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Profissionais e pesquisadores de comunicação manifestaram preocupação, durante a 1ª Semana Nacional de Jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com a falta de uma regulação eficaz das chamadas big techs, empresas responsáveis pelas plataformas digitais. Ao mesmo tempo, se preocupam com algumas propostas que vêm sendo colocadas para discussão. O evento, que ocorre no Rio de Janeiro, promoveu, na tarde dessa terça-feira (28), uma discussão sobre a relação entre a mídia hegemônica, a mídia independente e as plataformas digitais.

De acordo com a pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Patrícia Maurício, os grandes portais de notícia recebem, atualmente, uma audiência expressiva proveniente de plataformas digitais, seja pela busca do Google, seja por compartilhamentos de redes sociais. Dessa forma, precisam modular seus conteúdos para se adequarem aos algoritmos que regem essas plataformas.

“Existem determinados parâmetros que são criados pelo Google, por exemplo, para ranquear uma matéria. É óbvio que o jornalismo comercial vai atrás da audiência para poder vender os anúncios que estão no seu site. A questão da audiência já era um problema no passado e, hoje, estamos em uma situação em que é preciso observar as métricas, usar as palavras-chaves, estruturar os parágrafos do jeito que as plataformas querem, se não o Google não vai ranquear bem”, observa.

A pesquisadora destaca que as plataformas assumiram um protagonismo na distribuição das notícias e mantém um grande poder, já que podem controlar a visibilidade que certo assunto terá, até mesmo vetar determinado tipo de conteúdo. “O jornalismo está nas mãos das plataformas digitais”, acrescenta.

Patrícia aponta que as big techs possuem modelos de negócio baseados nos dados coletados dos usuários e que essas tecnologias precisam ser reguladas para servirem ao interesse público. Ela considera preocupante o nível de concentração do mercado. Embora chame atenção para o crescimento da plataforma chinesa Tik Tok, ela vê uma hegemonia das empresas estadunidenses, sobretudo do Google (que inclui serviços como o YouTube, Gmail, Google Meet e outros, além do buscador) e da Meta (administradora do Facebook, Instagram e WhatsApp).

“Elas usam os dados das pessoas que estão navegando para direcionar a publicidade a elas. Você faz buscas no Google e, daí, eles sabem que você está procurando uma geladeira. Então, começam a te mostrar anúncios de geladeira. E isso foi se sofisticando”, explica.

“O Google foi criando novas ferramentas e comprando outras empresas, como por exemplo o YouTube. A Meta também. Como o WhatsApp se financia? Se financia porque é do mesmo grupo. Mesmo que você não receba anúncio pelo WhatsApp, os dados coletados ali vão se reverter em publicidade para você em outros momentos”, acrescenta.

De acordo com o sociólogo Sérgio Amadeu, a televisão deixou de ser o maior destino de publicidade no mundo porque é mais interessante apostar nas estruturas hierárquicas das big techs. Segundo ele, os dados vêm sendo coletados em uma intensidade sem precedentes e o algoritmo modula a nossa atenção, nos direcionando anúncios e discursos sob medida. Dessa forma, os anunciantes podem comprar audiência em tempo real. “As plataformas usam modelos estatísticos para tentar predizer as nossas ações”, explica.

Sérgio Amadeu considera que houve uma mudança no que chama de economia da atenção. “A internet inverteu o fluxo de comunicação. O difícil não é falar. É ser ouvido”, pontua. Ele reconhece que a pluralidade de vozes é maior do que no passado, mas pondera.

“Quando você expande as oportunidades de fala, há uma maior possibilidade democrática. Ocorre que a internet é também uma rede distribuída. E uma rede distribuída não é necessariamente uma rede democrática. Ela distribui também a vigilância, o discurso de ódio, a desinformação”. O sociólogo argumentou que a tecnologia não é neutra e tem implicações raciais, sociais e de gênero. “A democracia precisa controlar as plataformas que tem como objetivo a monetização e a formatação das atenções”.

