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Rio de Janeiro (RJ), 24/05/2025 – A 18° edição da Marcha para Jesus reúne cristãos em caminhada pela Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A proporção de evangélicos na população brasileira continua crescendo, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 26,9% dos brasileiros, ou seja, mais de um quarto da população, se identificavam como seguidores dessa denominação religiosa.

O Censo incluiu no levantamento apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

O grupo dos evangélicos foi o que mais cresceu entre 2010 e 2022 (5,3 pontos percentuais), segundo o IBGE, já que, segundo o Censo anterior, de 2010, eles representavam 21,6% dos brasileiros, um pouco mais de um quinto da população.

“Os evangélicos estão se impondo mais na sociedade, colocando mais seus valores, suas ideias, sua fé”, afirma a pesquisadora da IBGE Maria Goreth Santos.

Apesar disso, o instituto mostrou que o ritmo de crescimento dessa religião caiu. De 2000 para 2010, por exemplo, a alta havia sido de 6,5 pontos percentuais (de 15,1% para 21,6%). De 1991 para 2000, o avanço tinha sido de 6,1 pontos percentuais (de 9% para 15,1%).

Os sem religião, que incluem qualquer pessoa que não se identifica com nenhuma denominação e aquelas que não têm qualquer fé (ateus e agnósticos), também cresceram, de 7,9%, em 2010, para 9,3%, em 2022.

“Se a pessoa se declara sem religião, a gente registra que é sem religião, mas não tem uma pergunta que busque especificar por que motivo a pessoa se declarou sem religião”, afirma o também pesquisador do IBGE Bruno Perez.

Outro fenômeno percebido pela pesquisa foi o crescimento das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, que passaram de 0,3% em 2010 para 1% em 2022.

“Um movimento tem sido feito nos últimos contra a intolerância religiosa. E essas pessoas estão se colocando como umbandistas, candomblecistas, estão se voltando para essa religiosidade. A gente pode ter também uma migração das pessoas [que já seguiam essas religiões, mas] que se declaravam como espíritas ou como católicas, em função do medo ou da vergonha de se declararem como umbandistas ou candomblecistas”, destaca Maria Goreth.

Católicos

Por outro lado, os católicos apostólicos romanos recuaram no país, de 65%, em 2010, para 56,7%, em 2022. A queda da participação dos católicos no total da população do Brasil vem sendo registrada em toda a série histórica do levantamento, iniciada em 1872.

Naquele ano, por exemplo, eles representavam a quase totalidade da população (99,7%). Em 2000, passaram a ser três quartos da população (74,1%), chegando a dois terços em 2010 e se aproximando da metade, em 2022.

O Nordeste e o Sul eram as regiões com maior participação de católicos, em 2022: 63,9% e 62,4%, respectivamente. Já o Norte tinha a menor participação: 50,5%. No Centro-Oeste e no Sudeste, os percentuais eram de 52,6% e 52,2%, respectivamente.

Os católicos ainda eram maioria em 4.881 municípios brasileiros. Em 20 deles, dos quais 14 estão no Rio Grande do Sul, os católicos superavam 95%. As maiores proporções estavam naqueles locais gaúchos com imigração italiana e/ou polonesa: Montauri, Centenário, União da Serra e Vespasiano Corrêa.

Entre aqueles municípios com mais de 100 mil habitantes, Crato (CE) tinha a maior proporção de católicos em 2022 (81,3%).

Analisando-se as unidades da federação, a maior proporção de católicos apostólicos romanos foi observada no Piauí (77,4%), enquanto a menor foi registrada em Roraima (37,9%).

De acordo com o Censo, a proporção de católicos aumenta de acordo com a idade, a partir 30 anos. Entre os que têm 20 a 29 anos, por exemplo, 51,2% diziam seguir essa denominação. Na população com 80 anos ou mais, o percentual chegava a 72%.

Evangélicos

A distribuição dos evangélicos por faixa etária é mais uniforme, mas é um pouco maior entre as faixas etárias mais jovens. Entre aqueles que têm de 10 a 14 anos, por exemplo, 31,6% declararam ter essa religião, em 2022.

O percentual varia entre 27,5% e 28,9%, na faixa de 15 a 49 anos. A partir daí, os evangélicos têm ligeira queda conforme a idade avança, chegando à parcela de 19% entre aqueles com 80 anos ou mais.

A Região Norte possuía maior proporção de evangélicos na população (36,8%), seguida pelo Centro-Oeste (31,4%). Sudeste e Sul tinham, respectivamente, 28% e 23,7%. O Nordeste apresentava a menor proporção: 22,5%.

Entre os estados com maior população de evangélicos, destaca-se o Acre (44,4%). Piauí tinha a menor proporção de seguidores dessa denominação na sua população (15,6%).

Os evangélicos eram maioria da população em apenas 58 municípios, com destaque para aqueles de colonização alemã/pomerana: Arroio do Padre (RS), Arabutã (SC) e Santa Maria de Jetibá (ES). Em 244 municípios, eles não eram maioria, mas representavam a principal religião. Manacapuru (AM) era o município com mais de 100 mil habitantes que registrou a maior proporção de evangélicos (51,8%).

Outras denominações

O Censo mostrou ainda o crescimento de pessoas que declaram ter outras religiosidades (como judaísmo, islamismo, budismo, tradições esotéricas ou várias religiões), que passaram de 2,7%, em 2010, para 4%, em 2022; e tradições indígenas (de 0 para 0,1% no período).

Os espíritas, por outro lado, reduziram sua presença na matriz religiosa brasileira, passando de 2,1% para 1,8%, entre os dois censos.

Em 2022, Roraima era o estado com maior proporção de pessoas com tradições indígenas na população (1,7%), de outras religiosidades (7,8%) e sem religião (16,9%). Neste último caso, o posto é dividido com o Rio de Janeiro, que também possuía 16,9% de pessoas sem religião. O Rio também tinha a maior proporção de espíritas na população (3,5%).

Já o Rio Grande do Sul apresentou a maior proporção de praticantes de umbanda, candomblé e outras religiões de matriz africana (3,2%).

