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O Senado aprovou, nesta quinta-feira (4), o Projeto de Lei 10.75/2020, que institui um apoio financeiro para o setor cultural devido à pandemia do novo coronavírus. As atividades do setor (cinema, “shows” musicais e teatrais, entre outros) foram um dos primeiros a parar quando a epidemia se tornou uma realidade no Brasil. O projeto segue para sanção presidencial.

O projeto prevê o pagamento de auxílio emergencial mensal para os trabalhadores da área cultural, além de um subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais. Para dar esse apoio ao setor, o projeto determina que a União repasse R$ 3 bilhões aos Estados, municípios e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação dos recursos necessários de sustentação do setor.

Além disso, o PL prevê a realização de editais, chamadas públicas e prêmios, dentre outros artifícios, com a finalidade de desenvolver atividades de economia criativa e economia solidária no setor, além de propiciar a realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela “internet”.

“Em todo o mundo, uma das primeiras medidas tomadas para diminuir os riscos de contaminação foi o fechamento de museus, salas de cinema, teatros e centros culturais, assim como o cancelamento de ‘shows’ e outros espetáculos artísticos”, disse o relator do projeto no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). O relator acrescentou a necessidade do Estado de “adotar medidas que ofereçam o apoio necessário para que o segmento cultural possa superar as árduas condições trazidas pela pandemia”.

Vários senadores, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Weverton Rocha (PDT-MA) e Rose de Freitas (Podemos-ES), dentre outros, decidiram retirar as emendas que tinham apresentado ao projeto, para facilitar sua aprovação sem alterações de mérito. Assim, o projeto pôde seguir para sanção presidencial, sem ter que voltar à Câmara para uma reanálise.

Lei Aldir Blanc

O PL foi batizado de Lei Aldir Blanc, em homenagem ao escritor e compositor carioca Aldir Blanc, que morreu há exatamente um mês, em decorrência de complicações causadas pela covid-19.

O nome da lei foi proposto pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), relatora da matéria na Câmara.

(Fonte: Agência Brasil)

Usando um método de medição aérea remota, cientistas descobriram a maior e mais antiga estrutura da antiga civilização maia de que se tem conhecimento: uma plataforma elevada retangular colossal construída entre 1.000 e 800 a.C. no Estado mexicano de Tabasco.

A estrutura, ao contrário das altas pirâmides maias de cidades como Tikal, na Guatemala, e Palenque, no México, erguidas cerca de 1.500 anos atrás, não foi feita de pedra, mas de argila e terra e, provavelmente, era usada para rituais em massa, disseram pesquisadores nessa quarta-feira (3).

Situada em local chamado Aguada Fênix, perto da fronteira com a Guatemala, a estrutura media quase 400 metros de largura, 1.400 metros de comprimento e entre 10 e 15 metros de altura. Seu volume total ultrapassava o da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, construída 1.500 anos antes.

Não havia sinais de esculturas retratando indivíduos notáveis, o que sugere que, àquela altura, a cultura maia era mais comunal (bens e modos de produção coletivos) e, só mais tarde, desenvolveu a desigualdade social e uma sociedade hierarquizada, liderada pela realeza, segundo os pesquisadores.

"Por ela ser tão larga horizontalmente, se você caminha por ela, parece uma paisagem natural", disse Takeshi Inomata, arqueólogo da Universidade do Arizona que liderou a pesquisa publicada no periódico científico “Nature”. "Mas sua forma surge belamente no 'Lidar”.

Lidar, uma abreviação de Detecção e Alcance de Luz, é uma técnica de medição remota que emprega pulsos de laser e outros dados obtidos sobrevoando um local, para produzir informações tridimensionais sobre a forma das características da superfície.

Nove estradas e vários reservatórios eram ligados à estrutura. Algumas partes rurais de Aguada Fênix estão cobertas por pastagens hoje em dia, e outras estão arborizadas.

"É provável que muitas pessoas de áreas próximas se reunissem para ocasiões especiais, possivelmente ligadas a ciclos do calendário", disse Inomata. "Os rituais provavelmente envolviam procissões ao longo das estradas e dentro da praça retangular. As pessoas também depositavam objetos simbólicos, como machados de jade, no centro do planalto".

