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Brasília (DF) 11/07/2025 O ministro da Educação, Camilo Santana, se reúne num café da manhã com jornalistas para falar sobre alfabetização Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Brasil registrou 59,2% de crianças alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental na rede pública, conforme o padrão nacional de alfabetização.

O indicador ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo federal, por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que era chegar a pelo menos 60% dos estudantes alfabetizados nesta etapa de ensino, em 2024.

O número foi apresentado, nessa sexta-feira (11), pelo Ministério da Educação (MEC), e é resultado das avaliações aplicadas pelos estados entre outubro e novembro do ano passado.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio de 2024 foram responsáveis pela forte queda do índice de alfabetização no estado e, consequentemente, rebaixaram a média nacional, impedindo o alcance da meta.

"O Rio Grande do Sul caiu absurdamente. Se o Rio Grande do Sul tivesse, pelo menos, mantido o percentual de 2023, nós teríamos chegado à meta de 60,2%, em 2024, se não fosse a situação atípica de calamidade no estado. Isso afetou fortemente [o resultado]”, disse Camilo Santana.

Em 2024, o número de crianças alfabetizadas no estado caiu de 63,4% para 44,7%. De acordo com o ministro, a situação atípica, quando as crianças não tinham condições de ir à escola, tem sido reparada com esforço conjunto dos governos federal, estadual e dos municípios. “A queda foi muito grande: 20%. A gente espera que se restabeleça e [a situação] volte aos padrões anteriores.”

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, considera alfabetizados os estudantes capazes de ler pequenos textos; compreender informações básicas e tirar conclusões, inclusive de materiais visuais, como de tirinhas e histórias em quadrinhos; e escrever textos simples, como convites ou bilhetes, mesmo com alguns erros ortográficos.

Resultados

Ao todo, 2 milhões de alunos de 42 mil escolas, em 5.450 municípios, participaram do estudo, a partir das avaliações estaduais.

Dos 5.312 municípios com resultados que puderam ser comparados em 2023 e 2024, 3.096 municípios (58%) aumentaram o percentual de alunos alfabetizados. E 2.018 municípios (53%) alcançaram a meta.

Das 26 unidades da federação, 11 atingiram a meta projetada para 2024. Apenas o estado de Roraima não participou do levantamento em 2024.

O estado com melhor percentual de alfabetização em 2024 foi o Ceará, que chegou a 85,3%, acima da meta de 80% estabelecida para 2030 pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada do MEC.

Alcançaram de 70% a 80% de estudantes alfabetizados os seguintes estados:

  • Goiás, com 72,7%,
  • Minas Gerais, com 72,1%,
  • Espírito Santo, com 71,7%,
  • Paraná, com 70,4%.

Oito estados têm menos da metade das crianças alfabetizadas:

  • Amazonas, com 49,2%;
  • Alagoas, com 48,6%;
  • Pará, com 48,2%;
  • Amapá, com 46,6%,
  • Rio Grande do Sul, com 44,7%,
  • Rio Grande do Norte, com 39,3%,
  • Sergipe, com 38,4%,
  • Bahia, com 36%.

Recuperação

Camilo Santana disse que o MEC tem focado os trabalhos em localidades com os menores índices de alfabetização para que avancem nesse ponto. “São territórios prioritários [em] que já estamos mais presentes. Nas escolas, todo diálogo tem que estar ocorrendo constantemente. E agora estamos com uma projeção mais forte do ministério para se aprofundar nos antigos problemas e [para] a gente poder avançar.”

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que cada um desses estados tem características e complexidades próprias, que estão sendo monitoradas de perto pelo MEC para melhorar os indicadores da alfabetização. Em alguns casos, além do trabalho semanal virtual, técnicos do ministério têm feito visitas aos municípios, por exemplo, do Amazonas e da Bahia.

“Temos a lista dos municípios prioritários por estado e a lista das escolas prioritárias, e eles [secretários de Educação] estão fazendo um trabalho dedicado em cada uma dessas regionais [de ensino]”, Kátia Schweickardt.

