Nome de destaque no esporte maranhense, o nadador Davi Hermes brilhou na disputa do V Torneio Aquafit, que foi válido como terceira etapa do Circuito Maranhense de Natação Master e disputado entre sexta-feira (13) e domingo (15), na piscina da AABB, em São Luís. Davi, que é atleta da Viva Água e conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, teve uma performance de alto nível no torneio estadual e faturou duas medalhas de ouro nos 50m costas e 50m borboleta.
O desempenho no V Torneio Aquafit mantém Davi Hermes em alta no cenário da natação maranhense. Em agosto, o atleta da Viva Água foi um dos destaques da Copa Amazônia Internacional de Natação e Águas Abertas, realizada em São Luís, ao conquistar seis ouros nas provas dos 50m borboleta, 50m livre, 50m costas, 100m borboleta, 100m livre e 100m medley.
Também em agosto, Davi Hermes conquistou três medalhas no Meeting Brasileiro de Natação CBDI 2024, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), com o apoio do Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB), e realizada no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Competindo contra os principais nomes da modalidade no país, o nadador maranhense levou a medalha de ouro nas provas dos 50m e 100m borboleta, além de garantir o bronze nos 50m livre.
Com esses excelentes resultados, Davi Hermes está confiante para os próximos desafios da temporada de 2024. O atleta da Viva Água vai disputar o Troféu Sylvio Kelly Masters de Natação, que ocorre nos dias 28 e 29 de setembro, em São Luís, e vai representar a Universidade Ceuma nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), em Brasília, entre os dias 8 e 13 de outubro.
JUMs
Antes do Meeting Brasileiro de Natação CBDI, Davi Hermes teve um excelente desempenho nos Jogos Universitários Maranhenses (JUMs), que foram realizados no dia 20 de julho, na Academia de Natação Nina, em São Luís. Representando a Universidade Ceuma, Davi Hermes brilhou nas provas dos 50m livre, 50m borboleta e 100m borboleta, ajudando a sua equipe a garantir a primeira colocação geral na natação dos JUMs. Com os resultados, Davi assegurou vaga para a sua terceira participação no Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), onde já conquistou 10 medalhas, sendo oito ouros, uma prata e um bronze.
Davi Hermes também foi destaque da Copa Brasil de Natação Paradesportivo, que foi disputada no início de julho, em São Luís. Mostrando mais uma vez o seu talento e habilidade nas piscinas, Davi faturou oito medalhas na competição nacional, que foi organizada pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA) e realizada em conjunto com o Campeonato Maranhense de Inverno - Troféu Giselle Menezes.
Pouco antes, em junho, Davi Hermes colecionou resultados expressivos no Campeonato Brasileiro de Natação, que é promovido pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI) e tem o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Além de faturar o pentacampeonato nacional nas provas dos 50m borboleta e 100m borboleta da competição nacional, Davi conquistou a prata na disputa dos 50m nado livre e foi bronze nos 200m borboleta.
Outros resultados
Na temporada de 2024, Davi Hermes integrou a equipe Maranhão Master na disputa do 71° Campeonato Brasileiro Masters de Natação, realizado em Belém, durante o mês de abril, e sagrou-se vice-campeão da categoria pré-master nos 200m borboleta, competindo em classe única, já que o evento não tem classe para paratletas. Também em abril, o nadador maranhense venceu a prova dos 50m borboleta no Troféu Viva Água - Anibal Dias, evento que foi válido como primeira etapa do Circuito Maranhense Master de Natação 2024.
Além disso, Davi Hermes representou o Brasil no Trisome Games 2024, que ocorreu em março, em Antalya, na Turquia. O atleta da Viva Água foi um dos grandes nomes da delegação da Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), após garantir o Top 10 mundial da categoria Sênior (17 a 24 anos) nos 50m borboleta e 100m borboleta, além de melhorar a sua marca pessoal em algumas provas realizadas no evento internacional.
O Maranhão estará presente na 28ª edição do Campeonato Brasileiro de Karate Shotokan, competição promovida pela Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil) e que será realizada no mês de outubro, na cidade de Vitória (ES). Em 2024, a Seleção Maranhense será composta por 16 caratecas e chega ao evento nacional com boas chances de medalhas.
Dos atletas maranhenses confirmados no Campeonato Brasileiro de 2024, sete deles representaram o Brasil na disputa da 6ª edição do Campeonato Mundial de Karate Shotokan, que ocorreu no mês de julho, na cidade de Tóquio, no Japão. A experiência conquistada no Mundial e a boa fase no cenário nacional colocam Daniel Caripunas, Garance Demousseau, Gilbert Demousseau, João Guilherme Maciel, Marco Aurélio Mota, Radhyja Costa e Vítor Augusto Moraes como as principais esperanças de medalhas para o Maranhão.
