O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem 4.325.960 de inscrições confirmadas. O número representa um aumento de 9,95% em relação a 2023.
O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aplicará o Enem 2024 nos dias 3 e 10 de novembro.
Do total de participantes da edição deste ano, a maior parte já terminou o ensino médio (1,8 milhão) e 1,6 milhão é concluinte dessa etapa de ensino. Segundo o Inep, os dados são baseados nas autodeclarações dos participantes no momento da inscrição. Os percentuais foram estimados com base no Censo Escolar 2023 .
Além deles, 19,4% (841.546) das inscrições são de estudantes do primeiro ou do segundo ano do ensino médio e 24.723 (0,6%) de pessoas que não cursam nem completaram o ensino médio, mas farão o Enem para testar seus conhecimentos. Todos estão na condição de treineiros, no exame
O Estado com o maior número de inscrições é São Paulo, com 645.849, seguido de Minas Gerais (393.007) e da Bahia (376.352).
Esta edição do exame contará com 140 mil salas de prova, em cerca de 10 mil locais de aplicação, distribuídas em 1.753 municípios por todo o Brasil.
Três em cada dez crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país (29% do total) já enfrentaram situações ofensivas ou discriminatórias na internet e que as deixaram chateadas. Além disso, 30% dessas crianças e adolescentes já tiveram contato com algum desconhecido na internet. Estes são alguns dos riscos apontados pela pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que foi divulgada nessa quarta-feira (23), na capital paulista.
“Essa proporção [de contato com pessoas desconhecidas] é maior para os mais velhos [entre as crianças e adolescentes]. Os mais velhos são mais assíduos, eles estão mais expostos aos riscos na internet. E os meios em que esse contato acontece é principalmente pelas redes sociais, por trocas de mensagens instantâneas. Isso reforça a importância para a mediação, para o uso e a participação dessas plataformas”, disse, nessa quarta-feira (23), Luísa Adib, coordenadora da pesquisa TIC Kids Online Brasil.
Outro dado preocupante apontado pela pesquisa é para o uso excessivo da internet. Cerca de 24% do total de crianças e adolescentes que foram ouvidos neste estudo revelaram que gostariam de passar menos tempo acessando a rede, mas não conseguiram fazê-lo. Outros 22% disseram que se viram navegando na internet sem realmente estar interessado em nada. A mesma quantidade de crianças e adolescentes (22%) também afirmou que ficou muito tempo navegando, o que a impediu de fazer a lição de casa ou de passar mais tempo com a família e os amigos.
“Esses são dados importantes porque é uma pauta que está muito presente no debate atualmente sobre a qualidade e o tempo de uso de telas por crianças e adolescentes. Trouxemos essa percepção para alimentar esse debate e, a partir dessas evidências, criar orientações e regras que melhorem a qualidade, o aproveitamento e o benefício do uso da internet por crianças e adolescentes”, falou a coordenadora da pesquisa, em entrevista à Agência Brasil.
Outro estudo divulgado, recentemente, pelo Instituto Alana, realizado pelo Datafolha, já apontava para uma percepção sobre o uso excessivo da internet entre as crianças e adolescentes. Segundo este estudo, 93% dos entrevistados concordavam que as crianças e adolescentes estão ficando viciadas em redes sociais; 92% concordam que é muito difícil para crianças e adolescentes se defenderem sozinhas de violências e de conteúdos inadequados para sua idade; 87% concordam que a exibição de propagandas e comerciais para crianças e adolescentes nas redes sociais incentiva o consumo em excesso; e 86% concordam que os conteúdos mais acessados atualmente por crianças e adolescentes não são adequados para a idade deles.
O trabalho do Instituto Alana apontou ainda que nove em dez brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais estão fazendo menos do que o suficiente para proteger crianças e adolescentes na internet e que as empresas deveriam tomar uma das seguintes medidas para proteger as crianças e adolescentes na internet: solicitar a comprovação de identidade dos usuários; melhorar o atendimento e apoio ao consumidor para denúncias; proibir a publicidade e venda para crianças; acabar com a reprodução automática e rolagem infinita de vídeos, como reels ou shorts; ou limitar o tempo de uso dos serviços.
“A população percebe que as empresas fazem menos do que deveriam aqui no Brasil em relação a essas salvaguardas e que é preciso que haja mais legislação”, falou Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo e líder do Eixo Digital no Instituto Alana. “Estas são questões surpreendentes no sentido positivo e indicam que a sociedade está olhando para isso e clamando por mudanças. Mas também demonstram a percepção de que muito precisa ser feito, sobretudo do ponto de vista regulatório”, acrescentou.
