No programa de desenvolvimento do governo Sarney, na área da economia, agora, o problema da pesca. Sarney, ao que sabemos, de há muito que vem preocupando-se em encontrar soluções viáveis para um amplo trabalho de abastecimento do peixe no Estado, adotando medidas saneadoras, a aplicação de um processo administrativo dinâmico, modernizado e eficiente.
Esse dispositivo administrativo do governo, pode-se dizer, vem sendo realizado por meio de um plano de trabalho vigoroso, dentro de uma técnica especializada, produtivo. E, daí, ter início à dinamização das Cooperativas de Pesca com a participação ativa, programa de assistência, da Divisão de Assistência ao Cooperativismo. Há, em crescimento, os primeiros traços marcantes desses empreendimentos.
A área de ação prioritária foi a faixa, se não nos enganamos, litorânea entre Cururupu e Alcântara, a Ilha de São Luís e, ainda, no envolvimento, o município de Tutoia. Na complementação desse esquema, está incluída no programa, como área secundária, a Baía de Turiaçu. Mas, como ponto de referência, caminhada inicial, marco de iniciativa, o município de Cururupu.
Essa preferência tem a justificativa de ser o referido município do litoral maranhense a apresentar maturidade de comunidade e, daí, certamente, ter sido escolhido para um trabalho piloto, visando, informa-nos um funcionário da DAC, “definir as metas de estratégia de um projeto de desenvolvimento de comunidade cooperativista pesqueira que se pretende tornar um projeto modelar para o desenvolvimento social e econômico doutras regiões da área de ação da DAC”.
Esta primeira etapa já está em funcionamento e, como ponto de referência, também se diz, a criação de um Grupo de Desenvolvimento do Cooperativismo Pesqueiro que vem desenvolvendo um amplo trabalho de execuções notáveis e que obedece à orientação do economista Gabriel Jean Passajou, autor do projeto de desenvolvimento do Cooperativismo Pesqueiro do Litoral do Maranhão.
Em Cururupu, a montagem dum escritório, assim podemos dizer, cooperativista, um desdobramento da DAC, que vem sendo aparelhado para que possa cumprir todo esse programa de crescimento que se reserva para o mercado da pesca em nosso Estado.
No centro desse importante empreendimento, a presença do total apoio do governador José Sarney e de vários órgãos desenvolvimentistas e de colaboração afetiva para ampliar mais, com a aplicação dos métodos modernos, o mercado produtivo da pesca não só no Maranhão, no Brasil.
O nosso Estado, dentre em pouco, entrará com a maior contribuição para a indústria do peixe nacional. Aqui, tem que começar, “de início”, o plantio da boa semente, a semente da compreensão, de boa vontade, do amor à terra, da ajuda mútua. Só assim, haverá recompensa satisfatória. E o OBJETIVO “é a promoção do homem litorâneo para que se torne um cidadão e, mais, a formação de uma classe social progressista, evoluída. Tirar os nossos pescadores da miséria em que vivem, submetidos a um processo rotineiro, desatualizado, desprotegido, inválido, fora de um ambiente mais humano e mais independente. Dar os meios necessários: uma orientação técnica, de base, de bem-estar social. E isso já se está fazendo em Cururupu. E muito mais ainda: a introdução de tecnologias e métodos adequados às condições do local.
É um trabalho que se vem realizando, sem alarde, no governo de José Sarney que conta com auxílios valiosos por meio de convênios como o que agora se realizará com a eficiente cooperação do INDA.
E a verdade é que, dentre em pouco, se não houver a maré vazante do pessimismo, se não houver a pressão dos meios negativos, a pesca do Maranhão estará fora de suas limitações, apresentando uma recuperação total e de resultados mais definitivos.
E teremos mais um setor de trabalhos em benefício de nossa economia: mais uma extraordinária realização do atual governador do Estado. É o que está em pauta no programa desenvolvimentista da Sudema. Também se diz que essa fase de soerguimento, de preparação, esse passo decisivo para a produção da pesca poderá se transformar em uma Empresa de Pesca com outras características mais amplas e mais definidas.
O certo é que, com Sarney, o Maranhão retomou a caminhada firme para o seu maior progresso. Um Maranhão Novo para um futuro mais promissor. É essa a verdade.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 9 de março de 1969 (domingo).