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Cerca de 32 mil pessoas privadas de liberdade farão, hoje (12) e amanhã (13), as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em mais de mil unidades prisionais de 577 municípios. Também será realizado, hoje e amanhã, o Enem para os participantes que tiveram direito a uma segunda aplicação do exame.

O Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) é destinado a pessoas submetidas a penas privativas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade. Os participantes com mais de 18 anos poderão utilizar o desempenho como mecanismo para acesso à educação superior. Já os menores de 18 anos, considerados “treineiros”, só poderão utilizar os seus resultados individuais para a autoavaliação de conhecimentos.

No Distrito Federal, a preparação dos presos para o Enem é focada principalmente na redação. “Observamos que os estudantes do sistema prisional têm muita dificuldade na prova de redação. Por isso, preparamos alguns aulões muito semelhantes aos que são oferecidos aos estudantes externamente, inclusive com professores que trabalham no Enem externo e têm muita experiência com a questão da redação”, explica Wagdo Silva, diretor do Centro Educacional 01 de Brasília, que é a escola responsável pela educação do sistema prisional do Distrito Federal. Os alunos também recebem material, como apostilas com o conteúdo para estudo.

No dia da aplicação da prova, todos os professores são convocados para ajudar na aplicação do exame. As provas são realizadas nos núcleos de ensino que ficam dentro das unidades prisionais. Os agentes penitenciários ficam do lado de fora das salas de aula fazendo a segurança. Segundo Silva, a aplicação das provas costuma ser tranquila. “Eu trabalho há 15 anos no sistema prisional como professor e nunca vi relato de um problema sequer na aplicação das provas”, diz.

Para ele, a aplicação do Enem é fundamental para os presos. “A sociedade não tem conhecimento do quanto esses exames são importantes para as pessoas que estão apenadas. É um ponto de partida para essas pessoas porque antes elas não tinham essa possibilidade. Nos últimos anos, há uma quantidade enorme de alunos que chegaram às universidades por meio do Enem”, acrescenta Silva.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 197 mil pessoas presas e jovens sob medida socioeducativa já participaram do exame entre 2011 e 2016. O Enem PPL é uma iniciativa do Inep, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Cidadania (Depen/MJC) e com a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Segunda aplicação

O Enem para os participantes que tiveram direito a uma segunda aplicação do exame também começa hoje. O Inep estima a participação de 3.606 inscritos, que prestarão os exames em 34 locais de 27 municípios.

Entre os motivos para a segunda aplicação estão a interrupção do fornecimento de luz, que afetou 3.574 participantes de nove locais, em Olinda (PE), Teresina (PI) e Uruaçu (GO). Outros cinco casos são de atendimentos a demandas judiciais e 27 resultam de deferimentos da Comissão de Demandas para atender a participantes que tiveram problemas diversos.

Encceja

Nos dias 19 e 20 de dezembro serão realizadas as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Encceja Nacional PPL). Segundo o Depen, mais de 74 mil presos vão prestar o exame.

(Fonte: Agência Brasil)

Leia:

“... os políticos que vem agindo em Brasília...”

Com a reforma ortográfica, a maioria dos acentos diferenciais desapareceu. Palavras como “para” (forma do verbo “parar”), “pera” (substantivo), “pelo” (o substantivo) ou “polo” (substantivo), que antes recebiam acento gráfico, agora se escrevem exatamente como os seus homônimos.

Mantiveram-se, entretanto, os acentos diferenciais do infinitivo do verbo “pôr” (que aparece em “pôr do sol”) e da forma de pretérito perfeito do verbo “poder” (“pôde”).

Não houve alteração na grafia dos “porquês” (por que, porque, por quê e porquê, cada qual com sua função). O mesmo se pode dizer das formas dos verbos “ter” e “vir”. Na terceira pessoa do singular, elas não recebem acento (ele tem, ele vem) e, na terceira do plural, estão mantidos os acentos circunflexos (eles têm, eles vêm).

Nada mudou entre os verbos derivados de “ter” e de “vir”. Assim: ele mantém (acento agudo) e eles mantêm (acento circunflexo); ele intervém (acento agudo) e eles intervêm (acento circunflexo).

