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A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) anunciou, nesta semana, ter encontrado o que considera ser “a maior explosão já vista no Universo”. Ela foi detectada no aglomerado de galáxias Ophiuchus, que fica a cerca de 390 milhões de anos-luz da Terra.

De acordo com os astrônomos, uma “erupção gigantesca e recorde” atingiu um buraco negro em um aglomerado de galáxias distantes. A descoberta foi possível a partir de dados de raios-X dos observatórios de Raios-X Chandra, da Nasa; XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia; Murchison Widefield Array, na Austrália; e do Telescópio Gigante de Rádio Metrewave, na Índia.

“De certa forma, essa explosão é semelhante à forma como a erupção do Monte St. Helens, em 1980, arrancou do topo da montanha”, disse Simona Giacintucci, do Laboratório de Pesquisa Naval, em Washington, DC. Simona é a principal autora do estudo. “Uma diferença fundamental é que você poderia colocar quinze galáxias da Via Láctea seguidas na cratera. Essa erupção perfurou o gás quente do aglomerado”, acrescentou.

A quantidade de energia necessária para criar a cavidade em Ophiuchus é cerca de cinco vezes maior que o recordista anterior (MS 0735 + 74), e centenas e milhares de vezes maior que os aglomerados típicos em outras galáxias.

No centro do aglomerado de Ophiuchus, há uma grande galáxia que contém um buraco negro supermassivo. Os pesquisadores pensam que a fonte da erupção gigantesca é esse buraco negro.

Segundo a Nasa, apesar de os buracos negros serem famosos por puxar material em sua direção, eles geralmente expelem “quantidades prodigiosas de material e energia”. Isso acontece quando a matéria que cai em direção ao buraco negro é redirecionada para jatos ou vigas, que explodem no espaço e se chocam com qualquer material circundante.

As primeiras dicas sobre a explosão gigante no aglomerado de galáxias Ophiuchus aconteceram durante observações de Chandra relatadas em 2016, quando foi descoberta de uma “borda curva incomum” na imagem Chandra do “cluster”.

Na época, os observadores suspeitaram que isso representava parte da parede de uma cavidade no gás quente criado por jatos do buraco negro supermassivo. No entanto, eles descartaram essa possibilidade, em parte porque seria necessária uma enorme quantidade de energia para o buraco negro criar uma cavidade tão grande.

No entanto, o último estudo de Giacintucci e seus colegas mostrou que “uma enorme explosão ocorreu de fato”.

Primeiro, eles mostraram que a aresta curva também é detectada por XMM-Newton, confirmando a observação Chandra. O avanço crucial, para confirmar as suspeitas, ocorreu a partir de novos dados de rádio do MWA e dos arquivos GMRT, mostrando que a borda curva é realmente parte da parede de uma cavidade, uma vez que faz fronteira com uma região cheia de emissão de rádio e com a constatação de que havia elétrons acelerados até quase a velocidade da luz.

“Essa aceleração provavelmente se originou do buraco negro supermassivo”, informou a Nasa por meio de nota. "Os dados do rádio cabem dentro dos raios-X como uma mão em uma luva", disse o coautor Maxim Markevitch, do Centro de Vôo Espacial Goddard da Nasa, em Greenbelt, Maryland. "Este é o argumento decisivo que nos diz que uma erupção de tamanho sem precedentes ocorreu aqui".

Ainda de acordo com a agência norte-americana, a erupção do buraco negro deve ter terminado porque os pesquisadores não veem nenhuma evidência de jatos atuais nos dados de rádio. Esse desligamento pode ser explicado pelos dados de Chandra, que mostram que o gás mais denso e mais frio visto nos raios-X está atualmente localizado em uma posição diferente da galáxia central.

Se esse gás se afastar da galáxia, terá privado o buraco negro de combustível para o seu crescimento, desligando os jatos.

O Marshall Space Flight Center da Nasa gerencia o programa Chandra. O Centro de Raios-X Chandra do Observatório Astrofísico Smithsonian controla as operações científicas e de vôo de Cambridge e Burlington, Massachusetts.

(Fonte: Agência Brasil)

O Museu da Imagem e do Som (MIS) é um dos três museus da América Latina indicados ao Leading Culture Destination (LCD Awards) 2020, considerado o Oscar dos Museus, e a única instituição brasileira concorrente na premiação deste ano. A presidente do museu, Clara Paulino, explicou à Agência Brasil que a LCD fez um mapeamento prévio da instituição nas redes sociais e em termos de visitação, para conhecer a avaliação do público sobre o museu.

O MIS, que fica na cidade do Rio de Janeiro, concorre na categoria Melhor Destino Cultural na América Latina, em reconhecimento à sua importância para a vida artística da cidade e por todo o trabalho que vem sendo feito desde 1965. São três museus concorrentes em cada continente. Na próxima semana, será conhecido o vencedor. Essa é a sexta edição do prêmio, que será entregue entre os dias 4 e 5 de março, em Berlim, Alemanha.