(Fonte: Agência Brasil)

Dando continuidade ao projeto LITERATURA MARANHENSE, o BLOG DO PAUTAR apresenta, nesta quarta-feira, outro texto literário do escritor maranhense Edmilson Sanches. Aproveitem... Boa leitura!

(Prefácio** ao livro do jornalista, escritor e poeta Wybson Carvalho, da Academia Caxiense de Letras)

Isto não é um livro. É um libelo acusatório.

Um livro pequeno (“libellus”, em latim). Uma grande denúncia. Um sumário de culpa.

Este livro existe porque uma cidade deixou de existir, exilada de si mesma pelos que, loucos, locupletam-se do “locus” deslocado.

O autor, Wybson Carvalho, não economizou perplexidade, indignação e furor, a não ser pelos limites das letras e linhas de seus versos.

Essa cidade – a “pólis” do Leste maranhense (portanto “polislestiana”, no neologismo wybsoniano) – é uma cidade sem “o perfume dos jardins urbanos”, sem “a linguagem singela do cotidiano”, sem “a romântica pregação dos poetas”, mas com “a inimizade humana” que, agora, estaciona nela. É o que, logo de face, logo na cara, nos estapeia o “Canto ao Exílio”, poema-paráfrase da “Canção do Exílio”.

Resta saber que dor é mais tormento e tristeza: não rever sua terra e saber-se morrendo, ou (vi)ver sua terra e sabê-la sendo morta.

Nas duas situações, o destino do vivente é tragédia: em uma, engolido pelo oceano; na outra, esmagado por um mar de intrigas políticas, estelionatos eleitorais, incompetências administrativas, embromações burocráticas, corrupções intermináveis.

Wybson Carvalho sabe fazer crítica social e política e sabe documentar descalabros urbanos e administrativos sem renunciar à poesia. Sua poética da denúncia, por ser substantivamente poesia, sobreviverá ainda que se lhe extinguissem os motivos que a levaram a existir. Porque poética é “poiésis”, criação/reconstrução, enquanto o objeto da denúncia é “páthos”, doença/destruição.

O “páthos” do poeta não é transiente nem é d’agora. É uma dor – “Dor munícipe” – que nele se impregna e “há muito [foi] iniciada”. Pior, “sem prever o fim”. Por quê? Porque “há anos / a pólis troca-se e se veste / com a mesma roupa”. Portanto, um “Vestuário de forças” (nem precisa dizer: políticas).

Uma cidade inteira dobra o lombo àqueles aos quais ela se abriu e abrigou no coração. No dizer do poeta: “a pólis lestiana curva-se aos adotados”.

São novos-velhos maestros políticos querendo que todos dancem conforme (sua) música. Novos-velhos, gordos e (al)vadios sapos querendo que todos se acocorem em terras tidas como deles.

Quem e quantos não mais dançarão conforme a música nem se acocorarão em terras de “Bufos”, bufonídeos e bufões, que saltam e salteiam? (E, ainda assim, saltando e assaltando, “o não entregue aos carentes / não sacia a ganância dos abastados”: é como atesta o poema “Negação” reescrevendo o “quanto mais tem, mais quer”).

Das sublinhas e subleituras do poema “Valor patrimonial lestiano” pode-se inferir: Não são apenas “paralelepípedos” que estão “escondidos nas vias públicas”. Todos sabem que, sob o asfalto, jaz o... assalto. Nenhum contrato de pavimentação é inocente, embora quase todos sejam impunes.

De ganância e arrogância vai (des)vivendo a “pólis lestiana”. Wybson Carvalho poetifica e pontifica:

arroto da ganância
em estar sem ser...
insolência do indivíduo
ao revelar-se soberbo e atrevido
por benesses do poder
(“Arrogante lestiano”)

E...

o muito para poucos
e dividido aos obedientes
à atitude tabulada e cíclica.
o pouco para muitos
e esmolado à mendicância
sem compor as carências sociais lestianas.
(“Montante lestiano repartido”)

Só um poeta com qualidade literária e coragem cívica saberia enfeixar em poemas assim tanto olhar assim denunciador, tanto sentimento assim de inconformismo – em essência, tanto amor assim pela cidade, amor que o faz tirar do seu embornal de escritor as pedras-palavras a serem atiradas com fundas e baladeiras contra os Golias e Leviatãs do Poder Público.

