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Em Fortaleza (CE), palestra debate Livro e desenvolvimento

– Evento da Associação Brasileira de Bibliófilos marcou a posse do palestrante, o maranhense Edmilson Sanches, que foi homenageado com a “Medalha do Mérito Cultural José Mindlin”. Na próxima semana, Sanches fará três palestras em Vitória (ES), na Assembleia Legislativa, na Academia Espírito-santense de Letras e no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

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Às vésperas de completar 40 anos de fundação e ações, a Associação Brasileira de Bibliófilos (ABBi) encerrou o ano de trabalhos de 2024 com evento em Fortaleza, realizado dia 3 de dezembro, no Ideal Clube. A noite, iniciada às 19h e prolongada até próximo das 24h, contou com a presença de professores, escritores, historiadores, jornalistas, políticos, empresários, médicos, advogados e outros profissionais liberais, todos bibliófilos, o nome dado às pessoas que cultivam, colecionam, zelam e também escrevem e divulgam livros. Um dos presentes foi o Lúcio Alcântara, médico e escritor, que foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e senador da República. Alcântara é o editor da prestigiada revista-livro “Scriptorium”, a publicação periódica da ABBi.

Considerada a mais antiga e atuante entidade do gênero no Brasil, a ABBi tem na presidência o administrador, empresário, escritor, professor e doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará José Augusto Bezerra, tido como, provavelmente, o dono da maior biblioteca de livros raros e antigos do País, com mais de 30 mil volumes. Esse “título” pertencia ao advogado, jornalista, empresário e bibliófilo paulista José Ephim Mindlin, falecido em 2010, cuja biblioteca foi doada à Universidade de São Paulo, onde recebeu o nome dele e de sua mulher: “Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin”.

O administrador, jornalista, escritor e consultor maranhense Edmilson Sanches foi comunicado em novembro de que seria homenageado em Fortaleza com a “Medalha do Mérito Cultural José Mindlin”, além de convite da presidência da ABBi para membro efetivo da Entidade, o que foi aprovado pela diretoria. Na oportunidade, o presidente José Augusto Bezerra convidou o jornalista maranhense para ser o palestrante do evento e sugeriu o tema “O Livro como Fonte de Desenvolvimento, Pessoal e Coletivo”.

NOVOS MEMBROS

Quatro novos membros tomaram posse em 3 de dezembro, na ABBi: Francisco Antônio Almeida Bezerra (Bezerrinha), jornalista, escritor e editor, graduado em Letras e Jornalismo; Francisco Sousa Nunes Filho, da Academia Cearense de Língua Portuguesa, professor, autor de livros didáticos, chefe do Departamento de Linguagens do Sistema Farias Brito de Ensino (Básico e Superior), graduado em Letras (Português, Inglês, Grego e Latim); José Nelson Bessa Maia, administrador, genealogista e ex-Secretário de Relações Internacionais do Estado do Ceará; e Edmilson Sanches.

A PALESTRA

Para Edmilson Sanches, “sim, mil vezes sim, o livro é produto e processo, é parte do progresso. E com a extensão semântica, com a ampliação do sentido ou significado da palavra ‘livro’  --  que é tanto a plaquinha de argila milenar quanto o rolo de desenrolar, o volume de folhear e, entre outros, o item digital a acessar  --, com esse ror de acepções, o livro ainda é o principal, senão um dos principais, objetos de Cultura que à Humanidade, sábia e evolutivamente, com engenho e arte, coube inventar”.

O palestrante, subvertendo o conceito poético, disse que “a rima rica de ‘livro’ é ‘conhecimento’. Tome-se um porre de livros, um pileque de informações, infinitos goles de conhecimento e a ressaca será sempre um ser humano quem sabe mais sábio e um mundo quem sabe melhor. E isto é desenvolvimento.”