De acordo com informação da assessoria de Imprensa do MIS, o LCD Awards é uma das premiações mais importantes do mundo na área de museus e instituições culturais, que identifica as ofertas mais significativas existentes no mercado e que podem traduzir-se em destinos de conexão entre as artes e o turismo. Os equipamentos indicados são avaliados por um corpo de jurados internacionais especializado.

Acervo

Inaugurado em 3 de setembro de 1965, como parte das comemorações do 4º Centenário da cidade do Rio de Janeiro, o MIS é o primeiro centro audiovisual do país e tem em seu acervo 315 mil itens de grandes nomes da cultura nacional das áreas de música, fotografia e cinema. Entre eles, destacam-se Augusto Malta, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Dorival Caymmi, Nara Leão. “É um acervo muito precioso, e a gente trabalha, diariamente, pela conservação dele”, ressaltou a presidente do museu.

No ano passado, o MIS voltou, depois de algum tempo, a oferecer programação cultural à população do Rio de Janeiro, com exibição de filmes, oficinas, entre outras atividades, “além de toda a riqueza do acervo, o maior do Estado. Acho que isso, na verdade, estimulou a indicação a essa premiação”, comentou Clara.

Além da nova sede cuja construção, em Copacabana, deverá ser retomada ainda este ano, o MIS tem duas unidades, sendo uma na Lapa e outra na Praça 15, ambas na região central da capital do Estado, em funcionamento constante. Clara Paulino disse que o acervo está disponível para pesquisadores. A unidade de pesquisa que, no momento, está funcionando provisoriamente na Lapa, enquanto são recuperados alguns espaços da Praça 15, está à disposição dos pesquisadores, que precisam apenas fazer um agendamento e especificar a pesquisa no “e-mail” [email protected].

Nova sede

Segundo Clara Paulino, a construção da sede do MIS é prioridade do governo fluminense. “Agora em janeiro, felizmente, a gente conseguiu parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para republicação do edital”. A Secretaria de Estado de Infraestrutura está efetuando os últimos ajustes para poder lançar a licitação. Após quatro anos da construção paralisada, a presidente do MIS acredita que, até o próximo mês de junho, a obra poderá ser retomada, prevendo-se sua conclusão em um ano. “A gente deve estar com o museu pronto em meados de 2021”.

Clara confirmou que os recursos necessários à retomada da obra serão oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas ficarão inferiores à estimativa preliminar de R$ 41 milhões. “Teve vários ajustes no TCE, e esse valor foi reduzido”, afirmou.

(Fonte: Agência Brasil)

Apresentamos, neste domingo, o uso do acento indicativo da crase. Casos que sempre nos deixam dúvidas.

Dicas gramaticais
1. Eu fui AQUELA ou ÀQUELA farmácia?

O certo é: “Eu fui ÀQUELA farmácia”.

Os pronomes AQUELE(S), AQUELA(S) e AQUILO deverão receber o acento grave sempre que forem complementos de verbos e nomes cuja regência exija a preposição "a":
“Eu fui a (= preposição) aquela farmácia” (= Eu fui ÀQUELA farmácia); “Ele não fez referência a (= preposição) aquilo” (= Ele não fez referência ÀQUILO).

Se o verbo for transitivo direto, não haverá crase: “Ele viu (TD) aquela farmácia (OD)”; “Ele não leu (TD) aquilo”.

Algumas locuções adverbiais de tempo iniciadas pela preposição "em" podem ser iniciadas pela preposição "a". Nesse caso, usa-se o acento da crase: “Àquela hora tudo estava calmo” (= Naquela hora).

2. A nossa disciplina é semelhante A ou À dos militares?

O certo é: “A nossa disciplina é semelhante À dos militares”.

Nesse caso, temos a fusão da preposição “a” (= exigida pelo adjetivo “semelhante”) + o pronome demonstrativo “a” (aquela = a disciplina):
“A nossa disciplina é semelhante a (= preposição) + a (= aquela disciplina) dos militares”.

Os pronomes demonstrativos "a" e "as" (= aquela e aquelas) geralmente vêm antes da preposição "de" ou do pronome relativo "que":
“Sua reivindicação é igual à dos metalúrgicos”. (= igual a aquela dos metalúrgicos); “Faça uma linha paralela à do centro”. (= paralela a aquela do centro); “Ele se referiu às que reclamaram”. (= ele se referiu a aquelas que reclamaram); “Essa piada é semelhante à que me contaram ontem”. (= semelhante a aquela que me contaram ontem).

Se o verbo for transitivo direto, é impossível haver crase: “Ele chamou a da esquerda”. (= chamou aquela da esquerda); “Não conheço a que saiu”. (= não conheço aquela que saiu).