Segundo a secretária, o apoio federal aos estados e municípios tem sido dado desde o momento em que foram detectados os baixos índices de alfabetização.  “Precisaríamos crescer 4 pontos percentuais para 2025. Agora, estamos trabalhando com 5%, no Brasil. E vai conseguir porque nós já estamos muito atentos e mobilizados”, acrescentou. 

Compromisso

O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi firmado pelo MEC com os 26 estados, mais o Distrito Federal. A iniciativa estabeleceu como meta nacional para 2030 que mais de 80% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas no fim do 2º ano do ensino fundamental.

As metas intermediárias são: 64%, em 2025; 67%, em 2026; 71%, em 2027; 74%, em 2028; e 77%, em 2029.

De acordo com o MEC, também é prioridade a recuperação da aprendizagem das crianças do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental afetadas pela pandemia da covid-19. 

“A educação precisa estar acima de qualquer questão político-partidária neste país, precisa ser uma política de Estado, não de governo, porque o governo passa em quatro anos. A política de Estado permanece”, afirmou o ministro Camilo Santana. 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 02.05.2024 - Os candidatos do Distrito Federal que farão o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) estão aproveitando os últimos dias para revisar o conteúdo. Cerca de 160 pessoas acompanharam o último aulão preparatório promovido pela Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) teve 500 mil pessoas inscritas na primeira semana. O número é preliminar porque os interessados têm até 20 de julho para se inscrever. Na primeira edição, em 2024, o certame teve 2.144.435 de candidatos.

O CNU é um modelo de seleção inovador, criado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que reúne em uma única estrutura vagas para diversos órgãos federais. A segunda edição do CNU oferta 3.652 vagas para 32 órgãos, com provas aplicadas em dois dias — a primeira fase em outubro e a segunda, em dezembro — em centenas de municípios de todo o país.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, 267.790 pessoas pediram isenção da taxa de inscrição, e 252.707 tiveram o pedido atendido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Foram negadas 15.083 solicitações  (5,6%).

As inscrições são feitas exclusivamente no site da FGV, banca examinadora do certame.

Para os candidatos não isentos, a taxa única de inscrição é de R$ 70, válida para todos os nove blocos temáticos. A data final para o pagamento é dia 21.

O passo a passo do processo de inscrição pode ser acompanhado aqui

Isenção

Nesta quinta-feira (10), a FGV divulgou os resultados dos pedidos de isenção da taxa de inscrição, que podem ser consultados na Página do Participante do certame, com login único da conta do portal Gov.br.

O candidato que teve o requerimento de isenção de pagamento da taxa de inscrição indeferido poderá interpor recurso até as 23h59 de segunda-feira (14). Após esse período, não serão aceitos recursos.

Conforme o edital, no recurso, a pessoa deverá enviar novamente a documentação que comprove uma das seguintes condições:

. pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico);

. doadores e doadoras de medula óssea reconhecidos pelo Ministério da Saúde;

. estudantes e ex-estudantes bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni);

. estudantes e ex-estudantes beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Após a contestação, o resultado final com a relação de candidatos cujo pedido de isenção da taxa de inscrição foi aceito será divulgado na próxima sexta-feira (18).

Cronograma

Inscrições: até 20/7/2025

Pagamento da taxa: até 21/7/2025

Prova objetiva: 5/10/2025

Divulgação da objetiva e convocação para a discursiva: 12/11/2025

Envio de títulos: 13 a 19/11/2025

Prova discursiva (para aprovados na prova objetiva): 7/12/2025

Verificação de cotas afirmativas: 30/11 a 8/12/2025

Resultado final previsto: 30/1/2026.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 10/04/2024 - Inpeção nos presídios de Goiânia,  em 21/05/2023 - Inspeção da equipe do DMF na Casa de prisão Provisória em Aparecida de Goiânia.
Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

As inscrições dos candidatos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Encceja PPL) de 2025 devem ser feitas até esta sexta-feira (11).

O prazo também vale para as solicitações de atendimento especializado ou de tratamento por nome social.

O Encceja é uma oportunidade para jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade apropriada para cada nível de ensino obterem a certificação do ensino fundamental e médio.

As idades mínimas são de 15 anos para o ensino fundamental e, no mínimo, 18 anos completos para o ensino médio na data de realização do exame nacional.