RELIGIÕES NO BRASIL20102022
Católica apostólica romana65%56,7%
Evangélicas21,6%26,9%
Espírita2,1%1,8%
Umbanda e candomblé0,3%1%
Tradições indígenas00,1%
Outras religiosidades2,7%4%
Sem religião7,9%9,3%
Não sabe/sem declaração0,1%0,2%

 Fonte: IBGE

 

Cor e sexo

De acordo com o IBGE, as mulheres eram maioria em quase todos os grupos de religiões, em 2022, com exceção das pessoas sem religião, em que os homens representavam 56,2%, e de tradições indígenas, onde os homens eram 50,9%.

No catolicismo, elas representavam 51% do total dos seguidores desta religião, percentual inferior à participação feminina na população total com mais de 10 anos (51,8%).

O grupo com maior percentual de mulheres é o de espíritas, em que elas representavam 60,6% do total. Em seguida, aparece o grupo umbanda e candomblé, em que elas eram 56,7%. Entre os evangélicos, elas respondiam por 55,4% do total de fiéis.

Em 2022, o catolicismo predominou em todas as categorias de cor ou raça. Dentre os que se declararam brancos, 60,2% se identificavam como católicos apostólicos romanos, 23,5% como evangélicos e 8,4% como sem religião. 

Entre as pessoas que se declararam pretas, 49% eram católicas, 30% evangélicas e 12,3% sem religião. Já entre os pardos, as proporções eram de 55,6% de católicos, 29,3% de evangélicos e 9,3% sem religião.

O Censo mostrou que a população com maior percentual de evangélicos são os indígenas (32,2%). Entre eles, 42,7% são católicos e apenas 7,6% seguem as tradições religiosas indígenas.

Escolaridade

No recorte de escolaridade, o Censo observou que, entre aqueles com 15 anos ou mais, a maior taxa de analfabetismo foi observada naqueles que seguem tradições indígenas (24,6%) e nos católicos (7,8%). Entre os evangélicos, que aparecem em terceiro lugar, a taxa era de 5,4%.

Nos demais grupos, a taxa era de 5,3% para os sem religião, de 3% para outras religiosidades, de 2,4% para umbanda e candomblé e 1% para os espíritas.

Analisando-se a escolaridade da população com 25 anos ou mais, o Censo constatou que o grupo religioso com maior número de pessoas com ensino superior completo era o de espíritas (48%), seguido por umbanda e candomblé (25,5%), outras religiosidades (23,6%) e sem religião (20,5%).

Entre os católicos, o percentual era de 18,4%, enquanto que, entre os evangélicos, era de 14,4%. No grupo daqueles que declararam seguir tradições indígenas, 12,2% tinham ensino superior completo.

As proporções de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto em cada grupo de religião foram: espíritas (11,3%), umbanda e candomblé (19,9%), outras religiosidades (23,6%), sem religião (30,1%), evangélicos (34,9%), católicos (38%) e tradições indígenas (53,6%).

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O prazo para as inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 se encerra às 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (6). Candidatos devem se inscrever exclusivamente na Página do Participante, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por todas as etapas das provas.

Em sua rede social, o Inep publicou um vídeo com o tutorial de como fazer a inscrição. 

Inscrições

Os participantes que tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição e as justificativas de ausência em 2024 aprovados pelo Inep precisam se inscrever no exame.

Os estudantes do 3º ano do ensino médio em escola pública, mesmo com a inscrição pré-preenchida automaticamente, precisam atualizar os dados solicitados e confirmar a inscrição para garantir a participação nesta edição. Esses candidatos não pagarão a taxa de inscrição. A medida pretende estimular a participação desse público no Enem e facilitar o processo de inscrição.

Em 2025, o Enem tem outra novidade: voltará a ser opção para obter o certificado de conclusão do ensino médio ou a declaração parcial de proficiência. Para essa finalidade podem se inscrever:

· candidatos com mais de 18 anos que não terminaram essa etapa dos estudos;

· os que alcançaram, em cada área do conhecimento da prova, a pontuação mínima (igual ou maior que 450 pontos);

· quem tirou pelo menos 500 pontos na prova de redação.

O exame ainda representa oportunidade para o participante "treineiro" testar seus conhecimentos. O Inep define como "treineiro" aquele que concluirá o ensino médio após o ano letivo de 2025;  que não está cursando ou não concluiu o ensino médio e quer se autoavaliar.

O prazo para solicitação de atendimento especializado e tratamento por nome social também termina hoje. As duas situações devem ser assinaladas no processo de inscrição no Enem.

Acessibilidade

As pessoas interessadas em solicitar atendimento especializado no Enem 2025 devem enviar, por meio da Página do Participante, a documentação que comprove a condição que motiva esse tipo de atendimento. 

O Ministério da Educação (MEC) explica que o participante que teve a documentação desse tipo aprovada pelo Inep nas edições do Enem de 2021 a 2024 não precisará anexar nova documentação.

A Agência Brasil detalha aqui os documentos aceitos e as situações previstas, conforme descrito no edital.

Pessoas com deficiência auditiva ou surdez também podem consultar o edital do Enem 2025 na Língua Brasileira de Sinais (Libras) com todas as regras e prazos do processo seletivo.

O vídeo com o conteúdo completo do edital está disponível no canal do Inep no YouTube.

Inclusão

Sobre o nome social, esse tratamento é exclusivo de participantes travestis, transexuais ou transgêneros que se identificam e querem ser reconhecidos socialmente conforme a identidade de gênero.

O nome social deve ser o mesmo cadastrado na Receita Federal e será apresentado em todos os documentos e materiais administrativos do Enem, como no cartão de confirmação de inscrição e nas provas.

Taxa de inscrição

Para garantir a inscrição, os candidatos não isentos precisam pagar a taxa até a próxima quarta-feira (11).

Os candidatos que tiveram a solicitação de isenção da taxa de inscrição reprovada pelo Inep ou que a justificativa de ausência nas provas de 2024 não foi aceita pela autarquia também precisam pagar o valor de R$ 85, por meio da Guia de Recolhimento da união (GRU Cobrança) para assegurar a participação no exame.

Após finalizar o processo de inscrição, o boleto ficará disponível na tela inicial da Página do Participante. O pagamento poderá ser feito por Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança. Para pagar por Pix, basta acessar o QR Code que consta no boleto.

