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Director Walter Salles poses with the Oscar for Best International Feature Film for

O cinema brasileiro fez história na noite desse domingo (3), na 97ª edição do Oscar, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi o grande vencedor na categoria de melhor filme internacional. Uma conquista inédita para o cinema brasileiro. 

O filme brasileiro superou Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia).

Walter Salles dedicou a conquista para Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva desaparecido na ditadura, cuja busca em saber o destino do marido norteou o roteiro do filme. Em seu discurso de agradecimento, o cineasta brasileiro também ressaltou os trabalhos de Fernanda Torres, e sua mãe, Fernanda Montenegro.

Indicado também para a estatueta de melhor filme, Ainda Estou Aqui perdeu para Anora, maior vencedor da festa com cinco estatuetas no total.

Fernanda Torres, indicada ao prêmio de melhor atriz, não levou a estatueta, que acabou nas mãos de Mikey Madison, de Anora. Mesmo assim, Fernanda Torres entra na história do cinema repetindo sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada na edição de 1999 do Oscar como melhor atriz, mas a laureada foi a estadunidense Gwyneth Paltrow.

Clima de Copa do Mundo

A coincidência das datas da maior premiação do cinema com o Carnaval brasileiro acabou em clima de torcida da Copa do Mundo. Máscaras de Fernanda Torres e de Selton Mello (intérprete de Rubens Paiva), fantasias da estatueta dourada do prêmio, boneco gigante de Olinda, entre outras referências ao Oscar, estiveram presentes em desfiles e blocos carnavalescos pelo país inteiro.

Com suas indicações, o filme de Walter Salles sobre o desaparecimento do deputado Rubens Paiva (1929-1971) e a saga de sua esposa Eunice Paiva (1929-2018) já chegou vitorioso à festa da indústria cinematográfica.

Especialistas consultados pela Agência Brasil disseram que, entre as qualidades do filme, estão a capacidade de abordar o passado de uma forma diferente e a maneira como a obra conseguiu dialogar com os tempos atuais.

O livro autobiográfico que nomeia o filme, de autoria de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice,  foi para o topo das listas dos mais vendidos. O próprio caso Rubens Paiva ganhou novos desdobramentos recentemente. Por determinação da Justiça, em janeiro deste ano, a certidão de óbito do ex-deputado foi corrigida. Na versão original do documento, ele foi tido como “desaparecido político”. Na nova redação, consta agora que sua morte foi violenta, causada pelo Estado brasileiro.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu analisar se a Lei da Anistia, adotada com o fim do regime de exceção, se aplica ou não a crimes de sequestro e cárcere privado cometidos na época da ditadura militar brasileira.

Os premiados nas 23 categorias foram:

Ator coadjuvante – Kieran Culkin, em A verdadeira dor

Animação – Flow

Curta-metragem animado – In The Shadow of Cypress

Figurino – Wicked

Roteiro original – Anora

Roteiro adaptado – Conclave

Maquiagem e penteado – A substância

Edição Anora

Atriz coadjuvante – Zoe Saldaña, por Emília Pérez

Design de produção – Wicked

Canção original – El Mal, de Emilia Pérez

Documentário de curta-metragem – A única mulher na orquestra

Documentário   - No other land

Som – Duna: Parte 2

Efeitos visuais Duna: Parte 2

Curta-metragem em live-action – I´m not a robot

Fotografia – O Brutalista

Filme internacional – Ainda estou aqui

Trilha sonora  – O Brutalista

Ator –Adrien Brody, em O Brutalista

Direção – Sean Baker, de Anora

Atriz – Mikey Madison, em Anora

Filme Anora

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 23/01/2025 - Cena do filme Ainda estou aqui. Foto: Alile Dara Onawale/Sony Picutres

Repercussões nacionais e internacionais de diferentes características. Públicos emocionados e curiosos sobre o que foi a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Cinema brasileiro reconhecido ao tratar do impacto do autoritarismo (que ainda hoje ameaça democracias)... São variados os motivos que fazem o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, já chegar vencedor ao Oscar, neste domingo (2), avaliam estudiosos. Mesmo se não vierem estatuetas.

Brasília (DF), 23/01/2025 - Atriz do filme Ainda estou aqui, Fernanda Torres. Foto: oficialfernandatorres/Instagram

Inspirada em livro de 2015 com escrita biográfica de mesmo título, de autoria do escritor Marcelo Rubens Paiva, a obra foi lançada em 2024 e levou mais de cinco milhões de pessoas ao cinema. Em caso de vitória neste domingo, será a primeira estatueta para o Brasil. Em 1960, porém, o longa brasileiro Orfeu Negro venceu na categoria de melhor filme estrangeiro, mas o filme representava a França (do diretor Marcel Camus).