Inscrição

A participação é voluntária e gratuita. O responsável pedagógico indicado dentro da unidade cadastrada pelo órgão de administração prisional e socioeducativa do estado deverá inscrever os participantes por meio do Sistema PPL, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O responsável pedagógico também deve manter, sob sua guarda e sigilo, a senha de acesso ao sistema e os números de inscrição e de Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos participantes, dados necessários para o acompanhamento do processo de inscrição e para a obtenção dos resultados individuais.

Provas

De acordo com o edital do Encceja 2025, o Inep aplicará as provas nos dias 23 e 24 de setembro.

Os participantes não sairão das unidades prisionais e socioeducativas, que devem receber autorização dos respectivos órgãos de administração prisional estadual para realizar o exame.

As unidades autorizadas devem dispor de espaço físico coberto e silencioso, com iluminação, cadeiras e mesas apropriadas, além de condições que garantam a segurança dos envolvidos.

O Encceja PPL 2025 será composto por quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma com 30 questões de múltipla escolha e uma redação.

Para o ensino fundamental, serão avaliadas as seguintes áreas de conhecimento: ciências naturais, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, além da redação.

Os jovens e adultos que fizerem o Encceja para certificação no ensino médio terão avaliados os conhecimentos em: química, física e biologia, língua portuguesa, língua estrangeira (inglês e espanhol), artes, educação física, história, geografia, filosofia e sociologia e redação.

Encceja

Realizado pelo Inep desde 2002, o Encceja avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar dos participantes.

As secretarias de Educação e os institutos federais usam os resultados obtidos pelos participantes como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio.

Para os que desejarem, o exame pode ser a retomada da trajetória escolar. A iniciativa também estabelece uma referência nacional para a avaliação de jovens e adultos.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 27/06/2025 - Cantor Raul Seixas.
Foto: Acervo Discogs

O cantor e compositor Raul Seixas, que completaria 80 anos em 28 de julho, é tema de uma exposição inédita sobre sua obra e carreira, que começa nesta sexta-feira (11) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.

A exposição Baú do Raul é dividida em 15 salas e a intenção é que o visitante tenha uma imersão na vida e obra do artista baiano. A mostra foi concebida a partir das 13 músicas mais aclamadas do artista.

Neste primeiro final de semana, a programação terá também uma mostra paralela com brindes exclusivos, quiz (teste) sobre o artista, concurso de sósias do “maluco beleza” e oficinas para crianças.

A mostra conta com centenas de itens originais de Raul, como roupas, instrumentos musicais e manuscritos. Nos destaques há o espaço “Toca Raul”, onde os visitantes poderão cantar sucessos como GitaMaluco BelezaAluga-seMetamorfose Ambulante e Eu nasci há 10 mil anos atrás. Cada apresentação será gravada e disponibilizada ao “intérprete”.

Rio de Janeiro (RJ), 27/06/2025 - Cantor Raul Seixas.
Foto: Acervo Discogs

O acervo da mostra foi disponibilizado pela ex-companheira de Raul, Kika, e sua filha, Vivian, assim como Sylvio Passos, amigo do músico e fundador do seu fã-clube oficial, que também cedeu itens para a exposição.

Sobre a obra de Raul, o pesquisador de música popular e professor da Universidade Mackenzie, Herom Vargas, comentou que o sucesso demorou para aparecer na vida do cantor e compositor. Mas com uma obra de 17 discos e mais de 300 músicas, lançados em 26 anos de carreira, Raul tornou-se o pai do rock brasileiro e é cultuado até hoje, inclusive pela nova geração.

Mais informações sobre a exposição podem ser vistas aqui.

(Fonte: Agência Brasil)

Sala de aula

As inscrições para o processo seletivo deste semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão ser feitas a partir da próxima segunda-feira (14). O prazo termina às 23h59 do dia 18 de julho, no horário de Brasília.

As datas estão previstas em edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quarta-feira (9).

As inscrições são gratuitas. Os interessados deverão se inscrever exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Desde 2001, o programa federal financia a graduação em instituições de educação superior privadas, com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com o objetivo de promover a inclusão educacional.

Neste ano, o MEC oferece 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 vagas, no primeiro semestre; e 44.867, na segunda metade do ano.