As formas verbais que perderam os acentos foram as de terceira do plural dos verbos “crer”, “ler”, “ver” (presente do indicativo) e “dar” (presente do subjuntivo), em que se duplicam os “ee”. Assim: eles creem, eles leem, eles veem, que eles deem. O mesmo vale para os verbos deles derivados (eles preveem, eles reveem).

Observe que, no fragmento em destaque, a forma verbal deve concordar com “políticos” – no plural, portanto.

Veja, abaixo, a correção:

“... os políticos que vêm agindo em Brasília...”

Acrescentando...
Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
vêm, veem
1. vêm. É forma do verbo vir: Eles vêm raramente à cidade.
2. veem. É forma do verbo ver: Será que não veem o perigo que os ameaça?

Michaelis – Português Fácil: tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
vem, vêm, veem
Os verbos vem e vêm são formas do presente do indicativo do verbo “vir”. Vem (sem acento) é a 3ª pessoa do singular: : Ele vem. Vêm (com acento) é a 3ª pessoa do plural: Eles vêm. Veem é a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ver”: Eles veem o filme.
Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Vem, vêm, veem. Vem – verbo vir, singular: O presidente vem hoje a São Paulo. Vêm – verbo vir, plural: O presidente e os ministros vêm hoje a São Paulo. Veem – verbo ver, plural: Eles veem muito bem. Nos derivados, vem, singular, passa a ser acentuado, enquanto vêm e veem conservam essa forma: ele provém (de provir), eles intervêm, eles reveem.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
vêm e veem – qual a diferença?
A primeira forma é do verbo vir: Eles vêm aqui todos os dias. A segunda é do verbo ver: Elas veem esse programa diariamente.

Dicionário de Erros Correntes da Língua Portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Veem/Vêm. Veem é a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver; vêm é a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo vir: Os empresários não veem [enxergam] os prejuízos que vem [precedem] das filiai mal administradas.

A nova Diretoria da Academia Brasileira de Letras, eleita no dia 7 de dezembro passado, toma posse, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), na próxima quinta-feira, dia 14 de dezembro, às 17 horas.

A solenidade segue o seguinte roteiro: Abertura da sessão pelo presidente da ABL, acadêmico Domício Proença Filho. A seguir, a mesa é composta pelos integrantes da Diretoria atual: presidente, Domício Proença Filho; secretária-geral, Nélida Piñon; primeira-secretária, Ana Maria Machado; segundo-secretário, Merval Pereira; e tesoureiro, Marco Lucchesi.

A secretária-geral apresenta o Relatório do ano de 2017. O presidente, então, faz seu discurso de despedida. Logo após, dá posse à nova Diretoria e convida Marco Lucchesi para discursar já como presidente.

Saiba mais
A nova Diretoria da ABL

Marco Lucchesi – Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Pe. Fernando Bastos de Ávila, Marco Lucchesi, nascido no Rio de janeiro em 9 de dezembro de 1963, é o mais jovem presidente da Academia Brasileira de Letras dos últimos 70 anos. O mais novo, em toda a história da ABL, foi o acadêmico Pedro Calmon (1902-1985), que assumiu em 1945, com 43 anos de idade.

Escritor muitas vezes premiado, tanto no Brasil quanto no exterior, Lucchesi é autor de uma obra que abarca poesia, romance, ensaios, memórias e traduções. Publicou mais de 40 livros ao longo de sua trajetória. Primeiro filho brasileiro de uma família italiana, o novo presidente da ABL notabilizou-se pela criatividade marcada por uma sólida formação intelectual – que inclui o conhecimento de mais de 20 línguas.

Professor titular de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucchesi tem pós-doutorado em Filosofia da Renascença na Alemanha. Formado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui mestrado e doutorado em Ciência da Literatura.

Colaborador de importantes órgãos de imprensa, atualmente é colunista do jornal O Globo. Foi editor das revistas Poesia Sempre (Biblioteca Nacional), Tempo Brasileiro e da Revista Brasileira (ABL). É também conhecida a militância de Lucchesi em defesa dos direitos humanos – destaca-se sua participação em projetos literários e educacionais em presídios do Rio de Janeiro.

