Começa nesta terça-feira (27), em Brasília, a Mostra Adinkra de Cinema Afro Amazônico com exibição de filmes produzidos por cineastas negros do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará e Roraima. Também estão previstas rodadas de bate-papo sobre temas como ancestralidade, feminino, luta e imaginário.
As exibições, reunidas em quatro sessões com temáticas diferentes, ocorrem na Caixa Cultural até quarta-feira (28), com entrada gratuita.
Serão exibidos oito curtas-metragens e, ao término da programação de cada dia, artistas e cineastas participarão de rodas de conversas com o público, em um espaço criado para o evento que recebeu o nome de Mate Masie, um símbolo afro que pode ser traduzido pelo provérbio Nyansa bun um nne mate masie, que significa: O que eu ouço, eu guardo.
Segundo um dos produtores do evento, Rafael Nzinga, a mostra foi estruturada no sistema de escrita simbólica Adinkra do povo Akan, do Oeste da África, e dividida em quatro sessões por temáticas.
Hoje, serão exibidos as sessões Duafe, que trata do feminino e Sankofa, que simboliza o ato de olhar o passado para entender o presente e seguir para o futuro.
Amanhã (28), ocorre a sessão Ananse, que reunirá filmes sobre criatividade e sabedoria e a sessão Aya, será sobre resistência e desenvoltura.
“Esse trabalho de divulgação e distribuição de filmes é mais do que pensar a floresta em si, é pensar as pessoas que ali vivem e que guardam a floresta até os dias de hoje, principalmente os povos originários, os quilombolas e os indígenas”, destaca Rafael.
Para criar essa atmosfera em Brasília, os participantes receberão colares e, com os símbolos Adinkra, também serão distribuídas mudas de plantas consideradas sagradas e haverá degustação de comidas típicas da Amazônia.
A capital federal é a segunda cidade a receber a mostra, que também passou pela Caixa Cultural de Salvador. Idealizada em Belém do Pará, ela reúne produções contemporâneas que passaram por festivais de cinema negro promovidos pelos mesmos produtores do evento.
“Em 2019, nós realizamos o primeiro festival de cinema negro da Região Norte e logo percebemos que as políticas afirmativas incentivaram essas pessoas a contarem suas histórias. E, embora essa seja o momento de ouvirmos as suas vozes, a falta de espaço para ecoar essas produções também revelou uma herança de um país segregado”, relembra Rafael.
O produtor conta que, na época, foram inscritos 80 filmes e logo na edição seguinte, as inscrições dobraram. Para ele, a quarta edição do festival, de 2024, deve revelar um crescimento expressivo na produção audiovisual de negros na Amazônia, motivado pelo lançamento do primeiro edital de audiovisual da Lei Paulo Gustavo.
“Até então, nunca houve um edital de política afirmativa que desse vazão ao volume expressivo dessa produção, mas esse crescimento mostra que as histórias existem, mas falta dinheiro para fazer”, conclui o produtor.
A programação da mostra começa às 19h e tem classificação indicativa de 10 anos. A Caixa Cultural fica no Setor Bancário Sul, quadra 4. Confira a programação completa:
Terça-feira
Sessão Duafe – 19h
Alexandrina - Um Relâmpago, de Keila Sankofa (AM) A Velhice Ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT)
Sessão Sankofa – 19h30
Meus Santos Saúdam teus Santos, de Rodrigo Antônio (PA)
Utopia, de Rayane Penha (AP)
Bate-papo com Rodrigo Antônio, sobre Cinema de impacto na defesa da floresta Amazônica – 20h
Quarta-feira (28)
Sessão Ananse (em LIBRAS) – 19h
Nome Sujo, de Artur Roraimana (RR)
Minguante, de Maurício Moraes (PA)
Sessão Aya (em LIBRAS) – 19h30
Não Quero Mais Sentir Medo, de André dos Santos (PA) Maria, de Elen Linth e Riane Nascimento (AM)
Bate-papo com Francis Angmortey sobre os Adinkras e a cultura Akan na perspectiva da Mostra – 20h
O beach tennis é um esporte que caiu no gosto do maranhense. Nos últimos anos, a modalidade tem crescido bastante no Estado, o que tem incentivado o surgimento de atletas talentosos. E, quando bons jogadores se reúnem, uma equipe forte e competitiva é formada. E foi assim que o projeto do Time Beach Tennis Maranhão foi criado. A iniciativa, patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, reuniu, em uma única equipe, os beachtenistas Marcelo Lima, Neto Martins e Igor Costa que, juntos, colocaram o Estado nos pódios das mais diversas competições, sejam elas regionais, nacionais e até internacionais.
Em sua primeira temporada, o Time Beach Tennis Maranhão foi destaque por onde competiu. Os resultados obtidos pelo trio de atletas maranhenses em 2023 impressionaram tanto que a expectativa é que a temporada 2024 possa ser ainda melhor.