Mídia independente

A abertura das plataformas digitais para vozes dissonantes até então escanteadas pela mídia hegemônica foi um aspecto destacado durante o debate. A jornalista Cris Gomes defende a necessidade de ajustes na comunicação digital, mas disse ser preciso reconhecer os avanços. “Hoje, temos blogueiros e youtubers que falam de pessoas pretas, que falam sobre o racismo e sobre o capacitismo, que falam em defesa dos povos indígenas. Essas pessoas apareceram primeiro de forma independente para depois aparecerem na grande mídia com o peso que vemos hoje”, observou.

O jornalista Leonardo Attuch, fundador e editor do portal Brasil 247, se posicionou na mesma direção. Ele conta que deixou de receber recursos de publicidade estatal a partir do governo de Michel Temer e que a receita obtida com os anúncios por meio das plataformas lhe permitiu dar sequência ao trabalho jornalístico, que inclui um canal no YouTube batizado de TV 247. “Nossa existência também foi fruto da relação com essas plataformas”, afirma.

Ele considerou que a falta de neutralidade do algoritmo, responsável por estabelecer qual conteúdo terá visibilidade e qual será escondido, é um desafio. Segundo Attuch, as redes sociais, em especial o Facebook, tem reduzido a visibilidade de conteúdos jornalísticos. Ele cobra mais transparência das big techs. Ao mesmo tempo, aponta que elas possuem uma infraestrutura que permite a existência do jornalismo independente e de portais que defendem o regime democrático.

“Sei que há discussões relevantes sob o ponto de vista da democracia. O algoritmo pode beneficiar conteúdos que geram mais engajamento. E o engajamento muitas vezes é produzido por discursos de ódio, fake newsclickbait [“isca de cliques”, em tradução livre], etc.”. Attuch apresentou algumas propostas. “É muito difícil discutir hoje o retorno da obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Eu sou favorável a uma espécie de certificação, para subir um conteúdo no YouTube que seja classificado como jornalismo”.

Marco Civil

Uma proposta que provocou preocupação entre os debatedores é a modificação do Artigo 19, do Marco Civil da Internet, segundo o qual as plataformas não podem ser responsabilizadas por conteúdos produzidos por terceiros, exceto se descumprirem ordem judicial para remoção de determinada publicação. O tema esteve em pauta em uma audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Leonardo Attuch manifestou temor de que uma mudança reduza a pluralidade da imprensa. “Se as plataformas se tornarem responsáveis pelo conteúdo que cada um produz, elas podem, de repente, chegar à conclusão que o jornalismo é um conteúdo muito sensível e decidir ficar só com entretenimento, que não gera problemas. Ou só com futebol. O jornalismo naturalmente confronta interesses e gera discussão política”. diz.

Para Sérgio Amadeu, o Artigo 19 não impede as plataformas de moderar conteúdo. De acordo com o sociólogo, uma mudança na redação acabará por aumentar ainda mais o poder das big techs ao invés de reduzi-lo.

(Fonte: Agência Brasil)

Apenas 38% do total de estudantes de cursos de licenciatura matriculados em instituições federais concluíram a graduação de forma presencial. Nos cursos de matemática e ciências da natureza, esse índice cai para 30% e 34%, respectivamente. As informações fazem parte do estudo sobre Indicadores de Qualidade da Educação Superior no Brasil, relativos a 2021, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (28), pelo Ministério da Educação (MEC).

No total, foram avaliados 17 cursos de formação de professores (licenciaturas): artes visuais, ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, educação física, filosofia, física, geografia, história, letras português, letras português e espanhol, letras português e inglês, letras inglês, matemática, música, pedagogia e química. Em todos eles, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) ficou abaixo de 50, numa escala de 0 a 100. Os cursos de licenciatura em ciência da computação e educação física foram os que tiveram a menor média nacional na nota geral: 30,6 e 35,6 respectivamente. Ciências Sociais teve a melhor média, com 45,3 pontos.

Para o ministro da Educação, Camilo Santana, o quadro é preocupante e mostra a necessidade de se ter uma atenção especial na formação dos docentes.