Seus livros mais recentes são O carteiro imaterial (ensaios), Clio (poesia) e O bibliotecário do imperador (romance). Lucchesi ganhou três Prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.

Alberto da Costa e Silva – Quarto ocupante da Cadeira nº 9 da ABL, eleito em 27 de julho de 2000, na sucessão de Carlos Chagas Filho, Alberto da Costa e Silva é poeta, memorialista e se dedica à História da África. Ganhou o Prêmio Camões de 2014.

Ana Maria Machado – Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha. A escritora Ana Maria Machado presidiu a Academia Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É integrante do PEN Clube do Brasil e do Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Integra o Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.

Merval Pereira – Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da Globonews e da CBN e colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa, em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o Prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.

Edmar Bacha – Economista, fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro. Edmar Bacha nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores, políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira 40 da ABL, eleito em 3 de novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida, obteve o Ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.

(Fonte: Academia Brasileira de Letras)

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O acadêmico, professor, crítico literário e poeta Domício Proença Filho, Presidente da Academia Brasileira de Letras, quinto ocupante da Cadeira 28 da ABL, eleito em 23 de março de 2006, lançou, pela Editora José Olympio, do Grupo Editorial Record, o livro Muitas línguas, uma língua: a trajetória do português brasileiro, o terceiro neste ano.

No princípio, foi o gesto, a música, a dança, afirma Domício Proença Filho, citando a carta de Pero Vaz de Caminha. Depois, continua, vieram a palavra e a mescla. “De línguas de português, de índio, de negro d’África e, em menor escala, de outras gentes de etnias outras”.

Para o acadêmico e historiador Evaldo Cabral de Mello, “Muitas línguas, uma língua não se contenta com aqueles aspectos convencionalmente tratados nas obras brasileiras de linguística, mas examina de perto as relações da língua com a literatura, com o teatro e a música popular, com o papel do rádio e da televisão na difusão. A riqueza dos temas examinados não é a única surpresa agradável destas páginas, que vão ilustradas por uma quantidade de textos da mais diversa origem”.

Saiba mais sobre o autor

Romancista, poeta, ensaísta, crítico literário, antologista, professor universitário, filólogo, pesquisador, conferencista e promotor cultural, Domício Proença Filho, autor de mais de 60 livros publicados, marca sua presença nas áreas da criação artística que se relacionem com a escrita e com a língua portuguesa. Citado, comentado e anotado por todo caderno e revista literária, sua inquietação o leva a percorrer com rara consistência os campos afins à atividade de escritor, sempre alcançando êxito em seus projetos literários. Por trás de todas essas máscaras, encontra-se apenas uma face: a de alguém que vive a intimidade e a estranheza da própria língua, e que quer, instigado pelos movimentos de abertura e fechamento, fazer do seu ofício a habitação e o exercício dessa íntima estranheza. E em seus trabalhos mais especificamente ligados à escrita, isto é, como ensaísta, crítico, ficcionista e poeta, seu tema primordial — ou sua personagem principal — é a linguagem em si mesma, em suas articulações enunciativas, e em seus desdobramentos históricos e, sobretudo, poéticos.

(Fonte: Academia Brasileira de Letras)

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Aprender sobre educação financeira dentro da sala de aula é fundamental para o fortalecimento da cidadania. Ao estar ambientado com o assunto, o aluno se torna mais consciente sobre a importância de tomar decisões acertadas sobre finanças e consumo.

O decreto presidencial 7.397/2010 instituiu a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), que tem como objetivos promover a educação financeira e previdenciária, aumentar a capacidade do cidadão para realizar escolhas conscientes sobre a administração dos seus recursos e contribuir para a eficiência e a solidez dos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de previdência e de capitalização.

