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A Pontifícia Universidade Católica do Paraná está com inscrições abertas para um curso gratuito e on-line de Língua Brasileira de Sinais (Libras) voltado para profissionais da área da saúde. A meta é facilitar o entendimento e a comunicação entre profissionais que atuam no combate à covid-19 e pacientes surdos.

O minicurso Libras na Linha de Frente oferece 40 vagas. Terão preferência profissionais formados e estudantes da área da saúde de todo o Brasil. O curso começa na próxima segunda-feira (29) e se estenderá até o dia 2 de abril, sempre às 17h, com duração de uma hora e meia por encontro.

As aulas são dadas por Alexsander Pimentel, professor, tradutor e intérprete de Libras. Quem tiver, no mínimo, 75% de presença ganhará certificado de participação.

A iniciativa é de acadêmicos do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da universidade. Eles participam do projeto Unidos pela Saúde, desenvolvido por mestrandos e doutorandos em conjunto com profissionais de saúde voluntários e estudantes de outras instituições. O projeto tem como foco principal levar informações de cuidados de saúde à população em geral de maneira acessível e adaptada às pessoas com deficiências.

Acolhimento

A mestranda Luana Bastos afirmou que, quando um paciente surdo é atendido por um profissional de saúde que conhece Libras, ele se sente muito mais acolhido.

“O curso tem o propósito de romper o isolamento da comunicação e a exclusão das pessoas com deficiência auditiva. Essa é a terceira turma que abrimos, e as avaliações dos grupos anteriores têm sido bastante positivas”, disse.

Vivianne Cristina Carvalho de Menezes, de Manaus (AM), achou a experiência proveitosa. “Adorei participar do grupo e poder aprender um pouco mais de Libras, língua que me encanta. Agradeço, de coração pela oportunidade e pela iniciativa. É muito importante que hospitais e unidades de saúde tenham profissionais que possam se comunicar com os surdos”. 

Ana Alice Venâncio Pontes Medeiros, de Mogi das Cruzes (SP), participou do curso anterior e achou excelente. “A didática e a interação fizeram com que eu aprendesse muito melhor. Trata-se de uma introdução à Língua Brasileira de Sinais e me ajudou muito”, finalizou. 

(Fonte: Agência Brasil)

Professores, educadores e instituições de ensino que desejam utilizar o cinema como ferramenta para discutir questões socioambientais contam agora com uma plataforma de streaming  totalmente gratuita e exclusiva, chamada Ecofalante Play.

O acervo tem mais de 130 filmes brasileiros e estrangeiros que abordam assuntos como emergência climática, consumo, cidades, energia, conservação, economia, trabalho e saúde. As obras foram selecionadas pela curadoria da Mostra Ecofalante de Cinema, evento com filmes de temática socioambiental que ocorre anualmente desde 2012.

Entre os filmes disponibilizados no acervo, está Obrigado, Chuva, de Julia Dahr, cineasta eleita pela revista Forbes como uma das 30 personalidades jovens. A cineasta acompanha um pequeno agricultor queniano para registrar os impactos das mudanças climáticas.

Há, também, Dolores, de Peter Bratt, que retrata Dolores Huerta, líder trabalhista e uma das mais importantes ativistas dos direitos civis da história dos Estados Unidos.

Outro destaque é Martírio, dirigido por Vincent Carelli em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tatiana Almeida. O filme, premiado no Festival de Brasília e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, busca as origens do genocídio praticado contra os índios Guarani Kaiowá.

Para utilizar a plataforma, os professores e as instituições de ensino precisam fazer um cadastro disponível na Ecofalante Play.

Após a aprovação do cadastro, será permitido o acesso ao catálogo de filmes e ao agendamento de uma sessão.

(Fonte: Agência Brasil)

Em todo o mundo, hoje, no dia 27 de março, às 20h30, no horário de Brasília, as pessoas apagarão suas luzes em sinal de apoio a um movimento que pede uma transição energética urgente. O objetivo é amenizar os efeitos causados pelo uso indevido dos recursos do planeta na geração de energia.

Enquanto a maior parte dos países tem como principal fonte energética os combustíveis fósseis, no Brasil a matriz é predominantemente renovável, mas para atender ao crescimento da demanda e garantir segurança energética, a diversificação das fontes também se faz urgente.

“A fonte hidrelétrica praticamente está esgotada. Nós usamos todos os recursos viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental”, afirma Élbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeéolica).

Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energias (MME), Carlos Príncipe Pires, essa transformação já vem acontecendo nos últimos 21 anos, período em que as hidrelétricas deixaram de representar 82,9% e passaram a 60,9% de todas as fontes de geração elétrica, e deram espaço à energia eólica com participação de 9,6%, a biomassa que hoje representa 8,6% e a solar, com 4,4% da matriz elétrica brasileira.