Luisa Adib explicou que, para evitar o excesso e os riscos associados ao uso da internet, é preciso mediação. Os pais, por exemplo, podem estabelecer regras como controle e limitação de tempo de uso da internet e também orientar as crianças e adolescentes sobre como fazer um uso responsável e consciente. Luisa alerta que essa não é uma tarefa que cabe somente aos pais ou responsáveis. “A gente tem que tomar um cuidado para não colocar responsabilidade só sobre o responsável, sejam ele os pais, as mães ou os educadores. Eles são sim parte fundamental, a gente sabe sobre a correlação positiva entre a mediação e o benefício, um uso de qualidade, mas não são os únicos responsáveis. A gente tem uma série de contextos que envolve também as regulamentações”, destacou.
Segundo Maria Mello, os resultados observados na pesquisa do Instituto Alana acabam dialogando com o estudo TIC Kids porque também demonstraram que a responsabilidade sobre o uso da internet por crianças e adolescentes não pode decair somente sobre os pais ou responsáveis. “Muitos pais e mães ainda sabem muito pouco sobre como proteger [seus filhos]. E isso não pode ser implicado, isso não pode estar na conta das famílias. Acho que é papel das empresas e também do Estado prover algum nível de consciência e de habilidades para que essa mediação parental aconteça”, reforçou.
“Precisa haver um acordo coletivo compartilhado, conforme preconiza a nossa Constituição Federal, para que essa presença se dê de uma maneira protegida. Agora, as famílias podem buscar, primeiro, se informar sobre o que acontece nas redes, que produtos e serviços são desenvolvidos adequadamente para essa presença e sobre os termos de uso, que vão dizer se aquele produto ou serviço é apropriado para aquela idade. Vale a pena estar atento para isso e também buscar entender mais sobre funcionamento algorítmico, que pode moldar comportamentos e fazer com que as crianças acessem conteúdos inadequados do ponto de vista da violência, de conteúdo de exploração sexual, mas também do ponto de vista da exploração comercial”, orientou Maria Mello.
Acesso à internet
O estudo TIC Kids Online Brasil 2024, conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apontou ainda que o número de crianças e adolescentes com acesso à internet se manteve com certa estabilidade, com um pequeno declínio em 2024 em comparação ao ano passado.
Segundo o estudo, 93% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país são usuárias de internet no Brasil, pouco abaixo do que a pesquisa apontou no ano passado (95%). Esse acesso é maior na Região Sul, onde a quase totalidade das crianças e adolescentes (98%) declararam ter acesso à rede. Já a Região Norte concentra a menor porcentagem de acesso do país, com 85%.
Essa desigualdade também se manifesta entre as classes sociais. Se entre as crianças e adolescentes das classes A e B o acesso é praticamente total (99%), entre as crianças das classes D e E ele fica em torno de 91%. Já na classe C, isso corresponde a 93%.
Já em relação aos que disseram nunca ter acessado a internet, houve uma queda: se no ano passado, esse público correspondia a 580 mil pessoas, em 2024 um total de 492.393 pessoas revelaram nunca ter acessado a rede.
“A participação [sobre o uso da internet por crianças e adolescentes] continua estável. Se a gente considera a margem de erro, a gente está em um cenário de estabilidade. Mas há disparidades: cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes na faixa de 9 a 17 anos não é usuária de internet ou porque nunca acessou ou não a acessou nos últimos 3 meses”, disse Luisa.
Além disso, acrescentou ela, o acesso por dispositivos também não é igualitário. “Crianças de classes A e B acessam por dispositivos mais variados e locais mais variados”, falou.
O acesso à internet é feito geralmente em casa, tanto pelas crianças e adolescentes das classes A e B (100%) quanto entre as crianças das classes C (100%) e das classes D e E (97%). Isso aponta para uma falta de melhor infraestrutura nas escolas, já que o acesso nesses locais é 56% (entre o público das classes A e B), 56% (na classe C) e de apenas 44% (entre as classes D e E).
“Quando as crianças são tiradas do direito de acesso às tecnologias de informação e comunicação, elas também estão perdendo a oportunidade de sofrer uma série de outros direitos, a educação, o entretenimento, a comunicação, a expressão. Hoje, a gente já tem muitas atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Então, a gente precisa garantir o direito para todas as crianças, de forma igualitária, para que elas usufruam [destes benefícios]”, falou Luísa.
