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São Paulo (SP), 12/06/2025 - Evento de protagonismo feminino na música, começa hoje, na capital paulista, a 9ª edição do Women's Music Event (WME), que terá quatro dias de shows, oficinas, painéis, mentorias e outras atividades que casam representatividade feminina e universo da música. Foto: Women's Music Event/Divulgação

Começa nesta quinta-feira (12), na capital paulista, a 9ª edição do Women's Music Event (WME), que terá quatro dias de shows, oficinas, painéis, mentorias e atividades que casam representatividade feminina e universo da música. 

Este ano, a eleita madrinha do evento é a cantora, compositora, atriz e escritora Letrux, nome artístico da carioca Letícia Pinheiro de Novaes. Com 20 anos de estrada, ela seguiu carreira solo na cena alternativa e pop, depois de tocar com Lucas Vasconcellos. A dupla se chamava Letuce.

Esta noite, acontece a tradicional festa de abertura, na Heavy House, em Pinheiros. Antes de as DJs Curol e Grazi Flores ficarem a postos nas pickups, quem conferir a festa poderá participar do painel O renascimento do vinil e formatos físicos

A casa noturna preparou, por último, a entrada da cantora, compositora e clarinetista catarinense Maria Beraldo, que já subiu nos palcos com expoentes como Arrigo Barnabé e Elza Soares.

No segundo dia de agenda, a Biblioteca Mário de Andrade, pública e localizada no centro da capital, recebe os participantes do evento para a abertura oficial, com nomes como Jaloo e Carol Biazin. Será compartilhado, ainda, o resultado da pesquisa Mapa dos Festivais 2025, por Juli Baldi. 

Outros destaques de sexta-feira (13) são as discussões, às 13h, sobre o que os festivais de música brasileiros têm reservado às pessoas trans, atividade conduzida por Iná Odara Cholodoski, e sobre o gênero Brega Funk, com Eva Bessa. Um terceiro assunto desta sexta-feira será a inteligência artificial na esfera da música e o arcabouço legal relacionado ao seu uso. 

No terceiro dia de evento, a programação continua cheia e imersa em diversos gêneros musicais, como o house e o rap. Está prevista a exibição do documentário Mestras, com Aíla, além de oficinas sobre como cobrar pelas apresentações e criações musicais, usar o marketing a seu favor e elaborar um planejamento estratégico consistente. 

No domingo (15), o encerramento terá shows de Ajuliacosta e Anna Suav no Cine Joia. 

Parceira do WME, a Feira Preta, de cultura e economia criativa negra, levará 29 empreendedoras ao evento, tendo acesso gratuito.

Serviço

Women's Music Event (WME) 2025

Datas: 12, 13, 14 e 15 de junho de 2025

Locais:

  • Heavy House | Rua Benjamim Egas, 297 - Pinheiros, São Paulo - SP, CEP 01452-020
  • Biblioteca Mário de Andrade | Rua da Consolação, 94 - República, São Paulo - SP, CEP 01302-000
  • Praça Dom José Gaspar - República, São Paulo - SP   
  • Cine Joia | Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade, São Paulo - SP, CEP 01501-040

(Fonte: Agência Brasil)

A temporada 2025 do tênis de mesa do Maranhão vai finalmente ter início. Neste fim de semana (14 e 15), será realizada a primeira etapa do TMB Estadual Maranhão, competição que reunirá os principais mesatenistas maranhenses. E o Fórum Jaracaty, projeto social que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Equatorial Maranhão por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, está confirmado na disputa. Ao todo, quatro atletas vão formar a equipe na busca por medalhas. 

Para esta primeira etapa do TMB Estadual Maranhão, que será realizada no CT Independente, a equipe do Fórum Jaracaty contará com Paola Morais, Hian Sá, Eike Silva e Nadson Silva. O quarteto chega à competição com boas chances de conquistar resultados expressivos. 

“A temporada está apenas no começo, mas nossos atletas estão bem, têm evoluído bastante nos treinos e acredito que eles farão uma boa competição. O TMB Estadual é um torneio difícil, mas estamos confiantes. Acredito que nossa equipe vai dar o melhor para conseguirmos alcançar nossos objetivos”, afirmou o técnico Antonio “Buraco” Ferreira. 

Dos atletas do Fórum Jaracaty confirmados nesta etapa do TMB Estadual, destaque para Paola Morais, que é um dos principais nomes do tênis de mesa no Maranhão. Na temporada passada, Paola sagrou-se campeã da etapa final do torneio nas disputas das categorias Sub-19 e Sub-21. 

Além desses títulos, a jovem maranhense brilhou na etapa do TMB Challenge Plus, um dos eventos mais importantes do tênis de mesa brasileiro, realizado em Imperatriz (MA), em outubro do ano passado. Na competição nacional, ela foi campeã na categoria Adulto Feminino e terceira colocada na disputa do Sub-19 Feminino.  

