Skip to content

A semana será de disputas intensas no Amazônia Open de Beach Tennis, maior torneio da modalidade do Norte do Brasil e que integra o calendário oficial da Federação Internacional de Tênis (ITF). E quem está confirmado na competição é o jovem Augusto Neto, um dos principais talentos do beach tênis no Maranhão. O maranhense, que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Mateus Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, além dos apoios da Maniacs, da Adidas e do ODT Beach, chega ao Amazônia Open buscando um título inédito. 

Até sábado (8), a cidade de Tucuruí (PA) vai sediar o Amazônia Open de Beach Tennis e receberá grandes nomes da modalidade. Ao longo da semana, Augusto Neto vai disputar dois torneios nesta etapa do World Tour: o BT50 e o BT400, esse último considerado um dos mais importantes do circuito. 

Vale lembrar que o atleta maranhense chega ao Amazônia Open em grande fase na temporada. No início do ano, Augusto Neto faturou dois títulos e dois vice-campeonatos em três etapas do Circuito Nacional Infantojuvenil de Beach Tennis, realizadas entre os dias 23 e 31 de janeiro: a Copa São Paulo e as etapas de Ribeirão Preto e Casa Branca. Antes, já havia sido campeão da categoria Open no torneio promovido pelo Studio Mormaii Península, em São Luís. 

Já no mês de maio, Augusto Neto foi bem na etapa do World Tour BT200, realizada no Rio de Janeiro. O maranhense não chegou às finais da chave principal, mas deixou boa impressão após ser eliminado pelo ex-número 1 do mundo, Vini Font, em jogo duríssimo. 

Resultados expressivos

Em 2023, Augusto Neto teve resultados expressivos no cenário estadual, nacional e internacional do beach tennis. O maranhense precisou de apenas 10 torneios para colocar seu nome entre os 500 melhores atletas de beach tennis no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF). 

Em novembro, Augusto Neto conquistou um título e um vice-campeonato em dois torneios BT10 da ITF Niterói, onde competiu junto com o catarinense Gui Lima, além de chegar às oitavas de final do BT50 no evento niteroiense. No mesmo mês, o maranhense foi campeão, também ao lado de Gui Lima, da categoria de Duplas Masculinas do BT10 – Open de Beach Tennis, evento realizado em Belo Horizonte. Com essa conquista, Augusto se tornou o primeiro beachtenista do Maranhão a chegar ao lugar mais alto do pódio em um torneio da ITF. 

Augusto Neto também se destacou nas etapas do Circuito Nacional de Beach Tennis, realizadas no interior de São Paulo. Em Valinhos, o maranhense sagrou-se campeão nas Duplas Mistas Sub-16 e foi 3º colocado na disputas das Simples Sub-16. Já em Campinas, Augusto foi campeão na Simples Sub-16 e 3º colocado nas Duplas Masculinas Sub-16. 

Já na etapa de Ribeirão Preto do Circuito Nacional de Beach Tennis, Augusto Neto subiu ao pódio em três oportunidades. Além de faturar o título nas Duplas Masculinas Sub-16, Augusto ficou em terceiro lugar nas Duplas Mistas Sub-16 e Simples Sub-16. A nível estadual, o jovem atleta venceu as duas primeiras etapas do Maranhense de Beach Tennis. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Investir na capacitação do profissional e acadêmicos de Educação Física: esse é um dos objetivos do Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA). Para isso, cada vez mais o Cref21/MA tem promovido cursos de formação em diversas cidades maranhenses. No fim de maio, Colinas e Santa Quitéria receberam dois importantes cursos: um voltado para futsal e outro para atletismo. As duas atividades integram o programa Cref Itinerante, que visa levar ações do Conselho para todas as regiões do Estado. 

“Somos um Conselho dos 227 municípios e, logicamente, a gente não pode centrar nossas ações somente em São Luís. Em virtude disso, criamos o Cref Itinerante e levarmos ações como essa para os diversos municípios do nosso Estado. Neste ano, temos uma programação bastante vasta para que a gente comece a levar também, para os colegas que moram no interior do Estado, essa possibilidade de discutir, de conversar sobre aquele tema que, para aquela região, é importante”, afirmou Sandow Feques, presidente do Cref21/MA. 

Em Colinas, o Curso de Atualização e Capacitação em Futsal foi ministrado, nos dias 30 e 31 de maio, pelo professor Márcio Cunha. Profissionais de Educação Física do município e de toda a região tiveram a oportunidade de aprender o que há de mais atual dentro dessa área. O desenvolvimento metodológico do futsal, a iniciação da criança no futsal e estratégias de treinamento foram algumas das temáticas abordadas durante o curso.

“O curso foi muito produtivo e de enorme valia para os que fizeram. Conteúdos teóricos e práticos foram abordados, metodologias como estratégias para os profissionais que atuam no futsal. Houve muita troca de conhecimentos, pois abordamos dentro da realidade local”, explicou o professor Márcio Cunha. 

Já em Santa Quitéria, o refF21/MA realizou, entre os dias 24 e 26 de maio, o segundo módulo do Curso de Formação de Atletismo na Escola, que esteve sob o comando dos professores Arcelino Martins e Jouberth Cardozo. Ao capacitar o profissional de Educação Física, a iniciativa visa ampliar a prática do atletismo nas escolas, incluindo o esporte, cada vez mais nas aulas das turmas de ensinos fundamental e médio. 

“O Cref21 vem realizando, ao longo do ano, vários cursos, dentre eles o de iniciação ao atletismo. Desta vez, o curso ocorreu em Santa Quitéria, com a participação de todos os profissionais de Educação Física da cidade. Esses cursos são de suma importância e conseguem estreitar esses laços entre o profissional de Educação Física e o Cref21. Esses cursos são fundamentais porque o profissional de Educação Física precisa estar sempre se atualizando”, comentou o professor Jouberth Cardozo. 