“Se queremos melhorar significativamente a qualidade da educação básica desse país, precisamos fortemente olhar para a qualidade da formação inicial dos nossos professores. Nós estamos falando de frear esse quadro que temos hoje e reverter essa tendência, para que a gente possa ter um resultado melhor nos próximos anos e nas próximas avaliações realizadas pelo Inep”, afirmou.

A avaliação é feita com base em dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), do Conceito Preliminar de Cursos (CPC), do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) e do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD). No total, foram avaliados 7.512 cursos: sendo 4.750 de licenciatura, 2.020 de bacharelado e 742 tecnológicos.

O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Cury, ressaltou que os dados mostram três diferentes fases da evasão nos cursos de licenciatura: a recusa no preenchimento de novas vagas, a alta desistência durante o curso e a baixa relação entre o número de egressos e vagas de emprego.

Cury classificou como “muito grave” a perda de perspectiva profissional e lembrou que os estudantes precisam se identificar com curso e processo de formação de competências. “Então, é importante que haja políticas de ingresso e é ainda mais importante que, tanto instituições públicas quanto particulares, repensem os seus currículos e construam políticas adequadas”.

Cálculo da avaliação

O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é utilizado como forma de avaliação dos cursos de graduação. O indicador considera o desempenho dos alunos nas duas provas do Enade, a formação acadêmica dos docentes da instituição e o questionário respondido pelos estudantes com a avaliação sobre o próprio curso.

O Índice Geral de Cursos (IGC) busca mensurar a qualidade das instituições de ensino superior com base no índice anterior, no caso o CPC dos últimos 3 anos, além das avaliações de mestrado e doutorado analisadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Esses indicadores servem para subsidiar a elaboração de políticas públicas, como a concessão de bolsas de estudo, oferta de cursos de pós-graduação, mudanças curriculares, entre outros processos de supervisão e regulação da educação superior.

Professora assassinada

Durante a apresentação dos indicadores de qualidade da educação superior, o ministro da Educação, Camilo Santana, prestou homenagem à professora assassinada na segunda-feira (27), dentro de uma escola de São Paulo.

“Primeiro, queria me solidarizar com a família da professora e dizer que sempre nos indignaremos e repudiaremos qualquer ato de violência, principalmente dentro das escolas. Escola é um ambiente de paz e de aprendizado”.

(Fonte: Agência Brasil)

A sexta edição do Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol, que conta com os patrocínios do governo do Estado, da Potiguar e das Drogarias Globo por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, mantém uma intensa rotina de atividades na Associação dos Veteranos da Caixa-d’Água do Cohatrac, em São Luís. A iniciativa beneficia 60 meninos entre 8 e 14 anos, que participam de treinos de futebol de campo e aulas de reforço escolar semanalmente.

Em janeiro, durante a abertura da sexta edição do Projeto Educação e Esporte, todos os alunos da escolinha receberam kits com uniforme completo (camisa, calção e meião), chuteiras, bolsas, caneleiras, squeeze e agenda escolar para participação nas atividades semanais.

Vale destacar que, nos dias dos treinos, que ocorrem duas vezes por semana, os meninos do Projeto Educação e Esporte recebem acompanhamento de uma pedagoga e de profissionais de educação física. Além disso, os jovens atletas ainda participam de um lanche coletivo.

Com caráter social, o Projeto Educação e Esporte foi idealizado para aliar o estudo e a prática do futebol à vida de crianças de São Luís. Nas edições anteriores, o projeto foi desenvolvido no Bairro Vila Conceição, na região do Altos do Calhau.

“Estamos muito felizes com o andamento das atividades do Projeto Educação e Esporte no Cohatrac. As crianças estão se empenhando bastante nos treinos e nas aulas, pois sabem que é importante unir a prática esportiva com o aprendizado educacional. Ver o desenvolvimento desses jovens como atletas e cidadãos é uma grande alegria e o nosso maior objetivo. Fica o nosso agradecimento ao governo do Estado, à Potiguar e às Drogarias Globo por todo o apoio para a execução desse projeto", afirmou o coordenador do Educação e Esporte, Kléber Muniz.