Além deles, a equipe maranhense também contará com os seguintes caratecas: Hanny Diniz, Hayka Diniz, João Batista Pereira, João Micael da Silva, Joaquim Henrique Filho, Leopoldo Martins, Luíza Mendes, Paulo Silveira e Samuel Amorim. Vale destacar que destes, Hanny, Hayka, João Batista e Paulo foram medalhistas na edição de 2023 do Campeonato Brasileiro de Karatê Shotokan, que ocorreu em Goiânia (GO).
Por falar no Brasileiro do ano passado, o Maranhão terminou sua participação no evento nacional com 33 medalhas no total: 8 ouros, 10 pratas e 15 bronzes. Dentre os medalhistas maranhenses, destaque para Marco Aurélio Mota, que subiu quatro vezes ao pódio. Outro atleta que foi muito bem foi Vitor Augusto Moraes que, em sua primeira competição nacional, colocou o Maranhão duas vezes no pódio.
Nesta terça (17), espectadores de todo o país poderão observar um eclipse parcial da Lua. O fenômeno terá início a partir das 21h41, com a fase penumbral. O início do eclipse parcial deve ocorrer às 23h12, e o ápice do fenômeno será às 23h44.
Desde que não haja nuvens na frente da Lua, será possível observar o eclipse simplesmente olhando para o céu. No horário em que é esperado o início do fenômeno visto a olho nu (23h12), a Lua estará bem alta no céu para todo o Brasil, o que facilita, ainda mais, a observação.
De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional Josina Nascimento, não é preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. "Os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.
É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol ocorrem em sequência. Dessa forma, o próximo eclipse do Sol ocorrerá no dia 2 de outubro.
Internet
Como o céu poderá estar nublado ou prejudicado pela fumaça das queimadas, é possível que o fenômeno não esteja visível em algumas localidades do Brasil. Nesse caso, será possível acompanhar o evento em tempo real pela internet.
Segundo Josina Nascimento, um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.
“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e, depois, sai da penumbra”.
Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra, ela vai ficando com uma "mordidinha" escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.
“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.
Segundo a astrônoma, o Brasil inteiro vai acompanhar o evento completo. Mas, este será um eclipse parcial com pequeníssima parte da Lua penetrando na umbra. No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.
Confira o cronograma do eclipse lunar (pelo horário de Brasília):
A Arena Domingos Leal receberá, entre os dias 26 e 29 de setembro, o São Luís Open de Beach Tennis, evento que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte e vale como 10ª e última etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, competição chancelada pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado. O São Luís Open vive a expectativa de reunir um número recorde de inscritos, que estarão na disputa por uma premiação de R$ 30 mil, dividida entre as várias categorias do torneio.
De acordo com a organização do São Luís Open de Beach Tennis, a categoria Profissional terá premiação de R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil para o gênero masculino e R$ 5 mil na disputa feminina. A categoria Amador, por sua vez, conta com R$ 20 mil em premiação, que será distribuída entre todos os torneios em disputa. Além disso, as duplas campeãs das categorias de Gênero A, B, C e D vão ganhar raquetes da marca PAAR.
Além de contar com R$ 30 mil de premiação, o São Luís Open de Beach Tennis também soma pontos para o ranking estadual da modalidade. Por meio desse ranking, será definido o Time Maranhão de Beach Tennis que vai disputar o Campeonato Brasileiro Oficial entre os dias 20 e 24 de novembro, na cidade de Vitória (ES).
Antes do São Luís Open, o Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis contou com outras nove etapas. São Luís, Imperatriz, Bacabal, Santa Inês, Codó e Santo Amaro, que sediou a 9ª etapa às margens do Rio Alegre, foram as cidades que receberam as disputas do torneio estadual nesta temporada.
Inscrições
As inscrições para o São Luís Open já estão abertas e podem ser feitas pela plataforma LetzPlay. A expectativa da FBTM é ultrapassar a marca de 300 atletas inscritos, atingida no torneio de 2023.
Outras informações sobre o Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).
Muito antes da atual onda de “sofrência”, o cancioneiro brasileiro era povoado por músicas de “dor de cotovelo”. Este era o nome que se dava à aflição sentimental do amor não correspondido ou não bem terminado. A expressão teria origem na imagem de alguém tristonho, com os cotovelos apoiados na mesa ou no balcão de um bar lamentando a falta de sorte do coração. Atire a primeira pedra quem nunca sofreu por amor e curtiu a fossa ouvindo uma canção de dor de cotovelo.