“Necrópolis”, mais que um livro, ou libelo, poderia ser um grande necrológio. Só não o é porque nem tudo na cidade está morto. O poeta vive – e, com ele, sua poesia.

E, sabemos todos nós, enquanto há vida, esperança há.

(Re)viva a pólis!

* EDMILSON SANCHES
______
* *O livro “Necrópolis” recebeu também prefácio de Quincas Vilaneto.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ampliou, para o dia 10 deste mês, o prazo para pagamento do boleto do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020.

Os novos boletos serão disponibilizados a partir de amanhã (3). Para acessá-los, é necessário que os candidatos inscritos entrem na Página do Participante e criem um documento de pagamento.

Segundo o Inep, mais de 5,7 milhões de pessoas já tiveram suas inscrições confirmadas.

A expectativa é que cerca de 300 mil inscritos devam efetuar o pagamento para confirmar a participação no Enem 2020.

Por meio de nota, o Inep informou, ainda, que a prorrogação se deve às dificuldades decorrentes do cenário de pandemia do novo coronavírus (covid-19).

(Fonte: Agência Brasil)

3

O número de matriculados em instituições de ensino superior público na modalidade a distância aumentou 45% entre 2016 e 2018. A taxa de matrícula alcançou 173 mil estudantes, segundo informações do Censo da Educação Superior de 2018.

Os dados foram levantados pela plataforma interativa Quero Bolsa, criada para estudantes buscarem auxílio e descontos para inscrição em faculdades particulares.

Esse aumento acontece depois de anos consecutivos de queda constante. Em 2010, o número de estudantes matriculados no ensino público a distância era de 182 mil, representando queda de 34%.

São Paulo é o Estado com maior número de matriculados, com mais de 42 mil alunos. Em último lugar, aparece o Distrito Federal, com apenas 4. Veja os cinco Estados com maior número de inscritos: São Paulo – 42.787; Rio de Janeiro - 35.226; Piauí – 11.928; Paraná – 10.349 e Maranhão - 8.306.

O curso com maior número de matriculados é o de pedagogia, com 37.475 alunos. Também se destacam engenharias e cursos de formação de professores. Veja os 10 primeiros colocados: pedagogia – 37.475; formação de professor em matemática – 16.570; administração pública – 13.286; engenharia de produção – 11.582; formação de professor em letras/português – 10.014; formação de professor em biologia – 9.136; engenharia de computação – 7.599; administração – 7.469; formação de professor em geografia – 6.752; formação de professor em história – 5.037.

Sisu

A partir do segundo semestre deste ano, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) também disponibilizará vagas de cursos a distância. O Sisu oferta vagas em instituições públicas de ensino superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo o Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino superior deverão oferecer um meio digital para que o estudante entregue a documentação necessária à matrícula. Além disso, as instituições devem publicar, na “internet”, a lista de espera por curso, turno e modalidade de concorrência, assim como a sistemática adotada para convocação dos candidatos.

Apesar da nova oferta no Sisu, um em cada três estudantes (33,5%) que tentaram vaga no curso superior, nos últimos cinco anos, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não tem acesso à “internet” e a dispositivos como computador ou celular, que permitam, por exemplo, aprender por meio da educação a distância.

Conforme análise dos dados colhidos nas respostas do questionário socioeconômico aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na inscrição para o Enem nos últimos cinco anos, 65,9% dos egressos desse nível de ensino declararam acessar “internet” e celular; 61,9% tinham computador e celular; e 54,81% tinham os dois dispositivos e acessavam a rede mundial de computadores. Quase 98% declararam ter celular. Os dados também foram compilados pela plataforma Quero Bolsa.

(Fonte: Agência Brasil)

Como forma de celebrar a Semana do Meio Ambiente, a 9ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema antecipou a exibição gratuita de cinco filmes recentes produzidos no Brasil, no Canadá, nos Estados Unidos e no Reino Unido. Os filmes serão transmitidos entre 3 e 9 de junho por meio da plataforma Videocamp. Normalmente, a mostra é realizada em agosto.