Cref Itinerante

O Cref Itinerante é um programa desenvolvido pelo Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) com a proposta de aproximar Conselho dos profissionais de Educação Física do Maranhão. Dentro do programa, o Cref21/MA promove cursos de capacitação, palestras, encontros, dentre outras atividades. 

O projeto facilita, ainda, o acesso do profissional à confecção e renovação de Cédula de Identificação Profissional e Certificado, registro de Pessoa Física e Jurídica, negociação de pendências, recebimento de documentos diversos e esclarecimentos sobre a regulamentação da atividade profissional de Educação Física. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Brasília-DF, 12.11.2023, Candidatos chegam para fazer a segunda etapa da prova do Enem 2023, na UNIP em Brasília.  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Terminam, na próxima sexta-feira (7), as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Interessados devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta Gov.br. O prazo também vale para pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

A taxa de inscrição custa R$ 85 e pode ser paga por boleto, pix, cartão de crédito e débito em conta-corrente ou poupança até o dia 12 de junho. Os resultados de recursos sobre isenção da taxa foram divulgados no último dia 24, assim como de recursos que tratam das justificativas de ausência no Enem 2023 para candidatos que estavam isentos da taxa.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, em razão da situação de calamidade pública provocada pelas enchentes, a população terá um prazo extra para se inscrever no exame. Um calendário estendido ainda será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Moradores de municípios gaúchos têm isenção da taxa de inscrição.

O exame

Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame é considerado como a principal porta de entrada para a educação superior no país.

Os resultados da prova podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni), além de serem aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.

Estudantes que não concluíram o ensino médio podem participar do Enem na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.

(Fonte: Agência Brasil)

Foram prorrogadas até a próxima sexta-feira (7/6), às 16h, as inscrições para o concurso público do  Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), regido pelo Edital 1/2024, para o provimento de cargos efetivos de servidores e à formação de cadastro de reserva do quadro de pessoal do Poder Judiciário do Estado do Maranhão

As inscrições podem ser realizadas até as 16h do dia 7 de junho de 2024 (sexta-feira), observado o horário oficial de Brasília (DF), no endereço eletrônico www.institutoconsulplan.org.br . 

Após a data, não será mais possível acessar o Formulário de Solicitação de Inscrição. O boleto bancário para pagamento da taxa de inscrição poderá ser impresso até as 20h do dia 7 de junho de 2024 (sexta-feira), sendo o pagamento efetuado no mesmo dia, impreterivelmente.

Por consequência da prorrogação das inscrições, ficam igualmente prorrogados, também para o dia 7 de junho de 2024, os prazos previstos nos subitens 5.2.3, 5.2.4, 8.4, 11.1, 11.7, 11.7.1 e 17.5.3 do Edital nº 001/2024.

Provas

As provas objetivas e discursivas, para todos os cargos, ambas de caráter eliminatório e classificatório, serão aplicadas nos municípios de São Luís, Imperatriz e Caxias. 

As provas para os cargos de Analista, Técnico Judiciário – Técnico em Contabilidade e Técnico Judiciário – Técnico em Informática – Software serão realizadas no dia 14 de julho, e as provas para o cargo de Técnico-Administrativo, no dia 21 de julho. 

PÁGINA DO CONCURSO

EDITAL 1/2004 - PROVIMENTO DE CARGOS EFETIVOS E CADASTRO DE RESERVA

Edital EDT-GP-352024 - RETIFICAÇÃO I

(Fonte: TJ-MA)

Revelação do esporte maranhense, a nadadora Sofia Duailibe teve um desempenho de alto nível na sexta etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, evento organizado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e realizado entre sexta-feira (31/5) e domingo (2/6), em Fortaleza (CE). Sofia, que é atleta da DM Aquatic e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, faturou três medalhas de ouro e uma medalha de bronze na disputa de três provas da competição nacional.

A melhor performance de Sofia Duailibe na sexta etapa da Copa Brasil ocorreu na prova de 1,5km, onde conquistou o ouro na categoria Infantil 2 Feminino e garantiu o bronze na categoria Geral Feminino, que reuniu atletas de todas as faixas etárias. Além disso, a nadadora maranhense levou o ouro da categoria Infantil 2 Feminino nas disputas de 2,5km e 5km.

Com as quatro medalhas obtidas em Fortaleza, Sofia Duailibe amplia a sua coleção de conquistas nas etapas da Copa Brasil de Águas Abertas. No início de maio, a atleta da DM Aquatic disputou a prova dos 2,5km da Copa Brasil, em Itajaí (SC), e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e faturando a medalha de bronze na categoria Geral Feminino.

Já no fim de março, Sofia Duailibe foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km da segunda etapa da Copa Brasil, realizada em Maceió (AL). Além disso, a atleta maranhense faturou o primeiro lugar da categoria Infantil 2 na disputa dos 5km da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Águas Abertas.

Além de se destacar nas competições de águas abertas, Sofia Duailibe também acumula pódios nas piscinas. Sofia faturou a medalha de prata na prova dos 1.500m livre da Copa Nordeste – Troféu Sergio Silva, competição realizada em maio, em Fortaleza, e conquistou três ouros nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre do Troféu João Victor Caldas, disputado em abril, em São Luís.

Outros resultados

Sofia Duailibe conquistou vários títulos em provas de águas abertas durante o ano de 2023. A nadadora maranhense superou a marca de 20 pódios em etapas da Copa Brasil de Águas Abertas, com destaque para a conquista de 16 medalhas de ouro, além de ter sido campeã do Desafio do Cassó e da Copa São Luís.

Também em 2023, Sofia Duailibe se destacou nas piscinas, sendo campeã nas disputas do Norte/Nordeste de Natação – Troféu Walter Figueiredo Silva, do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu João Vitor Caldas, da Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs).

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com o apoio do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

1ª Mostra Ecofalante de Cinema Rio. Solo Comum. Jason Mamoa.  Foto:  1ª Mostra Ecofalante de Cinema Rio/Divulgação

O Rio de Janeiro receberá, na próxima quarta-feira (5), a primeira edição carioca da Mostra Ecofalante de Cinema. O evento começa no Dia Mundial do Meio Ambiente e vai até o dia 12, apresentando gratuitamente para o público 24 filmes de temática socioambiental.