Neto Martins, por exemplo, terminou a temporada passada em grande fase conquistando títulos mundiais. O atleta sagrou-se campeão mundial nas categorias 40+ e na Mista PRO. Ele ainda ficou na terceira colocação no Masculino PRO. Com esses resultados, o maranhense encerrou 2023 sendo o número 2 no ranking mundial na categoria 40+ e assumiu o Top 5 na categoria Masculino PRO. Além disso, ele ainda terminou o ano na liderança do ranking estadual.
“A temporada de 2023 foi simplesmente espetacular para o Time Beach Tennis Maranhão. Conseguimos resultados muito bons tanto dentro como fora do Estado. O desempenho que tivemos mostra que estamos no caminho certo e que temos condições de continuarmos entre os melhores do país. O ano de 2024 promete ainda ser mais especial”, afirmou Neto Martins.
Outro integrante do Time Beach Tennis Maranhão, Igor Costa também teve excelentes resultados no ano passado. No âmbito estadual, foi campeão do Circuito Maranhense de Beach Tennis, venceu várias etapas do Campeonato Maranhense e alguns torneios menores no interior do Estado. O beachtenista foi campeão por equipes 40+ no 22º Campeonato Mundial IFBT, competição realizada em Fortaleza (CE), e chegou à semifinal do Brasileiro de Beach Tennis na categoria Masculino A.
Com bons resultados, Marcelo Lima também representou muito bem o Maranhão. O atleta maranhense, foi muito bem e venceu etapas do Campeonato Maranhense de Beach Tennis na categoria PRO Masculino. O beachtenista também conquistou o título da Liga Norte Beach Tennis na categoria PRO Masculino, além de ter chegado em fases decisivas em alguns torneios internacionais.
“Os resultados do nosso time são frutos dos nossos esforços e dos nossos patrocinadores. Só temos a agradecer pelo apoio que o governo do Estado e a Potiguar têm nos dado, porque foi graças a esse patrocínio via Lei de Incentivo que conseguimos viajar para fora do Maranhão e competir contra os principais atletas do Brasil e do mundo”, explicou Marcelo Lima.
Outras informações sobre o Time Beach Tennis Maranhão estão disponíveis no Instagram oficial da equipe (@beachtennismaranhao).
PRINCIPAIS RESULTADOS DO TIME BEACH TENNIS MARANHÃO
Neto Martins
- campeão mundial 40+
- campeão mundial Mista PRO
- Top 3 mundial Masculino PRO
Igor Costa
- campeão do Circuito Maranhense de Beach Tennis
- campeão da I etapa do Campeonato Maranhense 40+
- campeão da II etapa do Campeonato Maranhense Oficial 40+
- campeão por equipes 40+ no 22º Campeonato Mundial IFBT
- campeão do Circuito Maranhense de Beach Tennis
- vice-campeão do I Open de Beach Tennis Arena Club
Marcelo Lima
- Campeão da III etapa do Campeonato Maranhense Oficial PRO Masculino
- Campeão da Liga Norte Beach Tennis PRO Masculino
A Federação Maranhense de Judô (FMJ) realizou, no último fim de semana, o Credenciamento Técnico 2024, iniciativa com o objetivo de atualizar e oficializar os técnicos e auxiliares que atuarão nas competições desta temporada. O evento ocorreu na Escola Recanto do Saber, no Parque Vitória, e abriu, oficialmente, as atividades do judô no Maranhão.
Durante o Credenciamento Técnico, a FMJ apresentou o cronograma de competições que serão promovidas pela entidade, assim como as normas e regulamentos dos torneios previstos para este ano.
“Nosso principal objetivo é o de desenvolver cada vez mais a modalidade. Ao atualizarmos nossos técnicos, damos um importante passo para fortalecermos o judô porque são eles que trabalham diretamente com os atletas, contribuindo com a FMJ, para termos uma base ainda mais forte e vencedora”, explicou Rodolfo Leite, presidente da Federação Maranhense de Judô.
Nesta edição do Credenciamento Técnico, também foi realizado o Seminário de Arbitragem com os senseis Marco Leite e Luiz Henrique Cidreira. No encontro, eles apresentaram e esclareceram dúvidas sobre mudanças nas regras promovidas pela Federação Internacional de Judô (FIJ).
Seletiva
No próximo sábado (2/3), a Federação Maranhense de Judô vai promover a seletiva estadual do Campeonato Brasileiro Regional. As disputas vão ocorrer no Ginásio Paulo Leite, em São Luís, e vão definir os atletas que serão convocados para representar o Maranhão no Brasileiro Regional deste ano, marcado para o mês de abril, na cidade de Teresina (PI).
A seletiva estadual do Campeonato Brasileiro Regional vai reunir judocas de diversas classes: do Sub-13 ao Sênior (Graduados). Os atletas podem se inscrever pela plataforma Zempo (www.zempo.com.br). A taxa de inscrição custa R$ 50.