O documento criou um colegiado formado pelo Ministério da Educação, por reguladores e várias instituições privadas. Segundo a presidente do grupo de apoio pedagógico do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) e assessora técnica da Secretaria de Educação Básica do MEC, Sandra Tiné, trata-se de uma ação pública que conta com os parceiros privados. “Ele [o decreto] é importante para que a gente consiga levar essa temática a todas as pessoas da população, particularmente, nas escolas”, afirma a assessora. “O decreto precisa, de fato, ser conhecido. As pessoas precisam saber efetivamente o que se faz e qual o trabalho feito com educação financeira no país”.

Educação financeira é um tema pouco familiar. Sandra Tiné chama atenção sobre a falta de conhecimento sobre o que é ser financeiramente educado, como gerir finanças, planejamentos e projetar sonhos. “Isso são coisas que devem ser trabalhadas desde o início da escolarização, com as crianças”, explica. “Se olharmos as últimas pesquisas, vemos que ainda somos um país de pessoas superendividadas e isso compromete o desenvolvimento do país. Queremos e precisamos ser um país de poupadores”.

Hoje, o MEC ocupa uma posição importante dentro do Conef. Todas as ações de ordem pedagógica passam pelo grupo de apoio pedagógico, que é dirigido pela pasta. O MEC também distribui, gratuitamente, por meio do site www.vidaedinheiro.gov.br, informações que as escolas podem utilizar. “Lá, nós temos material para download e distribuição de livros impressos tanto do ensino médio quanto do ensino fundamental”, enumera Sandra Tiné.

Ao aprender educação financeira na escola, a criança se torna um exemplo para os pais, e isso se reflete dentro de casa. “Desde pequeno, quando a criança volta da escola, ela adquire hábitos e socializa seus conhecimentos”, argumenta a assessora técnica, reforçando que a ideia é que a escola seja também um elo, entre as ações praticadas no âmbito das aulas e as ações da família. “Uma criança que aprende a poupar, que fecha a torneira e que tem essas preocupações com a sustentabilidade, leva tudo isso para casa. Isso se reflete nas famílias, é uma ação que parte da escola para toda a sociedade”, conclui.

Ensinar o tema é uma forma também de preparar as crianças e os adolescentes para o futuro. “Não só o futuro desses jovens, mas do país”, destaca Sandra. “Um país que não poupa dificilmente é um país que cresce. Precisamos ter um país que aprenda a poupar, que entenda a trabalhar o seu dinheiro. E isso começa dentro de casa, nas nossas finanças pessoais”.

(Fonte: MEC)

As novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram sancionadas, nesta quinta-feira (7), pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto. Temer classificou a medida como um exemplo da “educação do século 21”. “O Fies novo se reporta ao Fies antigo, mas é uma novidade. É a educação do século 21, é trazer o país para o século 21”.

O presidente também destacou a utilização dos fundos constitucionais, utilizados apenas em políticas de desenvolvimento nacional, no Fies. “A primeira ideia que as pessoas tinham era que o desenvolvimento nacional se ancorava apenas na indústria, comércio e serviços, e não exatamente na educação. Em uma interpretação sistêmica, conseguimos revelar que seria possível a utilização do fundo constitucional na educação. Porque educação é desenvolvimento”.

Para o ministro da Educação, Mendonça Filho, as novas regras auxiliam o estudante a ingressar no ensino superior ao mesmo tempo que respeitam o ajuste fiscal preconizado pelo governo. “Precisamos levar em consideração a sustentabilidade também no aspecto econômico. Não adianta ter picos de crescimento, de oferta de crédito e logo mais a conta volta para o contribuinte. O Fies novo é um Fies que segura uma política pública dirigida aos mais pobres, preservando o equilíbrio fiscal”.

Entenda o novo Fies

O novo programa traz mudanças na taxa de juros, no prazo para pagamento do saldo devedor e amplia a faixa de renda para os interessados no financiamento.

As regras começam a valer para os contratos firmados a partir do primeiro semestre de 2018. O estudante que já tem contrato em andamento poderá migrar para as novas regras. De acordo com o Ministério da Educação, no total serão criadas 310 mil vagas para o próximo ano.