Francisco Cesar Filho, um dos curadores do evento, disse à Agência Brasil que a ideia é que a edição carioca da mostra retorne, anualmente, às salas de cinema locais. A temática é sempre socioambiental.

Cesar Filho informou que parte dos filmes que serão exibidos é inédita no Brasil e só será vista em São Paulo no mês de agosto próximo, quando ocorrerá a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema. Na primeira edição da mostra carioca, a curadoria privilegiou mais filmes internacionais que brasileiros.

“[Filmes nacionais] têm mais chance de circular no Estado de outras maneiras”, disse. Já a grande maioria dos filmes estrangeiros dificilmente serão exibidos em outros festivais no Brasil, afirmou o curador. “A organização social Ecofalante mapeia durante o ano, no circuito internacional, quais os filmes de maior repercussão e maior qualidade que têm temáticas que dialoguem com as questões socioambientais. É uma seleção do que circulou de melhor na safra recente internacional”, acrescentou.

1ª Mostra Ecofalante de Cinema Rio. Solo Comum. Rosario Dawson.  Foto:  1ª Mostra Ecofalante de Cinema Rio/Divulgação

A sessão de abertura ocorre no dia 5, às 19h, na Estação Net Rio, com a exibição de “Food, Inc. 2”, continuação de “Food, Inc.” que, em 2008, causou furor ao alertar que as refeições diárias da humanidade têm profundas consequências éticas e ambientais. O filme conquistou o Emmy e foi indicado ao Oscar. Agora, “Food, Inc. 2”, de Robert Kenner e Melissa Robledo, revela que as corporações multinacionais aumentaram ainda mais sua influência, se especializaram no mercado de alimentos ultraprocessados e estão promovendo uma crise internacional de saúde.

A Mostra Ecofalante de Cinema Rio estará na Estação Net Rio, situada em Botafogo, zona sul da capital do Estado, e no Cine Arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, Região Metropolitana do Rio. A programação pode ser conferida aqui.

Vitrine sul-americana

Criada em 2012, a Mostra Ecofalante de Cinema é reconhecida como a mais importante vitrine sul-americana para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais. Além das exibições gratuitas dos filmes selecionados, o público poderá assistir também, na mostra do Rio, a debates com especialistas. Um deles ocorrerá após a apresentação do filme “TikTok Boom” (EUA, 2022, de Shalini Kantayya), que aborda a questão das redes sociais, reunindo a pró-reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ivana Bentes, e a pesquisadora Helena Strecker. O filme foi exibido nos festivais de Sundance, São Francisco, SXSW, CPH:DOX (Dinamarca) e de Zuriqueutro.

Outro debate será sobre restauração e regeneração de ecossistemas e ocorrerá após a apresentação do filme “Solo Comum”, longa-metragem que mostra como se pode ainda salvar a natureza já tão combalida no mundo. O longa foi premiado no Festival de Tribeca (EUA) e explora como a agricultura regenerativa pode ajudar a curar o solo, a nossa saúde e o planeta. A sessão está prevista para o dia 11, às 18h30, na Estação Net Rio, seguida do debate “Restauração e Regeneração dos Ecossistemas: O Que Está Sendo Feito no Brasil”. Participarão Luiz Fernando Duarte de Moraes, pesquisador do Embrapa; Renato Crouzeilles, diretor científico da MOMBAK; e Jerônimo Boelsums, professor do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Sessões especiais

Haverá, também, sessões especiais de filmes clássicos e de filmes brasileiros. Entre os nacionais, serão apresentados o média-metragem “Vida Sobre as Águas”, de Danielle Khoury Gregorio e Marcio Isensee e Sá, que celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia, revelando desde as casas sobre palafitas às moradias flutuantes. Ao término da sessão prevista para sábado (8), às 16h, na Estação Net Rio, haverá bate-papo com a equipe do filme. Já as mulheres indígenas do Rio Negro contam sua história no média “Rionegrinas”, dirigido por Fernanda Ligabue e Juliana Radler, destacando a trajetória de lutas e as conquistas dessas mulheres, além da criação do Departamento das Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIRN-FOIRN).

Outro destaque entre os filmes nacionais é o longa “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel. O filme acompanha a saga de Socorro, Jurailde e Bizza, moradoras da favela Sol Nascente, de Ceilânia (DF), encarregadas de preparar a alimentação das centenas de pessoas que chegaram a Brasília para assistir à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. As três lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Na sessão especial de clássicos, o público terá oportunidade de assistir à série “Tesouros do Lixo”, coprodução entre Senegal e a França de 1989, que reúne cinco filmes curtos do importante documentarista senegalês Samba Félix Ndiaye (1945-2009), chamado de “pai do documentário africano”. Os filmes foram restaurados em 2021.

Da América Latina, será exibido o filme “Amor, Mulheres e Flores”, de 1988, sobre as características sociais dos trabalhadores da plantação de flores. Os realizadores colombianos Jorge Silva (1941-1987) e Marta Rodríguez são referência no documentarismo latino-americano. Sua produção engajada teve início nos anos 1960 e conquistou reconhecimento internacional, tendo acumulado premiações em eventos importantes, como o Festival de Berlim. Na primeira Mostra Ecofalante de Cinema no Rio será exibida a versão restaurada em 4k desse filme clássico.

Educação

Há 13 anos, a organização social Ecofalante desenvolve várias atividades no campo do audiovisual voltadas para a área socioambiental. Uma delas é a plataforma Ecofalante Play de ‘streaming’ (distribuição de conteúdo multimídia por meio da internet) gratuita que reúne filmes brasileiros e internacionais que tratam de questões socioambientais e é voltada para educadores. “Porque a Ecofalante tem um pé muito forte na questão da educação”, disse Francisco Cesar Filho. A organização promove também o Circuito Ecofalante Universidades, programa de extensão educacional que engloba, atualmente, mais de 100 universidades do Brasil, promovendo projeções e debates sobre temas socioambientais.