Marcelo Rubens Paiva é um dos cinco filhos da advogada e ativista Eunice Paiva (1929-2018).e do ex-deputado Rubens Paiva (1929-1971), que teve o mandato cassado e, depois, foi perseguido, sequestrado, torturado e morto por agentes da ditadura (da Aeronáutica e do Exército). 

Até agora, o longa recebeu 38 prêmios nacionais e internacionais, entre eles, o Prêmio Goya e o Globo de Ouro de Melhor Atriz. No Oscar, foi indicado em três categorias melhor filme, melhor atriz, para Fernando Torres, e melhor filme internacional.

Presente

Em geral, estudiosos ouvidos pela Agência Brasil explicam que remexer no passado de uma forma diferente, em diálogo com um presente atribulado, mobiliza crítica e o público, o que já, de antemão, representa vitória. 

De acordo com o professor Arthur Autran, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e que lidera grupo de pesquisa sobre cinema e audiovisual na América Latina, a repercussão é “enorme” em diversos níveis, independentemente se o longa receber algum Oscar neste domingo.

Há o que o pesquisador chama de uma “repercussão social”.

“O filme se tornou, de fato, uma espécie de evento. Muitas pessoas se interessaram pelo cinema brasileiro”, explica.

Brasília (DF), 01/03/2025 - Bloco de carnaval, Vai quem fica, nas ruas de Brasília.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Para ele, isso evidentemente cria um clima bastante positivo e, mesmo sem utilizar diretamente de recursos públicos, é uma expressão da política pública brasileira para o audiovisual.

Outra vitória do filme para o país citada pelo professor é a valorização da memória nacional. “(O assassinato de Rubens Paiva) Foi um crime praticado pela ditadura militar brasileira. O filme é trazido de uma forma muito emocionante e candente. Houve muita competência em recontar essa tragédia brasileira e trazer isso de uma forma narrativamente muito poderosa”, diz Autran. 

O filme, em si mesmo, segundo analisa o especialista, ao trazer uma narrativa poderosa, coloca luz sobre o cinema brasileiro. 

“Nós temos voz”

Outra estudiosa, a professora de artes cênicas Dirce Waltrick do Amarante, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), identifica que a visibilidade fora do Brasil significa uma vitória expressiva para a arte brasileira.

“Nós temos conseguido erguer a nossa voz. É uma voz falada em português, de um país periférico como o Brasil. Uma voz que tem sido ouvida”, explica a pesquisadora. 

O alcance do filme, de acordo com o que Dirce Waltrick entende, tem trazido repercussão às produções brasileiras na arte. “Esse filme é importantíssimo em razão dessa temática e tem muitas chances de vencer no Oscar. De toda forma, eu acho um filme fundamental, uma virada de chave para a nossa cultura”. 

Para a professora, a função da obra de arte é de fato mexer e perturbar.

“As pessoas se sentem instigadas a ir atrás e a saber mais sobre quem foi Eunice Paiva, que lutou pelo direito dos indígenas (o que é menos abordado no filme)”.

De olho no presente

Para o professor de história Marco Pestana, da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisador do tema da ditadura, o filme tem diferentes méritos, como o de, mesmo tratando de um período obscuro, conseguir dialogar de maneira direta com o presente. “É um filme que, nessa conjuntura, tem cumprido um papel importante”. 

Em um cenário de expansão de correntes autoritárias pelo mundo, como ele avalia a ascensão do extremismo em países de diferentes continentes, o longa apresenta-se como uma linguagem universal e que pode ser compreendida além do cenário do passado brasileiro. 

Segundo considera Pestana, esse avanço político foi conquistado por uma disputa ideológica ferrenha, inclusive com uma ideia reverberada e falsa de que haveria tranquilidade no Brasil e que tinham problemas com a polícia e com a justiça quem estava fazendo algo de errado. “Isso é parte da construção ideológica de valorização desse período”, explica. 

O professor entende que o filme mostra que aquele período não era exatamente uma era de ouro para o Brasil. “Evidentemente dialoga (e contesta) com esse imaginário que a extrema-direita tenta fomentar”.

Direitos

Naquele cenário da obra, o filme destaca o impacto da ação repressiva sobre um membro da família. “E como isso tem consequências para o conjunto daquela família, não só naquele momento, e como é um impacto de longa duração. Não deixa de mostrar o momento da luta e o em que a família consegue o atestado de óbito”, explica.

Sobre o direito da família, a advogada Ariadne Maranhão reconhece que o filme traz visibilidade ao tema da morte presumida.

“O reconhecimento antecipado da morte foi um avanço que garantiu não apenas segurança jurídica, mas um alívio necessário para que essas famílias seguissem com suas vidas dentro do ordenamento", explica.

