Apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira (52%), a representatividade feminina na política ainda é muito baixa. Como se não bastasse essa realidade, muitas mulheres também estão sendo usadas como “candidatas-laranjas”, com registros de candidaturas apenas para cumprir a cota de 30% de participação feminina.
É sobre essas questões que o projeto Inspire e Comunique, idealizado pelas jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques, da Inspirar Comunicação, também quer estimular o debate e promover reflexões em conversa com a juíza Lavínia Helena Macedo Coelho, integrante da Corte Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA). A “live” será às 19h30, com transmissão pelo Instagram de Franci Monteles (@franci_monteles).
A juíza Lavínia Coelho é também coordenadora da Comissão Permanente de Políticas de Gênero e Cidadania (TRE Mulheres. Em junho deste ano, o TRE-MA também lançou uma campanha, por meio de um vídeo, com a participação voluntária de autoridades, educadores, artistas e influenciadores digitais, para incentivar a participação de mulheres na política maranhense. O vídeo está no canal da instituição no YouTube.
No âmbito nacional, vários movimentos da sociedade civil organizada e o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também desenvolvem ações e campanhas para estimular a participação, de forma efetiva, da mulher na política brasileira. A campanha mais recente do TSE tem como mensagem “Mais mulheres na política: a gente pode, o Brasil precisa”. A ideia é inspirar mulheres a ocuparem cargos políticos e mostrar que o aumento de lideranças femininas é bom para toda a sociedade.
Representatividade feminina na política
Na Câmara dos Deputados em Brasília, as mulheres ocupam, apenas, 15% das cadeiras do parlamento de acordo com dados das últimas eleições (2018). No Maranhão, das 47 cadeiras da Assembleia Legislativa, apenas nove mulheres têm acento (incluindo a deputada Ana do Gás que está de licença médica). Na Câmara Municipal de São Luís, o número é ainda menor, com apenas três vereadoras que conseguiram eleger-se em 2016. Com as eleições municiais se aproximando, há uma chance de mudança para esse quadro.
De acordo com dados estatísticos das Eleições Municipais de 2016, de cada 10 candidatos “sem votos” em todo o país, nove eram mulheres – que não tiveram nem o próprio voto. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levantados logo após as eleições, obtidos pela então ministra Luciana Lóssio, na época integrante da Corte, e que passou a observar o fenômeno de candidatura de “mulheres-laranjas” na política brasileira.
Serviço – Inspire e Comunique
“Live”: A participação efetiva e a representatividade da mulher na política
Com quem: juíza Lavínia Coelho (TRE-MA)
Quando: 12/8/2020
Hora: 19h30
Onde: Instagram @franci_monteles
(Fonte: Assessoria de comunicação)