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Com a voz enrouquecida de implorar o verso,
sinto que a Musa de há muito já me fez disperso.

Nas noites mouras ninguém me dá caso e ouve,
e não há por esta Pátria vivalma que me louve.

Deporei também o meu triste e desafinado canto,
porque me faltam engenho e arte para tanto.

Aquele outro poeta, com a deusa em terna avença,
entra solene no épico, e por pouquíssima tença,

de dez cantos e cento e quarenta e cinco estâncias,
pede que o sirvam, por seu gênio e grã constância,

já com ela prostrada a seus pés, torpe e avassalada,
o canto que abandonou Camões na Lira Destemperada!

* Fernando Braga, “Poemas do tempo comum”, São Luís, 2009.

Mais dicas de ortografia neste domingo.

1ª) “–ISAR” ou “-IZAR”?
a) Escrevem-se com “s” (= ISAR) os verbos derivados de palavras que já têm “s”:
análise = analisar; aviso = avisar; paralisia = paralisar; pesquisa = pesquisar...

b) Escrevem-se com “z” (= IZAR) os verbos derivados de palavras que não
têm a letra “s”:
ameno = amenizar; civil = civilizar; fértil = fertilizar; legal = legalizar; normal = normalizar; real = realizar; suave = suavizar...

2ª) “-SINHO” ou “-ZINHO”?
a) Escrevem-se com “s” (= SINHO) os diminutivos derivados de palavras que já têm a letra “s”:
casa = casinha; lápis = lapisinho; mesa = mesinha; país = paisinho; pires = piresinho; princesa = princesinha; tênis = tenisinho...

b) Escrevem-se com “z” (= ZINHO) os diminutivos derivados de palavras que não têm a letra “s”:
animal = animalzinho; balão = balãozinho; café = cafezinho; chapéu = chapeuzinho; flor = florzinha; pai = paizinho; papel = papelzinho...

Você sabia que a grafia oficial é…
adivinhar; advogado; aleijado; asterisco; astigmatismo; bandeja; beneficente; cabeleireiro; calvície; caranguejo; cinquenta; companhia; criminologista; depredar; de repente; dilapidar; disenteria; empecilho; engajamento; espontaneidade; estupro; freada; jus; lagartixa; manteigueira; mendigo; meritíssimo; nhoque; prazerosamente; privilégio; propriedade; receoso; reivindicar; simplesmente; verossimilhança...

Teste da semana
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo:
“Cumpre que __________ concessões quando __________ de assuntos políticos”.
(a) faça-se / se trata;
(b) se façam / se trata;
(c) se faça / trata-se;
(d) se faça / se tratam;
(e) se façam / se tratam.

Resposta do teste:Letra (b).
Em “que se façam concessões”, o verbo deve concordar no plural com o sujeito “concessões”. A partícula “se” é apassivadora. É um caso de voz passiva sintética (= que concessões sejam feitas). Em “quando se trata de assuntos políticos”, como o verbo “tratar” é transitivo indireto (= tratar-se de), não há voz passiva. Em razão disso, o verbo deve ficar no singular.

(e O DISCURSO DA PALAVRA)

Dia 25 de julho é o Dia do Escritor.

A data lembra a realização do Festival do Escritor Brasileiro em 1960, em um "shopping center" de Copacabana, bairro do Rio de Janeiro.

O evento foi promovido pelos escritores Peregrino Jr. e Jorge Amado, que eram, respectivamente, presidente e vice-presidente da União Brasileira de Escritores.

O sucesso do acontecimento levou o governo a instituir o 25 de julho como o Dia do Escritor.

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O DISCURSO DA PALAVRA

O jovem discípulo aprisionou um pequeno pássaro entre as mãos, colocou-se atrás do seu mestre e falou-lhe: “Mestre, tenho um pássaro nas mãos. O senhor, que sabe todas as respostas, diga-me: Ele está vivo ou morto?”

Se o mestre respondesse: “Está vivo”, o discípulo esmagaria o pássaro e o exibiria morto. Se a resposta fosse: “Está morto”, o discípulo libertaria o pássaro, que voaria frente ao mestre agora desmoralizado.

O que falar? O que dizer? O que responder?

Permitam-me que eu os cumprimente a todos aqui com a tradição, a simplicidade e a educação de duas palavras:

Senhoras; Senhores.