Em um vasto repertório de canções para sentir e sofrer, destaca-se a obra do compositor, cantor e cronista gaúcho Lupicínio Rodrigues. Hoje, 16 de setembro, comemoram-se os 110 anos de nascimento de Lupe, como é tratado em Porto Alegre. Lupicínio Rodrigues foi um fenômeno: o único artista que não morava no Rio de Janeiro, nem em São Paulo, e fazia sucesso nacional desde a década de 1930.
Recentemente, as histórias de Lupe ganharam um novo livro, escrito pelo também compositor e pesquisador musical Arthur de Faria. O nome do livro, que se originou do doutorado de Arthur de Faria em literatura brasileira, é Lupicínio: Uma Biografia Musical, publicado pela Editora Arquipélago.
A seguir, os principais trechos da entrevista do autor à Agência Brasil:
Agência Brasil
O seu livro conta que Lupicínio Rodrigues não sabia tocar nenhum instrumento musical. Mas, a despeito disso, além das letras, compunha melodias com algum grau de sofisticação. Como isso era possível?
Arthur de Faria
Não dá para ter certeza, mas eu acho que ele partia do texto, ou ia fazendo as duas coisas juntas, cantarolando mesmo na cabeça dele. O único instrumento que o Lupicínio tocava era a caixinha de fósforos. Ele compunha muito em bares, na rua, raramente em casa. Ia sempre encontrar algum parceiro que tocasse algum instrumento harmônico [como violão e piano]. Esse parceiro criava o acompanhamento, tocando os acordes que seriam os acordes daquela música.
A grande maioria das músicas do Lupicínio é formada por melodias que passeiam muito do grave para o agudo. São melodias de muitas notas e largas extensões. Há muitas canções dele que começam com um universo de poucas notas, mas, na segunda parte, mais dramática, há saltos melódicos gigantescos. Isso tudo é instinto do Lupicínio. Quando você faz uma pergunta, a melodia da voz sobe. Então, se eu te perguntar: “você sabe o que é ter um amor, meu senhor?”, a melodia sobe. O que define que isso é uma pergunta, é a melodia da fala. Se eu estiver afirmando: como “ter loucura por uma mulher”, a melodia desce. A canção do Lupicínio sempre acerta nisso.
Agência Brasil
Mas como ele aprendeu a fazer isso? Como despertou o interesse pela canção?
Arthur de Faria
O Lupicínio nasce em 1914. A Porto Alegre dos anos 1910 e 1920 era um cenário muito efervescente. Era um porto importante aqui do Sul. Era um ponto de trajeto entre grandes companhias europeias que iam do Rio de Janeiro para Buenos Aires e Montevidéu e paravam em Porto Alegre. Havia ópera, concerto, teatro e teatro musicado. Tinha muita produção musical em Porto Alegre, valsa, polca, scottish, que já se chamava xote, habanera, que logo ia se chamar vanera. Tinha uma onda de grupos com formato de jazz, que tocavam foxtrote, tocavam one-step, two-step, charleston, essas coisas.
Agência Brasil
Por falar em Porto Alegre, a cidade é a segunda personagem mais importante do seu livro, depois de Lupicínio. Ainda existem lugares na cidade que ele conheceu e frequentou?
Arthur de Faria
Muito poucos. Nenhuma das casas noturnas daquela época existe ainda hoje. O espírito boêmio, transposto para realidade atual, persiste mais fortemente, no bairro da Cidade Baixa, que era o bairro central da boêmia.
Agência Brasil
É comum aos poetas e aos letristas criarem um personagem, ou até personagens no plural, para expressar sentimentos e convicções que não necessariamente sejam seus, o chamado “eu lírico”. No livro, você identifica, em diferentes canções, situações que foram passagens da vida do Lupicínio, em especial seus envolvimentos amorosos. Ele compunha a partir do que tinha vivido de fato. Podemos dizer que Lupicínio Rodrigues era um letrista sem o eu lírico?
Arthur de Faria
Na verdade, ele fez jogo de cena. Lupicínio falava que tudo que compôs foram coisas que aconteceram com ele. Mentira! Havia nas músicas coisas que aconteceram com ele ou que ele ouviu de amigos, coisas que se passaram com amigos e conhecidos, e que ele puxou a história para ele. Mas essas pessoas tinham um eu lírico muito semelhante ao dele. Era o mundo da boemia porto-alegrense, um universo parecido. As alegrias e as patologias similares – eram muito machistas – e tinham uma convivência que, para os padrões da época, era muitíssimo democrática. Eram homens de qualquer classe social, com formação diferente. Podiam ser brancos ou pretos, hetero ou gays, que não escondiam que eram gays.
