A exposição “Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural” pode ser visitada até 17 de fevereiro no Itaú Cultural, na Avenida Paulista, em São Paulo. São 453 gravuras que mostram, de forma didática, seis séculos da produção gráfica europeia. A entrada é gratuita.
Segundo a curadoria, as obras revelam as diferentes técnicas usadas pelos artistas do século XV ao XX, sendo um recorte representativo, pela diversidade de técnicas, temas e destinações das gravuras. “Esta seleção permite pensar na linguagem gráfica e em outros caminhos de leitura e interesse ao longo desse instigante empreendimento que foi a produção de imagens impressas”, disse o curador da mostra, Marcos Moraes.
Antes de chegar a São Paulo, a mostra passou pelas cidades de Santos, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Brasília e Florianópolis. Em São Paulo, apresenta ainda uma litogravura de Pablo Picasso, de 1949, recém-adquirida para a coleção e ainda não exibida ao público, batizada de “David et Bethsabée”. A exposição terá ainda a xilogravura “The Grils on the Bridge”, 1918, de Edvard Munch, também recentemente incorporada ao acervo.
O acervo conta ainda com obras de Edouard Manet, Eugène Delacroix, Francisco Goya, Henri de Toulouse-Lautrec e Rembrandt van Rijn. A gravura mais antiga em exibição na mostra é “Cristo Carregando Cruz”, feita em 1475 por Martin Schongauer, um dos primeiros gravuristas de que se tem notícia. Vale ressaltar as ilustrações de Gustave Doré, no século XIX, para o livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri.
O conjunto também tem obras do artista e caricaturista francês Honoré-Victorien Daumier, como “Quelle Heurese Rencontre!” Dele, há ainda o original de uma charge publicada no jornal “Le Charivari”, um dos principais veículos franceses no período.
Segundo Moraes, as primeiras imagens impressas datam do século XV e são xilogravuras. A partir daí, as técnicas são aprimoradas e surgem inovações como a linguagem gráfica, que levou a gravura à autonomia no século XIX.
“A imagem impressa acompanha a humanidade desde os seus primórdios, e podemos remontar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos, nas paredes de grutas e cavernas”, afirmou o curador.
(Fonte: Agência Brasil)