O sistema não gera boleto para duas situações, mesmo que o candidato ainda não tenha solicitado isenção da taxa de inscrição:

1. o estudante concluinte do ensino médio, em 2025, matriculado em qualquer modalidade de ensino (regular ou EJA), em escola da rede pública;

2.  quem informar na inscrição que usará os resultados do Enem 2025 para tentar conseguir o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).

Provas

As provas do Enem 2025 serão aplicadas em todos os estados e no Distrito Federal nos dias 9 e 16 de novembro.

As exceções são os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, onde os candidatos farão provas em 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), na capital paraense, no período.

O Enem 2025 mantém o formato de quatro provas objetivas (com 45 questões cada) e uma redação.

No primeiro dia, serão aplicadas as provas de redação, língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol) e o Enem terá 5 horas e 30 minutos de duração.

No segundo dia, com provas com 5 horas de duração, o exame nacional avaliará os conhecimentos de química, física e biologia e matemática.

O exame

O Enem é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 - Festival Xerém. Muro da EBAV  pintado pelo artista Fábio Gomes Trindade. Foto: EBAV/Divulgação

O ator e diretor Antônio Pitanga e o presidente do Instituto Zeca Pagodinho, Louiz Carlos da Silva, serão os homenageados da 2ª edição do Festival de Cinema de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os dois vão receber o Troféu Zeca Pagodinho, símbolo do festival, na cerimônia de abertura, nesta quinta-feira (5). Na sequência será exibido o filme Pitanga, dirigido pela atriz Camila Pitanga e pelo diretor Beto Brant.

“Uma homenagem é sempre bem-vinda. É o reconhecimento de uma vida inteira de um artista. Só tenho a dizer da minha felicidade de ser homenageado pelo Festival de Xerém. Gratidão”, comentou Antônio Pitanga à Agência Brasil.

A homenagem a Louiz Carlos da Silva é um reconhecimento ao trabalho que ele realiza como presidente do Instituto Zeca Pagodinho e por incentivar a cultura na Baixada Fluminense, favorecendo o desenvolvimento da comunidade, principalmente, em Xerém.

Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 - Louiz Carlos da Silva/Arquivo Pessoal. Louiz Carlos da Silva presidente do Instituto Zeca Pagodinho. Foto: Louiz Carlos da Silva/Arquivo Pessoal
Louiz Carlos da Silva

“Eu fiquei muito feliz e honrado de estar sendo homenageado. É imponente para caramba, porque esse movimento, na verdade, começou a ser pensado lá na pandemia e aí a gente desenvolveu junto, o resultado foi incrível. Até hoje a gente está colhendo os frutos desse projeto e acho que essa homenagem vai ser uma coisa super bacana que reconhece o que a gente fez lá atrás”, contou Louiz Carlos da Silva em conversa com a reportagem.

Além da apresentação de 20 filmes, até sábado (7), no Espaço Bellogio, a programação inclui mostras competitivas, divididas nas categorias Nacional, Baixada e Gospel, com exibição de 15 curtas-metragens. Os destaques receberão premiações de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Atriz, Melhor Ator e Prêmio do Júri Popular. A entrada é gratuita.

O júri é formado por Patrícia Pillar, Vinícius de Oliveira, Klev Soares, Verônica Alvarenga, Marcelo Marão, Sofia Manso, Valdomiro Meireles, Miguel Nagle e Binho Cultura. Os vencedores receberão o Troféu Zeca Pagodinho.

Competitivas

Na Mostra Competitiva Nacional de Curtas serão apresentados os filmes: A Caverna, de Louise Fiedler, TCC – Trabalho Caótico de Cinema, de Ricardo Santos, Intangível Tangível de Tales OrdakjiSertão 2138, de Deuilton do Nascimento e As Gingers, de Pedro Murad. Nesta mostra os julgadores serão Patrícia Pillar, Vinícius de Oliveira e Verônica Alvarenga.

Os curtas Paçoca, de Marçal Vianna, São Jorge de Meriti, de Ricardo Rodrigues e Léo de Assis, Dura na Queda, de Tatiane Campos, Desde Criança Sempre Quis Morar no Rio, de Sharon Félix e Roumer Canhães, O Teste, de Emanuel Sedano, serão exibidos na Mostra Competitiva Baixada e serão avaliados por Marcelo Marão, Sofia Manso e Valdomiro Meireles.

Já a Mostra Competitiva Nacional Gospel exibirá as obras: Lúcia, de Murilo Santos, Clowndio, de Samuel Rodrigues, Solum, de Daniela Vitória e Annie Salgado, José, O Carpinteiro, de Leandro Azevedo e O Perdão é Vermelho, de Patricia Evangelista. O juri desta mostra é formado por Miguel Nagle, Klev Soares e Binho Cultura.

Brasília (DF), 04/06/2025 - Festival Xerém. Cena do filme Lúcia. Foto: Promissum Pictures/Divulgação

Realizado pela Escola Brasileira de Audiovisual (EBAV), a 2ª edição do Festival de Cinema de Xerém conta com a direção-geral de Sérgio Assis, que também é fundador e presidente da instituição. Ele explicou que o evento tem como objetivo possibilitar um intercâmbio para as diversas produções realizadas em todos os Estados brasileiros, além de democratizar e difundir a produção audiovisual de curtas-metragens no Estado do Rio, especialmente na Baixada Fluminense e no território de Duque de Caxias e Xerém.

“A gente produz um festival com uma qualidade técnica muito boa, traz profissionais que fazem festivais acontecerem em todo o país e toda uma infraestrutura que normalmente não se vê na Baixada Fluminense. Você chega e vê uma projeção de um festival de cinema internacional”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Mostrinha infantil

O Festival tem ainda atrações para as crianças: a Mostrinha Infantil, trará títulos dirigidos ao público infanto-juvenil, como Só no Sertão, de Alexandre Klemperer, Pés de Peixe, de Aldemar Matias e Larissa Ribeiro, Revolução da TV, de Rodrigo César, e Jorge Quer Ser Repórter, de Victor Germano, Lula Queiroga, todos da Globo Filmes. Sérgio Assis disse que essa é uma forma também de incentivar a formação de público. O diretor adiantou que todas as sessões já estão esgotadas.