Uma das principais mudanças do novo Fies é a oferta de 100 mil vagas a juro zero para estudantes mais carentes. As demais vagas terão juros variáveis de acordo com o banco onde for fechado o financiamento. Atualmente, a taxa de juros é fixa em 6,5% ao ano.

Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, as taxas devem ficar bem menores que as praticadas hoje. “É possível financiar 100% do curso. As taxas de juros do Fies II serão determinadas pela política de crédito dos fundos constitucionais administrados pelos bancos regionais. Para cerca de 150 mil contratos [Fies II], você vai ter uma taxa de 3,5% no máximo, o que é um ganho enorme para jovens do nosso país”.

Fim da carência

Ficou estabelecido também o fim do prazo de carência de 18 meses, após a conclusão do curso, para que o estudante comece a pagar o financiamento. O estudante deverá iniciar o pagamento no mês seguinte ao término do curso, desde que esteja empregado. O prazo máximo para pagamento será de 14 anos.

O dinheiro será descontado diretamente do salário do empregado que tiver emprego formal, por meio do eSocial, sistema já utilizado atualmente pelas empresas para pagar contribuições e prestar informações ao governo. Caso o estudante não tenha renda, o saldo devedor poderá ser quitado em prestações mensais equivalentes ao pagamento mínimo do financiamento. O mesmo critério será utilizado para o estudante que perder o emprego e para quem desistir do curso.

Para ser financiado, o curso de graduação deve ter conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior ou ter autorização do MEC para funcionamento. Segundo Mendonça Filho, haverá cursos prioritários para financiamento. Cursos de formação de professores estão entre os priorizados.

Novas modalidades

Antes, o Fies era concedido apenas a quem tem renda familiar per capita de até três salários mínimos. O novo Fies tem novas modalidades destinadas também a estudantes com renda de até cinco salários. Os interessados devem ter nota mínima de 450 pontos e não podem zerar a redação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em uma ou mais edições desde 2010.

O novo Fies apresenta três modalidades. Na primeira, serão ofertadas as 100 mil vagas a juro real zero para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários-mínimos. Os recursos para este financiamento virão da União.

A segunda modalidade é destinada a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários-mínimos. A fonte de financiamento serão recursos de fundos constitucionais regionais com risco de inadimplência assumidos pelos bancos. Serão ofertadas 150 mil vagas em 2018 para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A terceira modalidade também vai atender estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários-mínimos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O risco de crédito também será dos bancos. Serão ofertadas 60 mil vagas para todos as regiões do país.

Pagamento de atrasados

Para quem está devendo prestações do plano, foi criado o Programa Especial de Regularização do Fies. O programa permite que aqueles que tiverem contratos atrasados, com parcelas vencidas até 30 de abril de 2017, possam fazer o pagamento quitando 20% do saldo em cinco vezes e o restante em até 175 parcelas.

Fundo Garantidor

A lei que altera o Fies também cria o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies) que será de adesão obrigatória pelas faculdades que participam do programa. O objetivo do fundo é garantir o crédito para os financiamentos. Dessa forma, mesmo com o aporte da União, o fundo será formado principalmente por aportes das instituições. A previsão é que tenha caixa de R$ 3 bilhões.

Sustentabilidade

De acordo com o Ministério da Educação, as mudanças têm o objetivo de garantir a sustentabilidade e continuidade do programa. Dados do ministério apontam que a taxa de inadimplência do Fies atingiu 50,1% e, em 2016, o ônus fiscal do fundo foi de R$ 32 bilhões. A expectativa do ministério é que a taxa de inadimplência caia para uma média de 30%.

(Fonte: Agência Brasil)

“Gostaríamos de saber a maneira correta de expressar o seguinte: fogos de artifícios ou fogos de artifício?”