O que podemos falar, e o que devemos dizer, em um discurso? Que palavras devemos usar, que sentidos devemos empregar, que emoções devemos expressar, que reações queremos provocar?

Ah!, esse novo jogo verbal, essa nova esfinge vocabular também nos observa e repete: “Decifrem-me, ou lhes devoro”.

Falar sobre o que falar é reabrir a discussão ¬¬ – tão antiga, tão presente – entre o ser e o ter. Reflitam comigo: Como escritores, queremos ter o poder da palavra ou queremos ser a palavra do poder?

O mundo ainda não acabou por causa da Arte, por causa dos artistas. Há artistas de todos os naipes: gente que musica e compõe, que esculpe e cinzela, que calcula e escreve, gente que pinta e borda. Gente, boas gentes. E há gente que fala, que canta e encanta, que clama e reclama, gente que declama.

Nisso tudo, a palavra. A palavra base, baldrame, bastião. A palavra resistência, permanência – e, disse Guimarães Rosa, “resistir é permanecer”. Senão, vejamos: O que valeu mais para Portugal: ter conquistado, com seus navegadores, algumas terras há muito tempo retomadas ou devolvidas, ou conquistar diária e eternamente o mundo inteiro com “Os Lusíadas” de Camões, com a poesia de Fernando Pessoa?

De que valeram os enormes, portentosos, mas ao final destroçados, derrotados tanques de guerra da Alemanha?

Porém, as obras de seus pensadores e compositores permanecem inteiras e, elas sim, continuam conquistando todo mundo no mundo todo.

Na minha terra -- que, por sua importância econômica e cultural, em meados do século XIX, dividia o território brasileiro em dois: Estado do Maranhão e Estado do Brasil –, na minha terra, havia gigantescas fábricas de tecidos, que teciam o nome e fama nacionais. Hoje, que é daquelas fábricas? Sumiram. De-sa-pa-re-ce-ram. Tornaram ao pó, como prova da efemeridade, da transitoriedade, da impermanência a que estão submetidas, "ab initio", as coisas materiais.

Mas é igualmente da terra das palmeiras, onde cantam os sábios e os sabiás, que vem a obra de Gonçalves Dias, Coelho Netto, Humberto de Campos, Ferreira Gullar, Josué Montello, sem esquecer um dos maiores – e menos divulgados – gênios matemáticos que o mundo já teve: Gomes de Sousa, o jovem “Sousinha”, que também era médico, literato e poliglota, e que deixou perplexa a Europa com seus conhecimentos sobre tudo, mas, sobretudo, sobre Matemática, Física e Astronomia, antes de morrer com pouco mais de trinta anos.

Senhores: Da bíblica Jerusalém, da Grécia do século VIII não restou pedra sobre pedra, mas a palavra de Cristo, e os versos de Homero estão aí, a encantar o mundo, a edificar o homem.

Que lição isso traz? A lição, tão bem dada e tão mal recebida ou mal aprendida, o exemplo tão bem demonstrado e muito pouco seguido, é a lição de que aquilo que nos parece ser mais frágil, mais débil, mais fraco, é o que resiste, é o que permanece. A palavra, passada oralmente, escrita em papel, às vezes moldada no barro ou emoldurada no ferro, a palavra é o edifício que não rui, a construção que não desaba, o prédio que não tomba, a casa que não cai.

No princípio, e depois do fim, será sempre o Verbo.

Senhores, estamos vivendo em um mundo de virtudes rarefeitas. Neste momento, empregados estão contrafeitos, clientes são desfeitos, cidadãos mostram-se insatisfeitos, e patrões, administradores e governantes podem levar tiro nos peitos porque não estão sendo humildes e honestos no que tinham a falar, no que deviam dizer; porque, mesmo quando lhes é exigido serem duros no falar, não devem perder a ternura jamais.

E comunicar também sugere isso. Afinal, ternura não é frescura, delicadeza não é patente de dama inglesa. Não há como confundir, não há porque confundir educação com bajulação, boas maneiras com maneirismos. Servir não é ser vil, ou servil. Comunicação é ação única, ação comum, como um, como única ação.

E por que assuntos como este, discussões como esta, sobre palavra e virtudes, por que isso tudo parece ser tão incompreensível, inadmissível, tão “démodé”, às vezes tão estranho, hoje?

O que foi que aconteceu? Houve a banalização da fala? A vulgarização da palavra? A dessensibilização dos sentidos? A dessacralização dos sentimentos?