Já na disputa masculina, Hian Sá estará na briga por um pódio nesta primeira etapa do TMB Estadual, assim como conseguiu na temporada passada. Em 2024, Hian foi bronze nas disputas do Sub-19 e do Sub-21 da 4ª etapa do torneio estadual. Desta vez, o mesatenista do Fórum Jaracaty vai competir nas categorias Sub-19, Sub-21 e Absoluto D. 

Fórum Jaracaty

O Fórum Jaracaty conta com o patrocínio do governo do Estado e da Equatorial Maranhão via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte para desenvolver atividades nas áreas esportiva, de informática e brinquedoteca. O projeto existe há mais de duas décadas no Jaracaty, ajudando crianças e jovens da região e bairros adjacentes a terem um futuro digno por meio do esporte e demais atividades.  

Para a comunidade, o Fórum Jaracaty oferece cursos, palestras e demais atendimentos, com apoio dos patrocinadores e parceiros. Todas as atividades do projeto são gratuitas.  

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 se encerram às 23h59 (no horário de Brasília) desta sexta-feira (13). O prazo que terminaria em 6 de junho foi prorrogado em uma semana pelo Ministério da Educação (MEC). 

A nova data limite é válida também para as pessoas interessadas em solicitar atendimento especializado no Enem e para solicitar tratamento pelo nome social. 

Cada uma das situações deve ser informada no momento da inscrição diretamente na Página do Participante, preencher os dados solicitados e enviar a documentação exigida.

Com a prorrogação do período de inscrições, o pagamento da taxa de inscrição poderá ser feito até a próxima quarta-feira, 18 de junho, para garantir a participação no exame.

A Agência Brasil preparou um passo a passo do procedimento de inscrição para ajudar os interessados. Confira aqui o tutorial.

Todos devem inscrever-se

Todos os interessados em fazer o Enem 2025 devem se inscrever exclusivamente na Página do Participante, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por todas as etapas do exame.

Os participantes que tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição e as justificativas de ausência em 2024 aprovados pelo Inep precisam se inscrever no exame.

O exame ainda representa uma oportunidade para o participante "treineiro" testar seus conhecimentos. O Inep define como "treineiro" no Enem aquele que concluirá o ensino médio após o ano letivo de 2025; que não está cursando ou não concluiu o ensino médio e quer se autoavaliar.

Novidades

Os estudantes do 3º ano do ensino médio em escola pública, mesmo com sua inscrição pré-preenchida automaticamente, pela primeira vez, precisam atualizar os dados solicitados e confirmar a inscrição para garantir a participação nesta edição.

Estes candidatos não pagarão a taxa de inscrição. Além de ter o objetivo de facilitar o processo de inscrição, a medida pretende estimular a participação deste público no Enem.

Em 2025, o Enem tem outra novidade: o exame voltará a ser uma opção quem quer obter o certificado de conclusão do ensino médio ou a declaração parcial de proficiência. Para esta finalidade, podem se inscrever os candidatos:

· com mais de 18 anos que não terminaram essa etapa dos estudos;

·  que alcançar, em cada área do conhecimento da prova, a pontuação mínima (igual ou maior que 450 pontos);

·  tirar nota de menos 500 pontos na prova de redação.

Acessibilidade

As pessoas interessadas em solicitar atendimento especializado no Enem 2025 devem enviar a documentação que comprove a condição que motiva o atendimento especializado, dentro deste prazo, por meio da Página do Participante.

O Ministério da Educação (MEC) explica que o participante que teve a documentação deste tipo aprovada pelo Inep nas edições do Enem de 2021 a 2024 não precisará anexar nova documentação.

A Agência Brasil detalha aqui os documentos aceitos e as situações previstas, conforme descrito no edital.

Pessoas com deficiência auditiva ou surdez também podem deficiência consultar o edital do Enem 2025 na Língua Brasileira de Sinais (Libras) com todas as regras e prazos do processo seletivo.

O vídeo com o conteúdo completo do edital está disponível no canal do Inep no YouTube 

Inclusão

Sobre o nome social, esse tratamento é exclusivo de participantes travestis, transexuais ou transgêneros que se identificam e querem ser reconhecidos socialmente conforme sua identidade de gênero.

O nome social deve ser o mesmo cadastrado na Receita Federal e este será apresentado em todos os documentos e materiais administrativos do Enem, como no cartão de confirmação de inscrição e nas provas.

Taxa de inscrição

A taxa de inscrição deve ser paga até a próxima quarta-feira (18) tanto pelo candidatos não isentos como pelos candidatos que tiveram a solicitação de isenção da taxa de inscrição reprovada pelo Inep ou que a justificativa de ausência nas provas de 2024 não foi aceita pela autarquia.

No boleto da Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) no valor de R$ 85 ficará disponível na tela inicial da Página do Participante após finalizar o processo de inscrição.