Agência Brasil
Mas o livro conta que músicas como “Ela disse-me assim” foram experiências próprias...
Arthur de Faria
O Lupicínio tinha muito esse gozo do sofrimento amoroso. Ele adorava. Tem um depoimento incrível, que está no livro, de um amigo contando que estava caminhando com Lupicínio na rua e aí ele diz: “vou ali na casa da fulana”, que era uma das namoradas que ele tinha. Lupicínio demora e o amigo vai espiar pela janela. Ele vê Lupicínio de joelhos na frente da namorada, e ela com um revólver dentro da boca dele. O amigo conta que Lupicínio estava com uma expressão beatificada, e não de medo.
Agência Brasil
No livro você também conta que Lupicínio Rodrigues conheceu o compositor Noel Rosa e os cantores Mário Reis e Francisco Alves em Porto Alegre. Que importância tiveram esses nomes para o compositor gaúcho?
Arthur de Faria
Lupicínio já admirava muito o Mário Reis. Ainda garoto, ele chegou a ser crooner, cantor de conjuntos, e era chamado de Mário Reis, porque achavam que ele cantava igual ao Mário Reis. Assim como João Gilberto, Lupicínio tinha essa referência clara como cantor. Noel Rosa era então reconhecido como o maior compositor do Brasil, e o Lupicínio queria mais do que tudo ser compositor e era um grande fã do Noel – como seria qualquer pessoa que quisesse ser compositor. Há a história de que Noel, então com 22 anos, após ouvir algumas canções de Lupicínio, então com 17 anos, teria dito: “esse menino é muito bom.” Eu não posso provar que isso de fato aconteceu.
Agência Brasil
Uma coisa mais fácil de provar é a importância que Francisco Alves teve para Lupicínio ser um nome nacional, não?
Arthur Faria
Exatamente. Algum tempo depois da gravação com sucesso de Se Acaso Você Chegasse, por Ciro Monteiro, em 1937], Lupicínio vai ao Rio de Janeiro, mostrar outras músicas dele pra algumas pessoas. Ele mostra várias canções para o Francisco Alves, que diz para ele guardar tudo e promete gravar, mas não grava.
Em 1945, o Orlando Silva, que era o segundo cantor mais importante do Brasil, grava uma das músicas que o Lupicínio tinha mostrado para Francisco Alves. Não sei se tomar uma bolada nas costas do Orlando Silva, ou se porque percebeu o crescimento do bolero e do samba-canção, Francisco começa finalmente a gravar as músicas que o Lupicínio tinha dado para ele. Aí é sucesso depois de sucesso.
Agência Brasil
Falamos de Se Acaso Você Chegasse, que é uma música que lança o Ciro Monteiro e duas décadas depois leva Elza Soares ao sucesso. Que diferenças têm essas versões? Há outro caso na música brasileira de uma mesma música servir de lançamento para dois artistas tão distantes, tão diferentes?
Arthur Faria
Não me ocorre nenhuma outra música, nenhum outro caso, ainda mais com intervalo de tempo tão grande. A música brasileira estava em outro universo. Elza fez um negócio que, na época, causou polêmica. Ela já era, sem saber, superfeminista. Ela não canta os versos “de dia, me lava a roupa; de noite e me beija a boca”. Certa vez, Elza explicou: “eu lavei muita roupa de madame e eu não vou cantar um negócio desse.”
Agora, a outra boa dela é quando grava Vingança, em meados dos anos 1960. As pessoas acharam que ela estava debochando da música. Em uma entrevista, eu perguntei para ela se estava debochando naquela gravação. Ela respondeu: “bicho, não dá para cantar aquilo a sério, né? Claro que eu estava tirando uma onda desse dramalhão.” Meu palpite é que o próprio Lupicínio também tirava um pouco de onda.
O Observatório Nacional vai transmitir ao vivo o eclipse parcial da Lua que ocorre na noite da próxima terça-feira (17) até a madrugada do dia 18. O programa O céu em sua casa: observação remota vai mostrar o fenômeno que será visível em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, e a transmissão ao vivo permitirá que todos acompanhem de perto este espetáculo celeste.
A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.
“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”
Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra ela vai ficando com uma "mordidinha" escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.
“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.
Segundo a astrônoma, o Brasil inteiro vai acompanhar o evento completo. Mas, este será um eclipse parcial com pequeníssima parte da Lua penetrando na umbra. No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.
A astrônoma esclarece que, diferentemente do eclipse do Sol, no horário do eclipse lunar, quem estiver vendo a Lua verá a lua eclipsada. Ou seja, a condição para ver qualquer eclipse da Lua é que a Lua esteja acima do horizonte no local onde a pessoa está e também que não haja nuvens encobrindo a Lua.