Quem tem direito

Os candidatos em obter o financiamento estudantil devem atender aos seguintes requisitos:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010;
  • Nas cinco provas do Enem, ter conquistado média aritmética das notas igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a prova de redação;
  • Ter renda bruta familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).

Fies Social

O edital do processo seletivo reserva 50% das vagas para o Fies Social, lançado em 2024. Para concorrer, os candidatos devem ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 759, em 2025).

A nova modalidade lançada pelo MEC permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais, cobrados pela instituição de ensino superior, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

Classificação

A classificação no processo seletivo do Fies será realizada de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.

A ordem de prioridades considera os que candidatos que:

  1. Não concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;
  2. Foram beneficiados pelo financiamento estudantil, mas não o quitaram;
  3. Concluíram o ensino superior sem financiamento estudantil;
  4. Concluíram o ensino superior com financiamento estudantil e o quitaram.

Resultados

O Fies tem chamada única e lista de espera. O resultado com os nomes dos pré-selecionados na chamada única será divulgado no dia 29 de julho.

Aqueles estudantes de graduação que não forem pré-selecionados estarão automaticamente na lista de espera para preenchimento das vagas não ocupadas, observada a ordem de classificação.

A pré-seleção da lista de espera ocorrerá de 5 de agosto a 19 de setembro.

(Fonte: Agência Brasil)

A escritora Ana Maria Gonçalves foi eleita nesta quinta-feira (10) para a Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A autora, de 55 anos, consagrada pela obra Um Defeito de Cor, é a primeira mulher negra a integrar a ABL em 128 anos de existência e também a mais jovem do atual quadro de imortais.

A eleição começou às 16h e contou com urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Ana Maria Gonçalves recebeu 30 dos 31 votos possíveis. O outro voto foi para Eliane Potiguara.

"Escritora, roteirista e dramaturga, ela é autora do aclamado romance Um Defeito de Cor, vencedor do Prêmio Casa de las Américas (2007) e eleito como melhor livro de literatura brasileira do século 21 por júri da Folha de S.Pauloinspirou o samba-enredo da escola de samba Portela no carnaval de 2024 no Rio de Janeiro.", descreveu a ABL em texto publicado em suas redes sociais.

Já considerado um clássico da literatura brasileira, Um Defeito de Cor conta a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 em busca de reencontrar o filho. O texto se debruça com profundidade sobre temas como escravidão, racismo, ancestralidade e resistência. Além do sucesso no meio literário, a obra inspirou o samba-enredo da escola de samba Portela no carnaval de 2024 no Rio de Janeiro.

A academia também destaca que a escritora tem sólida atuação no Brasil e no exterior ─ foi escritora residente em instituições como Tulane, Stanford e Middlebury, nos Estados Unidos. "Tem se destacado pela difusão de debates sobre literatura e questões raciais, além de atuar como professora de escrita criativa e curadora de projetos culturais".

A vaga que será ocupada por Ana Maria Gonçalves foi aberta com a morte do gramático, professor e filólogo Evanildo Bechara, em 22 de maio, aos 97 anos.

Também estavam inscritos como candidatos à vaga Eliane Potiguara, Ruy da Penha Lobo, Wander Lourenço de Oliveira, José Antônio Spencer Hartmann Júnior, Remilson Soares Candeia, João Calazans Filho, Célia Prado, Denilson Marques da Silva, Gilmar Cardoso, Roberto Numeriano, Aurea Domenech e Martinho Ramalho de Melo.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 10/11/2024 –Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Os resultados finais dos recursos referentes às solicitações de atendimento especializado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 estão disponíveis na Página do Participante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Os resultados devem ser consultados com a senha do portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

O atendimento especializado garante recurso de acessibilidade para participantes que comprovem a necessidade, como pessoas com deficiência (PCD), gestantes, lactantes, pessoas idosas, estudante em classe hospitalar, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou outra condição específica.

Provas

O Inep aplicará as provas em 9 e 16 de novembro, nas 27 unidades da federação. De forma excepcional, o Enem será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro, em Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará.

A exceção ocorre devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), na capital paraense, no período da aplicação regular do Enem 2025.