Outras fontes não renováveis também passaram a ter maior participação na geração de energia no Brasil, mas, segundo Carlos Pires, nesses casos, foram estimuladas as fontes com menor emissão, como é o caso do gás natural que cresceu de 2,7% para 8,3%.

“Nossa matriz é três vezes mais renovável que dos países desenvolvidos”, diz.

Ainda que o potencial torne as fontes renováveis semelhantes em abundância no Brasil, a vocação, o ritmo do desenvolvimento tecnológico e o investimento em pesquisa e inovação acabam determinando como cada uma dessas fontes ocupam o mercado brasileiro.

 “A geração distribuída é uma vocação da fonte solar e a eólica tem uma vocação de grande escala, porque as turbinas são melhores, do ponto de vista técnico e econômico, quando encontra ventos melhores e esses ventos estão localizados, ao passo que o sol está distribuído”, afirma a presidente da Abeeólica.

Nos últimos 10 anos, a geração de energia eólica não apenas ocupou a maior fatia da matriz elétrica depois da hidráulica, como também é responsável pela façanha de desenvolver um mercado com 80% de conteúdo nacional. “Dessa forma, nós não estamos sujeitos às variações cambiais e isso talvez seja um dos fatores que explique o crescimento forte e estável da eólica, mesmo em períodos de crise”, afirma Élbia.

Para o coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp, Gilberto Januzzi, a natureza diferenciada dos ventos brasileiros levaram a uma necessidade de incremento na inovação do que veio de fora e a indústria se adaptou.

No entanto, essas adaptações não significam um processo produtivo que garanta uma energia mais barata para quem está na ponta.

 “Tem que haver soluções baratas para um mercado que é muito desigual. A gente não pode esquecer que nem todos brasileiros conseguem pagar pelos serviços de energia”, afirma Gilberto.

Com uma vocação mais voltada para atender ao consumo doméstico na modalidade de geração distribuída, que é quando o pequeno consumidor gera a própria energia, a fonte solar, conhecida como fotovoltaica, é um exemplo claro em que a falta de inovação nacional tornou o custo para o crescimento desse mercado muito alto.

Segundo o professor Felipe Almeida, do campus de Boituva do Instituto Federal de São Paulo, atualmente o que há de mais moderno no mercado de fotovoltaica são tecnologias como as células tipo PERC, desenvolvidas na Austrália, os módulos half cell e bifaciais, desenvolvidos na China e Estados Unidos.

“Um estudo da Abesolar desse ano mostra que em 2021 teremos cerca de 147 mil empregos a mais no Brasil. Então, isso pede mão de obra qualificada, cada vez mais”, explica.

Para Gilberto Januzzi, embora o Brasil seja rico em recursos energéticos, tenha um mercado crescente e seja o país em desenvolvimento com maior recurso destinado por lei para fomento de pesquisa e desenvolvimento na área de energias renováveis, ainda é muito dependente da inovação de outros países.

“O nosso estágio, em termos de pesquisa e desenvolvimento não é bom. A gente está comercializando, é um mercado crescente, há um mercado bom para essas tecnologias, mas em termos de conteúdo inovador brasileiro é ainda pequeno”, diz.

Hidrogênio verde

No dia 9 de março, o Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE) publicou, no Diário Oficial da União, a Resolução nº 2, de 10 de fevereiro de 2021, que determina um direcionamento dos recursos destinados à pesquisa e ao desenvolvimento e prioriza estudos de fontes como hidrogênio, energia nuclear, biocombustíveis e tecnologias de armazenamento.

 “Todas essas são temáticas que desempenharão um papel de suma importância para transição energética para economia de baixo carbono”, afirma Agnes da Costa, chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME.

Gilberto Januzzi considera um acerto focar os recursos em tecnologias que são promissoras para o país, como é o caso do hidrogênio, que tem se mostrado promissor quando o assunto é geração de energia e redução de emissão de gases do efeito estufa. “É um tipo de um energético que pode nos ajudar muito, porque temos várias maneiras de produzir hidrogênio, ou células à combustível e também podemos armazenar essa energia”.

O pesquisador explica que, embora o uso do hidrogênio como fonte energética seja antigo, novas formas de produzir utilizando as fontes renováveis no processo revelam um enorme potencial brasileiro. O que colocaria o país em uma posição privilegiada na corrida global pela descarbonização, tanto no processo de produção, como na solução de armazenamento e exportação de energia. “É uma oportunidade muito grande que a gente não poderia perder”, diz Gilberto.

Energia Nuclear

Essa oportunidade faz com que o mercado da energia eólica também esteja atento a tecnologia de produção do hidrogênio verde e do uso dos ventos como fonte para gerar outras energias exportáveis.

“Nós temos outra forma da exportação da energia quando nós pensamos na produção dos nossos produtos exportáveis, como são a indústria de mineração de forma geral”, afirma Élbia Gannoum.