“Como todo eclipse da Lua acontece na lua cheia e como a lua cheia fica a noite inteira no céu (ela nasce quando o Sol se põe e se põe quando o Sol nasce), então a condição é que seja noite no local que você está no horário do eclipse (e que não haja nuvens na frente da Lua)”, diz.
O eclipse parcial da Lua, na noite do dia 17 de setembro, será visto do início ao fim (ou seja, fase penumbral, parcial e penumbral de novo) em todo o Brasil. O início do eclipse penumbral acontece no horário de Brasília às 21h41mine 7 segundos. O início do eclipse parcial será, a partir das23h12min 58 segundos; a força máxima do eclipse parcial acontece às 232h44min e 18 segundos; e o fim do eclipse ocorrerá, à zero hora, 15 minutos e 38 segundos, já na madrugada da quarta-feira (18). E, o fim do eclipse penumbral será a 1h34min e 27 segundos da madrugada.
Além de acompanhar a transmissão ao vivo do Observatório Nacional, é possível ver o eclipse simplesmente olhando para o céu (desde que não haja nuvens na frente da Lua). Como o eclipse visível a olho nu é o eclipse parcial, que só começa às 23h12, a Lua estará bem alta no céu para todo o Brasil, o que facilita ainda mais a observação.
Josina Nascimento avalia ainda que “não é preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. Além disso, os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.
É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol acontecem em sequência. Isso se deve ao fato do plano de órbita da Lua ser inclinado em relação ao plano de órbita da Terra, de aproximadamente 5 graus. Se não houvesse essa inclinação em toda Lua Nova haveria um eclipse do Sol e em toda Lua Cheia haveria um eclipse da Lua.
Em sequência ao eclipse da Lua haverá o eclipse anular do Sol no dia 2 de outubro próximo, que também será transmitido pelo Observatório Nacional.
A edição de 2024 do festival Revelando São Paulo, maior evento dedicado às culturas regionais do Estado, termina neste fm de semana, após passar pelas cidades de Barretos, Iguape, Presidente Prudente e São José dos Campos. Segundo a assessoria do festival, as edições no interior atenderam 200 mil visitantes. A edição na capital, que começou na quinta-feira (12) e vai até domingo (15) tem previsão de público de 80 mil pessoas, com maior concentração no sábado e domingo. O festival é gratuito.
A programação é variada, com barracas de artesanato e comidas típicas da culinária paulista, distribuídas na área de exposições do Parque da Água Branca, que sedia órgãos do governo como a Secretaria de Agricultura, e fica localizado na zona oeste da cidade. Os 142 participantes representam 88 municípios de 12 regiões paulistas. Também haverá apresentações de dança e música típicas, além de shows como o do violeiro Almir Satter, que encerrou a programação do palco ontem.
Em nota, a organização informou à Agência Brasil que a curadoria do Revelando São Paulo é pautada pela tradição e pela transmissão desses conhecimentos, que são passados de geração para geração. "É uma reverência a esses mestres, guardiões das expressões mais tradicionais da nossa cultura tão diversa".
Essa diversidade pode ser observada no evento por meio das comunidades representadas: caipiras, caiçaras, povos originários, quilombolas e ciganos. Além disso, este ano o Revelando fez parcerias com outras instituições, como o Catavento e o Museu de Arte Sacra, que trazem a experiência das culturas tradicionais por meio da estética". Detalhes da programação estão nosite do evento.
A universitária Milena Dias cursa jornalismo em Brasília e diz que todo mundo estranha o fato de ela não ter rede social. A estudante acredita que, em algum momento, isso vai mudar, mas, por enquanto, gosta de não fazer parte do ambiente virtual.
“Não sinto falta de postar fotos minhas, não sinto falta de ver as postagens dos outros, [porque] é um mundo separado da realidade. É diferente da vida real, é um mundo muito de estereótipos e, mais do que isso, de muita exposição.”
Já para a estudante de nutrição Maria Eduarda Nestali, que também mora na capital federal, as redes sociais são importantes: “Eu tenho WhatsApp, Instagram, TikTok, mas sou bem criteriosa com os conteúdos que eu assisto", pondera Maria Eduarda.
Estudos indicam que o impacto da internet na saúde mental pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da forma como ela é utilizada. A necessidade de permanecer conectado à rede mundial de computadores preocupa especialistas, que apontam a relação entre o consumo excessivo das plataformas on-line e transtornos mentais como depressão e ansiedade.