A partir do título dos filmes, serão feitos encontros virtuais ao vivo, pelo YouTube e Facebook, para discutir temas como conservação ambiental, mudanças climáticas, economia e saúde. Participam dos debates os cineastas Fernando Meirelles, Jorge Bodansky e Estêvão Ciavatta; os jornalistas Flávia Guerra, Mariluce Moura, da “Revista Fapesp”, e Claudio Angelo, da rede Observatório do Clima; Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental; o cientista Paulo Artaxo, professor da USP, o professor de economia da PUC-SP Ladislau Dowbor; o procurador do Ministério Público Federal no Pará Daniel Azeredo; e o editor-chefe do “Le Monde Diplomatique Brasil”, Silvio Caccia Bava

Os cinco filmes exibidos serão “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky e João Farkas; “Amazônia Sociedade Anônima”, que tem Estêvão Ciavatta como diretor e Walter Salles como produtor associado; “A Grande Muralha Verde”, que tem produção executiva de Fernando Meirelles, “O Golpe Corporativo”, de Fred Peabody, e “Ebola: Sobreviventes”, de Arthur Pratt.

Segundo o diretor da Ecofalante, Chico Guariba, a mostra já faz parte do calendário da cidade de São Paulo e, com a edição “on-line”, será possível expandir o público e o debate para todo o Brasil. "A 9ª edição da Mostra Ecofalante foi transferida de junho para agosto por questões operacionais, mas não poderíamos deixar a Semana do Meio Ambiente passar em branco, especialmente neste momento em que a pandemia e a crise política e econômica têm amplificado os problemas socioambientais no Brasil e no mundo", disse Guariba.

Calendário

A mostra começa quarta-feira (3), às 19h30 com “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, que conta a história de Ruivaldo Nery de Andrade, que ganhou destaque como um soldado na linha de frente da batalha pela proteção do meio ambiente. Antes da exibição, às 19h, o evento será apresentado pelo diretor da Mostra Ecofalante de Cinema, Chico Guariba, acompanhado por Laís Bodanzky, diretora-presidente da Spcine. O filme fica disponível até o dia 9.

Na quinta-feira (4) às 17h, entram, na plataforma, os filmes “Golpe Corporativo” e “Ebola: Sobreviventes”, que, também, ficam disponíveis até 9 de junho. No mesmo dia, às 19h, os diretores de “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, Jorge Bodanzky e João Farkas, debatem o filme, com mediação da jornalista Flávia Guerra.

Na sexta-feira (5), às 15h, cineastas brasileiros discutem “O Papel do Cinema na Comunicação de Questões Socioambientais”. Participam representantes de alguns dos títulos da programação: Fernando Meirelles, Jorge Bodansky, Estêvão Ciavatta e João Moreira Salles, com mediação de Flávia Guerra. Já às 19h, debatem o tema “Conservação: O Ataque ao Meio Ambiente e aos Povos Tradicionais”, Adriana Ramos, com mediação de Claudio Angelo.

Ainda na sexta-feira, às 17h, começa a exibição de “Amazônia Sociedade Anônima”, filme que registra uma união inédita entre índios e ribeirinhos para salvar a floresta das quadrilhas que roubam terras e praticam o desmatamento ilegal. A obra mostra a resistência a invasões na Terra Indígena Sawré Muybu, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no Pará, onde vivem cerca de 200 indígenas, além de populações ribeirinhas. O título fica disponível por 24 horas.

No sábado (6), às 17h, entra na plataforma, por 24 horas, o britânico “A Grande Muralha Verde”. O filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela Grande Muralha Verde da África. Às 19h, entra, em debate, o tema “Mudanças Climáticas: Desertificação, Conflitos, Migrações e Outros Impactos Imediatos”, com participação do cineasta Fernando Meirelles, do cientista Paulo Artaxo e mediação de Daniela Chiaretti.

O tema de domingo (7) é economia, ilustrado pelo documentário “O Golpe Corporativo”, que narra a história por trás desse tipo de golpe, que seria a origem de muitos dos problemas na democracia atual, controlada por lobistas e pelo corporativismo. Às 19h, o debate é sobre “System Error: Como o Atual Sistema Econômico Leva à Destruição Ambiental, ao Fim do Trabalho Digno e ao Abalo da Própria Democracia”, do qual vão participar o professor Ladislau Dowbor e convidados e o mediador Silvio Caccia Bava.