Sanches colocou em confronto o livro, aparentemente frágil, e as conquistas territoriais e grandes construções de povos, a maioria não sobrevivendo ao tempo, enquanto, com conteúdo inscrito em argila, madeira, metais ou em peles animais e películas vegetais, o livro tem sobrevivido às eras. O novo membro da ABBi citou as frustradas tentativas de conquistas do mundo por portugueses e alemães, do Brasil por franceses e holandeses, enquanto, por intermédio de livros, esses povos conquistas pessoas no planeta, no Brasil e no Maranhão com a literatura de seus escritores e a arte de seus pintores e músicos, entre outras formas de expressão cultural.

Dentro do assunto, Edmilson Sanches fez uma reflexão sobre o Estado do Maranhão e Caxias, sua terra natal: “Na minha terra, o Maranhão, se o desenvolvimento não chegou a ele em todas as suas possibilidades econômicas para todas as suas potencialidades territoriais; se o desenvolvimento não reduziu maximamente ou majoritariamente as carências muitas de muito do seu povo, meus Conterrâneos, é desse Maranhão potencialmente riquíssimo que brotou a força de maranhenses que foram indispensáveis para formação da identidade e para a construção do desenvolvimento de nosso País. Foram maranhenses  --- e, da mesma forma, cearenses – que saíram de sua terra natal e vararam o Brasil de Norte a Sul, deixando um legado que, sem sua efetivação, resultaria em termos um País no mínimo menos melhor ao longo dos dois últimos séculos. Como ocorreu e ainda ocorre com muitos de nossos irmãos nordestinos, nossa região sofre com esse ‘brain drain’ (fuga de cérebros) para que nosso País se alegre com o vindouro ‘brain gain’ (ganho de inteligência).” Foram citados nomes e realizações de diversos maranhenses e caxienses que deram elevada contribuição ao Brasil, sobretudo nos séculos 19 e 20, na Literatura, na Ciência, na Cidadania, no Direito e Justiça, na Política e Administração Pública, entre outros campos: “A lista de nomes e feitos seria longa, mas o tempo é  curto – e a paciência de quem ouve, se não é pouca, merece o respeito muito de quem fala”  -- ressalvou Sanches.

Adotando um tom crítico e técnico, Sanches trouxe uma provocação que resultou em aplausos e citações posteriores. Disse o palestrante: “Se é verdade que os números não mentem, ilustremos: o Japão é um conjunto de quase 7.000 ilhas, área de 377 mil k2, 80% de seu território não servem para plantar nem para construir; é abalado com frequência por terremotos, maremotos e vulcões ativos... e ainda teve duas bombas atômicas destruindo importantes cidades e inocentes pessoas. A pergunta é: Como um país com todas essas pré-condições para dar errado é o terceiro mais rico do mundo, com qualidade de vida e longevidade... enquanto, do outro lado, um país 22 vezes maior em território, sem terremoto, maremoto nem vulcões ativos, um lugar com continuidade territorial e onde em se plantando tudo dá, como é que este país ainda permanece no Terceiro Mundo porque a classificação não vai até o Quarto? A economia japonesa totalizou em 2023 US$ 4,213 trilhões; o Brasil, a metade: US$ 2,174 trilhões. E, repita-se, nosso País é mais de 22 vezes maior que o Japão... Realmente, tamanho não é mesmo documento  -- e, no caso do Brasil, ainda maior do que as dimensões territoriais, é o descaramento ético, a incompetência administrativa e a insensibilidade humana de grande parte, a maior parte, de uma estirpe de gente a que denominamos políticos ou autoridades, que se comportam como patrões do povo quando deveriam ser servidores dele. Por tudo isso e algo mais, pode-se afirmar: O problema do Brasil não é o Governo sem dinheiro – é o dinheiro sem governo... Se alguém disser que leitura e livro não tem nada a ver com isso, com Ética e Economia, por que as crianças japoneses leem em média 36 livros por ano e, no Brasil, a média por habitante, excluindo livros escolares, obrigatórios, não chega a três livros anuais? Verdadeiramente, o Brasil tem estudantes demais e estudiosos de menos.”