Resposta:
“Os fogos de artifício serão usados na festa de São João”. Quando você tem dois substantivos ligados por preposição e o segundo especifica o primeiro, mostra sua finalidade, este não deve ser pluralizado. É o caso de salas de aula , métodos de ensino, termos de convênio, convênios de cooperação, redes de pesca etc.
(Não Tropece na Língua – M. T. Piacentini)

Acrescentando...
Dicionário “Aurélio”
Fogo de artifício
1. Designação comum a peças pirotécnicas que se queimam, normalmente à noite, por ocasião de festejos, e produzem jogos de luzes vistosos; fogo de vista, fogos: “Os fogos de artifício estalavam por todo o ar”. (Eça de Queirós, Notas Contemporâneas, p. 17.) 2. Fig. Aquilo que impressiona pela aparência, que brilha, mas é desprovido, ou quase, de substância: A oratória daquele deputado é mero fogo de artifício. [Cf. artifício de fogo.]

Artifício de fogo
1. Expl. Dispositivo pirotécnico destinado a provocar, no momento desejado, a explosão de uma carga; artefato pirotécnico. [Cf. fogo de artifício.]

Dicionário “Caldas Aulete”
FOGO DE ARTIFÍCIO
[...]
7 Pirot. Artefato pirotécnico para fins de festejo; fogo de artifício (queima de fogos) [Mais us. no pl.]

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Foi finalizada a restauração das fachadas da Estação da Luz, na região central da capital paulista, danificadas em um incêndio em dezembro de 2015. Na ocasião, o fogo destruiu o Museu da Língua Portuguesa, que funcionava no prédio inaugurado no início do século 20. Também voltou a funcionar, nesta quarta-feira (6), o relógio da torre principal do edifício.

Os trabalhos de restauração serão focados a partir de agora na reconstrução do museu. Mesmo as partes que não foram atingidas pelas chamas serão reformadas. “Esse incidente nos deu a oportunidade de olhar criticamente para os 10 anos de atuação do museu e tentar melhorar algum ponto negativo nesse novo projeto que nós estamos desenvolvendo”, destacou a coordenadora de museus da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, Regina Ponte. Segundo ela, está sendo pensados aperfeiçoamentos no fluxo de público dentro da instituição.

O governador Geraldo Alckmin vistoriou as obras. De acordo com ele, o restauro depende de materiais específicos que estão sendo trazidos para a capital. “A cobertura de zinco já está no Porto de Santos, 27 toneladas vindas do Peru. A madeira cumaru da Amazônia, de Santarém [Pará], também toda certificada. E nós teremos até o final do ano que vem a parte do prédio toda pronta e entregue”, disse ao visitar o local.

O museu, no entanto, só deverá voltar a funcionar em 2019.

Estão sendo investidos nos trabalhos um total de R$ 65 milhões, sendo que R$ 29 milhões vêm da indenização do seguro do prédio. Os R$ 36 milhões restantes são investimentos de empresas privadas por meio de renúncia fiscal da Lei Rouanet e da lei estadual de incentivo à cultura. Os aportes são do grupo EDP, da Rede Globo e do banco Itaú.

Trens

Alckmin aproveitou a visita à estação para entregar dois novos trens para a Linha 7 – Rubi, que liga a capital à Jundiaí. As composições fazem parte de um lote de 65 unidades compradas da Hyundai. Apesar da previsão inicial de que todos os trens já tivessem sido entregues ainda este ano, apenas 28 estão em operação, contando os dois que entraram em funcionamento hoje.

O governador disse que os atrasos ocorrem devido à crise econômica, que debilita as empresas. “A crise afetou não só o governo, mas também as empresas”, enfatizou. “Nós deixamos de arrecadar em três anos e meio R$ 27 bilhões. Deixamos de arrecadar pela crise, pela recessão”, exemplificou para dar dimensão do impacto da crise na economia.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou nota, no fim da tarde de hoje (5), para informar que as discussões sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define os conhecimentos e competências que devem ser ensinados nas escolas públicas e privadas ao longo da escolaridade básica, terão continuidade nesta quarta-feira (6). Segundo a assessoria de imprensa do CNE, a votação do documento está prevista para quinta-feira (7), durante sessão deliberativa pública do Conselho.

Em comunicado, o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, disse que o conselho considera necessário "um pouco mais de tempo para finalizar o documento a ser deliberado pelo Conselho Pleno”. Havia expectativa de que o texto fosse votado nesta quarta-feira (6), mas, segundo o CNE, não houve adiamento. A sessão de amanhã será usada para aprofundar o debate entre os conselheiros e, se a discussão for concluída, o texto poderá ser votado quinta-feira.