3. Aqui está a obra A ou À que ele se referiu?

O certo é: “Aqui está a obra A que ele se referiu”.

Nesse caso, não há crase. Temos apenas a preposição “a” exigida pela regência do verbo “referir-se” (= quem se refere sempre se refere a alguma coisa). Não há artigo definido nem pronome demonstrativo:
“Aqui está a obra a que ele se referiu”. NÃO significa “a obra a aquela que ele se referiu”.

4. Esta é a aluna À ou A quem o professor entregou as provas?

O certo é: “Esta é a aluna A quem o professor entregou as provas”.

Antes do pronome QIEM jamais haverá artigo. Isso significa que jamais haverá crase antes do pronome “quem”.

5. Aqui está a obra A ou À qual ele se referiu?

O certo é: “Aqui está a obra À qual ele se referiu”.

Observe a diferença: “Aqui está a obra a que ele se referiu”; “Aqui está a obra à qual ele se referiu”.

Qual é a diferença? Por que só ocorre a crase no segundo caso?

No primeiro caso, temos apenas a preposição “a” exigida pelo verbo “referir-se”; no segundo, ocorre crase porque, além da preposição “a” do verbo “referir-se”, temos o artigo “a” que antecede o pronome relativo “qual” (= a a qual ele se referiu).

Isso significa que deveremos usar o acento grave no artigo “a”/“as” que antecede o pronome relativo “qual”/“quais” (= à qual/às quais), sempre que houver também a preposição “a”:
“Esta é a aluna à qual o professor entregou as provas”; “Estas são as funcionárias às quais fizemos referência”; “Não lembro o nome da cidade à qual eles chegaram ontem”.

Se o verbo for transitivo direto, não há a necessidade da preposição e, consequentemente, não ocorre crase: “Esta é a aluna a qual vimos (TD) na praia”; “Estas são as funcionárias as quais estamos ajudando (TD)”.

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo?
“Considerava sua __________ um simples __________”.
(a) assessoria – assessório;
(b) acessoria – acessório;
(c) assessoria – acessório;
(d) acessoria – assessório.

Resposta do teste: Letra (c).
Assessor e assessoria devem ser escritas com “ss”, mas acessório é com “c”

Hoje (28) completam-se 85 anos da morte de Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, compositora, instrumentista, primeira maestrina brasileira e autora teatral, integrante do grupo dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT). Nascida no dia 17 de outubro de 1847, Chiquinha Gonzaga foi ainda a primeira pianista de choro e autora da primeira marcha carnavalesca do país, intitulada “Ó Abre-Alas”, em 1899. Sua importância foi tão grande para a música nacional que o dia do seu aniversário foi escolhido para instituir o Dia da Música Popular Brasileira, de acordo com a Lei 12.624, de maio de 2012.

Na avaliação do Ricardo Cravo Albin, advogado, jornalista, historiador, crítico, radialista e musicólogo brasileiro, considerado um dos maiores pesquisadores da MPB, Chiquinha é a “mãe” da música popular brasileira. “Isso não é pouco, porque Chiquinha aparece no século XIX, um tempo em que a mulher era, normalmente, prisioneira de sua casa, saía muito pouco à rua e jamais participava de movimentos musicais. Chiquinha fez exatamente tudo ao contrário, razão do pioneirismo absoluto dela”, destacou Albin.

Filha de José Basileu Gonzaga, marechal de campo do Exército Imperial Brasileiro, e de Rosa Maria Neves de Lima, filha de escrava alforriada, Chiquinha cumpriu, segundo Ricardo Cravo Albin, o destino, que depois se transformaria em uma bandeira essencial da música brasileira, de ter sido uma mulata. “E nós somos um país mulato. E a música popular brasileira, a partir dela, também é uma música mulata”.

Afilhada de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, Chiquinha teve aulas de piano com o maestro Elias Álvares Lobo. Desde cedo, frequentou rodas de lundu, umbigada e outros ritmos oriundos da África. Com 11 anos de idade, escreveu sua primeira composição, a canção natalina “Canção dos Pastores”.

Casamento forçado

Aos 16 anos, em 1863, foi obrigada a casar com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da Marinha Mercante, com quem teve três filhos: João Gualberto, Maria do Patrocínio e Hilário. O marido levou Chiquinha para viajar com ele por todo o país. No Porto de Salvador, onde teve permissão do marido para ir ao mercado, voltou trazendo um violão, que acabou sendo a causa de sua separação. A compositora sofreu por não poder criar os dois filhos mais novos, afastados dela pelo ex-marido. De volta ao Rio, Ricardo Cravo Albin observou que ela não foi para a casa dos pais.