Ela entende que a repercussão do filme Ainda Estou Aqui, no âmbito do direito de famílias e sucessões, é relevante, já que evidenciou como o contexto histórico impactou diretamente as estruturas familiares e a autonomia das mulheres. 

“Como sabemos, por séculos, as mulheres foram silenciadas e relegadas ao papel de zeladoras da família, sem voz, para participar das decisões que moldavam suas próprias vidas”. Para a especialista, o filme retrata essa realidade sob a ótica de Eunice Paiva.

“A arte desempenha um papel fundamental para alertar a sociedade sobre os seus direitos”. 

“Fura a bolha”

O professor de história Marco Pestana, da UFF, argumenta que o filme consegue ter repercussão até com pessoas que não conheciam ou compreendiam as violências perpetradas pelos agentes da ditadura. Com Oscar ou sem, há uma vitória nesse sentido. 

“Furou a bolha. Em alguma medida, isso tem relação com a estratégia narrativa de politizar pelo viés do cotidiano, da vida familiar”.

No entender do professor Arthur Autran, da UFSCar, a esse respeito, houve um esforço do filme de tentar falar para um público o mais amplo possível dentro do Brasil e fora do Brasil também. Ainda que, conforme os especialistas, com limitações a “quem não quer ouvir”. Ele lembrou que Marcelo Rubens Paiva, que é cadeirante, foi atacado quando estava em um bloco de carnaval. 

Brasília (DF), 23/09/2024 - Cena do filme Ainda estou aqui. Foto: Alile Dara Onawale/Sony Pictures

Justiça

Depois que o filme foi lançado, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu analisar o processo que estava com trâmite parado há uma década. Agora, a Corte anunciou que vai julgar se a Lei da Anistia se aplica aos crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante a ditadura militar a partir das investigações da morte do ex-deputado Rubens Paiva.

Marco Pestana avalia que a decisão tem relação com o filme e a conjuntura. “O STF soube ler (o momento) e entendeu que era momento para pautar isso". 

(Fonte: Agência Brasil)

– "Até onde iríamos nesse desfile de grandes nomes maranhenses que, em geral, nós maranhenses deles pouco sabemos, ou não sabemos? A quantidade de nomes é tal que dobraríamos as esquinas da paciência e testaríamos o limite de páginas de papel e espaços digitais".

– (...) "Essa coleção de nomes forma um patrimônio simbólico, um potencial da Economia Criativa, um capital intelectual fantástico que não pode ser deixado assim, no desperdício, na não recorrência, no esquecimento".

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Há dez anos, no dia 1º de março de 2015, na página principal de apenas um “site” de notícias, a expressão “Cidade Maravilhosa” aparecia pelo menos sete vezes em manchete e títulos de textos (como, por exemplo, no endereço eletrônico http://noticias.uol.com.br/rio-de-janeiro, às 9h12) . “Cidade Maravilhosa”, como se sabe, é uma figura de linguagem (autores classificam como perífrase, antonomásia, epíteto...) para denominar a cidade Rio de Janeiro, capital do Estado brasileiro de mesmo nome.

Dez anos depois, neste 1º de março de 2025, a ferramenta de buscas Google traz incontáveis referências aos 460 anos do Rio de Janeiro e à expressão “Cidade Maravilhosa”, um sinônimo para a capital fluminense.

Essa expressão – “Cidade Maravilhosa” –, de tanto que “pegou”, é nome de música (de 1934, depois considerada hino oficial do município carioca: “Cidade Maravilhosa / cheia de encantos mil...”).

“Cidade Maravilhosa” também foi nome de programa de rádio, é título de diversas obras: a escritora francesa Jane Catulle Mendès (1867-1955) publicou em 1913 em Paris “La Ville Merveilleuse” (“A Cidade Maravilhosa”), livro de poemas sobre o Rio de Janeiro, onde estivera dois anos antes, de setembro a dezembro de 1911. Tenho um exemplar de obras com esse nome, de 1922, de autoria de Olegário Mariano, pernambucano que morava no Rio, e outra de igual título do maranhense de Caxias Coelho Netto, que também residia na capital carioca.

Enfim, no Brasil e no mundo, é automático: “Cidade Maravilhosa” é sinônimo de “Rio de Janeiro”. Dezessete letras por doze. Métrica e poeticamente, um septissílabo e um pentassílabo.

Pois bem: antes de 1º de março, em 2015 e neste 2025, há dias que a grande Imprensa (rádio, jornal, televisão, Internet), sobretudo a do Sudeste, vinha fazendo e divulgando matérias sobre o Rio de Janeiro e seus 450 / 460 anos. Invariavelmente, a expressão “Cidade Maravilhosa” está ali, naquelas matérias. “Cidade Maravilhosa” é a expressão-alma que dá “vida” ao nome-corpo “Rio de Janeiro”.