Foi buscando uma resposta para o que acontecia com estudantes da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) que a professora Irena Penha Duprat resolveu aliar o interesse pelo uso excessivo da internet à pesquisa sobre a chamada ideação suicida. Este ano, ela defendeu, na Universidade de São Paulo (USP), a tese O Papel da Internet na Saúde Mental de Jovens Universitários e sua Relação com Ideação Suicida.
Irena Duprat observou, em 2017 e 2018, um aumento no número de alunos com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e algumas tentativas de suicídio, o que, segundo ela, era muito preocupante. “Queria saber se o uso excessivo influenciava no pensamento suicida do estudante”, explica.
Foram entrevistados 503 alunos de seis cursos da área de saúde. “Eles responderam alguns questionários e, entre eles, um teste sobre dependência de internet e um sobre ideação suicida, além da questão sociodemográfica para conhecer o perfil de cada estudante", conta Irena.
Cerca de 51% dos estudantes foram classificados com algum tipo de dependência: leve, quando a pessoa usa muito a internet, mas tem a percepção disso e consegue parar; e moderada e grave, quando já não há essa percepção. Irena explica que, nesses dois últimos casos, a dependência é comparada a qualquer outra, sem limites. “No caso da ideação suicida, no questionário, a gente teve uma prevalência de 12,5% de estudantes com ideação presente”, revela.
Onze dos entrevistados com sintomas depressivos apresentaram maior frequência de ideação suicida, assim como aqueles com nível de ansiedade alto. Ainda de acordo com a pesquisa, a ideação suicida foi maior entre estudantes que reportaram dependência moderada ou grave da internet.
“O uso da internet [é] como um mecanismo de fuga para diversas situações da vida deles. Principalmente aqueles que relataram problemas como depressão, ansiedade, estresse. Eles usavam, na verdade, a internet como um refúgio para fugir dos problemas”, aponta a professora Irena Duprat.
O impacto negativo também é sentido no caso da exposição em mídias sociais como Instagram e Facebook, sobretudo na saúde mental das mulheres. A professora diz que, para as jovens, é “algo que influenciava na questão do pensamento suicida, principalmente em relação a esses conteúdos que podem gerar sentimentos de inferioridade, baixa autoestima".
"Por quê? Porque a gente olha aquelas redes sociais, as influencers, e as pessoas parecem ter uma felicidade. As mulheres apresentam o ideal de beleza que quem está olhando muitas vezes não se sente assim”, ressalta.
Internet como aliada
A psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, que se dedica ao trabalho de prevenção e de posvenção (apoio nos processos de luto) ao suicídio, também avalia que o uso da tecnologia pode ser positivo ou negativo.
“É difícil a gente estabelecer o que começa antes, se um uso excessivo da tecnologia que leva a questões de saúde mental ou influencia as questões de saúde mental; ou se as pessoas já estão lidando com questões de saúde mental e acabam fazendo um uso excessivo das redes, por conta disso”, destaca a psicóloga Karen Scavacini.
Karen acredita que os impactos dependem da vulnerabilidade das pessoas, se elas estão passando por situações delicadas, com algum transtorno mental não tratado ou não diagnosticado. Têm relação também com as horas de uso e como é esse uso – se é mais passivo ou mais ativo.
Outro fator que merece atenção é o que a rede tem oferecido para os usuários dependendo dos conteúdos que eles buscam, a partir dos algoritmos. "Se ela vai e procura depressão, o que ela recebe de informação? Se ela procurar autolesão, se ela procurar suicídio, o que que ela encontra? Então, o que as redes oferecem em termos de conteúdo”.
A psicóloga lembra que, em muitos casos, as pessoas recorrem às redes para buscar grupos de pertencimento, com quem conversar e pedir ajuda. Ela cita pesquisas recentes que mostram que muitos jovens, por exemplo, têm buscado na internet informações sobre saúde mental e como superar o preconceito e o estigma em relação ao assunto.
O Instituto Vita Alere oferece material educativo gratuito de acesso livre. Desde um baralho que pode ser usado em sala de aula por professores para abordar o tema da prevenção do suicídio na internet, até uma cartilha para pais e educadores sobre tempo de uso. No ano passado, o instituto abriu um centro de inovação para estudos em saúde mental, tecnologia e suicidologia.
O instituto oferece, ainda, o Mapa da Saúde Mental, um mapeamento nacional dos locais de atendimento em saúde mental gratuitos no país. Os interessados podem acessar o Mapa da Tecnologia, que mostra locais de ajuda específicos para pessoas que estão passando ou passaram por alguma violência on-line.