(Fonte: Agência Brasil)



O cartunista Ziraldo será homenageado na programação do mês de junho da Fábrica de Cultura, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Autor de diversas obras infantis e criador de O Menino Maluquinho, o artista morreu em abril deste ano. Os eventos ocorrerão nas unidades da capital, Diadema e Osasco, gratuitamente.

A programação começou neste sábado (1º), às 10h, na Fábrica de Cultura Jardim São Luís, com a ação Grafite Arte Urbana: Viva Ziraldo. Os artistas Leche e Alore farão um mural original em homenagem ao cartunista, com alguns de seus personagens. Outra ação de grafite ocorre de 6 a 8 de junho, na unidade Jaçanã. A grafiteira e artista visual Caluz criará um painel com os principais personagens de Ziraldo.

No Capão Redondo, a atividade O humor como denúncia resgata as produções humorísticas de Ziraldo criadas durante o período da ditadura militar no país. Nessa oficina, que será realizada no dia 5, o público poderá criar os próprios cartuns relacionando às opressões dos dias atuais. O resultado será uma intervenção artística no formato de exposição.

No mesmo dia, na Fábrica de Cultura Osasco, ocorre a oficina de autorretrato inspirado na obra do cartunista. O público poderá conhecer obras como O Menino Maluquinho e a Turma do Pererê, para criar desenhos a partir do estilo do artista. Em Diadema, a oficina Universo de Ziraldo ensinará a fazer tirinhas ao estilo do cartunista no dia 11.

Já no dia 13, a unidade Brasilândia terá apresentação do espetáculo O Menino Maluquinho: Lisonjeiro ao Mestre, do grupo Trapiche Teatro. Na história, o criador de O Menino Maluquinho tenta trabalhar em seu ateliê em meio às brincadeiras dos netos, revisitando suas principais obras. Uma sessão de cinema com a exibição do filme O Menino Maluquinho (1995) será realizada na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, no dia 25.

E de 4 a 13 de junho, diferentes fábricas de Cultura terão a atividade Sucatinha: um menino maluquinho sustentável. Na atividade, haverá a criação de robôs-luminárias, a partir de resíduos, inspirados no personagem. Entre os dias 21 e 28 de junho, o público poderá participar da contação de histórias As cores de Ziraldo, relembrando personagens criados por ele.

A programação completa está disponível no site da Fábrica de Cultura

(Fonte: Agência Brasil)

– Lamentavelmente, hoje muitos jornalistas seguem uma inadequada ordem alfabética: o “D” de dinheiro antes do “V” da verdade, o “C” da conveniência antes do “F” dos fatos.

**

“O primeiro dever do homem em sociedade é ser útil aos membros dela; e cada um deve, segundo as suas forças físicas, ou morais, administrar, em benefício da mesma, os conhecimentos, ou talentos, que a natureza, a arte, ou a educação lhe prestou. O indivíduo, que abrange o bem geral de uma sociedade, vem a ser o membro mais distinto dela: as luzes, que ele espalha, tiram das trevas, ou da ilusão, aqueles, que a ignorância precipitou no labirinto da apatia, da inépcia, e do engano. Ninguém mais útil, pois, do que aquele que se destina a mostrar, com evidência, os acontecimentos do presente, e desenvolver as sombras do futuro”. (Editorial de Hipólito José da Costa na edição nº 1 do “Correio Braziliense” - 1º de junho de 1808).


Em 1º de junho é lembrado o “Dia da Imprensa”, a maior data dos que trabalham na comunicação jornalística no Brasil. Esta data ocorria anteriormente em 10 de setembro, mas uma Lei (nº 9.831, de 13/9/1999), decretada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, estabeleceu que, a partir dali, o 1º de junho era o Dia da Imprensa.

“DIÁRIO OFICIAL” – E por que houve a mudança de 10 de setembro para 1º de junho? Porque foi um pedido formalizado por entidades da imprensa. E em que se justificava esse pedido? Porque a data anterior, 10 de setembro, lembrava o dia de circulação do primeiro jornal impresso no Brasil, o “Gazeta do Rio de Janeiro”, um jornal dirigido pelo frei Tibúrcio José da Rocha, que se submeteu à censura do governo de Dom João VI e só falava as coisas oficiais ou aquelas de que o governante não reclamasse. Isso foi há 216 anos, em 1808.

REINO E REINANTE - Acontece que, naquele mesmo ano (1808), em 1º de junho – portanto, cem dias antes da existência do “Gazeta” –, começara a circular o “Correio Braziliense”, de Hipólito José da Costa, que estava exilado em Londres, mesmo lugar onde era impresso o jornal, por não se submeter à censura reinol e reinante.

“TENTAÇÕES” – O “Correio” vinha do continente europeu para o americano em porões de navios e, aqui no Brasil, era distribuído, clandestinamente, aos assinantes. A luta solitária de Hipólito José da Costa durou 15 anos, e valeu a pena. É hoje referência de imprensa que não se dobra – nem ao poder do dinheiro nem ao dinheiro do Poder. Não que não houvesse tentações. O Poder Público fez de tudo para atrapalhar a vida do jornal ou seduzir o jornalista. Pressionaram diplomatas ingleses para que o jornal deixasse de ser impresso em Londres. Ofereceram-se para pagar 500 (quinhentas) assinaturas do jornal, a fim de que o jornalista “maneirasse” suas críticas ou, melhor, não exercesse seu direito/dever de criticar.

ALFABETO – Hipólito resistiu. Por causa dele, pode-se dizer que a história da imprensa e do jornalismo no Brasil começou bem. Não se pode afirmar com segurança se, no ambiente de hoje, com o tal “capitalismo selvagem” e o interesse político-eleitoral, o jornalista Hipólito José da Costa continuaria resistindo. Talvez sim. Talvez não. Neste caso, temos exemplos, maus exemplos, de veículos de imprensa que, seguindo apenas a ordem alfabética (já que trabalhamos também com letras), colocam o “D” de dinheiro antes do “V” da verdade, colocam o “C” da conveniência antes do “F” dos fatos.

