a restrição aos celulares na escola é para todos. Se estende aos funcionários e aos professores.

Brasília (DF) 14/02/2025 - Proibição do uso de celulares nas escolas. A diretora do colégio Galois, Dulcinéia Marques. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Dulcinéia Marques

Dulcineia Marques, sócia-fundadora do colégio, acha que “ganhou um presentão” com a lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República. Para ela, o aparelho celular pode ser um marcador de desigualdades sociais em razão do modelo e do pacote de dados.

Ao seu ver, essas distinções distorcem o espírito das escolas que exigem o uso de uniforme igual para todos, que tem um propósito. “É o jeito de educar esses meninos. É assim para igualar as crianças e adolescentes. Para não trazer para dentro da escola o poder aquisitivo que os diferenciam pelos tênis e marcas de roupa”.

Projeto pedagógico

A escola de Dulcineia Marques, no Plano Piloto, atende a 1.198 meninos e meninas das quatro séries finais do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio. A 32 quilômetros dali, em Ceilândia, no Centro Educacional n° 11, o diretor Francisco Gadelha atende a 1.512 estudantes dessas séries e também homens e mulheres de 18 a 60 anos do ensino de jovens e adultos (EJA). O diretor também faz elogios à proibição dos celulares.

“No começo, eu era contrário à lei, por entender que o celular é uma ferramenta tecnológica. Mas agora estou observando em poucos dias como está sendo benéfico inclusive no comportamento. A gente está tendo menos brigas, menos situações de bullying”.

Gadelha está aproveitando a entrada em vigor da Lei nº 15.100/2025 para provocar a reflexão dos alunos e dos professores. Na preparação do ano letivo, a escola adotou o livro “A geração ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais”, do psicólogo social Jonathan Haidt, como referência para a criação de um projeto pedagógico em andamento.

Segundo ele, os três primeiros dias de aula no período diurno foram “cansativos” porque teve de guardar na escola 15 celulares que os alunos trouxeram de casa. Os aparelhos foram devolvidos aos responsáveis pelos estudantes. Apesar da escola retirar o telefone dos alunos, apenas um pai reclamou. “Em regra, os pais estão gostando muito”, avalia o diretor.

Além da direção da escola durante o dia, Francisco Gadelha ainda leciona para adultos no período noturno. De acordo com ele, a proibição do celular “é mais difícil no EJA, porque os adultos estão mais viciados do que as crianças”. Com eles, a escola propõe um termo colaborativo para manter os aparelhos longe das salas de aula.

Uso consciente

Para Luiz Fernando Dimarzio, analista pedagógico da Ctrl+Play, uma escola de tecnologia para crianças e adolescentes em cidades do Estado de São Paulo, a lei que proíbe celulares é “polêmica”, pois “a questão do permitir ou proibir é acabar indo muito nos extremos”.

Dimarzio opina que é preciso buscar “como que a gente pode utilizar isso de forma saudável, e ensinar o uso consciente da coisa. Eu fico pensando, será que, de repente, definir momentos específicos para uso? Para uma pesquisa, tem inúmeros aplicativos educacionais, né? Será que, de repente, definir momentos específicos para o uso não seria mais interessante?”.

Em suas indagações, o analista pedagógico lembra que a lei faculta o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula “para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação dos profissionais de educação”.

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Victor Freitas Vicente, coordenador de educação do Instituto Felipe Neto, avalia que havia um clamor no país pela adoção da lei contra os celulares nas escolas “e que a proibição pode ser um passo importante no contexto de ambientes digitais cada vez mais tóxicos”.

Ele, no entanto, pondera que “a escola não é um jardim murado. Ela é um polo conectado com os desafios da sociedade” e, nesse sentido, “precisa preparar as novas gerações para os desafios que as tecnologias digitais estão colocando, não só em relação ao comportamento, mas em relação a uma nova ordem econômica, a inteligência artificial”.

O coordenador também defende os resultados da proibição do celular sejam avaliados em pesquisas sobre aprendizagem, e que seja implantada a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas comunidades escolares, que ainda não têm regulamentação definindo as regras práticas para adoção nos diferentes sistemas de educação brasileiros. Além disso, ele é a favor de que o Congresso Nacional retome a elaboração da lei sobre funcionamento das redes sociais.

Redes sociais

Thessa Guimarães, presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) considera “fundamental tirar da gaveta projetos de lei que contribuam para a regulação das redes sociais, compreendendo que hoje a nossa vida atravessa as redes sociais”. Ela ressalta que, por causa das redes sociais, “um dispositivo eletrônico é uma porta aberta a toda a produção humana que existe, inclusive a produção de discursos de ódio, a produção de difusão de métodos de auto-lesão e de suicídio”.