É o mau uso da Língua, a incorreção da linguagem, a palavra de duplo sentido ou a vida sem nem um significado?

É a precariedade ética, a prevenção cética, o primarismo estético, o pragmatismo técnico?

É a miopia política, a ausência de crítica, a repetição cíclica, a deseducação típica?

É a inafeição cultural, a inaptidão intelectual, a indisposição literal, a desinformação atual, a decomposição moral e coisa e tal, o que é, Senhoras e Senhores? É a falta da virtude rara, da vergonha na cara?

Desculpem-me – peço-lhes – se, em vez de um fraseado bonito e soluções confortantes, trago-lhes eu aqui um leriado, um palavreado feio e dúvidas cortantes, constantes. Mas até nisto há de se entrever algum mérito, porque o homem também cresce quando duvida.

Dúvidas, pois, à mão cheia... e deixa o povo pensar. Dúvidas, pois, à mão cheia, para todos vocês, fiéis e únicos depositários de suas próprias respostas.

Trago-lhes a dúvida não da palavra, mas a do que fazer com ela. A mesma dúvida que pensou gerar o jovem discípulo (lembram-se) ao aprisionar um pequeno pássaro entre as mãos e testar seu próprio mestre: “O pássaro está vivo ou está morto, mestre?”

“Filho – respondeu o mestre –, o futuro do pássaro está em tuas mãos. Como o queiras”.

Senhoras e Senhores, usei da palavra para conceder-lhes, para conceder-nos o benefício da dúvida. Pois a resposta, o futuro – vivo, alegre, de altos voos aos céus, ou morto, cinzento, ao rés do chão e no pó da terra –, esse futuro, e o que fazer da palavra, dependerá dos Senhores, dependerá de nós. U-ni-ca-men-te. Como assim o decidirmos.

Façam o jogo, senhoras e senhores.

A sorte novamente está lançada.

* EDMILSON SANCHES

ARÁBICOS x ROMANOS

(... E ALGUMAS ANOTAÇÕES SINGULARES SOBRE O USO DO PLURAL)

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Leitor de nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/edmilson.sanches.9) escreveu-me no dia 21/7/2020. Diz ele:

“... se não for meu engano, as sequências do papado e de membros de famílias da nobreza, escrevem-se com ‘romanos’...”

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Respondi:

“[...] nesses casos, o uso de algarismos romanos é costume, tradição, não norma.

Já há algum tempo (décadas), prefere-se ‘decodificar’ os símbolos e facilitar a leitura, utilizando-se, na grafia, os caracteres que mais se aproximam da fala. Assim, ‘primeiro’ é ‘1º’.

Diversos grandes veículos de Imprensa já consignam em seus manuais de redação a preferência ou prevalência dos algarismos arábicos aos romanos. A comunicação se faz mais rápida e/ou com menos dificuldade (ou mais facilidade).

Por exemplo, é costume os filmes trazerem o ano de lançamento em algarismos romanos e às vezes, no cinema ou TV, não dá tempo ‘interpretar’ o ano: MCMXLVIII – por que não ‘1948’?

Sobre o assunto, e a confirmação de que não há base normativa para o uso formal dos algarismos romanos nas sequências citadas, vejam-se os comentários do ‘Jornal de Brasília’:

‘Os algarismos romanos são usados na nossa comunicação escrita especialmente para designar sequência de títulos de nobreza e eclesiásticos (papas), numeração de incisos ou outras partes de documentos, eventos, séculos e até mesmo (agora está bastante em moda em alguns países estrangeiros) para filhos e netos em substituição a ‘Júnior’ e ‘Neto’, como ‘Roberto Pereira II’ e por aí vai. // Diante disso, muita gente pode pensar que é obrigatória essa utilização em algumas situações como o século e a sequência de encontros, reuniões, fóruns etc. Também há quem oriente para a pronúncia como século 4º, por exemplo, em detrimento de século 4 (e que assim se deveria pronunciar ao ler ‘século IV’). Todavia, não há em nenhuma base do acordo ortográfico orientando para uso dos algarismos romanos, a não ser por manuais de redação (que configuram muito opção intestina). Em documentos já não se negocia: deve-se usá-los em partes especificadas’.

( https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/mandando-a-letra/algarismos-romanos-pra-que/ )

Grato por seu tempo e atenção”.