Para a pesquisa TIC Kids, foram ouvidas 2.424 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos e 2.424 pais ou responsáveis. O estudo foi realizado entre março e julho deste ano. O TIC Kids Online Brasil é uma pesquisa feita anualmente desde 2012 e só não foi realizada em 2020 por causa da pandemia de covid-19.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 nos dias 3 e 10 de novembro, em 1.753 municípios.
Dados preliminares do Inep, relativos à logística e segurança do Enem 2024, apontam que os mais de 5 milhões de inscritos neste ano farão as provas em cerca de 10 mil locais, como escolas e faculdades, que abrigam cerca de 140 mil salas.
Em setembro, o Inep concluiu o ciclo de quatro reuniões técnicas regionais sobre logística do Enem com objetivo de capacitar envolvidos e alinhar operações do exame.
Ao todo, a aplicação das provas nos dois dias contará com 10 mil coordenações e mais de 300 mil colaboradores, como aplicadores de provas, assistentes de aplicação, fiscais de banheiro, de corredor e portão, além de colaboradores que auxiliam candidatos que pediram atendimentos especializados, como os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ledores certificados de prova para, por exemplo, candidatos com deficiência visual.
Na edição deste ano do Enem, o Inep prestará cerca de 58 mil atendimentos especializados. E entre os mais de 78 mil recursos de acessibilidade disponibilizados estão a prova em Braille, prova com a fonte ampliada, leitura labial, auxílio para transcrição, mobiliário acessível, sala de fácil acesso a pessoas com mobilidade reduzida e sala para lactantes.
Logística
A distribuição segura dos cerca de 9 milhões de provas impressas, folhas de respostas e material de identificação para os locais de aplicação fazem parte do cronograma antes da aplicação do Enem.
O Inep calcula que, para levar os 65 mil malotes de provas, serão adotadas 10,8 mil rotas de transporte com destino aos municípios de todas as 27 unidades da federação. A estimativa é que sejam empregados 2,5 mil contêineres desmontáveis leves e 60 carretas transportadoras.
Há mais de 15 anos, os Correios realizam a operação logística para a entrega das provas, com mais de 300 milhões de páginas impressas. Após as provas, a estatal também é a responsável pela coleta dos cartões-resposta dos candidatos.
Essa etapa, chamada de logística reversa, leva todos os malotes com os documentos para os locais onde serão realizadas as correções.
Enem
Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio.
Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros, e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.
As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.
O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.
Em dois dias, os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, que, ao todo, somam 180 questões objetivas. Os participantes também devem redigir uma redação.
A política de acessibilidade e inclusão do Inep garante atendimento especializado com diversos recursos de acessibilidade, além do tratamento pelo nome social. Há, também, uma aplicação para pessoas privadas de liberdade (PPL).
O poeta e letrista Antônio Cícero morreu nesta quarta-feira (23), em Zurique, na Suíça, aos 79 anos. Após ser diagnosticado com Alzheimer anos atrás, ele viajou à Europa com o companheiro Marcelo Fies com a intenção de realizar morte assistida, permitida no país europeu.
“Venho com muita tristeza avisar que nosso amado Cícero acaba de falecer”, escreveu Marcelo em mensagem a amigos. Segundo o companheiro, o escritor já estava planejando o procedimento, inclusive, enviando documentos. “Ele insistiu muito que ninguém soubesse”, contou.
A morte assistida, também chamada de suicídio assistido, é o procedimento em que a própria pessoa realiza o processo que terminará em morte, diferentemente da eutanásia, quando o paciente é apenas agente passivo que recebe um medicamento letal, por exemplo. No Brasil, ambos procedimentos são proibidos.
Ainda de acordo com Marcelo, a viagem teve também uma passagem por Paris para se despedir da cidade que Cícero tanto admirava.
O poeta e filósofo fez questão de ser cremado. Ele deixou uma carta para amigos para ser divulgada após a morte.
Biografia
Um dos grandes nomes da poesia brasileira, Antônio Cícero foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2017, quando tomou posse da cadeira número 27 em 2018.
Carioca, Antônio Cícero tinha completado 79 anos há 17 dias. É autor de letras conhecidas da música popular brasileira (MPB), escritas para canções em que teve como parceiros a irmã, a cantora Marina Lima (Fullgás), Adriana Calcanhotto (Inverno), João Bosco (Trem bala) e Lulu Santos (O Último Romântico).
Formado em Filosofia, em 1972, pelo University College, da Universidade de Londres, ele publicou os livros de poemas Guardar (1992), A Cidade e os Livros (2002), Porventura (2012) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, O Livro de Sombras (2010).
