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Paraty (RJ), 31/07-2025 - Sony Ferseck participa do Café Literário com o tema puralidades editoriais e a criação literária durante a 23ª Festa Literária Internacional de Paraty no Sesc Santa Rita. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Autoras indígenas e da Amazônia marcam presença e ganham projeção na programação da 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), por meio da programação do Sesc Santa Rita. Uma dessas mulheres é a escritora indígena Sony Ferseck, que fundou a primeira editora independente do estado de Roraima, em 2019, voltada à publicação de autores indígenas e obras bilíngue.

“Dizer para um ancião indígena que está lá no interior de Roraima ‘o senhor pode fazer um livro’ é muito potente. Isso é muito poderoso e faz com que realmente a literatura seja para todos”, disse Sony, durante participação na mesa Pluralidades editoriais e a criação literária, nesta quinta-feira (31), no Sesc Santa Rita, ao lado da escritora Aline Cardoso, que também fundou uma editora independente, neste caso, na Paraíba.

Indígena do povo Macuxi, professora, poeta e cofundadora da Wei Editora, Sony teve seu livro Weiyamî: mulheres que fazem sol (2022), nascido entre oralidade e resistência, como semifinalista do 65º Prêmio Jabuti.

Sony apontou as dificuldades de publicação em seu estado, onde ainda há escassez de matéria-prima e de iniciativas relacionadas ao mercado editorial. “Nosso país tem dimensões continentais, isso acaba encarecendo [a produção] e provocando muitas faltas ainda em Roraima. Para vocês terem uma ideia, a gente só tem duas gráficas no estado inteiro”, disse.

A escritora contou do projeto que participava chamado Panton Pia’, em que se ouvia os mais velhos do grupo contarem suas histórias de vida e os conhecimentos tradicionais.

“Era tanta beleza que eu falei: isso não pode ficar guardado, apenas em um relatório do projeto. Isso aqui tem que circular.”

Diante desse desejo, a editora Wei, fundada por Sony, realizou publicações a partir dessa escuta dos anciãos. Com os livros publicados, foi possível que os indígenas pudessem se reconhecer como autores.

“A gente percebeu como o mercado editorial ainda não chegou nessa região do país, nem para essas pessoas”, lamentou.

Eles eram os mais velhos da comunidade, não falavam português como primeira língua e também não escreviam as histórias em computadores, porque elas eram fruto da tradição oral. “Eles contavam as histórias, então são livros que não são escritos, são transcritos”, explicou sobre uma produção que envolve a oralidade.

A disseminação da impressão de livros sob demanda, mencionou Sony, possibilita a expansão de publicações independentes. “A gente vai fazendo reimpressões bem pouquinhas. Geralmente, vem o primeiro cento [100 unidades], depois financia o segundo e assim por diante, para manter [a produção]”, disse. A escritora comemorou que, desse modo, é possível fazer com que as obras de autores independentes circulem e que essas histórias cheguem cada vez mais longe.

Sony acredita na literatura e na arte como ferramentas que “ressignificam completamente rotas de vida”.

“Eu acredito no poder da arte. Tocar corações, promover mudanças, quebrar ciclos de violência e de silenciamento. É o reencantamento do mundo, uma forma de dizer que nós ‘somos possíveis’ em todos os lugares que a gente queira e quando queira”, finalizou.

Mais vozes da Amazônia

A poeta acreana Francis Mary, referência da geração mimeógrafo, participou da mesa “A quem pertencem minhas palavras?”, também nesta quinta-feira, (31) no Sesc. Sua obra traz poemas que defendem a floresta, a democracia e os povos da Amazônia. Inspirada na luta de Chico Mendes e no cotidiano dos povos da floresta, a autora recorre à arte como instrumento de memória e de denúncia.

A artista Paty Wolff, nascida em Cacoal (RO) e radicada em Cuiabá (MT), promove a união entre artes visuais e literatura. Na sexta-feira (1º), às 15h, no Sesc Santa Rita, no evento “Narrativas visuais para todas as idades”, para discutir como a ilustração se estabelece como linguagem narrativa própria, indo além do papel de complemento visual ao texto.

Encerrando a programação especial das autoras da Amazônia, a multiartista Aliã Wamiri Guajajara participará da palestra “Tecnologias do encantamento: entre o artesanal e o digital”, no sábado (2), às 11h. Nascida em Teresina (PI), filha de mãe Guajajara e pai Timbira, Aliã é escritora, curadora, performer e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Piauí. 

“Para mim a Flip é um lugar de afirmação importante e podemos mostrar que a literatura indígena existe, resiste e encanta. Espero que possamos ecoar de maneira ainda mais intensa nossas memórias vivas”, avaliou Aliã.

(Fonte: Agência Brasil)

02/04/2024 - Com menor taxa de analfabetismo do país, DF é referência em educação
O Distrito Federal é a unidade da Federação com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua mais recente. Sala de aula da escola. Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Os inscritos na Prova Nacional Docente (PND) não isentos ou que tiveram o pedido de isenção reprovado têm até esta sexta-feira (1º) para pagar a taxa de inscrição.

A Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) para pagamento da taxa de inscrição foi gerada no momento da inscrição do participante. Quem precisar reimprimir a GRU deve acessar a página do Participante do Sistema PND, com login do portal Gov.br.

O valor da taxa é de R$ 85 e pode ser pago em qualquer agência bancária, casa lotérica ou aplicativos de bancos.

Objetivos

A prova oferece uma oportunidade justa e padronizada de ingresso na carreira docente, facilitando o acesso a posições efetivas.

Para as redes de ensino, especialmente as municipais e estaduais, a prova reduz os custos e a complexidade dos processos seletivos, permitindo a contratação de profissionais mais qualificados e preparados para a docência.