Karen Scavacini destaca que, hoje em dia, a tecnologia pode funcionar como aliada e cita, por exemplo, aplicativos que indicam onde buscar informações e outros tipos de ajuda para pessoas em sofrimento.
Outro exemplo são as terapias virtuais desenvolvidas para alguns tipos de atendimento específicos, como no caso de pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, além do uso de games para ajudar crianças com transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. “A tecnologia oferece novos tratamentos também e formas alternativas ou complementares de tratamento para a saúde mental", aponta.
A psicóloga orienta os interessados a buscarem fontes confiáveis, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Associação Brasileira de Prevenção ao Suicídio, a Associação Brasileira de Sobreviventes Enlutados por Suicídio e o próprio Instituto Vita Alere.
Para Irena Duprat, que fez o estudo sobre internet e ideação suicida de universitários, é preciso uma conscientização sobre o uso das redes. Afinal, a tecnologia veio para ficar.
"É inevitável que a internet faz parte da vida de todo mundo. Ela traz benefício, a gente não pode pensar só no lado negativo. Ela é uma das maiores revoluções tecnológicas dos últimos 20 anos, mas, como tudo em excesso pode trazer algo prejudicial, ela também pode. Então,, a gente precisa é trabalhar essa conscientização do uso com moderação. É saber até onde esse uso pode realmente trazer benefícios ou malefícios", defende.
A dependência da internet pode ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, com medicação, associada a tratamentos para depressão e ansiedade.
Saúde mental dos estudantes
Algumas universidades têm iniciativas voltadas para a saúde mental dos estudantes. É o caso da Universidade Federal Fluminense em Campos dos Goytacazes (UFF Campos).
Bruna Oliveira Silva é estudante do último ano de psicologia. Para ela, a vida universitária não é fácil. "Estar no ambiente acadêmico, em que muitas vezes a gente está submetida a rotinas exaustivas, relacionadas à pressão das disciplinas, com prazos para cumprir. O fato de estar longe do nosso núcleo familiar, como é o caso de muitos alunos do nosso polo. É muito difícil e requer muito esforço mental dos estudantes”.
Com o aumento de queixas associadas à saúde mental dos estudantes, identificado pela assistência estudantil, a UFF Campos desenvolveu, em 2017, o projeto Cuca Legal, uma parceria da equipe de assistentes sociais e de professores do Departamento de Psicologia.
No Cuca Legal, o aluno pode falar de suas angústias e dúvidas, além de aprender algumas habilidades necessárias para o ambiente universitário, como destaca a professora do Departamento de Psicologia Ana Lúcia Novais Carvalho. O projeto tem encontros mensais, oficinas semanais e mantém um perfil no Instagram.
Nesse caso, segundo Ana Lúcia, a rede social é uma espécie de intervenção psicoeducativa, “onde a gente identifica, quais são os temas mais frequentemente abordados pelos alunos". "Por exemplo, a questão do sono. A gente, às vezes, pode valorizar muito pouco a necessidade de sono, mas o sono pode impactar de forma importante mesmo a própria saúde mental”.
Os alunos que precisam têm um cuidado individual da assistência estudantil. Uma psicóloga faz os atendimentos. O encaminhamento é feito dentro da própria instituição, quando necessário, e se for o caso, para a rede estadual de saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS) possui a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), dedicada a cuidar da saúde mental.
Setembro Amarelo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2000 a 2019, o suicídio foi a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo.
Durante todo o mês de setembro, profissionais de saúde intensificam as ações voltadas para a saúde mental e a conscientização relacionada à importância da preservação da vida. É a campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio.
A psicóloga Karen Skavacini ressalta a necessidade de as escolas participarem desse processo e destaca a importância de se falar abertamente sobre o assunto. “Quando a gente fala abertamente sobre um assunto, a gente tem a capacidade de mudar as coisas com relação a ele. Então, eu diria para a gente aproveitar este mês para refletir o nosso papel e para expandir esse conhecimento e esse cuidado para todos os outros meses”.
Quem estiver passando por um momento difícil pode encontrar ajuda nos centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e nas unidades básicas de Saúde, ou no Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende pelo telefone 188 ou pela internet.
A cidade de São Luís será palco da última etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, evento chancelado pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado. Desta vez, a Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, vai se tornar a casa do beach tennis no Maranhão. As disputas do São Luís Open, que conta com o patrocínio do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo Esporte, vão ocorrer entre os dias 26 e 29 de setembro. As inscrições para esta etapa já estão abertas e podem ser feitas pela plataforma LetzPlay.