Raquel Guzzo, pesquisadora e professora titular de Psicologia na PUC de Campinas, considera que as redes sociais, acessadas principalmente por meio de celulares, “têm um impacto significativo na autoestima e na percepção de si mesmos entre adolescentes, que podem se sentir pressionados a corresponder a padrões irreais de comportamento e estética”.

Ela lembra que as redes sociais “são projetadas para maximizar o tempo que os usuários passam nelas, utilizando algoritmos que promovem o engajamento contínuo.” No entanto, “outros recursos do celular, como jogos e aplicativos, também podem contribuir para a dependência, especialmente quando usados excessivamente”.

Linguagem comprometida

A psicopedagoga Gabriela de Martin, especialista em saúde mental pela UFRJ, avalia que a linguagem utilizada pelos mais jovens e os recursos para a escrita nos celulares também são comprometedores da linguagem e podem gerar barreiras quando forem buscar trabalho.

Gabriela de Martin tem experiência com a colocação profissional de jovens aprendizes (14 a 18 anos) no mercado de trabalho, mas enfrenta, no entanto, “imensa dificuldade, porque os meninos nessa faixa etária estão analfabetos”.

“Temos uma linguagem usada nos aplicativos de mensagem que não têm palavras por inteiro, cheia de erros de pontuação. Muitas vezes é o próprio teclado que vai criando o texto. Eu já vi muita gente que chega com 16, 17 anos sem capacidade de formular uma resposta”, lamenta Gabriela.

Totalmente favorável à proibição dos celulares nas escolas, a presidenta do CRP-DF, Thessa Guimarães, alerta para os riscos de crise de abstinência pela ausência do celular, com efeitos físicos e psíquicos, que pode acontecer “na ausência de qualquer droga, lícita ou ilícita, na ausência de um companheiro amado a partir de uma separação, ou na ausência de um dispositivo que se tornou a centralidade da vida daquela criança e daquele adolescente”.

Em caso de síndrome, Thessa Guimarães recomenda apoio familiar e busca de profissional qualificado para atendimento psicológico e “naturalmente, a substituição progressiva da centralidade daquele dispositivo por mais comunhão familiar e participação em atividades paradidáticas, extracurriculares”.

“É preciso povoar a vida dessa criança e desse adolescente de novos interesses e de novas aberturas, para que ela possa se recuperar do vício e explorar outras potencialidades”.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 31/08/2023 - Movimentação no prédio sede da Polícia Federal, que ouve Bolsonaro e mais sete envolvidos no caso da venda de joias. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) autorizou a realização de concurso público para mil novas vagas na área policial. A medida está publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa sexta-feira (14).

As vagas autorizadas para cinco cargos da Polícia Federal são:

· 120 para o cargo de delegado;

· 69 para perito criminal federal;

· 630 vagas para agente

· 160 para escrivão;

· 21 para papiloscopista.

Inscrições

O prazo para a publicação do edital de abertura de inscrições para o concurso público será de até seis meses, ou seja, até agosto, contados da publicação da portaria nessa sexta-feira. O documento é assinado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues.

Em publicação na rede social X, a corporação avisa que foi autorizado o concurso para a carreira administrativa. No fim de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou a realização de um novo concurso da Polícia Federal para preenchimento de duas mil novas vagas, ampliando o número de integrantes da corporação de 13 mil para 15 mil policiais.

Na ocasião, Lewandowski previu que a entrada efetiva dos aprovados no concurso público deve ocorrer até o fim deste ano ou em 2026.

(Fonte: Agência Brasil)

Fachada do edifício sede do TSE

O resultado final das provas discursivas do Concurso Público Nacional Unificado da Justiça Eleitoral, para o cargo de analista judiciário, foi publicado no Diário Oficial da União.

Os candidatos que concorreram às vagas reservadas a pessoas com deficiência (PCD) terão que fazer a avaliação biopsicossocial. Os autodeclarados negros e indígenas vão passar pelo procedimento de heteroidentificação.

A etapa serve para verificar se o candidato se encaixa nas cotas reservadas a pessoas negras (pretos e pardos) e indígenas com objetivo impedir fraudes e garantir que as vagas sejam ocupadas por aqueles que realmente se enquadram nesses grupos.