Projeto Educação e Esporte

Em atividade desde 2016, o Projeto Educação e Esporte já atendeu mais de 300 crianças. O grande diferencial dessa iniciativa é justamente conseguir levar educação e esporte para as crianças. A dinâmica do projeto é bem simples: semanalmente, as crianças participam dos treinos de futebol acompanhados por profissionais de educação física. Paralelamente ao trabalho desenvolvido em campo, a garotada recebe acompanhamento educacional, com aulas que servem como uma espécie de reforço escolar.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A segunda edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar, contará com 48 times, quantidade bem superior à registrada no ano passado. O crescimento do torneio se deve à inclusão da categoria Sub-17. Além dela, as disputas das categorias Adulto Feminino e Adulto Masculino vão continuar. O anúncio do recorde de equipes participantes foi realizado durante o evento de lançamento desta edição, que ocorreu na Arena Olynto.

Em cada uma das categorias em disputa, haverá a participação de 16 equipes. Todos os times receberam receber coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante toda a competição.

“A Copa Golzinho de Praia é uma excelente competição de fomento do esporte na capital maranhense. Para se ter ideia, serão quase 500 atletas participando do torneio. É um número expressivo e que muito nos alegra. Temos certeza de que esta edição será ainda mais marcante quanto foi no ano passado. Nosso muito obrigado ao governo do Estado, ao El Camiño Supermercados e à Potiguar por acreditarem neste projeto”, afirmou o diretor-técnico da competição, Waldemir Rosa.

Vale destacar que, durante o lançamento da segunda edição da Copa Golzinho de Praia, foram sorteados os confrontos de oitavas de final das três categorias em disputa. A competição terá formato eliminatório em quatro fases: oitavas de final, quartas de final, semifinais e finais.

Disputas

As disputas da Copa Golzinho de Praia já terão início no próximo domingo (2/4) com os duelos de oitavas de final da categoria Sub-17 a partir das 9h. As partidas eliminatórias serão realizadas nos campos que serão montados na Praia do Calhau.

Os jogos de oitavas de final do Sub-17 são os seguintes: RAF 07 x 15 de Novembro, Athletico x Craques na Escola, GM Sports x Comercial, Palmeirão x Lyon, Corinthians do Bequimão x Audaz, América x Flamengo, Afasca x Geração Jovem e Inovar x Revelação. Os vencedores desses jogos avançam para a próxima fase do torneio.

O início dos torneios Adulto Feminino e Adulto Masculino ainda será definido pela organização da Copa Golzinho de Praia.

Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição.

TABELA DE JOGOS

Domingo (2/4) / Praia do Calhau (Campo 1)

9h – RAF 07 x 15 de Novembro (OF Sub-17)

9h45 – Athletico x Craques na Escola (OF Sub-17)

10h20 – GM Sports x Comercial (OF Sub-17)

11h – Palmeirão x Lyon (OF Sub-17)

Domingo (2/4) / Praia do Calhau (Campo 2)

9h – Corinthians do Bequimão x Audaz (OF Sub-17)

9h45 – América x Flamengo (OF Sub-17)

10h20 – Afasca x Geração Jovem (OF Sub-17)

11h – Inovar x Revelação (OF Sub-17)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O paleontólogo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um dos cientistas que realizaram estudo sobre as coleções de 73 museus de história natural de todo o mundo.

O levantamento das coleções mundiais de história natural foi publicado na última quarta-feira (22), na revista internacional Science. Outros dois pesquisadores do Museu Nacional participaram do trabalho: a diretora adjunta de coleções, Cristiana Serejo, do Departamento de Invertebrados, e o chefe do Departamento de Vertebrados, Paulo Passos.

O estudo registrou informações sobre 1,1 bilhão de peças reunidas por 4.500 pesquisadores e mais de quatro mil voluntários. Os dados iniciais referentes à Global Collections podem ser acessados na plataforma Zenodo.

