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Um levantamento inédito revelou que o Brasil apresenta os piores indicadores para a pluralidade na mídia entre 12 países em desenvolvimento analisados. Os dados foram apresentados nessa sexta-feira (2), em Brasília, e fazem parte de uma iniciativa internacional que ganhou o nome de Monitor de Propriedade de Mídia (MOM, na sigla em inglês), organizada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF). No Brasil, a coordenação do estudo foi feita pelo Intervozes, entidade da sociedade civil que atua em defesa do direito à comunicação.

Ao todo, a pesquisa do MOM-Brasil mapeou 50 veículos e redes de comunicação em quatro segmentos: 11 redes de TV (aberta e por assinatura), 12 redes de rádio, 17 veículos de mídia impressa (jornais de circulação diária e revistas de circulação semanal) e 10 veículos on-line (portais de notícias). Esses meios de comunicação foram selecionados com base em índices de audiência medidos por institutos de pesquisa e no potencial de influenciar a opinião pública, o chamado agendamento.

Dos 10 indicadores examinados na pesquisa, incluindo proteção legal contra concentração de audiência e de propriedade, controle político de emissoras, controle político do financiamento e transparência na propriedade, o Brasil apresentou alto risco em sete deles. É pior do que o desempenho de países como Peru, Sérvia, Filipinas, Tunísia, Marrocos, Ucrânia e Mongólia.

“Entre os 12 países analisados até agora pela pesquisa, o Brasil foi o que apresentou o maior número de indicadores de alto risco para a liberdade de expressão, principalmente com base no grau de concentração da mídia”, afirma Emmanuel Columbié, diretor da Repórteres Sem Fronteiras na América Latina. Em março, serão divulgados os dados do México, país que tem características similares às do Brasil, em termos populacionais e de sistema de comunicação.

Concentração

Em termos de concentração de mercado, por exemplo, o estudo apontou índices elevados, especialmente na televisão, a mídia mais consumida pelos brasileiros, em que as quatro principais redes (Globo, SBT, Record e Band) somam 71,1% de toda a audiência do país. Na mídia impressa, o grau de concentração também foi considerado de alto risco para a pluralidade de ideias, com 50% da audiência concentradas nos quatro principais grupos: Globo, Folha, RBS (que edita dois dos jornais de maior tiragem no país) e Sada (que edita publicações como o jornal Super Notícias, de Minas Gerais).

Até mesmo na mídia on-line foi encontrado alto grau de concentração, com os quatro principais grupos (G1, UOL, R7 e IG) dominando 58,75% do share de audiência. “O que esse estudo revelou é que temos, no Brasil, um cenário de oligopólio e de concentração excessiva dos diferentes tipos de mídia em poucos grandes grupos”, destaca André Pasti, integrante do Intervozes e coordenador da pesquisa no país.

A concentração da propriedade cruzada, quando um mesmo grupo controla diferentes veículos, também apresentou um resultado preocupante, segundo a pesquisa. Entre as 26 maiores redes, nove pertencem ao Grupo Globo, cinco ao Grupo Bandeirantes, cinco são controlados pelo Grupo Record e ligados à Igreja Universal do Reino de Deus), quatro pertencem ao grupo regional RBS (com atuação na Região Sul) e três pertencem ao Grupo Folha. Os veículos controlados pelo Grupo Globo atingem, na média ponderada, um total de 43,86% da audiência de todo o país.

Para a subprocuradora-geral da República Débora Duprat, titular da Procuradoria Federal de Defesa do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), os resultados da pesquisa apontam graves riscos para a democracia no país. “Democracia pressupõe participação ampla da sociedade na discussão dos temas de interesse público, e para isso o acesso à informação é fundamental. Na medida em que esse acesso é bloqueado ou filtrado por um processo de concentração da mídia, a própria democracia fica comprometida”, observa.

A pesquisa ainda registrou a forte participação de grupos religiosos na mídia, com a revelação de que controlam nove das 50 maiores redes do país. Também foram analisadas as principais lacunas regulatórias na legislação brasileira para os meios de comunicação. Os dados e considerações completas do levantamento podem ser acessados por meio do link https://brazil.mom-rsf.org/br/.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Ministério da Educação liberou mais de R$ 2,9 bilhões para complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os recursos são referentes à última parcela de 2017, que soma R$ 1,9 bilhão, liberados na última quarta-feira (31), e à primeira parcela de 2018 que é de R$ 963,9 milhões, liberados na última segunda-feira (29). O dinheiro foi repassado via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, explica a importância desses recursos para os entes federativos: “O pagamento está todo em dia com tudo sendo cumprido, e esses recursos são importantes porque trazem o mínimo de equidade para municípios e estados que não atingem o valor mínimo por aluno e que recebem a complementação da União”.

O ministro ressalta, ainda, o cumprimento do calendário por parte do MEC: “Sua aplicação deve seguir as normas do Fundeb. Uma parcela mínima de 60% é para remuneração dos profissionais do magistério em efetivo exercício na educação básica pública, e 40%, para despesas na educação básica”.

Do total remetido a estados e municípios, R$ 291,5 milhões serão destinados à parcela de complementação da União para o pagamento do piso salarial dos professores, por parte dos sistemas de ensino. Atualmente, o piso corresponde a um salário de R$ 2.455,35 para jornada de 40 horas semanais. Já R$ 2,6 bilhões são para complementação do Fundeb.

(Fonte: MEC)

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O prazo para Estados e municípios aderirem ao Programa Mais Alfabetização, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) do Ministério da Educação, foi prorrogado para 15 de fevereiro. As escolas terão prazo até 16 de fevereiro para fazer sua adesão.

Criado pelo MEC com o objetivo de apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e do segundo anos do ensino fundamental, o programa vai investir R$ 200 milhões para o pagamento de um assistente pedagógico que vai auxiliar os professores em sala de aula.

A expectativa é atender a 4,2 milhões de alunos em, aproximadamente, 200 mil turmas espalhadas pelo Brasil. O repasse será feito por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e os auxiliares receberão R$ 150 por mês para cada turma em que atuarem, podendo acumular até oito turmas. Não há vínculo empregatício. Os candidatos a assistente devem, obrigatoriamente, passar por um processo de seleção elaborado pelos municípios.

Investimento total

O programa Mais Alfabetização faz parte da Política Nacional de Alfabetização, lançada pelo MEC em 2017 para combater a estagnação dos baixos índices registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização. O conjunto de iniciativas terá investimento total de R$ 523 milhões.

(Fonte: MEC)

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Instituições de educação superior públicas e particulares de todo o país já podem preencher o formulário do Censo de Educação Superior (Censup) 2017. Aberto nesta quinta, 1º de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, o sistema estará aberto para preenchimento de informações até o dia 24 de abril deste ano.

O preenchimento dos dados é de responsabilidade do Pesquisador Institucional (PI), representante oficial da instituição junto ao Inep. É o PI que responde aos questionários eletrônicos do sistema, verifica e corrige possíveis inconsistências e responde qualquer questionamento.

Durante o período de preenchimento do questionário, os pesquisadores podem fazer, a qualquer momento, alterações ou inclusões necessárias nos dados das respectivas instituições. Após esse período, o Inep verifica a consistência das informações coletadas. O sistema do censo é então reaberto para conferência e validação dos dados pelas instituições.

Censo

O levantamento estatístico realizado anualmente pelo Inep reúne informações sobre as instituições de ensino superior, seus cursos de graduação presencial ou a distância, cursos sequenciais, vagas oferecidas, inscrições, matrículas, ingressantes e concluintes e informações sobre docentes nas diferentes formas de organização acadêmica e categoria administrativa.

Trata-se de pré-requisito para a expedição de atos regulatórios e participação das instituições em programas do MEC, como Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies), Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes). O censo também subsidia a avaliação, a supervisão e o cálculo do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e do Índice Geral de Cursos (IGC), indicadores da qualidade da educação superior.

Clique aqui para acessar o sistema Censup 2017.

(Fonte: MEC)

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O Brasil poderá ter um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em dois anos. A intenção é que, acompanhando o novo ensino médio, o Enem seja reformulado até 2020, disse a ministra interina da Educação, Maria Helena Guimarães. “Isso vai precisar ser muito discutido. Parte da avaliação abordará aquilo que compõe à base comum do ensino médio, e parte do exame, a parte flexível, abordando tanto itinerário técnico quanto o itinerário formativo”, afirmou a ministra.

Pelo novo ensino médio, sancionado no ano passado, parte do currículo da etapa de ensino, o equivalente a 1,8 mil horas deverá ser destinado ao conteúdo da Base Nacional Comum Curricular [BNCC], ainda em discussão. Segundo Maria Helena, uma nova versão da BNCC será encaminhada para análise do Conselho Nacional de Educação (CNE) em março. O restante do tempo, que varia de acordo com a rede de ensino, será destinado à formação específica. Os estudantes poderão escolher entre o aprofundamento em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.

De acordo com a ministra, a intenção é que a formação dos estudantes seja mais fluida e as disciplinas, cada vez mais integradas. O desafio do Ministério da Educação (MEC) será avaliar esse estudante. “É possível ter itinerário formativo que aborde conhecimento de história, arte e matemática. Por que não?”.

O novo Enem deverá ser discutido em um seminário que o MEC realizará neste mês com entidades privadas e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Além do Enem, o seminário debaterá a proposta de base nacional para o ensino médio.

A ministra interina da Educação adianta que a formação geral do aluno na área de linguagens, de matemática, de ciências da natureza e humanas “será muito importante no novo Enem”. O exame é usado atualmente como uma das principais formas de acesso ao ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas e financiamento no ensino privado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Maria Helena participou hoje (1º) de bate-papo ao vivo pelo Facebook do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A conversa, mediada pela Agência Brasil, contou também com participação do diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Rafael Lucchesi.

Segundo a ministra, mesmo sem ter ainda uma base nacional aprovada para o ensino médio, algumas redes de ensino já começaram a implementar as mudanças. Uma das ênfases é na formação técnica.

Para Lucchesi, esse é um dos pontos centrais da reforma, que vai qualificar a formação dos estudantes. “Hoje, 82% dos jovens não vão para universidade. Seguramente, uma educação mais flexível vai ser melhor para o jovem e para o país. Isso melhora a produtividade e impacta na possibilidade de gerar emprego”, afirmou.

Lucchesi ressaltou que, enquanto em países desenvolvidos cerca de 50% dos jovens têm formação técnica no ensino médio regular, esse percentual é inferior a 10% no Brasil.

Ensino médio noturno

A formação técnica deverá ser fortalecida no ensino médio noturno, destacou Maria Helena. “Não faz mais sentido a pessoa já com mais idade, que gostaria de concluir o ensino médio com formação técnica, seguir o [ensino] regular quando já tem experiência de vida”. A intenção é que o noturno tenha um currículo mais enxuto, mas que leve os estudantes “a desenvolver as mesmas competências mais gerais”.

Segundo a ministra interina, cerca de 20% dos 6,7 milhões de matrículas no ensino médio em escolas públicas são noturnas. Parte desses estudantes poderia cursar o ensino médio regular diurno. De acordo com Maria Helena, a intenção é que o noturno seja voltado aos estudantes que trabalham e não têm condições de cursar a etapa regularmente.

(Fonte: Agência Brasil)

As matrículas em escolas de tempo integral no ensino médio subiram 22% em 2017 nas escolas públicas de todo o país. O percentual de alunos matriculados nesse regime de ensino saltou, também na rede pública, de 6,7%, em 2016, para 8,4%, no ano passado. Os dados são do Censo Escolar 2017, realizado ao longo de 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, e divulgados nesta quarta-feira (31), em coletiva de imprensa. “O censo demonstra que as mudanças realizadas pela nossa gestão já começam a dar resultado, principalmente em um modelo de ensino médio mais atrativo para os estudantes”, comemora a ministra-substituta da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

O aumento das matrículas está diretamente relacionado à Política de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Só neste ano, o MEC liberou recursos de R$ 406 milhões para apoiar os Estados na implementação dessas unidades. A liberação pretende ampliar de 516 escolas financiadas pelo MEC, em 2017, para 967 em 2018, representando um aumento de 87% de instituições atendidas em todo o país. Considerados os recursos liberados também no ano de 2017, o programa deste ano alcançará o montante de R$ 700 milhões. No total, o MEC apoiará, progressivamente, 500 mil matrículas nas escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). Até 2020, os investimentos podem alcançar R$ 1,5 bilhão.

Além do ensino médio, o levantamento aponta que as matrículas em tempo integral do ensino fundamental na rede pública voltaram a crescer, saltando de 10,5%, em 2016, para 16,2%, no ano passado. O percentual de alunos, contando as redes pública e privada, passou de 9,1%, em 2016, para 13,9% em 2017. “O programa Novo Mais Educação, também desta gestão, foi determinante para o aumento dessas matrículas”, reforça Maria Helena, destacando que os investimentos nesse programa, juntando os anos de 2016 e 2017, foram de R$ 900 milhões. O Novo Mais Educação tem o objetivo de melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e em matemática por meio da ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes em cinco a 15 horas semanais.

Também evoluíram as matrículas na educação infantil, especialmente nas creches. Entre 2013 e 2017, os registros de alunos inscritos em creches cresceram 94,5%. Só em 2017, o aumento foi de 5,2%. Além da ministra da Educação substituta, Maria Helena Guimarães de Castro, a coletiva foi conduzida pela presidente do Inep, Maria Inês Fini; pelo diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno Sampaio; e pelo secretário da Educação Básica, Rossieli Soares da Silva.

Outros números

No ensino fundamental regular, o número de matrículas caiu, seguindo a tendência de adequação à dinâmica demográfica. No entanto, conforme apurou a Pesquisa Nacional por Amostragem em Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNADC/IBGE), 99,2% da população de seis a 14 anos frequenta escola. Na faixa etária de 11 a 14 anos, o atendimento é de 98,9%, ainda de acordo com a PNADC/IBGE. “Precisamos celebrar porque, pela primeira vez, 99% das crianças estão na escola, e o Brasil está cumprindo as metas estabelecidas pelas Nações Unidas”, explica Maria Helena.

No ensino médio, a queda das matrículas no período se dá, essencialmente, por dois motivos: redução do número de concluintes do ensino fundamental que se matricularam no ensino médio e aumento do número de concluintes do ensino médio diante de um elevado percentual de evasão (11,2%). O comportamento reforça a importância da reforma do ensino médio idealizada pela atual gestão do MEC e prevista para ser executada a partir de 2019. A expectativa é que a possibilidade de o estudante traçar seu caminho profissional estimule e motive os jovens a prosseguir seus estudos, diminuindo, consequentemente, a evasão.

O Brasil tem 7,9 milhões de matrículas no ensino médio, mas a etapa segue uma tendência de queda nos últimos anos. Isso se deve tanto a uma redução da entrada proveniente do ensino fundamental (a matrícula do nono ano teve queda de 14,2% de 2013 a 2017) quanto à melhoria no fluxo no ensino médio (a taxa de aprovação subiu 2,8% de 2013 a 2017). Se há queda de matrículas no ensino médio regular, a matrícula integrada à educação profissional cresceu 4,2% no último ano, passando de 531.843, em 2016, para 554.319 matrículas, em 2017. O ensino médio é oferecido em 28,6 mil escolas no Brasil.

Educação profissional

O Brasil conta com 1,8 milhão de alunos matriculados na educação profissional, 58,8% dos quais frequentam escolas públicas. A matrícula na educação técnica de nível médio teve um crescimento de 0,9% em 2017. Já as matrículas nos cursos técnicos de nível médio da rede pública apresentaram um crescimento de 2,2% no último ano.

Educação infantil

Com 8,5 milhões de matrículas na educação infantil, o Brasil registra um potencial de ampliação da oferta dessa etapa. De acordo com a PNAC/IBGE, na faixa etária adequada à creche (até três anos de idade), o atendimento escolar é de 30,4%; já na faixa etária adequada à pré-escola (quatro e cinco anos), o atendimento escolar chega a 90,2%. Hoje, 105 mil escolas oferecem pré-escola no Brasil e atendem a 5,1 milhões de alunos, sendo que 23,2% deles frequentam a rede privada.

Ensino fundamental

O Brasil tem 27,3 milhões de matrículas no ensino fundamental, sendo 15,3 milhões nos anos iniciais e 12 milhões nos anos finais. A rede municipal tem uma participação de 68% no total de matrículas dos anos iniciais e concentra 83,3% dos alunos da rede pública. Nessa fase, 18,4% dos alunos frequentam escolas privadas. Já nos anos finais, as escolas privadas abrangem 14,9% dos alunos. A rede estadual, por sua vez, tem uma participação de 42,3% no total de matrículas dos anos finais, dividindo a responsabilidade do poder público nessa etapa de ensino com os municípios, que também possuem 42,7% dos alunos.

Educação de Jovens e Adultos

O Brasil tem hoje 3,6 milhões de alunos frequentando a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Após longo período de queda, as matrículas do ensino fundamental dessa modalidade apresentam tendência de estabilização, mesmo com um pequeno aumento em 2017. A oferta de EJA de ensino médio, entretanto, teve aumento de 3,5% em 2017.

Educação especial

O número de matrículas de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades no ensino médio quase dobrou de 2013 a 2017. De acordo com o Censo Escolar 2017, 98,9% dos alunos estavam incluídos em classe comum. Além disso, 61,3% das escolas brasileiras têm alunos com deficiência incluídos em turmas regulares. Em 2008, esse percentual era de apenas 31.

Notas estatísticas

Os dados do Censo Escolar 2017 divulgados nesta quarta-feira fazem parte das Notas Estatísticas, relatório elaborado pelo Inep com informações gerais sobre o censo. O Inep também oferece, em seu portal, os Microdados do Censo Escolar 2017, que permitem cruzamentos de variáveis diversas a partir de programas estatísticos. No início de março, serão divulgadas as Sinopses Estatísticas, com dados desagregados por Estado e município.

(Fonte: MEC)

O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferecerá, neste semestre, o maior número de vagas desde 2005, quando foi criado: serão 242.987 vagas, em 2.976 instituições. A consulta para as vagas foi aberta nesta segunda-feira (29). O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de educação superior.

O candidato pode fazer a consulta na página do programa na internet. Os cursos de graduação e sequenciais de formação específica têm início no primeiro semestre de 2018 e o período de inscrições vai de 6 a 9 de fevereiro.

Do total de vagas, 113.863 são integrais, das quais 37.604 são para cursos na modalidade educação a distância. Já o número de bolsas parciais é de 129.124. As bolsas integrais se destinam aos candidatos que possuam renda per capita mensal de até 1,5 salário mínimo, enquanto que as parciais para aqueles com renda familiar mensal de até três salários mínimos.

A consulta da primeira chamada está prevista para 12 de fevereiro, e entre os dias 15 e 23 do mesmo mês os candidatos selecionados deverão fazer a matrícula. O resultado da segunda chamada, por outro lado, deve ser divulgado em 2 de março, e o período de comprovação de informações para matrícula será de 2 a 9 de março.

Já o prazo de inscrição na lista de espera, para quem não foi selecionado nas duas primeiras etapas será de 16 a 19 de março.

(Fonte: MEC)

A lista de candidatos aprovados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018 já está disponível para consulta na internet (sisu.mec.gov.br).

Estão sendo oferecidas, ao todo, 239.716 vagas em 130 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais.

O período de matrícula dos aprovados começa amanhã (30) e vai até 7 de fevereiro.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação utilizado por instituições públicas de educação superior na oferta de vagas a estudantes, com base nas notas obtidas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação deve divulgar, hoje (29), a lista dos candidatos aprovados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018. A divulgação será feita na página do programa na internet.

No total, são oferecidas 239.716 vagas em 130 instituições, entre universidades federais, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e instituições estaduais. O período de matrícula dos aprovados começa amanhã (30) e vai até 7 de fevereiro.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação (MEC), utilizado por instituições públicas de educação superior na oferta de vagas a estudantes, com base nas notas obtidas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

O MEC também deve divulgar, hoje, o balanço do número de candidatos inscritos este ano. As inscrições começaram no dia 23 de janeiro e foram encerradas à meia-noite de sexta-feira (26).

(Fonte: Agência Brasil)

O livro que conta a história de Roger Federer no tênis continua sendo escrito, com novos capítulos e parece ainda longe do fim. Aos 36 anos e atuando em altíssimo nível, o atual número 2 do mundo venceu o croata Marin Cilic (6º do ranking) por 3 sets a 2, parciais de 6/2, 6/7 (5), 6/3, 3/6 e 6/1, em 3h03, para conquistar o Aberto da Austrália pela sexta vez na carreira, tornando-se o maior vencedor do torneio na Era Aberta, ao lado de Novak Djokovic. Foi, ainda, o 20º título de Grand Slam do suíço, que, agora, entra para um seleto grupo de tenistas que chegaram a duas dezenas de conquistas dessa categoria.

“O conto de fadas continua para a minha equipe. Começou no ano passado, em Perth. E continua indo em frente. É inacreditável”, resumiu Federer, sem esconder a emoção, logo após o jogo.

Considerando os títulos da Era Aberta do tênis (a partir de 1968), Federer já era o recordista entre os homens, com 20 conquistas em Grand Slams. Além do suíço, apenas Serena Williams (23) e Steffi Graf (22) chegaram a tal marca. No masculino, Rafael Nadal, com 16 troféus em Majors, é quem mais se aproxima.

O título de Federer ainda acirra a briga pelo topo do ranking mundial. Em segundo lugar no ranking, o suíço mantém os 9.605 pontos com a defesa do Aberto da Austrália e diminui a diferença para Rafael Nadal, com 9.760, para apenas 155 pontos. Federer não ocupa a primeira posição da ATP desde o dia 29 de junho de 2010, há sete anos e meio.

Apesar do vice-campeonato, Marin Cilic tem motivos para comemorar. A partir desta segunda-feira, o croata vai ocupar a terceira posição do ranking mundial com os pontos somados no Aberto da Austrália.

O jogo

Foi um primeiro set arrasador de Roger Federer. Em apenas 10 minutos, o suíço já tinha quebrado Marin Cilic duas vezes e aberto 4/0 no placar. Pouco a pouco, o croata foi se encontrando no jogo, trocou a raquete e começou a encaixar melhor seus saques e devoluções, alongando mais os pontos. Ainda assim, o atual número 2 do mundo se manteve firme para fechar o set em 6/2.

Bem diferente da primeira parcial, o segundo set foi mais disputado. Com seus golpes mais bem encaixados, Cilic colocou Federer para jogar. O croata chegou a ter dois break points logo no início e um set point em 5/4, mas deixou escapar com uma bola na rede. Com os dois tenistas confirmando seus serviços, a disputa ficou mesmo para o tie-break.

No game desempate, Federer começou melhor, com um minibreak em 3/2. Mas, logo no ponto seguinte, Cilic se recuperou com uma belíssima devolução de saque e deixou tudo igual. O lance pareceu dar confiança ao croata, que se soltou no tie-break e conseguiu ficar na frente ao ganhar um ponto no saque de Federer, abrindo 6-4, com dois set points. Na segunda oportunidade, ele não desperdiçou e empatou o jogo, fechando em 7-5.

O jogo continuou num bom ritmo, e Federer mostrou,, mais uma vez,, o motivo de ser um dos maiores tenistas da história. Sem se abalar com a derrota no tie-break, o suíço se manteve firme e sem dar vacilos com seu serviço. No sexto game, Cilic somou seguidos erros não forçados e abriu grande brecha para o número 2 do mundo, que anotou a quebra para fazer 4/2. Com seu saque, não deu chances e fechou o set em 6/3.

O quarto set não poderia começar de melhor forma para Federer. Com um break point, ele forçou Marin Cilic ao erro na cruzada e quebrou o serviço logo de cara para abrir vantagem. Mas até os melhores têm seus maus momentos. O suíço teve um péssimo serviço no sexto game, com direito a dupla falta e seguidos erros e viu Cilic quebrar seu saque pela primeira vez para empatar a parcial em 3/3.

Federer chegou a ter um break point no game seguinte, mas Cilic aproveitou o bom momento e se salvou, confirmando o serviço. Logo depois, foi o suíço quem se viu em apuros, com 15/40, dando duas chances de quebra ao rival. Federer salvou as duas chances, mas o croata voltou a jogar bem demais, acelerou o jogo e conseguiu uma nova quebra para abrir 5/3, sacando para o set. Sem dar chances, fechou em 6/3, forçando o quinto set.

Depois de um péssimo set de serviço, Federer se viu novamente em dificuldades no início do quinto set e encarou duas chances de quebra logo no game inicial, mas se salvou. Na sequência, embalou nos pontos decisivos, conseguiu o break para cima de Cilic e manteve seu serviço para abrir 3/0. Com o primeiro saque novamente afiado, Federer passou a dominar a parcial e voltou a complicar o rival, quando teve dois break points no sexto game. Cilic acertou a rede. Com 5/1, o ex-número 1 do mundo sacou firme e vibrou pela 20ª vez como campeão de um Grand Slam.

(Fonte: Portal Globo.com)