O concurso ofereceu 412 vagas, distribuídas entre os 26 tribunais regionais eleitorais (TRE) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo 126 para o cargo de analista judiciário e 286 para técnico judiciário. Haverá, ainda, formação de cadastro reserva.

A remuneração mensal varia de R$ 8.529,65 a R$ 13.994,78, conforme o cargo de admissão. A jornada de trabalho será de 40 horas semanais.

As nomeações estão previstas para julho deste ano, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(Fonte: Agência Brsil)

A segunda etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, evento chancelado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, teve início na noite dessa quinta-feira (13) com a realização das disputas das categorias por idade. Após duelos acirrados e emocionantes, foram definidos as duplas campeãs em cinco categorias: 30+, 40+ e 50+ Masculino, além do 30+ e 40+ Feminino. Todas as partidas ocorreram na Arena Premium do Golden Shopping, em São Luís. 

No Feminino, a dupla campeã da categoria 30+ foi formada por Alessandra Medeiros e Kayuri Costa, que já haviam sido as vencedoras do Duna Open no mês passado, evento que abriu oficialmente a temporada 2025 do beach tennis no Maranhão. Desta vez, Alessandra Medeiros e Kayuri Costa derrotaram Larissa Lassance e Ludimila Araújo por 6 a 4. 

Já na categoria 40+ Feminino, o título ficou com Milena Barros e Roberta Bastos. Na decisão, elas venceram Mara Berti e Paty Monte por 6 a 2 e subiram no lugar mais alto do pódio. 

Quem também comemorou o título na segunda etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, mas na categoria 30+ Masculino, foi a dupla Alebaram Cavalo/André Barreto, que superou Manoel Souza/Roberto Rocha Jr em uma partida decidida somente no tie-break: 7 a 6. Já no 40+ Masculino, Neto Martins e Thiago Perez derrotaram Igor Quartin e Joaquim Filho e ficaram o título. 

Na última final do primeiro dia de disputas, Henrique Filho e Marcelo Moreira sagram-se campeões da categoria 50+ Masculino ao derrotarem José Martins e Jurandir Paixão na decisão. A dupla vencedora somou pontos importantes no ranking estadual, principalmente após terem conquistado o vice-campeonato na etapa passada. 

Programação 

Ao todo, 400 atletas estão na disputa desta segunda etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis. Os jogos tiveram início na quinta-feira (13) com os duelos das categorias por idade. A programação oficial da competição será encerrada somente no domingo (16). A partir das 8h, vão ocorrer as semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D) na Arena Premium do Golden Shopping, em São Luís. 

Além dos troféus de campeões, estará em disputa pontos para os ranking estadual e nacional da modalidade. A pontuação será utilizada pela FBTM para definir o Time Maranhão que irá representar o Estado no Campeonato Norte-Nordeste de Beach Tennis. Em 2025, o torneio será realizado no mês de maio na cidade de Recife (PE). 

Além de atletas de São Luís, o torneio conta com a participação de competidores de várias cidades maranhenses. Jogadores de Imperatriz, Pedreiras, Presidente Dutra, Bacabal, Codó, Santa Inês, Lago da Pedra, Barra do Corda e Caxias também estão na disputa. 

Outras etapas

De acordo com o calendário divulgado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), serão promovidas pela entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, outras sete etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis. As cidades de São Luís, Imperatriz, Bacabal e Santo Amaro vão sediar torneios ao longo de 2025. 

Outras informações sobre Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis 2025 estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis)

RESULTADOS DAS 2ª ETAPA DO MARANHENSE OFICIAL

Dupla Feminina 30+

  1. Alessandra Medeiros / Kayuri Costa
  2. Larissa Lassance / Ludimila Araújo

Dupla Feminina 40+

  1. Milena Barros / Roberta Bastos
  2. Mara Berti / Paty Monte

Dupla Masculina 30+

  1. Alebaram Cavalo / André Barreto
  2. Manoel Souza / Roberto Rocha Jr 

Dupla Masculina 40+

  1. Neto Martins / Thiago Perez
  2. Igor Quartin / Joaquim Filho

Dupla Masculina 50+

  1. Henrique Filho / Marcelo Moreira
  2. José Martins / Jurandir Paixão

PROGRAMAÇÃO DE JOGOS

Sexta-feira (14/2) / Arena Premium do Golden Shopping

A partir das 16h – Categorias mistas 

Sábado (15/2) / Arena Premium do Golden Shopping

A partir das 8h – Categorias de gênero 

Domingo (16/2) / Arena Premium do Golden Shopping

A partir das 8h – Semifinais e finais das categorias de gênero (A, B, C e D) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

São Paulo (SP) 14/02/2025 - Morre cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos, no Rio de Janeiro.
Foto: Cacá Diegues/Instagram

O cineasta Cacá Diegues (foto) - Carlos José Fontes Diegues - morreu nesta sexta-feira (14) aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A morte foi em decorrência de complicações causadas por uma cirurgia.