QUERER E PODER – Enquanto Imprensa, temos um caminho bem largo e comprido a andar. Teríamos muito a explicar, a justificar. Pesquisadores e estudiosos no futuro vão ver o que fizemos com o quase-poder que tínhamos. Pesarão nossas opções e pensarão no porquê delas, seus motivos, limitações, imposições. Quem sabe até nos absolverão de umas e outras culpas, concedendo-nos o benefício da dúvida, ao perguntarem-se se o que fizemos era o que queríamos fazer ou era o que podíamos fazer. Fazer como Cipriano Barata, que, mesmo preso, não parou de escrever em seu jornal e pregar a liberdade e verdade.

QUAL O MODELO? – O certo é que, diariamente, continuam sendo postas tentações à mesa dos jornalistas. Estes têm que decidir se seguem o modelo de Tibúrcio (conveniência, oficialismo, dinheiro) ou o exemplo de Hipólito (idealismo, verdade, dificuldades).

Esses estudiosos do futuro talvez quisessem de nós atos de heroísmo. Mas não somos “Hipólitos” nem “Ciprianos”.

E, meio sem jeito, diremos:

“– Tínhamos barrigas – e não apenas consciência – para alimentar…”

Parabéns, colegas da Imprensa.

* EDMILSON SANCHES

ILUSTRAÇÕES:
Os jornalistas brasileiros Hipólito José da Costa e Millôr Fernandes e o norte-americano Joseph Pulitzer, que dá nome ao mais importante prêmio da Imprensa em todo o mundo, o Prêmio Pulitzer, concedido todo mês de junho desde 1917, pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Tudo pronto para a sequência do projeto Esporte na Minha Cidade, iniciativa que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Neste domingo (2/6), a Praia do Calhau, em São Luís, será palco das disputas do torneio de Fut7 Beach Adulto Feminino. A rodada de abertura começará às 8h30 com o duelo entre AFA e Nacional. 

Na sequência, às 8h45, a bola rola para Sports Club 37 e Grêmio Ribamarense, confronto que fecha a primeira rodada da competição. Ainda na manhã de domingo, será realizada a segunda rodada da fase classificatória do Esporte na Minha Cidade: o AFA vai encarar o Grêmio Ribamarense, enquanto que o Nacional mede forças com Sports Club 37. 

Vale destacar que todas as equipes participantes da quarta edição do Esporte na Minha Cidade receberam kits com bolsas esportivas e uniforme completo. Esse material será utilizado pelos times durante a competição. A entrega desses kits ocorreu durante o lançamento oficial do projeto, realizado no fim do ano passado. 

Além das disputas do Fut 7 Beach Adulto Feminino, esta edição do Esporte na Minha Cidade também promoveu um torneio de Futebol 7 Sub-12. Nessa categoria, a equipe dos Craques da Veneza sagrou-se campeã ao derrotar o Paredão na grande final. 

Todas as informações sobre o Esporte na Minha Cidade e a programação completa de jogos estarão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@esportenaminhacidade).

TABELA DE JOGOS (Fut 7 Beach Adulto Feminino)

Domingo (2/6) / Primeira Rodada

8h30‎ -‎ AFA‎ x‎ Nacional‎

8h45‎ -‎ Sports‎ Club‎ 37‎ x‎ Grêmio‎ Ribamarense‎ 

Domingo (2/6) / Segunda Rodada

9h30‎ -‎ AFA‎ x‎ Grêmio‎ Ribamarense‎

10h20‎ -‎ Nacional‎ x‎ Sports‎ Club‎ 37

(Fonte: Assessoria de imprensa)

– Pioneira no ensino superior privado em Imperatriz

*

A missa e a procissão da celebração do Corpus Christi, em 30 de maio de 2024, tiveram uma católica a menos nos eventos organizados pela Diocese de Imperatriz, no Maranhão: às 8 horas da manhã dessa mesma data, falecia a professora Dorlice Souza Andrade, mais conhecida por Dora.

(Instituída no século XIII, a celebração – também intitulada “Corpus Domini” ou Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo – estava completando exatos 760 anos de existência, desde que foi realizada a primeira vez, em 19 de junho de 1264, na pequena cidade italiana de Bolsena, na região do Lácio.)

Dorlice Andrade vinha padecendo de problemas gastroenterológicos. Já estivera em grandes hospitais, de Brasília e de São Paulo. Nos últimos dias, internara-se no Hospital Santa Mônica, de Imperatriz, onde faleceu às 8 horas da manhã. O corpo foi velado na Igreja de Santa Teresa d’Ávila, situada na região histórica de Imperatriz e tão antiga quanto à cidade, pois foi obra inicialmente feita pelo frei Manoel Procópio, o fundador da nova povoação de Santa Teresa, em 1852. Após o velório, o corpo foi sepultado no Cemitério Campo da Saudade, o mais “tradicional” do município.

Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Distrito Federal (atual UniCEUB – Centro Universitário de Brasília), a professora Dorlice era doutora em Ciências da Educação pela UA (Universidad Americana), mestra em Planejamento do Desenvolvimento (UFPA/NAEA – Universidade Federal do Pará / Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, criado em 1973) e “Master in Business Administration (MBA)” pela Universidade de São Paulo (USP). Na busca do aperfeiçoamento e atualização, Dorlice participou de vários cursos e seminários voltados para a Educação, no Brasil e no exterior.

Aos 17 anos, idade em que a maioria dos jovens ainda pensa o que fazer da ou na vida, Dorlice Souza Andrade já sabia o que queria e, mais que isso, já fazia o que, desde cedo, desejava: ensinar. Ser professora, educadora.

