Skip to content

7

Instituições de ensino superior recorrem à educação a distância para manter o ritmo de estudos em locais onde as faculdades e universidades não estão funcionando, para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) publicou portaria autorizando a modalidade em cursos presenciais, ressaltando que a qualidade das aulas deve ser mantida. A Agência Brasil conversou com especialistas para esclarecer como as instituições devem se preparar e quais os direitos que os estudantes têm neste momento.

A portaria publicada pelo MEC, na última quarta-feira (18), autoriza que as aulas sejam transmitidas de maneira remota. Para isso, o MEC deve ser comunicado, e as instituições que optarem pela oferta a distância devem se preparar. As regras não valem para práticas profissionais de estágios e de laboratório, que só podem ser realizadas presencialmente.

Na quinta-feira (19), o MEC autorizou também que sejam dadas a distância as disciplinas teórico-cognitivas do primeiro ao quarto ano dos cursos de medicina. Até então, nenhuma aula desses cursos poderia ser dada por meios remotos.

"É importante que se entenda que essas medidas são provisórias", diz Luiz Curi, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), que é a entidade responsável, entre outras coisas, pelo cumprimento da legislação educacional e por zelar pela qualidade do ensino. "A instituição tem que fazer um esforço complementar no sentido de permitir o cumprimento da portaria com qualidade. Todo mundo tem que fazer um esforço extra para que as coisas ocorram na normalidade".

Curi ressalta que as normas para metodologias da educação a distância continuam em vigor. Mas, em resposta a consulta feita pela Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), o CNE esclareceu que no que diz respeito à pandemia do Covid-19, as decisões tomadas no âmbito do Comitê Operativo de Emergência instituído pelo MEC, "sobrepõem-se a quaisquer outras manifestações inerentes ao sistema federal de ensino", ou seja, as regras podem ser alteradas nos próximos dias.

Orientações para as aulas

Durante a semana, o Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior, realizou vários “webinários” para tirar dúvidas sobre a migração para as aulas “on-line”. O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, destacou que uma possibilidade é de as instituições terem uma equipe de apoio para orientar professores na elaboração de novos planos de aulas e no desenvolvimento de estratégias para cumprir o programa. As opções são muitas, como a utilização de plataformas de educação a distância (EaD), aulas ao vivo, o envio e recebimento de exercícios, vídeos e áudios por WhatsApp, entre outras.

"Essas possibilidades mantêm os professores trabalhando e em contato com os alunos. Eles vão compreender que não se está transportando as aulas só com plataforma EaD, mas fazendo algo onde os professores estão junto com os estudantes", diz.

Capelato orienta que as decisões das instituições sejam pensadas, organizadas em um plano e comunicadas aos estudantes. "Os alunos precisam entender claramente as regras, entender como vai ficar. Deixar claro que segue o mesmo ensino, só muda o meio. O estudante continua com os professores à disposição".

O diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier, que também acompanha a situação e orienta as instituições privadas, complementa: "O que é importante é que as instituições, seja pelas aulas remotas ou por reposição [posterior das aulas], cumpram o programa das disciplinas, para que não haja prejuízo acadêmico para os alunos. Isso garante que a gente enfrente a crise sem maiores turbulências".

Para os estudantes, o cofundador da Curseria, plataforma de cursos “on-line”, Celso Robeiro, recomenda que tenham uma rotina bem definida, para conseguir se organizar e aproveitar melhor as aulas. "A maioria das pessoas está em casa. É difícil criar uma rotina de trabalho com o filho, com o cachorro, etc. O que a gente recomenda é que a pessoa tente seguir o mais próximo da rotina normal. Que tome banho, se arrume, que não fique de pijama achando que está de férias", diz.

Instituições federais

Em universidades e institutos federais, o MEC informou, na última sexta-feira (20) que ampliou a capacidade de “webconferências”. Agora, mais de 123 mil estudantes e professores poderão ser beneficiados. Antes, eram 82 mil os que usavam esses recursos.

Além disso, terão acesso a 15 salas de reuniões simultâneas de “webconferência” – uma unidade pode receber até 75 participantes. Antes, eram 10 salas simultâneas. As salas virtuais podem ser acessadas por computadores pessoais e “smartphones”.