Um dos precursores do movimento artístico Cinema Novo, Carlos Diegues nasceu em 19 de maio de 1940, em Maceió (AL), e mudou-se para o Rio de Janeiro, com a família, aos seis anos de idade.

Começou no cinema quando ainda estava no Diretório Estudantil da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), onde fundou um cineclube e passou a fazer produções cinematográficas amadoras, junto com colegas como Arnaldo Jabor.

O cineclube foi um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, movimento inspirado pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, e marcado pelas críticas políticas e sociais, principalmente durante a ditadura militar.

Produção

Entre suas produções dentro do movimento, destacam-se Ganga Zumba (1964), A Grande Cidade (1966) e Os Herdeiros (1969). Em 1969, deixou o Brasil e foi morar na Europa, por ter participado da resistência intelectual e política à ditadura. Ao retornar, na década de 70, dirigiu Quando o Carnaval Chegar (1972), Joanna Francesa (1973), Xica da Silva (1976), Chuvas de Verão (1978) e Bye Bye, Brasil (1980).

No período de retomada do cinema brasileiro, lançou Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999) e Deus é Brasileiro (2002). O Grande Circo Místico (2018) foi seu último lançamento como diretor.

Ao longo de sua carreira, conquistou prêmios em inúmeros festivais nacionais e internacionais. Em 2018, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Nelson Pereira dos Santos.

“Sua obra equilibrou popularidade e profundidade artística, abordando temas sociais e culturais com sensibilidade. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mantendo-se sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema. A ABL expressa solidariedade à esposa, Renata Almeida Magalhães e aos filhos”, informou a ABL, por meio de nota divulgada em suas rede sociais.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudantes  no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou, nessa quinta-feira (13), que o governo federal irá enviar proposta ao Congresso Nacional para regularização do programa Pé-de-Meia e a inclusão no Orçamento de 2025. A proposta será enviada no prazo de 120 dias, definido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). 

Na última quarta-feira (12), o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu liberar os pagamentos do programa Pé-de-Meia que estavam bloqueados. O tribunal aceitou um recurso do governo federal para liberar os repasses. Em janeiro deste ano, o ministro Augusto Nardes determinou o bloqueio de R$ 6 bilhões dos R$ 13 bilhões previstos para o programa em 2025. Em seguida, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu a revisão da decisão.

Segundo Haddad, a decisão do TCU atende aos ministérios da Fazenda e da Educação e permite a acomodação do programa no Orçamento. O ministro disse ainda que o envio dos ajustes será feito dentro do prazo estipulado e depois se "transfere a responsabilidade, evidentemente, para o Parlamento apreciar a lei".

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, mais cedo, que a primeira parcela do programa Pé-de-Meia será depositada ainda em fevereiro.

Pé-de-Meia

O programa Pé-de-Meia é voltado para estudantes matriculados no ensino médio público, beneficiários do Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O objetivo é democratizar o acesso à educação e reduzir a desigualdade social entre os jovens, além de incentivar a inclusão e estimular a mobilidade social.

Ao comprovar matrícula no ensino médio e frequência escolar, o estudante recebe o incentivo mensal no valor de R$ 200, que pode ser sacado a qualquer momento.

No caso da educação de jovens e adultos, ao comprovar matrícula, o estudante recebe o incentivo de R$ 200, além de incentivo mensal de R$ 225 pela frequência, ambos disponíveis para saque.

O beneficiário do Pé-de-Meia ainda recebe R$ 1.000 ao término de cada ano concluído, que só podem ser retirados da poupança após a formatura no ensino médio. Considerando as parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 13/02/2025 - Exposição 50 anos Alcione.
Frame Alcione/Instagram

Após ser reverenciada ao longo de 2024 em comemoração aos seus 50 anos de carreira, chegou a vez de a cantora Alcione ser homenageada na terra natal dela, São Luís. A exposição Com Amor, Alcione faz um grande passeio pela trajetória da "Dama do Samba”, “A Voz do Samba” ou simplesmente da “Marrom", desde o início da carreira, no Grêmio Lítero Recreativo Português, em São Luís, passando pelo amor pela cultura maranhense, pelo samba carioca e mostrando também o amor dela pela escola de samba Mangueira.