Vale lembrar que, na temporada 2023, o Time Maranhão brilhou no Campeonato Brasileiro Regional na cidade de Macapá (AP). O selecionado maranhense conquistou o título de campeão geral masculino com um grande desempenho de seus judocas que levaram 25 medalhas, sendo 12 de ouro, 3 de prata e 10 de bronze. No feminino, o Maranhão terminou na 6ª posição com 10 medalhas: 6 pratas e 4 bronzes.
Somando todas as conquistas do Time Maranhão – tanto no masculino quanto no feminino –, as 35 medalhas no total colocaram o Estado na quarta colocação geral no Brasileiro de Judô da Região I, atrás do Amapá, Pará e Piauí.
O Fórum Jaracaty, projeto patrocinado pela Equatorial Maranhão e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conquistou expressivos resultados nos campeonatos estaduais, regionais e nacionais do tênis de mesa no ano passado. A atuação do projeto nas competições teve grande destaque e, consequentemente, trouxe boas notícias ao projeto em 2024. A principal delas foi a indicação da mesatenista Paola Morais ao Troféu Mirante Esporte, principal premiação esportiva do Maranhão.
Paola, que frequenta o projeto desde os 7 anos de idade, conquistou medalhas em todos os campeonatos que participou em 2023, dentre eles, o 15º TMB Challenge Plus, realizado em agosto passado, em Teresina (PI). A competição nacional está presente no calendário da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e, a cada edição, ocorre em uma cidade diferente. Nesse campeonato, Paola sagrou-se campeã brasileira, conquistando três ouros nas categorias em que competiu (Sub-19, Sub-21 e Absoluto C).
Aos 16 anos, Paola coleciona várias medalhas e premiações adquiridas ao longo do tempo. Ela vê, no Fórum Jaracaty, uma segunda casa. “É um projeto que me acolhe tanto no esporte quanto na vida. Não só eu, mas meus irmãos participam ou participaram. Minha família está sempre aqui. O projeto me apresentou ao tênis de mesa, traz muita oportunidade para nós, abre muitas portas”, destaca a atleta. Sobre a indicação ao Troféu Mirante Esporte 2024, ela é enfática: “A sensação de concorrer é de felicidade porque consigo ver que meu esforço não foi em vão”, disse.
Para Márcia Assunção, diretora-executiva do Fórum Jaracaty, a indicação ao Troféu Mirante Esporte 2024 é reflexo do trabalho realizado no projeto. “É uma emoção que vivenciamos novamente. Desta vez, com uma atleta do tênis de mesa. Neste momento, cai a ficha de como o trabalho que realizamos aqui é de suma importância, que a dedicação de funcionários e alunos são fundamentais para realizar sonhos”, ressalta a diretora.
O Fórum Jaracaty atua há mais de duas décadas, oferecendo modalidades esportivas (judô, tênis de mesa e futsal), aulas de artes e de informática, brinquedoteca, cursos e palestras para crianças, jovens e comunidade em geral. As atividades do projeto são gratuitas.
Além do tênis de mesa, outras 27 modalidades esportivas estão no Troféu Mirante Esporte 2024. A votação para escolher os melhores atletas das modalidades ocorre até o dia 12 de março. A cerimônia de premiação será realizada no dia 14 de março, às 19h30, no Teatro Arthur Azevedo. Para votar, basta acessar o sitehttps://www.grupomirantema.com/trofeumirante/2023/indicados/, inserir as informações solicitadas e escolher o(a) atleta.
O Ministério da Educação (MEC) divulga, nesta terça-feira (27), a lista dos candidatos pré-selecionados na segunda chamada da oferta de bolsas da edição 2024 do Programa Universidade para Todos (Prouni).
A lista ficará disponível no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Na primeira edição, serão ofertadas 406.428 bolsas, sendo 308.977 integrais e 97.451 parciais em 15.482 cursos de 1.028 instituições.
De acordo com o MEC, esta é a maior oferta de bolsas desde a criação do programa em 2005.
O candidato pré-selecionado deve entregar a documentação na instituição de ensino superior para comprovação dos dados informados na inscrição no período de 27 de fevereiro a 7 de março. A apresentação pode ser feita presencialmente. na instituição ou por meio eletrônico.
A primeira chamada ocorreu no dia 6 de fevereiro.
Programa
Criado em 2004, o Programa Universidade Para Todos oferta bolsas de estudo (integrais e parciais) em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em faculdades privadas.
O programa ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo o estudante sem diploma de nível superior. Como critérios para seleção dos candidatos, o Prouni considera a renda familiar bruta mensal, por pessoa; se o candidato cursou integralmente o ensino médio em escola da rede pública ou na condição de bolsista integral em instituição privada de ensino médio, ou ser pessoa com deficiência, entre outros previstos na legislação.