Também escreveu ensaios filosóficos como O mundo desde o Fim (1995) e Finalidades sem Fim (2005). Organizou o livro de ensaios Forma e Sentido Contemporâneo:Poesia (2012) e, em parceria com o também poeta Waly Salomão, o volume de ensaios O Relativismo enquanto Visão do Mundo (1994).
Repercussão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para homenagear o escritor.
“Poeta, letrista e filósofo, Antônio era imortal da Academia Brasileira de Letras e muitos conhecem seus poemas pelas canções com a sua irmã, a cantora Marina Lima. Nesse momento de tristeza, meus sentimentos ao seu marido, a sua irmã e parceira Marina Lima, e todos os amigos e admiradores desse grande poeta”, escreveu.
A cantora Adriana Calcanhoto publicou um vídeo em que abraça o poeta e deixou uma mensagem de despedida.
“O mais inteligente, íntegro, nobre e belo. O homem mais livre que já conheci e seu maravilhoso Marcelo, o único à sua altura. Que privilégio conhecê-lo, jantar com ele, compor com ele, ouvir suas ideias, rir com ele e guardá-lo para sempre enquanto durar esse para sempre. Sigo te amando, Cícero, doce príncipe, dorme em paz. Até mais”.
O cantor Frejat publicou, no Instagram, a música Bagatelas, do Barão Vermelho, fruto de parceria com Antônio Cícero.
“Sua contribuição para a música brasileira é imensa em letras que estão espalhadas por vários parceiros e com sua irmã Marina Lima. A lembrança que fica é o talento, o bom humor e uma charmosa timidez”, se despediu Frejat.
Assistência
Para pessoas que buscam canais de assistência gratuita à saúde mental, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio do telefone 188, além das opções chat e e-mail.
A rede pública de saúde também conta com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser encaminhados para o Caps pela sua unidade básica de saúde de referência.
Outros canais que oferecem atenção e auxílio são o Mapa da Saúde Mental, que traz uma lista de locais de atendimento voluntário on-line e presencial em todo o país, e o Pode Falar, canal lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de ajuda em saúde mental para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Funciona de forma anônima e gratuita, indicando material de apoio e serviço.
A Festa Literária das Periferias (Flup), que tem, neste ano, mais de 90% da programação formada por mulheres negras, anunciou a agenda da 14ª edição do evento, marcado para o período de 11 a 17 de novembro, no Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Nos nomes da literatura nacional e internacional, personalidades ligadas às artes e à academia participarão de debates, oficinas formativas, apresentações musicais, saraus, lançamentos de editoras e performances.
Durante o Ciclo de Debates Aquilombamentos, representantes de comunidades e de organizações ligadas às pautas raciais, étnicas, de gênero e climáticas precederão o Fórum do G20, fortalecendo o debate público sobre as questões das periferias – globais e brasileiras – em conexão com movimentos de resistência.
"O Rio de Janeiro receberá as principais lideranças políticas e econômicas mundiais enquanto a Flup conecta periferias brasileiras a um diálogo global, sobre raça e cultura – inerente às discussões econômicas do G20”, destacou o diretor-fundador da Flup, Julio Ludemir.
Segundo os organizadores, a 14ª Festa Literária das Periferias homenageará a historiadora, poeta e cineasta Maria Beatriz Nascimento (1942-1995) pelo legado artístico que inspira toda uma nova geração de escritoras negras e pelo ativismo na defesa dos direitos humanos de negros e mulheres no Brasil. O quilombo como símbolo de resistência e comunidade defendido pela intelectual brasileira, fruto de sua pesquisa acadêmica aliada à militância política antirracista, exerce influência na programação do festival.
No primeiro dia do evento, está prevista uma mesa literária intitulada O que Queremos para Ontem?, com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. No dia 13 de novembro, está programada uma mesa literária chamada Insiders/ Outsiders, com a escritora Conceição Evaristo.
Reconhecida em 2023 como patrimônio cultural de natureza imaterial pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Flup tem programação gratuita e para todas as idades. Apresentado pelo Ministério da Cultura e Shell, o evento tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Globo por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta terça-feira (22), o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Nele, o estudante pode consultar informações como o local de prova, número de inscrição e hora das provas.
No cartão de confirmação, é possível também registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
Caso o inscrito não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la no mesmo portal e após digitar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e selecionar a opção esqueci minha senha.
As provas
Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levar o cartão nos dias de aplicação das provas, nos domingos 3 e 10 de novembro.
No primeiro dia de Enem, além da redação, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias.
E no segundo dia do exame, os participantes fazem as provas de ciências da natureza e suas tecnologias, assim como de matemática e suas tecnologias. Ao todo, serão 45 questões em cada área do conhecimento.