A capacidade total do serviço de 1,7 mil acessos simultâneos passa, agora, para 10 mil. O MEC anunciou que aumentou, também, a capacidade do serviço de videoconferência de 10 para 30 salas virtuais, com até 15 pontos remotos em cada sala. Para realizar as reuniões, de acordo com a pasta, basta que o usuário se conecte a um computador, a uma televisão disponível na sua instituição, utilizando um navegador “web”.

Direitos dos estudantes

Segundo o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Britto, não há ainda razões para os estudantes pedirem o dinheiro de volta, a redução, ou não pagarem as mensalidades. No caso das aulas terem sido suspensas, elas ainda poderão ser repostas.

"A gente tem que pensar que a despesa das instituições de ensino se mantém. Elas estão mantendo o pagamento dos professores", diz e acrescenta: "Temos que considerar que estamos passando por um momento inédito na história do mundo".

Ele ressalta, no entanto, que cabe às instituições buscar alternativas de qualidade para que não sejam questionadas posteriormente.

"Não há motivos para professores, universidades e instituições de ensino não comunicarem e não orientarem os alunos a respeito de tudo que podem fazer. Uma coisa que podemos dizer, aquela faculdade que, neste momento, não está buscando alternativas para se comunicar com os alunos, para orientar estudos a distância, atividades e exercícios, elas terão sérios problemas de reclamação dos consumidores na medida em que não há justificativa para não fazer isso", diz, acrescentando que até mesmo as redes sociais podem ser usadas para o ensino.

De acordo com o último Censo da Educação Superior, dos cerca de 8,5 milhões de estudantes universitários no país, 6,4 milhões, o equivalente a aproximadamente 75% dos estudantes, estão matriculados em cursos presenciais. Segundo monitoramento divulgado pela Abmes, há, em todos os Estados e no Distrito Federal, interrupções de aulas presenciais em instituições públicas e privadas de ensino superior.

(Fonte: Agência Brasil)

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), podemos ir ao borracheiro? Ao médico? E ao dentista?

Se você nunca pensou no assunto, leia as dicas deste domingo.

Dicas gramaticais

Metonímia é uma palavra de origem grega, formada por “meta” (= mudança) + “onímia” (= nome). Ao pé da letra, metonímia é o uso de um nome por outro.

Metonímia é uma figura de retórica que consiste no emprego de uma palavra fora do seu sentido básico (do seu contexto semântico normal), por efeito de contiguidade, de associação de ideias.

É diferente da metáfora, que consiste no emprego de uma palavra fora do seu sentido básico por efeito de uma semelhança. No caso da metáfora, trata-se de uma relação comparativa; no caso da metonímia, é uma relação objetiva, de base contextual.

Vejamos alguns exemplos de metonímia:

a) relação metonímica de tipo qualitativo:
1. matéria por objeto:
“O ouro (= dinheiro) só lhe trouxe
infelicidade”.
“Os bronzes (= sinos) repicavam no alto do campanário”.

2. autor por obra:
“Seu maior sonho era comprar um Picasso” (= quadro de Picasso).
“Adorava ler Jorge Amado” (= livros de Jorge Amado).

3. proprietário pela propriedade:
“Ontem, fomos ao Zequinha” (= bar do Zequinha).

4. continente por conteúdo:
“Adora macarrão, por isso comeu três pratos” (= o macarrão de três pratos).

5. consequência pela causa (também chamada Metalepse):
“Ele não respeitou seus cabelos brancos” (= velhice).
“Venceu graças ao suor (= trabalho, esforço) do seu rosto”.

6. cor pelo objeto:
O vermelho (= sangue) lhe corria pelas veias”.
“As andorinhas voavam pelo azul (= céu) de São Luís”.

7. instrumento pelo agente:
“Ayrton Senna foi um grande volante” (= piloto de carros de corrida).

8. abstrato pelo concreto:
“O crime (= criminosos) habita aquela casa”.
“Esperava pelo voto das lideranças” (= líderes).

b) relação metonímica do tipo quantitativo (também chamada de Sinédoque):
1. parte pelo todo:
“As asas (= pássaros) cortavam os céus de
Copacabana”.
“Precisa de mais braços (= trabalhadores) para desenvolver a sua lavoura”.