Expulsa pela família, ela procurou uma casa própria onde, para poder se manter, começou a dar aulas de música, sobretudo de piano. Ali também começou a compor. “Juntou um grupo de músicos em torno de si que a respeitaram a tal ponto que divulgaram suas obras no meio musical da época, que era concentrado na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro, onde ficavam 12 teatros de revistas musicais. Chiquinha começa então a fazer peças musicais ou operetas populares, que atingiram um número absurdo. Ela fez mais de mil operetas”. Chiquinha teve vida longa. Morreu no dia 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade. Produziu de forma permanente e experimentando todos os gêneros da música: xote, valsa, choro, o tango brasileiro.

Marco histórico

Opinião semelhante tem a pianista Maria Teresa Madeira, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e especialista em Chiquinha Gonzaga. “Ela foi um marco na história da música e acabou influenciando todos os criadores depois [dela]. Era uma artista popular e uma profissional de sucesso na época; era abolicionista e uma pessoa envolvida com os políticos para defender causas populares. Ela foi muito importante em todo esse processo histórico e não só musical”, afirmou Maria Teresa à Agência Brasil.

A música de Chiquinha entra no contexto social também, “no que acontece em volta dela, por conta dela ou como consequência dela. A influência dela foi imensa, inclusive para fortalecer o choro, que virou um gênero musical depois das adaptações dos chorões com a música europeia”. Segundo destacou Maria Teresa Madeira, Chiquinha Gonzaga influenciou muitos compositores devido à contextualização de vários gêneros na música popular brasileira, como valsa, habanera (música cubana em compasso binário, com figuração rítmica característica), tango, choro, samba, canção.

Maria Teresa disse que considerando as obras musicais, canções, peças de teatro e obras para piano, Chiquinha Gonzaga acumulou cerca de 2 mil criações. “Uma quantidade absurda de criação”.

Seguidoras de Chiquinha Gonzaga

Através do tempo, Chiquinha Gonzaga teve compositoras que seguiram sua linha de criação. Um exemplo é a pernambucana de Jaboatão, nascida em 1897, Amélia Brandão Nery, conhecida popularmente como Tia Amélia, que teve o programa “Velhas Estampas”, na TV Rio, onde tocava choros e contava histórias de sua juventude. “Tia Amélia, com certeza, teve influência de Chiquinha. Tinha o estilo muito parecido com o dela”. Tia Amélia tocava valsinhas, polcas, choros.

Maria Teresa citou outra artista influenciada por Chiquinha Gonzaga, que foi Carolina Cardoso de Menezes, nascida em 1913 e morta em 1999. “Ela passou por aquela época áurea das rádios e se aposentou como pianista pela Rádio Nacional. Ela reverenciava muito Chiquinha”. Lina Pesce também é compositora cuja obra para piano mostra claramente a influência de Chiquinha. A peça “Bem-Te-Ve Atrevido” é um bom exemplo, disse Maria Teresa Madeira.

Pianistas

Ela própria, como pianista, foi bastante influenciada por Chiquinha Gonzaga. “A minha vida, depois que eu conheci a obra dela, virou”. Nesse gênero brasileiro pianístico, Maria Teresa revelou que Chiquinha foi sua segunda paixão, depois de Ernesto Nazareth. “Mas veio tão forte a paixão quanto Nazareth”. Maria Teresa já lançou três discos sobre Chiquinha e, este mês, está lançando uma coleção de livros para pianistas com a classificação das obras que Chiquinha escreveu para piano por ordem de dificuldade. Os quatro volumes começam voltados para pianistas iniciantes e vão até os músicos adiantados. “Ela nunca foi classificada”, informou Maria Teresa.

Em vídeo gravado pelo criador do “site” de Chiquinha Gonzaga (Wandrei Braga), Maria Teresa toca a polca Atraente, da compositora, para seus alunos na Unirio, em evento que reuniu também a biógrafa de Chiquinha (Edinha Diniz) e a atriz Rosamaria Murtinho, que fez o papel da compositora e maestrina no teatro. “Foi uma festa”. Outra musicista que reverencia Chiquinha Gonzaga e que também esteve presente nesse evento é Clara Sverner, que descobriu as partituras da compositora na década de 1980 e foi a primeira pianista erudita a gravar suas obras. “O que ela [Chiquinha] influenciou, direta ou indiretamente, é um número absurdo de pessoas”, assegurou Maria Teresa Madeira.

Carnaval

A primeira música carnavalesca que Chiquinha Gonzaga compôs, em 1899, foi a marcha-rancho “Ó Abre-Alas”, considerada a primeira marchinha de Carnaval da história, criada para embalar o desfile do cordão Rosa de Ouro, do Bairro do Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro, onde ela morava. Os direitos autorais dessa canção expiraram em 2005, 70 anos após a morte da compositora, e ela entrou em domínio público.