MANCHETES

Edmilson Sanches comentou três manchetes extraídas, em datas distintas, da Confederação Nacional dos Municípios, do “site” Brasil de Fato e do jornal “Folha de S. Paulo”. As manchetes:

–- “ESTUDANTES BRASILEIROS DEVEM DEMORAR MAIS DE 260 ANOS PARA ATINGIR QUALIDADE DE LEITURA DE PAÍSES DESENVOLVIDOS”;

–- “NO BRASIL, 44% DA POPULAÇÃO NÃO LÊ E 30% NUNCA COMPROU UM LIVRO”;

–- “LEITURA NO BRASIL É UMA ‘VERGONHA’”.

Para Sanches, “não importa a data ou origem da informação, no Brasil a realidade do acesso ao livro e sua leitura não é a desejável nem é defensável.” O escritor maranhense lembrou a necessidade de documentar-se a existência das pessoas em livro ou outro suporte, pois em três ou quatro gerações já ninguém mais sabe quem foram os antepassados sem os quais os mais novos não existiriam. Sanches é categórico: “Uma coisa é você ter história. A outra, é a História ter você. O livro será quando você não mais for. O livro estará quando você não mais estiver.” Ao final, desejou um algo a mais além do conceito de liberdade: “Sejam livres. Sejam livros.”

REPERCUSSÃO

Em relação à palestra de Edmilson Sanches, uma das manifestações que se diferenciou entre as demais foi a do escritor Eduardo Fontes (Eduardo Humberto Fontes Júnior), da Academia Fortalezense de Letras, bacharel em Direito e em Administração, profissional nas áreas de Finanças, Controladoria, Auditoria e Logística, entre outras, e também jornalista, poeta e historiador com 24 obras publicadas. No microfone, Fontes, que declarou estar às vésperas dos 80 anos, nascido em 16 de dezembro de 1944, revelou que o conteúdo da palestra levou-o a chorar, tanta a emoção de ouvir palavras como as que foram ditas: “Eu quero dizer ao senhor Edmilson Sanches que o senhor me levou às lágrimas naquela cadeira onde eu estou. [...] Achei muito importante as suas observações [...].”

O advogado e jornalista Reginaldo Vasconcelos, presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo e membro da Arcádia Alencarina, fez questão de dizer da boa impressão que teve em relação ao palestrante e ao que acabara de ouvir: “Professor Edmilson, eu queria louvar a beleza do seu discurso. Vou até invocar o Chico Anysio [ator, escritor, artista plástico cearense, falecido em 2012] para dizer, já que você é tão jovem: ‘Eu só queria um filho assim’. Parabéns!”

O técnico Vinicius do Som, que coordenava a parte sonora do evento, disse a Edmilson Sanches que ele era acostumado, na sua função, a “assistir, ver e ouvir, mas, além de técnico, sou um cidadão, e percebo aquilo que é dito com verdade, com gosto, com clareza e que nos toca como pessoa”. Para Levi Torres Madeira, médico oftalmologista e escritor especializado em literatura de cordel, com diversas obras publicadas, “Edmilson Sanches brilha por onde passa”.

Para o jornalista e escritor Francisco Antônio Almeida Bezerra, o Bezerrinha, Edmilson Sanches “tem no talento e na bondade qualidades extremas” e fez “uma palestra supimpa, extraordinária, exuberante...”

O presidente José Augusto Bezerra, da ABBi, classificou: “A palestra de Edmilson Sanches foi memorável, é inesquecível, todos gostaram e vai ter repercussões.”

O poeta, escritor e jornalista Francisco Barros Alves, membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, da Academia Cearense de Retórica, da Academia Brasileira de Hagiologia e da Sociedade Cearense de Geografia e História, também cumprimentou o palestrante e, por escrito, reforçou: “Mais uma vez, parabéns pela palestra”.