O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
A nadadora maranhense Sofia Duailibe teve um excelente desempenho na 12ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas 2024, competição organizada pela Confederação Brasileira de Águas Abertas (CBDA). Sofia, que é atleta da Atlef/Nina e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, conquistou três medalhas no evento realizado no sábado (19) e no domingo (20), em Vitória (ES): além de faturar o título da categoria Infantil 2 Feminino nos 2,5km, a maranhense brilhou na prova de 1,5km, garantindo a prata no Infantil 2 Feminino e ficando com o bronze no Geral Feminino.
Com os três pódios em Vitória, Sofia Duailibe aumenta a sua coleção de conquistas na Copa Brasil de Águas Abertas, que está em sua 11ª edição. Na 9ª etapa, realizada em agosto, na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), a maranhense sagrou-se campeã da categoria Infantil 2 nas provas de 2,5km e 5km. Já na 8ª etapa, ocorrida em julho, na Ilha do Mosqueiro, em Belém (PA), Sofia ganhou duas medalhas de ouro e uma medalha de prata. Já em junho, a atleta da Atlef/Nina faturou três ouros e um bronze na sexta etapa, disputada em Fortaleza (CE).
Pouco antes, em maio, Sofia Duailibe disputou a prova dos 2,5km da quarta etapa da Copa Brasil, em Itajaí (SC), e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e faturando a medalha de bronze na categoria Geral Feminino. Já no fim de março, a maranhense foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na pr ova de 2,5km da segunda etapa do evento nacional, realizada em Maceió (AL).
Além disso, Sofia Duailibe conquistou dois pódios em provas de 5km da categoria Infantil 2 no Campeonato Brasileiro de Águas Abertas, sendo campeã da primeira etapa e vice-campeã da quarta etapa. A nadadora da Atlef/Nina também faturou o título das categorias Geral e Infantil 2 na prova de 2,5km da 2ª etapa do Circuito Maranhense.
Outros resultados
Em meio ao sucesso nos eventos estaduais, regionais e nacionais de águas abertas, Sofia Duailibe também se destaca com títulos e pódios nas piscinas. Em agosto, a jovem nadadora foi destaque da Copa Amazônia Internacional de Natação e Águas Abertas, realizada em São Luís: além de faturar 11 medalhas nas provas de natação e garantir o Troféu Eficiência na categoria Infantil 2 Feminino, a atleta da Atlef/Nina foi a campeã Infantil 2 Feminino e segunda colocada da categoria Geral Feminino na prova dos 5km de águas abertas.
Também em agosto, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato na disputa da natação infantil feminino (12 a 14 anos) dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs). A nadadora manteve o alto nível nos JEMs e foi medalhista de ouro nas provas dos 100m livre, 100m borboleta e 400m livre. Já em julho, Sofia faturou uma medalha de ouro, três pratas e dois bronzes no 34º Troféu Milton Medeiros de Seleções do Norte-Nordeste, realizado em Boa Vista-RR.
Durante o ano, Sofia Duailibe conquistou ainda quatro ouros no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu Giselle Menezes, conquistou a medalha de prata na prova dos 1.500m livre da Copa Nordeste - Troféu Sergio Silva, em Fortaleza, e garantiu três ouros nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre do Troféu João Victor Caldas, disputado em São Luís.
"A CURA COMEÇA NA CONVERSA. EVIDENTEMENTE, NÃO SE ESTÁ RECOMENDANDO UM DIÁLOGO ESTIMULANTE QUANDO O QUADRO EXIGE UMA TRAQUEOTOMIA URGENTE. POESIA É RIMA – MAS NÃO UMA INDICAÇÃO – PARA HEMORRAGIA." (E. Sanches)
– À maneira de Rainer Maria Rilke, uma carta a um jovem médico
* * *
Foi há 16 anos...
* * *
Doutor: Não faz muito tempo, em outubro deste ano de 2008, você espontânea e abertamente deu uma demonstração de confiança em mim. Votou em mim. A esse gesto juntaram-se os de alguns milhares de pessoas, que ainda acreditam em certos referenciais humanos validados pela idade dos tempos e pelo que resta de sério e digno no mundo.
Agora, tomo conhecimento da sua formatura em Medicina. “Herança” dos pais, importância no “mercado”, vocação pessoal, chamamento interior – o que importa, agora, não é a razão da escolha dessa carreira, mas a responsabilidade na execução dela.
Coincidentemente, você e eu iniciaremos o próximo ano com a obrigação de zelar pela saúde -– saúde física e psíquica em um caso, política e social em outro. Você, com certeza, se sairá melhor. É mais fácil receitar um medicamento para uma pessoa do que buscar “remédios” para uma comunidade.