O pagamento poderá ser feito por Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança. Para pagar por Pix, basta acessar o QR Code que consta no boleto.

O sistema não gerará boleto para duas situações, mesmo que candidato ainda que não tenha solicitado isenção da taxa de inscrição:

1. estudantes concluintes do ensino médio, em 2025, matriculados em qualquer modalidade de ensino (regular ou EJA), em escolas públicas;

2. quem informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para tentar conseguir o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).

Provas

Os dias de aplicação das provas do Enem 2025 em todos os estados e no Distrito Federal não mudaram. Permanecem em 9 e 16 de novembro.

As exceções, já previstas no edital desta edição, são os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, onde os candidatos farão provas em 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), na capital paraense, no período.

O Enem 2025 mantém o formato de quatro provas objetivas (com 45 questões cada) e uma redação.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de redação, língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol) e o Enem terá 5 horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, com provas com 5 horas de duração, o exame nacional avaliará os conhecimentos de química, física e biologia e matemática.

O exame

O Enem é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 11/06/2025 - Péricles e Netinho de Paula. Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit Brasil). Foto: Lucas Seixas/Divulgação

O tradicional Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit Brasil) chega este ano à 17ª edição apresentando mais de 60 filmes nacionais e internacionais que contam, refletem e exploram a cultura musical em todo o mundo. A abertura do evento é nesta terça-feira (11), com a apresentação do documentário inédito Anos 90 – A Explosão do Pagode, filme de Emilio Domingos e Rafael Boucinha, que será apresentado a partir das 20h, no CineSesc.

Com depoimentos de músicos como Péricles, Salgadinho, Leci Brandão, Thiaguinho e Belo, o documentário mostra como o pagode, surgido nos quintais dos subúrbios, trouxe novos horizontes para o samba brasileiro e conquistou o país.

Brasília (DF), 11/06/2025 - Leci Brandão. Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit Brasil). Foto: Lucas Seixas/Divulgação
Leci Brandão

Mas não é só o pagode que estará na programação do festival. “O festival tem como característica, desde sempre, essa diversidade de gêneros e de olhar para a música da maneira mais ampla possível, não só como um produto que vende disco ou toca na rádio. Então, dá na mesma para a gente olhar se é rock, se é MPB, se é samba ou se é jazz, o que a gente gosta mesmo é dessa diversidade”, disse Marcelo Aliche, diretor artístico do In-Edit Brasil, em entrevista às equipes da TV Brasil, Rádio Nacional e Agência Brasil.

Segundo Aliche, a curadoria do festival busca documentários musicais que tenham alguma relevância no mundo, “seja histórica ou de material de arquivo ou do momento histórico que está ali refletido”.

“Neste ano, curiosamente, a gente tem muita soul music. É a primeira vez que acontece em 17 anos. O que fazemos é deixar que a safra [de filmes] fale por si. A safra diz qual é e quais são os ritmos que vão ser retratados no festival”, refletiu.

As produções selecionadas reúnem não apenas grandes nomes da música - como Cazuza, John Lennon, Yoko Ono e o compositor de clássicos do cinema John Williams – como também cenas regionais e movimentos alternativos como o rock de Goiânia, a música de Porto Velho (RO), o hip hop norte-americano e o hardcore brasileiro dos anos 90.

Alguns desses filmes serão apresentados pela primeira vez no circuito mundial. “O In-Edit traz 16 premieres (estreias), que são filmes que terão sua primeiríssima exibição no festival e tem coisas muito bacanas como Cazuza:Boas Novas, As Dores do Mundo: Hyldon, Amor e Morte em Julio Reny e Essência Interior. A lista é grande e nos dá muito orgulho poder colocar esses filmes pela primeira vez à disposição do público, da imprensa e da indústria, para que esses filmes comecem a fazer sua carreira a partir do festival”, falou Aliche.

Além dos filmes inéditos, a mostra também apresenta títulos antigos como o clássico A Noite do Espantalho e O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, que completa 25 anos.

Há também toda uma programação paralela com shows, debates, encontros e sessões comentadas com convidados especiais, além de atividades formativas como um curso online sobre documentário musical, ministrado por Deborah Osborn.

“O que a gente gosta muito de fazer é que esses filmes tenham uma profundidade ainda maior além da sessão. Então a gente gosta muito de fazer encontros com os diretores, debates, bate-papos, e também palestras e shows. Tudo o que a gente pode fazer para somar a essa experiência de vir ao festival, a gente faz”, disse o diretor artístico do In-Edit.

O festival também contará com a participação do premiado diretor canadense, Ron Chapman, que vem ao Brasil para apresentar seu documentário inédito Revival 69: The Concert That Rocked the World. O filme resgata os bastidores do lendário Toronto Rock and Roll Revival, festival realizado em 1969 e marcado pela primeira apresentação pública de John Lennon sem os Beatles. O diretor estará presente para conversar com o público após as exibições de seu filme no CineSesc e na Cinemateca Brasileira.