O que não vi, não li, não escutei foi a referência, mínima que pudesse ser, a quem se tornou o maior divulgador da expressão “Cidade Maravilhosa” como perfeita substituta, dublê de corpo e alma do topônimo “Rio de Janeiro”. A expressão “cidade maravilhosa” já constava de textos e títulos de matérias jornalísticas veiculadas pela Imprensa carioca pelo menos desde 1907 e 1913.

Pois o maior divulgador desse epíteto / perífrase / antonomásia / metonímia foi um maranhense multitalentoso – como o eram os diversos maranhenses, sobretudo escritores, que, individualmente ou com a família, se mudaram para a antiga Capital Federal, o Rio, em especial no século XIX.

O grande divulgador da expressão “Cidade Maravilhosa” é o maranhense de Caxias Henrique Maximiano Coelho Netto, que surpreendeu e encantou o Brasil com seus mais de cem livros e milhares e milhares de textos em jornais, além de centenas de discursos e outros pronunciamentos.

O Maranhão de hoje não sabe fazer jus aos maranhenses talentosos de ontem. O Maranhão não se autorreconhece. Não adotou um pingo de sadia ousadia, de criativa audácia, para (im)pôr-se em seu lugar como instrumento de destaque no concerto da Federação.

Falando no geral, pergunte-se a um estudante maranhense ou a um outro cidadão a escalação do seu time de futebol (geralmente paulista ou carioca) e ele lhe poderá detalhar até como deram os passos e passes que culminaram no terceiro gol do segundo tempo do primeiro turno do ano de mil e lá vai fumaça. Genial. Louvável. É o amor ao futebol.

Agora, pergunte-se quem e que (enorme) diferença fizeram ao Brasil ou ao mundo escritores, cientistas, gestores públicos, artistas e políticos nascidos em muitos casos nas brenhas da hinterlândia maranhense, muitas das vezes com todas e aparentes pré-condições para darem errado na vida, pela soma de fatores socioeconômicos, educacionais, familiares, territoriais...

Maranhenses que causariam orgulho aparente, explícito, e não apenas latente, potencial, a cidades como Paris, a países como a França... Mas esses nossos irmãos – ilustres desconhecidos – não mereceram até hoje dos setores Público e Privado um conjunto de ações sistêmicas e sistemáticas, orgânicas e organizadas para, até mesmo, (re)validar nossa “fama” de “Atenas Maranhense” e (re)ativar ou inspirar espíritos conterrâneos para os valores e validade da Cultura, da Arte, da Educação, do Conhecimento, da Ciência, da Literatura, da (boa) Política.

Dá vergonha ou, mais ainda, tristeza, saber o tanto de esforço, tempo, talento e outros recursos que homens e mulheres maranhenses despenderam em nome de uma coisa, em defesa de uma causa. Gentes maranhenses que têm recebido muito mais reconhecimento e homenagens em solo não maranhense do que na própria terra que as viu nascer.

Nestas comemorações dos 460 anos do Rio de Janeiro o Maranhão poderia estar saudando a antiga capital brasileira em peças publicitárias copatrocinadas, em textos assinados, em matérias jornalísticas, onde se destacasse o talento do maranhense Coelho Netto como autor da expressão “Cidade Maravilhosa” e se resgatasse ou se reafirmasse a identidade ou coirmandade maranhense e carioca, a partir mesmo da enxurrada de ações e realizações de que foram agentes os muitos e talentosos maranhenses que tiveram o Rio como segunda terra em sua vida.

Poucos Estados ombreiam-se com o Maranhão na quantidade e qualidade de seus filhos de destaque. MANOEL ODORICO MENDES, escritor, político, tradutor, é o precursor no Brasil da moderna tradução criativa. Sua tradução das obras de Virgílio e Homero são até hoje objeto de estudos e elogios. A Unicamp (Universidade Campinas) e seu Instituto de Estudos da Linguagem têm , permanente, o “Projeto Odorico Mendes”. Odorico Mendes é nome de rua no Rio de Janeiro e é bisavô de Maurice Druon, famoso escritor francês, autor do mundialmente conhecido livro “O Menino do dedo Verde”, decano da Academia Francesa, falecido em 2009.

TEÓFILO ODORICO DIAS DE MESQUITA, advogado, jornalista, escritor, é patrono da Academia Brasileira de Letras e autor da obra responsável pela introdução do Parnasianismo no Brasil.

JOAQUIM DE SOUSA ANDRADE DE CAUKAZIA PEREIRA, o Sousândrade, escritor vanguardista, formado em Paris, é autor de obra tida como das mais originais e instigantes do Romantismo no Brasil e precursor do Modernismo na Literatura.