O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) recebe, a partir do dia 6 de março, a exposição sensorial Mundo Zira – Ziraldo Interativo, onde toda a família poderá ter contato com os personagens criados pelo quadrinista e escritor brasileiro, que fazem parte do imaginário infantil de todas as idades. A mostra ficará em cartaz até 13 de maio, celebrando o talento do artista, que completou 91 anos em outubro do ano passado.
A estreia ocorreu em 2022, em Brasília, onde a exposição imersiva foi vista por 65 mil pessoas. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados a partir do próximo dia 28, nosite do CCBB RJ. A exposição funcionará todos os dias, exceto terça-feira, das 9h às 20h.
Ziraldo parou de produzir textos e desenhos em setembro de 2018, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Seu estúdio, onde trabalhou durante 70 anos, instalado no Bairro da Lagoa, zona sul do Rio, está sendo transformado no Instituto Ziraldo.
As histórias infantis contadas por ele em mais de 200 títulos, incluindo Flics, Menino Maluquinho, Turma do Pererê, Menino Quadradinho, entre outros, ocuparão o saguão e o quarto andar do CCBB RJ, para serem apreciadas por cariocas e outros visitantes.. A direção artística e curadoria são de Adriana Lins e Daniela Thomas, respectivamente sobrinha e filha do artista. A exposição é realizada pela Lumen Produções e pelo Instituto Ziraldo, com patrocínio da Prio, empresa do setor de óleo e gás do Brasil, e do Ministério da Cultura.
Quem era criança e conheceu os livros e personagens de Ziraldo passou para os filhos e netos. “Flicts tem 60 anos, a Turma do Pererê também. São gerações. São avós, filhos e netos”, disse em entrevista à Agência Brasil a curadora Adriana Lins. Acrescentou que crianças de 10 e 12 anos, que atuam hoje em redes sociais, que nasceram quando Ziraldo tinha 80 anos, são leitores de suas histórias, o que comprova que os personagens são atemporais. “Elas conhecem os livros, os personagens e adoram”. Adriana afirmou que Flicts, lançado em 1969, é atual. “Ele fala de inclusão, de aceitação, das diferenças, da comunhão”. Sem ser didático, seus livros têm sempre uma lição para transmitir. “Ziraldo é tão literatura, poesia e sensibilidade que a mensagem chega. É por isso que tem tantos fãs. Ele conversa como leitor. Sua obra é pessoal”, destacou Adriana.
Interatividade
A exposição une interatividade e tecnologia com a arte tradicional, proporcionando nova leitura das obras icônicas do artista. “Quando pensamos na obra de Ziraldo, pensamos no prazer, no fascínio e na alegria que ele consegue transmitir com sua arte. Agora, nessa exposição, queremos ir além das páginas, sair do papel, recriando uma conversa com o seu acervo. Em Mundo Zira, livros, quadrinhos e personagens saem das páginas e ganham novas dinâmicas pelas mãos dos visitantes”, afirmou a filha mais velha de Ziraldo, Daniela Thomas, curadora artística do Instituto.
Quando o visitante entrar no saguão do CCBB RJ, já perceberá que Ziraldo está presente no prédio. Balões gigantescos. de 3 e 4 metros de diâmetro, estarão suspensos no ar com todas as cores do Flicts e com as figuras dos amigos do Menino Maluquinho, dando as boas-vindas e convidando todos a brincar e a viajar no Mundo Zira. “A gente mistura os universos de Ziraldo. A gente traz os meninos da lua, que são os meninos dos planetas, o Menino Maluquinho, a Turma do Pererê, o Planeta Lilás, Flicts, o Bichinho da Maçã, com o qual Ziraldo ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de arte em 1982”, lembrou Adriana.
Quando a pessoa chega ao quarto andar, do lado de fora da galeria, já começa a ter contato com o mundo de Ziraldo. O próprio artista dá as boas-vindas ao público em uma fotografia gigante em preto e branco. “É como se ele estivesse falando: Pode chegar que é aqui!”. O Menino Maluquinho aponta então para a direção que o visitante deve seguir. Na porta de de entrada, Flicts recebe as pessoas que acabam parceiras dessa orquestra de cores e sons, disse Adriana. À medida que as pessoas movem os braços e as mãos como se fossem maestros, o livro vai surgindo em um telão e se animando, fazendo aparecer cores e palavras. “Você vira o condutor dessa história. Vai mergulhando no sensorial e se apropriando dos sentimentos, de percepções, ao mesmo tempo que está brincando, se divertindo”.
Surpresas
Mais surpresas esperam o público nos espaços dedicados ao Menino Quadradinho, que fala da passagem da criança para a vida adulta, e no Planeta Lilás, que é uma homenagem ao livro, em que o personagem vai descobrindo as palavras. Já o Saci Pererê leva os visitantes para outra sala, que é a Mata do Fundão, simbolizando todas as florestas brasileiras. Ali, projeções misturam personagens e barulhos de mata que vão surgindo a cada momento atrás dos galhos. “É um pega-pega, dentro da Mata do Fundão”, disse Adriana Lins.