Entre você e seu receituário, apenas o acerto de seu diagnóstico. Entre um político e seu ideário, a interferência de “acertos”, a conveniência de (im)postura(s). (Já me darei por vencedor se me mantiver descontaminado...).
Outra coisa: os erros médicos, embora de todo indesejáveis, têm repercussão individual (quando muito, grupal, familiar); os erros políticos – e como são frequentes, Doutor!... – causam sofrimento coletivo e comprometem vidas e estruturas presentes e futuras.
Os políticos desonestos fazem morrer muito mais gente em mesas de "negociações" do que os médicos não podem salvar em mesas de operações.
A frase do seu convite de formatura – “Somos médicos. Nada do que é humano nos é indiferente” – deveria caber a toda profissão. Buscada em Terêncio quase 2.200 anos atrás (“Sou homem, e nada do que é humano me é estranho”), essas palavras deveriam despertar não só no médico mas em qualquer outro profissional um senso de humildade, uma sensação de alteridade, um sentido de dever, um sentimento de humanidade.
A Medicina tem poucos Patch Addams. Talvez não deseje ter outros... Para mim, simbolicamente, consultórios médicos não deveriam ter mesas -- onde um fica frente ao outro –, mas sofás – onde um fica ao lado do outro. Sentimento. Sentido. Sensação. Sensibilidade.
“Se toda Medicina não está na bondade, menos vale dela separada” – é Miguel Couto, médico, quem diz.
“Medicina antes de mais nada é conhecimento humano. E este está tanto nos livros de patologia e clínica como nas obras de Proust, Flaubert, Balzac, Rabelais, poetas de hoje, de ontem...” – é a vez de Pedro Nava, raro caso de médico e autor que escrevia livros tão bem quanto prescrevia receitas.
O mundo está precisando de médicos humanos. Conheço um que não tem telefone em sua sala, nem mesa, nada formal ou agressivo. Se precisa passar três horas na consulta, ele passa.
Nenhum gesto ríspido, nenhuma presunção, onisciência, onipotência. Apenas fluidez, leveza, interesse real, companheirismo. Isso soma o paciente com o médico... e contra o mal.
A cura começa na conversa. Evidentemente, não se está recomendando um diálogo estimulante quando o quadro exige uma traqueotomia. Poesia é rima – mas não uma indicação – para hemorragia. Há momento para fórceps, há situações de força. Mas até estas se geraram porque antes faltou humanidade à Humanidade.
Pois é, Doutor, o mundo está precisando de novos médicos. Dos que não precisam curar-se a si mesmos pois que não se deixaram/não se deixarão contaminar, adoecer – na alma, sobretudo.
Não é sem razão que, quando tiveram de dar um nome a essa ciência/arte/técnica de diagnosticar/curar, foram buscar na raiz indo-europeia o nome “Medicina”: “med-” significa “pensar”, “refletir”, “meditar”.
É isso, Doutor. Antes da medicação, a meditação.
É o que lhe trago aqui. E daqui lhe desejo felicidades.
Você é jovem e, presumo, também idealista. Mas não precisa salvar o mundo.
Que o sorriso dos clientes que você atender, dos pacientes que você tratar lhe baste como recompensa maior ao seu esforço de cuidar das pessoas... para que elas, saudáveis, cuidem deste mundo doente.
Saúde, Doutor! E parabéns pelo seu Dia! (18 de outubro).
As provas da 2ª fase da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) serão aplicadas neste sábado (19) a mais de 900 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio inscritos em todo o país.
Os classificados na primeira etapa da competição científica farão a prova às 14h30 (no horário de Brasília). A avaliação terá três horas de duração.
Os locais das provas estão disponíveis no site oficial da Olimpíada, separados por unidade da federação e escolas participantes.
A edição do evento deste ano registrou recorde de instituições de ensino participantes (56.516), localizadas em 5.564 municípios, o que corresponde a 99,9% das cidades brasileiras. Neste ano, a primeira etapa, realizada em 4 de junho, reuniu 18,5 milhões de alunos de todas as regiões do país.
Segunda fase
A prova da segunda fase da OBMEP é composta de seis questões discursivas, adequadas a cada nível de ensino (fundamental e médio).
A prova pode ser feita a lápis ou à caneta esferográfica azul ou preta.
Os participantes devem apresentar um documento de identificação legível, como a carteira de identidade, a certidão de nascimento ou a carteira escolar.
