Aos 91 anos, morreu nessa quinta-feira (16), no Rio, o cantor, compositor e radialista Luiz Vieira. Ele chegou a ser internado na Casa de Saúde José, para onde foi levado após passar mal, em casa, em Copacabana. Depois de ficar a noite internado, o artista teve uma parada cardíaca e morreu ontem de manhã.
Pernambucano de Caruaru, Luiz Vieira morava no Rio de Janeiro desde os 10 anos de idade. Foi criado pelo avô em Alcântara, município de São Gonçalo, e, na década de 40 do século passado, começou a se apresentar como “crooner” em bares da Lapa.
Trabalhou no início da carreira na Bahia, na TV Itapoan, e passou a ter maior reconhecimento nos anos 50 pelo seu trabalho como radialista nas rádios Tupi e Record, de São Paulo e, depois, na Rádio Nacional do Rio, no fim dos anos 80, onde apresentou, por mais de uma década, o programa diário “Minha Terra, Nossa Gente”, das 5h às 7h, de segunda a sábado. Depois da Nacional, passou pelas rádios Rio de Janeiro, Carioca e Manchete.
Autor de mais de 500 músicas, suas composições foram gravadas por nomes como Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Nara Leão e Rita Lee. Seu primeiro sucesso foi “Menino de Braçanã” (1953), famosa canção nas vozes de Roberto Paiva e Ivon Curi. Em 1962, Luiz Vieira ganhou as paradas de sucesso com a canção “Prelúdio Pra Ninar Gente Grande”, mais conhecida como “Menino Passarinho”. Em 1963, gravou outro grande sucesso, “Paz do Meu Amor” (Prelúdio nº 2).
Em outubro de 2018, foi realizado um “show” em São Paulo como tributo aos 90 anos do artista. A homenagem ganhou formato de disco no ano passado.
O velório de Luiz Vieira será hoje (17), a partir das 9h, na Capela Real Grandeza, e o enterro está marcado para as 13h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
(Fonte: Agência Brasil)