Sua longa carreira teve início em 1968, em Brasília (DF), onde, até 1975, na rede pública, foi professora do ensino fundamental e ensino supletivo de 1º grau, além de dois anos como secretária escolar. Ainda em Brasília, foi pesquisadora do Endef, o Estudo Nacional de Despesa Familiar, realizado, nos anos de 1974 e 1975, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Antes de ser professora e gestora escolar na capital federal, Dorlice já professava, na cidade natal, sua fé na Educação, inclusive religiosa. Ela nasceu em Formoso, município de Minas Gerais, de mais de 3.600km2 de área territorial e menos de oito mil habitantes (2022), cujas origens históricas vêm de séculos: no ano de 1713, já era distrito. Em Formoso, Dorlice iniciou o exercício de seus dons e dotes, pendores e amores pelo ensino, como educadora, mister e missão que desempenhava inclusive na Igreja católica, como catequista em escolas estaduais e municipais.

Dorlice Souza Andrade estava a um ano de completar exatos 50 anos – meio século – de residência e dedicação a Imperatriz. Ela veio com o marido, o médico goiano Antônio Leite Andrade, e chegou a Imperatriz no dia 29 de maio de 1975. O casal tinha – e teve, e realizou – perspectivas e oportunidades na Saúde e na Educação e expandiram-se profissionalmente.

Em Imperatriz, Dorlice recomeçou sua jornada como educadora: foi professora na Escola Santa Teresinha (das Irmãs Missionárias Capuchinhas) e em cursos pré-vestibulares. Sempre (pre)ocupada com a Educação e o desenvolvimento local, criou, em 1986, o Centro Educacional Renovado de Imperatriz Ltda. (Ceril), escola onde Dorlice, como educadora e de modo pioneiro em Imperatriz e região, implantou, no ensino fundamental e médio, a disciplina Educação Sexual.

Por mais de 15 anos, o Ceril contribuiu para a inovação e o crescimento da Educação de Imperatriz, encerrando seu ciclo para dar lugar à instituição privada pioneira de ensino superior da Região Tocantina – a Faculdade de Imperatriz (Facimp). Com a Facimp, a vontade da professora Dorlice Souza Andrade e do marido Antônio Leite era a de transformar Imperatriz em um grande polo educacional. Desde 20 de agosto de 2001, quando foi entregue à comunidade imperatrizense e regional, a Facimp tornou-se obra de referência, inspirada em visão estratégica e socialmente inovadora, com seus egressos preenchendo, criando e qualificando os espaços do mercado de trabalho no Maranhão e em diversos outros Estados.

Em 2016, a Facimp já contava com diversos cursos de graduação (pelo menos 10), e chegou a ter cursos do “A” de Administração ao “Z” de Zootecnia. Na época, eram milhares de alunos e centenas de colaboradores, com quatro unidades – “campus” central, hospital escola, fazenda escola e clube esportivo e de lazer.

Atualmente, com arrendamento ou aquisição por grupo empresarial especializado em tecnologia e gestão de instituições de ensino superior, a Facimp já conta com 60 cursos de graduação, do “A” de Administração ao “T” de Tecnologias Educacionais (este, junto com a graduação em Pedagogia, quem sabe uma inconsciente homenagem à educadora Dorlice Andrade).

Na pós-graduação, onde a variedade acompanha o ritmo da vida, já chega a 118 a quantidade de cursos, do “A” da pós em Administração Pública, ou da pós em Anatomia Humana Clínica e Funcional, ao “U” das pós em Urgência e Emergência Pré-Hospitalar e Hospitalar, ou da pós em User Experience Design (UX), este para os do universo da Informática/Computação aplicado à Administração, ao Marketing e ao Design.

Eis aonde um sonho inicialmente sonhado a dois pode chegar... com possibilidade certa de ir mais, muito mais adiante...

Nessa trajetória de realizações, Dorlice e Antônio Leite fundaram a Clínica da Imagem, de que o casal era proprietário. O casal também entregou-se a causas sociocomunitárias. Por exemplo, Antônio Leite foi presidente do Rotary Club e Dorlice Andrade foi presidente da Casa da Amizade, entidade vinculada ao Rotary. Na gestão de Dorlice (1984/1985), foi construída a primeira escola do Bairro Bom Jesus, entregue, anos depois, ao município de Imperatriz na gestão (1983/1989) do então prefeito José de Ribamar Fiquene, falecido em janeiro de 2011.

Filha de Zoroastro José de Souza, fazendeiro, e Sergina Gomes da Silva, a lembrança de infância mais antiga de Dorlice Souza Andrade era, na cidade natal, a de tomar banho no córrego da fazenda e ordenhar (tirar leite das cabras).

A filosofia de vida profissional da professora Dorlice estava em uma frase do líder Nelson Mandela: “A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Até por isso, ela considerava que um momento marcante na sua atividade profissional foi a implantação e funcionamento dos seus dois grandes estabelecimentos de ensino: a escola Ceril e a faculdade Facimp. Dorlice destacava que aprendera muito com a cultura maranhense – aprendizado que era ampliado com as viagens e visitas, profissionais ou turísticas, a diversos países, entre os quais Holanda, Alemanha, México, Estados Unidos, Canadá, Porto Rico, Costa Rica, Argentina, Paraguai, Chile, Portugal, Espanha, Ilhas Caribenhas...

Simplicidade, persistência e permanente expressão de alegria e boas risadas eram características da personalidade de Dorlice Andrade, uma idealizadora e realizadora de sucesso, sempre disponível para as ações engrandecedoras em Imperatriz, cidade que, como ela registrara, escolheu para morar e criar os filhos Alessander (médico radiologista), Anna Kelly (advogada) e Andréia Carla (pedagoga) e brincar e rir com os netos Analice, Aylla, Tarcílio e Gustavo.

*

Conhecia Dorlice Souza Andrade e Antônio Leite desde a década de 1970. Ambos eram clientes do banco federal em que eu trabalhava e que foi o ponto inicial de trocas de ideias e esperanças em relação a Imperatriz. Tornamo-nos mais próximos com a participação dos três no Rotary Club Imperatriz.