A organização da Obmep recomenda que os estudantes cheguem com pelo menos 30 minutos de antecedência ao local de aplicação da prova deste sábado.
Em caso de dúvidas, o contato telefônico da Obmep é (21) 2529-5084.
Premiação
Nesta 19ª edição, a Obmep premiará os estudantes com 8.450 medalhas nacionais, sendo, 650 de ouro; 1.950, de prata; e 5.850, bronze, além de 50 mil menções honrosas pela participação na disputa. A iniciativa ainda terá 20,5 mil medalhistas estaduais.
Segundo o diretor-adjunto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e coordenador geral da Obmep, Jorge Vitório Pereira, as medalhas, além de serem um estímulo por si só, garantem acesso a programas de formação e desenvolvimento.
“Talvez o mais tradicional deles seja o Programa de Iniciação Científica Jr. [PIC] para o qual os medalhistas recebem bolsas do CNPq para um programa de formação, que os prepara para um futuro acadêmico e profissional mais promissor. Os resultados da Obmep impactam diretamente a formação de talentos em matemática no Brasil. Muitos dos ex-participantes ingressam em carreiras científica e tecnológica”, explica Pereira.
O programa PIC promove encontros presenciais e virtuais para estimular o raciocínio lógico e a criatividade dos estudantes por meio do contato deles com questões das áreas desta disciplina.
Os estudantes de escolas públicas também recebem uma bolsa de incentivo de R$ 300 para participarem do programa. A divulgação de todos os premiados ocorrerá em 20 de dezembro deste ano.
Obmep
A Obmep é considerada a maior olimpíada do conhecimento do país e tem o objetivo de contribuir para incentivar o estudo da matemática e identificar jovens talentos.
A competição científica é destinada a estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Anualmente, a iniciativa é realizada em duas fases custeadas com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC).
O Impa explica que o desempenho na olimpíada de matemática também é considerado no processo seletivo de ingresso de alunos no primeiro curso de graduação do instituto: o bacharelado gratuito em matemática da tecnologia e inovação, o Impa Tech. .
O curso de nível superior pretende capacitar os estudantes a entrarem no mercado de tecnologia e inovação.
A entidade é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e ao Ministério da Educação. A edição anual do curso oferece até cem vagas, no modelo presencial, na cidade do Rio de Janeiro.
As inscrições para o processo seletivo da turma de 2025 Impa Tech começam em novembro.
Portal
Para se prepararem, os estudantes que participam da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas podem ter acesso ao portal da Obmep, que disponibiliza conteúdos gratuitos, incluindo videoaulas, apostilas, exercícios, problemas resolvidos, testes, aplicativos e outros.
No mesmo site, o aluno pode ter acesso ao seu histórico e aos testes de avaliação e o certificado de participação no módulo, caso o aluno acerte pelo menos 70% das perguntas. Os responsáveis pelos estudantes conseguem acompanhar o desempenho de seus filhos. Já os professores podem usar o portal para montar uma turma e orientar seus alunos.
– FRANCISCO FLÁVIO ROCHA E SILVA, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
*
Neste 18 de outubro, Dia dos Médicos, cumprimento, em princípio, três médicos conterrâneos e amigos, cujas qualidades pessoais-profissionais lhes valeram, neste ano de 2024, o reconhecimento das maiores Entidades representativas dos 600 mil profissionais da Medicina no Brasil.
*
Francisco Flávio Rocha e Silva é médico caxiense. O profissional tem diversas especializações. A pessoa também tem outras.
A pessoa de Flávio Rocha é “especializada” no trabalho, nas famílias (a de onde veio e a que constituiu), nas amizades, no respeito à própria memória e história. Neste caso, não é incomum vê-lo, em espaços digitais, nas redes sociais, em fotos onde mostra e manuseia frutos da terra, frutas da infância e do trabalho na roça.
A família de origem é tradicional – o que, neste caso, não quer dizer nobiliárquica... embora nobre nos procedimentos e costumes, valores do tempo em que filhos desde cedo tinham “criação” (e não um celular).
Portanto, a pessoa Flávio Rocha é especialista em valores – da terra, da família, das circunvizinhanças que fazem ou que dão a base, o baldrame, sobre o que erguerão as estruturas de cada um de nós.
Já o médico... Em estudos de pós-graduação, o médico, além da Clínica Geral, chegou à Medicina Intensiva, à radiologia, à Ginecologia e Obstetrícia, à Saúde da Família – neste, com mestrado. A busca do conhecimento é caminho sem fim e outras especialidades se incorporam no médico de 47 anos. Emoldurados sem luxo e fixados em uma parte da parede do consultório, em disposição sem qualquer “design” especial, os diplomas e outros documentos atestam o conhecimento e a prática do profissional de Medicina que sabe, como médico e pessoa, que para o conhecimento não há cura. Não há fim.