O trabalho foi organizado pelo paleontólogo Kirk Johnson, do Smithsonian National Museum of Natural History, e pelo ornitólogo Ian Owens, da Cornell University, com financiamento do Smithsonian Museum, do Museu de História Natural de Londres e do Museu Americano de História Natural.

Em entrevista à Agência Brasil, Alexander Kellner informou que, antes do Museu Nacional sofrer o incêndio que quase o destruiu totalmente, em 2018, já havia a ideia de se fazer um grande catálogo de história natural em nível mundial. “Porque nós temos muita informação e essa informação, às vezes, fica perdida. Às vezes, também, eu tenho uma informação que outro museu está precisando e ele não sabe que eu tenho”. Destacou, a seguir, que há problemas que afetam todos os museus no planeta, como a questão da preservação dos ambientes e a biodiversidade.

Linguagem comum

Acentuou que, muitas vezes, políticas públicas podem funcionar para uma região, mas não para outras. “E se você quer fazer uma coisa mais geral, tem que entender exatamente como está a questão da informação sobre biodiversidade em todos os países, em todas as regiões”, disse.

Capitaneados por Kirk Johnson, os cientistas pretendiam reunir os principais museus de história natural no mundo, visando ter dados gerais que possam ser utilizados por todos.

O levantamento das informações não é tarefa simples, porque é necessário ter uma linguagem comum, explicou Kellner. “Tem todo um trabalho de refinamento que envolveu bastante tempo entre as instituições para que a gente pudesse falar a mesma língua. Isso foi alcançado agora”, garantiu.

O diretor do Museu Nacional comentou que a iniciativa não termina em si mesma, mas marca o início da tarefa e deve servir de inspiração para que se possa avançar e envolver ainda mais museus pelo mundo. No levantamento, há predominância dos museus europeus, em detrimento dos museus da América do Sul e da África, por exemplo. “Isso tem que mudar”, opinou.

A maioria das instituições encontra-se no hemisfério norte, na Europa e nos Estados Unidos, como  importantes museus e centros de pesquisa no Brasil, México e Austrália, principalmente. Os contatos com o Museu Nacional foram feitos em torno de 2017, mas o grupo internacional de cientistas já estava trabalhando desde 2016.

Dever de casa

Kellner disse que, no caso do Museu Nacional, a ideia é fazer o seu próprio dever de casa, uma vez que as informações disponíveis da instituição não eram as mais completas. “Foi um aprendizado para a gente”, confessou.

O próximo passo será a digitalização das coleções para  disponibilizar os dados. O diretor está em busca de financiamento para a tarefa. Ele dispõe de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mas afiançou que está procurando mais verbas para expandir a tarefa.

“Como a gente atrai outros parceiros? É mostrando o que a gente faz, convidando-os a participar e tentando, de alguma forma, prestar auxílio para que eles possam também fazer esse trabalho. É preciso entender que muitos museus, lamentavelmente, não têm nem gerente de coleções. Há uma conscientização de que esse trabalho ajuda nessa linha e a gente tem que promover no nosso país e nas demais nações em desenvolvimento. É necessário cuidar das coleções que temos. Isso é fundamental e requer recursos” assegurou. A segunda etapa do estudo já começou e consiste em detalhar mais os dados compilados, atuando também na digitalização das coleções.

Riscos

As coleções de história natural correm inúmeros riscos. Por isso, os pesquisadores sentiram a necessidade de digitalizar e reunir informações sobre importantes instituições em uma plataforma de dados universal.

Na Global Collections, eles listaram alguns dos riscos que os museus e seus acervos têm sofrido, entre os quais os incêndios que destruíram parte do acervo do Museu Nacional do Rio e em Nova Délhi, na Índia, e o míssil que atingiu o Herbário Nacional da Ucrânia, em outubro do ano passado. Os pesquisadores citaram, também, a falta de investimentos em infraestrutura e pesquisa como uma ameaça aos itens expostos.