A mostra, aberta na noite de quarta-feira (12), no Centro Cultural Vale Maranhão, no centro histórico, traz, entre outras coisas, registros de apresentações em mais de 30 países, do cotidiano, das parcerias e rende uma justa homenagem à obra de uma das maiores vozes brasileiras.

“Essa exposição e um luxo! Acho que artista nenhum merece morrer sem ter uma exposição desta. Não que eu possa morrer. Não! Sou muito feliz pelo trabalho dessa exposição, ainda mais por ter sido realizada em São Luís, resumiu a cantora durante entrevista na abertura da exposição

A mostra permite que os fãs revivam a trajetória da carreira da artista, que eternizou músicas como Não deixe o samba morrer, Garoto maroto, Menino sem juízo, Cajueiro velho, Meu ébano, entre tantas.

O roteiro mostra os passos da sambista nas ladeiras do Morro de Mangueira, a amizade com os mais diversos artistas, as viagens ao redor do mundo, a amante da cultura maranhense que gira ao som das matracas do bumba meu boi.

O visitante ainda poderá experimentar o som contagiante dos tambores maranhenses presentes no Tambor de Crioula e no Bumba Meu Boi, além das baterias de escola de samba, que fazem parte da sonoridade da artista.

Na exposição, são expostas mais de 300 fotos do acervo de Alcione, além de figurinos emblemáticos de várias fases da Rainha do Brilho, discos e objetos pessoais. Outro ponto de destaque é a religiosidade da cantora, na forma de um altar construído com base nos relatos sobre as crenças dela.

Além disso, também estão à mostra as dezenas de prêmios recebidos ao longo da rica trajetória da maranhense, que gravou 42 álbuns, ganhou 26 discos de ouro, 7 de platina e dois de platina duplos, além de DVDs. Um dos prêmios, é o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum.

E o público também vai poder interagir com a obra da cantora, com uma jukebox na qual os visitantes podem escolher a trilha sonora da exposição e soltar a voz no karaokê.

A exposição tem a curadoria de Deyla Rabelo, Gabriel Gutierrez e Luciana Gondim e ficará aberta até o dia 30 de agosto.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 12/02/2025 - A líder camponesa e protagonista do filme Cabra marcado para morrer, Elizabeth Teixeira, é homenageada no Festival da Memória Camponesa. Foto: Vanessa Nicolav/Divulgação

Elizabeth Teixeira, histórica líder camponesa paraibana, celebra 100 anos de vida nesta quinta-feira (13) e será homenageada no Festival da Memória Camponesa. O evento será realizado de hoje (13) até o próximo sábado (15) no município de Sapé, na Paraíba. Ela foi companheira de João Pedro Teixeira, símbolo de resistência da luta no campo e fundador da Primeira Liga Camponesa da Paraíba, organização criada nos anos 1950 para defender os direitos dos trabalhadores do campo.

O diretor de cinema Eduardo Coutinho, já falecido, um dos mais renomados do Brasil e conhecido por filmes como Edifício Master e Jogo de Cena, mostrou a história da família Teixeira, no filme Cabra marcado para morrer, de 1984. 

João Pedro era jurado de morte por latifundiários da região, situação que se consumou em Sapé (PB), em 1962, e o diretor de cinema desejava retratar. Agentes da repressão, contudo, cercaram a locação e ordenaram a interrupção das filmagens, que foram reiniciadas somente 17 anos depois.

O ano era 1964, quando os militares deram um golpe de Estado, instalando a ditadura que duraria 21 anos, e o set de filmagem era a violenta zona rural do Brasil, que até hoje ostenta índices assustadores, como denuncia anualmente a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Coutinho tinha começado a captar imagens em Engenho Galileia (PE), município a 50 quilômetros do Recife, dois anos depois do assassinato de João Pedro Teixeira, quando foi proibido de continuar. 

No período da retomada, já em 1981, Elizabeth vivia com outra identidade, para se proteger, em uma cidade no interior da Bahia, longe de nove de seus dez filhos. Cada um deles se escondeu em um canto do país. Elizabeth tinha se tornado Marta Maria da Costa e dava aulas. Descobrir seu paradeiro, inclusive, não foi tarefa fácil para Coutinho.