Embora sejam fontes não renováveis, os minerais são a principal forma de obter a energia nuclear, hoje gerada principalmente a partir da fissão nuclear do urânio. Esse processo não tem emissão de gases do efeito estufa e, também, pode ter sua produção associada a outras fontes renováveis.

“Em termos de pesquisa, tem coisas fascinantes a serem pesquisadas, mas, em termos de ampliar isso no mercado brasileiro, eu não consigo ver viabilidade, no ponto de vista até econômico, no médio prazo”, diz.

Bons ventos

Para fins energéticos, Gilberto acredita que o interesse internacional no Brasil está mais ligado às fontes renováveis. Ele alerta para o grande potencial das eólicas offshore, que ficam em regiões extraterritoriais, como é o caso de regiões em alto-mar, por exemplo. “A estimativa que a própria Empresa de Planejamento Energético faz é de cerca de 900 gigawatts de potencial”, afirma.

Na visão da presidente da Abeéolica, o início dos investimentos na tecnologia offshore podem ajudar o Brasil a avançar na tecnologia aplicada à geração de energia por meio de ventos no território nacional, as chamadas onshore, servindo como modelo.

Ela explica que isso já ocorreu em países europeus, onde a falta de território para geração de energia onshore gerou uma tecnologia mais robusta.

“Nós estamos vendo máquinas offshore já com capacidade de 15 megawatts e já ouvi falar de uma máquina com 18 megawatts, para offshore. Quando a trajetória tecnológica vai para esse caminho dessas máquinas com potência maior, com torre maior, a trajetória da onshore também vai seguindo esse caminho”, afirma.

Em diferentes regiões brasileiras, grupos de pesquisa já trabalham em busca de inovações para geração de energia eólica offshore. Para Gilberto Januzzi, esses grupos podem ser alavancados ainda pela vantagem do país já possuir o knowhow para atuação em plataformas de exploração de petróleo e gás, como no caso do Pré-Sal.

Versatilidade no biogás

Além da capacidade de gerar biometano para substituir diesel, GLP (gás de cozinha), energia térmica ou elétrica, o biogás também é armazenável. Por toda essa versatilidade, a indústria do biogás seguiu diferentes caminhos pelo mundo.

Enquanto na Alemanha ela gera a maior parte da energia elétrica consumida por lá, no Brasil essa indústria acabou se desenvolvendo mais no setor de tratamento ambiental de resíduos sólidos.

Para Alessandro Gardemann, presidente da Associação Brasileira do Biogás, o potencial do biogás é tão grande que solucionaria diversas questões pendentes na geração das demais fontes, como é o caso do armazenamento.

“O biogás é a solar de bateria direto. Então, é uma alternativa às baterias e às térmicas a gás natural. Com térmicas à biogás você consegue a descarbonização, com produção descentralizada, perto do consumo e tratando resíduos”, afirma.

Assim como na eólica, o setor inovou apenas em adaptações necessárias à indústria nacional e praticamente absorve as tecnologias criadas e testadas em outros países. Para Alessandro, ainda cabem mudanças no marco regulatório para pesquisa e desenvolvimento no setor, onde o risco seja aceito como parte do processo de investigação em um processo. “O insucesso faz parte de um modelo de P&D”, afirma.

Sistemas Digitais

Somados aos desafios e potenciais tecnológicos que a transição energética traz em cada uma das fontes, a integração delas por meio dos sistemas inteligentes, ou smart grids, também exigirá do país um novo olhar para inovação no setor de tecnologia da informação. Por meio desses sistemas, também é possível mais eficiência de geração e melhoria na utilização dos recursos naturais de forma individual ou integrada.

Segundo a executiva de uma empresa brasileira de inovação, Gabriella Seiler, o avanço dessas tecnologias pode beneficiar o sistema elétrico como um todo, desde os grandes geradores, até o consumidor.

“A digitalização e a Inteligência Artificial são fundamentais nessa transformação que depende de sistemas e equipamentos descentralizados, que precisam se comunicar de forma inteligente e em tempo real”, diz.

Com tantas possibilidades e potencial, Gilberto Januzzi afirma que o Brasil precisa alinhar recursos financeiro, estruturais e humano no setor de pesquisa e desenvolvimento, que existem em abundância, às demandas do setor produtivo, para que assas inovações possam chegar de forma rápida, com custos que o consumidor possa suportar. “A política pública é muito importante nesse sentido, porque grande parte do esforço em pesquisa básica vem de fundos públicos, não vem do mercado sozinho”, diz.

Segundo Gabriela, esse abismo entre ambiente acadêmico e inovação aplicada fica claro quando o Brasil aparece entre os 15 países que mais publicam e têm citações em artigos científicos, mas essa inovação pouco chega a ser aplicada na sociedade. Para ela, na área de inteligência artificial, esse desafio soma-se a outros como a escassez de talentos, baixo investimento e ainda um bloqueio cultural na aplicação de tecnologias que transformam estruturas fundamentais.