A edição de 2025 do exame teve a adesão de  22 estados e 1.508 municípios de todas as regiões do país, dos quais 18 são capitais.

O que é a PND?

A Prova Nacional Docente (PND) foi criada em 2025 com o objetivo de melhorar a qualidade da formação dos professores e estimular a realização de concursos públicos pelas redes de ensino estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e, desta forma, estimular o ingresso de profissionais qualificados no magistério público.

A prova não é um concurso público e não é uma seleção unificada.

A partir de 2026, os gestores das redes estaduais e municipais de ensino podem usar a nota da prova obtida pelo candidato como etapa única ou complementar de concursos públicos e seleções processos simplificados de contratação destes profissionais para educação básica.

A adesão, porém, não obriga os estados e municípios a usarem os resultados da PND em todos os seus processos seletivos.

O exame é parte do programa Mais Professores para o Brasil, criado em 2024 para fortalecer a formação docente, incentivar o ingresso de professores no ensino público e valorizar os profissionais do magistério. A iniciativa pretende atender 2,3 milhões de docentes em todo o país.

A prova

A data de aplicação da prova apelidada de CNU dos Professores será no dia 26 de outubro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), conforme o edital.

Oficialmente, a PND terá como base a avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas. O exame será aplicado a cursos de licenciaturas de 17 áreas de conhecimento.

1.      artes visuais

2.      ciências biológicas

3.      ciências sociais

4.      computação

5.      educação física

6.      filosofia

7.      física

8.      geografia

9.      história

10.  letras - inglês

11.  letras - português

12.  letras - português e espanhol

13.  letras - português e inglês

14.  matemática

15.  música

16.  pedagogia

17.  química

A prova é composta por questões, divididas entre a formação geral e a formação específica da área de avaliação, ambas combinando itens de múltipla escolha questões discursivas.

Confira o novo cronograma da PND:

arte cnu dos professores

(Fonte: Agência Brasil)

O Maranhão foi destaque na 6ª edição do Campeonato Pan-Americano de Karate Shotokan, Ao todo, sete atletas maranhenses da Academia Seiryükan integraram a Seleção Brasileira na competição internacional, realizada entre os dias 24 e 27 de julho, no Ginásio Tancredão, na cidade de Vitória (ES). E os resultados dos caratecas foram excelentes: 21 medalhas conquistadas, sendo oito de ouro, seis de prata e sete de bronze.

O desempenho obtido pelos maranhenses nesta edição do Pan-Americano foi impressionante e coloca o Estado entre as potências nacionais da modalidade. O evento contou com a participação de mais de 300 atletas de todo o Brasil e de outros países. 

O sensei Marco Aurélio Mota foi quem mais vezes subiu ao pódio no Pan-Americano. O faixa preta garantiu cinco medalhas, sendo uma de ouro, três de prata e uma de bronze. Já o jovem João Guilherme foi quem mais conquistou medalhas de ouro: quatro no total.

Quem também foi bem no evento em Vitória, foi Vítor Moraes, que conquistou três medalhas de bronze na competição, sendo uma delas no Kumite Individual (18-20 anos), categoria que reuniu a maior quantidade de atletas na disputa. Além desse resultado, Vítor formou, ao lado de Daniel Caripunas e Micael Silva, uma equipe 100% maranhense que brilhou na competição de Kata por Equipes (17-19 anos).

“Foi uma competição incrível e de muito aprendizado. Orgulhoso em representar o Brasil e o Maranhão no Pan-Americano de Karate Shotokan. Feliz em fechar minha participação com três medalhas, mas mais feliz em ver que toda nossa equipe subiu ao pódio. Isso mostra que estamos no caminho certo e que o trabalho da Academia Seiryükan tem dado bons frutos. Vamos seguir assim em busca de mais conquistas”, disse Vítor Moraes.

Após o Pan-Americano de Karate Shotokan, os atletas do Maranhão focam no próximo desafio: o Campeonato Brasileiro da modalidade, que ocorrerá no mês de outubro, na cidade de São Luís (MA). “Vamos nos preparar ainda mais para representar bem o nosso Estado. É um evento importante onde tradicionalmente conquistamos bons resultados”, afirmou o sensei Marco Aurélio Mota. 

RESULTADOS DOS MARANHENSES NO PAN-AMERICANO

João Guilherme

Ouro Kata Individual (8-9 anos)

Ouro Kumite Individual (8-9 anos)

Ouro Kata Equipe (8-10 anos)

Ouro Kumite Equipe (8-10 anos) 

Samuel Rocha

Ouro Kumite Equipe (11-13 anos) 

Daniel Caripunas

Ouro Kumite Equipe (17-19 anos)

Prata Kata Individual (16-17 anos)

Bronze kata Equipe (17-19 anos)

Bronze Koten Kata (12-17 anos) 

Micael Silva

Prata Kata Individual (18-20 anos)

Bronze Kata Equipe (17-19 anos) 

Vítor Moraes

Bronze Kumite Individual (18-20 anos)

Bronze Kumite Equipe (17-19 anos)

Bronze Kata Equipe (17-19 anos) 

Garance Demousseau

Ouro Kumite Individual (21-39 anos / 62-67kg)

Prata Kata Equipe (20 anos acima)

Bronze Koten Kata (18-49 anos)

Bronze Kumite Equipe (20 anos acima) 

Marco Aurélio Mota

Ouro Kumite (Master 1)

Prata Koten Kata Individual (18-49 anos)

Prata Kata Individual (Master 1)

Prata Kumite Equipe (20 anos acima)

Bronze Kata Equipe (20 anos acima) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)