O festival ocorre até o dia 22 de junho e tem programação gratuita, com exceção do CineSesc, que tem ingressos a preços populares. Parte do evento poderá ser assistido de forma online – e também gratuitamente - por meio das plataformas Spcine Play, Sesc Digital e Itaú Cultural Play (IC Play). Mais informações e toda a sua programação podem ser consultados no site do evento.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 09/05/2025 -  Bienal 2025 terá parque literário e homenageará o escritor Ruy Castro. Foto  Divulgação / Bienal do Livro Rio / Filmart

A Bienal Internacional do Livro começa na próxima sexta-feira (13), no Riocentro, zona oeste do Rio.A realização da Bienal reforça a vocação literária da cidade que recebeu este ano o título de Capital Mundial do Livro. A prefeitura do Rio orienta os visitantes a utilizarem o transporte público para chegar ao local do evento, que encerra no dia 22 deste mês.

Transporte

Uma operação especial vai levar o público de BRT até a Bienal do Livro. Nos fins de semana do evento (14 e 15 e 21 e 22) e no feriado de Corpus Christi no dia 19, quando é esperado um público maior, o BRT terá um serviço especial partindo do Terminal Jardim Oceânico até as estações Riocentro e Olof Palme, com paradas apenas no Terminal Alvorada e na estação Rio 2, nos dois sentidos. O serviço, com tarifa normal (R$ 4,70), vai funcionar entre 9h e 23h.

Também nos fins de semana da Bienal e no feriado de Corpus Christi funcionará o serviço especial entre o terminal Paulo da Portela, em Madureira e o terminal Recreio, das 9h às 23h. A linha fará parada nas estações Campinho, Praça Seca, Tanque, Taquara, Santa Efigênia, Curicica, Asa Branca, Morro do Outeiro, Riocentro, Olof Palme e Terminal Recreio.

Além disso, nos dias úteis, as linhas de transporteurbano, 51 (Recreio x Deodoro-Parador) e 41 (Madureira x Recreio-Expresso) serão reforçadas. Excepcionalmente no período da Bienal, o serviço 41, que só opera nos dias úteis, fará paradas nas estações Olof Palme e Riocentro.

Bienal do Livro do Rio começa no dia 13 com proposta imersiva

Trânsito

O Centro de Operações da prefeitura do Rio (COR-Rio) vai monitorar o trânsito e o deslocamento de público da Bienal do Livro por meio de 73 câmeras instaladas nas vias do entorno do Riocentro. Também será utilizado um drone para acompanhar a movimentação de veículos na região e orientar a operação de tráfego.

 A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) implantará uma operação especial para reduzir impactos no tráfego da região. O efetivo contará com 50 pessoas por dia para manter a fluidez, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, além de orientar pedestres e motoristas. Para viabilizar a realização do evento, a Rua Pedro Calmon poderá ser interditada em caso de contingência entre a Av. Salvador Allende e a Rua Abrahão Jabour.

 Nos horários do evento é recomendado que os motoristas da região utilizem como rota, a Avenida das Américas e Avenida. Ayrton Senna para a ligação até a via expressa Linha Amarela, em função da sobrecarga na circulação de veículos na Avenida Salvador Allende, onde fica o Riocentro e na Avenida Embaixador Abelardo Bueno.

Proteção

As mulheres também terão serviços especiais da prefeitura do Rio. Servidores da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e Cuidados divulgarão os cursos oferecidos pela pasta e vão distribuir materiais da campanha Rio+Seguro para Mulheres sobre a rede de enfrentamento à violência doméstica.

A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal do Rio vão atuar com 40 agentes em apoio à Bienal do Livro. As ações de ordenamento urbano e de trânsito se estenderão até o encerramento do evento e escoamento do público.

 A operação ainda conta com agentes do BRT Seguro nas estações Olof Palme, Rio Centro e Morro do Outeiro, além de fiscais da Superintendência de Táxis que vão fiscalizar o bolsão interno e fazer o monitoramento do entorno do evento.

Marca

A Secretaria Municipal de Cultura levará à Bienal 2025 a marca Rio Capital Mundial do Livro, concedida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Haverá um stand dedicado ao título que contará com painéis e ações exclusivas durante todo o evento. Dentre elas destaca-se a exibição do projeto Rio Memórias; parangolés literários; exposição de livros ganhadores do Jabuti com os seus respectivos prêmios e a distribuição de cartões-postais literários.

 A Secretaria Municipal de Educação (SME) terá um estande de 150 m² e uma programação planejada para receber cerca de 30 mil alunos e 56 mil profissionais da rede municipal, além do público visitante. O estande tem como foco a valorização da leitura, a integração da tecnologia com a educação e o debate de temas como equidade de gênero, antirracismo, inovação pedagógica e a conexão da escola com o território. Um dos destaques será mostrar que é possível integrar tecnologia ao universo da leitura, com a exposição de projetos desenvolvidos por alunos no espaço dos Ginásios Educacionais Tecnológicos (GETs).

