Começou, em Goiânia, o Fórum da Internet no Brasil sobre tecnologias da informação e comunicação e o mundo “on-line” no país. Até o próximo dia 7, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás, serão debatidos temas como inteligência artificial, proteção de dados, papel das plataformas, desinformação e notícias falsas, acervos digitais, crimes cibernéticos, privacidade, gestão e governança.
A iniciativa é do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-BR), órgão multissetorial responsável pela concessão de domínios na “web” no país, por estudos na área e pelo debate acerca de diretrizes para políticas relacionadas ao setor. Esta é a oitava edição do evento, realizado anualmente.
Uma das marcas do encontro é a participação de diversos setores nos debates. Todas as palestras contam com representantes do Poder Público, de organizações da sociedade civil, de pesquisadores e docentes de instituições de ensino superior e do segmento empresarial, especialmente da área de tecnologias da informação e comunicação. A participação dos quatro setores espelha a composição do comitê e dos espaços de governança internacionais.
Um dos principais temas é o papel da “web”, especialmente das redes sociais, nessas eleições. Mesas de debates vão analisar o fenômeno das chamadas notícias falsas, as mensagens discriminatórias e de incitação à violência contra segmentos da sociedade e o uso de recursos “on-line” nas campanhas, como o impulsionamento de conteúdos.
Outro assunto previsto na programação é o futuro da política de proteção de dados no país. Em julho, foi aprovada a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709), sancionada com vetos a alguns pontos pelo presidente Michel Temer. O principal veto diz respeito à criação de um órgão regulador denominado Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Pela redação aprovada no Senado, o órgão ficaria responsável pela edição de normas complementares e pela fiscalização das obrigações previstas na lei. O desafio agora é definir como será a transição até a sua entrada em vigor, o que só ocorrerá em fevereiro de 2020.
As discussões, durante o encontro, servirão de base para reflexão coletiva sobre temas relacionados à “web”, políticas públicas e polêmicas do mundo digital, bem como à atuação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-BR).
(Fonte: Agência Brasil)