“As quatro mostras infantis estão lotadas, não tem mais vagas. Estamos falando de quase 2 mil crianças do ensino público que vão para as mostras”, destacou.

“Acho que todo brasileiro, em especial, os fazedores de cultura encaram um desafio muito grande quando a palavra é cinema, é arte. Esse ano, graças a Deus, parte do festival contou com a Lei Aldir Blanc, ainda não foi ele todo, mas teve um pouquinho de ajuda da prefeitura, tem alguns colaboradores amigos, poucos que podem ajudar, e na maior parte, neste momento, é investimento próprio da Escola Brasileira de Audiovisual, que está empregando do caixa próprio para fazer o festival acontecer, se consolidar e, com isso, gerar visibilidade e atrair investidores para as próximas edições”, explicou, elogiando o trabalho do artista plástico Fábio Gomes que decora o muro da EBAV.

“A gente tem o muro mais lindo de Xerém. Tem várias personalidades, uma pintura bem realista de um dos maiores artistas do mundo, o muralista Fábio Gomes. Temos ali artistas de cinema e da música, religiosos. A gente acredita muito na união de pessoas, mesmo as de credos diferentes. A gente vê a arte como instrumento de união e de transformação social”.

O público do Festival vai poder participar também da oficina “Atuação para Câmera”, ministrada pelo ator Vinícius de Oliveira, que atuou em Central do Brasil, Linha de Passe e Sintonia.

“A gente está promovendo também essa oportunidade das pessoas interagirem com o ator, que vive a mesma realidade de muitos. O Vinícius foi descoberto para o Central do Brasil, aos 11 anos de idade, pelo Walter Salles, se oferecendo a engraxar os sapatos do Walter. Um ano depois, esse menino da Maré estava em Hollywood concorrendo ao Oscar. É uma referência que a gente tem que promover e as pessoas saberem disso e falarem ‘pôxa eu também posso’”, concluiu.

Na visão do ator Antônio Pitanga, o evento dá visibilidade aos artistas locais.

Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 - Antônio Pitanga ator homenageado no Festival Xerém. Foto: Aderi Costa/Divulgação
Antônio Pitanga

“Realizar um festival em Xerém é muito importante fazer com que os olhos da cinematografia brasileira esteja em Xerém, fazer com que as pessoas a partir do festival, o turismo, a visitação, a importância de ser discutido na Baixada um dos festivais que pode se tornar um dos mais importantes do Rio de Janeiro, quiçá, do Brasil. Axé. Tem o meu apoio. Viva Xerém!", analisou.

Para Louiz Costa da Silva, que é filho de Zeca Pagodinho, a realização do festival em Xerém é uma forma de democratizar o acesso ao cinema e à cultura.

“Xerém é um distrito de Duque de Caxias é um bairro muito isolado, isolado até do centro de Caxias, onde tem salas de cinema. Para uma criança e um morador de Xerém ter acesso ao cinema é muito custoso ter que ir ao centro do município. A gente levar um pouco de cinema para lá já é um alento bacana”, disse.

O presidente vê representatividade também para a Baixada Fluminense ter um festival desse porte.

“A galera e muitos valores nossos que estão produzindo conteúdo audiovisual sabe que vai ter um espaço para poder mostrar o seu trabalho, um espaço que abre as portas para produções da Baixada. É uma evolução muito importante e começa a dar horizonte para as pessoas que sabem que podem começar a produzir e vão ter um festival, vai ter gente assistindo”, completou.

Cinema em Xerém

O diretor-geral do Festival, Sérgio Assis, revelou que o festival é resultado de um projeto de inclusão ao cinema que é o Cinema Leva Eu que começou após a pandemia e mudou a realidade de centenas de pessoas que já fizeram parte das atividades e hoje estão no mercado de trabalho.

“Hoje o festival se faz importante para que cineastas novos tenham oportunidade de mostrar os seus trabalhos porque é uma dificuldade enorme essa pessoa ser vista. No festival têm a oportunidade de trocar com outros realizadores e produtores, realizando network, porque a gente faz questão de levar para o festival pessoas que são da área, pessoas que levam filmes e a parte técnica de cada projeto e se aproximam até para prospectar novos negócios juntos”.

Segundo Sérgio Assis, o festival tem mudado a realidade de Xerém na área do audiovisual. É comum agora ver movimento com câmeras por lá com o pessoal fazendo documentário e exibição dos trabalhos, sendo na maioria alunos da EBAV.

“A gente está vendo isso na prática. Hoje temos alunos em emissoras de televisão, em produtoras, alunos que montaram as suas produtoras e estão aprendendo a buscar recursos através das linhas de incentivo. Muitos foram contemplados, tanto na Paulo Gustavo como na Aldir Blanc, literalmente gerando esse efeito de contaminar as pessoas a fazerem cinema. Está sendo muito legal mesmo”.

Programação completa:

Quinta 5/6

08h - Mostrinha Infantil de Longas - Sessão 1
14h - Mostrinha Infantil de Longas - Sessão 2
18h - Abertura do Festival
19h - Honras ao homenageado
19h30 - Mostra Homenageado de Longas

Sexta 6/6

08h - Mostrinha Infantil de Longas - Sessão 1
14h - Mostrinha Infantil de Longas - Sessão 2
18h - Mostra Competitiva Nacional de Curtas
20h - Mostra Competitiva Baixada de Curtas

Sábado –7/6

13h às 17h - Oficina de atuação para câmera com Vinícius de Oliveira
16h - Mostra Competitiva Nacional Gospel Curtas
19h - Premiação
21h – Encerramento

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ), 18/08/2024 - Candidatos chegam para as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), na Unisuam, zona norte da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Fundação Getulio Vargas (FGV) será a banca organizadora da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2), que irá oferecer 3.652 vagas em 36 órgãos do poder Executivo federal.  

No processo seletivo, a FGV será responsável pelo planejamento, organização, realização, processamento e resultado final para homologação do segundo CPNU, assim como toda e qualquer logística necessária à execução dos serviços, sob a coordenação geral do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). 