Apesar do número significativo de objetos reunidos nas coleções, elas representam apenas 16% do total, pois esse percentual é o que está digitalizado pelos museus. As peças utilizadas no estudo publicado na revista Science foram divididas em 19 tipos de coleções, como botânica, entomologia e antropologia e por 16 regiões geográficas, sendo nove terrestres e sete marinhas. Os pesquisadores disseram, também, que poucas ações foram realizadas nas regiões mais remotas do planeta, sendo 3% no Ártico e 6% na Antártida, esta última estudada também por técnicos do Museu Nacional. A lista completa das instituições e autores participantes pode ser encontrada aqui.

Kellner viajou para a Alemanha, onde participará de reuniões para avançar os trabalhos de recuperação do Museu Nacional do Rio, iniciados nos últimos anos, “ainda mais esperados com a visita da comitiva presidencial” na semana passada, finalizou.      

(Fonte: Agência Brasil)

Sete em cada dez jovens de até 15 anos no Brasil não distinguem fatos de opiniões, segundo pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Para mudar esse cenário, especialistas apostam na educação midiática como resposta para reconhecer fakes news, discursos de ódio e também produzir e compartilhar mensagens com responsabilidade. Na avaliação deles, a manutenção da democracia também depende de uma sociedade bem informada.  

A educação midiática é um conjunto de habilidades para analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos.

Para a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patricia Blanco, esse tipo de formação é importante para todos os cidadãos. O instituto coordena o Educamídia, programa de capacitação de professores e engajamento da sociedade no processo de educação midiática.

“Na medida que o cidadão, o jovem, passa a saber reconhecer a informação, saber o propósito daquela informação que chega até ele, saber reconhecer a fonte,  o porquê que aquela informação chegou até ele, saber fazer uma busca, saber verificar de onde veio aquela informação, adquirindo as competências para saber produzir conteúdo - de modo que ele se aproprie da tecnologia para melhorar sua autoinstrução, melhorar o seu protagonismo –, ele vai participar melhor da sociedade”, avalia.

Patrícia defende que a educação voltada para formar pessoas com pensamento crítico e aptas a consumir, analisar e produzir conteúdos e informações deve ser uma política pública de educação.

Absurdos

A estudante Milena Teles, 23 anos, afirma que consegue reconhecer quando uma desinformação surge nas redes sociais. “Aparecem mensagens muito absurdas que você sabe de cara que é uma fake news como: o limão cura a covid ou tomar um chá todo dia em jejum vai curar ou prevenir o câncer. Coisas muito absurdas sempre serão mentiras”, afirma.

A análise, entretanto, nem sempre está ao alcance de crianças e jovens. “Para pessoa adulta já é difícil, às vezes, sem ter uma prática, sem ter uma orientação de checagem de fato, saber quando uma informação é verdadeira ou falsa, se é rumor, boato ou se ela corresponde a um fato que está sendo noticiado, imagina para crianças e adolescentes”, avalia a pesquisadora do Sou_Ciência  da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Jade Percassi.

Tema nas escolas

Segundo o secretário de Políticas Digitais, João Brant, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – documento que define os conteúdos de aprendizagem essencial dos alunos – prevê a educação midiática como  um tema transversal e eletivo nas escolas. Por isso, segundo ele, o momento é de produzir conteúdos e formar professores.

“Apostamos na educação midiática tanto do ponto de vista formal como informal, tanto em parceria com o MEC, na articulação com as secretarias de Educação, quanto em relação a atividades de promoção de cursos, oficinas, conteúdos mais rápidos como chave para enfrentamento do problema no país”, afirma.

Segundo Patricia Blanco, secretarias de Educação de diversos Estados  já abriram espaço tanto para a formação de professores como para a inclusão da temática em seus currículos.

A presidente do Palavra Aberta cita como exemplo o Estado de São Paulo,  que fez uma revisão do currículo e incluiu  dentro da disciplina de Tecnologia e Inovação todo o conceito de educação midiática. Segundo ela, todos os alunos de ensino fundamental 2 e ensino médio têm, há um ano, acesso a esse tipo de conteúdo. Outros Estados estão instalando o tema de forma transversal como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Ceará. 