(Fonte: Agência Brasil)

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Juscelino Filho (DEM-MA), entregou a proposta do novo regulamento do colegiado à presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, Bia Kicis (PSL-DF). O encontro ocorreu nessa quinta-feira (25), um dia após os integrantes do Coética darem aval, por unanimidade, às novas regras de funcionamento. Agora, caberá à CCJ analisar a matéria.

“A reformulação das regras de funcionamento do Conselho era necessária desde 2011, ano em que houve a alteração do nosso Código de Ética. Logo que assumi a presidência do colegiado, informei que faríamos a atualização, missão que deleguei ao deputado Alexandre Leite. Mesmo com toda a restrição por conta da pandemia, conseguimos concluir esse trabalho ao fim da minha gestão à frente do Coética”, comemorou Juscelino Filho.

Segundo o deputado do Democratas, o novo regulamento do Conselho de Ética foi construído a várias mãos. “Ele foi aprovado após muito debate, com opiniões de todos os membros. Tenho certeza de que o texto traz avanços de extrema importância, que vão contribuir com a melhoria da atuação do colegiado e, consequentemente, da Câmara. Nossa expectativa é que a CCJ possa analisar e aprová-lo o quanto antes”, disse.

A deputada Bia Kicis prometeu empenho da CCJ na tramitação da proposta entregue por Juscelino Filho. “Vamos dar prosseguimento com celeridade e todo zelo necessário. Em breve, o novo regulamento vai vigorar, para que possamos ter o máximo de aproveitamento dos trabalhos do Conselho de Ética. Pode contar conosco”, declarou a parlamentar.

Mais celeridade

As principais mudanças propostas no novo regulamento do Conselho de Ética poderão agilizar a análise das representações. Caso não haja alterações na CCJ, ficará dispensado o parecer prévio quando o relator concluir pela admissibilidade do processo de quebra de decoro. No caso de pedido de arquivamento, haverá a votação pelos conselheiros. Outra novidade vai permitir que os deputados representados sejam notificados por meios eletrônicos.

O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que relatou o texto no Coética, justificou a nova regra quanto ao início das representações. “A admissibilidade é uma votação hoje que dá margem para obstrução e morosidade. O mérito acaba sendo levado para a formação de opinião e juízo de valor na admissibilidade, o que é um ponto técnico e pode ser apresentado junto ao relatório final”, argumentou.

Sobre os trabalhos do Conselho de Ética, o presidente Juscelino Filho frisou: “Nos últimos dois anos, até em razão do número recorde de representações, fomos questionados por não dar algumas respostas que a sociedade esperava. Mas, desde que nos foi permitido retomar as atividades, no início deste ano, já limpamos a pauta anterior à pandemia e avançamos nos dois casos de maior repercussão nacional, envolvendo os deputados Daniel Silveira e Flordelis”.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O secretário especial de Cultura, Mário Frias, informou, nesta sexta-feira (26), que o governo deve publicar, na próxima semana, um decreto prorrogando os prazos para prestação de contas de recursos da Lei Aldir Blanc, voltada para o auxílio ao setor cultural em razão da pandemia do novo coronavírus. O prazo vence no fim de março e, segundo Frias, será prorrogado até 31 de dezembro.

“Isso a gente já vem discutindo [no governo] e já conseguiu. Esse decreto já está confeccionado, e vamos ter a dilação do prazo até 31 de dezembro para a prestação de contas do que foi empenhado em 2020 e executado em 2021. Isso já está 100% garantido”, disse Frias durante audiência da Comissão de Cultura da Câmara para debater a legislação.

O anúncio foi feito poucos dias após uma decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmén Lúcia ter aprovado o pedido de aumento dos prazos feito pelo Estado do Ceará.

Aos deputados, Frias disse que, apesar de o decreto prever a extensão do prazo até 31 de dezembro deste ano, as prestações de contas de municípios, Estados e Distrito Federal e da União poderão ser feitas até junho de 2022.

Aprovada pelo Congresso em junho do ano passado, a Lei Aldir Blanc determinou o pagamento de auxílio emergencial a artistas, produtores, técnicos e espaços culturais como forma de auxiliar um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus.

No total, foram destinados R$ 3 bilhões para os Estados e municípios. Os recursos começaram a ser repassados no segundo semestre de 2020. Contudo, artistas, dirigentes culturais e secretários de Cultura afirmam que o período para repasse e execução dos projetos aprovados foi muito curto, dificultando a realização das atividades.

Representantes do setor cultural e gestores criticaram a demora do governo em prorrogar os prazos para a prestação de contas dos recursos. Na avaliação da presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Úrsula Vidal, a demora provocou pressão sobre as secretarias de Cultura.