Na verdade, a curadora explicou que se trata de um grande salão que vai criando ambientes. Em um desses ambientes, a imagem do visitante é capturada e projetada dentro de uma ilustração de Ziraldo na parede em frente a ele. “O visitante vira então um personagem do desenho, daquela cena. Tem um menu de desenhos e o visitante pode escolher em qual imagem ele quer aparecer”. Na parte de percepção pelo desenho, há outro ambiente com mesas digitais, que o público escolhe qual desenho quer colorir, por textura diferente . Em seguida, o desenho é projetado muito grande na parede e os outros visitantes passam a ver sua arte, como você se tornou coautor de Ziraldo naquela ilustração.
A exposição destaca ainda outra linguagem ziraldiana, que são as onomatopeias. A interatividade funciona em alguns pontos do chão onde a pessoa passa e pisa, fazendo a onomatopeia surgir na parede com seu barulho característico. Daniela Thomas lembra que as exposições de Ziraldo, normalmente, são uma festa, porque seus desenhos são fascinantes. “São alegres, brilhantes, sedutores”, completou Adriana. “Isso encanta muito”. Em uma mostra interativa como essa, tudo vira festa.
De acordo com ela, que também é diretora do Instituto Ziraldo, “é uma exposição imersiva, divertida, dinâmica, indo além da contemplação, convidando o visitante a atuar e fazer parte da brincadeira. De acordo com as curadoras, Mundo Zira – Ziraldo Interativo é um convite ao estímulo da criatividade e da reflexão. A interação com as obras oferece experiência educativa, unindo arte, tecnologia e mensagens sociais e ambientais. Os temas, tratados pioneiramente por Ziraldo desde os anos 60, permanecem não apenas contemporâneos, mas também urgentes.
Na aldeia dos Kamayurá, no Mato Grosso, Raoni, de 8 anos, faz uma cambalhota e mergulha na Ipavu, a lagoa sagrada. Em Periquitaquara, no Pará, Pedro, de 12, diverte-se ao subir no açaizeiro e ao observar a floresta encantada. Já Franciele, de 10, em Xapuri, no Acre, equilibra-se nos troncos e cipós imaginando-se atleta nas Olimpíadas.
As diversões, os sonhos e as histórias de 15 crianças de seis Estados da Região Norte descortinam uma paisagem de inocência e das raízes culturais no livro Amazônia das Crianças, do fotógrafo Araquém Alcântara. O trabalho está disponível pela internet e também para instituições, que podem pedir o livro impresso de forma gratuita.
Confira, aqui, o livro. As imagens de Araquém Alcântara – que tem mais de 60 livros publicados sobre meio ambiente – é acompanhada por textos do jornalista Morris Kachani, do educador ambiental Zysman Neiman e ilustrações do artista Angelo Abu.
Para inspirar
O trabalho está dividido em dois volumes. Segundo explica o patrocinador da pesquisa, no primeiro livro, crianças indígenas, ribeirinhas, extrativistas, quilombolas e urbanas narram as histórias. No segundo volume, as experiências são acompanhadas de contextos históricos, sociais, econômicos e ecológicos.
A proposta é inspirar os professores da educação infantil a trabalhar esses temas em sala de aula a fim de sensibilizar para a preservação da maior floresta do mundo e para o cuidado com os moradores da região.
Segundo o que foi divulgado, o trabalho é voltado particularmente para educação infantil e, por isso, pode ser solicitado por escolas (públicas ou privadas), organizações não governamentais e bibliotecas. O patrocinador do trabalho, o C6 Bank, disponibilizou o livro para ser baixado gratuitamente com um guia de utilização para professores.
Para solicitar o kit impresso sem custo, as instituições devem preencher um formulário no site do patrocinador. “Cada kit contém um exemplar do livro Amazônia das Crianças e um do Guia de navegação”, divulgou o patrocinador.
Para comunidades
O banco patrocinador garante que cerca de 2 mil livros serão distribuídos a escolas públicas, incluindo escolas das comunidades envolvidas no projeto, que receberão a nova publicação de Araquém e um acervo com 120 outros títulos. Estão previstos ainda encontros de formação de mediação de leitura nas comunidades representadas na obra.
A chegada do livro pode ser uma emoção diferente para Samuel, de 11 anos, morador de Manaus (AM). “Adoro minha escola. Principalmente a biblioteca. Lá tem livros que eu amo. Um deles é de fotos da floresta. Fico besta com aquele tanto de verde e de rios bonitos. As fotos me fazem sonhar”, escreveu. O menino sonhador vai poder ler o livro em que ele é protagonista.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP), lança, nesta segunda-feira (26), a Cartilha de Desenvolvimento – 2 meses a 5 anos para profissionais de todo o Brasil filiados à entidade. Elaborado pelo Centers of Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, o conteúdo foi traduzido para o português por pediatras da SBP e apresenta um programa que visa auxiliar na identificação precoce de atrasos do neurodesenvolvimento.