O exame é constituído de quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia de provas terá duração de 5 horas e 30 minutos e avaliará as seguintes áreas de conhecimento do ensino médio: língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física, história, geografia, filosofia e sociologia.

No segundo dia de provas, os candidatos serão testados nas provas de matemática, química, física e biologia.

Orientações

O Inep criou uma página eletrônica com as principais orientações para os participantes do Enem. 

De forma resumida os candidatos também podem conferir as perguntas mais comuns e as respectivas respostas sobre a realização do Enem

O participante deve acompanhar a situação de sua inscrição e a divulgação do seu local de prova pelo Página do Participante.

A data de liberação do Cartão de Confirmação da Inscrição pelo Inep no mesmo endereço eletrônico ainda será divulgada.

Enem

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A nota individual do Enem pode ainda ser aproveitada nos processos seletivos de instituições de ensino de Portugal que têm convênio com o Inep.

O Enem voltou a ser uma opção aos candidatos com mais de 18 anos que querem obter o certificado de conclusão do ensino médio ou a declaração parcial de proficiência.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 09/07/2025 - Ministério das Mulheres faz premiação de mulheres no Hip Hip. Foto: Ministério das Mulheres/Divulgação

O Ministério das Mulheres lançou o Prêmio Prêmio Mulheres no Hip-Hop, que destinará R$ 3 milhões para reconhecer e valorizar a atuação feminina na cultura hip-hop. As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 20 de julho e podem ser feitas no site do Ministério.

Ao todo, serão contempladas 65 iniciativas, sendo 20 prêmios individuais, no valor de R$ 26.250 cada, e outros 45 prêmios no valor de R$ 55 mil cada, destinados a grupos, coletivos, ongs e crews, que são organizações sem constituição jurídica. 

A representante da Frente Nacional do Hip Hop no Rio de Janeiro, Flávia Souza, destacou a importância da criação do Prêmio.

"Estamos muito felizes e honradas com esse lançamento deste edital para mulheres. É um marco histórico. Estou desde 1996 no hip-hop, então já faz 27 anos de luta por inserção das mulheres, pela luta contra a violência e pela nossa liberdade de expressão". 

A premiação buscará reconhecer as iniciativas culturais protagonizadas por mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da cultura hip-hop nestes 40 anos da manifestação artística no Brasil.

Podem se inscrever obras, atividades, produtos e ações como: 

  • projetos de composição, 
  • produção de beats, 
  • shows, 
  • vídeos, 
  • discos, 
  • arquivos audiovisuais, 
  • site, 
  • revistas, 
  • batalhas, 
  • artes visuais, 
  • pesquisas, 
  • mapeamentos, 
  • oficinas, 
  • festivais.

No dia 16 de julho, o Ministério das Mulheres fará uma live no Instagram para tirar dúvidas sobre o edital. 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 08/07/2025 - Sueli Maxakli professora, cineasta, artesã e liderança do povo etnia Tikmũ’ũn,  também chamada de Maxkali. Foto: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Divulgação

A busca de Sueli e Maiza - da etnia Tikmũ’ũn, também conhecida como Maxakali - por mais de 40 anos, pelo pai Luís, Guarani-Kaiowá, é o ponto central do documentário Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá. Os três foram separados durante a ditadura militar no Brasil, quando era comum o regime deslocar indígenas das suas regiões a outras do país para serem usados em trabalhos forçados e a realizar a ocupação das terras onde moravam.

O filme representa a luta de povos indígenas que, além dos deslocamentos de aldeias, passaram pela precariedade de territórios originários e redução da quantidade de indivíduos das populações. O documentário, que entra no circuito dos cinemas nesta quinta-feira (10), mostra as histórias que conectaram os povos indígenas Tikmũ’ũn, também chamados de Maxakali, do nordeste de Minas Gerais, e Guarani-Kaiowá, do sul de Mato Grosso do Sul.