“Estamos há três meses aguardando essa regulamentação. [Informaram] que o texto do decreto estava pronto em dezembro, e essa instabilidade gera muita pressão sobre Estados e municípios”, disse Úrsula.

Recursos remanescentes

Durante a audiência, Frias foi cobrado sobre o uso dos recursos remanescentes da lei que não chegaram a ser aplicados e que somam cerca de R$ 770 milhões. Frias disse que vem discutindo a questão com o Ministério da Economia, mas que ainda não há uma definição, uma vez que, segundo ele, há o entendimento de que os valores pertencem ao chamado orçamento de guerra, aprovado para o ano passado, o que cria insegurança jurídica quanto à aplicação dos valores restantes.

“[É] óbvio que, como gestor, tenho a noção de como esse dinheiro vai ser importante hoje. Estamos em tratativas com o Ministério da Economia. Estou vendo outras possibilidades”, acrescentou o secretário. “Há essa questão jurídica de que essa verba pertence ao orçamento de guerra de 2020”, enfatizou.

A presidente da Comissão de Cultura, Alice Portugal (PCdoB-BA), defendeu a inclusão da liberação dos valores, a Medida Provisória (MP) 1.039/21, que trata do pagamento da nova rodada do auxílio emergencial. Segundo a deputada, a assessoria jurídica da comissão elaborou um parecer demonstrando que não há impedimento para a utilização dos valores, opinião que é compartilhada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“Secretário Mario Frias, precisamos de sua ajuda na medida provisória, para podermos sedimentar o uso do recurso. Nós não temos nenhuma dúvida sobre a possibilidade legal de fazê-lo”, disse a deputada. “Esse recurso pode, sim, ser utilizado. Não perca esse dinheiro, secretário”, afirmou.

(Fonte: Agência Brasil)

Após quase dois anos do sucesso da primeira edição da PerifaCon, que levou mais de 7 mil pessoas à Fábrica de Cultura do Capão Redondo, em São Paulo, a Comic com promove a partir de hoje (26), até o dia 28, o festival virtual Brotando nas Redes. Com formato gratuito, gravado e ao vivo, o evento reúne painéis temáticos, ciclo de formação para quadrinistas e ilustradores.

Brotando nas Redes promove, ainda, um concurso de cosplay dedicado à comunidade negra, no qual os participantes devem se fantasiar e interpretar personagens da cultura pop. Serão 17 concorrentes e o vencedor, eleito por voto popular, ganha um prêmio de R$ 1.000.

Cosplay é um entretenimento garantido em qualquer comic con, não podia faltar no Brotando. Esse concurso tem, ainda, o objetivo de promover, valorizar e fortalecer a identidade e as manifestações de pessoas periféricas, negras e LGBTQI+ no universo do entretenimento nerd, geek e pop”, disse uma das criadoras da PerifaCon, Gabrielly Oliveira.

Segundo a organização do festival, a ideia é responder ao chamado do público da Comic con das favelas que gosta de assistir a séries e filmes, ouvir música, ler quadrinhos e mangás e compartilhar seus gostos e conhecimentos para promover o bem-estar coletivo e o crescimento de artistas locais, enaltecendo a força da periferia no cenário nerd, geekpop. Para participar, é preciso se cadastrar no site da PerifaCon. Para assistir, basta acompanhar pelo YouTube nas redes sociais.

Neste ano, a programação é mais voltada para o mercado do entretenimento, a fim de dar visibilidade aos artistas durante o período da pandemia de covid-19. “Essa não é uma versão do nosso evento físico, é um evento menor para matar a saudade do público e dar um gostinho da experiência da PerifaCon. É muito importante para nós conseguir dar segmento e visibilidade aos profissionais de periferia que iriam participar do evento, que foi cancelado no ano passado por causa da pandemia, prejudicando tanto essas pessoas, que não puderam circular suas artes e gerar renda”, afirmou o também criador do festival, Igor Nogueira.

Programação

Abertura: Nerds da quebrada: a ascensão Perifacon (26 – 18h) – Em um papo superlegal e descontraído sobre a periferia nerd, o time do Perifacon fala sobre a incrível trajetória durante o ano difícil de 2020, os desafios e as maiores conquistas. Participação de Andreza Delgado, Gabrielly Oliveira, Igor Nogueira, Luize Tavares e Vaneza Oliveira.

Ciclo Narrativas Periféricas Parte I (26 – 19h) – Dando início à primeira fase do ciclo de formação para quadrinistas e ilustradores, a conferencista Janaína de Luna, da Editora Mino,  mostra um panorama completo e cheio de dicas sobre como um artista deve apresentar o seu trabalho a uma editora.

Painel Para Além do Beco dos Artistas da Perifacon (27 – 18h) – Com a curadoria de artistas como tema central e com a mediação de Andreza Delgado e Luize Tavares, os artistas  Amanda Treze, Douglas Lopes, Gillian Rosa, Lya Nazura e Marília Marz participam de bate-papo para falar sobre seus processos criativos e a oportunidade de trabalhar para grandes marcas por meio da curadoria, sobretudo em um ano sombrio para a cultura devido à pandemia.