Romances

Chiquinha veio a ter outros dois companheiros. Um deles foi o engenheiro de estradas de ferro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha: Alice Maria. Viveram juntos muitos anos, mas as traições de Carvalho fizeram Chiquinha separar-se. Mais uma vez, ela perdeu a guarda da filha, que ficou com o pai. Aos 52 anos, em 1899, Chiquinha Gonzaga se apaixonou por João Batista Fernandes Lage, estudante de música de 16 anos apenas. Com medo do preconceito, Chiquinha adotou o rapaz e, em 1902, mudou-se com ele para Lisboa.

Seus filhos resistiram um pouco ao romance da mãe, mas acabaram aceitando o rapaz. O casal retornou de Portugal e nunca assumiu o romance em público. A compositora morreu ao lado de João Batista Lage, em 1935, aos 87 anos de idade, quando começava o Carnaval daquele ano. Chiquinha Gonzaga foi sepultada no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, zona norte do Rio.

Em homenagem à compositora, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro criou, pelo Projeto de Resolução 14/1999, a Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga, que é conferida a personalidades femininas que tenham se destacado em prol de causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais no âmbito da União, Estados e municípios.

Teatro

A partir da repercussão de sua primeira composição impressa, Chiquinha decidiu compor para o teatro de variedades e revista. Estreou compondo a trilha da opereta “A Corte na Roça”, de 1885, com texto de Palhares Ribeiro, no Teatro Imperial, com a companhia portuguesa Souza Bastos. Em 1888, com “A Filha do Guedes”, rege pela primeira vez uma orquestra. Em 1911, estreia a opereta “Forrobodó”, que chegou a registrar 1.500 apresentações seguidas, o que é um recorde do gênero no Brasil. Em 1934, aos 87 anos, escreveu sua última composição “Maria”.

Destaque

No livro “Chiquinha Gonzaga uma História de Vida”, a autora Edinha Diniz, biógrafa da compositora, avalia que “Ó Abre-Alas”, sua música mais popular, poderia servir como lema para sua vida. “Compositora e maestrina de sucesso, numa época em que mulher não tinha profissão, ela abriu caminhos e ajudou a definir os rumos da música brasileira”. A obra de Chiquinha Gonzaga, estimada em cerca de duas mil canções e 77 partituras para peças teatrais, é maior do que qualquer compositor de seu tempo.

Em conversa com a Agência Brasil, Edinha Diniz revelou que Chiquinha morreu numa quinta-feira, antevéspera de Carnaval e, agora, o aniversário de 85 anos de sua morte ocorre dois dias após a quarta-feira de Cinzas. A "Madrinha do Carnaval" tem sua memória festejada sempre ligada à festa popular que batizou, destacou Edinha.

Na nota que redigiu sobre a música composta por Chiquinha para o Bloco Cordão de Ouro, Edinha afirma que “a despretensiosa marchinha foi inspirada no andamento do cordão, que sabemos utilizar a procissão religiosa como matriz. Nascia ali, em fevereiro de 1899, a marchinha, um gênero novo que ainda prestaria grandes serviços ao Carnaval carioca. Até então, a festa que viria a representar a nacionalidade brasileira não tinha música própria. Nos bailes mascarados dos salões, a elite dançava ao som de polcas, habaneras, quadrilhas, valsas e mazurcas, enfim, os gêneros de dança de salão da época. Nas ruas, o povo se divertia com a percussão do Zé-Pereira, o som de baterias cadenciadas e canções reaproveitadas: cantigas de roda, hinos patrióticos, chulas, trechos de óperas, árias de operetas, fados lirós, quadrinhas musicadas na hora e até marcha fúnebre. É certo que ranchos e cordões, na virada do século XIX para o XX, já se utilizavam de certas canções, inclusive um tipo de marcha apropriada no andamento, e bradavam também a palavra de ordem para abrir passagem na multidão. Mas uma música especialmente concebida para a festa não ocorrera a nenhum compositor”.

De acordo com Edinha Diniz, Chiquinha Gonzaga foi de fato a criadora do gênero ao criar a canção carnavalesca, antecipando-se em 18 anos, porque foi somente a partir de 1917 que o Carnaval passaria a ter música feita regularmente para a época. “Incapaz de prever o que a posteridade reservava à sua singela marchinha, Chiquinha a incluiu na peça de costumes cariocas ‘Não Venhas’, representada no Teatro Apolo em janeiro de 1904. Logo publicada por seu editor como dobrado carnavalesco, [a marchinha] servia ao enredo da peça como o maxixe do Cordão Terror dos Inocentes. Só em 1939, quando a jornalista Mariza Lira preparava a primeira biografia da compositora, ‘Ó Abre Alas’ foi publicada na sua integralidade, já reconhecida como pioneira”, revela a biógrafa

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes selecionados em segunda chamada para o Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até esta sexta-feira (28) para comprovar as informações fornecidas no ato da inscrição. A documentação deve ser apresentada diretamente às instituições de ensino.