Os Centers of Disease Control and Prevention, ou Centros de Controle e Prevenção de Doenças, são uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que trabalha na proteção da saúde pública e da segurança da população.
A presidente do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da SBP, Liubiana Arantes de Araújo, disse em entrevista à Agência Brasilque a cartilha busca informar as equipes de saúde e de educação, bem como pais e outras pessoas que lidam com crianças, sobre os marcos de desenvolvimento esperados para cada idade. Dessa forma, entendendo o que esperar para cada idade, as pessoas poderão, estimular a criança. Se detectarem algum atraso, poderão agir o mais cedo possível.
“Se a criança tem algum atraso ou algum risco, ela necessita de uma avaliação e uma intervenção imediatas”, destacou a médica. A cartilha vai ajudar os pais e responsáveis a detectar algum problema que os filhos apresentem no desenvolvimento. “Os pais não têm, muitas vezes, um conhecimento e suspeitam que a criança tem um atraso, mas não têm certeza disso. A cartilha ajuda muito os pais a compreenderem o que esperar para cada idade. E, se o meu filho não adquiriu aquela habilidade, o que está acontecendo? Se é um atraso realmente, eu tenho que procurar ajuda, porque eu tenho um guia certo, com referências científicas, baseado em estudos, em pesquisas publicadas, resultante da avaliação de muitas crianças sobre o que, realmente, elas têm que alcançar em cada idade”.
Universalidade
Apesar de a cartilha ter sido elaborada nos Estados Unidos, a questão dos marcos do desenvolvimento é aplicada para crianças de diversas regiões do mundo. “O cérebro tem as etapas que já são previamente determinadas pela genética. Então, tanto no Brasil, Estados Unidos, Europa, Ásia, uma criança tem que andar por volta de 1 ano. Se ela tem 1 ano e 7 meses e não anda, ela tem um atraso porque o cérebro desenvolve a sua arquitetura da mesma forma, com etapas. É claro que a criança pode andar com 10 meses, 1 ano, 1 ano e dois meses. Tem um intervalo de variação, mas existem limites que são estabelecidos para qualquer criança, independente de onde ela viva. O que a gente entende é que não pode subestimar o potencial de desenvolvimento da criança”, ressaltou Liubiana.
Segundo ela, uma criança brasileira, por exemplo, tem o mesmo potencial de outra que mora em países desenvolvidos. A genética é que vai determinar isso, embora ela seja influenciada pelo ambiente. “As pessoas entendendo que, em um ambiente rico de estímulo, trabalhando para uma boa nutrição, para cuidar de evitar problemas de saúde, essa criança pode adquirir o seu pleno potencial de desenvolvimento, independente do país em que nasceu”.
Liubiana informou que a ideia é que a cartilha sirva à conscientização dos pediatras de todo o Brasil, para que eles possam entender melhor sobre o desenvolvimento das crianças, saber fazer avaliação, orientar os pais nos casos em que forem identificados atrasos. Nas próximas semanas, o documento estará disponível nosite da SBP para consulta por todos os pais do país, visando garantir informações de qualidade.
Publicação
Ao longo de 28 páginas, a publicação divide-se em 12 seções representativas das diferentes faixas etárias da criança: aos 2, 4, 6, 9,12, 15 e 18 meses, além de 2 anos, 30 meses, 3, 4 e 5 anos. Liubiana destacou que a cartilha é um instrumento didático, com as descrições dos marcos esperados para cada idade. A ideia é que os pais marquem o que seus bebês já conseguem fazer e levem o questionário preenchido para conversar com o pediatra e receber as orientações necessárias, durante as consultas.
Conforme destaca a integrante do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SPP Flávio Melo, os cinco primeiros anos de vida das crianças são essenciais para um neurodesenvolvimento pleno do ser humano e, nessa fase, o comportamento verificado oferece pistas importantes sobre a saúde e o pleno desenvolvimento.
O jornalista e antropólogo Bruno Albertim, curador da exposição Comigo Ninguém Pode – A Pintura de Jeff Alan, conta que o artista preenche os espaços “brancos perversos da história”, nos quais rostos e corpos pretos ao longo do tempo sempre eram retratados como objeto ou na visão do homem, dito branco e com acesso aos códigos europeus, mas que nunca tiveram autonomia para se retratar. A mostra está montada no Centro Cultural da Caixa, no Passeio, região central do Rio de Janeiro.