A terceira versão do BNCC, elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), foi entregue ao CNE em abril. Nos meses seguintes, o texto foi debatido em audiências públicas, e sugestões de alteração foram feitas. O CNE discutiu as novas propostas com o MEC em novembro. A pasta fez modificações no documento e enviou o texto final para discussão e votação pelo CNE, mas entidades educacionais reclamam que as mudanças não foram divulgadas publicamente.

Nesta segunda-feira (4), cinco entidades enviaram carta ao CNE em que pedem respostas às contribuições feitas durante as audiências públicas de julho e setembro. As entidades solicitam também a suspensão da votação da BNCC nesta semana. As entidades pedem que a matéria seja mais bem discutida em nova audiência pública.

A carta foi assinada pela Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação, Associação Nacional de Política e Administração da Educação, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Centro de Estudos Educação e Sociedade e Fórum Nacional de Diretores de Faculdade.

De acordo com a assessoria de imprensa do CNE, não existe relação entre a continuidade das discussões e a carta das entidades, que segundo o órgão, não foi recebida formalmente pelo CNE.

No comunicado, o CNE diz ainda que a análise do texto está na fase final, com a apresentação do parecer dos relatores.“O debate prevê aspectos legais, educativos e pedagógicos, além das manifestações gerais dos conselheiros”, afirma Ivan Siqueira, também integrante do colegiado.

Os procedimentos regimentais demandam tempo até que o documento final se torne apto à votação pelo Conselho Pleno, prevista para quinta-feira em sessão pública transmitida ao vivo pela internet.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Conselho Nacional de Educação (CNE) irá votar, nesta semana, seu parecer sobre a Base Nacional Comum Curricular, que deverá embasar os currículos da educação básica e descrever a aprendizagem que deve ser trabalhada na educação infantil e no ensino fundamental. A votação está marcada para os dias 6 e 7 de dezembro, e será feita em sessões públicas.

Após aprovação da base pelo CNE, o documento deverá ser homologado pelo ministro da Educação para começar a valer. Um dos pontos mais polêmicos diz respeito à proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) de antecipar a alfabetização das crianças para o 2º ano do ensino fundamental. Ainda não há um posicionamento do CNE sobre a mudança, se vai ser mantida na votação.

Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental. Esse também é o prazo previsto no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. No entanto, o governo entende que as crianças de famílias mais ricas já estão plenamente alfabetizadas ao término do 2º ano, e esse direito deve ser assegurado para todas as crianças.

Ideologia de gênero

As questões relacionadas à ideologia de gênero e orientação sexual também deverão ser tratadas no texto final da base. O CNE diz que vai trabalhar essa questão “respeitando o pluralismo, as diferença e os direitos humanos, com um texto que possa ser devidamente compreendido”, de acordo com o presidente do Conselho, Eduardo Deschamps. Segundo ele, foram recebidas muitas sugestões em relação ao tema nas audiências públicas, que devem ser levadas em consideração no texto final.

Ensino religioso

A oferta de ensino religioso nas escolas também deve ser tratada no texto final da base curricular, mas ainda não foi divulgado de que forma a questão será apresentada. Outros pontos que podem sofrer alterações no texto final da base são a incorporação de tecnologias, aperfeiçoamentos em língua portuguesa e na educação infantil, além de educação indígena e quilombola.

O CNE recebeu a terceira versão da BNCC em abril e realizou cinco audiências públicas regionais para colher sugestões de aperfeiçoamento ao texto. Foram recebidos 234 documentos com sugestões e críticas ao texto que foi enviado pelo MEC.

O documento que estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio será enviado pelo MEC ao CNE só no início do ano que vem. A previsão inicial do governo era que a Base Nacional Comum Curricular do ensino médio fosse concluída até o fim deste ano, mas, segundo o ministério, o adiamento ocorreu para priorizar a análise da base comum para a educação infantil e o ensino fundamental.

(Fonte: Agência Brasil)