As bolsas de estudo não solicitadas serão destinadas aos participantes da lista de espera. O prazo para se inscrever na lista de espera é de 6 a 9 de março, e a divulgação será feita no dia 12 de março.

Neste semestre, o ProUni está oferecendo 252.534 bolsas. O sistema registrou mais de 1,5 milhão de inscrições, feitas por 782.497 estudantes. O número de inscrições é maior que o de inscritos porque cada participante pode escolher até duas opções de instituição, curso e turno.

ProUni

O ProUni é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudos, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior.

Podem participar estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular na condição de bolsista integral; estudantes com deficiência; professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública.

Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Só pode inscrever-se no ProUni o estudante que não tiver diploma de curso superior, que tenha participado do Enem mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas, e nota acima de zero na redação.

(Fonte: Agência Brasil)

O resultado da seleção do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) para o primeiro semestre de 2020 já está disponível. A lista de pré-selecionados da chamada única pode ser consultada no “site” do programa ou nas instituições de ensino participantes.

Na modalidade Fies, o estudante deve complementar a inscrição pelo “site” do programa no período de 27 de fevereiro a 2 de março. Já os pré-selecionados na modalidade P-Fies deverão comparecer à instituição de ensino para validação das informações de sua inscrição e contratação do financiamento.

Os estudantes não pré-selecionados na modalidade Fies foram automaticamente incluídos na lista de espera e devem acompanhar sua eventual pré-seleção entre 28 de fevereiro e 31 de março de 2020, na página do Fies. Na modalidade P-Fies, não existe a etapa de lista de espera.

Neste semestre, o programa vai oferecer 70 mil vagas para financiamento estudantil em instituições privadas de ensino superior. Ele está dividido em duas modalidades: o Fies a juros zero para quem tem renda familiar de até três salários mínimos por pessoa e o P-Fies para aqueles com renda familiar “per capita” de até cinco salários mínimos, com juros que variam de acordo com o banco e a instituição de ensino. Essa última modalidade funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes.

Mudanças no financiamento

Em dezembro de 2019, o comitê gestor do Fies fez mudanças no programa que só valerão a partir do segundo semestre deste ano.

Uma das alterações é a possibilidade de cobrança judicial de contratos firmados até o segundo semestre de 2017 com dívida mínima de R$ 10 mil. O ajuizamento deverá ser feito após 360 dias de inadimplência na fase de amortização, ou seja, do pagamento em parcelas dos débitos.

Hoje, a cobrança de quaisquer valores é feita no âmbito administrativo. Pela resolução aprovada, só continua a se enquadrar nesse campo quem tiver dívida menor que R$ 10 mil. O devedor e os fiadores poderão ser acionados.

Para o P-Fies, o comitê definiu independência em relação ao Fies, para, segundo o Ministério da Educação (MEC), “dinamizar a concessão do financiamento nessa modalidade”. Não haverá exigência do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como pré-requisito (hoje, é idêntico ao do Fies) e nem será imposto limite máximo de renda (atualmente, é para alunos com renda “per capita” mensal familiar de até cinco salários mínimos). Também será possível contratar o P-Fies durante todo o ano.

As mudanças também atingiram o uso da nota do Enem como forma de ingresso no Fies. Hoje, é preciso ter nota média mínima de 450 pontos e apenas não zerar a redação para pleitear o financiamento. O comitê estabeleceu uma nota de corte também para a parte discursiva – 400 pontos –, que está abaixo da nota média nacional, de 522,8. Essas mudanças valem a partir de 2021.

A nota do Enem também servirá para limitar transferências de cursos em instituições de ensino superior para alunos que possuem financiamento do Fies. Será necessário ter obtido, no Enem, resultado igual ou superior à nota de corte do curso de destino desejado.

O comitê ainda aprovou o plano trienal 2020 a 2022 para o Fies. Nele, as vagas poderão cair de 100 mil em 2020 para 54 mil em 2021 e 2022, caso não haja alteração nos parâmetros econômicos atuais. Mas esses valores serão revistos a cada ano, podendo voltar a 100 mil vagas caso haja alteração nessas variáveis ou aportes do MEC.

(Fonte: Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou a relação de escolas selecionadas para participar do programa de escolas cívico-militares. A divulgação foi feita, na tarde de hoje (26), pelo Twitter pessoal do ministro. São 54 escolas de 22 Estados e do Distrito Federal. Os Estados que mais terão escolas cívico-militares são Rio Grande do Sul e Pará, ambas com cinco escolas.