Em abril deste ano, o Ministério da Gestão convocou as bancas interessadas na organização do certame. No modelo de chamamento público, com dispensa de licitação, as empresas apresentam suas ofertas ao Poder Público. O formato foi o mesmo adotado na primeira edição do concurso unificado, quando a banca responsável escolhida foi a Fundação Cesgranrio.

Edital

Após a escolha da banca examinadora, o Ministério da Gestão prevê que o edital do CNU 2025 será publicado em julho.

Diferentemente do primeiro CNU, esta edição será regida por um único edital que orientará a parte comum do certame. De acordo com informação adiantada pela pasta, os detalhes de cada um dos nove blocos temáticos serão publicados em nove anexos do edital único, cada um deles direcionado às respectivas carreiras.

Assim como na primeira edição, os candidatos poderão se inscrever para mais de um cargo dentro do mesmo bloco, definindo sua ordem de preferência.

Cronograma

A previsão de abertura do período de inscrições é o fim de julho. Portanto, ainda não podem ser cobradas taxas de inscrições.

As provas serão aplicadas em duas datas em 228 municípios de todas as regiões do país, como na primeira edição, em outubro e dezembro deste ano. Somente participarão da última etapa os candidatos aprovados na primeira.

O resultado final com os nomes dos aprovados será conhecido em fevereiro de 2026.

Calendário preliminar do CPNU 2025:

  • Edital e inscrições: julho;
  • Prova objetiva: 5 de outubro;
  • Prova discursiva (2ª fase): 7 de dezembro;
  • Resultado final: fevereiro de 2026.

Confira, aqui, os órgãos que ofertam vagas nesta nova edição.  

Para ter acesso às informações oficiais sobre o CNU 2025, acesse o site criado pelo Ministério da Gestão.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 04/06/2025 - Prêmio Criativos da Escola. Projeto Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações. Foto: Vivian Sousa/Divulgação

Nessa quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, seis projetos desenvolvidos por jovens de todos os biomas brasileiros ganharam destaque por apresentarem propostas que aliam conservação e soluções ambientais à valorização do conhecimento das populações tradicionais.

As iniciativas venceram o Prêmio Criativos da Escola + Natureza, promovido pelo Instituto Alana, para encorajar crianças e adolescentes a transformar suas realidades, por meio do incentivo ao protagonismo.

“A gente hoje já sabe que crianças e adolescentes são a população no mundo mais impactada pelas questões climáticas e das desigualdades raciais, mas nem sempre essa população é considerada nas soluções dos problemas. Ou mesmo escutada em relação ao que as afeta, ao que as aflige”, destaca Ana Cláudia Leite, especialista em educação e culturas infantis do Instituto Alana.

Os estudantes dos ensinos fundamental e médio e seus educadores serão premiados com uma jornada formativa on-line que, ao término, os levará até Belém (PA), em novembro, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Segundo Ana Cláudia, a ideia é que essa jornada possibilite a troca entre as comunidades escolares e seus territórios, além de permitir que os projetos sejam aprimorados tecnicamente e ganhem visibilidade, com mais impacto social.

“Serão conteúdos, pessoas, experiências que possam ampliar a possibilidade de atuação desses jovens nos seus territórios e de fortalecer esse projeto, para que ele possa ganhar, escala, incidir no entorno da escola, ter mais diálogo, mais parceiros, seja iniciativa privada, seja com Poder Público ou terceiro setor”.

A premiação também inclui um incentivo financeiro de R$ 12 mil para cada equipe, sendo R$ 10 mil para os estudantes e R$ 2 mil para o educador ou adulto responsável. Os premiados foram escolhidos entre quase 1,6 mil projetos de 738 municípios de todo o país.

“A gente tem projetos que são de regiões quilombolas, de comunidade que é atrelada à comunidade indígena, ou de região onde há várias comunidades indígenas muito próxima à escola. Tem projetos em regiões densas, urbanas. São diversos não só em relação ao que propuseram, de como promovem transformações na socialidade, mas também são estudantes com histórias de vidas diferentes”, explica a especialista.

Biomas

Na Caatinga do município pernambucano de Carnaíba, por exemplo, os estudantes da Escola Técnica Estadual Paulo Freire desenvolveram um filtro de baixo custo, feito com cascas de pinha e carvão ativado, capaz de reduzir a toxicidade da manipueira, resíduo da produção de farinha de mandioca, com alto potencial poluente.

“As alunas que moram na comunidade do Quilombo do Caruá perceberam que as casas de farinha, locais de uma importância inquestionável como fonte de renda da comunidade e símbolo de resistência, também estavam descartando muitos resíduos ao redor da produção. Então, propuseram uma solução à problemática observada”, explica o professor responsável pela equipe, Gustavo Bezerra.

Foi também em busca de solução para o desperdício de água no Cerrado que a equipe de estudantes do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, no município de Codó, desenvolveu um sistema autônomo de reaproveitamento capaz de coletar a água que seria desperdiçada em bebedouros e torneiras, filtrar e disponibilizar para uso não potável, como nos vasos sanitários.

“Eles fizeram todo um protótipo, a simulação de um sistema com encanação, barris, a parte robotizada. Eles queriam que o sistema fosse todo automatizado e que tivesse um fim sustentável, que se autoprogramasse para poder evitar mais ainda o desperdício e a dependência humana. Tudo eles que fizeram, sem nenhum engenheiro. Eles foram os próprios engenheiros”, relembra a professora Vivian Sousa.

Enquanto no Cerrado a solução veio pela engenharia, no Pantanal, os estudantes da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon, no município de Corumbá, buscaram na arte o caminho para enfrentar as constantes queimadas.

Após um trabalho de pesquisa sobre como a população que vive na área rural pode contribuir para diminuir as queimadas, os estudantes desenvolveram uma peça teatral instrutiva para mobilizar a comunidade por meio da cultura.

“Muitos aqui são filhos de agricultores, são filhos de pais que cuidam de gado. Então, aqui tem sempre incidências de queimadas. É quando surgem as dúvidas sobre para quem ligar ou a quem recorrer. Eles não sabiam o que fazer quando ocorrem esses eventos e falavam que faltava informação e, até então, ninguém sabia. Através do projeto, eles começaram a tirar essas dúvidas”, conta a professora Stella de Souza.