Segundo ela, a perspectiva é que, nos próximos anos, o tema se torne recorrente e que a formação faça diferença na vida dos alunos.

Formação abrangente

Para o secretário de Políticas Digitais, João Brant, a formação digital deve ser ainda mais abrangente. Ele ressalta que existem os nativos digitais que lidam muito bem com as tecnologias. “Mas, não necessariamente, com todos os instrumentos e repertórios para interpretar e identificar a desinformação, identificar fake news e perceber os problemas que circulam nas redes”.

Os conteúdos digitais, entretanto, também têm sido consumidos por uma população mais velha, em idade adulta ou idosa, que acaba sendo mais suscetível à desinformação e às fake news, segundo Brant.

Maria Helena Weber, do Observatório da Comunicação Pública, também defende que a formação digital deva ocorrer em qualquer momento da vida escolar.  “É preciso que se tenha referência, se possa estudar, se possa ter acesso a uma discussão a um debate do que significa a comunicação digital hoje, as redes sociais hoje e, para isso, é preciso oferecer instrumentos para que as pessoas não sejam tão vulneráveis”.

Audiência

O Supremo Tribunal Federal retoma, nesta terça-feira (28), uma audiência sobre o Marco Civil da Internet. O debate deveria ter ocorrido em 2020 e foi suspenso por causa da pandemia de covid-19.

No mês passado, especialistas e governos discutiram soluções regulatórias para a atual crise de desinformação em ambiente on-line, em Paris, durante a conferência global Por Uma Internet Confiável, realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

(Fonte: Agência Brasil)

A Federação Maranhense de Judô (FMJ) promoveu, no último fim de semana, os exames de graduação da temporada 2023. Ao todo, a Comissão de Graus da FMJ avaliou 13 candidatos, que foram submetidos a provas teóricas e práticas. Após os resultados dos testes, todos os judocas foram aprovados, sendo 12 graduados a Shodan (1º Dan) e um graduado a Nidan (2º Dan).

O presidente da FMJ, Rodolfo Leite, parabenizou todos os candidatos e enalteceu a dedicação de cada um deles para obter sucesso nos exames de graus. “A FMJ só tem a parabenizar os judocas que se empenharam e deram o máximo para obter essa graduação tão importante. Nosso muito obrigado também à Comissão de Graus que trabalhou muito bem para o sucesso do exame”, disse.

Ainda segundo Leite, vale ressaltar o trabalho desenvolvido pela FMJ para fortalecimento do judô maranhense por meio da formação de novos faixas-pretas. “Seguimos cumprindo o importante papel em formar novos faixas-pretas. A FMJ acredita que, ao promover e incentivar o surgimento de professores, o esporte tende a evoluir tanto no Maranhão quanto no país”, concluiu.

Foram aprovados a Shodan (1º Dan) os seguintes judocas: Abrahão dos Santos Amorim Filho, Abrahão dos Santos Amorim Neto, Carlos Daniel de Sá Silva, Fabiano Expedito Oliveira Passos, Fábio Expedito Oliveira Passos, Flávio Emmanoel Santos, Gabriel Maniery Nunes da Silva, Gildean dos Santos Costa, Marco Antônio Rocha Rodrigues, Marina Santos Silva de Oliveira, Vanessa Santos e Silva e Vitor Silva Pereira. Já Antônio Francisco Sousa da Silva foi aprovado a Nidan (2º Dan).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

No último teste antes de disputar o Campeonato Brasileiro de Natação CBDI 2023 no mês que vem em São Paulo, o nadador paralímpico maranhense competiu na oitava edição do Torneio Grão-Pará da Amizade Master de Natação. Davi, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, terminou o evento realizado na Apcef, em São Luís, com um saldo de três medalhas: uma de prata e duas de bronze.

O melhor resultado de Davi foi um segundo lugar na prova dos 50m borboleta. Nos 100m borboleta e nos 50m livre, o maranhense garantiu a terceira colocação e subiu ao pódio. Vale lembrar que, no início do mês, ele já havia faturado três medalhas de ouro (400m livre, 50m e 200m borboleta) no Torneio Início de Natação.