JOÃO MENDES DE ALMEIDA, advogado, jornalista, líder abolicionista, escritor, foi o maranhense redator da Lei do Ventre Livre e foi considerado o jornalista mais completo do Brasil. Em São Paulo, sua vasta obra jurídica foi relançada. João Mendes mereceu busto e praça com seu nome na maior cidade brasileira, São Paulo, além do nome de seu filho, João Mendes de Almeida Júnior, dado ao fórum paulistano... No Maranhão, quem sabe disso?, quem o estuda?, que escola ou rua ou praça recebe seu nome?, que homenagens lhe são creditadas?, que honrarias lhe são, mesmo pós-morte, atribuídas?

ADERSON FERRO, odontólogo, formado em Paris, considerado “Glória da Odontologia Nacional”, autor de obra pioneira nessa Ciência – foi o primeiro brasileiro a escrever um livro sobre Odontologia. É também um dos introdutores da anestesia odontológica no Brasil. Quanto ao Maranhão, deixa-nos de boca aberta o desconhecimento e o não esforço para reassumir a maternidade desse ilustre filho, reconhecido e homenageado em outros lugares – mas não aqui. Há livro inteiro dedicado a Aderson Ferro... de autoria não maranhense.

JOAQUIM GOMES DE SOUSA, o Sousinha, matemático, escritor, tradutor, estudou Matemática e Medicina (em que se doutorou) na Europa. É considerado o primeiro físico e matemático brasileiro e, segundo alguns, o maior matemático do Brasil até hoje. Também surpreendeu a Europa com seus vastos conhecimentos nas ciências dos números e cálculos.

HENRIQUE MAXIMIANO COELHO NETTO, eleito “Príncipe dos Prosadores Brasileiros”, entre tanta coisa que legou ao Brasil, a consolidação do título “Cidade Maravilhosa” para o Rio e a autoria do título “Cidade Verde” para Teresina. E mais: desportista e capoeirista que era, foi o responsável pela elevação da capoeira no Brasil e pela ampliação de significado da palavra “torcida” com o sentido de grupo de adeptos de um time de futebol. Seu filho João, apelidado “Preguinho”, foi o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira de futebol em Copa do Mundo.

MARIA FIRMINA DOS REIS é considerada a primeira romancista brasileira. Seu primo, FRANCISCO SOTERO DOS REIS, é autor de monumental obra de estudos filológicos (Língua Portuguesa).

ANTÔNIO GONÇALVES DIAS é introdutor do Indianismo na Literatura brasileira, autor de decantados livros e dos mais declamados e citados versos da Poesia brasileira: “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá / ...”. Quem canta o Hino Nacional Brasileiro também canta Gonçalves Dias e o Maranhão, pois a mais importante composição musical do país tem versos desse maranhense de Caxias.

RAIMUNDO DA MOTA DE AZEVEDO CORREIA, magistrado, professor, diplomata, escritor, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, é autor maranhense citado e recitado pela beleza de seus versos e importância dentro do Parnasianismo e Simbolismo brasileiros.

CELSO TERTULIANO DA CUNHA MAGALHÃES é o maranhense pioneiro do estudo do folclore no Brasil, responsável pelo lançamento das bases metodológicas do folclorismo nacional. Embora voltado mais para a poesia popular, seu trabalho se estendeu também pelo teatro, a poesia, a ficção e a crítica.

HUMBERTO DE CAMPOS VERAS, escritor, jornalista, político, da Academia Brasileira de Letras, é autor de volumosa obra, conhecida e reconhecida por muito tempo.

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE (seu pai era do Ceará; sua mãe, maranhense), nascido em São Luís, é o poeta e músico autor do que é considerado o “hino nacional sertanejo” e primeira música sertaneja gravada no Brasil, “Luar do Sertão” (quem não se lembra de “Não há, ó gente, ó não, / luar como este do sertão (...)”. “Luar do Sertão” foi gravada por, entre outros, Luiz Gonzaga, Vicente Celestino e Maria Bethânia. Trata-se, como dito, da primeira música sertaneja gravada no Brasil – e o que o Maranhão faz com esta informação, nestes tempos de proliferação da música dita “sertaneja”? Além disso, Catulo, que foi relojoeiro no Rio e parceiro de Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, é considerado o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela reforma da "modinha", uma espécie de canção espirituosa ou amorosa.

E os talentosos irmãos Azevedo? ALUÍSIO TANCREDO BELO GONÇALVES DE AZEVEDO, escritor, diplomata, jornalista, caricaturista, desenhista e pintor, que lançou no Brasil o Naturalismo, com seu romance “O Mulato”, de 1881. ARTUR NABANTINO GONÇALVES DE AZEVEDO, mais velho que Aluísio, dramaturgo, poeta, contista, crítico, jornalista brasileiro, é no Brasil o principal autor do gênero teatral chamado “teatro de revista”, que traz números musicais com sensualidade e comédias com críticas políticas e sociais. Foi o maranhense Artur Azevedo o responsável pela criação da lei que obrigava a construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro -- inaugurado, aliás, com uma peça do igualmente maranhense Coelho Netto. Ambos os irmãos moraram no Rio e foram sócios fundadores da Academia Brasileira de Letras.