(Fonte: Agência Brasil)

Parintins (AM), 06/06/2025 - Fundação Palmares reconhece Baixa da Xanda como o primeiro quilombo de Parintins. Moradores do Quilombo da Baixa da Xanda. Foto: Yasmin Cadore/Divulgação

Alegria misturada ao choro incontido e tremores na fala e nas mãos. Estas foram as primeiras reações da jornalista Suzan Monteverde Martins, de 34 anos, ao ser comunicada que a Baixa da Xanda, em Parintins (AM), foi certificada oficialmente como a primeira comunidade autodefinida como remanescente de quilombo no município. A certificação foi dada pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, na última semana.

A localidade é o berço do Boi-bumbá Garantido, astro do duelo anual no bumbódromo do Festival Folclórico de Parintins, com outro boi, o Caprichoso, sempre no fim de junho.

A ligação de Suzan com o território vai além do cargo que ocupa desde 2019 na comissão de arte da agremiação, em meio a alegorias e tambores. O elo dela é ancestral.

Nascida e criada na comunidade, Suzan é, primeiramente, a bisneta do criador do boi-bumbá vermelho e branco, em 1913, Lindolfo Monteverde, um dos sete filhos de Alexandrina, apelidada de Dona Xanda. A benzedeira e artesã negra, descendente de escravizados, deu nome à comunidade quilombola, localizada a 370 quilômetros de Manaus.

Brasília (DF), 06/06/2025  -   Suzan Monteverde, bisneta do Fundador do Boi Garantido, Lindolfo Monte Verde. Foto Instagram/@suzanmonteverde
Suzan Monteverde

Suzan foi uma das responsáveis pela mobilização iniciada em 2024, que exultou na realização de assembleias e reunião de documentos, escuta de relatos sobre ancestralidade negra, resistência e opressões sofridas pelos primeiros ocupantes daquele solo. Partes do processo que resultou, agora, na certificação de autodefinição da Baixa da Xanda como território de um quilombo.

Ela, que é também doutoranda em estudos de cultura contemporânea na Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, entende que esse reconhecimento do Estado brasileiro não é só um papel, mas “a afirmação de uma história que sempre existiu e que, por muito tempo, foi apagada”.

“O Estado brasileiro está reconhecendo que aquele território tem uma história de resistência negra, de ancestralidade, de luta, de pertencimento. E de que ali ainda vivem descendentes de pessoas que fugiram da escravidão e que formaram um modo de vida baseado na coletividade, na cultura, na preservação da memória. E digo: nossos passos vieram de longe e eles importam”, disse emocionada Suzan Monteverde, bisneta do criador do Boi Garantido e tataraneta de Dona Xanda.

Toada do boi e antropologia

 “Tem que se achar que a vida não é só isso que se vê. É um pouco mais, que os olhos não conseguem perceber”. Foi lembrando os versos do samba Sei Lá Mangueira, do compositor Paulinho da Viola, que o doutor em antropologia Alvatir Carolino, de 53 anos, comemorou a emissão da Certidão de Autorreconhecimento pela Fundação Palmares.

O profissional – que também é professor titular e pesquisador do Instituto Federal do Amazonas – é o responsável pela construção do processo da Baixa da Xanda e pelo relatório antropológico que registra a trajetória histórica dessa comunidade e suas relações territoriais específicas. Toda essa documentação foi enviada à Fundação Cultural Palmares, em março deste ano.

Brasília (DF), 06/06/2025  -   Alvatir Carolino (doutor em Antropologia e membro da comissão de artes do Boi Garantido. do Amazonas). Fotos Arquivo pessoal
Alvatir Carolino

Alvatir Carolino entende que o tempo de análise do processo pela União, na atual gestão da Fundação Palmares, cumpre o direito constitucional da titulação das terras quilombolas e não pode ser comparado com governos anteriores.

“A gente teve tempo célere de um governo que compreende a importância dessas certificações e que está em consonância com os direitos constitucionais, porque o reconhecimento de terras tradicionalmente ocupadas, a certificação de quilombos, é um direito constitucional”.

O antropólogo compara o andamento desse processo à experiência de certificação de outras duas terras remanescentes de quilombos: o segundo quilombo urbano reconhecido no Brasil, o do Barranco de São Benedito, no bairro da Praça 14, em Manaus; e o quilombo do Rio Andirá, no município de Barreirinha (AM).

Somado ao lado profissional, Alvatir Carolino revelou à Agência Brasil que tem memórias afetivas com o Garantido desde os 8 anos de idade, quando representantes do boi branco e vermelho foram brincar em um festival em Manaus, em 1980, e se ligaram à família dele.