Ciclo Narrativas Periféricas Parte II (27 – 19h) – Dando continuação ao ciclo de formação para quadrinistas e ilustradores, Janaína de Luna volta para mais uma fase, explicando todo o processo de criação de uma HQ, com abordagem desde a ideia, roteiro, título até o processo de gráfica e como tornar a produção de sua HQ mais barata.

Ciclo Narrativas Periféricas Parte III (28 – 18h) – Na terceira fase, o ciclo de formação para quadrinistas e ilustradores traz Pedro Cobiaco, um dos maiores coloristas do Brasil, em uma conversa sobre o processo de colorização de uma HQ completa e sua capa.

Ciclo Narrativas Periféricas Parte IV (28 – 19h30) – Encerrando o ciclo de formação para quadrinistas e ilustradores, a última fase chega com Felipe Castilho e Fábio Kabral, grandes expoentes de HQ e também escritores, em um debate/mentoria sobre o processo de roteirização de livros e HQs.

Concurso de Cosplay (28 – 21h):  O encerramento fica por conta do time do PerifaCon, que promove uma conversa com cosplayers convidados sobre os bastidores desse universo. Na mesma ocasião, será anunciado o vencedor do concurso.

(Fonte: Agência Brasil)

Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%. Os dados, divulgados hoje (25), são do projeto Lixo Fora d’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018.

De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias, e o restante (90%) é proveniente de outras áreas urbanas. 

“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.

(Fonte: Agência Brasil)

A Nasa vai tentar, no início de abril, o primeiro voo de um equipamento motorizado em outro planeta, fazendo decolar o helicóptero Ingenuity em Marte, anunciou, nesta quarta-feira (24), a agência espacial norte-americana.

Neste momento, o helicóptero ultraligeiro, que se assemelha a um drone de grandes dimensões, continua dobrado e preso sob o robô Perseverance, que aterrissou no Planeta Vermelho, no mês passado.

“A nossa melhor estimativa, neste momento, é o dia 8 de abril” para o primeiro voo, disse o engenheiro-chefe do Ingenuity, Bob Balaram, acrescentando que a data exata ainda está sujeita a alterações.

Se a experiência for bem-sucedida, será uma verdadeira proeza para a agência norte-americana, uma vez que o ar de Marte tem densidade equivalente a apenas 1% da atmosfera da Terra.

Será o equivalente ao primeiro voo de um equipamento motorizado na Terra, em 1903, e a Nasa revelou que, como tributo, foi colocado no Ingenuity um pedaço da aeronave dos irmãos Wright que, há mais de um século, decolou pela primeira vez na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

O primeiro voo do helicóptero ultraligeiro em Marte será bastante simples: após decolar na vertical, o Ingenuity subirá até uma altura de três metros e ficará estacionário durante 30 segundos, antes de fazer uma rotação sobre si mesmo e voltar a pousar no solo.

O engenho irá receber as instruções a partir da Terra algumas horas antes, mas irá também analisar a sua própria posição em relação ao solo, durante o voo, captando 30 fotos por segundo.

A Nasa já determinou também o local onde o helicóptero fará o seu voo, situado a norte do local onde pousou o robô.

O Perserverance ainda não terminou o percurso até essa `pista` e “demorará ainda alguns dias”, declarou o encarregado de ligação das equipes da Nasa responsáveis pelo veículo e pelo helicóptero, Farah Alibay.

O ultraligeiro será então colocado na posição correta antes de ser largado no solo pelo robô, que terá de rolar acima do engenho alguns metros para se afastar e permitir a decolagem.

O Perserverance terá obrigatoriamente de afastar-se suficientemente em menos de 25 horas, uma vez que o helicóptero precisa da luz do Sol para alimentar os seus painéis solares e conseguir `sobreviver` às gélidas noites marcianas.

O robô ficará colocado em um ponto de observação, onde poderá utilizar as suas câmaras para captar fotos de todo o processo de voo do Ingenuity.

Estão planejados pela agência espacial norte-americana até cinco voos de dificuldade gradual ao longo de um mês.

Composto por quatro pés e duas hélices sobrepostas, o Ingenuity pesa apenas 1,8 quilo e mede 1,2 metro de uma ponta a outra das suas pás.

Esse tipo de equipamento pode revelar-se crucial, no futuro, para a exploração de planetas, por ser capaz de ir a locais aonde os robôs não conseguem ter acesso, como desfiladeiros.

A Nasa trabalha ainda em outro projeto ao abrigo da missão Dragonfly (Libélula, em português), que, em 2026, enviará um drone à maior lua de Saturno, a Titan, onde chegará em 2034.