ADELINO FONTOURA CHAVES, jornalista, ator e poeta, maranhense que é o patrono da cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras. Sua obra, sua vida precisam ser divulgadas, conhecidas...

ODYLO COSTA, FILHO, jornalista, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, chefiou redações de publicações importantes no Rio de Janeiro e São Paulo, é considerado o responsável pela renovação do jornalismo brasileiro, a partir da modernização do “Jornal do Brasil”, hoje extinto. Poucos sabem que Odylo foi primeiro diretor da revista de reportagens “Realidade” (1966-1976), da Editora Abril, empresa da qual também foi membro do Conselho Editorial.

CELSO ANTÔNIO SILVEIRA DE MENEZES, pintor, escritor e professor brasileiro, um dos maiores escultores brasileiros, considerado o introdutor do Modernismo nas Artes Plásticas do Brasil. Amigo de Di Cavalcanti, Cândido Portinari, mereceu os melhores reconhecimentos de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e, entre outros, Otto Lara Resende, autor de um verdadeiro manifesto onde escreve, textualmente: “(...) considero um absurdo que até hoje, no final de 1989, um artista do valor e da importância de Celso Antônio não tenha tido ainda o reconhecimento que merece”. E o Maranhão, o que faz, o que diz?

SINVAL ODORICO DE MOURA, magistrado e político, um raro caso de alguém que foi governante de quatro Estados no Brasil. Era conselheiro do imperador.

RAIMUNDO TEIXEIRA MENDES, maranhense de Caxias cuja luta em prol das causas sociais, a partir do Rio de Janeiro, inundou o país de benefícios, como redator das primeiras leis de proteção à mulher trabalhadora, ao menor trabalhador e aos, à época, doentes mentais. Também defendia questões indígenas e a criação da hoje Fundação nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi criada sob sua inspiração. Se hoje há legalmente diversidade religiosa e liberdade de crença e culto, ela teve início com Teixeira Mendes, redator do dispositivo constitucional que fez a separação Igreja—Estado... Entre tantas “coisas” que fez e foi, é um dos principais nomes do Positivismo (aqui e no mundo) e é autor da Bandeira Brasileira. Não fosse Teixeira Mendes e correríamos o risco de ter, como nossa, a bandeira dos Estados Unidos pintada de verde e amarelo.

CÉSAR AUGUSTO MARQUES, múltiplo talento de médico atuante, pesquisador incansável, escritor e historiador, autor de obras inaugurais da historiografia maranhense e brasileira.

ANDRESA MARIA DE SOUSA RAMOS, estudada por escritores, sociólogos e antropólogos brasileiros e estrangeiros, é a Mãe Andresa, sacerdotisa de culto afro-brasileiro de renome internacional, última princesa da linhagem direta africana fon. Andresa Ramos comandou durante 40 anos a Casa de Mina em São Luís, até morrer em 1954, aos cem anos de idade. O vice-presidente e presidente da República João Fernandes Campos Café Filho vinha ao Maranhão cumprimentar e pedir as bênçãos a essa maranhense de Caxias.

O grande UBIRAJARA FIDALGO DA SILVA, o primeiro dramaturgo negro brasileiro, ator, diretor, produtor, bailarino, apresentador de TV e criador do Teatro Profissional do Negro, reconhecido e homenageado nos grandes centros brasileiros como Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Enquanto isso, no Maranhão, quem sabe da existência de tamanho talento, falecido em 1986, no Rio de Janeiro? Quem do Maranhão já patrocinou montagem de suas peças, a edição de seus textos em livros, encenados e inéditos? Qual autoridade bancou uma exposição sobre seus trabalhos, a exibição de documentários sobre Ubirajara Fidalgo, desconhecido em vida por seus conterrâneos de Caxias, onde nasceu, e não reconhecido após a morte, e cuja filha, a cineasta Sabrina Fidalgo, luta pela preservação e divulgação da obra de seu pai e nosso conterrâneo?

No Maranhão, nasceram CÉSAR FERREIRA OLIVEIRA, “revolucionário constitucionalista” em São Paulo e “Herói da Guerra de Canudos”, e JOÃO CHRISTINO CRUZ, responsável pela criação do Ministério da Agricultura, agrônomo que fez estudos em outros países e é o presidente de honra da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), em cujo auditório fiz pronunciamento relembrando a importância, entre outros, desse grande maranhense.