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Elegantemente, e até por não ser o objeto da dúvida, não quis fazer referência à inconformidade ou impropriedade no uso da expressão “as sequências do papado e de membros de famílias da nobreza”.

Às vezes, a ideia de plural, em Língua Portuguesa, pode ser expressa de forma bem... singular. É o caso de “sequências”.

Quando uma propriedade diz respeito a dois ou mais sujeitos não se deve usar plural. Usa-se o “singular distributivo”, que é aquele em que a propriedade (“sequência”) se aplica, na frase do leitor, aos dois termos (“papado” e “membros de famílias da nobreza”. Assim, a grafia adequada é: “[...] a sequência do papado e de membros de famílias da nobreza [...]”.

Da mesma forma, não se diz nem se escreve: “Ainda não foram descobertas as identidades dos criminosos” (Ainda não foi descoberta a identidade dos criminosos); “Há homens que perdem as cabeças quando perdem o amor” (Há homens que perdem a cabeça quando perdem o amor); “Eram tão presunçosas que só viviam de narizes empinados” (Eram tão presunçosas que só viviam de nariz empinado); “Vocês, eleitores, estão em nossos corações – disseram os políticos” (Vocês, eleitores, estão em nosso coração – disseram os políticos); “Agradecemos as presenças de todos vocês” (Agradecemos a presença de todos vocês).

Nos casos acima, a propriedade que vale para um vale para todos. A palavra no singular confere ou distribui a necessária ideia de plural. É, repita-se, o singular distributivo.

A Língua Portuguesa tem aspectos bem singulares, até quando trata de plurais – ... bem como tem modo plural de tratar até do singular das palavras.

Ave, Maria!

* EDMILSON SANCHES"

Neste sábado (29), a partir das 10h, começará a quarta edição do Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol, iniciativa desenvolvida por meio da Lei de Incentivo ao Esporte com os patrocínios do governo do Estado e das Drogarias Globo. Idealizado como uma oportunidade de aliar educação e esporte à vida de crianças carentes do Bairro da Vila Conceição, em São Luís, o projeto tem caráter social e, nesta etapa, atenderá 60 meninos entre 8 e 12 anos. O lançamento do Esporte e Educação – Escolinha de Futebol ocorrerá na Associação dos Médicos, localizada na Vila Conceição.

Em execução desde 2016, o projeto já atendeu mais de 100 crianças. Para este ano, o Educação e Esporte – Escolinha de Futebol cresceu. Ao todo, mais de 60 meninos da Vila Conceição e adjacências serão beneficiados.

O grande diferencial dessa iniciativa é justamente conseguir levar educação e esporte para as crianças. A dinâmica do projeto é bem simples: semanalmente, as crianças participam dos treinos de futebol acompanhados por profissionais de educação física. Paralelamente ao trabalho desenvolvido em campo, a garotada recebe acompanhamento educacional com aulas que servem como uma espécie de reforço escolar.

“Estamos ansiosos para receber uma nova turma para mais uma temporada deste projeto que já transformou a vida de centenas de crianças da Vila Conceição. Nosso objetivo é dar uma oportunidade para que esses meninos possam conhecer o esporte e, paralelamente a isso, incentivá-los a sempre estudar. Durante esse processo, os pais também interagem para que os meninos se tornem cidadãos de bem. Por isso, só temos de agradecer o apoio do governo do Estado e das Drogarias Globo por terem acreditado nesse projeto mais uma vez”, disse o coordenador do projeto, Kléber Muniz.

Programação

De acordo com a programação desta quarta etapa do Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol, após a solenidade de abertura, que será neste sábado (29) pela manhã, a partir da semana que vem, as crianças já começam a participar dos treinos e das aulas. Os encontros ocorrerão sempre duas vezes por semana, na Associação dos Médicos, na Vila Conceição. Vale destacar que, nos dias dos treinos, os meninos do projeto recebem acompanhamento de uma pedagoga e de profissionais de educação física. Além disso, eles participam, ainda, de um lanche coletivo.

O QUÊ:
Lançamento da quarta edição do Projeto Educação e Esporte

ONDE:
Associação dos Médicos, na Vila Conceição (São Luís)

QUANDO:
Neste sábado (29), às 10h

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Assim como muitos educadores, a pesquisadora e professora da rede municipal de São Carlos (SP), Viviane Macedo, sentia dificuldade em ensinar repertórios comportamentais e acadêmicos aos alunos com autismo. Pesquisas científicas mostram que essa é a realidade de muitos professores da Educação Básica, que se sentem frustrados quando precisam lidar com crianças com autismo. Mesmo os profissionais formados em Educação Especial encontram dificuldades na hora de trabalhar com elas.

