– “Vós pouco dais quando dais de vossas posses. É quando dais de vós próprio que realmente dais”. (Khalil Gibran)
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Por estes tempos, há alguns anos, pessoas e instituições de minha terra (Caxias-MA) fizeram-me homenagens.
Tive meu nome inscrito em diplomas. Tive um pouco de minha pouca história escrito em livros.
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Não sou profeta. De minha própria terra basta-me o orgulho de ser filho dela.
Mas a sensação de ser homenageado EM e POR sua cidade natal é diferente dos reconhecimentos que vêm “de fora”.
Os da sua terra sabem de suas raízes e tronco. Os “de fora”, às vezes, veem só ou, quase sempre, folhas ou frutos, ramos ou ramagens.
É diferente o ser homenageado por quem lhe conhece os passos e o passado, da infância à mocidade e desta à adultez.
É diferente o ser reconhecido por quem lhe sabe a vida pregressa e o progresso futuro. Os tinos e desatinos primeiros e o destino em seguida.
Os que assim homenageiam sabem-lhe do solo e do solado que o pisa.
Sabem de você criança e de sua criação.
Sabem-lhe as crenças meninas, a fé cidadã.
Sabem as fundações de você, base sobre a qual se ergueu e se ergue instante a instante a sua vida.
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O grande sinal da evolução humana não está na pintura nas rochas.
Não está no domínio do fogo...
Não está na invenção da roda.....
Não está na criação da Imprensa...
Não está no surgimento da “internet”...
Está no sorriso e suportação da fome da mãe que cede a comida pouca ao filho faminto...
O grande, o maior sinal de evolução do ser humano está no reconhecimento do outro. Do outro e sua necessidade. Do outro e sua necessidade e a busca da satisfação desta, ou de sua redução.
Há menos evolução no arranha-céu moderno que a que há no ser zeloso que cuida, alimenta, abriga e protege aquele a quem lhe faltam as pernas, ou a voz, e até a consciência – mas não a capacidade, a potência de inspirar e fazer surgir no outro o sentimento de humanidade.
Ser humano é a única razão – humana – de ser...
* EDMILSON SANCHES