2. singular pelo plural:
“O inimigo (= inimigos) estava em toda parte”.
“Precisamos pensar mais no idoso” (= pessoas idosas).

3. gênero pela espécie (ou vice-versa):
“Seu maior sonho era pertencer à sociedade (= alta sociedade) paulistana”.
“O homem (= humanidade) deve respeitar mais a natureza”.

Dúvida de um aluno: “ir ao borracheiro” não está errado, pois, verdadeiramente, “vamos à borracharia”?

Resposta:
Não é uma questão de certo ou errado. Borracharia é o estabelecimento onde se vendem ou se consertam pneumáticos e câmaras de ar. Borracheiro é quem trabalha numa borracharia, mas também pode ser usado como sinônimo de borracharia.

Trata-se de uma relação metonímica perfeitamente aceitável e registrada em nossos principais dicionários.

É um caso semelhante ao de “ir ao dentista” (= clínica dentária) e “ir ao médico” (= consultório médico).

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo?
"Os médicos fazem __________. Trabalham em sistema de _________"
(a) revesamento – rodísio;
(b) revezamento – rodízio;
(c) revesamento – rodízeo;
(d) revezamento – rodísio.

Resposta do teste:
Letra (b). Rodízio se escreve com "z" e com "i". Revezamento é ato de revezar, que é derivado de "vez". Todos com "z".

O 27º Congresso Mundial dos Arquitetos, marcado para julho deste ano, na cidade do Rio de Janeiro, foi adiado para o período de 18 a 22 de julho de 2021. A decisão foi tomada pelo comitê executivo do evento, que esperava reunir 20 mil pessoas na capital fluminense. O adiamento foi causado pela pandemia do novo coronavírus e, de acordo com nota publicada pelos organizadores, pelas dificuldades e ameaças à saúde que podem ser causadas pelo deslocamento de participantes de outras nacionalidades.

O congresso, promovido pela União Internacional de Arquitetos, já contava com inscritos e palestrantes de mais de 60 países. Todos os eventos que antecediam o congresso, como exposições, seminários e palestras, serão remarcados assim que houver uma melhora da situação de pandemia.

Um dos temas do evento, a saúde urbana, deverá ganhar novo enfoque, de modo a abarcar discussões sobre os papéis da arquitetura e o urbanismo diante de grandes epidemias, como a do novo coronavírus.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes universitários dos cursos de saúde estão autorizados a fazer estágio em unidades de saúde como reforço no combate ao novo coronavírus (Covid-19), informou, nessa sexta-feira (20), o Ministério da Educação (MEC). A medida foi publicada em portaria na edição extra do Diário Oficial da União.

"Ao serem alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento, rede hospitalar e comunidades, os estudantes passarão a integrar de forma auxiliar no enfrentamento da pandemia. Dessa forma, os universitários que participarem desse esforço conjunto de contenção da Covid-19, deverão atuar exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias, de acordo com as especificidades de cada curso", informou a pasta.

De acordo com o MEC, a decisão vale para alunos de medicina que cursam os últimos dois anos da graduação e para alunos de enfermagem, farmácia e fisioterapia que estão no último ano do curso. A permissão é temporária enquanto durar a emergência em saúde pública.

Ainda segundo a pasta, a atuação dos alunos será supervisionada por profissionais registrados em seus conselhos e pela orientação docente realizada pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). As instituições de ensino deverão usar a carga horária dedicada pelos alunos nas ações de enfrentamento como horas de estágio curricular obrigatório.

"Essa atuação dos alunos será considerada de caráter relevante para o país e será considerada na pontuação para ingresso nos cursos de residência. Caberá ao Ministério da Saúde a seleção, a capacitação e a alocação dos alunos após articulação com os órgãos de saúde estadual, distrital e municipal", acrescentou o MEC em nota.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais da área podem flexibilizar o calendário letivo da educação básica, que prevê o mínimo de 200 dias letivos por ano conforme a Lei de Diretrizes e Bases (LDB). A medida foi discutida em reunião do comitê de emergência da pasta, realizada nessa quinta-feira (19), e está sendo avaliada.

Além disso, as autoridades do setor também estudam o quanto da carga horária poderia ser ofertada pela modalidade a distância.

Nas universidades, o órgão vai recomendar a suspensão por dois meses das defesas presenciais de tese de doutorado e de dissertações de mestrado, que deverão ser realizadas por meios virtuais.