Alvatir partilha lembranças de quando teve a oportunidade de conhecer Parintins. Por todas as histórias que ouvia sobre o Boi Garantido, ele manifestou interesse em sair da área central, logo após a igreja de São Benedito, e descer até a periferia da cidade, onde se encontrou na Baixa da Xanda, desde 1988. “Eu tinha uns 13, 14 anos e acho que já era meio antropólogo ali, porque o meu olhar estava sempre além, olhando para as pessoas e dialogando”.

Hoje, Alvatir Carolino, diz ter parentesco com a Baixa da Xanda. Ele é casado com outra antropóloga, que tem raízes familiares na comunidade e se emociona com a recente certificação.

“Foi uma extraordinária emoção que supera a do dia de minha titulação de doutor e da progressão ao cargo máximo na carreira do Ministério da Educação, o de professor titular. Esse reconhecimento, por tudo que trabalhei em outros reconhecimentos de quilombos na Amazônia, me afeta em um ponto emocional da minha alma, que é extraordinário, é indescritível. Estou muito feliz.”

Trabalho de Palmares

A Fundação Cultural Palmares é a responsável pela emissão de certidões às comunidades quilombolas a partir do reconhecimento da autodeclaração.

Na instituição, o processo da Baixa da Xanda foi recebido pela equipe da coordenadora de Projetos do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro, Cida Santos. Ela comenta que o reconhecimento da Baixa da Xanda como primeiro quilombo de Parintins deve ser motivo de grande orgulho por ser o território onde foi criado o Boi-Bumbá Garantido, reconhecido nacional e internacionalmente como expressão cultural do povo brasileiro.

“A população de Parintins e de todo o Amazonas deve se sentir orgulhosa dessa expressão de ancestralidade, que é o festival de Parintins. E essa emissão da certificação de autorreconhecimento, enquanto comunidade quilombola, para nós, é uma satisfação muito grande”.

Cida Santos relata que desde o início deste ano, a fundação tem intensificado a campanha nacional com o nome Acelera Certificação Quilombola, com o objetivo de ampliar o reconhecimento formal de mais de 8 mil comunidades quilombolas do país.  Até junho deste ano, 3.940 comunidades já haviam sido certificadas pela entidade.

Mais direitos

A certificação de reconhecimento do Estado brasileiro, de que se trata de uma comunidade quilombola, é acionadora de direitos específicos para o grupo, diz a coordenadora da Fundação Cultural Palmares. “Esta certificação é um ‘abre portas’ para o acesso a diversas políticas afirmativas implementadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

Cida detalha que o documento administrativo permite que as comunidades quilombolas possam ser assistidas pelas políticas públicas intersetoriais do programa Aquilomba Brasil, coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR).

Aquilomba Brasil está dividido em quatro eixos temáticos:

1 – acesso à terra;

2 – infraestrutura e qualidade de vida;

3 – inclusão produtiva e desenvolvimento local;

4 – direitos e cidadania.

Além disso, os estudantes quilombolas desses territórios que estão matriculados em instituições federais de ensino superior passam a ter direito à Bolsa Permanência. A política pública concede auxílio financeiro diretamente aos estudantes de graduação, com o objetivo de contribuir para a permanência e a diplomação dos beneficiados.

Próximos passos

A Certidão de Autorreconhecimento emitida pela Fundação Cultural Palmares é o documento inicial no processo de regularização fundiária de seu território como sendo de uma comunidade remanescente de quilombo.

A partir da certificação do governo federal, a comunidade Baixa da Xanda deve solicitar a abertura de um processo administrativo de regularização fundiária de seu território na superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado, para requerer o título de posse dessa terra.

O Incra, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), é o órgão responsável pela identificação, demarcação e titulação, entre outras, das terras quilombolas no Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Nessa segunda-feira (9), a Biblioteca Pública Benedito Leite, por meio de sua gestora, Aline Nascimento, teve a honra de receber a visita do escritor, jornalista e professor Edmilson Sanches.

Durante o encontro, uma conversa enriquecedora, repleta de informações valiosas sobre a importância histórica do nosso Maranhão.

Na ocasião, o autor gentilmente realizou a doação de diversos títulos – obras de sua autoria e outras publicações – que, agora, passam a integrar o acervo da BPBL.

Agradecemos pela visita e pela significativa contribuição ao nosso patrimônio literário!

https://www.instagram.com/p/DKsNioHysGv/?igsh=MTIwenVycGMycjkyeg==

*

Conhecer um pouco mais nossa BPBL deveria ser dever de todo maranhense que puder se deslocar até a capital do Estado.

Sua diretora, Aline Nascimento, que é do ramo da Biblioteconomia, os demais servidores desse templo de saberes têm consciência de que milhares de vidas e milhares e milhares de anos de Conhecimento gravitam em torno deles, em suporte de celulose e tinta.