Pensando nesses desafios, Viviane Macedo, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), produziu, em dissertação do mestrado, três vídeos que ensinam algumas técnicas baseadas na Análise do Comportamento Aplicada para quem ainda não conhece a maneira correta de ensinar crianças com autismo,. O objetivo é alcançar maior número de profissionais que trabalham com crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“A proposta da pesquisa foi desenvolver vídeos animados autoinstrucionais – que possibilitam o aprendizado autônomo – para ensinar professores a identificarem preferências de crianças com TEA. Explico, no trabalho, a fundamental importância da utilização desses itens preferidos como ferramenta ‘motivacional’ para as crianças permanecerem sentadas durante o ensino, responderem, adequadamente, às demandas propostas, além de diminuir a ocorrência de comportamentos inadequados. A falta de motivação pode, assim, constituir-se em barreira na programação de ensino”, explica Viviane.

Nos tutorais, os professores poderão aprender a aplicar uma das avaliações de preferência de escolha que existem na literatura científica. A educadora, que também se especializou no Instituto LAHMIEI Autismo, da UFSCar, explica que identificar os itens reforçadores de uma criança é uma das ferramentas fundamentais para instalar e fortalecer novos comportamentos.

“Os vídeos apresentam estratégias sobre como preparar o ambiente e manejar os objetos para aplicar uma avaliação de preferência e, consequentemente, como elaborar uma lista de maior e menor preferência da criança, uma estratégia importantíssima principalmente se ela não apresentar fala”, diz a professora.

Na opinião de Viviane, diversas questões ainda dificultam a inclusão adequada das crianças com TEA nas escolas. “A superlotação das salas de aula e a dificuldade dos professores em lidar com elas são barreiras comumente encontradas no sistema público de ensino, e que inviabilizam a inclusão de qualidade dessas crianças”.

A pesquisadora espera que os educadores possam compreender como analisar o comportamento das crianças com autismo, para que seja mais fácil saber quais tarefas ensinar e como ensinar.

A dissertação de mestrado de Viviane, que deu origem aos vídeos, será defendida no fim de setembro, e os tutoriais serão divulgados após a defesa.

(Fonte: Agência Brasil)

O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) comemorou a promulgação da Emenda Constitucional 108/2020, realizada nessa quarta-feira (26), que amplia o alcance e torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Ocorrida no plenário do Senado Federal, a solenidade contou com a participação de diversos parlamentares e autoridades.

“É uma grande vitória da educação brasileira. O Fundeb, que agora é permanente, terá maior aporte financeiro da União, recursos exclusivos para o ensino infantil e, pelo menos, 70% serão destinados ao pagamento de salários dos profissionais da área. Cerca de 40 milhões de alunos são atendidos pelo fundo, e a expectativa é que sejam mais 17 milhões. É assim que vamos reduzir as desigualdades e garantir um futuro melhor para todos”, disse Juscelino Filho.

Ainda de acordo com o deputado do Democratas, o Maranhão será um dos Estados mais beneficiados, ao lado de Bahia e Ceará. “Estimativas da Câmara dos Deputados apontam que, em 2026, o governo federal deve transferir, para o Fundeb, cerca de R$ 16 bilhões a mais do que este ano. Desse total, 75% seriam destinados para os Estados e municípios mais pobres. No caso do Maranhão, seriam R$ 1,86 bilhão a mais daqui a seis anos”, detalhou Juscelino.

Compromisso com a educação básica

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), destacou que a Emenda 108/2020 é uma das contribuições mais relevantes e de maior impacto social dadas pelo parlamento. “Não é uma mera prorrogação do Fundeb. É muito mais que isso. É sinal do compromisso do Congresso e da sociedade brasileira com a educação básica. É uma demonstração de que nossa política educacional foi finalmente encarada como uma política de Estado”, observou.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lembrou que a decisão de tornar o fundo permanente foi política, com apoio quase unânime dos parlamentares. “Hoje é um dia muito especial para o Congresso Nacional, mas, principalmente, para milhões de brasileiros que passam a ter na Constituição Federal a garantia da priorização da educação pública no nosso país”, enalteceu.

