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Lembrando papai… SAÚDE E ADMINISTRAÇÃO*

Hospital Geral (Foto: Biné Morais*O Estado/Arquivo)

Estamos, ainda, olhando o quadro administrativo do governo na área de realizações da Secretaria de Saúde. Um mundo de trabalhos que asseguram, para o Executivo maranhense, uma soma impressionante de empreendimentos notáveis. E, no comando da execução, dos serviços de recuperação, o dr. José Murad e, na colaboração, na participação, na ajuda. Uma equipe de médicos e, com cada unidade, o fortalecimento de uma extraordinária capacidade, de esforços, de dedicação e, às vezes, de sacrifícios. Com todos, o funcionamento de uma nova mentalidade, de outra concepção. Há com todos, sente-se, a identificação de um serviço de equipe, de unidade, a valorização de um mesmo objetivo: ajudar a construção do Maranhão Novo, milagre da tenacidade e do dinamismo de um governo jovem, inteligente, progressista. Com o governador Sarney, desde o início de sua profícua administração, sua ação governamental, a execução de um programa de governo evoluído, governo povo, governo democrático, humano, edificante. Ninguém lhe poderá negar essas qualidades.

No setor da Saúde, convocou a cooperação do dr. José Murad, e o ilustre médico maranhense, especializado em cardiologia, aceitou o convite e passou a atuar no seu novo setor de trabalho: a Secretaria de Saúde. De início, as dificuldades e, diante dele, um “mapa administrativo” confuso. Tudo por se fazer, um mundo de coisas para corrigir, para consertar, para recuperar.

Diante dele, o desafio da desordem, da negligência, um amontoado de erros e de falhas que estavam exigindo medidas e correções. Mas Murad, assim parece, resolveu alterar tudo, dar outra orientação, estabelecer outras normas e imprimir o desenvolvimento de um serviço mais amplo, mais compensador. Numa palavra: “pôr a casa em ordem”. E isto foi feito. E isto está sendo feito. Realizado.

Mas estávamos nos referindo às realizações, às construções. E nos reportamos, ainda, àquele convite que nos foi endereçado pelo dr. Murad para darmos uma “vista d’olhos”. E dissemos que fomos e registramos as primeiras impressões. E voltamos hoje, para fixar outros aspectos, para, num esforço, apontar mais minúcias e alguns outros detalhes.

Com o Hospital Geral, um amplo serviço de recuperação geral. À frente desta responsabilidade, dinamizando os setores, vigiando tudo, olhando tudo, o dr. Raimundo Matos Serrão. Um nome na admiração de seus colegas e de seus conterrâneos. Um mestre da cirurgia, embora a sua especializada inicial fosse a Pediatria. Depois, entrou para a clínica geral e, nele, a valorização de uma inteligência unida a uma cultura maravilhosa. Sempre um estudioso. Pois, com este médico dos “sete instrumentos”, a responsabilidade pela administração do Hospital Geral. Sua presença é um fator desta coisa que nós chamamos de responsabilidade funcional. Há, nele, a competência, o entusiasmo, a grandiosidade dum esforço no sentido de mais fazer, de dar ao Hospital Geral o melhor comportamento. E fez um muito e continua a fazer mais. Hoje, o Hospital Geral conta com quatro salas de operação. E mantém uma assistência médica eficiente. Tudo ali foi reformado. Nada ficou para depois. Os leitos quebrados, danificados, jogados no “monturo da inutilidade”, foram reparados, aumentou o número de leitos. O hospital tem, hoje, 190 leitos. Mas leitos limpos, leitos ocupados, leitos que apresentam o seu bom estado de conservação.

E, com os doentes, a marca do “bom tratamento”. Neles, outra fisionomia, outro clima e um programa de assistência social, médica, tão necessária para ajudar o restabelecimento da saúde.

O Hospital Geral está, hoje, muito distante daquele, daquele que “funcionava com a pressão de um programa assistencial comprometedor”. E contra esta situação, lembramo-nos, ainda, da grita dos protestos, das queixas, o registro das denúncias.

Hoje, o Hospital Geral oferece um testemunho deste grande programa de reforma administrativa que vem sendo posto em prática pelo governo José Sarney.

Há ainda, ali, uma sala preparada, os mais modernos aparelhos, e lemos, de relance: combate ao tracoma, a doença dos olhos. E estivemos na cozinha do hospital: uma reforma geral. Um novíssimo aspecto, outra impressão. Tudo dentro das exigências, o necessário para o fortalecimento da comida sadia. Uma ordem e uma limpeza em tudo.

Nas enfermarias, refletem-se todos estes aspectos de renovação, de bem-estar. Em muitas, surpreendemos o médico dando lições práticas, de higiene, de cuidados etc. E, na contribuição deste esforço, fazendo a cobertura, resolvendo problemas internos da administração, querendo dar mais, fazer mais. Inquieto, exaltando todo este quadro de reformas, ele, o dr. José Murad.

Sim, Sarney acertou em cheio convidando o médico cardiologista para atuar na Secretaria de Saúde. E mais estas impressões.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 7 de agosto de 1969 (quinta-feira).