A implementação do modelo ocorrerá ao longo do ano, em edição piloto. Além das escolas no Rio Grande do Sul e no Pará, serão quatro escolas em Santa Catarina, Paraná e Goiás; três em Minas Gerais, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Tocantins; duas no Acre, Amapá, Roraima, Ceará, Distrito Federal e Mato Grosso; e uma em Rondônia, Rio de Janeiro, Maranhão, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Policiais e bombeiros militares foram capacitados para trabalhar nas escolas. Na primeira rodada de capacitação, realizada em dezembro, em Brasília, o trabalho envolveu diretores e coordenadores de escolas, além de representantes de secretarias estaduais e municipais de Educação que vão atuar como multiplicadores. A segunda rodada ocorreu neste mês, em Porto Alegre (RS). Foram capacitados 54 oficiais da reserva e da ativa das polícias e bombeiros militares e 17 profissionais das secretarias de Educação.

O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma parceria do MEC com o Ministério da Defesa. Cerca de mil militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares vão participar da gestão educacional das instituições. O MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino.

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes selecionados em segunda chamada para o Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até sexta-feira (28) para comprovar as informações fornecidas no ato da inscrição. A documentação deve ser apresentada diretamente às instituições de ensino.

As bolsas de estudo não solicitadas serão destinadas aos participantes da lista de espera. O prazo para se inscrever na lista de espera é de 6 a 9 de março, e a divulgação será feita no dia 12 de março.

Neste semestre, o ProUni está oferecendo 252.534 bolsas. O sistema registrou mais de 1,5 milhão de inscrições, feitas por 782.497 estudantes. O número de inscrições é maior que o de inscritos porque cada participante pode escolher até duas opções de instituição, curso e turno.

ProUni

O ProUni é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudos, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior.

Podem participar estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular na condição de bolsista integral; estudantes com deficiência; professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública.

Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Só pode inscrever-se no ProUni o estudante que não tiver diploma de curso superior, que tenha participado do Enem mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas, e nota acima de zero na redação.

(Fonte: Agência Brasil)

Há 75 anos, o país perdia um de seus maiores escritores e críticos. Morria em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1945, uma de nossas personalidades mais multifacetadas, que se definiu como “eu sou trezentos, trezentos e cinquenta”: o poeta, escritor, pesquisador, músico, folclorista, crítico de arte e primeiro gestor cultural do Brasil, Mário de Andrade.

“Quando eu morrer quero ficar, não contem aos meus inimigos, sepultado em minha cidade”, escrevera o poeta, que viveu, cresceu, produziu, morreu e foi sepultado em São Paulo

 Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 1893, onde morreu em 1945. Na infância, estudou música, o que o levou a lecionar aulas particulares de piano. Também foi professor de história da música no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Sua carreira literária teve início em 1917, com a publicação do livro “Há uma Gota de Sangue em Cada Poema”. Em 1922, com a publicação de “Pauliceia Desvairada”, ele colocou em prática seu projeto de renovação do país.

Além de sua carreira na música e na literatura, Mario de Andrade também dirigiu o Departamento de Cultura da Municipalidade Paulistana, mais tarde Secretaria Municipal da Cultura. Nesse departamento, surgiu a ideia de criar uma biblioteca que servisse como depositária de toda a história cultural da cidade. Em 1960, essa biblioteca municipal paulistana, a segunda maior do país, recebeu o nome de Mário de Andrade.

Ele foi também um dos principais idealizadores do movimento modernista e da Semana de Arte Moderna, realizada em 1922. Seu livro mais conhecido é “Macunaíma”, mas ele escreveu também “Amar, Verbo Intransitivo”; “Ensaios sobre a Música Brasileira” e “Lira Paulistana”.

“Parece assombroso uma pessoa ter produzido tanto quanto o Mário de Andrade. E em várias áreas. Ele tinha tempo para ser professor de piano, receber amigos, escrever cartas o tempo todo, de produzir romances e poesias, de gerir um departamento de cultura. É um exemplo para todas as gerações”, disse Marcelo Tápia, diretor-geral da Rede de Museus-Casas Literários, em entrevista à Agência Brasil

Centenário da Casa Mário de Andrade

A casa onde ele viveu boa parte da vida, na Rua Lopes Chaves, na região da Barra Funda, é hoje um museu e, este ano, celebra 100 anos de sua construção. Foi nessa mesma casa, que ele definia como Morada do Coração Perdido e, agora, chamada de Casa Mário de Andrade, que ele morreu de enfarte, aos 51 anos.

Era nesse local que recebia os amigos, artistas e intelectuais, com quem criou a Semana de Arte Moderna; e onde dava aulas de piano. Foi nessa casa também que deixou viva a sua memória. “Saí desta morada que se chama o coração perdido e de repente não existi mais”, escreveu o poeta, certa vez. Nesse lugar, ele viveu de 1921, um ano após ser construída, até 1945, quando morreu.