O projeto deu tão certo, que estudantes e professores já estão mobilizados para ampliar tanto o alcance, quanto o formato em que o conteúdo é apresentado.

“A gente pretende criar livros com a autoria deles, histórias em quadrinhos. A gente também está tentando alinhar o conteúdo com o conteúdo de outras matérias, para que a gente possa ampliar esse conceito e alcançar não somente os adultos, como também outras crianças”, diz Stella.

A inspiração na busca pelo equilíbrio com a natureza também teve origem em diferentes vivências. Na Amazônia, a proximidade com exemplos de sucesso das comunidades indígenas, levou os estudantes do Instituto de Educação do Amazonas, em Manaus, a desenvolverem um projeto de integração dos conhecimentos tradicionais ao currículo escolar.

A frase “Vocês, com o conhecimento de vocês, podem nos ajudar. E a gente, com o nosso conhecimento, podemos ajudar vocês”, dita por indígena do povo Tukano e ouvida pelos estudantes da professora Márcia Gomes em uma visita ao Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, ecoou profundamente. Após a experiência, a troca foi sendo ampliada e todos passaram por uma transformação, dentro e fora do ambiente escolar.

“Eu não sabia, naquela época, que eu tinha alunos indígenas na escola. Tempos depois, eu fui saber da mãe de uma dessas alunas, que ela tinha pedido para filha não falar que era indígena. Ela tinha medo da filha sofrer preconceito e de ser discriminada ou sofrer bullying como ela tinha sofrido”, conta Márcia.

A professora lembra que conforme o projeto foi avançando e novas trocas aconteceram, esses alunos começaram a falar mais desse conhecimento e ter orgulho de serem os guardiões da sabedoria de sustentar a vida sem degradar a natureza.

"Quando eu via esses meninos, agora, podendo dizer que eles eram indígenas, falando da cultura deles, falando como era a tradição deles, então, eu vi que o projeto tinha um algo a mais, que era justamente essa valorização. Não somente aprender com eles, mas essa serenidade e autovalorização”, destaca a professora.

No outro extremo do país, em Porto Alegre, esse conhecimento chegou pela leitura do Futuro Ancestral, de Ailton Krenak, que despertou em um grupo de estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire a vontade de estreitar vivência com a natureza.

E foi no parque logo ao lado, que perceberam esse local de conexão e o quanto, mesmo perto, toda a comunidade estava distante dessa natureza.

“Elas começaram a conversar sobre isso – a gente nunca foi ao parque, a gente podia ir, mas está sempre pegando fogo. Então, elas começaram a monitorar e as queimadas começaram a ser constantes naquele período, a partir da leitura do livro. E aí uma delas disse: 'a gente podia fazer um projeto disso'.”, lembra a professora Maria Gabriela Souza.

A partir daí foram criadas uma série de atividades educativas, artísticas e ambientais no Parque Saint-Hilaire, para conscientizar a comunidade sobre a importância de cuidar e se apropriar do território.

“Elas criaram contações de história, performances teatrais, construíram uma feira literária, utilizando literatura de autores indígenas e negros com Krenak e Antônio Bispo. Elas trabalharam bastante, criaram caixas pedagógicas. Foi um sucesso. E tudo isso movimentou a escola inteira”, diz a professora.

O conhecimento tradicional de marisqueiras e pescadores artesanais no município de Estância, em Sergipe, inspirou estudantes e professores do Instituto Federal de Sergipe de Estância (SE) a encontrar um modelo de educação ambiental para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, presente nas restingas e manguezais.

O projeto do Instituto Federal de Sergipe reúne em diversas práticas – como produção de documentário, sinalização de trilhas ecológicas e identificação de fauna e flora –, comunidade tradicional, estudantes e professores em experiências imersivas no bioma.

“A gente então tem uma trilha guiada por marisqueiras e jovens estudantes; um pedal da sustentabilidade, onde uma das estudantes pedalou com a avó. Então, a gente busca muito essa inserção social, além do IEF, além das escolas parceiras que a gente atua. Junto com a própria comunidade e, principalmente, a força que tem a família dentro desse engajamento para envolver e sentir”, descreve a professora Márcia Santos.

Segundo a educadora, as ações promovidas pelo projeto também são capazes de estimular o protagonismo infantojuvenil.

“Eles participaram ativamente, em conjunto, dentro desse processo formativo, porque eles também formam. Então, a ideia é que o jovem consiga propagar esse envolvimento em educação ambiental. Para que outros jovens da comunidade consigam também entender, conhecer e se envolver com a temática”, diz.

Prêmio

Criado em 2015, o Prêmio Criativos da Escola é promovido pelo Instituto Alana, uma instituição sem fins lucrativos que atua na promoção dos direitos das crianças e adolescentes.

O objetivo é encorajar crianças e adolescentes a transformar suas realidades e fortalecer o protagonismo infantojuvenil, a partir da metodologia Design for Change (Projeto para Mudança, em tradução livre), desenvolvida pela educadora indiana Kiran Bir Sethi.

Confira a lista completa dos vencedores por bioma:

  • Amazônia | Projeto:“O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, do Instituto de Educação do Amazonas, de Manaus (AM);
  • Cerrado | Projeto: “Protótipo de Sistema de Reuso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, em Codó (MA);
  • Caatinga | Projeto:“Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, de Carnaíba (PE);
  • Mata Atlântica | Projeto:”Ecotech”, do Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE);
  • Pampa | Projeto:“Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire, em Porto Alegre (RS);
  • Pantanal | Projeto:“Queimadas no Pantanal”, da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon - Extensão Nazaré, em Corumbá (MS).

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 05/11/2023 - Estudantes e pais na Universidade Paulista no bairro do Paraiso . 
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nessa terça-feira (3), que o Brasil ainda tem poucas mulheres, pessoas negras e indígenas em cargos públicos, ao sancionar o Projeto de Lei 1.958/2021, que aumenta para 30% as vagas de concursos públicos para pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas.