Saúde será o tema da próxima segunda-feira (8), ilustrado pelo documentário norte-americano “Ebola: Sobreviventes”, considerado pela crítica especializada uma produção “muito poderosa”. Pelas lentes de cineastas africanos, o longa-metragem traça um retrato dos heróis da Serra Leoa ao enfrentar o ebola durante uma das mais agudas emergências de saúde pública dos tempos modernos. Às 19h, o debate “Como Comunicar em Tempos de Crise Sanitária e Fake News?” contará com a participação do médico sanitarista Douglas Rodrigues e do biólogo e pesquisador, Átila Iamarino e mediação de Mariluce Moura.

(Fonte: Agência Brasil)

O consumo de vídeo e áudio “on-line” (o chamado “streaming”) aumentou e se consolidou no Brasil. Entre os usuários de “internet”, 74% assistiram a programas, filmes, vídeos ou séries e 72% ouviram música “on-line” em 2019.

As informações são da pesquisa TIC Domicílios 2019, mais importante levantamento sobre acesso a tecnologias da informação e comunicação, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Vídeo “on-line”

O consumo de vídeo “on-line” é bastante diferente quando observadas as condições econômicas e a escolaridade. A prática foi registrada em 87% dos entrevistados da classe A, enquanto, nas classes D e E, o percentual foi de 65%. O hábito ficou em 83% para aqueles com ensino superior completo, contra 45% para os analfabetos ou que fizeram até a educação infantil.

A prática de assistir a vídeos foi mais comum nas áreas urbanas (75%) do que rurais (63%); e entre homens (79%) do que entre mulheres (69%). No recorte por cor e raça, o índice apenas oscila entre brancos, pretos e pardos. O carregamento de arquivos (“download”) de filmes ficou em patamar bem menor, de 23%. Esse era o principal canal de consumo de vídeos na década passada e início da atual.

Áudio “on-line”

O ato de ouvir música pela “internet” também difere pelos mesmos indicadores. Na classe A, ele foi identificado em 79% dos ouvidos, enquanto, nas classes D e E, foi relatado por 68% dos entrevistados. Entre os usuários com ensino superior, alcançou 80%, contra 52% entre os analfabetos e pessoas que tiveram até a educação infantil.

As músicas “on-line” são ouvidas por 73% dos entrevistados nas cidades e por 64% no campo. Os homens apareceram com índice maior (76%) do que as mulheres (70%). No recorte por cor e raça, as respostas ficaram em patamares semelhantes. Já os “downloads” de músicas ainda permanecem como opção para 41% dos ouvidos.

A pesquisa incluiu a análise sobre o consumo de programas de áudio “on-line”, os chamados “podcasts”. Dos usuários ouvidos, 13% contaram consumir este tipo de conteúdo. Na classe A, esse percentual sobe para 37%.

Criação de conteúdos

A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre práticas de criação e compartilhamento de conteúdos na “internet”. Dos ouvidos, 19% relataram produzir ou atualizar “blogs” ou páginas na “web”, e 36% publicaram textos, imagens, fotos ou vídeos que criaram na rede mundial de computadores. Os índices também crescem de acordo com a renda e a escolaridade.

Já o ato de compartilhar conteúdos de terceiros foi mais comum, sendo confirmado por 73% dos entrevistados pela pequisa.

Avaliação

Na avaliação do gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, o Brasil passou da situação no passado recente de pessoas que faziam “download” de músicas e vídeos para hoje fazer esse consumo de forma “on-line”. A proporção dos usuários que assistem a conteúdo de “streaming” está relacionada aos que usam por múltiplos dispositivos, com índices maiores para este tipo de consumo na banda larga fixa do que na móvel.

Para Rafael Evangelista, pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, o consumo de vídeo tem se dado fortemente pelos serviços de mensageria, como o WhatsApp. Como muitas pessoas só acessam a “internet” do celular e possuem pacotes de dados limitados, ficam reféns dos serviços gratuitos dessas redes sociais, que fazem acordo com as operadoras para não contar no consumo de dados.
(Fonte: Agência Brasil)

A Rádio Nacional de Brasília (AM 980kHz) comemora 62 anos neste domingo (31), sendo testemunha da história da capital federal e da evolução da cidade ao longo dos anos. Para celebrar a data, serão transmitidas mensagens de agradecimento aos ouvintes e depoimentos de artistas, dos profissionais que trabalham na emissora, do público e de pioneiros da construção de Brasília.

Veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Rádio Nacional de Brasília mantém o propósito de levar informação de qualidade e utilidade pública aos cidadãos, além de conteúdo educativo, cultural e de uma programação musical diversificada.

A programação também dedicará espaço para homenagens de colegas de trabalho ao operador de áudio Willians Mar da Silva, mais conhecido como Peruca, que morreu nesse sábado (30), vítima de infarto. Peruca trabalhava na empresa desde 1977.
Inaugurada em 1958, a Rádio Nacional uniu todo o país com o noticiário da construção de Brasília. A emissora funcionou como um meio de comunicação para os trabalhadores recém-chegados à cidade e contribuiu para a integração de Brasília ao Brasil.

O auditório da Rádio Nacional, montado inicialmente em um grande galpão na Quadra 507 Sul, foi palco de diversos eventos e nele se apresentaram grandes nomes da MPB, além de talentos da música regional e local. Dois anos depois, a emissora foi transferida para a 701 Sul e passou a formar rede com a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Na década de 1970, a Nacional de Brasília foi integrada à Radiobras e teve sua capacidade de transmissão aumentada, diversificando sua programação e investindo na prestação de serviços ao cidadão e no noticiário, sem abrir mão dos programas musicais e de variedades.

Com participação ativa na vida cultural e social da cidade, a Rádio Nacional de Brasília realizou eventos e comemorações populares durante esses 62 anos. Foi uma das primeiras emissoras a disponibilizar um serviço gratuito de atendimento ao ouvinte e a realizar transmissões via satélite.

Você também pode ouvir a Rádio Nacional de Brasília por meio do “site” das Rádios EBC e de aplicativo para Android e iOS.

Reveja também o especial da Agência Brasil publicado em razão dos 61 anos da Rádio Nacional de Brasília, em 2019.

Rádio Nacional de Brasília 62 anos

(Fonte: Agência Brasil)

Você sabe para que serve o imperativo? Como usá-lo?

Vejamos, neste domingo, de onde vêm as formas do imperativo.

Dicas gramaticais

Uso do IMPERATIVO

Há dois imperativos:
1. Imperativo Afirmativo:
a) A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural são derivadas do presente do indicativo com a supressão do “s” (exceto o verbo SER):
Tu calas – CALA tu
Tu vendes – VENDE tu
Tu vens – VEM tu
Tu pões – PÕE tu
Tu vês – VÊ tu
Tu dizes – DIZE ou DIZ tu

Vós calais – CALAI vós
Vós vendeis – VENDEI vós
Vós vindes – VINDE vós
Vós pondes – PONDE vós
Vós vedes – VEDE vós
Vós dizeis – DIZEI vós

EXCEÇÃO:
Tu és – SÊ tu
Vós sois – SEDE vós

b) A 3ª pessoa (= você), a 1ª e a 3ª do plural são derivadas do presente do subjuntivo:
Que você cale – CALE você
Que você venda – VENDA você
Que você venha – VENHA você
Que você ponha – PONHA você
Que você veja – VEJA você
Que você diga – DIGA você
Que você seja – SEJA você

2. Imperativo Negativo:
Todas as pessoas derivam do presente do subjuntivo:
Que tu faças – Não FAÇAS tu
Que você faça – Não FAÇA você
Que nós façamos – Não FAÇAMOS nós
Que vós façais – Não FAÇAIS vós
Que vocês façam – Não FAÇAM vocês

O duplo tratamento (= mistura de 2ª com 3ª pessoa) é característica do português falado no Brasil. Em textos formais, porém, devemos evitar.

Exemplos de duplo tratamento:
1) “VEM para a Caixa VOCÊ também”
A 3ª pessoa (= você) deriva do presente do subjuntivo (= que você venha – VENHA você);

A 2ª pessoa (= tu) deriva do presente do indicativo com a supressão do “s” (= tu vens – VEM tu).

Ou usamos a 3ª pessoa: “VENHA para a Caixa VOCÊ também”; Ou usamos a 2ª pessoa: “VEM para a Caixa TU também”.

A nossa preferência é a 3ª pessoa.

2) “JOGA fora no lixo. MANTENHA a cidade limpa”.
Há mistura de tratamento: JOGA (tu) e MANTENHA (você).