Luís Kaiowá chegou às terras dos Maxakali levado pelos administradores da Fundação Nacional do Índio (Funai) no início do período da ditadura. Antes de ser deslocado para lá, com mais quatro parentes, saiu da região de ocupação tradicional dos Guarani-Kaiowá perto da atual cidade de Dourados (MS). A caminhada foi interrompida por agentes do Estado brasileiro, que os levaram depois de São Paulo ao Rio de Janeiro, seguindo para Belo Horizonte e Resplendor, em Minas Gerais. Por fim, ele e o primo José Lino foram os únicos do grupo original conduzidos ao Posto Indígena Mariano de Oliveira, na aldeia Maxakali de Água Boa, onde viveram mais de 15 anos.

Do casamento com Noêmia Maxakali nasceram Maiza e Sueli. A separação do pai ocorreu pouco mais de dois meses após o nascimento da mais nova. Ele e o primo foram deslocados para Mato Grosso do Sul e nunca mais voltaram. Depois disso, as filhas que cresceram entre os Maxakali não tiveram notícias do pai. Atualmente, a professora, cineasta e artesã Sueli é uma das principais lideranças dos Maxakali, que vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.

A situação de afastamento de pai e filhas começou a mudar com a entrada da internet nas aldeias e com a participação de Sueli em encontros indígenas. A partir daí, ela começou a ter as primeiras notícias sobre a localização de Luís. Por meio do Facebook, as irmãs fizeram contato com as primas Marlene e Clara Kaiowá. Com elas souberam que o pai ainda estava vivo e morava perto de Dourados. 

Durante algum tempo, Sueli e Maiza receberam notícias do pai por meio das primas. Em contato em 2019, da antropóloga Tatiane Klein, que já trabalhava com os Kaiowá, com o antropólogo Roberto Romero, que fazia pesquisas com os Maxakali, começou a troca de fotos e de vídeos dos três, ainda em terras diferentes, até que mais de 40 anos depois, Sueli, enfim, conseguiu falar com o pai por telefone. Ainda sob impacto da comunicação, ela pediu ajuda para escrever um projeto de filme, fazer a viagem e encontrá-lo.

Brasília (DF), 08/07/2025 - Antropólogo e coordenador do projeto Hãmhi | Terra Viva, Roberto Romero, é o codiretor do filme Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá. Foto: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/Divulgação
Roberto Romero

“No filme tem o encontro dela com o pai. Foi um sonho que ela realizou e ele se tornou um grande rezador Kaiowá e grande conhecedor dos cantos do povo, talvez até pela experiência que teve no contato com os Maxakali”, contou em entrevista à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, codiretor do documentário, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn e os escolheu para tema do mestrado e do doutorado.

Covid-19

Em um caminho de tanta dificuldade, surgiu mais um obstáculo quando se preparavam para a viagem. O surgimento da pandemia da covid-19 adiou os planos. Com a chegada da vacina e a queda dos casos da doença o projeto foi retomado para a aguardada viagem.

Ritos

O documentário Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá também mostra a vida dos Tikmũ'ũn e dos Kaiowá. Em uma sequência pode-se acompanhar os preparativos de rituais para a partida de Sueli e Maiza da Aldeia-Escola-Floresta, onde vivem, para o encontro com o pai. A saída é anunciada em grande ritual do gavião-espírito Mõgmõka. Ao mesmo tempo, em Mato Grosso do Sul, havia expectativa pela chegada dos parentes Maxakali.

“Vários outros povos foram vítimas dos crimes do Pinheiro [Manuel dos Santos Pinheiro capitão da Polícia Militar que chefiou a Funai na ditadura militar]. Ele fundou o reformatório Krenak, que era um centro de detenção de indígenas, e o componente Maxakali dessa história da ditadura militar nunca foi reconhecido. Não se fala nisso e foram eles os responsáveis pelo desmatamento total. Esse capitão manteve fazendas no território Maxakali e articulou os fazendeiros contra eles. Os fazendeiros só foram desintrusados do território Maxakali nos anos 2000, porém outro invasor, costumo dizer, permaneceu no território, que foram o capim colonião e a brachiaria.”, disse Roberto Romero.

Terra viva

Doutor em antropologia pelo Museu Nacional (UFRJ), desde 2023 Romero integra a equipe de coordenadores do projeto Hãmhi | Terra Viva, que forma agentes agroflorestais e viveiristas indígenas Tikmũ’ũn para fazer a recuperação dos territórios da etnia, incluindo a ocupação das terras, o replantio de vegetação nativa e a produção de alimentos.