No encontro, representantes de universidades se comprometeram a avaliar a possibilidade de utilizar as estruturas de suas unidades, como hospitais universitários, para a produção de álcool gel.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE) analisa a possibilidade de custear a alimentação escolar de alunos de menor renda.

(Fonte: Agência Brasil)

Primeira pesquisa Escutec/O Estado feita na cidade de Açailândia mostra que o Dr. Benjamim (DEM) lidera a corrida eleitoral no município. O levantamento, que foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número MA-03072/2020, foi realizado nos dias 14 e 17 deste mês, e entrevistou 600 eleitores do município. O intervalo de confiança é de 90%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo os dados, Dr. Benjamim é quem está na liderança das intenções de votos válidos: 53% dos entrevistados indicaram o médico como preferência para assumir o cargo a partir de 2021. O pré-candidato já disputou as eleições para prefeito da cidade em 2016, ficando em segundo lugar na disputa eleitoral.

Em segundo lugar na preferência dos eleitores para o pleito de 2020, a pesquisa aponta o nome de Aluísio Sousa, atual prefeito, que assumiu a gestão em agosto de 2019, após Juscelino Oliveira renunciar ao cargo, alegando problemas de saúde. Segundo a Escutec/O Estado, o político tem 20% das intenções de votos dos entrevistados.

Jardel Bom Jardim também foi indicado como um nome para assumir a gestão municipal por 19% dos entrevistados, estando assim, em terceiro lugar na preferência do eleitorado. Ele é seguido por Silvana Silvestre, que soma 5% das intenções de votos, e Malaquias Júnior com 3%.

Rejeição

A pesquisa também consultou os eleitores quanto à rejeiçãoo aos candidatos. Para a questão de quem não votariam para prefeito de Açailândia, Aluísio Sousa, atual gestor, foi quem acumulou mais respostas: 29% dos entrevistados afirmaram que o político não seria sua escolha para o cargo.

Jardel Bom Jardim e Silvana Silvestre surgiram empatados em segundo lugar na rejeição dos entrevistados, com 11% das respostas. Dr. Benjamim soma 8% do total. Nomes como Professor Milton, Sérgio Viera, Malaquias Júnior, Luiza do Friagro e Dr. Silvio Viera também foram citados como candidatos em quem não votariam.

Questionamento

Um dos questionamentos da pesquisa da Escutec/O Estado à população de Açailândia foi quanto ao sentimento em relação à vida que vem levando hoje. 57% dos entrevistados responderam que o sentimento é “bom”, enquanto 25% afirmaram estar “regular”. A pesquisa mostrou ainda: 9% afirmaram que é “ótimo”; 3%, “péssimo,” e os demais 3% responderam como “ruim”.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) autorizou a substituição de aulas presenciais em universidades por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação. A intenção é não prejudicar cursos em andamento em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A medida vale, inicialmente, por 30 dias, podendo ser prorrogável, dependendo das orientações do Ministério da Saúde e dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital.

A portaria com as orientações foi publicada hoje (18), no Diário Oficial da União. As regras valem para as instituições de educação superior integrantes do sistema federal de ensino.

O sistema federal é composto pelas universidades federais, pelos institutos federais, pelo Colégio Pedro II, pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e pelas universidades e faculdades privadas.

De acordo com a portaria, as regras não valem para cursos de medicina e práticas profissionais de estágios e de laboratório dos demais cursos, que seguem com as aulas presenciais.

As instituições de ensino superior que optarem pela substituição de aulas terão 15 dias para comunicar o MEC. Caberá a elas definir quais disciplinas serão ofertadas nessa modalidade. Além disso, deverão disponibilizar ferramentas aos alunos que permitam que eles acompanhem os conteúdos ofertados. Deverão, ainda, definir as avaliações que serão feitas durante esse período de aulas remotas.

A portaria esclarece que as instituições não serão obrigadas a ofertar aulas remotas e poderão optar por suspender as atividades acadêmicas presenciais. Caso isso seja feito, as aulas deverão ser integralmente repostas posteriormente. Outra possibilidade é alterar o calendário de férias.

Segundo o MEC, o objetivo é manter a rotina de estudos dos alunos. A pasta diz, ainda, que disponibilizará salas virtuais para institutos e universidades federais.