O professor Francisco Sousa Nunes Filho, da Academia Cearense de Língua Portuguesa, escreveu: “Seu discurso [...] foi monumental. Suas palavras não apenas cativaram, mas também aprofundaram nossa compreensão sobre o poder transformador do livro na história da humanidade. Com uma análise clara e inspiradora, você nos conduziu por um mergulho profundo nas dimensões intelectuais e históricas desse audaz guerreiro, mostrando sua influência em todos os aspectos da vida do Homem. // Estou particularmente impressionado com a forma como você  demonstrou o efeito do livro no crescimento da economia e da vida intelectual no Japão e seu contraponto com o Brasil, além de desvelar a capacidade do livro de transcender tempos e espaços, conectando gerações em um fio contínuo de sabedoria e progresso. // Sua admissão na Associação Brasileira de Bibliófilos é um reconhecimento justo e merecido. O Sábio Dr. José Augusto Bezerra, com sua visão criteriosa, acertou em cheio ao incluir alguém com sua competência e erudição na seleta grei que é a ABBi. // Como um admirador do legado de grandes nomes da literatura, vejo em você um digno sucessor de Josué Montello e Coelho Neto, entre outros ícones que o Maranhão e o Brasil ofereceram ao mundo. É uma honra tê-lo como Confrade e compartilhar dessa jornada de celebração do conhecimento e da cultura. // Sou seu admirador e espero ansiosamente pelos próximos momentos de aprendizado e inspiração que certamente nos proporcionará.”

A MEDALHA

A Associação Brasileira de Bibliófilos – conta o presidente José Augusto Bezerra – “é a única no País que faz esse reconhecimento nacional às pessoas que fazem parte dessa grei de grandes guardiões da nossa memória. Queremos nesse momento oferecê-la, conforme decisão da Diretoria, ao nosso palestrante Edmilson Sanches”. Na história de quase 40 anos da Associação Brasileira de Bibliófilos, a “Medalha do Mérito Cultural José Mindlin” foi concedida para um reduzido número de pessoas. Segundo o presidente da ABBi, José Augusto Bezerra, “a ‘Medalha do Mérito Cultural José Mindlin’ é uma medalha em alto estilo, banhada a ouro, que pode figurar em destaque nos melhores acervos de Numismática. É concedida parcimoniosamente, como honraria a pessoas que hajam se distinguido em nossa área de bibliofilia, no Brasil ou no exterior.” O presidente da ABBi relaciona os “nomes que já foram distinguidos com a comenda: o próprio patrono da honraria, Acadêmico da ABL [Academia Brasileira de Letras] e bibliófilo José Mindlin, que a recebeu ainda em vida; à Rachel de Queiroz ‘in memoriam’, representada por sua irmã, escritora Maria Luiza; empresário Jaime Aquino, maior plantador de cajueiros do mundo, patrocinador da medalha; o ex-governador do Estado do Ceará, bibliófilo Lúcio Alcântara; o escritor e bibliófilo Ruy Sousa e Silva; o escritor, bibliófilo e editor, Pedro Corrêa do Lago; a escritora, historiadora e romancista Ana Miranda;  o Acadêmico da ACL [Academia Cearense de Letras], escritor e bibliófilo Pádua Lopes, possuidor de um dos maiores acervos brasileiros sobre cangaço e cangaceiros; o Acadêmico da ACL, escritor e bibliófilo Cid Carvalho, ex-senador e homem de vastíssima cultura, possuidor de uma notável biblioteca; o Acadêmico da ABL e laureado escritor Antônio Torres; e a premiada brasilianista, escritora Ingrid Schwamborn [também filóloga, professora, tradutora, historiadora, conferencista e editora alemã, nascida em Berlim e residente em Bonn]”.