ANTÔNIO CARLOS DOS REIS RAYOL, compositor, tenor, violinista e regente brasileiro, que já aos 13 anos ensinava música, tirou primeiros lugares, foi para a Itália e tem obra ainda a ser, digamos, “popularizada”. Assim também ELPÍDIO PEREIRA, maestro e músico de renome internacional, autor do hino de sua cidade natal, Caxias, estudou e apresentou-se na França e em diversos Estados brasileiros. A obra elpidiana é publicada em livro por outros Estados. No Maranhão, musicalmente, ninguém (se) toca.

JOÃO LOPES DE CARVALHO, pintor e desenhista, que estudou sua arte em Portugal, onde, por seu grande talento, já aos 16 anos, em 1862, foi elogiado por muitos jornais de Lisboa. Nascido em Caxias, sua arte era de tal qualidade que um de seus quadros ele recusou-se a vender, para doar para o Imperador patrono das Artes.

JOAQUIM ANTÔNIO CRUZ foi médico, militar e político e participou da demarcação de fronteira do Brasil com a Argentina e votou pela lei que terminou por abolir os castigos corporais nas Forças Armadas

JOSÉ ARMANDO DE ALMEIDA MARANHÃO, teatrólogo, escultor, caricaturista, considerado “A Pedra Angular do Teatro Paranaense”. Estudou na Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Portugal, Espanha, Suíça, Bélgica e Holanda e teve aulas com nomes notáveis do Cinema e das Artes Cênicas, como Luchino Visconti, Federico Fellini, Roberto Rosselini, Michelangelo Antonionni, Lawrence Olivier, entre outros.

LIENE TEIXEIRA, caxiense, foi a primeira engenheira-agrônoma formada na Universidade federal de Viçosa, em Minas Gerais. Fez doutorado em Botânica, na USP (Universidade de São Paulo). A qualidade de seus estudos e pesquisas levou a Botânica a, após sua morte, homenagear a maranhense com seu nome dado a um espécime vegetal.

E a vida de dedicação do cientista FRANCISCO DAS CHAGAS OLIVEIRA LUZ, falecido em 2017? Maranhense de Caxias, farmacêutico-bioquímico, professor da Universidade de Brasília (UnB), era obstinado na pesquisa e resultados na área de Medicina Tropical, sobretudo os voltados para o diagnóstico e tratamento de doenças que atingem pessoas mais carentes, como calazar e malária. Seu trabalho contribuiu para o aperfeiçoamento e apressamento na identificação e no combate desses males, devolvendo saúde e bem-estar ao grande número de pessoas que eram – e as que ainda são – infectadas.

JOAQUIM JOSÉ DE CAMPOS DA COSTA MEDEIROS E ALBUQUERQUE, nascido em Caxias, chefiava uma unidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, e tornou-se o realizador do primeiro Recenseamento Geral do Brasil, em 1872.

Maranhense de Pedreiras, o médico JOSÉ EDUARDO MORAES REGO SOUSA (1934-2022) é o pioneiro da Cardiologia Intervencionista e realizou os primeiros exames de cineangiocoronariografia no Brasil (1966). Considerado o “pai” do “stent” farmacológico, para o qual criou a técnica de revesti-lo com um medicamento (rapamicina) e implantá-lo na artéria coronária, responsável pela oxigenação do coração. O Dr. Eduardo foi homenageado em diversos países por sua contribuição à Medicina e à Saúde, com a salvação de milhões de vidas com sua técnica e o nanotubo que está presente no peito de pessoas de todo o planeta.

Até onde iríamos nesse desfile de grandes nomes maranhenses que em geral nós maranhenses deles pouco sabemos, ou não sabemos? A quantidade de nomes é tal que dobraríamos as esquinas da paciência e testaríamos o limite de páginas de papel e espaços digitais.

Ainda assim, ao que parece, maior que o rol de nomes, maior que esse escondido e escuro “hall” da fama, parece ser a desvontade, o desamor, o “nem te ligo” a que o Maranhão submete esses e outros – muitos outros – maranhenses. Há, sim, plenas condições (potenciais e a serem construídas) para se reavivar a estrela do Maranhão na constelação de grandes, ilustres, úteis, talentosos nomes que fizeram positiva diferença para este País e lhe ajudou a construir ou fixar a identidade, a brasilidade, a maranhensidade. Nestes 460 anos do Rio de Janeiro, podemos dizer que o Rio é brasileiro, mas a Cidade Maravilhosa... é maranhense.

Essa coleção (incompleta) de nomes forma um patrimônio simbólico, um potencial da Economia Criativa, um capital intelectual fantástico que não pode ser deixado assim, no desperdício, na não recorrência, no esquecimento.

Programas, projetos e ações factíveis podem ser desenvolvidos, adotados, para estar permanentemente presentes nas escolas e universidades públicas e, quiçá, particulares do Estado. Podem, com a adequada abordagem e o devido estímulo, ser pautas permanentes da Imprensa maranhense, brasileira e, até, internacional; podem ser temas de concursos, objeto de estudos, de pesquisas, de obras de estudiosos, pesquisadores, autores, alunos, professores...