As primeiras experiências de voo em outros planetas foram feitas com engenhos não motorizados, lembrou a Nasa, por meio do envio de balões meteorológicos para Vênus, dentro do programa Vega, em colaboração com a Rússia e outros países, como a França.

(Fonte: Agência Brasil)

A fome extrema deve aumentar em mais de 20 países nos próximos meses, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). Em algumas regiões do Iêmen, do Sudão do Sul e no norte da Nigéria, famílias estão morrendo de fome, revela relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM).

A situação de fome extrema é agravada por conflitos internos, alterações climáticas e pela pandemia de covid-19. Em alguns locais, é também agravada pela praga de gafanhotos.

A FAO e o PAM acrescentam que mais de 34 milhões de pessoas no mundo “lutam com níveis alarmantes de fome extrema”. Esse número pode aumentar drasticamente nos próximos meses se a assistência internacional não for ampliada, acrescenta o relatório, de 37 páginas, divulgado pelas duas agências que têm sede em Roma.

Apesar de a maioria dos países afetados ser africana, a fome pode aumentar vertiginosamente na maioria das regiões do mundo, incluindo o Afeganistão, a Síria, Líbia, o Haiti e a América Latina.

“O sofrimento é alarmante”, alerta o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em comunicado. “Temos a responsabilidade de agir agora e rapidamente para salvar vidas, salvaguardar meios de subsistência e prevenir que a situação se agrave”.

O representante da FAO lembra que “em muitas regiões, a época do cultivo está começando e devemos correr contra o relógio para não deixar fugir essa oportunidade de proteger e até mesmo aumentar a produção local de alimentos”.

“Uma catástrofe ocorre perante os nossos olhos”, afirma o diretor da WFP, David Beasley. “A fome – impulsionada por conflitos e alimentada por alterações climáticas e pela pandemia de covid-19 – bate à porta de milhões de famílias”.

Para David Beasley, há três formas de impedir que “milhões morram de fome: a suspensão dos combates; o maior acesso às comunidades vulneráveis e o aumento das doações”.

No início do mês, a FAO e o PAM pediram US$ 5,5 bilhões para evitar a fome, por meio da assistência alimentar humanitária e intervenções urgentes de subsistência.

O relatório conclui que “a América Latina vai ser a mais atingida pelo declínio econômico, e a recuperação será mais lenta. Já o Oriente Médio, Iêmen, a Síria e o Líbano são fortemente afetados pela desvalorização da moeda e pela inflação vertiginosa”.

Mais de 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul deverão enfrentar níveis de insegurança alimentar aguda durante o período de abril a julho, acrescenta o relatório. E mais de 16 milhões de iemenitas vão passar por altos níveis de insegurança alimentar aguda até junho, 3 milhões a mais do que no ano passado.

Burkina Faso, o Afeganistão, a República Democrática do Congo, Etiópia, o Sudão e a Síria são também países identificados entre os piores focos de fome. 

(Fonte: Agência Brasil)

O espaço em volta da Terra está cada vez mais “povoado”. São cada vez mais satélites enviados para a órbita terrestre, quer pelas agências espaciais dos vários países, quer pelas companhias privadas com essa capacidade tecnológica. A SpaceX, de Elon Musk, é, neste momento, a principal protagonista dessa ocupação, com a constelação Starlink.

Projetada para fornecer internet a partir do espaço, a Starlink tinha, no início (2017/18), o objetivo de colocar em órbita terrestre cerca de 10 mil minissatélites que, implementados num sistema em rede, poderiam fornecer o sinal de internet para qualquer parte do globo. A construção e colocação em órbita tornou-se tão simples e eficaz, que esse número rapidamente foi ampliado, podendo a ambição deste projeto atingir uma rede de 30 mil satélites.

A ideia é bem-vinda, mas torna-se um problema quando esses satélites podem formar uma barreira “invisível” a todos os outros engenhos em órbita. Além da SpaceX, que pretende instalar a constelação de 15 mil a 30 mil minissatélites, também a Amazon anunciou, recentemente, planos para lançar uma constelação de mais de 3 mil satélites com o mesmo objetivo da SpaceX: fornecer conexão à internet em estratégia concorrencial. Mas não só. Estão em marcha novas constelações de satélites de internet russa e de orientação GPS europeu (Galileo).

O anúncio desse acordo foi divulgado na última quinta-feira (18), em comunicado da Nasa, a agência espacial norte-americana, revelando que o objetivo é “formalizar o forte interesse de ambas as partes no compartilhamento de informações para manter e melhorar a segurança espacial”.

“Com as empresas comerciais a lançar mais e mais satélites, é fundamental que aumentemos as comunicações, troquemos dados e estabeleçamos as melhores práticas para garantir um ambiente espacial seguro”, diz Steve Jurczyk, administrador interino da Nasa, citado no comunicado.