“Atualmente esse projeto, que surgiu em 2023, é a primeira chance real de nós, que trabalhamos com os Tikmũ’ũn há mais de 15 anos, vermos a possibilidade concreta de restaurar o território, já que todo conhecimento das plantas, da fauna, das técnicas como a tecelagem da embaúba, que está baseada na floresta e no conhecimento da Mata Atlântica, eles perderam. Retomar a Mata Atlântica nos territórios é uma justiça de reparação contra os crimes da ditadura”, afirmou Romero.

O antropólogo alertou que embora os Maxakali vivam um processo de recuperação demográfica, eles enfrentam uma situação sanitária que deveria chamar a atenção de todo o país. “As crianças Tikmũ’ũn de 1 a 4 anos morrem 30 vezes mais do que as crianças das cidades onde estão situados os territórios, que já são os IDHs [índices de desenvolvimento humano] mais baixos de Minas Gerais. Os adultos Maxakali não passam geralmente dos 60 anos, às vezes nem dos 50”, revelou.

“Em termos de cultura oral, perder os idosos, os mais velhos é perder uma biblioteca. Temos bibliotecas morrendo. Eles morrem como se estivessem em fila, uma morte atrás da outra no cotidiano. As atividades do projeto são frequentemente interrompidas devido a óbitos de crianças e adultos. A ideia é chamar a atenção nacional para o quadro e a situação gravíssima dos Maxakali, pela falta de conhecimento dessa cultura fantástica que habita a região do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, e, ao mesmo tempo, que tem incorporado nova tecnologia que é o filme”, completou.

Sueli Maxakali, lembrou que o conhecimento e a sabedoria do seu povo estão na memória que a etnia quer preservar. “Hoje, temos o projeto Hãmhi de reflorestamento que estamos fazendo, evoluindo, para a gente poder reflorestar as cinco aldeias. É muito importante para nós. O povo maxakali é povo do canto e a memória viva que a gente leva também para fora [das aldeias], para vocês terem o conhecimento”, disse à Agência Brasil.

Sueli lembrou que os casos de violações dos direitos dos Maxakali causaram medo no seu povo, obrigado a apagar as memórias.

“Estamos aqui, para colocar [mostrar o que fazem], porque agora nós temos confiança, temos uns parceiros que estão junto, mas antes tínhamos muito medo, porque éramos forçados a apagar a nossa memória, nossos costumes e nossa tradição. Hoje não, estamos levando para estudantes de fora das nossas aldeias, para terem conhecimento e reconhecerem que ainda existimos, ainda estamos aqui”, afirmou a líder.

Conforme o Censo de 2022, existem mais de 300 etnias indígenas no Brasil. Entre elas, 19 vivem no estado de Minas Gerais. A população Maxakali é estimada em 2.629 habitantes.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que a região onde moram é uma das que mais aqueceram no país nos últimos anos. Os Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo SP 25/08/2023   - Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino na Zona Sul da cidade. Mediadora de Leitura. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Os ministérios da Cultura e da Educação lançaram uma consulta pública sobre o novo Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) 2025-2035.

O objetivo é ouvir a população sobre as ações para o desenvolvimento da leitura no Brasil. As sugestões podem estar relacionadas a livros, leitura, literatura, escrita e bibliotecas do país para os próximos dez anos. O processo pretende nortear a elaboração do novo PNLL.

A consulta pública está aberta na plataforma Participa + Brasil até 8 de agosto.

Plano nacional

O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é um conjunto amplo de políticas e ações de valorização do livro e da leitura realizadas pelo Estado e pela sociedade.

O documento também serve de instrumento para que estados, municípios e o Distrito Federal e a sociedade civil desenvolvam o livro, a leitura e a literatura em seus territórios, conheçam e usem as novas leis e instrumentos de gestão cultural aprovados desde 2023.

“É preciso promover o melhor uso desses recursos tanto financeiros quanto de gestão, em prol da leitura, da ampliação do número e qualificação das bibliotecas, dos eventos literários, mediação de leitura, da circulação de escritores e escritoras, da publicação e formação em escrita, entre tantos outros”, diz o trecho da consulta pública na plataforma.

(Fonte: Agência Brasil)