"É importante ter clareza disso, de permitir que esse país um dia possa ter uma sociedade com a cara da própria sociedade nas repartições públicas brasileiras. No Ministério Público, no Itamaraty, na Procuradoria Geral, na Fazenda, na Receita. Em tudo quanto é lugar, é preciso que tenha a cara da sociedade. E ainda nós temos poucas mulheres, ainda, nós temos poucos negros, ainda nós temos quase que nenhum indígena", afirmou durante evento que marcou a sanção do projeto, que havia sido aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado

Pela proposta, agora convertida em lei, a reserva das vagas será ofertada nos concursos públicos para cargos efetivos da administração pública federal direta e indireta, das fundações e empresas públicas, além das empresas privadas que têm vínculo com a União. 

A cota também valerá para contratações temporárias. O percentual incidirá sobre o número total de vagas previstas nos editais dos processos seletivos.

As pessoas pretas e pardas, indígenas e quilombolas optantes pela reserva de vagas concorrerão concomitantemente às vagas destinadas à ampla concorrência. O texto determina que, na hipótese de indeferimento da autodeclaração no procedimento de confirmação, as pessoas poderão prosseguir no concurso público ou no processo seletivo simplificado pela ampla concorrência, desde que possuam, em cada fase anterior do certame, conceito ou pontuação suficiente para as fases seguintes.

Segundo a lei, a nomeação dos candidatos aprovados e classificados observará os critérios de alternância e proporcionalidade, considerada a relação entre o número total de vagas e o número de vagas reservado a pessoas pretas e pardas, indígenas e quilombolas e a outros grupos previstos na legislação.

Atualização

A nova lei de cotas substitui a lei anterior, que vigorava desde 2014 e tinha prazo de vigência de 10 anos, que expirou no ano passado. 

"Desde que chegamos no governo, discutíamos essa revisão, vendo o que tinha dado errado na lei anterior para melhorar", explicou a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. 

Um dos pontos centrais do debate foi a previsão de realização das chamadas bancas de confirmação da autodeclaração de pessoas negras, como forma de evitar fraudes.

"Uma das nossas maiores batalhas lá foi justamente garantir que nós tivéssemos os comitês de confirmação da autodeclaração. Eles usavam isso contra nós dizendo que muitas pessoas se autodeclaravam negras e não eram, mas foram frontalmente contrários à instituição do comitê alegando que era um tribunal racial que se estava instalando, mas isso é muito importante porque dá mais dá mais garantias de que o processo é absolutamente cristalino", argumentou o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado.

Pela lei, serão consideradas pessoas negras aquelas que assim se autodeclararem e apresentarem características que possibilitem seu reconhecimento social como negras. Os editais dos concursos deverão prever processos de confirmação complementar à autodeclaração, observando diretrizes como a padronização de regras em todo o país, a participação de especialistas, o uso de critérios que considerem as características regionais, a garantia de recurso e a exigência de decisão unânime para que o colegiado responsável pela confirmação conclua por atribuição identitária diferente da declaração do candidato.

A lei também inclui uma nova reavaliação da política daqui a uma década.

Representatividade

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também destacou o fato de a nova lei reconhecer indígenas e quilombolas como categorias autônomas no percentual de vagas reservadas.

"Dessa vez, a lei reconhece indígenas e quilombolas como grupos específicos e autônomos dentro das políticas afirmativas. E esse reconhecimento vai muito além do simbolismo. Ele representa uma mudança concreta na estrutura do serviço público brasileiro. Esta lei caminha na direção do que chamamos de aldear o estado ou aquilombar o estado", disse a ministra.

"Mais um dia que entra para a história. Um dia em que o Estado brasileiro reconhece de forma concreta os direitos dos povos indígenas, quilombolas e da população negra, de ocuparem espaços que historicamente eles foram negados", observou Guajajara.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 24/04/2024 O Ministério da Educação (MEC) promove evento para comemorar os 22 anos da promulgação da lei (Lei 10.436/2002) que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão dos surdos. A palestra magna, sobre o tema “Desafios atuais e perspectivas da Libras na sociedade e na educação”, foi apresentada por Francielle Cantarelli e sua filha Fiorella, ambas surdas. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta segunda-feira (2), o edital do Exame Nacional do Ensino Médio de 2025 (Enem) em Língua Brasileira de Sinais (Libras) com todas as regras e prazos.

A iniciativa é voltada a pessoas com deficiência auditiva ou surdez. O vídeo de 2 horas e 6 minutos com o conteúdo completo do edital pode ser conferido no canal do Inep no YouTube.

Atendimento especializado

Os participantes do Enem de 2025 que precisam de atendimento especializado nos dois dias de provas devem fazer a solicitação no momento da inscrição, que se encerra na sexta-feira (6).

O atendimento especializado tem o objetivo de garantir igualdade de oportunidades para todos os participantes com deficiências e transtornos, bem como gestantes e lactantes.

Para o atendimento especializado é necessário enviar a documentação que comprove a condição ou necessidade que motiva o pedido.

Entre os documentos, deve ser anexado o laudo médico válido, legível e com nome completo do candidato. Toda a documentação deve ser enviada por meio da Página do Participante, no site do Inep, no formato PDF, PNG ou JPG e ter no máximo 2MB.

Inscrições

As inscrições para o Enem 2025 estão abertas até as 23h59 desta sexta-feira e devem ser feitas na Página do Participante. Os estudantes concluintes do terceiro ano deste ano, na rede pública de ensino, precisam confirmar a inscrição e escolher a opção de língua estrangeira inglês ou espanhol para a prova em novembro.

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 22/05/2025 - Ministério da Educação (MEC) lança a campanha de divulgação das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Foto: MEC/Divulgação

Os interessados em ter o tratamento pelo nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 devem assinalar a opção no ato de inscrição até as 23h59, horário de Brasília, de sexta-feira (6).

O direito de tratamento pelo nome social é destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente conforme sua identidade de gênero e está garantido pelo Decreto nº 8.727/2016.

O nome social será apresentado em todos os documentos e materiais administrativos do Enem, como no cartão de confirmação de inscrição e nas provas.

Desde 2014, a organização do Enem autoriza o uso do nome social por candidatos travestis, transexuais ou transgêneros.