Esta será a segunda vez que a Arena Domingos Leal, uma das praças esportivas mais importantes do Maranhão vai sediar uma etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis. Em 2023, a FBTM já havia inovado e realizado a competição no local. Na ocasião, mais de 300 atletas estiveram na disputa da temporada passada. Agora, a expectativa é que mais competidores estejam na briga pelos títulos.
“Ano passado, realizamos uma etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis na Arena Domingos Leal e foi um sucesso absoluto porque fizemos com que a arena realmente ‘respirasse’ o beach tennis. Foi algo incrível e que tenho absoluta certeza de que vamos repetir em 2024. A modalidade é a que mais cresce no Estado e estamos provando que é possível fomentar o esporte e realizar eventos grandiosos. Ficamos felizes em contar com o governo do Maranhão e com o Grupo Mateus como patrocinadores por acreditarem e valorizarem, cada vez mais o nosso esporte”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM.
O São Luís Open de Beach Tennis corresponde à décima etapa do Campeonato Maranhense Oficial. Vale destacar que esta etapa também soma pontos para o ranking estadual da modalidade. É a partir desse ranking que o Time Maranhão de Beach Tennis será formado para disputar o Campeonato Brasileiro Oficial de Beach Tennis entre os dias 20 e 24 de novembro na cidade de Vitória (ES).
Em 2024, além desta última etapa que será realizada na Arena Domingos Leal, o Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis contará com outras nove etapas. São Luís, Imperatriz, Bacabal, Santa Inês, Codó e Santo Amaro, que sediou a 9ª etapa às margens do Rio Alegre, foram as cidades que receberam as disputas do torneio estadual nesta temporada.
Outras informações sobre o Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).
O Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) e o Procon-MA estão, mais uma vez juntos, para coibir a ação ilegal de profissionais não habilitados em academias de São Luís. No mês de setembro, os dois órgãos realizaram ações em conjunto em diversos estabelecimentos da capital maranhense com o objetivo de garantir a qualidade na prestação de serviços por profissionais qualificados.
Nas fiscalizações em conjunto, além de combater a ilegalidade na profissão de Educação Física, outros aspectos também são analisados, como as condições da estrutura física do local, acessibilidade, condições de higiene, validade dos produtos vendidos, entre outros. Caso encontrem alguma irregularidade durante a vistoria, os dois órgãos tomam as medidas cabíveis, conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor (CDC).
No início do mês, por exemplo, a ação do Cref21/MA e do Procon-MA resultou na suspensão das atividades e interdição de uma academia localizada na Avenida São Luís Rei de França, no Bairro do Turu, em São Luís. Após recorrentes informações anônimas, os fiscais dos órgãos estiveram no local e constataram diversas irregularidades no estabelecimento: ausência de profissional de Educação Física e problemas estruturais, como falta de acessibilidade e maquinário sem manutenção. O proprietário foi orientado e recebeu prazo de 90 dias para resolver as demandas pendentes. Após esse período, uma nova vistoria será realizada para poder liberar ou não o funcionamento da academia.
Para o diretor-executivo do Cref21/MA, Diogo Oliveira, a ação conjunta dos dois órgãos é importante para que haja uma maior satisfação e confiança da população para adquirir os serviços oferecidos pelos estabelecimentos de atividade física.
“O Cref21/MA e o Procon fiscalizam a parte que lhes cabe a fim de garantir que todos os aspectos legais das academias estejam em suas melhores condições, bem como diagnosticar se elas possuem profissionais especializados para atender, corretamente, a população maranhense. Juntos, conseguimos cuidar da saúde das pessoas e a garantir os seus direitos como consumidor”, explica.
Trabalho conjunto
Somente no primeiro semestre de 2024, o Cref21/MA fiscalizou, em todo o Maranhão, 1.504 profissionais, 699 empresas, 278 pessoas físicas sem registro, 467 pessoas jurídicas sem registro. De janeiro a junho, os fiscais do Conselho estiveram em 31 municípios maranhenses.
Ainda de acordo com os dados do Cref21/MA, a principal ocorrência identificada durante as fiscalizações corresponde às empresas com credenciamento vencido ou não exposto: foram 287 ocorrências registradas até o fim de junho. Em seguida, foram constatados 222 profissionais fora da área de atuação. Além disso, 199 empresas não apresentaram documentação.
Vale destacar que esse trabalho de fiscalização é desenvolvido pelo Cref21/MA regularmente e, além de confirmar a legalidade de atuação do profissional de Educação Física, garante que o profissional possui formação acadêmica necessária para fornecer um serviço de qualidade.
No site do Cref21/MA (www.cref21.org.br/) é possível informar irregularidades e consultar se os locais que oferecem serviços de atividade física são registrados no Cref21/MA ou se o profissional é realmente habilitado.