Enfim, podem saudavelmente ocupar a mente de maranhenses e brasileiros, levando multidões a ampliarem ainda mais o salubre e incontido orgulho de ser maranhense e brasileiro.

Este réquiem é lançado para pessoas que, como Moisés, saibam falar do que outros não falam...

... saibam enxergar  o que outros não enxergam...

... saibam fazer onde tantos esqueceram...

Pelos seus 460 anos, parabéns ao Rio em que tantos nadaram, beberam, moraram, viveram.

* EDMILSON SANCHES

IMAGENS:

1º de março de 2025: Rio, 460 anos; o caxiense Coelho Netto e a bandeira do Maranhão. Livros com o título "Cidade Maravilhosa".

Brasília (DF), 02.05.2024 - Os candidatos do Distrito Federal que farão o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) estão aproveitando os últimos dias para revisar o conteúdo. Cerca de 160 pessoas acompanharam o último aulão preparatório promovido pela Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Fundação Cesgranrio divulgaram, na noite dessa sexta-feira (28), os resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).

Os resultados individuais estão disponíveis na Área do Candidato, na página da Cesgranrio

A publicação dos resultados estava prevista para as 10h, mas foi adiada devido à necessidade de elaboração de novas listas de classificação por causa de liminares concedidas a candidatos eliminados que obtiveram o direito de continuar no certame judicialmente

Ao todo, são 194 listas, sendo finais de classificação para vagas de contratação imediata e de espera para os cargos dos blocos temáticos 1 a 8, e o resultado final da convocação para matrícula nos cursos de formação de nove cargos.

De acordo com o ministério, as listas finais serão disponibilizadas em breve na Área do Candidato e no site do MGI. 

A homologação dos resultados para os cargos que não exigem curso de formação deve ser publicada no Diário Oficial da União, no dia 7 de março. 

Consultas individuais

O participante pode consultar on-line as notas finais individuais para cada um dos cargos que se inscreveu. A consulta deve ser feita na Área do Candidato, na Fundação Cesgranrio, com a conta da plataforma gov.br. O login é feito com o número do CPF e a senha cadastrados.

Cada candidato só aparecerá como aprovado em um dos cargos. Porém, esta mesma pessoa poderá aparecer em diversas listas de espera de outros cargos de maior preferência.

Pela consulta, os participantes saberão a própria situação para cargo: se foi aprovado em vagas imediatas ou se está no cadastro reserva; se está convocado para curso de formação (para nove cargos dos blocos temáticos de nível superior – 1 a 7) ou se foi eliminado.

No caso de vagas reservadas por lei, as pessoas com deficiência, negras e indígenas, o participante é comunicado sobre sua classificação na ampla concorrência e nas cotas.

Ainda estão disponíveis as informações sobre as notas na prova objetiva e na discursiva, na avaliação de títulos, resultado de bancas examinadoras das autodeclarações dos candidatos (PCD, heteroidentificação e indígena) e nota final ponderada em cada cargo.

Cursos de formação

Os cursos de formação representam uma etapa classificatória e eliminatória do concurso, com o objetivo de capacitar os aprovados para os desafios da administração pública federal.  

Na área do candidato, serão divulgadas 21 tabelas com listagem final de convocados em cargos dos blocos de nível superior (1 a 7) para matrícula em cursos de formação, com candidatos sub judice, ou seja, aquele que tem sua situação pendente de decisão judicial.

São nove cargos que possuem curso de formação: especialista em políticas públicas e gestão governamental (EPPGG); analista de comércio exterior (ace); analista em tecnologia da informação (ATI); analista técnico de políticas sociais (ATPS); analista de infraestrutura (AIE); especialista em regulação de serviços públicos (Aneel); especialista em regulação de serviços públicos (Antaq); auditor-fiscal do trabalho (AFT); e especialista em regulação de saúde suplementar (ANS). 

Todos os candidatos convocados para matrículas nos cursos de formação também receberam, nessa sexta-feira, mensagens de e-mail e Whatsapp da Cesgranrio.

Concurso Unificado

A primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado teve 2,11 milhões de candidatos inscritos de 5.555 municípios.

Pela primeira vez, um processo seletivo permitiu que os candidatos concorressem a vagas de diferentes órgãos com uma única inscrição.

Desses, 970 mil compareceram de fato aos dois dias de exame para disputar 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal. O certame foi aplicado em 3.665 locais de provas (como escolas e faculdades) em 228 cidades. 

O MGI prevê uma segunda edição do concurso unificado. O novo edital deverá ser publicado até o fim de março.

(Fonte: Agência Brasil)