Inscrições

A opção de tratamento pelo nome social deverá ser marcada na Página do Participante do Enem, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha do portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

edital do exame explica que tratamento por nome social será igual aos dados cadastrados na Receita Federal. Para não inviabilizar a correspondência entre as informações, antes de fazer a inscrição, o participante deverá verificar a correspondência dessas informações pessoais e, se for o caso, atualizá-las na Receita Federal.

O nome social não poderá ser alterado no sistema de inscrição. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alerta que antes de fazer a solicitação, o participante deverá verificar se o nome social é correspondente ao cadastrado na Receita Federal. 

Vale lembrar que a alteração do nome social cadastrado na Receita Federal após o período de inscrição não refletirá nos materiais da aplicação do Enem 2025, que serão impressos com o nome informado no ato da inscrição.

A visualização da alteração estará disponível na Página do Participante somente após a divulgação dos resultados.

Não será aceita solicitação de tratamento pelo nome social fora do sistema e do período de inscrição.

O Inep, órgão responsável pelo Enem, pode, a qualquer tempo, solicitar documentos comprobatórios da condição que levou o candidato a pedir o uso do nome social.

Dúvidas

A taxa de inscrição do Enem 2025, no valor de R$ 85, deve ser paga até 11 de junho.

O Inep aplicará as provas em 9 e 16 de novembro, em todas as 27 unidades da federação.

O portal do Inep conta com um site com perguntas mais frequentes e as respectivas respostas, com  as principais orientações para os participantes do Enem. 

(Fonte: Agência Brasil)

Canoas (RS), 21/06/2024 - A professora Suelem Furlanetto dentro de sala de aula na Escola Municipal Rio Grande do Sul, após enchente que atingiu toda a escola. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Mais de 18,6 milhões de estudantes de todas as regiões do Brasil participam, nesta terça-feira (3), da primeira fase da 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a competição celebra mais de duas décadas de história batendo recorde: 57.222 escolas de 5.566 municípios vão participar, o que representa 99,93% de cobertura nacional – o maior número já registrado desde sua criação, em 2005.

 “A OBMEP alcança os 20 anos de existência plenamente consolidada como um dos principais eventos do nosso calendário escolar, presente na quase totalidade dos municípios brasileiros,” disse o diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana.

Nesta primeira fase, as provas serão aplicadas e corrigidas pelas próprias escolas, conforme regulamento. O estudante terá 2h30 minutos para resolver 20 questões objetivas do exame, preparado em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). O regulamento da olimpíada está disponível no site

A relação dos candidatos aprovados para a segunda fase será divulgada em 1º de agosto no site da Olimpíada. A etapa final da competição será realizada em 25 de outubro nos locais previamente informados pela OBMEP.

Premiação e bolsa

A OBMEP distribuirá 8.450 medalhas nacionais — 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze — além de 51 mil certificados de menção honrosa. Para incentivar ainda mais a participação dos estudantes, a competição premiará também os melhores desempenhos estaduais, com a entrega de pelo menos 20,5 mil medalhas.

Estudantes de escolas públicas que conquistarem medalhas nacionais ainda ganham o direito de participar do PIC (Programa de Iniciação Científica Júnior), que oferece aulas de aprofundamento em matemática e uma bolsa de R$ 300 paga pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Neste ano, os 969 professores premiados vão ganhar, além do diploma e do livro de apoio, uma medalha de ouro especial. Os docentes que se destacarem na competição científica vão concorrer ainda a oito viagens: seis para a Cerimônia Nacional de Premiação da OBMEP 2026 e duas para o Encontro do Hotel de Hilbert, quando alunos que se destacaram no PIC recebem aulas avançadas de matemática.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira divulgou o edital de duas modalidades do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) deste ano.

O edital trata do Encceja destinado a brasileiros residentes no exterior e, também, da versão para pessoas submetidas a Penas Privativas de Liberdade (PPL) em países estrangeiros (Encceja Exterior PPL).

O Encceja é uma oportunidade para jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade apropriada obterem a certificação do ensino fundamental e médio. A participação é voluntária e gratuita.

Inscrições

O período de inscrições para ambos os exames será de 16 a 27 de junho. O prazo vale também para os pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social.

Os procedimentos devem ser realizados por meio do Sistema Encceja Exterior, no caso do exame regular. Para pessoas privadas de liberdade, as inscrições devem ser feitas no Sistema PPL, pelo responsável no Consulado-Geral do Brasil.

Provas

A versão do Encceja regular no exterior será aplicada em 28 de setembro. E as provas para pessoas privadas de liberdade ocorrerão de 29 de setembro a 3 de outubro. 

A aplicação será realizada pelo Inep em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com as respectivas representações diplomáticas do Brasil nos países em que haverá provas.

O Encceja Exterior 2025 terá provas nas seguintes cidades: Frankfurt (Alemanha); Bruxelas (Bélgica); Barcelona e Madri (Espanha); Boston, Miami e Nova Iorque (Estados Unidos); Paris (França); Amsterdã (Holanda); Roma (Itália); Hamamatsu, Nagoia e Tóquio (Japão); Lisboa (Portugal); Genebra (Suíça); e Paramaribo (Suriname).

Com relação ao Encceja Exterior PPL 2025, as provas serão aplicadas em unidades prisionais das cidades japonesas de Nagoia e Tóquio; e na capital da Espanha, Madri.

As provas avaliam competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar. A divulgação dos resultados dos dois exames ocorrerá em 15 de dezembro.

Encceja

Desde 2002, o Encceja possibilita a retomada da trajetória escolar por jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade regular para cada nível de ensino: no mínimo 15 anos completos para o ensino fundamental e, no mínimo, 18 anos completos para o ensino médio na data do Exame.

Há quatro tipos de aplicação do Encceja, cada uma com público-alvo e cronograma específicos:

  • Encceja Nacional: para residentes no Brasil.
  • Encceja Nacional PPL: para residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas.
  • Encceja Exterior: para brasileiros residentes no exterior.
  • Encceja Exterior PPL: para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas.

O Encceja ainda orienta o poder público sobre a implementação de políticas para a melhoria da qualidade na oferta da educação de jovens e adultos e contribui para o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre o sistema educacional brasileiro.

(Fonte: Agência Brasil)