Eleito o melhor atleta paralímpico do Maranhão em 2022, Davi Hermes volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro de Natação CBDI 2023, evento promovido pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A competição ocorrerá entre os dias 2 e 4 de abril, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP).

No Campeonato Brasileiro, Davi buscará medalhas em quatro provas: 50m, 100m e 200m borboleta, além dos 50m livre.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Circo Voador, na Lapa, no Centro do Rio, recebe a primeira edição do Cada Um no Seu Quadrinho, feira gratuita de quadrinhos que ocorre neste domingo (26) com rodas de conversa, oficina de fanzine e exposição com editoras, cartunistas, quadrinistas e ilustradores.

Os quatro painéis sobre a cultura dos quadrinhos serão divididos por temas: “Os quadrinhos explicam o mundo”, que aborda a relação entre história em quadrinhos, política e sociedade, com a participação de André Videira, Triscila Oliveira e Carol Ito, em “Que fim levou o Robin e a Diversidade nos quadrinhos”, se discute a representação de personagens LGBTQIA+ e a diversidade nos quadrinhos, com a presença de Alice Pereira, Daniela Marino e Renato Lima.

No painel “Distribuição: do digital ao impresso”, participam Ricardo Oliveira, Denis Mello e Daniel Lopes; e, por fim, “Humor em quadrado: uma conversa sobre fazer humor em quadrinhos”, será comandado por Daniel Paiva, André Dahmer e Samir Naliato.

Idealizado pelo comunicador e produtor do Circo Voador, Carlos Eduardo Ferreira Schmit, o Lencinho, o evento teve seu início nas lives “Cada Um no Seu Quadrinho”, realizadas em 2020 durante o confinamento da pandemia de covid-19. Depois, esses encontros se tornaram uma coluna semanal que ainda vai ao ar às terças-feiras, na Rádio Roquette Pinto.

A proposta da feira é resgatar as convenções de quadrinhos para o Rio, que já sediou eventos importantes do gênero. “O Rio de Janeiro anos atrás foi um importante palco de encontros de quadrinistas e fãs do gênero. A gente espera que nosso evento seja um pontapé para essa retomada”, disse Lencinho. “Temos mais de 60 expositores entre novos artistas e veteranos. O evento é para fomentar novos autores brasileiros. Temos desde crianças até pessoas mais velhas reunidas aqui hoje”.

O quadrinista e editor na Universo Guará, Raphael Pinheiro, destaca que o polo de produção nacional de quadrinhos fica em São Paulo e que o Rio está carente de eventos como o do Circo Voador.

“Para quem está começando, é a oportunidade de ser visto, de conhecer pessoas, trocar ideias, conversar fora da internet. Em eventos como esse se debate sobre o mercado, onde vender, como está a distribuição. Estamos num momento muito bom dos quadrinhos e estamos exportando, tem muito artista indo trabalhar lá fora. Mas falta público brasileiro. O grande desafio é chegar no leitor daqui”, disse Pinheiro.

Para sua realização, o projeto obteve incentivo do edital Foca da Secretaria Municipal de Cultura do Rio.

(Fonte: Agência Brasil)

O músico, compositor e humorista Juca Chaves morreu nesse sábado (25), aos 84 anos, na capital baiana. “O Hospital São Rafael lamenta a morte do paciente Juca Chaves na noite deste sábado (25) devido a complicações de problemas respiratórios e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”, diz a nota.

Jurandyr Czaczkes Chaves nasceu em 22 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro. Com formação em música clássica, começou a compor ainda na infância. Iniciou sua carreira no fim da década de 1950, tocando modinhas e trovas.

Foi um crítico da ditadura militar e se exilou em Portugal e na Itália na década de 1970. De volta ao Brasil, apresentou programas de televisão na década de 1980.

Entre suas canções mais conhecidas, estão Caixinha, Obrigado, A Cúmplice, Menina, Que Saudade, Por Quem Sonha Ana Maria e Presidente Bossa Nova.

(Fonte: Agência Brasil)