Como escrevi no texto que fiz sobre o Antônio Leite, em agosto de 2020: “Não demorou e já eu era todo ouvidos e falas em conversas com a professora Dorlice e seus quereres em torno da criação de sua própria escola”. Dei ideias e, sobretudo, sensibilizei, motivei, estimulei e energizei para que fosse atendida ou, ao menos, mitigada a necessidade de mais escolas de referência no município e região. O Ceril foi criado e teve vida longa e próspera.

Depois veio o sonho da Faculdade. Nessa época, eu retornara para Imperatriz, depois de anos em aprendizados de vida e estudos universitários em Fortaleza, Brasília e São Paulo. Sobre a futura Faculdade, eu conversava isoladamente ora com um, ora com outro, ora com o casal Dorlice e Antônio Leite; também, com outras pessoas, a exemplo do amigo desportista e odontólogo Giovanni Ramos Guerra, atualmente presidente reeleito da Confederação Brasileira de Automobilismo, que igualmente colaborava com seu conhecimento, sua disponibilidade, seus esforços e boa vontade para a implantação do curso de Odontologia na futura Faculdade.

Ao final, o casal tomou a decisão, submeteu-se às condições e a um longo processo... e finalmente a Facimp foi criada. Tornei-me um dos diretores da Faculdade, onde convivi ao lado de pessoas boas, trabalhadoras, competentes, entre as quais a própria Dorlice Andrade, diretora-geral, o vice-diretor-geral, economista e professor Edgar Santos, e o diretor acadêmico, o filósofo e professor Domingos Furlan. Como escrevi: “Acompanhei e colaborei com um pouco na dinamização das atividades da Facimp [...]”. “Muitas das vezes, em um automóvel da Faculdade, com motorista, eu viajava para grandes municípios dos Estados vizinhos para apresentar a Facimp aos alunos e professores das escolas de ensino médio, suas opções de cursos, sua estrutura física de primeira qualidade em área total de quase 600 mil metros quadrados, inclusive áreas de expansão”.

Recordo-me de Dorlice contando-me das boas impressões de Antônio Leite acerca de minha biblioteca pessoal. Já contei: “Certa feita, visitando-me, Antônio Leite ficou impressionado com as dezenas de milhares de livros de minha biblioteca particular. Brincando e falando sério, disse que eu tinha mais livros ali do que a Facimp tinha em seu acervo. Olhou um pouco algumas capas e lombadas e perguntou-me se eu venderia uma pequena parte para ampliação da quantidade de volumes da biblioteca da Faculdade. Reticente, conversei sobre que temas interessariam etc. etc. Fiquei de listar alguns milhares de títulos e submetê-los a funcionários especializados da Faculdade. Com algum travo na garganta, desfiz-me de vasta bibliografia, que, creio, deve estar espalhada pelas estantes temáticas da Facimp até hoje”.

Eu gostava muito do ambiente físico e humano da Facimp, seus largos espaços, a arborização e, em certos momentos, até o silêncio. Assim, lembro-me da surpresa, quase perplexidade, de Dorlice Andrade e Antônio Leite ante meu pedido de demissão. Escrevi: “Quando pedi para deixar o cargo de direção na Facimp, o fiz para candidatar-me a prefeito de Imperatriz. A bondade despretensiosa de Antônio Leite levou-o a me dizer  que eu não precisaria sair, que a Facimp não poderia me perder e que eu entraria de licença de minha diretoria, sem prejuízo da remuneração. Não pude aceitar – e, mais uma vez, Antônio Leite, extremamente correto, providenciou minha dispensa e com direito a seguro-desemprego, benefício que igualmente não quis exercer, estando ainda comigo, guardada, a papelada. Excesso de tolice ética, o meu...”

Eu não sabia de notícia mais recente sobre doença ou internação de Dorlice Andrade. Estando eu fora de Imperatriz e tendo passado praticamente um ano no Rio de Janeiro e São Paulo, desconectamo-nos de conversas pelo telefone, mas mantínhamos, Dorlice e eu, alguma interação via WhatsApp e Facebook (Messenger). Dia 14 de maio deste ano, 16 dias antes de seu falecimento, Dorlice me escreveu no WhatsApp sobre um texto meu acerca do falecimento, em Brasília, do engenheiro Antônio Rodrigues Bayma Junior, um conhecido comum nosso e meu conterrâneo de Caxias (MA), que foi interventor em Imperatriz (1973/1975). Escreveu Dorlice, já quase 10 e meia da noite, há 16 dias: “Meu amigo, Dr. Bayma Júnior. Através dele colocamos energia no Bairro [de Imperatriz] Bom Jesus (primeira lâmpada a ser acesa, ele pediu que eu acionasse  o interruptor). // Inclusive tem uma avenida lá, com o seu nome. // Há tempos não o via!...”

Antes, no dia 30 de abril, dia de meu aniversário e Dia da Mulher Brasileira, Dorlice lembrava o marido falecido: “30 de abril de 1947, nasceu Antônio Leite Andrade, em Goiânia – GO”. E prometia, sobre um texto meu: “Boa noite, amigo! // Cheguei hoje de viagem. Amanhã vou concluir a leitura do que você escreveu sobre a mulher...” Sobre homenagens que recebi em São Luís, São Paulo e no Rio de Janeiro, Dorlice escreveu, em 24 de fevereiro passado: “Parabéns! Você é merecedor de todos os títulos!...” Em novembro de 2023, Dorlice agradecia um texto que escrevi: “Obrigado, amigo, pela relembrança... Voltei ao passado... Saudades!... Muitos bons tempos!...” Com os naturais “exageros” entre amigos, Dorlice escrevia, em setembro do ano passado: “Boa noite, meu amigo! // Você é um gênio, sem dúvida nenhuma!... [...]”. Fã declarada dos meus escritos, Dorlice não economizava: “Amo os seus textos!... São sempre pertinentes!...” (abril/2023). “Aprecio muito os seus textos!...” “[...] Só você pra conseguir conciliar, escrever e descrever com conhecimento, amor, clareza... Parabéns.” (novembro/2022). “Boa tarde, meu amigo! // Aprecio muito seus textos, histórias, estórias... // Aprendo bastante com tudo isso! Parabéns!” “[...] Você sempre um admirador, um defensor, enaltecedor das criaturas mais perfeitas, que são as mulheres!!! // Parabéns e obrigada pelas informações de sempre.” (março/2021).