A segunda parte do longa-metragem abre mais o microfone para Elizabeth, que narra como foi passar os dias na clandestinidade. Cabra marcado para morrer já figurou em diversas listas especializadas da área. Em 2015, ocupou o 4º lugar da relação dos 100 filmes mais importantes da cinematografia nacional, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

Eduardo Coutinho também prolongou o contato com a história dos Teixeira e, em 2013, gravou o média-metragem A família de Elizabeth Teixeira.

Memorial na Paraíba

No Memorial das Ligas e Lutas Camponesas, instalado na casa onde Elizabeth viveu com sua família, na Comunidade de Barra de Antas, na zona rural de Sapé, será aberta nesta sexta-feira (14) a exposição "100 faces de Elisabeth Teixeira". A entidade também aproveitará a data para lançar seu acervo digital, com documentos, imagens e registros relacionados ao tema.

O observatório De olho nos ruralistas realizou, em 2023, outro documentário sobre a líder paraibana, que leva seu nome. Diretor e editor-chefe do veículo e projeto, o jornalista Alceu Luís Castilho ressalta que o primeiro filme de Eduardo Coutinho sobre João Pedro Teixeira e sua viúva, Elizabeth Teixeira, revela tanto um momento do país em que a reforma agrária "já era demonizada pela direita" quanto a influência das Ligas Camponesas em movimentos sociais que emergiram durante a redemocratização, entre eles, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que surgiu em 1984, no interior do Paraná.

"A gente não pode perder de vista que a história principal das camponesas no Brasil é da invisibilidade. A própria Elizabeth, em vários momentos da vida dela, ficou invisível, depois do filme de Eduardo Coutinho. E tantas outras camponesas, centenas, milhares têm suas histórias similares, inclusive, de violência", diz o jornalista.

Na avaliação de Castilho, a luta de Elizabeth e seu marido pelo direito à terra e pela reforma agrária continua inconclusa. "A reforma agrária precisa ser pautada. Ela ainda não foi do modo como deveria, pela mídia, pelos governos", afirma.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 10/02/2025 - Cartão do programa Pé de Meia. Foto: MEC/Divulgação

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, pela rede social X, que o Ministério da Educação (MEC) vai depositar, ainda em fevereiro, a primeira parcela do programa Pé-de-Meia aos quase 4 milhões de estudantes do ensino médio público que concluíram o ano letivo de 2024.

“Vamos pagar a primeira parcela daqueles que passaram de ano, concluíram o ano do ensino médio. Os R$ 1.000 serão depositados ainda no mês de fevereiro em suas contas”, adiantou Santana.

 O beneficiário do programa federal tem direito a receber R$ 1.000 ao término de cada um dos três anos do ensino médio. O valor pode ser retirado da poupança somente após a formatura do aluno nesta etapa do ensino.

A publicação do ministro da Educação ocorre após decisão do plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), nessa quarta-feira (12), de liberar o pagamento do benefício, que estava bloqueado porque os recursos para o programa não constavam no Orçamento de 2025. “O Pé-de-Meia continua e é a grande vitória da educação e dos jovens do nosso país”, disse o ministro.

O incentivo financeiro-educacional do governo federal funciona como uma espécie de poupança para promover permanência e conclusão escolar de estudantes no ensino médio público, evitando a evasão escolar.

“Esse programa é para dizer que nós queremos todos os alunos na escola aprendendo. Porque essa é a garantia de um futuro para esses jovens brasileiros”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal em contas bancárias abertas automaticamente em nome dos estudantes do ensino médio ou por meio do aplicativo Caixa Tem para smartphones.

Os estudantes beneficiários podem consultar os depósitos por meio do aplicativo Jornada do Estudante.

Pé-de-Meia

O programa Pé-de-Meia é voltado para estudantes matriculados no ensino médio público, beneficiários do Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

De acordo com o ministério, o objetivo é democratizar o acesso à educação e reduzir a desigualdade social entre os jovens, além de incentivar a inclusão e estimular a mobilidade social.

Ao comprovar matrícula no ensino médio e frequência escolar, o estudante recebe o incentivo mensal no valor de R$ 200, que pode ser sacado a qualquer momento.

No caso da educação de jovens e adultos, ao comprovar matrícula, o estudante recebe o incentivo de R$ 200, além de incentivo mensal de R$ 225 pela frequência, ambos disponíveis para saque.

O beneficiário do Pé-de-Meia ainda recebe R$ 1.000 ao término de cada ano concluído, que só podem ser retirados da poupança após a formatura no ensino médio. Considerando as parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os valores chegam a R$ 9,2 mil por aluno.

(Fonte: Agência Brasil)