“Esse é um espaço de memória”, contou Marcelo Tápia, falando sobre a casa-museu. “Aqui é também um espaço de resistência porque se reporta a um tempo diverso e é ligado a um personagem que ajudou a fazer a história de São Paulo em vários aspectos, não só como escritor, mas também como professor de piano, como pesquisador da cultura popular e como primeiro diretor do Departamento Municipal de Cultura, o que seria hoje uma Secretaria de Cultura, com a preocupação de preservação do patrimônio e da memória”, disse ele.

“A mãe do Mário vendeu a casa que eles tinham lá no Largo do Paissandu e comprou esse conjunto de sobrados, projeto do famoso arquiteto Oscar Americano. Ela comprou esta casa [onde hoje é a Casa Mário de Andrade) para que morasse junto com uma irmã, a tia e uma filha. A segunda casa era para um irmão do Mário e a terceira seria para o Mário, quando ele se casasse. Como nunca se casou, ele permaneceu morando com a mãe aqui [na Casa Mário de Andrade]”, disse Marcelo Tápia.

A casa guarda hoje apenas alguns objetos da época, pois boa parte do seu acervo foi levada para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP). Um dos objetos que permanece no local é o piano em que dava aulas, além dos armários que projetou e mandou executar no Liceu de Artes e Ofícios. “Ele trouxe uma inovação à história do mobiliário brasileiro, com móveis feitos sob medida e com vidros para proteger os livros”, contou Tápia.

Para comemorar o centenário de construção dessa casa, o museu prepara, para meados deste ano, uma exposição da história sobre o uso da casa pela família de Mário de Andrade e, também, centro de estudos, teatro-escola, oficina cultural e, mais tarde, museu.

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes que desejam cursar uma graduação, mas não têm condições de arcar com as mensalidades das faculdades saberão amanhã (26) se foram pré-selecionados para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para o Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies). O Ministério da Educação (MEC) divulgará o resultado no endereço eletrônico ou nas instituições para as quais se inscreveu.

As inscrições para as duas modalidades começaram em 5 de fevereiro e terminaram no dia 14. De quinta-feira (27) até segunda-feira (2), os alunos pré-selecionados em chamada única deverão complementar as informações da inscrição no FiesSeleção, no endereço eletrônico , para contratação do financiamento. Quem ficou na lista de espera deve enviar informações até três dias úteis depois da divulgação da pré-seleção.

Na primeira modalidade, o novo Fies oferta vagas com juros zero para estudantes de renda “per capita” mensal familiar de até três salários mínimos. Nessa modalidade, o aluno começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda, fazendo com que os encargos a serem pagos pelos estudantes diminuam consideravelmente.

Destinado aos estudantes com renda “per capita” mensal familiar de até cinco salários mínimos, o P-Fies tem juros que variam de acordo com o banco e a instituição de ensino superior. Essa modalidade funciona com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento e com os recursos dos bancos privados participantes.

As inscrições para o Fies têm chamada única e lista de espera, na qual os estudantes assumem o lugar de candidatos pré-selecionados desistentes. Já o resultado do P-Fies é apenas divulgado em chamada única. Segundo o MEC, cabe ao estudante consultar o resultado da seleção.

Critérios

No Fies, os candidatos serão classificados no grupo de preferência para o qual se inscreveram, atendida a prioridade indicada entre as três opções de curso, de turno e de local de oferta escolhidas, A seleção obedece a uma ordem decrescente de acordo com as notas do Enem, observada a seguinte sequência. A chamada única listará os candidatos classificados conforme o número de vagas disponíveis no grupo de preferência.

Em primeiro lugar, estão os candidatos que não tenham concluído o ensino superior e não tenham sido beneficiados pelo financiamento estudantil. Em seguida, os candidatos sem conclusão do ensino superior, mas que já tenham sido recebido financiamento estudantil e o tenham quitado. Em terceiro, estão os candidatos que já concluíram o ensino superior e não tenham sido beneficiados pelo financiamento estudantil. Por fim, vêm os estudantes com conclusão do ensino superior, tenham recebido financiamento estudantil e o tenham quitado.

No P-Fies, os estudantes serão classificados conforme a nota no Enem no grupo de interesse escolhido, dentre as opções de curso, de turno e de local de oferta indicados pelo candidato. É necessária a pré-aprovação do financiamento por, pelo menos, um agente financeiro operador de crédito. Sem a pré-aprovação, a inscrição será, automaticamente, cancelada; e a vaga, repassada ao próximo classificado no grupo de interesse escolhido.

A pré-aprovação do financiamento no P-Fies é de responsabilidade exclusiva dos agentes financeiros com relação jurídica estabelecida com as mantenedoras das instituições de ensino superior participantes. O MEC informa que não atua nesse procedimento.

(Fonte: Agência Brasil)