“A pintura de Jeff é uma pintura etnográfica, no sentido mais orgânico do termo, porque ele conhece muito bem essas pessoas que estão retratadas aqui. Ele é um pintor extraordinário. Tem um domínio de luz absurdo, do jogo de claro e escuro. Traz a dramaticidade das figuras e também o frescor da cultura pop”, apontou.
A história do curador com o artista começou quando se conheceram na Casa Estação da Luz, em Olinda, Pernambuco, um espaço cultural que pertence ao cantor e compositor Alceu Valença. Antes disso, Albertim já vinha notando que Jeff tinha aparecido de forma marcante na cena contemporânea de Recife.
“Há dois anos, comecei a ouvir falar no nome dele e de umas obras sempre de maneira espalhada. Procurei conhecê-lo e me apresentei em Olinda, coincidentemente, na Casa Estação da Luz”, revelou à Agência Brasil.
No encontro, Albertim contou ao artista que já tinha um trabalho muito maduro e uma unidade de discurso que estava espalhada pela cidade. Ele sentiu que aquele era o momento para montar uma exposição individual e, dessa forma, pela primeira vez, o público pôde ver um conjunto das obras do artista, na Casa Estação da Luz.
“Foi um sucesso, no sentido mais sincero da palavra. Muita gente foi, e a mídia de Pernambuco recebeu de maneira muito espontânea, criou uma ressonância no trabalho de Jeff”.
A partir daí, Jeff venceu um edital da Caixa e montou uma exposição, desta vez no Centro Cultural da Caixa, em Recife. Durante pouco mais de dois meses, a mostra recebeu 85 mil pessoas.
“O que confirma não apenas o grande talento individual do artista Jeff Alan, mas a importância desse discurso visual que ele traz nesse momento”, apontou.
Para Albertim, a exposição se insere em uma tradição artística muito forte em Pernambuco. O modernismo pernambucano é muito marcado pelo figurativismo, pelo retrato de pessoas, pela retratação de paisagens não apenas como elemento geográfico, mas como extensão de uma subjetividade coletiva.
Segundo o curador, nos anos 1960, Rio de Janeiro e São Paulo concentraram a arte com o concretismo e experimentações de novas estéticas.
“Pernambuco, por ter ficado perifericamente ao sistema de arte do Brasil, mais poderoso do ponto de vista financeiro, se manteve fiel a este aspecto do figurativismo. Jeff retoma esse figurativismo, mas com uma inversão muito forte no olhar”, disse.
O curador destacou que, durante muito tempo, a arte ao redor do mundo valorizava a figura do homem branco e isso acabou se tornando “interesses ou verdades universais”.
Atualmente, conforme destacou, um grande figurativismo preto emergiu: “é o caso aqui no Brasil e em Pernambuco de Jeff Alan, que tenho certeza é, não só um dos nomes mais fortes de Pernambuco, onde já está consolidado, mas do Brasil”.
Albertim destacou, ainda, a representatividade na arte de Jeff, como se pode notar no quadro com a figura da modelo baiana Ivana Pires, que faz carreira ligada a grandes marcas da moda mundial.
“A Ivana é a própria Ivana, mas é também as mulheres que a antecedem. Várias delas, que foram obrigadas a se tornar anônimas e tiveram rostos, nomes e sobrenomes amputados, decepados da história. O povo preto no Brasil não teve ainda o pleno direito à construção de memória. Os brancos – e pelo amor de Deus, aqui não vai nenhum ativismo do ponto de vista racial – têm tido o privilégio histórico de prantear os seus antepassados, seu bisavô, seu tataravô. Um homem preto da minha idade – tenho um pouco mais de 40 anos –, dificilmente sabe quem foi seu bisavô, porque os registros foram apagados. Essa pessoa sequer tem digitais”, observou.
“Ao trazer o retrato, a figura desses personagens pretos e periféricos, que infelizmente no Brasil ainda são sinônimos, para o centro não só na tela, mas para lugares que socialmente ou historicamente lhes são negados, ele traz o indivíduo e toda a sua ancestralidade e a promessa dos que nos sucederão”, completou, acrescentando que essa é uma exposição individual, mas extremamente coletiva por retratar os personagens pretos.
Pertencimento
O historiador Renan Freira Guimarães, 27 anos, trabalha no Centro Cultural como mediador para orientar os visitantes, inclusive guiando o público dando informações sobre as obras. Ele já tinha visto as obras do artista de Recife em uma publicação no perfil de Jeff no Instagram para divulgar a exposição. Renan contou que o seu conceito sobre as obras mudou muito quando conheceu o artista pessoalmente.
“A chave que mudou a minha percepção foi conversar com o Jeff, dele chegar aqui e fazer questão de apertar a mão de todo mundo, falar com todo mundo, se apresentar. A primeira coisa que ele falou foi ‘meu nome é Jefferson, estou tentando resgatar esse Jefferson menino antes desse Jeff artista. Isso já me gerou um interesse. Já em um 'oi' ele chegou com profundidade e aí foi falando da relação que tem com as pessoas que ele pinta”, contou à reportagem da Agência Brasil.