De acordo com o texto promulgado, a contribuição da União para o Fundeb crescerá de forma gradativa, nos próximos seis anos: começará com 12% em 2021; passando para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; e 23% em 2026. Do total, cinco pontos percentuais serão destinados exclusivamente para educação infantil, sobretudo para garantir mais vagas em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 5 anos.

O Fundeb responde por mais de 60% do financiamento da educação básica. Além disso, 86% dos municípios brasileiros e 98% das cidades do Nordeste dependem do Fundo no orçamento da área. Sem ele, há cidades que só conseguiriam investir R$ 100 por aluno por mês, um valor irrisório. No ano passado, foram distribuídos R$ 156,3 bilhões à rede pública.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

27 DE JULHO – DIA NACIONAL DO MOTOCICLISTA

– Maranhão superou o 1 milhão de motocicletas, motonetas e ciclomotores. Os números de Imperatriz e Caxias, Açailândia e Santa Inês.

– Há os que maldizem o agente ou policial que multa. Mas a multa não é gerada por órgãos de trânsito e policiamento. Ela é gerada pela pressa, arrogância, sensação de impunidade, imperícia, negligência de quem conduz um veículo.

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Antes de você terminar de ler este texto, um motociclista terá morrido. É um morto a cada 90 segundos, no mundo. No Brasil, são 12 mil por ano, ou 33 motociclistas mortos a cada dia, quatro a cada três horas.

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) fez, em 2015, o estudo intitulado “Acidentes de Trânsito nas Rodovias Federais Brasileiras: Caracterização, Tendências e Custos para a Sociedade”, registra que foram gastos R$ 12 bilhões e 300 milhões com os acidentes de motos.

A morte de um motociclista paulista em 27 de julho de 1974 deu origem ao Dia Nacional do Motociclista.

No Maranhão e em Imperatriz, a motocicleta, o ciclomotor e a motoneta constituem a maioria dos veículos oficialmente existentes.

No Maranhão, são 1.019.787 motocicletas, motonetas e ciclomotores, que representam 60,44% do total de 1.687.248 veículos registrados no Estado.

Em Imperatriz, são 152.276 veículos, dos quais 82.782 são motocicletas, motonetas e ciclomotores – quase 55% (exatamente 54,36%) dos veículos registrados no município.

Em Caxias, existem 53.769 veículos, dos quais 40.272 (ou 74,89%) são motocicletas, motonetas e ciclomotores.

Em Açailândia, são 41.031 veículos, dos quais 24.001 (ou 58,49%) são motocicletas, motonetas e ciclomotores.

Em Santa Inês, são 32.685 veículos, dos quais 20.599 (ou 63,02%) são motocicletas, motonetas e ciclomotores.

Todos números atuais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão.

No passado, debati sobre essa realidade de veículos e mortes – por exemplo, em 2010, quando, a convite da Secretaria Municipal de Trânsito de Imperatriz (Setran), fui um dos instrutores dos cursos de atualização para os profissionais de táxis e mototáxis.

Nessas minhas palestras – “Ética, Cidadania e Meio Ambiente” – para cursos de taxistas e mototaxistas, em Imperatriz, chamei muito a atenção para um fato que é de conhecimento de todos: a extrema vulnerabilidade do piloto de motocicletas.

Seja motociclista, mototaxista, motofretista, motoboy, motoqueiro, todos correm muito perigo. Coloque no Google as palavras “moto” e “morte” sem aspas e você verá as fotos mais trágicas que documentam essa tragédia cotidiana que é andar sobre duas rodas motorizadas.

O trânsito precisa e depende de pessoas vivas e éticas: a ética do respeito ao outro, às leis de trânsito, ao bom senso (sobretudo em uma cidade como a nossa, onde a infraestrutura da área de Trânsito é, para dizer o mínimo, um desrespeito às necessidades desse setor).

Motoristas, motociclistas, ciclistas, carroceiros, pedestres... todas as pessoas e todos os veículos interdependem. Onde um erra, outro pagará – ou ambos pagarão.

Há os que maldizem o agente ou policial que multa. Mas a multa não é gerada por órgãos de trânsito e policiamento.

Ela é gerada pela pressa, arrogância, sensação de impunidade, imperícia, negligência de quem conduz um veículo.