Em outubro/2022, Dorlice escreveu-me sobre textos que publiquei acerca de dois membros da Família Motta Mello, Raquel e Dª Neneca. Estava, como praticamente sempre, de bom-humor, mesmo falando de assunto de morte (um diálogo dela com Dª Neneca Motta Mello). Na mesma oportunidade, lembrou da neta, que estudava inglês na escola da professora Raquel: “O seu curso U R Welcome é aqui próximo à minha residência. Sempre falávamos [...] e ela [Raquel Mello] de vez em quando ligava pra mim”. Sobre Dª Neneca: “Eu conversava muito com a Neneca na residência da Zulica, mãe de Antônio Leite”.

Quando leu um texto que fiz para uma médica e amiga comum nossa, Maria de Lourdes Ponciano de Sena (Lurdinha), a primeira neonatologista de Imperatriz, Dorlice relembrou (junho/2021): “Minha inesquecível amiga, Drª Lurdinha, você se foi muito precocemente...! // Estivemos na festa alusiva ao Dia do Médico no ano de 2019. // Ela e o meu querido sócio, Dr. Byron, como sempre dançando juntos. // Conversamos e rimos muito nos intervalos...! // Inclusive Antônio Leite recebeu uma linda homenagem dos colegas médicos!”  -- e, encerrou, premonitoriamente: “Estamos todos de ‘passagem’... Vamos aproveitar os nossos momentos!”

Antes, em março de 2021, ao ler texto meu sobre o professor João Renôr Ferreira de Carvalho, doutor (pela Sorbonne, Paris) e falecido em março de 2016, Dorlice se manifestou: “Quem diria, Doutor João Renôr, tão miúdo, aspecto bem humilde, simples... nascido no interior do Maranhão, faria tanto sucesso na cultura do Estado, do País e até do mundo...! // Parabéns, amigo, por sempre nos transmitir parte do seu conhecimento e da nossa história!!!”

Dorlice, que nem muitos brasileiros, também não se continha em relação à atuação de políticos de nosso país. Ao comentar um texto meu, escreveu: “Boa tarde, meu amigo Edmilson! // Fico indignada com esse tipo de ‘politicagem’ do nosso País! A que ponto o ser humano é capaz de chegar!” – e expressava-se também imageticamente, colocando figurinhas desenhadas com rostos vermelhos de raiva... Noutra oportunidade, criticou: “É muita história! // Só você mesmo para resgatar tudo isso! // Pena que os nossos governantes não fazem questão da preservação!” (outubro/2020).

Nessa regressão no tempo, ouço Dorlice contando-me, em mensagens por áudio, na tarde (especificamente, pouco antes das 13h) do dia 17 de junho de 2023. Ela fala de uma “lesão no estômago” e de ter estado internada por 32 dias, desde 4 de maio daquele ano, no hospital paulistano Albert Einstein. Antes, já tinha estado por 15 dias em Brasília, onde também se hospitalizara. Mas, mãe coruja, o áudio fala sobretudo dos filhos, de todos estarem com ela em todos mas sobretudo naqueles momentos: “Meus filhos não me abandonaram um segundo!”. Disse o nome de filhos e netos, até de uma filha que estava aniversariando e que secundarizou isto para, é claro, ficar ao lado da mãe. “Ninguém [os médicos do hospital em Brasília] sabia o que eu tinha”, disse Dorlice, antes dos exames no hospital da capital paulista, chateada com o “hospital de ponta” da capital federal que não diagnosticou o que ela, paciente, tinha. Pediu e agradeceu “vibrações positivas”, destacou minhas “orações e energias positivas”, que sabia do meu carinho por ela, “que é muito grande” (ela ressaltou –  com a contrapartida de que o carinho dela por mim era de mesma natureza e intensidade). “Tenho certeza de que você vai torcer por mim”.  

Presencialmente ou à distância, Dorlice Andrade costumava solicitar-me opinião, aconselhamento, acerca de coisas e causas, ideias e ações, que passavam pela cabeça dela. De modo franco, e sem ônus, eu falava, escrevia, conversava, dizia o que eu pensava... O resultado é que, há umas quatro décadas, ganhei de Dorlice o título de “meu anjo protetor”. Era como me tratava. Uma vez escreveu: “Quanto às minhas palavras sobre você, pode acreditar, são sinceras e verdadeiras... [...]” (novembro/2020). Nem ousei duvidar (rs)...

Lamentavelmente, acho que não desempenhei bem o papel de “anjo protetor”... Se tivesse desempenhado, pelo menos por mim, a alegria viva, a “joie de vivre”, a exultação de espírito e matéria representadas por Dorlice Andrade continuariam com ela, nela – viva e saudável. É assim, creio, que agem anjos protetores.

Mas descubro-me humano.

E humanamente, para uma mulher com tanta alegria de viver, resta reconhecer (e muitos agradecerem) o que em vida Dorlice Souza Andrade pôde fazer nas atividades profissionais e empreendedoriais e até pioneirismos educacionais em prol de gerações de crianças, jovens e adultos, que se beneficiaram de Informações, Conhecimento, Educação...

Paz e Luz, amiga Dora.

E que, do Alto, continue a zelar pelos Filhos e Familiares e pelos Colegas, Colaboradores e Amigos – por todos que ainda teimam resistindo neste lado de cá da Vida.

*

Condolências.

* EDMILSON SANCHES

FOTOS:

 Dorlice Souza Andrade: como diretora-geral da Facimp, paramentada para solenidade de colação de Grau.