Pelo acordo, e para que não haja uma eventual dúvida, ficou estabelecido que a SpaceX usará o recurso de prevenção de colisão autônoma de seus satélites Starlink para os mover, no caso de qualquer aproximação com um engenho da Nasa, com clara colaboração das empresas visadas. O acordo não é novidade para a agência, pois outros semelhantes têm sido estabelecidos com várias entidades.

Constelação Starlink

Desde fevereiro de 2018, data em que foram lançados os primeiros dois minissatélites de teste (Tintin A e B), a constelação Starlink já cresceu muito além das expectativas iniciais do projeto. Atualmente, essa rede da SpaceX já soma 1.200 minissatélites em órbita, sendo que 310 foram lançados só este ano.

Se for considerado que, com a aprovação da Federal Communications Commission, agência reguladora de telecomunicações nos Estados Unidos, a SpaceX tem carta branca para instalar cerca de 12 mil satélites em diversas altitudes e inclinações, rapidamente o espaço vai ficar “recheado” de objetos artificiais. À falta de uma coordenação eficaz, esse quadro pode se tornar verdadeira bomba-relógio, caso exista uma colisão no espaço

Além disso, a Estação Espacial Internacional e o lixo espacial que envolve as várias camadas da órbita terrestre se deslocam a velocidades elevadíssimas, podendo atingir em média os 21 mil quilômetros por hora. Uma colisão entre objetos a essa velocidade poderia comprometer as vias de comunicação entre os diversos pontos da Terra, além das estações de vigilância e controle científico, meteorológico e de navegação.

Internet para todos

Na página do grupo SpaceX, podemos ler que o fornecimento e serviço de internet Starlink já funciona numa versão “beta inicial”, em nível internacional, e pretende continuar a expansão até a cobertura global ainda este ano.

Durante esta versão beta, usuários já contam com velocidade de dados a variar entre os 50 megabytes por segundo (Mb/s) e 150 Mb/s e a latência de 20 milissegundos (ms) a 40ms na maioria dos locais. Há, também, alertas para breves períodos sem conectividade.

“À medida que lançamos mais satélites, instalamos mais estações terrestres e melhoramos nosso software de rede, a velocidade de dados, a latência e o tempo de atividade melhorarão drasticamente”, diz a SpaceX.

Com esses valores, a internet por fibra, fornecida pelas operadoras terrestres, tem clara vantagem. Mas a questão aqui é fazer chegar logo a internet a qualquer parte da superfície do planeta, sem precisar de grandes instalações.

Se a SpaceX conseguir concretizar esse projeto - e com provas do seu funcionamento com 1,2 mil minissatélites, com 10 mil já autorizados (com eventual ampliação para 30 mil) – o fornecimento do sinal de internet global pelo espaço será uma realidade em curto prazo.

Perigos de colisão

Muitas vezes, olhamos para cima e não nos damos conta do que paira sobre as nossas cabeças. Sabemos que existem satélites artificiais e são eles que nos fornecem muitos dos serviços que utilizamos. Mas será que nos apercebemos dos riscos, caso ocupemos demais o céu?

Podemos sempre pensar que o céu “é tão grande e os satélites tão pequenos”. Contudo, se se considerar que desde a década de 60, ano em que foi lançado o primeiro satélite artificial (Sputnik I), já foram enviados para a órbita terrestre milhares de satélites, fora o lixo que está por lá, essa visão pode mudar.

Segundo a Union of Concerned Scientists, que mantém uma lista de dados de satélites ativos em órbita, até 1º de abril de 2020, havia um total de 2.666 satélites no espaço, dos quais 1.918 estavam em órbita baixa da Terra.

Esses números, do ano passado, foram acrescido de muitos mais lançamentos, entre eles as dezenas de satélites da SpaceX.

A empresa de pesquisa Euroconsult prevê que a década de 2020 seja dos pequenos satélites, com uma média de mil lançamentos por ano. Para colocar essa visão em perspectiva, em 2019 foram lançados 385 minissatélites. Só a SpaceX, entre 2020 e a data atual, já lançou mais de 750 minissatélites.

Os 3,5 mil satélites estimados em órbita atualmente são apenas os considerados ativos, pois há mais do que o dobro desse número perdidos, desativados e incomunicáveis.

Além disso, há outro mundo de engenhos espaciais: a Estação Espacial Internacional, o Telescópio Espacial Hubble, estágios de foguetes, ou mesmo porcas, parafusos e ferramentas deixados ou perdidos pelos astronautas, sem mencionar os milhões de objetos menores e mais difíceis de rastrear, como manchas de tinta e pedaços de plástico.

Estima-se que o número total de objetos na órbita da Terra fique próximo dos 29 mil para tamanhos maiores do que dez centímetros, 670 mil para tamanhos maiores do que um centímetro e mais de 170 milhões para tamanhos maiores que um milímetro. 

(Fonte: Agência Brasil)