Qualquer que seja o nível de automação de um veículo, este ainda dependerá de um cérebro humano que lhe dê voz de comando e início de circulação. Portanto, a multa é gerada pelo condutor, não pelo agente de trânsito.

O respeito ao trânsito, mais que uma forma de respeito ao outro, é uma forma de respeito a si mesmo, onde o bem maior que é preservado não é nem o veículo nem o dinheiro.

É a sua vida.

* EDMILSON SANCHES

(Texto publicado há oito anos, em 27/7/2012. Com atualizações.)

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, promulgou, nesta quarta-feira (26), a Emenda Constitucional (EC) 108/20 que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A medida amplia de 10% para 23% a participação da União no financiamento da educação básica e altera a forma de distribuição dos recursos entre os entes federados.

Para Alcolumbre, a emenda é uma das contribuições mais relevantes e de maior impacto social que o Congresso Nacional incorporou nos últimos tempos no patrimônio jurídico brasileiro. “Apenas um olhar especial para os nosso jovens e crianças poderá nos redimir como sociedade e nos justificar como nação”, disse.

Ele destacou a conciliação e comprometimento de deputados e senadores para assegurar a tramitação e aprovação da matéria. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em julho e, ontem (25), foi apreciada no Senado em primeiro e segundo turno, e aprovado por unanimidade. “Hoje, nós asseguramos na Constituição a perenidade da educação. A educação, que aguardava, há décadas, esse gesto do Parlamento brasileiro”, disse o senador durante sessão solene virtual.

O relator do texto no Senado, senador Flávio Arns (Rede-PR), pediu o mesmo comprometimento dos parlamentares para a regulamentação da emenda. “Que nós trabalhemos juntos, buscando esse diálogo, para chegarmos a um entendimento com ampla participação da sociedade. O Brasil precisa de educação. Na pós-pandemia [da covid-19], a educação tem que ser prioridade absoluta. É ela que vai melhorar a economia, a saúde e dizer o que será necessário na assistência social”, disse.

Política de Estado

Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mesmo sabendo de todas as dificuldades pelas quais passa o orçamento público federal, os parlamentares chegaram a um valor que reafirma a importância da valorização e da melhoria da qualidade da educação.

“Quando nós decidimos que a educação é prioridade, que precisa de mais recursos, é uma decisão política de colocar mais recursos em uma área, sabendo que outras áreas terão menos prioridades”, disse Maia.

Por isso, para ele, o Congresso “precisa continuar votando as matérias que modernizam o Estado brasileiro”, como as reformas tributária e administrativas. “Para um país que tem uma carga tributária tão alta, a escolha é importante, e hoje fizemos a escolha pela educação, a escolha pelas nossas crianças”, ressaltou.

A relatora da proposta na Câmara, deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), destacou a ampliação do Fundeb para o atendimento da educação infantil, reconhecida como passo fundamental para educação básica. “A cada 100 crianças, nós atendemos 36, em média, e mandamos para casa 64 crianças dizendo que o Brasil não consegue assegurar a sua educação”, disse, lembrando que, dos novos recursos que serão repassados pela União, 5% deverão, obrigatoriamente, ser dedicados à abertura de vagas e permanência de crianças na educação infantil.

Para ela, o texto da emenda reconhece e incentiva os profissionais da educação e se esforça para reduzir as desigualdades educacionais, “essencial para o crescimento do país”.

“Hoje, temos condição de, com políticas acertadas, atender e respeitar e valorizar esta educação que é tão importante para o nosso Brasil, que precisa e quer ter um novo momento do ponto de vista da economia. Não existe crescimento econômico, emprego, país rico, se a sua educação não garante a aprendizagem, se a educação não é boa, se seus profissionais não são respeitados”, disse a deputada.

Mudanças

O Fundeb foi criado em 2007, substituindo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), e perderia a validade no fim do ano. Ele atende à educação básica – do ensino infantil ao ensino médio – e representa 63% do investimento público em educação. Os recursos são destinados às redes estaduais e municipais, conforme o número de alunos matriculados.

A emenda aumenta de forma gradativa a participação da União no Fundeb passando dos atuais 10% até chegar, em 2026, a 23%, o que ampliará o investimento na educação do país de R$ 3,6 mil por aluno para R$ 5,5 mil por aluno. Caso o fundo não existisse, o investimento por aluno seria em torno de R$ 500.