Mais que uma satisfação em (re)conhecer, a Biblioteca Pública Benedito Leite deve provocar em nós o sentimento de sadio orgulho e o sentido de inafastável responsabilidade.

Vida longa e saudável à rainha das Bibliotecas maranhenses.

Deus – e as autoridades públicas – a livre do fogo, das águas, das traças e de tudo e todo que não devoram livros apenas com os olhos...

Grato pelo acolhimento, Aline.

Edmilson Sanches

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro (RJ), 03/11/2024 - Candidatos chegam para primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, na Universidade Estácio de Sá, no centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As pessoas inscritas que não receberam isenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 devem fazer o pagamento da taxa de inscrição até 18 de junho, para garantir participação nas provas.

Os inscritos que não foram isentos do pagamento ganharam uma semana a mais para quitar a taxa, depois que o Ministério da Educação prorrogou, no sábado (7), o período de inscrições do exame até esta sexta-feira (13).

Como pagar

Logo após a confirmação da inscrição, o candidato pode pagar o valor de R$ 85 por meio de boleto gerado na Página do Participante ou por Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente e poupança.

Para pagar por Pix, basta acessar o QR Code que consta no boleto.

Inscrições

Todos os interessados em fazer o exame devem se inscrever, por meio da página oficial, para garantir a participação – inclusive os isentos da taxa de inscrição.

Neste ano, concluintes da rede pública terão sua inscrição pré-preenchida no sistema, mas, mesmo assim, devem confirmar sua participação na Página do Participante e selecionar em qual língua estrangeira (inglês ou espanhol) serão avaliados para poder realizar as provas.

Provas

As provas do Enem 2025 serão aplicadas pelo Inep nos dias 9 e 16 de novembro, nas 27 unidades da federação.

Somente os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba (Pará) terão outras datas de aplicação ─ 30 de novembro e 7 de dezembro ─ devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá no estado, no período da aplicação regular do exame. 

Os candidatos que pretendiam fazer o Enem em alguma dessas cidades ainda podem optar por realizar as provas nas datas regulares, 9 e 16 de novembro, em outras localidades. Para isso, é necessário escolher outro município de aplicação no momento da inscrição. 

Certificação

Na edição de 2025, o Enem voltará a certificar a conclusão do ensino médio ou a proficiência parcial de estudantes maiores de 18 anos. Para obter a certificação, é necessário que o participante atinjá o mínimo de 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e o mínimo de 500 pontos na redação do Enem.

Pé-de-Meia

Os estudantes concluintes do ensino médio em escolas públicas, que são beneficiados pelo programa Pé-de-Meia, do MEC, receberão uma parcela bônus de R$ 200 se participarem dos dois dias de provas do Enem 2025.

O pagamento será feito após a conclusão dessa etapa de ensino. Além disso, todos os participantes do Pé-de-Meia tiveram direito à isenção da taxa de inscrição do Enem 2025.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 10/04/2023 - Fachada do ministério da Educação.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

Os beneficiários da Bolsa Permanência, do Programa Universidade para Todos (PBP Prouni), poderão acumular o benefício com outros incentivos financeiro-educacionais de programas do governo federal voltados ao ingresso, permanência e conclusão de cursos de licenciatura, como o Pé-de-Meia Licenciaturas.

A medida foi autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da portaria nº 412/2025, publicada na última semana. A nova norma também prevê a possibilidade de acúmulo da bolsa permanência do Prouni com outros auxílios ou bolsas acadêmicas oferecidas pelas próprias de instituições de ensino superior.  

O Programa Bolsa Permanência (PBP) é voltado a estudantes de graduação matriculados nas instituições federais de ensino superior, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente, as pessoas indígenas e quilombolas. O auxílio financeiro tem como meta contribuir para a permanência e a diplomação na graduação dos beneficiários, como forma de reduzir as desigualdades sociais e étnico-raciais no país. 

Programas federais

O Programa Bolsa Permanência Prouni (PBP Prouni) oferece auxílio financeiro de R$ 700 aos bolsistas integrais do Prouni que têm renda de até um salário mínimo e meio por pessoa da família, ou seja, R$ 2.277, em 2025, per capita [por pessoa]. O valor pago pelo PBP Prouni é para custeio das despesas educacionais, como material didático, alimentação e transporte.

O Pé-de-Meia Licenciaturas destina-se a estudantes de cursos de licenciatura presenciais que conquistaram nota média igual ou superior a 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O valor do incentivo financeiro mensal é de R$ 1.050, depositado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Do valor total, R$ 700 podem ser sacados imediatamente e o restante (R$ 350) é depositado na modalidade poupança. O valor acumulado durante o curso de licenciatura poderá ser sacado somente após o formando ingressar em uma rede pública de ensino, em até cinco anos após a conclusão do curso.