(Fonte: Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (17), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 232/2019, que autoriza gestores municipais, estaduais e do Distrito Federal a utilizarem saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços de saúde diversos dos previstos e originalmente. Na prática, a medida, que segue para apreciação do Senado Federal, libera os recursos para a melhoria das atividades de enfrentamento do coronavírus.

A proposta, de autoria de Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros parlamentares, foi relatada pelo deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) na Comissão de Seguridade Social e Família. “Se essa liberação de verbas ‘carimbadas’ e paradas em contas específicas já era importante em razão da dificuldade financeira das secretarias de Saúde estaduais e municipais, se tornou essencial diante da pandemia de Covid-19. Trazer o PLP para a pauta prioritária contra o novo vírus foi uma decisão muito acertada dos líderes partidários”, observa Juscelino.

Antes mesmo da crise do coronavírus, o deputado maranhense já preparava um requerimento para que a proposição fosse votada em regime de urgência no plenário da Câmara. A mobilização começou em dezembro do ano passado, quando Juscelino Filho se reuniu com representantes do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Na ocasião, representantes da entidade destacaram a necessidade de ‘desengessar’ os recursos para otimizar as ações e serviços oferecidos à população.

Após a aprovação do PLP 232/2019, o líder do Democratas, Efraim Filho (DEM-PB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enalteceram a relatoria de Juscelino Filho na CSSF.

Mais dois projetos

Nessa terça-feira, foram aprovados outros dois projetos com medidas de combate ao Covid-19. O substitutivo ao Projeto de Lei 668/20 proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais na luta contra a pandemia enquanto perdurar a emergência em saúde pública decretada pelo governo. Já o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 87/20 viabiliza a venda de álcool em embalagens maiores que as permitidas atualmente.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar, nesta semana, uma portaria que autoriza a substituição, por 30 dias, de aulas presenciais pela modalidade a distância. “A ação tem caráter excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência de saúde pública por causa do coronavírus. A adesão por parte das instituições é voluntária”.

A medida foi divulgada após a primeira reunião do Comitê Operativo de Emergência (COE) nesta segunda-feira (16). Criado na semana passada, o comitê tem a finalidade de definir medidas de combate à disseminação do novo coronavírus em instituições de ensino, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Compõem o grupo: secretarias do MEC; Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); dentre outros.

O comitê vai monitorar o repasse de recursos para as escolas de educação básica reforçarem medidas de prevenção contra o coronavírus. Também está em fase de desenvolvimento uma plataforma de monitoramento do coronavírus nas instituições de ensino.

Segundo o ministério, nos próximos dias, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai liberar R$ 450 milhões a escolas públicas. O valor é referente à antecipação do repasse das duas parcelas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Básico, com previsão inicial para abril e setembro. “A medida é importante para auxiliar as instituições na compra de álcool em gel, sabonete líquido, toalhas de papel e outros produtos de higiene, por exemplo”, esclarece a nota.

“Para acompanhar a situação nas unidades de educação básica, profissional e tecnológica e superior, o MEC criou um sistema “on-line” que permite a integração de dados sobre o coronavírus. A ferramenta reunirá informações dos censos Escolar (educação básica) e da Educação Superior, além do número de pessoas infectadas e as instituições com aulas suspensas. O objetivo é monitorar, em tempo real, as redes federal, estaduais e municipais para saber onde e como o governo – em conjunto com os outros entes federativos, entidades representativas e as próprias instituições – deve agir”, diz nota do MEC.

Edição: Aline Leal

Terminam, nesta sexta-feira (20), as inscrições para a décima sexta edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos exclusivamente pela “internet” até as 23h59 de sexta-feira. As escolas particulares foram incluídas no certame a partir de 2017.

A edição do ano passado foi recorde, registrando 18,2 milhões de estudantes de 54,8 mil escolas de 99,71% dos municípios brasileiros. A Obmep foi criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005 e é realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).

O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, lembrou que, no ano passado, a olimpíada alcançou a quase totalidade dos municípios brasileiros, à exceção de apenas 16. “Praticamente, a gente está alcançando toda a população estudantil brasileira. São mais de 18 milhões de crianças nessa faixa etária do sexto ano [do ensino fundamental] até o terceiro ano do ensino médio. E a gente sempre espera ir mais além”.