Renan gostou de saber também da relação que Jeff mantém com o Bairro do Barro, na zona oeste de Recife, onde nasceu, cresceu, vive e tem ateliê de pintura.
“Ele não saiu de lá e pinta as pessoas de lá. Em cada quadro, ele traz uma trajetória, uma história e como essa trajetória ali gravada na tela é importante não só para a pessoa que está sendo representada, mas para outras pessoas que se sentem parecidas também. Acabou que esta exposição começou a se tornar muito importante para mim”.
A característica de retratar pessoas com expressão séria também impressionou Renan. “Liguei muito com as ferramentas que eu utilizo nos meios sociais para poder viver enquanto pessoa preta, que é de estar sempre fechado, de ter essa armadura. O próprio sangue nos olhos que ele traz também, esse caminho vermelho difícil que a gente trilha e da própria vontade de não mais querer trilhar esses caminhos, que aí já vem a parte do azul que ele traz que são os sonhos. Isso mexeu demais comigo”, afirmou.
O historiador, que é negro, se sente representado nos trabalhos de Jeff Alan. “Com certeza, desde a conversa que tive com ele, essa identificação com os quadros ficou muito mais forte. Eu gosto muito mais dessa obra mais recente – Coragem. Tem uma também lá no cantinho que é a única com uma pessoa sorrindo, diferente de todas. Eu gosto muito. Meu objetivo na vida é não precisar mais usar estas ferramentas de proteção [rosto fechado]”, contou, indicando as preferências entre as obras.
Visitante
O engenheiro mecânico Cláudio de Paula, 66 anos, foi à exposição após receber a dica da filha Narelle Nicolau de Paula, também engenheira. Ficou tão ansioso em conhecer a mostra que aproveitou o horário de almoço para visitar a exposição, já que trabalha no prédio em cima do Centro Cultural da Caixa.
“É um trabalho muito bonito e, com certeza, minha filha vai adorar porque ela luta bastante pelas mulheres negras, para que todas tenham espaço para se expressar. Ela vai adorar esta exposição. É difícil a gente ver tantas expressões que são familiares, que nos lembram as nossas expressões e as expressões dos nossos pais, dos nossos ancestrais”, disse à Agência Brasil, acrescentando que voltaria à tarde com a filha.
“A dica dela foi excelente. Então, vou voltar para visitar com a exposição guiada que talvez seja elucidativa de cada um dos quadros”, concluiu.
Dos mais de 2,1 milhões de candidatos com inscrições confirmadas no Concurso Público Nacional Unificado, 56% são do sexo feminino, o equivalente a 1,2 milhão de pessoas. O dado faz parte das informações consolidadas divulgadas, nessa sexta-feira (23), pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Os candidatos irão disputar 6.640 vagas em 21 órgãos federais. As provas serão aplicadas no dia 5 de maio em 220 cidades de todas as unidades da Federação.
De acordo com o ministério, 76,2% dos inscritos pagaram a taxa – de R$ 60 ou R$ 90, percentual acima da média histórica de concursos públicos (60%), totalizando arrecadação de R$ 126 milhões. De acordo com o governo, o valor é suficiente para arcar com os custos do processo seletivo.
Segundo os dados, 19% dos inscritos não fizeram o pagamento da taxa. Desta forma, 2,1 milhões, entre pagantes e isentos, estão aptos a fazer as provas.
A maior parte dos candidatos (20,5%) informou ter renda entre R$ 2.825 e R$ 4.236. Apenas 6,3% disseram ter remuneração superior a R$ 14.120.
Do total de candidatos, 420.793 vão disputar uma vaga dentro da cota para negros; 45.564, para pessoas com deficiência e 10.444, para indígenas. E 54.219 inscritos solicitaram atendimento especial, como lactantes.
Blocos e cargos mais disputados
O Bloco 8, de nível médio, recebeu o maior número de inscrições: 701.029. Em seguida, aparece o Bloco 7, de nível superior e com cargos relacionados à gestão governamental e administração pública, que teve 429.370 inscritos.
Os cargos com mais candidatos inscritos são de nível médio: técnico em indigenismo, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (nível médio), com 323.250 candidatos; e técnico em informações geográficas e estatísticas para Região Nordeste, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (316.543).
No nível superior, o cargo com mais inscrições é para auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho (315.899), com oferta de 900 vagas.
Cidades com maior número de candidatos
As capitais lideram a lista das cidades com o maior número de candidatos: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte. Fora das capitais, a cidade com mais inscritos é Feira de Santana, na Bahia.
De acordo com o ministério, irão participar candidatos de 5.555 municípios. Para a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o indicador mostra que o concurso conseguiu alcançar uma parte significativa da população, já que as provas serão aplicadas a menos de 100 quilômetros da cidade onde o candidato reside.