Já o Programa Universidade Para Todos (Prouni) oferta bolsas de estudo - integrais e parciais de 50% - em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições de educação superior privadas. O programa tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 06/06/2025 - “Escravo de Jó”, obra audiovisual de Aline Motta, recupera a cultura rítmica e circular bantu, a partir da cantiga infantil de mesmo nome, na Mostra no Museu de Arte do Rio - MAR. Foto: Bruno Itan/Divulgação

A busca pelo significado de um das mais tradicionais brincadeiras infantis brasileiras, a clássica Escravos de Jó, é um dos focos da exposição Nossa Vida Bantu, em cartaz no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), no centro da capital fluminense.

Na instalação, a artista Aline Motta sugere que Jó não foi um traficante de pessoas ou religioso, como o senso comum chegou a afirmar.  Jó, segundo Aline, possivelmente deriva de "nzo", que significa casa, em quicongo, e faz alusão às mulheres escravizadas “domésticas”, jogando "caxangá", talvez, um jogo de búzios, na época da escravidão, no Brasil. Já o caxangá e o ziguezague da cantiga seriam referências às tentativas de fuga, expressas de forma cifrada.

Na primeira sala da exposição, a artista projeta representações de pessoas escravizadas, jornais da época e palavras bantu, em círculos, uma vez que elementos rítmicos circulares são típicos da cultura afro-brasileira.

A obra é um dos destaques da mostra que ficará em cartaz ao longo do ano e tem o objetivo de recuperar o papel significativo que os povos de diversos países africanos, denominados sob o termo linguístico bantu, tiveram na formação cultural brasileira e na identidade nacional.

"A intenção foi resgatar uma cultura que está entre nós, que permanece, mas que, de certa maneira, houve sobre ela poucos estudos e inflexões intelectuais, entendendo que a cultura nagô e iorubá foi muito mais estudada, representada na literatura e no teatro", explicou Marcelo Campos, curador-chefe do MAR. "Vamos resgatar, trazer para o centro a cultura bantu que é africana, sobretudo da África central, mas sobre a qual falamos pouco”, completou. A cultura bantu mencionada por ele se refere a Angola e Moçambique, por exemplo.

Rio de Janeiro (RJ), 06/06/2025 - Canecas de agata dispostas em formato de navio negreiro com café e a água do mar. A obra homenageia os que resistiram aos tumbeiros e, apesar da violência, produziram o grão, base da economia brasileira até o início do século 20, na Mostra no Museu de Arte do Rio - MAR. Foto: Beatriz Gimenez/Divulgação

Tecnologias da metalurgia, manipulação do couro, repertório gestual, religioso, além de expressões como "dengo", "moleque", "mafuá" e "farofa", assim como congadas e folias são herdadas dessa matriz.

"A presença das culturas bantu no Brasil e em diversos territórios das Américas não se limita a uma herança remota, mas se expressa em práticas que organizam o tempo, o espaço a linguagem e a vida em comunidade", diz o texto que apresenta a exposição ao público, logo na entrada.

Por meio de várias linguagens artísticas, mais de 50 obras,  entre filmes, pinturas, fotografias e música, a Nossa Vida Bantu reúne mais de 20 artistas nacionais e estrangeiros. Além de Aline Motta, estão o coletivo de artistas africanos Verkron, o coletivo indígena Mahku, e André Vargas, outro destaque da mostra.

"Vargas é um artista carioca que trabalha duas poesias. Em uma delas, ele vai criando frases relativas às nossas manifestações da umbanda, junto aos pretos velhos. Ele cita nomes pelos quais a gente denomina muitas dessas entidades. Por exemplo, Joaquim de Angola. Ele declama para poder fazer com que a gente entenda que eram os países africanos que nós cultuávamos nos ritos afro-diaspóricos", explicou Campos.

Rio de Janeiro (RJ), 06/06/2025 - Cena onírica produzida pelo Coletivo Indígena Mahku, de indígenas Huni Kuin, do Acre. Nela, um imenso jacaré serve como ponte para os indígenas atravessarem, na Mostra no Museu de Arte do Rio - MAR. Foto: Bruno Itan/Divulgação

Há ainda um pedaço da mostra que reflete sobre como a cultura bantu foi incorporada pelos povos indígenas, originários, e ressignificada após a dispersão de pessoas escravizadas e seus descendentes pelo país, e que poderia ser chamada afro-indígena.

O filósofo, pesquisador e artista Tiganá Santana atuou como curador convidado da mostra no MAR. Ele diz que a exposição buscou evidenciar “subjetividades e ações artísticas entre Brasil, Angola, Cuba e Uruguai, a versar sobre presenças bantu a partir de agora, acontecendo nesta molécula de instante”, ressaltou, em nota.

O MAR é um museu da prefeitura do Rio de Janeiro e abre todos os dias, das 11h às 18h, com exceção das quartas-feiras. Na terça, a entrada é gratuita.

(Fonte: Agência Brasil)