A música “Bésame Mucho” é uma das melhores e mais conhecidas interpretações do arranjador e líder de banda norte-americano Joseph Raymond Conniff, o Ray Conniff, falecido em 2002.
“Bésame Mucho”, pelo título e pela letra, sugere que quem a compôs fosse a mais beijoqueira das pessoas, e um dos mais apaixonados seres humanos da História...
Entretanto, “Bésame Mucho” foi feita pela pianista e compositora mexicana Consuelo Velásquez quando tinha 25 anos de idade e nunca houvera dado um único beijo – pai militar, educação em escola de freiras etc.
O sucesso foi imediato. Mais de 20 idiomas têm essa música em seu repertório. Dezenas e dezenas e dezenas de cantores e conjuntos gravaram, à sua maneira, esse estrondoso “hit” dos anos 1940. Do “A” de Andrea Bocelli, “B” de Beatles, “C” de Charles Aznavour, “J” do brasileiro João Gilberto etc., todos pediram: “Beija-me muito”, “como si fuera ésta noche la última vez”...
Agora, quando você novamente ouvir “Bésame Mucho”, saberá que ela não foi resultado de uma realidade feminina, de uma mulher querendo os beijos mais linguodentais (credo!...), mais íntimos, com receio de uma presumida última noite.
Consuelo Velásquez – ela mesma contava (faleceu em 2005, aos 88 anos) – “não sabia, não fazia ideia” do que era um beijo. Nem mesmo sua mãe lhe antecipara coisa alguma sobre beijo.
Como disse Albert Einstein: “Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado [...]”.
Imaginação é tudo...
* EDMILSON SANCHES