Foram distribuídas, no ano passado, 598 medalhas de ouro, 1.746 de prata e 5.183 de bronze, além de 48.133 menções honrosas.

Oportunidades

Marcelo Viana disse que a expectativa para 2020 é superar o recorde batido em 2019. “A expectativa é que a olimpíada leve a todos os cantos do Brasil não só o gosto pela matemática, mas também oportunidades de vida para jovens que, muitas vezes, têm poucas oportunidades na sociedade, sobretudo nas áreas mais carentes e remotas do país. E a olimpíada, como tem essa capilaridade, pode levar oportunidades para que crianças e jovens talentosos se destaquem”.

O Impa acabou de publicar um livro com histórias inspiradoras de 18 vencedores de edições anteriores da Obmep, cujas trajetórias de vida foram influenciadas e modificadas pelo evento. Marcelo Viana disse que o livro revela a capacidade que a Obmep tem de “modificar a vida dessa garotada, abrindo novas perspectivas para o mercado de trabalho para esses jovens que podem fazer a diferença no país”.

Um exemplo é a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), medalhista de prata na olimpíada em 2005, e de ouro no ano seguinte. Criada na Vila Missionária, periferia de São Paulo, Tabata foi aprovada, em 2012, em seis universidades norte-americanas, ganhando bolsas de estudo em todas. Passou também no vestibular da Universidade de São Paulo (USP). Formou-se em Ciências Políticas e Astrofísica, em Harvard, nos Estados Unidos.

“A olimpíada descobriu um talento fora do comum, em uma circunstância em que esse talento poderia ter passado despercebido, ainda mais mulher de uma comunidade carente. Muitas vezes, o Brasil acaba desperdiçando esse talento. A Obmep tem realmente a capacidade de identificar e destacar esses talentos”, disse Marcelo Viana.

Marcelo Viana lembrou, ainda, que o livro com as trajetórias de medalhistas da Obmep está disponível no “site” da olimpíada.

Matemática sem medo

O diretor-geral do Impa disse que a olimpíada permite também que os estudantes brasileiros comecem a enxergar a matemática sem medo. Segundo Marcelo Viana, o medo da matemática começa com o fato de que o ensino em sala de aula, de modo geral, “é muito chato, monótono, baseado em memorização. Isso se transforma em medo porque, para algumas crianças, é um mistério que as pessoas as obriguem a estudar coisas que para elas não fazem o menor sentido. E todos nós gostamos de entender o que estamos fazendo”. Para Marcelo Viana, a origem do medo parte do pressuposto de que o ensino da matemática costuma ser desmotivador.

A olimpíada, ao contrário, segundo ele, apresenta a matemática às crianças e jovens com um lado lúdico, “muito instigador, que desperta até a autoestima da criança. Leva-a a enfrentar desafios”. A experiência como pai levou-o também a constatar de perto como a Obmep contribui para estimular as crianças a querer resolver os problemas.

Provas

As provas da 16ª Obmep serão realizadas nos dias 26 de maio e 26 de setembro e distribuídas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (ensino médio). A primeira etapa engloba todos os candidatos que fazem provas de múltipla escolha. São selecionados os 5% melhores de cada escola que realizam a segunda prova, que é discursiva e contém seis questões com 18 itens no total. O resultado com os nomes dos vencedores será divulgado em 8 de dezembro.

Os medalhistas serão chamados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) estruturado pelo Impa, como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os estudantes premiados da rede pública recebem uma bolsa de Iniciação Científica Jr. do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 mensais.

“A contrapartida é que eles fazem um curso ou programa de treinamento sobre matemática e, ao longo do ano, esses alunos são acompanhados por professor universitário. Eu acho que para a maioria deles, esse PIC Jr. é mais saboroso do que a própria medalha”. Marcelo Viana foi um desses estudantes que participaram do PIC Jr., revelou.

Já os medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr. somente como ouvintes. Se os medalhistas do ensino médio forem começar algum curso de graduação no primeiro semestre de 2021, poderão participar do processo de seleção para o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), que oferece uma bolsa de iniciação científica do CNPq no valor de R$ 400.

(Fonte: Agência Brasil)