Há duas opções:
“JOGUE fora no lixo. MANTENHA a cidade limpa”.
(= você)
ou
“JOGA fora no lixo. MANTÉM a cidade limpa”. (= tu).

Observe a derivação:
2ª pessoa (= tu) do imperativo afirmativo vem do presente do indicativo (= sem “s”):

Tu jogas – JOGA (tu)
Tu manténs – MANTÉM (tu)

3ª pessoa (= você) do imperativo afirmativo vem do presente do subjuntivo:
Que você jogue – JOGUE (você)
Que você mantenha – MANTENHA (você)

Teste da semana
Que opção completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo?
"Se o árbitro não __________ naquele exato instante, provavelmente o jogo não _________ continuado".
(a) interviesse – teria;
(b) intervisse – tinha;
(c) intervisse – havia;
(d) intervisse – haveria.

Resposta do teste: Letra (a).
O verbo INTERVIR é derivado do verbo VIR. Deve seguir sua conjugação: se ele viesse – se ele interviesse. A segunda lacuna exige o verbo no futuro do pretérito: “teria ou haveria continuado”.

O sucesso no lançamento da nave Crew Dragon, que decolou na tarde desse sábado (30) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, rumo à Estação Espacial Internacional, é um momento histórico para o planeta, disse o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. Segundo ele, a parceria entre a Nasa, agência espacial norte-americana, e a empresa privada Space X representa um marco na articulação entre os setores público e privado.

“Esse é um momento histórico para a astronáutica dos Estados Unidos e para o planeta como um todo. O retorno ao voo dos Estados Unidos com uma espaçonave tripulada. Muito trabalho dessa empresa, dos jovens engenheiros dessa empresa”, declarou o ministro, que acompanhou e comentou o lançamento em transmissão ao vivo no Facebook da Agência Brasil.

Segundo Marcos Pontes, o sucesso na parceria entre o setor público e privado pode ser repetido no Brasil, impulsionando o investimento em ciência, tecnologia e inovação. “A gente precisa ter, aqui no Brasil, empresas que se desenvolvam no setor e ter todo esse mercado funcionando. Todo nosso esforço no programa é para isso”, disse. “Temos cientistas muito bons no Brasil”, acrescentou.

Oportunidades

O ministro afirmou que, apesar de problemas de orçamento da pasta, o governo está disposto a investir em projetos para o setor espacial por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Na semana passada, o ministério começou a discutir, com o CNPq, uma linha específica de pesquisa para o setor espacial.

Pontes ressaltou que os investimentos em ciência criam um círculo virtuoso. “A gente tem problemas de orçamento? Temos, mas a própria utilização da tecnologia para inovações vai fazer com que o Brasil tenha, através desses investimentos, mais recursos. E mais recursos investidos em ciência e tecnologia significam mais desenvolvimento econômico, mais desenvolvimento social e mais oportunidades”, comentou.

O ministro destacou que o Brasil tem potencial para o desenvolvimento científico, por ter abundância de recursos naturais e cientistas de renome. “Para os jovens que estão assistindo, pensem em trabalhar com tecnologia, em ciências. Quantas oportunidades existem, e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, nós trabalhamos intensamente, com uma equipe enorme, justamente para dar oportunidades para vocês fazerem isso”, disse.

Impressões

Ao comentar o lançamento, Pontes declarou que duas evoluções tecnológicas o impressionaram. A primeira é o foguete propulsor, que retornou à Terra e pousou com sucesso 9min30s depois do lançamento e pode ser reutilizado em futuras missões. A segunda foi a modernidade da cápsula dos astronautas, com painéis “touchscreen” que dispensam botões.

“Olhem o painel dessa espaçonave. É uma coisa impressionante, muito futurístico para quem voou numa espaçonave antiga. Por um lado, é bacana ver toda essa parte da automação. Por outro, como piloto, a gente gosta de ter certos controles na mão”, declarou.

Pouco depois de a espaçonave atingir o espaço sideral, 3min15s após a decolagem, o ministro, o único brasileiro a ir ao espaço, destacou que dava para ver o formato do planeta. “A 120 quilômetros de altura, eles já estão tecnicamente no espaço. Dessa distância, dá para ver a curvatura da Terra”, ressaltou.

(Fonte: Agência Brasil)