A emenda constitucional também prevê o Custo Aluno Qualidade (CAQ) - um parâmetro de financiamento educacional - previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). Esse parâmetro norteará a aplicação dos recursos educacionais.

São considerados itens necessários para oferta de uma boa educação, por exemplo, a formação continuada dos professores, o acesso à “internet”, a banheiros, à quadra de esportes, a laboratórios e à biblioteca. Entram na conta ainda dinheiro para pagar despesas com conta de luz e água, entre outras. O CAQ também visa garantir uma jornada de sete a dez horas para os alunos e o piso salarial para todos os profissionais da educação, mas dependerá de regulamentação.

A emenda traz, ainda, novos critérios de distribuição dos recursos do fundo. Esses critérios ampliarão em 54% o número de redes de ensino beneficiadas pela complementação da União e, consequentemente, o número de alunos atendidos pelo recurso federal.

Também será obrigatório a disponibilização de informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais do Fundeb por todos os entes federados.

(Fonte: Agência Brasil)

Aos poucos, as competições esportivas vão sendo retomadas após a parada forçada devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Neste fim de semana, a Praia de Iracema, no Ceará, será palco para a disputa da Fórmula Kite Ceará, um dos principais eventos de kitesurf do Nordeste. E o Maranhão vai estar muito bem representado pelo Time Fribal, equipe formada pelos kitesurfistas Socorro Reis e Bruno Lima – o Bruninho –, dois dos principais nomes da modalidade no Estado. A dupla é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

As disputas da Fórmula Kite Ceará vão começar no sábado (29) e prosseguem até domingo (30). Para os maranhenses, a competição tem tudo para ser bastante acirrada, principalmente devido à longa paralisação dos treinos durante o período de quarentena. Mesmo assim, os kitesurfistas do Time Fribal estão otimistas para conquistar bons resultados.

“As expectativas são as melhores possíveis. Treinei bastante a parte física durante a pandemia. Corri e pedalei muito e, quando houve a liberação para treinar no mar, aproveitei para treinar bastante. Vou dar o meu melhor e espero ficar numa colocação boa. Vamos para cima na Fórmula Kite. Tenho certeza de que o Time Fribal vai para cima. Vamos botar para esquentar na competição”, afirmou Bruninho.

Atual tricampeã brasileira de kitesurf e campeã Centro e Sul-Americana, a maranhense Socorro Reis chega à Fórmula Kite Ceará credenciada a subir ao pódio. A kitesurfista está confiante com seu desempenho nesta competição, que servirá de preparação para o Campeonato Brasileiro, em novembro.

“Durante a pandemia, tivemos de interromper os treinos e acabamos perdendo um pouco do ritmo. A competição vai servir pra gente voltar ao clima de disputa. Vão participar os melhores atletas do Nordeste e vai servir de preparação para o Brasileiro e para o Sul-Americano. Tenho um objetivo em mente e, para isso, é necessário dedicação, foco e disciplina. Vamos com tudo que a estrada é longa, mas a vontade de vencer e evoluir é maior. Só tenho a agradecer aos meus patrocinadores, em especial à Fribal, e a todos que acreditam em mim. Sempre caminharei dando o meu melhor”, disse a maranhense.

Antes da pandemia

Antes da pausa devido à pandemia, a dupla do Time Fribal colecionava resultados bastante expressivos à nível nacional e internacional. Nos Jogos Mundiais de Praia, competição realizada no Catar, Socorro Reis foi a única brasileira na disputa, em que teve bom desempenho ficando no top 10 em várias corridas, o que fortaleceu a kitesurfista para a sequência da temporada.

Em seguida, Socorro brilhou no Campeonato Brasileiro e levou o tricampeonato. Na mesma semana, a maranhense não deu chances às adversárias e sagrou-se campeã do Campeonato Centro e Sul-Americano, competição realizada em Praia Brava, em Itajaí, litoral norte de Santa Catarina.

Considerado a principal promessa do kitesurf maranhense, o jovem Bruno Lima foi muito bem no Campeonato Brasileiro, onde terminou o evento com resultados expressivos na categoria Kitesurf Hydrofoil: uma prata, um bronze e um quarto lugar.

No Campeonato Centro e Sul-Americano, Bruninho mostrou bastante evolução e terminou a disputa sendo o brasileiro melhor colocado. O jovem de 19 anos terminou o evento na quarta colocação.

(Fonte: Assessoria de comunicação)