Esse saber sem fim está agora menos infinito, no momento em que, neste mês de outubro, o médico caxiense Francisco Flávio Rocha e Silva tomou posse como titular do quase centenário Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), no Rio de Janeiro (RJ). Neste 2024, quando o CBC completa 95 anos de existência (fundado em 16 de agosto de 2024), a entidade promoveu eventos por todo o País.
Mas no dia 4 de outubro deste 2024 o bolo mais que nonagenário exibiu suas cerejas, algumas dezenas delas: os novos membros, em especial os titulares, apenas 24 deles, de todo os pontos do Brasil. A sede do CBC é no bairro carioca de Botafogo, lá onde a baía tem forma de meia-lua e de cuja praia também se divisa o Pão de Açúcar. Os prédios por ali nem de longe eram sonhados, sequer intuídos, pelo português João Pereira de Souza Botafogo, que adquiriu aquela área, tornando-se seu terceiro proprietário e nomeando-a com seu sobrenome, um pedaço de terras hoje com quase cem mil habitantes, sede da escola de samba de São Clemente e bairro que é passagem e intermediário entre o Centro e a Zona Sul.
O caxiense Flávio Rocha assume no Colégio Brasileiro de Cirurgiões com uma “turma” de membros titulares que deve ser especial: Aline Cristina Kusumoto, Bruno Cosme Caiado, Douglas Poschinger Figueiredo, Fillipe Antas Temoteo, Flavio David Silva Barcelos Coutinho, Francisco Flávio Rocha e Silva, Ian Damas Vieira, Jadivan Leite de Oliveira, Klaus Steinbruck, Leonardo Guimarães Rangel, Leonardo Magalhães Feitoza, Leonardo Paixão Neto, Lucas Alceu Ribeiro Lopes, Lucas Felipe Barbosa Lourenço, Luís Guilherme Teixeira dos Santos, Marcelo Augusto Viturino Aragão, Rafael Morriello, Regina Fatima Freire Quintaes, Renan Junio Azevedo, Rodrigo Joppert Braz, Ronan de Oliveira Santos, Taciana Glycerio de C. Medeiros, Thiago Ayres Holanda e Vinicius Humberto de Souza Vicuña.
Casado com Joseane da Costa Ximenes Rocha, enfermeira e servidora pública, Flávio e esposa administram a Clínica Dr. Flávio Rocha, na zona central de Caxias, que, para iniciar nova fase, deverá contar mais tarde com time de outros especialistas, para os quais já estão prontos pelo menos oito salas adequadas para a realização de consultas e, até, de exames, dependendo da natureza da especialidade do médico e da necessidade do paciente. A Clínica localiza-se em prédio próprio de dois pavimentos, de fácil acesso e localização, próxima a uma das praças cercadas mais conhecidas de Caxias.
Com sensibilidade também para as “doenças sociais”, o médico Flávio Rocha ousou, como é de direito de todo cidadão, candidatar-se a uma “função” política em sua cidade: por duas vezes, em 2012 e 2016, teve de dividir seu tempo e dedicação, entre outros recursos, para iniciar uma caminhada na mais difícil das eleições – a de vereador, onde parece que cada eleitor tem algum tipo de vínculo ou dívida ou obrigação ou compromisso com algum dos mais de duzentos nomes que geralmente disputam uma das 19 vagas no Poder Legislativo caxiense. Embora a expressiva votação -- e a inexpressiva participação das candidaturas majoritárias (prefeito) --, o médico Flávio Rocha vacinou-se contra aqueles que eventualmente fazem “cobranças” aos que, sendo caxiense “da gema” e bem posicionados socioeconomicamente, “não colocam a cara a tapa” na Política, não disputam mandatos e -- dizem os “cobradores” -- apenas se dedicam a “usufruir” do bom e do melhor. Pois bem, que nem uns poucos outros cidadãos sem “profissão política”, o médico Flávio Rocha não se ausentou do processo. Por um par de vezes compareceu. Se houve alguma omissão, não foi dele.
Agora, já há oito anos dedicando-se apenas à saúde de quem a ele procura e nele confia, o médico Flávio Rocha procura ampliar suas já extensas qualidades pessoais e profissionais:
– como pessoa, buscando a melhor maneira de ser;
– como médico, procurando a melhor forma de servir.
Neste 18 de outubro, Dia do Médico, cumprimentos ao amigo e profissional Flávio Rocha.