LIVROS E DOCUMENTOS

Edmilson Sanches recebeu do presidente da ABBi dois presentes em forma de documentos raríssimos, posto que únicos, originais: uma correspondência, com seu envelope, datada de 5 de maio de 1966, assinada por Josué Montello, quando era diretor do Museu da República. O outro documento, bem mais antigo, é de 31 de outubro de 1861, assinado pelo Marquês de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva. Segundo José Augusto Bezerra, sendo Edmilson Sanches do Maranhão e de Caxias, e sendo bibliófilo, tornava-se o destinatário mais indicado para receber o documento assinado por um grande escritor maranhense (Josué Montello) e o outro, por alguém que escolheu como título de nobreza o nome da cidade natal de Sanches, Caxias. Na oportunidade, o palestrante caxiense reforçou e relembrou que “o nome de Caxias não veio do título de Luís Alves de Lima e Silva; o nome do título dele é que veio de nossa cidade, escolhido pelo próprio e futuro Duque de Caxias e que também influenciou nos topônimos de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro”.

Diversos autores presentes ao último evento do ano da ABBi fizeram questão de presentear Edmilson Sanches com seus livros, autografados: Eduardo Fontes, Francisco Bezerra, José Augusto Bezerra, Margarida Alencar, Reginaldo Vasconcelos. Pelo que deve ter sido um gigantesco esforço redacional, editorial e gráfico-industrial, ressalte-se, de entre cinco obras de Francisco Bezerra, o “songbook” “Ba Freyre – Versos & Canções”,  sobre o cantor, músico e compositor José Zilmar de Queiroga Freire, nascido em Sousa (PB), que se mudou aos 17 anos para Fortaleza e faleceu em 2021, em Tel Aviv, Israel, onde morava desde 1992. Também, e considerado o mais completo trabalho bibliográfico já feito sobre o Padre Cícero Romão Batista, o livro “Padre Cícero 180 Anos – O Santo do Povo”, lançado neste ano de 2024. O grande livro, com mais de 500 páginas, todas em cores, fartamente ilustrado e pesando mais de 3 kg, vem acompanhado de duas publicações em formato de revista, todas em papel “couché” fosco e brilhante, coloridas, um livro de cordel (autoria de Geraldo Amancio) e duas caixinhas contendo uma réplica do terço e uma estatueta do Padre Cícero. Todos os seis itens vêm acondicionado em uma caixa em forma de maleta, em esmerado trabalho de produção gráfica e industrial. Para José Augusto Bezerra, reconhecidamente conhecedor de livros, “não se fez até agora um trabalho editorial que possa superar esta obra coordenada por Francisco Bezerra”.

EM VITÓRIA

Na próxima semana, de 8 a 12 de dezembro de 2024, Edmilson Sanches estará em Vitória, capital do Espírito Santo, no sudeste do País. A convite da  Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, presidida por Clério José Borges; da Academia Espírito-santense de Letras, presidida por Ester Abreu; e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, presidido por Getúlio Neves, o jornalista maranhense fará palestras no plenário da Assembleia Legislativa do Estado e nas sedes da Academia e do Instituto Histórico. Dois maranhenses de Caxias  --- o médico e historiador César Augusto Marques e o advogado, economista, professor e político Ferdinand Berredo de Menezes – contribuíram com a História e o desenvolvimento da capital e do Estado: César Marques pesquisou o Estado e escreveu o “Dicionário Histórico, Geográfico e Estatístico da Província do Espírito Santo”, de 1878, e Berredo de Menezes foi vereador, presidente da Câmara e prefeito – considerado dos melhores – de Vitória, onde também foi professor da Universidade Federal por mais de 30 anos.

FOTOS: Edmilson Sanches, o presidente da ABBi, José Augusto Bezerra, a “Medalha José Mindlin”, o

diploma e os documentos originais assinados por Josué Montello e pelo Marquês de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva).